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Art. 20. Compete ao Juiz da Vara Criminal:

I – processar e julgar os feitos criminais da competência do juiz singular, ressalvada a dos juízos especializados, onde houver;

O art. 20 estabelece, como atribuições do Juiz da Vara Criminal, o processamen-to e julgamenprocessamen-to dos processos criminais de competência do juiz singular, ressalva-da a dos juízos especializados, onde houver.

A especialização das Varas para apreciar e julgar os processos relativos a uma determinada matéria é medida importante para a celeridade da prestação jurisdi-cional. Assim, com o intuito de reduzir o volume de processos em trâmite nas varas criminais comuns, cuja competência seria, em tese, para processar e julgar os cri-mes em geral, a Lei de Organização Judiciária dispõe sobre as Varas com compe-tência especializada para o processamento e julgamento de determinados crimes.

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www.grancursosonline.com.br São elas:

Varas dos Tribunais do Júri, com competência para processar e julgar os crimes dolosos contra a vida (arts. 18/19);

Varas de Entorpecentes e Contravenções Penais, com competência para processar e julgar: I – os crimes relativos a tráfico de entorpecentes e os com ele conexos, ou seja, praticados em concurso com outro crime, ressalvada a competência do Tribunal do Júri, e II – as causas relativas às contravenções penais, salvo quando conexas com infração da competência de outra Vara (art. 21);

Varas de Delitos de Trânsito, com competência para processar e julgar os processos relativos às infrações penais previstas na legislação de trânsito, ressalvada a competência de outra Vara em crimes conexos ou seja, quando praticados em concurso com outro crime, e a dos Juizados Especiais Crimi-nais (art. 22).

Assim, excluídos os crimes de competência das Varas especializadas acima elen-cadas, compete ao Juiz da Vara Criminal comum processar e julgar, de forma residual, os demais crimes previstos na legislação penal, ressalvada a hipótese em que o acusado for autoridade com prerrogativa de função, caso em que, depen-dendo da hierarquia funcional da autoridade, será ela processado originariamente pelo TJDFT, pelo Superior Tribunal de Justiça ou pelo Supremo Tribunal Federal, por meio da ação penal originária.

II – praticar atos anteriores à instauração do processo, deferidos aos juízes de pri-meiro grau pelas leis processuais penais.

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A ação penal pública inicia-se, em regra, com o recebimento, pelo juiz, da de-núncia oferecida pelo Promotor de Justiça. Existem, todavia, procedimentos que tramitam antes da propositura da ação penal, como, por exemplo, os inquéritos policiais, os pedidos de liberdade provisória, as diligências. O art. 20, II, da LOJDFT, inclui, entre as competências dos Juízes criminais, a prática dos atos anteriores à instauração do processo judicial.

Sobre o procedimento das varas de natureza criminal, ver os arts. 5º/20 do Provimento Geral da Corregedoria.

82. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO 2007) Rogério foi preso em flagrante pelo crime de tentativa de homicídio. Em virtude de supostas irregularidades no ato da prisão e outras nulidades, Rogério impetrou habeas corpus. Nessa situação, a competência para processar e julgar o habeas corpus é do tribunal do júri da cir-cunscrição judiciária do DF em que ocorreu o fato.

Certo.

Compete ao presidente do Tribunal do Júri processar e julgar habeas corpus, quan-do o crime atribuíquan-do ao paciente for da competência quan-do próprio Tribunal quan-do Júri (art.

18, II). No caso, o crime de tentativa de homicídio, quando este for doloso, é de competência do Tribunal do Júri, cabendo-lhe, portanto, apreciar os habeas corpus respectivos.

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83. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2003) O roubo é legalmente considera-do pelo Código Penal como crime contra o patrimônio, mesmo quanconsidera-do seguiconsidera-do de morte da vítima; nos casos de roubo seguido de morte, a competência para julgar a correspondente ação penal será do tribunal do júri, nos termos da LOJDFT.

Errado.

O crime de roubo, ainda que seguido de morte, é classificado como crime contra o patrimônio, e não crime contra a vida. Sendo assim, a competência para processar e julgar esse tipo de crime é da vara criminal comum, e não do Tribunal do Júri, ao qual compete processar e julgar os crimes dolosos contra a vida (art. 18).

84. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2003) De acordo com a sistemática de competência das varas do tribunal do júri no Distrito Federal (DF), os inquéritos policiais instaurados para apurar o cometimento de crimes dolosos contra a vida serão de competência das varas criminais comuns e somente após o oferecimento da denúncia por parte do Ministério Público, com a consequente instauração da ação penal, surgirá a competência jurisdicional do tribunal do júri.

Errado.

Compete ao Tribunal do Júri processar os feitos de sua competência, ainda que anteriores à propositura da ação penal, até julgamento final (art. 19, I). Assim, os inquéritos policiais instaurados para apurar crimes dolosos contra a vida, que são procedimentos antecedentes à propositura da ação penal, serão sempre da compe-tência do tribunal do júri.

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85. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/1999) Nas varas do tribunal do júri, em razão da competência constitucional desse órgão e do princípio do juiz natural, to-dos os atos processuais de toto-dos os feitos devem ser praticato-dos, necessariamente, pelo juiz titular.

Errado.

Nas varas do tribunal do júri, sempre que possível, oficiará um Juiz de Direito Subs-tituto, que terá competência para realizar a instrução dos processos, sem prejuízo de outras atribuições que lhe sejam cometidas pelo juiz titular da vara (art. 19, parágrafo único). Assim, não é somente do juiz titular a competência para praticar os atos processuais.

86. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/1999) Aos juízes das varas criminais sem denominação específica em função de matéria compete processar e julgar quaisquer processos criminais, obedecida a distribuição.

Errado.

Aos juízes das varas criminais comuns compete processar e julgar os feitos crimi-nais de competência do juiz singular, excluídos os crimes de competência dos juízes especializados (Júri, Entorpecentes, Delitos de Trânsito), onde houver (art. 20, I).

87. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/1998) Os tribunais do júri têm compe-tência para julgar recursos interpostos contra sentenças proferidas por juízes de varas criminais, em matéria de crimes dolosos contra a vida.

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www.grancursosonline.com.br Errado.

Os tribunais do júri não têm competência para julgar recursos. Trata-se de órgão competente para o julgamento de crimes dolosos contra a vida (art. 18) A compe-tência para julgar recursos interpostos contra sentenças de juízes é do Tribunal de Justiça (art. 8º, III).

Seção III

Da Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais

Art. 21. Compete ao Juiz da Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais:

I – processar e julgar os feitos relativos a entorpecentes ou substâncias capazes de determinar dependência física ou psíquica e os com eles conexos, ressalvada a competência do Tribunal do Júri;

Com o advento da Lei n. 11.343/2006, que instituiu o Sistema Nacional de Po-líticas sobre Drogas, a competência da Vara de Entorpecentes e Contravenções, no tocante ao processamento e julgamento dos crimes, ficou restrita, em tese, às hipóteses que dizem respeito ao tráfico (fabricação, plantação, cultivo, importação, exportação, instigação, comercialização de drogas etc.) e associação para o tráfico.

As condutas tipificadas como “crime de uso para consumo próprio” não são mais apenadas com pena de reclusão, mas, sim, “de advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade, medida educativa de comparecimen-to a programa ou curso educativo”, e o agente que as cometer será processado e julgado perante os juizados especiais criminais, na forma do disposto nos arts. 60 e ss. da Lei n. 9.099, de 26/9/1995, salvo se houver concurso de crimes.

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Se o “crime de uso para consumo próprio” for praticado em conexão com outro cri-me (roubo, por exemplo), a conduta criminosa será julgada pela Vara competente para a apreciação do outro crime.

Se o crime relativo a entorpecentes for praticado em conexão com outro crime cujo julgamento seja da competência do Tribunal do Júri, este atrairá para si a com-petência para o julgamento também do crime relativo a entorpecentes.

Se o crime relativo a entorpecentes for praticado em conexão com outros crimes cujo julgamento seja da competência de outra vara de natureza criminal, exceto o Tribunal do Júri, a Vara de Entorpecentes e Contravenções atrairá para si a compe-tência para o julgamento de ambos os crimes.

Para conhecimento: há decisões do Tribunal de Justiça dispondo sobre a com-petência dos Juizados Criminais para o julgamento do crime de uso, mesmo quando praticado em concurso com crime de competência de outra vara, quando inexis-tente vínculo jurídico entre os crimes (Acórdão n. 485.595).

II – decretar interdições, internamento e quaisquer medidas de natureza adminis-trativa previstas na legislação pertinente;

III – baixar atos normativos visando à prevenção, à assistência e à repressão, rela-cionados com a matéria de sua competência;

IV – fiscalizar os estabelecimentos públicos ou privados destinados à prevenção e à repressão das toxicomanias e à assistência e à recuperação de toxicômanos, bai-xando os atos que se fizerem necessários;

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V – processar e julgar as causas relativas às contravenções penais, salvo quando conexas com infração da competência de outra Vara.

Contravenções penais são as infrações penais de menor potencial ofensivo, punidas com pena de prisão simples ou multa, e julgadas pelos Juizados Especiais Criminais.

O art. 61 da Lei n. 9.099/1995 dispõe sobre a competência dos Juizados Espe-ciais Criminais para o julgamento das contravenções penais e dos crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos.

Se a contravenção penal for praticada em conexão com crime de competência de outra vara, esta atrairá para si a competência para o julgamento também da con-travenção penal.

88. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2003) Ainda que uma contravenção pe-nal seja conexa com crime de competência de vara crimipe-nal comum, o julgamento da contravenção caberá à vara de contravenções; deverá, nesse caso, haver o des-membramento dos autos.

Errado.

Se a contravenção penal for praticada em conexão com crime de competência de outra vara, esta atrairá para si a competência para o julgamento também da con-travenção penal (art. 21, V).

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89. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2003) A competência do Poder Judiciá-rio consiste essencialmente no julgamento de litígios, mas os juízes das varas de entorpecentes possuem também a de expedir atos normativos relacionados à pre-venção, à assistência e à repressão em matéria de entorpecentes.

Certo.

Além de processar e julgar os feitos relativos a entorpecentes, compete ao Juiz da Vara de Entorpecentes entre outras, baixar atos normativos visando à prevenção, à assis-tência e à repressão, relacionados com a matéria de sua compeassis-tência (art. 21, III).

90. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/1999) Processo por crime relativo a substância entorpecente pode ser julgado no tribunal do júri.

Certo.

Processo por crime relativo a entorpecentes pode ser julgado no Tribunal do Júri quando o crime relativo a entorpecentes for praticado em conexão com outro crime da competência do Tribunal do Júri (art. 21, I).

91. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/1997/ADAPTADA) Tratando-se de crime envolvendo tráfico de entorpecentes, a ação penal respectiva será processada e julgada em uma das varas criminais de Brasília.

Errado.

Tratando-se de crime envolvendo tráfico de entorpecente, a competência será da Vara Especializada de Entorpecentes (art. 21, I).

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92. (QUESTÃO INÉDITA) Praticados em conexão os crimes de tráfico de drogas e receptação de veículo roubado, a competência para o processamento e julga-mento dos crimes é da vara de entorpecentes e contravenções penais.

Certo.

Compete ao Juiz da vara de entorpecentes e contravenções penais processar e julgar os feitos relativos a entorpecentes ou substâncias capazes de determinar dependência física ou psíquica e os com eles conexos, ressalvada a competência do tribunal do júri (art. 21, I). Para esclarecer a regra, cabe um exemplo: se o crime de tráfico é praticado em conexão com o crime de receptação, a Vara de Entorpecentes atrai a competência para o julgamento dos dois crimes; todavia, caso fosse praticado, além do tráfico e da receptação, também um homicídio do-loso, a competência passaria a ser do tribunal do júri, pois a este compete o jul-gamento dos crimes dolosos contra a vida e os com eles praticados em conexão.

Seção IV

Da Vara de Delitos de Trânsito

Art. 22. Compete ao Juiz da Vara de Delitos de Trânsito processar e julgar os feitos relativos às infrações penais previstas na legislação de trânsito, ressalva-da a competência de outra Vara em crimes conexos e a dos Juizados Especiais Criminais.

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A Vara de Delitos de Trânsito é a Vara especializada para apreciar e julgar os processos relativos a infrações previstas na legislação de trânsito, como, por exemplo, o homicídio culposo na direção de veículo automotor, previsto no art.

302 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9.503/1997).

Se for doloso o homicídio praticado na direção de veículo automotor, a compe-tência para o julgamento será da Vara do Tribunal do Júri.

Se a infração for praticada em conexão com crime de competência de outra vara, esta atrairá para si a competência para o julgamento também da infração de trânsito.

As infrações de trânsito de menor potencial ofensivo, ou seja, a que a lei co-mine pena máxima não superior a 2 (dois) anos (lesão corporal culposa, omis-são de socorro, entregar direção à pessoa não habilitada etc.), cumulada ou não com multa, são processadas e julgadas pelos Juizados Especiais Criminais.

Para conhecimento: após a edição da Resolução n. 15, de 04/11/2014, que criou a Circunscrição Judiciária do Guará, não mais existe a Vara Especiali-zada de Delitos de Trânsito da Circunscrição Judiciária de Brasília. A competên-cia das Varas Criminais de Brasília foi ampliada para processar e julgar os feitos relativos às infrações penais previstas na legislação de trânsito, ressalvada a competência de outra Vara em crimes conexos e a dos Juizados Especiais Cri-minais.

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Para facilitar a memorização, segue na tabela abaixo a lista de alguns delitos que podem ser julgados em diferentes varas de natureza criminal, dependendo do caso.

CRIME COMPETÊNCIA

Crimes dolosos contra a vida (homicídio, feminicí-dio, infanticífeminicí-dio, aborto, induzimento, instigação ou

auxílio a suicídio)

Tribunal do Júri (art. 18).

Crimes relativos a entorpe-centes ou substâncias

capa-zes de determinar depen-dência física ou psíquica

Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais (art. 21, I).

Vara do Tribunal do Júri, quando praticados em conexão com crime doloso contra a vida (art. 21, I).

Infrações penais previstas na legislação de trânsito

Vara de Delitos de Trânsito (art. 22).

Vara do Tribunal do Júri, quando praticados em conexão com crime doloso contra a vida (art. 22).

Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais, quando pra-ticados em conexão com crime relativo a entorpecentes (art.

22).

Vara do Juizado Especial Criminal, se o crime for de menor potencial ofensivo (art. 22, parte final).

Infrações penais comuns (roubo, furto, estelionato, estupro, receptação, crimes culposos contra a vida etc.)

Vara Criminal (art. 20, I).

Vara do Tribunal do Júri (onde houver), quando praticados em conexão com crime doloso contra a vida (art. 20, I).

Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais (onde houver), quando praticados em conexão com crime relativo a entorpe-centes (art. 20, I).

93. (CESPE/TJDFT/NOTÁRIOS/OUTORGA DE PROVIMENTO/2003) Se um in-divíduo deliberadamente utilizar seu automóvel para atropelar um desafeto, aproveitando ocasião em que este atravesse uma via pública, o processo para julgar o crime praticado pelo motorista caberia a uma das varas de delitos de trânsito.

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A questão descreve um crime doloso contra a vida, ou seja, praticado com a in-tenção de matar. O processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida é da competência do Tribunal do Júri (art. 18).

94. (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2003) Os homicídios decorrentes de aci-dentes de trânsito serão julgados pelo tribunal do júri, ainda quando cometidos culposamente.

Errado.

Ao Tribunal do Júri compete o julgamento dos crimes dolosos contra a vida (art.

18). Os homicídios decorrentes de acidentes de trânsito somente serão julgados pelo tribunal do júri se cometidos dolosamente. Os homicídios culposos decorrentes de acidentes de trânsito são julgados pela Vara de Delitos de Trânsito, onde houver, ou, não havendo, na vara criminal comum (art. 22).

95. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/1997) Uma ação penal por homicídio culposo cometido em acidente de trânsito será processada e julgada na Vara do Tribunal do Júri.

Errado.

A competência do Tribunal do Júri é para os crimes dolosos contra a vida. Homicídio culposo cometido em acidente de trânsito será processado e julgado na Vara de Delitos de Trânsito, onde houver, ou, não havendo, na vara criminal comum (arts. 19 e 22).

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