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TjDFT Lei de organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios

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Lei de organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios

TjDFT

Lei de Organização Judiciária – Parte I

Livro Eletrônico

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S UMÁRIO

Legislação Interna Aplicada ao TJDFT ...3

Apresentação ...3

Sobre o TJDFT ...3

Sobre a Banca Examinadora ...5

Sobre como é Cobrada a Legislação Interna do TJDFT nos Concursos ...6

Sobre a Metodologia do Curso ...9

Sobre o Poder Judiciário ...10

Sobre a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios ...14

Sobre a Legislação Interna do TJDFT ...17

Resumo ... 176

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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LEGISLAÇÃO INTERNA APLICADA AO TJDFT Apresentação

Formada em Letras pela Universidade de Brasília (UnB) e em Direito pelo Uni- CEUB, com especialização em Direito Processual Civil pelo ICAT – Instituto de Coo- peração e Assistência Técnica do Centro Universitário do Distrito Federal, hoje UDF.

Servidora Pública aposentada no cargo de Analista Judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), onde exerceu durante mais de vinte anos assessoria de magistrado. Autora dos livros para concursos “TJDFT em Es- quemas” e “STF em Esquemas”, ambos detidos ao ensino dos Regimentos Internos e legislação correlata dos respectivos Tribunais. Exerce atualmente a docência na Escola de Formação Judiciária Luiz Vicente Cernicchiaro do TJDFT, ministrando cur- sos de Técnicas de Redação Jurídica com vistas à capacitação e ao aperfeiçoamento dos servidores da Casa. Também ministra aulas de Redação Jurídica no Gran OAB do Gran Cursos Online e ainda de Regimentos Internos de Tribunais (TJDFT, STF e TST) em Cursos preparatórios para concursos.

Sobre o TJDFT

Olá, aluno(a), estou aqui com a grata missão de acompanhá-lo(a) nessa cami- nhada rumo à aprovação no concurso do TJDFT, ministrando o curso referente à Legislação Interna aplicada ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, a qual abrange a Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios, o Regimento Interno do Tribunal e o Provimento Geral da Correge- doria, aplicado aos Juízes e aos Ofícios Judiciais.

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Você sabe que o concurso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Ter- ritórios (TJDFT) é um dos mais cobiçados do país, não apenas pelo grande núme- ro de convocações, mas também pelos inúmeros atrativos que a Corte oferece.

Entre os atrativos, podemos citar, em primeiro lugar, o vencimento (usual- mente conhecido como salário) que, embora ainda não tenha alcançado o pata- mar ideal, é capaz de proporcionar uma vida confortável, incluindo um vale-re- feição de valor bastante satisfatório. Em segundo lugar, vem a carga horária de trabalho, que é de sete horas corridas, o que torna a vida do servidor mais fácil, pois pode contar com um período do dia livre para os afazeres pessoais. Em ter- ceiro lugar, o TJDFT conta com um bom convênio médico, que proporciona aten- dimento médico-hospitalar nas melhores clínicas e hospitais de Brasília. Além do convênio médico, o TJDFT possui um serviço médico e odontológico interno de primeira qualidade, que abrange quase todas as especialidades médicas, apto ao atendimento ambulatorial, tanto no fórum de Brasília como nas cidades satélites.

E a lista de benefícios não para por aí. Há fóruns em quase todas as cidades sa- télites, possibilitando ao servidor trabalhar em lugar próximo de sua residência.

Tem ainda uma excelente Escola de Formação Judiciária que oferece educação corporativa, visando ao desenvolvimento e aprimoramento de habilidades dos servidores. Tem uma biblioteca invejável, com enorme acervo de livros, que é considerada uma das melhores do Serviço Público. E ainda um restaurante com bom atendimento e preço acessível. E a quem interessar, há um sindicato e uma associação fortalecidos que ajudam a amparar os direitos do servidor. Atualmen- te, há inclusive mobilização da categoria no sentido de alterar o Plano da Carreira dos Servidores do Judiciário.

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No Tribunal de Justiça, o ambiente de trabalho é saudável, as pessoas se intera- gem muito bem e a maioria dos servidores é comprometida com o serviço. No mais das vezes, as condições de trabalho são propícias, com instalações confortáveis, um bom serviço de informática e tudo o mais necessário ao bom desempenho das ativi- dades profissionais. Hoje em dia é prática cada vez mais comum o desempenho do teletrabalho. Só há elogios a se fazer sobre o ambiente e as condições de trabalho no Tribunal, tanto é que, nomeada no ano de 1980, de lá só saí quando me aposentei.

E mais um detalhe: no Tribunal de Justiça, o servidor efetivo ocupante do cargo de Técnico Judiciário tem a chance de exercer cargo comissionado, seja de assessor de Desembargador, seja de Diretor de Secretaria de Vara, seja ainda de Diretor de outras Secretarias Judiciárias ou Administrativas, desde que possua o curso su- perior em Direito. Quando desempenham tarefas próprias de cargos privativos de bacharel em Direito, poderão contar esse tempo como prática jurídica para fins de realização de concurso de carreiras de estado.

Como se pode ver, você tem muitos motivos para estudar para o concurso do TJDFT. Então, vamos lá.

Sobre a Banca Examinadora

Os últimos concursos do Tribunal foram realizados pelo Cespe, hoje denomina- do Cebraspe, que, no tocante à avaliação, adota, na maioria das vezes, questões do tipo CERTO ou ERRADO, embora, nos últimos tempos, venha demonstrando uma pequena tendência à aplicação de questões de múltipla escolha. No tocante à correção, o Cebraspe é conhecido por penalizar o candidato quando este erra um item da prova. Essa metodologia, como sabemos, tem o objetivo de valorizar o candidato estudioso, que conhece a matéria, e de prejudicar aquele que se arrisca a responder as questões por impulso, sem o devido conhecimento.

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Hoje em dia, tendo em vista a acirrada concorrência entre os candidatos, acer- tar uma questão a mais do que o seu concorrente pode fazer uma grande diferença para a aprovação.

Por isso, leia com bastante atenção os enunciados das questões e tente resol- ver o maior número possível delas. Evite o “chute”. No tocante ao nosso conteúdo, tenho certeza de que você, que irá estudar por este material, estará preparado(a) para enfrentar as questões e gabaritar essa parte da prova.

Tome bastante cuidado para não preencher, na folha de respostas, os dois cam- pos (CERTO) e (ERRADO) de uma mesma questão, pois, se isso ocorrer, a questão não será computada. Todavia, essa marcação em duplicidade, em algumas situa- ções, pode ter um lado positivo. É a hipótese, por exemplo, de você perceber que se equivocou ao preencher a folha de respostas, colocando Certo quando deveria colocar Errado ou vice-versa. Nesse caso, é recomendado fazer a marcação dos dois campos, pois, convenhamos, é melhor ter uma questão não computada do que ser avaliada como incorreta, o que acarreta a perda de uma questão marcada de forma correta.

Com relação à nossa matéria, veja como ela é cobrada pela banca no capítulo seguinte.

Sobre como é Cobrada a Legislação Interna do TJDFT nos Con- cursos

Você sabe que o concurso do TJDFT, sem exageros, é um dos mais concorridos do país pelas razões já declinadas. Por isso é necessário estudar bastante.

Estudar bastante significa ler todo conteúdo, rever a matéria e realizar exercícios.

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No concurso do TJDFT, faz muita diferença estudar a matéria relativa à Legis- lação Específica do Tribunal, a qual abrange a Lei de Organização Judiciária, o Re- gimento Interno do TJDFT e o Provimento Geral da Corregedoria. No concurso de 2015 foram cobradas catorze questões sobre a legislação interna, o que representa mais de dez por cento da prova, que contou com cento e vinte questões ao todo.

Mas ocorre que o candidato acha que não vale à pena estudar essa matéria porque ela não será aproveitada em outros concursos como são, por exemplo, as matérias de Direito Constitucional, Direito Administrativo e Português. Aí ele come- te dois erros: o primeiro é achar que não vai ser aprovado; o segundo é deixar de estudar conteúdo relevante e que, se aprovado, será útil para o desempenho das atividades no Tribunal.

Então, querendo ser aprovado, foque na prova do TJDFT. Esqueça as outras provas. E não pense em reprovação. Senta o glúteo na cadeira e começa a estudar agora. A aprovação depende basicamente do candidato, mas um bom curso, como o do Gran Cursos, pode ajudar bastante. E um pouquinho de sorte também não faz mal a ninguém, não é mesmo?

Sobre essa matéria, as bancas examinadoras costumam elaborar as questões com base no que chamamos de “letra fria da lei”, ou seja, pautando-se geralmente, salvo em concursos para o cargo de Juiz ou de Notários, em que já foram cobradas algumas jurisprudências, no texto literal do ato normativo, não exi- gindo o estudo aprofundado de doutrinas jurídicas nem de jurisprudência, como é exigido nas matérias de Direito Constitucional e Administrativo, por exemplo. A propósito, cabe enfatizar que você não precisa conhecer outras rotinas ou normas internas do Tribunal que estejam fora da legislação ora estudada, pois isso é perda de tempo na certa. O examinador, em geral, formula as questões de forma restrita, sem fazer correlação com outros artigos ou com outros normativos legais.

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Essa metodologia tem um lado bom e um lado ruim para os candidatos. O lado bom é que não é necessário estudar doutrinas ou jurisprudência a respeito do assunto, reduzindo, assim, o tempo de dedicação ao estudo da matéria. O lado ruim é que é preciso fazer uma leitura do texto seco do Regimento, o que exige do candidato um maior esforço de memória para a fixação do conteúdo.

Sobre o conteúdo, foram cobradas, nos últimos vinte anos em que o Cespe realiza o concurso, questões dos mais variados capítulos do Regimento, com uma certa preferência pela matéria acerca da organização, da composição e da competência dos Órgãos Julgadores. Mas, como sabemos, as bancas de concur- sos são imprevisíveis e podem surpreender, por isso é importante estudar, com afinco, todo o conteúdo exigido pelo edital.

Assim, para gabaritar a prova, é necessário estudar detalhadamente os tex- tos legais. Mas caso você não tenha tempo disponível para ler toda a legislação, priorize alguns capítulos, como os que tratam da composição e da organização do Tribunal, da competência jurisdicional e administrativa de Juízes e dos Órgãos Julgadores, dos cargos de direção, das eleições, dos Desembargadores, que são os conteúdos mais cobrados nesse tipo de disciplina pelas bancas examinadoras em geral.

Saiba que, gabaritando este conteúdo, você pode sair à frente daqueles que estudam apenas as matérias comuns a todos os concursos.

Então, não percamos tempo e vamos aos estudos!

Mas, antes, vamos conhecer a metodologia deste curso.

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Sobre a Metodologia do Curso

Como já dissemos, a disciplina de que ora tratamos, embora de grande impor- tância, é menosprezada pelos concursandos em geral porque, em regra, o conteú- do não é aproveitado para outros certames.

Em geral, não há livros doutrinários nem jurisprudência sobre a matéria. Isso tem um lado bom e um lado ruim. O ponto positivo é que não é necessário estudar material extra. E o ponto negativo é que se exige do candidato um esforço extra de memória.

Sabedora das dificuldades enfrentadas pelos candidatos no estudo desta ma- téria, nós transformamos este curso sobre a Legislação Interna do TJDFT em uma forma mais prazerosa de estudar este conteúdo.

A maioria dos candidatos gosta de ter em mãos o “texto seco” da lei. Por isso, adotamos a metodologia de trazer, como parte do conteúdo programático, o texto literal do ato normativo, contextualizando-o com algumas notas explicativas neces- sárias ao entendimento da matéria.

E para aqueles que não gostam, mas precisam de ler a legislação, o conteúdo vem apresentado em quadros e tabelas, de forma simplificada e dinâmica, sem delongas, para não haver perda desnecessária de tempo, cabendo esclarecer que os artigos autoexplicativos foram reproduzidos de forma literal nas tabelas. Além disso, foram elaborados esquemas, desenhos e mapas conceituais para ajudar na compreensão e memorização dos temas abordados.

Alguns quadros não seguem a ordem rígida dos artigos, pois foram organizados de forma a ensejar melhor compreensão do conteúdo.

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E para você testar o conhecimento, foram selecionadas questões de provas de concursos anteriores e elaboradas outras, inéditas, totalizando quase mil questões, devidamente ADAPTADAS à realidade atual, organizadas por assun- tos, todas com os respectivos gabaritos comentados, de modo a propiciar a você conhecer os capítulos e seções mais abordados pela banca examinadora de concurso.

Você verá, logo na primeira leitura, que a Legislação Interna do TJDFT não é esse bicho de sete cabeças como a pintam por aí. Você vai promovê-la de vilã para mocinha da história.

Mas antes de adentrarmos no estudo da Legislação Interna do TJDFT, vamos dar uma pincelada na matéria relativa ao Poder Judiciário, do qual faz parte o TJDFT.

Sobre o Poder Judiciário

O PODER JUDICIÁRIO, juntamente com o PODER LEGISLATIVO e o PODER EXECUTIVO, formam os três poderes da União, conforme divisão concebida por Montesquieu em sua teoria da separação dos poderes.

Embora não seja o foco do nosso estudo, lembremos que ao Poder Legisla- tivo cabe elaborar as leis vigentes no País e ao Poder Executivo, administrar a coisa pública, executando as leis.

Por sua vez, ao PODER JUDICIÁRIO compete interpretar e aplicar a norma constitucional e as leis infraconstitucionais aos litígios levados à sua aprecia- ção, garantindo, assim, o direito dos cidadãos e do Estado.

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Segundo o art. 92 da Constituição Federal, são órgãos do Poder Judiciário:

ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO o Supremo Tribunal Federal;

o Conselho Nacional de Justiça;

o Superior Tribunal de Justiça;

o Tribunal Superior do Trabalho;

os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

os Tribunais e Juízes do Trabalho;

os Tribunais e Juízes Eleitorais;

os Tribunais e Juízes Militares;

os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

O Poder Judiciário tem sua estrutura assentada na hierarquia dos órgãos que o compõem, representada por suas instâncias julgadoras.

A Justiça de Primeira Instância, também denominada “Justiça do Primeiro Grau de Jurisdição”, é aquela formada por JUÍZES singulares, que julgam uni- pessoalmente os litígios. Apresenta-se, em geral, como o órgão competente para examinar e julgar pela primeira vez o conflito de interesse apresentado ao Poder Judiciário. É composta pelos Juízes Federais, Juízes Eleitorais, Juízes do Trabalho, Juízes Militares e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e dos Territórios.

A Justiça de Segunda Instância, também denominada “Justiça do Segun- do Grau de Jurisdição”, é aquela formada pelos TRIBUNAIS DE SEGUNDA INS- TÂNCIA, também denominados Tribunais de Apelação: são os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Militares e os Tribunais de Justiça (dos Estados e do Distrito Federal).

Tratam-se de órgãos colegiados, que julgam em grupos de juízes, denominados DESEMBARGADORES. Os tribunais de segunda instância são competentes para o

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julgamento dos recursos interpostos contra as decisões/sentenças dos Juízes de Primeira Instância e para o processo e julgamento das causas originárias, ou seja, aquelas que iniciam no próprio Tribunal, como se este fosse a primeira instância jul- gadora. Quando os Tribunais de Segunda Instância julgam os recursos provenien- tes da Justiça de Primeiro Grau, diz-se que julgou em última instância; e quando julga as causas originárias, diz-se que julgou em única instância.

A Instância Especial é formada pelos TRIBUNAIS SUPERIORES: o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Superior Tribunal Militar (STM). Tratam-se também de órgãos colegiados, que julgam em grupos de juízes, denominados MINISTROS. É compe- tente para o julgamento dos recursos interpostos contra as decisões dos tribunais de segunda instância em matéria infraconstitucional e para o processo e jul- gamento das causas originárias, ou seja, aquelas que iniciam no próprio Tribunal, como se este fosse a primeira instância julgadora.

Por último, temos a Instância Extraordinária, constituída pelo Supremo Tri- bunal Federal, competente para o julgamento dos recursos interpostos contra as decisões dos tribunais em matéria constitucional e para o processo e julgamento das causas originárias, ou seja, aquelas que iniciam no próprio STF como se este fosse a primeira instância julgadora.

Por sua vez, o Conselho Nacional de Justiça, que também integra o Poder Ju- diciário, possui atribuições meramente administrativas e não exerce controle sobre os atos jurisdicionais dos magistrados. É “uma instituição pública que visa aperfei- çoar o trabalho do sistema judiciário brasileiro, principalmente no que diz respeito ao controle e à transparência administrativa e processual”.

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Vejamos, em organograma, a hierarquia do Poder Judiciário:

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Bem, agora que já conhecemos os aspectos gerais do Poder Judiciário, passe- mos ao estudo da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

Sobre a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

A Constituição Federal confere aos Estados o poder de organizar sua Justiça, observados os princípios estabelecidos no texto constitucional, cabendo à Consti- tuição do Estado definir a competência dos tribunais e ao Tribunal de Justiça a ini- ciativa da lei de organização judiciária (art. 125, caput, e seu § 1º).

O Distrito Federal, por sua singularidade, ora se equipara aos Estados, ora aos Municípios, pois acumula as competências legais conferidas a ambos os entes da federação. A Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF) é a lei maior no âmbito do Distrito Federal e ostenta status de constituição local, mas nada dispõe acerca da competência da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

A competência da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios é definida pela Lei n. 11.697, de 13 de junho de 2008, denominada Lei de Organização Judiciá- ria do Distrito Federal e dos Territórios (LOJDFT), de iniciativa do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

A Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, no desempenho da jurisdição, equipara-se à Justiça Estadual, pois realiza as mesmas atividades jurisdicionais desta (art. 92, VII, CF/1988). No âmbito administrativo, todavia, é órgão de natu- reza federal, dada a sua peculiar condição de ser mantida e organizada pela União (art. 21, XIII, CF/1988).

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A Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim como a Justiça Estadual, corriqueiramente conhecidas como Justiça Comum, são responsáveis pelo julga- mento das matérias não afetas aos demais órgãos especializados da Justiça, como são a Justiça Federal, a do Trabalho, a Eleitoral e a Militar.

Tanto a Justiça do Distrito Federal como a Justiça Estadual possuem a estrutura assentada em instâncias julgadoras ou graus de jurisdição.

Integram o primeiro grau de jurisdição os juízes de Direito e os Juízes Substitu- tos, os Tribunais do Júri (com competência para o processo e julgamento de crimes dolosos contra a vida), a Justiça Militar (com competência para o processo e jul- gamento de crimes militares), os Juizados Especiais Cíveis (com competência para o processo e julgamento de causas cíveis de menor complexidade), os Juizados Especiais Criminais (com competência para o processo e julgamento das infrações penais de menor potencial ofensivo) e as Turmas Recursais, integradas por Juízes (com competência para julgar os recursos interpostos contra as decisões proferidas por juízes dos juizados especiais).

O Segundo grau de jurisdição, por sua vez, é representado pelos Tribunais de Justiça (os TJs), no caso do Distrito Federal, pelo TJDFT, integrados por juízes de segunda instância denominados desembargadores. Possui competência recursal, ou seja, julga os recursos provenientes do primeiro grau de jurisdição e competên- cia originária, pois julga as causas originárias do Tribunal, que se iniciam e finali- zam no próprio Tribunal.

O ingresso na carreira da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim como na Justiça Estadual, dá-se no cargo inicial de Juiz Substituto, mediante con- curso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em Direito, no mínimo, três anos

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de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação (art. 93, I, CF/1988). A promoção do Juiz Substituto ao cargo de Juiz de Direito é feita, alternadamente, por antiguidade (consideram-se aspectos cronológicos) e merecimento (afere-se o desempenho, a produtividade e presteza no exercício da atividade jurisdicional e ainda a frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento), atendido o seguinte (art. 93, II, CF/1988):

é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; para ser promovido por merecimento, o Juiz Substituto deve exercer o cargo por dois anos na respectiva entrância (no Distrito Federal não tem entrância, por isso considera-se o tempo de exercício na vara) e integrar a primeira quinta parte da lista de antiguidade. Há uma exceção a essa regra: o Juiz Substituto poderá ser promovido a Juiz de Direito mesmo que não preencha esses requisitos, se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. No caso de promoção por antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o nome do juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus mem- bros. A promoção de juízes ao cargo de desembargador é denominada de acesso. O acesso aos tribunais de segunda instância dá-se também pelo critério de antiguida- de e merecimento, alternadamente, reservado 1/5 dos lugares para ocupação por membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes (art. 94, CF/1988). Recebidas as indicações, o tribunal for- mará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que escolherá um dos integran- tes para nomeação.

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Atualmente, não existem territórios federais, mas podem vir a ser criados, pois o art. 18, § 3º, da Constituição Federal prevê que “os Estados podem incor- porar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da po- pulação diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”. Em razão do permissivo constitucional, e já prevendo sua criação no futuro, o legislador ordinário fez incluir na Lei de Organização Judiciária a organização e o funcionamento da Justiça dos Territórios.

Pois bem! Conhecidas as noções básicas acerca da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, passemos a conhecer a legislação interna aplicada, que dita regras sobre a organização, a competência e o funcionamento do Tribunal.

Sobre a Legislação Interna do TJDFT

A Legislação interna do TJDFT abrange três atos normativos, a saber: a Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios, o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e o Provimento Geral da Corregedoria, aplicado aos Juízes e aos Ofícios Judiciais.

A LODFT (Lei n. 11.697, de 13/06/2008), de iniciativa do Tribunal de Justi- ça do Distrito Federal e dos Territórios, constitui-se de um conjunto de normas que organiza a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Ela estabelece normas sobre a composição, a organização e a competência, regula o funcionamento dos serviços auxiliares, estabelece regras para os servidores e estrutura os serviços prestados pelas serventias extrajudiciais (nome dado aos Ofícios de Notas e de Registro).

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Sobre a natureza da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já se pronunciou no sentido de que ainda que tenha sido editada pelo Congresso Nacional e seja considerada lei federal em si, a lei ostenta conteúdo normativo com status de lei local, porquan- to regula temas inerentes ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Logo, sua análise escapa da competência constitucional do STJ, ou seja, afasta a necessidade da missão uniformizadora do STJ e, por isso, deve incidir, por analo- gia, a Súmula n. 280/STF: “por ofensa a direito local não cabe recurso extraordi- nário”. (Precedentes: AgRg no AgRg no Ag 1.170.369/DF, Relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe 15/5/2012; AgRg no AREsp 184.261/DF, Relator Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, DJe 13/9/2013; e AgRg no AgRg no AgRg na MC 20.867/DF, Relator Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Tur- ma, DJe 4/9/2013) (REsp 1404292 / DF, Relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe 11/9/2014).

A LODFT dita normas tanto para os Ofícios Judiciais (Justiça de Primeira Ins- tância ou de Primeiro Grau de Jurisdição) quanto para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (Justiça de Segunda Instância ou do Segundo Grau de Jurisdição). A instância, como já vimos, é uma espécie de hierarquia entre os órgãos do Poder Judiciário, sendo a primeira instância o órgão de menor hierarquia.

Os Ofícios Judiciais possuem ato normativo próprio, denominado Provimen- to Geral da Corregedoria, o qual constitui-se de um conjunto de normas editadas pela Corregedoria de Justiça com o objetivo de regulamentar o funcionamento dos órgãos da Justiça de Primeira Instância do Distrito Federal e dos Territó- rios. Nele são estabelecidas regras de conduta e procedimentos a serem observa- dos por juízes e servidores dos cartórios das varas no cumprimento de suas tarefas.

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O Tribunal de Justiça, por sua vez, possui como ato normativo o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o qual constitui-se de um conjunto de normas, editadas e aprovadas pelos próprios mem- bros do Tribunal (art. 96, I, CF/1988), que servem para regular as atividades insti- tucionais e judicantes atribuídas ao Órgão pela Constituição Federal. O Regimento Interno regulamenta a organização, a composição, o funcionamento, a competên- cia, as atribuições, os serviços prestados e a tramitação dos processos no Órgão.

Veja no organograma a seguir a Legislação Interna do Distrito Federal e dos Territórios:

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Sobre a natureza jurídica dos Regimentos Internos de Tribunais, o Supremo Tribunal Federal pronunciou-se no julgamento da ADI 1105MC/DF, no sentido de equipará-los à lei. A prevalência da lei ou do regimento, diz a Excelsa Corte,

“depende da matéria regulada, pois são normas de igual categoria”. “Em maté- ria processual prevalece a lei, no que tange ao funcionamento dos tribunais o regimento interno prepondera”.

Pois bem! Estabelecidos esses conceitos introdutórios básicos, passemos, a seguir, ao estudo da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Ter- ritórios.

Nesta primeira demonstrativa, abordaremos o conteúdo relativo aos arts. 1º a 44 que inclui: a organização, composição e competência do Tribunal de Justi- ça; o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade; as atribuições dos ocupantes dos cargos de direção; a composição do Primeiro Grau de Jurisdição; a competência das varas em geral.

Lembrando que segue o texto seco do Regimento, acompanhado das respec- tivas tabelas, quadros, organogramas. E veja, ao final, o gabarito das questões com os respectivos comentários.

Força, amigo(a)!

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PARTE 1

LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

LEI N. 11.697, DE 13 DE JUNHO DE 2008

Dispõe sobre a organização judiciária do Distrito Federal e dos Territórios e revoga as Leis ns. 6.750, de 10 de dezembro de 1979, 8.185, de 14 de maio de 1991, 8.407, de 10 de janeiro de 1992, e 10.801, de 10 de dezem-

bro de 2003, exceto na parte em que instituíram e regularam o funciona- mento dos serviços notariais e de registro no Distrito Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LIVRO I

DA ESTRUTURA DA JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS TÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei organiza a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios e regula o funcionamento dos seus serviços auxiliares, dos seus servidores e da estrutura dos serviços notariais e de registro.

OBSERVAÇÕES PRELIMINARES

Organizar a Justiça: significa instituir os órgãos jurisdicionais da Justiça, ou seja, estabelecer quais são os órgãos julgadores e a competência deles para a instauração e julgamento de processos.

Regular o funcionamento dos serviços auxiliares: significa ditar normas de conduta para a observância por servidores no auxílio às tarefas jurisdicionais e administrativas dos magistrados.

Serviços auxiliares: são aqueles prestados por servidores com vistas a assistir os Juízes e os Órgãos Julgadores do Tribunal.

Serviços notariais e de registro: são aqueles desempenhados pelos cartórios extrajudiciais: de notas e de registro.

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Art. 2º Compõem a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios:

I – o Tribunal de Justiça;

O Tribunal de Justiça é o órgão colegiado de segundo grau de jurisdição, ou de segunda instância, constituído por seus órgãos julgadores (Tribunal Pleno, Conselho Especial, Conselho da Magistratura, Câmara de Uniformização, Câmaras especializadas e Turmas especializadas) e por seus membros, denominados de- sembargadores.

Ao Tribunal compete processar e julgar os recursos provenientes das decisões proferidas pelos juízes singulares, de primeiro grau de jurisdição ou de primeira instância, bem como as ações originárias previstas em lei, que se iniciam no próprio Tribunal.

As decisões do Tribunal de Justiça são, em regra, proferidas de forma coletiva pe- los órgãos julgadores, mas podem também ser tomadas por um desembargador, uni- pessoalmente, por meio de uma decisão monocrática. Os desembargadores, quando decidem monocraticamente, o fazem como porta-voz do órgão colegiado a que per-

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tencem. As decisões tomadas pelos órgãos julgadores são denominadas “acórdãos”.

Os órgãos julgadores também são conhecidos como órgãos colegiados ou ainda como órgãos fracionários, quando constituídos de apenas uma fração dos membros do Tribunal.

II – o Conselho Especial;

O Conselho Especial é o órgão especial do Tribunal, criado de acordo com o permissivo do art. 93, XI, da Constituição Federal para o exercício das atribui- ções administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do Tribu- nal Pleno. É constituído de 21 desembargadores e tem como função jurisdicional julgar as causas de maior complexidade e relevância política, tais como ações di- retas de inconstitucionalidade, mandados de segurança originários, ações penais originárias, uniformização de jurisprudência, entre outras.

Sobre a composição do Conselho Especial, ver os arts. 7º/12 do Regimento In- terno; sobre a competência do órgão julgador, ver art. 13 (função jurisdicional) e 363 (função administrativa) do Regimento Interno.

III – o Conselho da Magistratura;

O Conselho da Magistratura é o órgão colegiado do Tribunal de Justiça, com- posto pela administração superior do Tribunal, ou seja, pelo Presidente do Tribunal, pelo Primeiro Vice-Presidente, pelo Segundo-Vice-Presidente e pelo Corregedor.

Exerce função jurisdicional e administrativa e suas atribuições estão previstas no

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Sobre a composição e a competência do Conselho da Magistratura, ver os arts.

14/16 do Regimento Interno.

IV – os Tribunais do Júri;

Os Tribunais do Júri são os órgãos jurisdicionais de primeira instância com- petentes para o processamento e julgamento dos crimes dolosos contra a vida (homicídio, feminicídio, infanticídio, aborto e induzimento, instigação ou auxílio a suicídio).

Sobre a competência dos Tribunais do Júri, ver os arts. 18/19 desta lei.

V – os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios;

Juiz de Direito é o funcionário investido de função jurisdicional a quem compe- te decidir, em primeira instância, os conflitos de interesses levados a seu julgamen- to. Trata-se de órgão singular do Primeiro Grau de Jurisdição (Justiça de Primeira Instância). É também denominado juízo singular ou juízo monocrático.

Sobre a competência dos Juízes de Direito, ver o art. 45 desta lei.

Ver ainda as atribuições dos Juízes de Direito estabelecidas no art. 1º do Provi- mento Geral da Corregedoria.

VI – os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal;

Juiz de Direito Substituto é o funcionário investido de função jurisdicional, em início de carreira, a quem compete decidir os conflitos de interesses postos a seu julgamento. Trata-se de órgão singular do Primeiro Grau de Jurisdição (Justiça

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de Primeira Instância). É também denominado juízo singular ou juízo monocrático.

O ingresso na carreira da magistratura no Distrito Federal se dá no cargo de Juiz de Direito Substituto. Eles substituem os juízes de direito e auxiliam nas varas das diversas Circunscrições Judiciárias do Distrito Federal, não possuindo localização fixa. Somente após dois anos de exercício na classe é que serão promovidos a Juí- zes de Direito e titularizados em uma Vara.

Sobre a competência dos Juízes de Direito Substitutos, ver os arts. 46/47 desta lei.

VII – a Auditoria e o Conselho de Justiça Militar.

Auditoria e Conselho de Justiça Militar é o órgão jurisdicional competente para processar e julgar os crimes militares previstos em lei específica, praticados por oficiais e praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, e também as ações judiciais ajuizadas contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do Júri quando a vítima for civil (art. 125, § 4º, da CF/1988). É constituída, em primeiro grau, por um juiz de direito, denomina- do juiz-auditor e pelos Conselhos de Justiça; e em Segundo grau, pelo Tribunal de Justiça.

Sobre a Justiça Militar do Distrito Federal, ver os arts. 36/41 desta lei.

Julgue os itens a seguir com base na Lei de Organização Judiciária do Distrito Fede- ral e dos Territórios, marcando “c” quando a questão estiver correta e “e” quando a questão estiver errada.

1. (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2013) Os tribunais do júri compõem a jus- tiça do Distrito Federal e dos territórios.

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A questão está correta porque não há palavras restritivas tais como “só” ou “so- mente”. Embora existam outros órgãos integrantes da Justiça (Tribunal de Justiça, Conselho Especial, Conselho da Magistratura, Juízes de Direito, Juízes de Direito Substitutos e Auditoria Militar), é correto afirmar que os Tribunais do Júri integram a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (art. 2º e incisos da LOJDFT).

2. (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2003 – DESMEMBRADA E ADAPTADA) Nos termos da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (LO- JDFT), os órgãos integrantes da Justiça do Distrito Federal e dos territórios não incluem o Conselho da Magistratura.

Errado.

O Conselho da Magistratura é um dos órgãos integrantes da Justiça do Distrito Fe- deral e dos Territórios (art. 2º, III). Os demais órgãos são: o Tribunal de Justiça, o Conselho Especial, os Tribunais do Júri, os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios, os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal e a Auditoria e o Conselho de Justiça Militar (art. 2º e incisos).

3. (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2003/DESMEMBRADA E ADAPTADA) Nos termos da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (LO- JDFT), os órgãos integrantes da Justiça do Distrito Federal e dos territórios não

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incluem os Tribunais do Júri do Distrito Federal.

Errado.

Os Tribunais do Júri são órgãos integrantes da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (art. 1º, IV). Os demais órgãos são: o Tribunal de Justiça, o Conselho Especial, o Conselho da Magistratura, os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios, os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal e a Auditoria e o Conselho de Justiça Militar (art. 2º e incisos).

4. (CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2003/DESMEMBRADA E ADAPTADA) Nos termos da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (LO- JDFT), os órgãos integrantes da Justiça do Distrito Federal e dos territórios não incluem as Varas das Circunscrições Judiciárias de Brasília.

Certo.

As Varas das Circunscrições Judiciárias de Brasília não estão na lista de órgãos que integram a Justiça do DFT (art. 2º). Os órgãos integrantes da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios são: o Tribunal de Justiça, o Conselho Especial, o Conse- lho da Magistratura, os Tribunais do Júri, os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios, os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal e a Auditoria e o Conselho de Justiça Militar (art. 2º e incisos).

5. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/1999/ADAPTADA) Além dos juízes de di- reito e dos juízes de direito substitutos, integra a Justiça do Distrito Federal o Con-

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Certo.

A questão está correta, porque não há palavras restritivas tais como “só” ou “so- mente”. Embora existam outros órgãos integrantes da Justiça (Tribunal de Justiça, Conselho Especial, Tribunais do Júri, Auditoria Militar), é correto afirmar que os juízes de direito, os juízes de direito substitutos e o Conselho da Magistratura inte- gram a Justiça do DFT (art. 2º e seus incisos).

6. (QUESTÃO INÉDITA) O Tribunal de Justiça é órgão integrante da Justiça do Dis- trito Federal e dos Territórios como são os Juízes de Direito e os Juízes de Paz.

Errado.

O Tribunal de Justiça e os Juízes de Direito são órgãos integrantes da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, não os Juízes de Paz. Para relembrar, são órgãos que compõem a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios: o Tribunal de Justiça, o Conselho Especial, o Conselho da Magistratura, os Tribunais do Júri, os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios, os Juízes de Di- reito Substitutos do Distrito Federal e a Auditoria e Conselho de Justiça Militar (art. 2º e incisos).

Art. 3º A competência dos magistrados, em geral, fixar-se-á pela distribuição dos feitos, alternada e obrigatória, na forma da lei.

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Competência é a habilitação do magistrado ou do Tribunal para o julga- mento de determinada causa. O Juiz não pode exercer a função jurisdicional em todos os lugares, tampouco pode decidir matérias de qualquer natureza, salvo nos casos em que atua em vara de competência geral.

A competência dos magistrados para o processamento e julgamento das ações judiciais é feita de diversas formas: em razão da pessoa, do lugar, do valor da causa, da matéria a ser examinada etc.

A LOJDFT, em seu art. 3º, estabelece a fixação da competência da Justiça de Primeira Instância em razão da distribuição dos feitos. A distribuição é a repartição igualitária e alternada dos processos entre os magistrados. A pre- cedência da distribuição fixa a competência quando, na mesma circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente para o julgamento da ação.

Circunscrição Judiciária é o nome dado, no Distrito Federal, para designar o limite territorial onde o juiz pode prestar a sua jurisdição. É o mesmo que

“comarca”.

A Justiça de Primeira Instância do Distrito Federal é dividida em várias Cir- cunscrições Judiciárias, de acordo com a localização geográfica (Circunscrição Judiciária de Brasília, do Gama, de Taguatinga, de Planaltina etc.). Uma Cir- cunscrição Judiciária pode abranger apenas uma ou mais de uma Região Admi- nistrativa do Distrito Federal.

Em uma Circunscrição Judiciária existem vários Ofícios Judiciais, nome dado para designar os Cartórios das Varas, que são o local onde o juiz exerce a sua jurisdição.

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Em uma Circunscrição Judiciária pode haver varas de competência geral, com competência para processar e julgar causas de naturezas diversas (ações cíveis, litígios empresariais, litígios de família, ações penais etc.); e Varas es- pecializadas, com competência para processar e julgar causas envolvendo uma matéria específica (varas especializadas em litígios de família, varas especializadas em matéria criminal, varas especializadas em matéria cível e empresarial etc.) Nas circunscrições judiciárias em que houver varas especializadas, a causa será julgada na vara com especialidade na matéria em discussão.

Também pode haver, em uma mesma Circunscrição Judiciária, mais de uma vara com competência para o julgamento de causas de mesma natureza (ex.: na Circunscrição Judiciária de Brasília há sete Varas de Família). Havendo em uma determinada circunscrição judiciária mais de uma vara competente para o julgamento de uma matéria específica, a distribuição dos processos entre os juízes será feita de forma obrigatória, alternada e paritária.

Na Justiça do Distrito Federal, existem ainda as varas com competência em todo o Distrito Federal. São varas especializadas em determinada matéria e que possuem jurisdição e competência para decidir os litígios provenientes de qualquer região administrativa do Distrito Federal (de Brasília, de Taguatinga, de Samambaia, de Sobradinho, de Planaltina, do Gama etc.). Trazem sempre o nome do “Distrito Federal” em sua denominação. São exemplos de varas com competência em todo o Distrito Federal: as Varas de Fazenda Pública do Distrito Federal, as Varas de Precatórias do Distrito Federal, as Varas de Entorpecentes e Contravenções Pe- nais do Distrito Federal, a Vara de Registros Públicos do Distrito Federal, a Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, a Vara de Falências, Recuperações Judiciais, Insolvência Civil e Litígios Empresariais do Distri- to Federal, a Justiça Militar do Distrito Federal, entre outras. Quando houver mais de uma vara especializada e com competência para atuar em todo o Distrito Federal, a distribuição será feita também de forma obrigatória, alternada e igualitária.

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Seguem exemplos para explicar como é feita a distribuição na Justiça de Primei- ra Instância. Ajuizada uma ação de anulação de escritura pública, o processo será distribuído diretamente à Vara de Registros Públicos, que é única no Distrito Federal com competência para apreciar a matéria. Ajuizada uma ação de alimentos na Cir- cunscrição Judiciária de Brasília, cuja competência é da Vara de Família, o processo será distribuído a uma das sete Varas de Família existentes em Brasília com igual competência para o julgamento do feito, salvo se houver prevenção, caso em que a distribuição será feita ao juízo prevento.

7. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/1999) A competência dos magistrados fi- xa-se, necessariamente e em caráter não passível de modificação, pela distribuição dos feitos, que é alternada e obrigatória.

Errado.

Segundo o art. 3º, a competência dos magistrados, em geral, fixar-se-á pela dis- tribuição dos feitos, alternada e obrigatória, na forma da lei. A locução “em geral”

significa que a distribuição dos feitos fixa a competência dos magistrados quando na mesma circunscrição judiciária houver mais de um juiz igualmente competente para o julgamento da ação. Assim, a banca examinadora, ao inserir o advérbio “ne- cessariamente”, generalizou a questão, tornando-a incorreta.

8. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/1998) A organização judiciária do Distrito Federal está regulada em lei editada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, regularmente sancionada pelo Governador do Distrito Federal.

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A organização judiciária do DF está regulada em lei federal (Lei n. 11.697/2008), editada pelo Congresso Nacional e regularmente sancionada pelo Presidente da República.

9. (QUESTÃO INÉDITA) A competência dos magistrados, quando determinada pela distribuição dos feitos, deverá ser alternada e obrigatória.

Certo.

Havendo em uma circunscrição judiciária mais de uma vara competente para o julgamento de uma ação, a distribuição dos processos entre os juízes será feita de forma obrigatória e alternada (art. 3º).

TÍTULO II

DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

CAPÍTULO I

DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL

Art. 4º O Tribunal de Justiça, com sede na Capital Federal, compõe-se de 48 (qua- renta e oito) desembargadores e exerce sua jurisdição no Distrito Federal e nos Territórios. (Redação dada pela Lei n. 13.264, de 2016)

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ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Sede É o local físico onde funciona o Tribunal. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios tem sua sede na Capital Federal.

Jurisdição

É o poder-dever de decidir os conflitos de interesses estabelecidos entre as partes litigantes.

O poder de decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territó- rios é delimitado à área do Distrito Federal e dos Territórios Federais. Isso quer dizer que o TJDFT não pode exercitar sua jurisdição em outro estado da federação ou em outro país.

Desembargador

É o nome dado para designar o magistrado membro de Tribunal de segunda instância (do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, dos Tribu- nais de Justiça dos Estados, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribu- nais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais). É o juiz de segunda instância ou do segundo grau de jurisdição.

COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Número de membros: 48 desembargadores

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48

10. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/1998) A jurisdição do Tribunal de Justi- ça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), nos termos da lei, não ultrapassa os limites territoriais do DF.

Errado.

A jurisdição do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios alcança não somente os limites geográficos do Distrito Federal, mas também os Territórios Fe- derais (art. 4º).

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11. (QUESTÃO INÉDITA) O poder do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Ter- ritórios para solucionar conflitos é delimitado à área geográfica do Distrito Federal.

Errado.

A jurisdição (poder de solucionar conflitos) do Tribunal de Justiça do Distrito Fede- ral e dos Territórios é exercida não somente dentro da área geográfica do Distrito Federal, mas alcança também os Territórios Federais (art. 4º).

Art. 5º O Presidente, o Primeiro Vice-Presidente, o Segundo Vice-Presidente e o Corregedor serão eleitos por seus pares, na forma da Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAM, para um período de 2 (dois) anos, vedada a reeleição.

Pares: são os demais desembargadores do Tribunal.

Detalhes sobre a eleição dos cargos de direção do Tribunal, ver os arts. 4º, 42 e 371/376 do Regimento Interno e respectivo quadro esquemático.

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§ 1º Vagando os cargos de Presidente, Primeiro e Segundo Vice-Presidentes ou Corregedor, realizar-se-á nova eleição para completar o mandato, salvo se faltarem menos de 6 (seis) meses para o seu término, caso em que a substitui- ção do Presidente será feita pelo Primeiro e Segundo Vice-Presidentes, sucessiva- mente, e a destes ou do corregedor pelo desembargador mais antigo, observado o disposto no parágrafo único do art. 102 da Lei Complementar n. 35, de 14 de março de 1979 – Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

EM CASO DE VACÂNCIA DOS CARGOS DE DIREÇÃO DO TRIBUNAL Se faltarem seis meses ou mais para o término do mandato Presidente

Será realizada nova eleição para completar o mandato.

Primeiro Vice-Presidente Segundo Vice-Presidente

Corregedor

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Nota: o art. 42 do Regimento Interno reproduz o § 1º do art. 5º da LOJDFT, trazendo uma pequena diferença quanto à substituição dos membros de direção:

se faltarem menos de seis meses para o término do mandado, a presidência será exercida pelo Primeiro Vice-Presidente; e a Primeira Vice-Presidência, a Segunda Vice-Presidência ou a Corregedoria da Justiça, pelos demais membros, observada a ordem decrescente de antiguidade.

Veja que, pelo texto do Regimento Interno, o Presidente não será substituído pelo Segundo Vice, ao contrário do que estabelece a LOJDFT.

§ 2º A eleição do Segundo Vice-Presidente proceder-se-á somente quando da com- posição total do número de desembargadores definido no art. 4º desta Lei.

Essa regra, editada quando o Tribunal ainda era composto por trinta e cinco membros, previu a criação do cargo de Segundo Vice-Presidente quando o Tribunal alcançasse o número de quarenta desembargadores. Isso veio a acontecer com a edição da Lei n. 12.434/2011 e o primeiro desembargador a exercer o cargo de Segundo Vice-Presidente foi eleito no dia 5 de maio de 2012 pelo Tribunal Pleno e tomou posse no dia 5 de junho do mesmo ano.

Art. 6º A substituição de desembargador processar-se-á na forma da Lei Orgânica da Magistratura Nacional e do Regimento Interno.

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