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ÁREA ORGANIZACIONAL

4 Análise dos resultados

4.2 Análise das variáveis da motivação

4.2.4 Força motivacional resultante

4.2.4.3 Valores da força motivacional resultante

A força motivacional resultante foi obtida pela expressão seguinte, sendo interpretada como a força motivacional que leva o empregado a se engajar / envolver ou não com o processo de gestão da estratégia.

A expressão matemática da Força Motivacional Resultante de cada respondente é a seguinte: ) ( ) ( ) (n voln neng n R F F F = − Onde:

FR(n) – Força Motivacional Resultante do respondente n

Fvol(n) – Força Motivacional de engajamento voluntário do respondente n Fneng(n) – Força Motivacional de não engajamento do respondente n N – Identificação de cada respondente (até 162)

Quando FR(n) é maior que zero, uma predição é feita de que o empregado “n” se engajou; quando FR(n) é menor que zero, uma predição é feita de que o empregado “n” não se engajou; e quando FR(n) é igual a zero, nenhuma predição é realizada (FR(n) > 0, engajamento predito; FR(n) < 0, não engajamento predito; FR(n) = 0, nenhuma predição) (PARKER; DYER, 1976, p. 102-103).

Testes de normalidade e de homogeneidade da força motivacional resultante – Com o objetivo de explorar os dados para fundamentação das decisões sobre os procedimentos estatísticos adotados, a força motivacional resultante foi submetida a dois testes: um para verificar a normalidade e o outro para verificar a homogeneidade das variâncias em relação à importância total (calculada na subseção 4.3.1) e em relação ao conhecimento total (calculado na subseção 4.3.2) atribuídos ao processo de gestão da estratégia.

Pelos níveis de significância observados nos testes Kolmogorov-Smirnov (Lilliefors) e Shapiro-Wilk, apresentados na tabela 20 (4), a seguir, rejeita-se a hipótese nula de normalidade para a força motivacional resultante.

Tentativas sucessivas de obter a normalidade, a partir da retirada de outliers, não foram bem sucedidas, concluindo-se pela não normalidade da força motivacional resultante. O

Apêndice G exemplifica o boxplot de identificação de valores extremos da forma motivacional resultante.

Tabela 20 (4) – Teste de normalidade da força motivacional resultante

Statistic df Sig. Statistic df Sig.

Força Resultante ,112 162 ,000 ,930 162 ,000

a. Lilliefors Significance Correction

Kolmogorov-Smirnov(a) Shapiro-Wilk

Fonte: elaborado pelo autor

Em relação ao teste de homogeneidade das variâncias de Levene, pelos níveis de significância apresentados na tabela 21 (4), a seguir, rejeitam-se as hipóteses nulas de homogeneidade das variâncias da força motivacional resultante em relação à importância total atribuída ao processo de gestão da estratégia. O Spread vs. Level Plot desse teste forneceu um indicador de força de transformação igual a 0,635, o qual indica o tipo de transformação a ser aplicada na força motivacional resultante para se tentar alcançar a homogeneidade de suas variâncias em relação à importância total (SPSS, 1998, p. 58-59).

Tabela 21 (4) – Teste de homogeneidade das variâncias da força motivacional resultante em relação à importância total atribuída ao processo de gestão da estratégia

Estatist. Levene df1 df2 Sig.

Força Resultante Based on Mean 2,639 6 137 ,019

Based on Median 2,380 6 137 ,032

Based on Median and with adjusted df 2,380 6 81,710 ,036

Based on trimmed mean 2,573 6 137 ,022

Fonte: elaborado pelo autor

De forma similar, em relação ao teste de homogeneidade das variâncias de Levene, pelos níveis de significância apresentados na tabela 22 (4), a seguir, aceitam-se as hipóteses nulas de homogeneidade das variâncias da força motivacional resultante em relação ao conhecimento total atribuído ao processo de gestão da estratégia.

Tabela 22 (4) – Teste de homogeneidade das variâncias da força motivacional resultante em relação ao conhecimento total atribuído ao processo de gestão da estratégia

Estatist. Levene df1 df2 Sig.

Força Resultante Based on Mean 1,038 12 131 ,418

Based on Median 0,824 12 131 ,626

Based on Median and with adjusted df 0,824 12 97,392 ,626

Based on trimmed mean 1,009 12 131 ,445

Fonte: elaborado pelo autor

A partir do indicador de força de transformação apresentado no teste da homogeneidade das variâncias da força motivacional resultante em relação à importância total (0,635, apresentado anteriormente), foi aplicada a transformação da força motivacional resultante para a função quadrado, conforme a tabela de transformação fornecida pelo SPSS (SPSS, 1998, p. 58-59) não sendo possível obter a homogeneidade das variâncias da força motivacional resultante em relação à importância total atribuída ao processo de gestão da estratégia.

O gráfico Q-Q da força motivacional resultante pode ser observado na Figura 5 (4), a seguir.

Figura 5 (4) – Gráfico Q-Q da força motivacional resultante

Fonte: elaborado pelo autor

Observed Value 400 300 200 100 0 -100 E x p e c te d N o rm a l V a lu e 300 200 100 0 -100

Não obstante os resultados da análise de normalidade e homogeneidade da força motivacional resultante foram utilizados testes de correlação de Pearson1 (apresentados na seção 4.4 – análise das associações), para a análise das relações da força motivacional resultante com a importância total e com o conhecimento total atribuídos ao processo de gestão da estratégia.

Conclusões da força motivacional resultante – A tabela 23 (4), a seguir, apresenta os resultados obtidos para a força motivacional resultante, mantendo-se a mesma quantidade de classes da força motivacional de engajamento e de não engajamento. Os valores mínimo e máximo que podem ser obtidos são respectivamente -414 e +414, conforme a última linha da tabela 23 (4).

Os dados da tabela 23 (4) mostram que 72,8% dos respondentes apresentaram o valor da força motivacional resultante entre 0,01 e 100, enquanto 16,1% apresentaram valores entre 100,01 e 200, e 0,6% (um respondente) apresentou a força motivacional resultante entre 300,01 e 400. Observa-se, ainda, que 0,6% (um respondente) apresentou valor zero, enquanto 9,9% apresentaram valores da força motivacional resultante negativos, entre -100 e -0,01. Considerando-se o valor máximo que a força motivacional pode alcançar (414), pode-se afirmar que 99,4% dos respondentes apresentaram a força motivacional resultante com valores baixos (de zero a 200) ou negativos.

Adicionalmente, apenas 16,1% dos empregados alcançaram valores da força motivacional resultante na faixa de 100,01 a 200, sendo o maior valor igual a 193,1, o qual corresponde a apenas 46,64% do valor da força máxima. O único empregado que alcançou valor na faixa de 300,01 a 400, obteve uma força motivacional resultante de 313,2, correspondente a 75,65% do valor da força máxima.

Tabela 23 (4) – Resumo da força motivacional resultante

Força Motivacional Resultante Freqüência Percentual Percentual

Acumulado < -400 0 0,0 0,0 de -400 a -300,01 0 0,0 0,0 de -300 a -200,01 0 0,0 0,0 de -200 a -100,01 0 0,0 0,0 de -100 a -0,01 16 9,9 9,9 0,0 1 0,6 10,5 de 0,01 a 100 118 72,8 83,3 de 100,01 a 200 26 16,1 99,4 de 200,01 a 300 0 0,0 99,4 de 300,01 a 400 1 0,6 100,0 > 400 0 0,0 100,0 Total 162 100,0

Valor mínimo: -207 - (+207) = -414; Valor máximo: 207 - (-207) = +414.

Fonte: elaborado pelo autor

Dessa forma, a Hipótese 4 foi testada pelos escores da força motivacional resultante, tabela 23 (4), observando-se que a maioria absoluta dos empregados (99,4%) apresentou a força motivacional resultante com valores baixos (até 200, nulo ou negativo). Assim, rejeita- se a hipótese nula H0(4) e aceita-se a hipótese alternativa H1(4) de que a força motivacional resultante para participar do processo de gestão da estratégia na CHESF apresenta resultados baixos. Isto é, a motivação dos empregados para participarem do processo de gestão da estratégia pode ser considerada baixa, cujas implicações estão analisadas nas conclusões desse estudo.

Entretanto, não se pode afirmar que esse resultado da força motivacional resultante ocorreu como conseqüência de escores baixos da variável instrumentalidade, mas sim devido a escores baixos do efeito multiplicativo da fórmula de cálculo da força motivacional, onde a expectância voluntária apresentou média de 69,69% (Apêndice E). Adicionalmente, a força motivacional de não engajamento (média da expectância não voluntária de 49,94% – Apêndice E), para a maioria dos respondentes, contribuiu para a redução da força

motivacional resultante, em função do efeito subtrativo da fórmula de cálculo dessa força. Mesmo para os respondentes que apresentaram força motivacional de não engajamento negativa, cujo efeito é elevar a força resultante, esses valores são baixos, não elevando a força motivacional resultante de forma significativa. O quadro 5 (4), a seguir, apresenta a síntese do efeito da força motivacional de não engajamento sobre a força motivacional resultante.

45,06% 8,03% 46,91% 100,00% (a) Efeito de elevar a força motivacional resultante. Desses, para 95,89% o efeito da elevação foi inferior a 100.

(b) Sem efeito sobre a força motivacional resultante. (c) Efeito de reduzir a força motivacional resultante.

Respondentes com força motivacional de não engajamento zero (b) Respondentes com força motivacional de não engajamento negativa (a) Respondentes com força motivacional de não engajamento positiva (c) Total

Quadro 5 (4) – Efeito da força motivacional de não engajamento sobre a força motivacional resultante Fonte: elaborado pelo autor

4.2.4.4 Análise da força motivacional resultante com recompensas