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Utilização das tecnologias de informática.

No documento PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (páginas 87-102)

5 OS ACHADOS DA PESQUISA

5.2 OS PROFESSORES E O COORDENADOR DE CURSO.

5.3.2 Utilização das tecnologias de informática.

As tecnologias de informática vêm sendo utilizadas por 88% dos alunos segundo eles próprios, como meio para realizarem seus estudos. Apenas 6% declararam não se utilizar dessas ferramentas e 3% afirmou utilizar com pouca freqüência e outros 3% não responderam.

Todos os alunos com ingresso como portadores de diploma ou por transferência interna admitiram utilizar as tecnologias de informática para realizar os seus estudos.

Nestas condições, entre os que ingressaram através concursos vestibulares, estiveram 88% e entre os que ingressaram por transferência externa, 50%. Isso parece deixar claro que o fato de já ter uma vivência, ou melhor, algum conhecimento na área de engenharia dá ao aluno uma maior visão da necessidade da utilização dessas ferramentas no dia a dia do estudo, uma vez que, já têm conhecimento de que são ferramentas que se farão necessárias na atividade profissional futura, (Tabela 35).

1998 % 1999 % 2000 % 2001 % Total % Ves tibular 5 63% 3 38% 4 50% 5 63% 17 53% Trans ferência Interna 3 38% 2 25% 2 25% 1 13% 8 25% Portador de diploma 0 0% 3 38% 2 25% 1 13% 6 19% Trans ferência externa 0 0% 0 0% 0 0% 1 13% 1 3% Total 8 8 8 8 32 Fo n t e: P esquisa diret a A no de ingres s o % % % % % Sim 14 88% 7 100% 7 100% 1 50% 29 91% Não 1 6% 0 0% 0 0% 1 50% 2 6% As vezes 1 6% 0 0% 0 0% 0 0% 1 3% Total 16 7 7 2 32 Fo n t e: P esquisa diret a total Ves tibular Trans ferência Interna Portador de diploma Trans ferência externa

Tabela 35 Você utiliza as novas tecnologias de informática para realizar s eus es tudos ? Modalidade de ingres s o no curs o

Os alunos entrevistados apontaram vinte (20) disciplinas que lhes exigiram a utilização das novas tecnologias da informática: Desenho de Construção Civil, Pesquisa Operacional, Física, Introdução à Informática, Cálculo, Introdução a Engenharia, Projeto Arquitetônico entre Outras. Dentre essas disciplinas foram destacadas: Desenho de Construção Civil que foi lembrada por 25% do total dos entrevistados, Computação Aplicada à Engenharia com 16% e Pesquisa Operacional com 12% (Tabela 36).

Dentre os softwares mais utilizados, o Autocad foi o mais citado por 31% do total de alunos entrevistados, seguido do Excel, 24% e o Word 18%, quase a totalidade dos alunos afirmou que existem na Universidade essas novas tecnologias da

1998 % 1999 % 2000 % 2001 % tota % 5 16% 3 20% 1 6% 0 0% 9 12% 1 3% 1 7% 0 0% 0 0% 2 3% 3 6% 2 13% 3 19% 4 33% 12 16% 2 6% 0 0% 1 6% 0 0% 3 4% 1 3% 0 0% 0 0% 0 0% 1 1% 5 16% 5 33% 7 44% 2 17% 19 25% 1 3% 0 0% 0 0% 0 0% 1 1% 1 3% 1 7% 0 0% 0 0% 2 3% 2 6% 0 0% 1 6% 3 25% 6 8% 1 3% 0 0% 0 0% 2 17% 3 4% 1 3% 2 13% 0 0% 0 0% 3 4% 1 3% 0 0% 0 0% 0 0% 1 1% 1 3% 0 0% 1 6% 0 0% 2 3% 1 3% 0 0% 0 0% 0 0% 1 1% 3 10% 0 0% 1 6% 0 0% 4 6% 1 3% 0 0% 0 0% 0 0% 1 1% 1 3% 1 0% 0 0% 0 0% 2 3% 0 0% 1 7% 0 0% 0 0% 1 1% 1 0% 0 0% 1 6% 0 8% 2 3% 32 16 16 11 75

Tabela 36 Ao longo do curs o que realiza alguma dis ciplina exigiu o us o des s as tecnologias de informática?

Ano de ingres s o

Es tatís tica

Materiais de cons trução Cálculo numérico

Topografia Res is tência dos materiais

Des enho de cons trução civil fo n t e: P esquisa diret a Química Tatal Hidráulica Mecânica Solos Es tatís tica

Pes quis a operacional Introdução à engenharia Computação aplicada à engenharia Introdução à Informática Projeto arquitetônico Á lgebra Linear Fís ica Cálculo

informática disponíveis para que eles possam utilizar, contra apenas 9% que afirmaram não existirem (Tabela 37 e Tabela 38).

Tabela 38 Existem ma universidade essas novas tecnologias de informática disponíveis para que você possa utilizar? Ano de ingresso 1998 % 1999 % 2000 % 2001 % Total % Sim 7 88% 8 1% 6 75% 7 88% 28 88% Não 1 13% 0% 1 13% 1 13% 3 9% Não respondeu 0 0% 1 13% 0% 1 3% Total 8 8 8 8 32 100%

Fonte: Pesquisa direta

5.3.3 Opinião sobre o curso

A maior deficiência do curso, segundo os alunos, está na falta de aulas práticas e de laboratórios, apontada em 55% das citações. Neste caso, levou-se em consideração a deficiência de laboratórios em termos de máquinas e equipamentos e mesmo a falta de laboratórios, bem como, a distancia destes, sendo aí enfocado não apenas os laboratórios de informática, mas também todos os laboratórios necessários para um curso de engenharia, tais como, laboratórios de mecânica dos solos, ensaios de corpos de provas etc.

1998 % 1999 % 2000 % 2001 % total % Internet 1 6% 1 7% 0 0% 2 13% 4 7% Excel 4 25% 2 13% 3 25% 4 27% 13 24% W ord 4 25% 2 13% 2 17% 2 13% 10 18% PowerPoint 0 0% 1 7% 1 8% 2 13% 4 7% Coreldraw 0 0% 0 0% 0 0% 1 7% 1 2% A utocad 5 31% 4 27% 5 42% 3 20% 17 31% Matcad 1 6% 0 0% 0 0% 1 7% 2 3% Matlab 1 6% 0 0% 0 0% 0 0% 1 2% lindo 0 0% 2 13% 0 0% 0 0% 2 3% Pert 0 0% 1 7% 0 0% 0 0% 1 2% Total 16 15 12 15 55 Fo n t e: P esquisa diret a A no de ingres s o

No caso dos laboratórios de informática, as queixas segundo alguns alunos foram: “quando existe o acesso, só com o professor” e ainda “existe sim, mas não do curso especificamente”, indicando que o curso utiliza os laboratórios de informática de domínio de outro ou outros cursos, ficando eles na dependência de estarem disponíveis no momento que pretendem usá-los.

A deficiência do corpo docente foi apontada, em 24% das respostas.

A deficiência “está nos alunos” e “falta de recursos” (especificando biblioteca) foram apontados em 7% do total de respostas (Tabela 39).

A falta de prática e laboratório foi apontada por todos os alunos oriundos do curso com ingresso através de transferência interna e 78% dos alunos portadores de diploma que também são oriundos do curso de Licenciatura em Construção Civil. Apenas 27% do total dos alunos que ingressaram através concurso vestibular e 50% dos oriundos de transferência interna apontaram essa deficiência. Ë importante situar-se que a ocorrência de ausência de deficiência foi verificada para 5% das respostas dos que ingressaram por vestibular e 50% para as referencias entre os que ingressaram por transferência externa. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS % % % % % 10 45% 0 0% 0 0% 0 0% 10 24% 2 9% 0 0% 1 11% 0 0% 3 7% 6 27% 8 100% 7 78% 1 50% 22 55% 1 5% 0 0% 1 11% 1 50% 3 7% 3 14% 0 0% 0 0% 0 0% 3 7% 22 8 9 2 41

Está nos profess ores

Fo n t e: P esquisa Diret a Total total Não apontou deficiência Falta de recursos (biblioteca) Está nos alunos Está na falta de aulas prática e laboratório Transferência externa Modalidade de ingresso Portador de diploma Ves tibular Transferência Interna

Tabela 39 Qual a deficiência que você acredita exis tir e que compromete a formação do aluno do curs o de Engenharia civil?

Admite-se que as grandes empresas estão atentas às mudanças que vem ocorrendo no mundo do trabalho e considerando-se a necessidade de adaptação a esse novo ambiente de alta concorrência, inserem em seus modelos de gestão a atualização das tecnologias como forma de buscar a racionalização dos processos produtivos e empresariais, com vistas à redução de custos, satisfação dos trabalhadores e clientes, visando o aumento da competitividade. Além disso, que as mudanças estão ocorrendo no mundo de forma ágil, considerando-se os meios de informação disponíveis na atualidade.

Os questionamentos e reflexões que essa investigação propiciou, apontam para algumas perspectivas do futuro da organização do trabalho e suas correlações com as exigências qualificadoras dos trabalhadores via educação escolar e via empresas e as implicações dessas tendências tanto no campo político, como no campo econômico, social e cultural.

Essas mudanças, já definidas na literatura da qual nos valemos como campo teórico, inicia-se pelas tendências do capital de natureza internacional que para se expandir tende a difundir suas idéias nos setores menos adiantados ou dito em outras palavras, os países centrais tendem a difundir suas idéias nos países periféricos, conforme salientou Kawamura (1986) quando afirmou que paises subdesenvolvidos como o Brasil desenvolveu-se tecnologicamente segundo o interesse dos capitais estrangeiros adquirindo destes e adaptando à nossa realidade tecnologias, às vezes, já superadas. Bianchetti também considera que:

Há paises que produzem tecnologias e outros que são incluídos no mundo globalizado, na condição de consumidores. Isto como imposição dos paises produtores de tecnologias, com as orientações e direcionamentos de investimentos dos organismos internacionais (FMI, BIRD, CEPA) e com o aval dos governantes dos paises consumidores de tecnologia. (BIANCHETTI, 2001, p 35).

Diante da nova realidade, passa a ser exigido pelos setores da produção e serviços, o ajustamento do sistema de educação como um todo, e do sistema de ensino profissional, em particular, para propiciar na formação da futura força de trabalho uma cultura empresarial, que pode ser entendida no presente momento histórico como sendo, a formação de um trabalhador generalista. Formação esta que deve ser abrangente, voltada para o raciocínio abstrato, para a capacidade de planejar, para uma comunicação mais fácil tanto verbal quanto escrita, como também, facilitando o trabalho de equipe, a

aquisição de cultura geral suficiente para poder enfrentar eventuais situações adversas no mercado de trabalho. Isto significa um trabalhador com capacidade de identificar alternativas e, especialmente, com uma mentalidade flexível que lhe permita a participação nos processos de inclusão-exclusão do mercado de trabalho.

Observou-se na pesquisa que há consenso entre os professores da necessidade de mudanças na pedagogia adotada e de uma maior articulação entre os professores e alunos, deixando de lado a pedagogia tradicional voltada para o professor. No entanto, deve-se ter em mente que não é um tecnólogo ou especialista, que domina uma área de conhecimento e um mundo de experiências que vai transferir seus conhecimentos para seus aprendizes; é um professor-educador que vai colaborar para que aquele jovem aprenda a ser um engenheiro competente e compromissado com o desenvolvimento da sociedade em que vive.

Colenci (2000) afirma existir um descompasso entre o ensino praticado e o estágio em que se encontra o desenvolvimento da tecnologia e que isso tem levado à busca de um novo modelo pedagógico e isto, também, a pesquisa de algum modo evidenciou. Portanto, caberia à universidade posicionar-se diante deste processo e frente às reais necessidades de seus clientes internos e externos.

Mesmo diante dessas constatações torna significativa a declaração de um entrevistado quando afirmou: “tenho sérias críticas à formação dos engenheiros porque o professor ainda é aquele dador de aulas”, o que vem reforçar a idéia de que não se pode continuar ensinando o que nos foi ensinado e do mesmo modo. Como afirmou Bermudez (1999), precisamos ter em mente que o futuro do engenheiro que entrará no mercado de trabalho é diferente do presente de quem nele está.

O ciclo de vida da tecnologia apresenta uma tendência a se tornar cada vez menor e cada vez mais curto que a formação dos graduados em engenharia. O que significa que o ensino tradicional, mantido dentro dos padrões atuais, não conseguirá reagir à obsolescência do conhecimento.

Neste contexto, é preciso contar com a tecnologia para colocar conhecimento dinamizado ao alcance de um número cada vez maior de profissionais, de modo que possa acompanhar o avanço tecnológico, numa permanente adaptação.

Faz-se necessário o desenvolvimento e uso de sistemas computacionais para apoio ao ensino que estimulem nos estudantes e professores a participarem de um diálogo interativo. Novas tecnologias de comunicação e de informação conseguem aumentar a confiabilidade e a qualidade do processo de transmissão do conhecimento.

O aprendizado envolve a disposição para experimentar, para adquirir novos conhecimentos e trazer inovações aos métodos e técnicas de ensino, de modo que novas idéias possam ser colocadas em prática.

Com relação à formação do engenheiro a pesquisa revelou que esta enfrenta problemas como a falta de atividades práticas que venham proporcionar ao egresso uma maior aproximação com o que está sendo exigido pelo mercado atualmente bem como uma melhor definição do que se deve ser trabalhado com o aluno no que diz respeito ao uso das novas tecnologias de informática.

Outro aspecto importante que ficou claramente exposto foi à dificuldade existente com a carência de laboratórios necessários para as práticas das disciplinas.

Foi apontada ainda uma dificuldade na utilização dos laboratórios de informática existentes já que estes segundo os entrevistados, principalmente os alunos, não são de domínio do curso e o uso pelos alunos fica prejudicado.

Ficou claramente exposto ainda que a instituição universitária deve empenhar-se na formação de seu quadro docente, ainda que muitos tenham se qualificado sem o apoio da instituição onde atuam.

É importante considerar que segundo Bazzo, “uma forte tendência entre os professores, quando admitem a existência de problemas na aprendizagem, é a de transferir a responsabilidade desses fracassos ou para os alunos ou para as deficiências materiais de infra-estrutura” (BAZZO, 2000, p-35).

No que se refere à pesquisa esta afirmação é também constatada, embora com nuances específicas. Para os professores tanto das disciplinas básicas quanto das disciplinas profissionalizantes os problemas do curso estão na falta de recursos didáticos tais como laboratórios e biblioteca equipada com livros atualizados, enquanto que para os estudantes a maior deficiência do curso, está na falta de aulas práticas e também de laboratórios. Neste caso, levou-se em consideração a deficiência de laboratórios em termos de máquinas e equipamentos, a falta de laboratórios, bem como, a distância destes, sendo aí enfocado não apenas os laboratórios de informática, mas sim todos os

laboratórios necessários para um curso de engenharia, tais como, laboratórios de mecânica dos solos, ensaios de corpos de provas etc.

Ademais é importante considerar também que as novas tecnologias são desenvolvidas a partir do conhecimento profundo das ciências básicas e dos conceitos fundamentais de sua área de atuação e que o conhecimento aprofundado dos conceitos básicos possibilitarão ao futuro engenheiro a atuação em áreas tecnológicas que nem sequer existiam durante sua formação universitária e que as tecnologias de ponta devem ser estudadas, mas apresentadas como aplicações dos princípios básicos e não como finalidade do aprendizado.

Sendo assim, pode-se afirmar que no curso, no qual buscou-se a amostra desta pesquisa existem deficiências, seguramente comuns nos demais cursos de engenharia nessa área, especialmente quanto ao uso das novas tecnologias computacionais.

Estas deficiências que ficaram claras na pesquisa passam principalmente pela falta de laboratórios e pela dificuldade para uso no curso, o que impossibilita um melhor desenvolvimento e acompanhamento das práticas tanto por parte dos alunos como por parte dos professores.

A investigação também apontou como causa da deficiência dos cursos de engenharia a formação dos professores, como já apontava Bazzo (2000).

Moraes (1999) também parece acreditar na necessidade de melhoria ou mudanças na formação dos professores de engenharia quando questiona se os engenheiros estão preparados para utilizarem as novas ferramentas da informática se os responsáveis pela sua formação relutam em utilizá-las em sua potencialidade máxima. Segundo a autora:

O novo engenheiro está vivendo num cenário cibernético, informático e informacional que vem marcando cada vez mais o nosso cotidiano mediante mudanças socioeconômicas e culturais como também a maneira como pensamos, conhecemos e aprendemos o mundo (MORAES, 1999, p 9). A autora citada chama atenção dos educadores que hoje se visa alcançar a construção de um cidadão que saiba conviver com mudanças, ser analítico, reflexivo e crítico. E que o mercado de trabalho está exigindo um profissional capaz de continuar aprendendo, participando e interagindo com outros profissionais e principalmente um indivíduo capaz sentir-se feliz como pessoa e como profissional, vivendo num mundo

em permanente mobilidade e evolução, ser um cidadão com um potencial cognitivo ampliado, versátil, autônomo, capaz de transmitir emocional e intelectualmente, pelos diversos caminhos da sociedade o conhecimento, que possui visão de totalidade, associada à formação de competências básicas.

Os dados revelam que no âmbito da execução de obras de construção civil não há uma significativa interferência da introdução das novas tecnologias computacionais já que aí o computador é utilizado apenas como suporte para execução de controles tais como de consumo, freqüência de pessoal, digitação de pedidos de compra e outros documentos, utilizando para tanto programas mais conhecidos como o Word e Excel, além de na reavaliação de orçamentos de obra serem utilizados programas como Ms Orc e outros tantos utilizados para tal finalidade.

No entanto, observa-se considerável interferência das tecnologias de informática no escritório na execução de orçamento e planejamento de obras (atividade exercida pelo engenheiro orçamentista) para participação de concorrências com a finalidade de “ganhar” obras e, principalmente, nos escritórios de projetos diversos da construção civil utilizados para elaboração de cálculos estruturais e desenho (atividade exercida pelo engenheiro calculista estrutural).

Sendo assim, apesar dos entrevistados admitirem que há indícios de atualização dos cursos de engenharia que apontem para melhores perspectivas de oferecimento à sociedade de profissionais capazes de situarem-se diante das exigências do mercado fortemente condicionado pelos avanços tecnológicos, estes cursos ainda se encontram longe de desenvolverem nos estudantes as habilidades/qualificações/ competências que lhes possibilitem introduzir-se e manter-se num contexto que convive com dinâmica tão intensa no âmbito tecnológico.

Bazzo (2000) aposta em duas atividades fundamentais para um ataque efetivo ao problema dos cursos de engenharia: a formação profissional contínua do docente com ênfase especial em ensino de história, filosofia da ciência e da tecnologia; e a consolidação de uma massa crítica de educadores engajados em questões filosóficas e pedagógicas, via cursos de pós-graduação, de preferência nas próprias escolas de engenharia; quando ainda afirma que a formação do professor nessas áreas é de fundamentas importância.

Neste sentido, estaria Bazzo (2000) correto quando propõe que a formação dos engenheiros deveria conter principalmente elementos de conteúdo mais filosóficos? E como contar com professores e instituições cuja formação e práticas fossem apoiadas em tais campos?

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