• Nenhum resultado encontrado

i

Hospital Privado de Alfena

ii

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Relatório de Estágio Profissionalizante

Hospital Privado de Alfena

15 de janeiro a 29 de fevereiro de 2018

Sara Patrícia Costa Pimenta

Orientador: Dra. Patrícia André Simões de Moura

iii

Declaração de Integridade

Declaro que o presente relatório é de minha autoria e não foi utilizado previamente noutro curso ou unidade curricular, desta ou de outra instituição. As referências a outros autores (afirmações, ideias, pensamentos) respeitam escrupulosamente as regras da atribuição, e encontram-se devidamente indicadas no texto e nas referências bibliográficas, de acordo com as normas de referenciação. Tenho consciência de que a prática de plágio e auto-plágio constitui um ilícito académico.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 12 de setembro de 2018

iv

Agradecimentos

Nesta fase final do meu percurso académico, sinto a necessidade de agradecer a todos aqueles que colaboraram para a minha formação durante estes últimos anos, não só a todos os que me ensinaram a crescer profissionalmente, mas também como ser humano.

Em primeiro lugar devo agradecer à Faculdade de Farmácia do Porto (FFUP) e a todos os docentes e auxiliares que me transmitiram todos os conhecimentos científicos necessários à minha aprendizagem. Foi um longo e, nem sempre fácil, percurso e sem eles nada teria sido possível.

Seguidamente, não posso deixar de agradecer também à Comissão de Estágios, por todo o seu empenho em tentar proporcionar a todos os alunos, a melhor experiência profissional e por promover o nosso contato com a realidade que o Futuro nos reserva. Neste aspeto deixo aqui o meu mais sincero agradecimento à minha orientadora, doutora Susana Casal.

Gostaria também de agradecer à Doutora Patrícia Moura, pela oportunidade que me concedeu de experimentar a vertente hospitalar, pela sua simpatia e disponibilidade e por todos os conhecimentos transmitidos, que sem dúvida foram enriquecedores.

Para quem durante dois intensos meses me acompanhou de perto vai o meu maior agradecimento, doutora Ana Araújo. Obrigada pelo acompanhamento dia após dia, por tudo o que me foi ensinado, por me dar a conhecer a realidade de um farmacêutico hospitalar, por todas as conversas e pela sua amizade. Vejo em si um exemplo de grande profissionalismo e ser humano.

Não posso deixar ainda de agradecer a todos os profissionais que fizeram parte desta experiência: Iolanda, Dra. Nádia, Tiago, Luís e José que me receberam e acompanharam, sempre com boa disposição e total disponibilidade para tudo o que fosse necessário. Todas estas pessoas foram sem dúvida importantes e a todos ficarei sempre grata.

Por fim agradecer a todos os meus amigos, em particular aqueles que me acompanharam ao longo destes cinco anos de curso e nunca me deixaram desistir, bem como aos meus familiares, pelo apoio e por sempre acreditarem em mim.

v

Resumo

No último semestre do ciclo de estudos do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, os alunos têm a possibilidade de contatar com a realidade profissional, quer a nível hospitalar, quer a nível da farmácia comunitária.

Tive a oportunidade de iniciar o meu estágio curricular na farmácia hospitalar do Hospital Privado de Alfena, unidade pertencente ao Grupo Trofa Saúde, desde 15 de janeiro até dia 28 de fevereiro sendo o horário de trabalho das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira.

Durante este período, fui integrada numa equipa de excelentes profissionais com os quais desenvolvi várias competências técnicas e científicas, e que me permitiram conhecer e participar ativamente naquele que é o dia a dia de um farmacêutico hospitalar.

Apesar do curto período de estágio, desde cedo percebi que a realidade de um farmacêutico hospitalar passa por apresentar um papel ativo aquando da decisão da terapêutica adequada a cada doente e não só por dispensar medicamentos aos diversos serviços.

Para garantir o bom funcionamento do Hospital é imperativo manter sempre uma ligação profissional coesa entre médicos e farmacêuticos, caso contrário existirão repercussões que afetarão todo o funcionamento do hospital.

Este estágio permitiu a aplicação de vários conceitos teóricos que me foram apresentados ao longo de cinco anos de curso, agora num contexto mais prático e recorrendo ao meu espírito crítico e responsabilidade profissional. Para além de todo o conhecimento científico adquirido, e não desprezando esta vertente, a mais valia que levo deste estágio foi sem dúvida a perceção da importância e do papel do farmacêutico hospitalar, bem como as competências adquiridas a nível da gestão de uma farmácia em ambiente hospitalar.

No presente relatório consta toda a informação e conhecimento adquiridos durante o estágio, bem como a descrição de todas as atividades realizadas diariamente nos Serviços Farmacêuticos do Hospital Privado de Alfena.

vi

Índice

Declaração de Integridade ... iii Agradecimentos... iv Resumo ... v Índice de tabelas ... viii Índice de anexos ... viii Lista de abreviaturas ... ix 1) Grupo Trofa Saúde ... 1 1.1) Hospital Privado de Alfena ... 1 2) Farmácia Hospitalar ... 2 2.1) O farmacêutico hospitalar ... 2 2.2) Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares ... 2 3) Os SFH no Hospital Privado de Alfena ... 3 3.1) Localização dos SFH e descrição do espaço físico ... 5 4) Sistema Informático ... 6 5) Recursos Humanos ... 6 6) Comissão de Farmácia e Terapêutica - Formulário Hospitalar ... 7 7) O circuito do medicamento ... 7 7.1) Seleção ... 7 7.2) Aquisição e gestão de stock ... 8 7.2.1) Medicamentos de Autorização de Utilização Especial ... 8 7.2.2) Empréstimos ... 9 7.3) Receção e armazenamento de encomendas ... 10 7.4) Distribuição ... 10 7.4.1) Distribuição Clássica ... 10 7.4.2) Distribuição Individual Diária em Dose Unitária (DIDDU) ... 11 7.4.3) Distribuição Medicamentos sujeitos a Legislação Especial ... 12 7.4.3.1) Estupefacientes e Psicotrópicos ... 12 7.4.3.2) Produtos Hemoderivados ... 12 7.4.3.3) Produtos Extra-Formulário ... 13 7.4.3.4) Sugamadex® ... 13 8) Farmacotecnia ... 14 8.1) Manipulados não-estéreis ... 14 8.2) Manipulados estéreis- Fármacos citotóxicos ... 14 9) Reacondicionamento por reembalagem e fracionamento de fármacos ... 15 10) Carros de emergência ... 16 11) Gases Medicinais ... 16 12) Controlo de qualidade ... 18 12.1) Parâmetros físicos ... 18

vii

12.2) Prazos de validade ... 18 13) Validação Farmacêutica ... 18 13.1) Validação das prescrições farmacêuticas ... 18 14) Farmacovigilância ... 19 Conclusão ... 20 Bibliografia ... 21 Anexos ... 23

viii

Índice de tabelas

Tabela 1- Plano operacional dos SF do Hospital Privado de Alfena ... 4

Índice de anexos

Anexo I - Hospital Privado de Alfena ... 23 Anexo II - Formulário Hospitalar – localização dos fármacos ... 23 Anexo III - Modelo de Requisição de Medicamentos Estupefacientes e Psicotrópicos ... 24 Anexo IV - Pedido de Autorização de Utilização Excecional de um fármaco ... 24 Anexo V - Autorização de Utilização Excecional de um fármaco ... 25 Anexo VI - Pedido de reposição de stock de um serviço ... 25 Anexo VII - Folha de registo de levantamento de medicação ... 26 Anexo VIII - Exemplo de um mapa de DIDDU ... 26 Anexo IX - Módulos com gavetas para DIDDU – organizados por ordem de camas ... 27 Anexo X - Modelo de Requisição de Medicamentos Estupefacientes e Psicotrópicos ... 27 Anexo XI - Modelo de Requisição de Medicamentos Hemoderivados ... 28 Anexo XII - Modelo de Justificação de Requisição de Produtos Extra - Formulário ... 28 Anexo XIII - Modelo de justificação de utilização de Sugamadex ... 29 Anexo XIV - Sala de preparação de manipulados não-estéreis ... 29 Anexo XV - Ficha de Preparação do manipulado de Ácido Tricloroacético 80% ... 30 Anexo XVI - Sala de preparação de manipulados estéreis ... 30 Anexo XVII - Máquina de reembalamento da Farmácia Central ... 31 Anexo XVIII - Folha de registos de reembalamento de fármacos ... 31 Anexo XIX - Carro de emergência de um serviço ... 32 Anexo XX - Cilindros de Gases Medicinais ... 32 Anexo XXI - Folha de registo dos Gases Medicinais ... 33 Anexo XXII - Gráfico de temperatura da farmácia do Hospital Privado de Alfena ... 33

ix

Lista de abreviaturas

AIM – Autorização de Introdução no Mercado AUE – Autorização de Utilização Especial

CAUL – Certificado de Autorização de Utilização de Lote CFT – Comissão de Farmácia e Terapêutica

COELL – Certificado Oficial Europeu de Libertação de Lote DCI – Designação Comum Internacional

DIDDU – Distribuição Individual Diária em Dose Unitária FC – Farmácia Central

FH – Farmacêutico Hospitalar

FHNM – Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos GM – Gases Medicinais

GTS – Grupo Trofa Saúde

HPAV – Hospital Privado de Alfena SF – Serviços Farmacêuticos

SFH - Serviços Farmacêuticos Hospitalares SI – Sistema Informático

1

1)

Grupo Trofa Saúde

O Trofa Saúde Hospital é um projeto global de saúde no qual se integram várias Unidades Hospitalares. O principal objetivo é melhorar a forma de cuidar da saúde dos utentes, pensando sempre em satisfazer as necessidades dos mesmos. São por este motivo exigidos elevados padrões de qualidade técnica e humana.

Constituído por uma rede de hospitais privados, o Grupo Trofa Saúde (GTS) serve mais de 2.5 milhões de habitantes, principalmente a norte do país. Cada uma das unidades dispõe de serviços como Serviços de Urgência de Adultos e Pediátrica 24 horas, Blocos Operatórios, Unidades de Neonatologia 24 horas, Maternidades com várias salas de parto; Medicina Física e Reabilitação, Consultas Externas com mais de 45 especialidades clínicas e um conjunto de diversos Meios Complementares de Diagnóstico. O grupo iniciou-se em 2001 com a abertura do Hospital Privado da Trofa, sendo agora constituído por 9 unidades:

 Hospital Privado da Trofa  Hospital Privado de Alfena  Hospital Privado de Gaia  Hospital Privado de Braga  Hospital Privado de Braga Centro  Hospital Privado da Boa Nova  Hospital de Dia de Famalicão  Hospital de Dia da Maia

 Hospital Privado de São João da Madeira

A principal missão do grupo é a “Prestação de cuidados de saúde personalizados e de excelência, globais e compreensivos,”, seguindo valores bastante restritos como Transparência, Responsabilidade, Lealdade e Confidencialidade entre outros [1].

1.1)

Hospital Privado de Alfena

O Hospital Privado de Alfena (HPAV) (anexo I) é uma das unidades hospitalares mais recentes do grupo, apresentando um conceito bastante inovador. Localizado na Rua Manuel Bento Júnior nº 201 Alfena, no concelho de Valongo, distrito do Porto mostra-se como um dos principais prestadores de serviços de saúde privados da região norte do país. É um hospital com destaque para o serviço de urgência adultos e pediátrico 24horas/365 dias por ano. São prestados cuidados de saúde desde a prevenção ao tratamento e reabilitação [2].

É caraterizado por espaços amplos e luminosos, equipado com os melhores equipamentos e tecnologias. A equipa de excelência é liderada pelo diretor clínico Dr. José Carlos Vilarinho e pelo administrador Dr. Jorge Curval [2].

2

2)

Farmácia Hospitalar

2.1) O farmacêutico hospitalar

O farmacêutico hospitalar (FH) assume um papel de elevada responsabilidade quando integrado numa equipa multidisciplinar. A direção dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares (SFH) fica sempre a cargo de um farmacêutico. São várias as funções desempenhadas pelo FH no decorrer da sua atividade profissional. Como membro de uma equipa de profissionais de saúde, está envolvido na aquisição e gestão dos medicamentos, na sua preparação e na distribuição dos mesmos pelas enfermarias e blocos. É também responsabilidade do farmacêutico, gerar informação de natureza clínica, científica ou financeira, especialmente no que diz respeito à avaliação da inovação terapêutica e monotorização de ensaios clínicos. A farmácia hospitalar deve ser encarada como uma fonte de informação não só para os doentes, mas também para os outros profissionais de saúde. Deste modo, os FH são farmacêuticos especialistas que desenvolveram competências em todas as fases do circuito do medicamento e que assumem liderança na terapêutica que é administrada a cada doente.

O foco da atividade do FH é sempre o doente, procurando oferecer o melhor tratamento ao menor custo possível, de forma a conseguir obter todos os medicamentos que o doente precisa.

Dada uma determinada prescrição hospitalar é necessária uma validação por parte do FH, na qual é feita uma revisão das doses e uma confirmação da indicação terapêutica. Neste aspeto torna-se vital o diálogo com médicos e enfermeiros, levando assim a tratamentos mais eficazes e garantindo a segurança dos utentes.

No que diz respeito à preparação dos medicamentos, cabe ao farmacêutico a preparação por exemplo dos medicamentos citotóxicos e produtos de nutrição parentérica. A preparação de manipulados utilizados em diversas áreas do hospital são também responsabilidade pelo FH.

O método de distribuição de medicamentos tem vindo a evoluir e os farmacêuticos tiveram um papel crucial no que diz respeito ao nível de informatização atual dos hospitais, sendo que a prescrição eletrónica está implementada há quase uma década na farmácia hospitalar em Portugal.

Em regime ambulatório, são dispensados medicamentos de elevado valor e é imperativo um aconselhamento devido quanto ao uso do medicamento, garantindo sempre a efetividade das políticas do medicamento, uma vez que o farmacêutico estabelece o último contato com o doente [3-4].

2.2) Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares

Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares são departamentos com autonomia técnica e científica sujeitos à orientação geral dos Órgãos Administradores dos hospitais, que asseguram a terapêutica dos doentes, a qualidade e eficácia dos medicamentos, promovendo ao mesmo

3

tempo ações de investigação científica e de ensino. São estas as competências básicas exigidas a estes serviços. As principais responsabilidades destes serviços centram-se na gestão do medicamento e de outros produtos farmacêuticos, na implementação e monotorização da política do medicamento e na gestão dos orçamentos hospitalares [5].

Compete assim aos SFH as seguintes funções:

 Selecionar e adquirir medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos;  Aprovisionar, armazenar e proceder à distribuição dos medicamentos experimentais e

dispositivos usados para a sua administração, bem como os medicamentos já utilizados;  Produzir medicamentos;

 Analisar matérias-primas bem como produtos acabados;  Distribuir medicamentos e outros produtos de saúde  Participar em Comissões Técnicas

 A Farmácia Clínica, a Farmacocinética, a Farmacovigilância e assegurar a prestação de cuidados Farmacêuticos;

 Colaborar na elaboração de protocolos terapêuticos  Participar em ensaios clínicos

 Colaborar na prescrição de Nutrição Parentérica bem como na sua preparação  Ceder informação sobre o medicamento

 Desenvolver ações de formação

Tendo em conta todas as responsabilidades e funções dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares, podemos estabelecer as seguintes áreas funcionais:

 Seleção e aquisição  Receção e armazenamento  Preparação  Controlo  Distribuição  Informação

 Farmacovigilância, Farmacocinética e Farmácia Clínica [5]

3)

Os SFH no Hospital Privado de Alfena

No Hospital Privado de Alfena os SFH são da responsabilidade da farmacêutica Dra. Ana Araújo e funcionam segundo um horário que pretende responder de forma eficaz às necessidades do hospital, sendo esse horário de Segunda a Sexta das 9h00 até às 18h00, com intervalo de uma hora para almoço. Para necessidades fora do horário normal está disponível o contato da farmacêutica coordenadora do grupo Dra. Patrícia Moura. Para garantir o bom funcionamento dos serviços farmacêuticos é seguido um plano operacional semanal (tabela 1), que permite a manutenção de stocks de fármacos de todos os serviços.

4

Tabela 3- Plano operacional dos SF do Hospital Privado de Alfena

Segunda-feira

 Efetuar o débito da medicação de fim de semana (tendo em conta as altas)  Gerar e satisfazer o pedido da Urgência  Gerar e satisfazer o pedido do

internamento (INT5)

 Preparação e entrega da dose unitária dos pisos 5 e 6

Terça-feira

 Satisfazer o pedido de medicação, soros e embalagens vazias do Bloco Operatório  Gerar e satisfazer o pedido do INT5  Preparação e entrega da dose unitária

dos pisos 5 e 6

Quarta-feira

 Efetuar consumo aos serviços  Gerar e satisfazer o pedido do INT5  Preparação e entrega da dose unitária

dos pisos 5 e 6

 Efetuar controlo de validades da medicação dos serviços

Quinta-feira

 Satisfazer o pedido de medicação, soros e embalagens vazias do Bloco Operatório  Gerar e satisfazer o pedido do INT5  Preparação e entrega da dose unitária

dos pisos 5 e 6

Sexta-feira

 Satisfazer o pedido de medicamentos, soros e embalagens vazias da Urgência  Gerar e satisfazer o pedido do INT5  Preparação e entrega da dose unitária

dos pisos 5 e 6 (inclusive a dose unitária do fim de semana)

 Debitar a medicação de Sexta-feira  Realização da encomenda semanal à

5

Para além do discriminado anteriormente na tabela, diariamente é ainda verificada toda a medicação levantada pelos diversos serviços do hospital, bem como realizado o seu débito. A satisfação dos pedidos de serviços como Medicina Dentária, Endogastroentereologia, Consultas externas, Serviço de Esterilização são também realizados diariamente. A receção das encomendas geralmente é realizada à segunda-feira.

O farmacêutico é também responsável por diariamente validar as prescrições médicas, reverter a medicação do dia anterior e fazer o débito da medicação da dose unitária. No que diz respeito à preparação de manipulados, geralmente esta tem lugar à terça-feira, no entanto em caso de aumento das necessidades esta preparação ocorre a qualquer outro dia da semana.

3.1) Localização dos SFH e descrição do espaço físico

De acordo com o descrito no “Manual de Farmácia Hospitalar”, a localização dos serviços farmacêuticos (SF) de um hospital deverá, sempre que seja possível e viável, estar de acordo com determinados pressupostos, nomeadamente:

 Facilidade de acesso externo e interno;

 Implantação de todas as áreas no mesmo piso, incluindo o armazém se presente;  Em caso de existência do setor de distribuição de medicamentos a doentes ambulatórios,

este deve localizar-se na zona de circulação normal destes doentes, como por exemplo junto das consultas externas;

 A localização deve ser próxima a sistemas de circulação vertical como elevadores[5]. No Hospital Privado de Alfena está localizada a Farmácia Central (FC) responsável por servir a todas as unidades do GTS, bem como o armazém. Estes dois espaços estão localizados, juntamente com a Farmácia do HPAV, no piso -1 do edifício com facilidade de acesso externo e também interno. Estes serviços encontram-se próximos de elevadores privados nos quais apenas pode circular pessoal devidamente autorizado.

A FC trata-se de um espaço amplo dividido em três partes principais, uma região de receção e preparação de encomendas, uma região de armazenamento de medicamentos e uma terceira região onde podemos encontrar o gabinete da farmacêutica coordenadora do grupo e também a câmara de preparação de fármacos citotóxicos.

A farmácia do HPAV constitui um espaço bem iluminado e também ele dividido em seções. Imediatamente a seguir à entrada da farmácia encontra-se uma secção onde estão armazenados os soros e soluções estéreis. Na parte central encontram-se os medicamentos, organizados por forma farmacêutica sendo que ampolas, comprimidos, pomadas e material de penso se encontram separados fisicamente e organizados por ordem alfabética segundo a substância ativa e respetiva dosagem. Pode ainda ser encontrada nesta região uma mesa de trabalho, um frigorífico para armazenamento de produtos de frio, um lavatório para lavagem de mãos, um termo-higrómetro elétrico, e equipamentos de segurança como o extintor, sistema de

6

alarme automático e estojo de primeiros socorros, localizados de forma bem visível e de fácil acessibilidade.

No interior da farmácia encontram-se três divisões separadas fisicamente da região central. Uma das salas destina-se à preparação de manipulados onde podemos encontrar uma mesa de trabalho, uma hotte e um armário onde se encontram arrumadas as matérias-primas. Numa segunda sala encontra-se a máquina de reembalamento automático de fármacos, e por fim uma terceira sala onde se encontra o cofre (local onde são guardados os medicamentos de legislação especial) e onde são armazenados todos os produtos inflamáveis, embalagens vazias, stock avançado e arquivos.

4)

Sistema Informático

No dia a dia do farmacêutico a complexidade e quantidade de informação, determina a necessidade extrema de ferramentas que permitam gerir os serviços farmacêuticos da melhor forma possível. Graças ao desenvolvimento de ferramentas eletrónicas adaptadas ao funcionamento dos hospitais, conseguiu-se numa plataforma única incluir todos os processos associados ao uso do medicamento, simplificando assim os mesmos.

Todo o GTS trabalha utilizando os meus programas informáticos, uniformizando assim o funcionamento do grupo. O sistema informático (SI) utilizado é o Glintt® - CPCHS (Companhia Portuguesa de Computadores – Healthcare Solutions). Este é usado para um vasto conjunto de funções como gestão de stocks, pedidos semanais, realização e satisfação de pedidos dos serviços, consulta de prescrições médicas, criação dos mapas de dose unitária entre outras.

Na FC é utilizado o Intranet, pela Dra. Patrícia Moura, no qual ela realiza as compras necessárias para a satisfação dos pedidos das diversas unidades hospitalares. O PHC® é o software utilizado também a nível da FC para realizar a receção de encomendas e emitir as guias de transporte.

Recorrendo a estes três sistemas informáticos consegue-se uma maior rentabilidade e desempenho nos serviços prestados.

5)

Recursos Humanos

Os recursos humanos são essenciais para o bom funcionamento dos serviços farmacêuticos hospitalares, sendo que no HPAV são assegurados pela farmacêutica Dra. Ana Araújo, sob a supervisão da Dra. Patrícia Moura, também farmacêutica e responsável por coordenar todo o grupo. Ambas asseguram o bom funcionamento dos serviços de acordo com

Documentos relacionados