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O vestuário da creança é composto de peças múltiplas e de natureza diversa.

Umas consistem em ligaduras muito compridas destinadas a envolver a creança, a que já nos re- ferimos quando tratamos do enfaixamento.

Outras são muito largas para cobrirem as ná- degas passando entre as pernas e vindo assentar sobre o ventre; são os cueiros.

Os membros inferiores são envolvidos por um outro panno, que vai desde as coxas até á planta dos pés.

Além d'isto temos a camisa que pôde ser de linho ou algodão, sempre curta, de modo a não passar o nivel das coxas.

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0 collar e punhos devem ser feitos de modo que possão obter-se facilmente, o que se conse- gue por meio d'uma fita ou cordão de correr.

Por cima da camisa applica se um chambre de lã ou algodão aberto pela parte de traz e preso por meio de laços e nunca com alfinetes, que teem o inconveniente de poder ferir a creança.

Exteriormente envolve-se a creança com uma baeta larga e comprida, desde as axillas até á planta dos pés; mas collocada de modo que não estorve os movimentos das pernas.

Todas estas peças se devem collocar de modo a não estorvar os movimentos da creança nem exercer compressão alguma para evitar os incon- venientes, que já apontámos quando nos referimos ao enfaixamento.

A cabeça é protegida do frio por uma touca, que é conveniente não ser de tecido muito quente para que não possam produzir-se congestões dos órgãos cephalicos.

Algumas parteiras teem por habito apertar a cabeça das creanças com uma faxa, o que pôde dar origem a deformações do craneo e a um sem numero de doenças, que fácil é filiar nos effeitos d'uma tal compressão.

Reprovamos portanto o uso de tal prática. Dos seis mezes por diante este vestuário deve ir sendo gradualmente substituído por outro, cada vez mais simples, de modo a facilitar á creança os

movimentos de translação que elle começa a exe- cutar.

Ás faxas e aos cueiros substituemse as calças, as saias etc., tendo sempre em vista não a deixar apanhar frio, sem a sobrecarregor de roupa.

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Desmame

Não é possível estabelecer uma regra geral re- lativmente á epocha do desmame; por depender

de variadíssimas circumstancias tanto da parte da creança como da mãe ou ama.

O estado de saúde da mulher que amamenta, ou qualquer alteração na quantidade e natureza do leite, pôde antecipar a epocha do desmame, como o trabalho de dentição da creança ou as suas condições de saúde os podem retardar.

O apparecimento dos dentes é certamente um signal evidente de que a creança já pôde mastigar e portanto nutrir-se com outros alimentos, que não sfjam o leite.

creança deve deixar de mamar, quando principia a dar-lhe dentes com que ella possa comer.

A primeira dentição principia geralmente do sexto para o oitavo mez e só termina no fim do segundo anno.

Antes porém d'esta idade já a creança pode deixar de mamar; prolongar o alleitamento até então seria comprometter a saúde da mãe.

Para que a creança possa mastigar alimentos sólidos, é necessário que tenha pelo menos doze dentes, e como elles apparecem entre os dose me- zes aos desoito, é sem duvida esta a idade mais propria para terminar a amamentação.

Antes da epocha do desmame já a creança pode ser alimentada por varias espécies d'ali- mentos; é necessário porem não começar antes do oitavo mez e ministrar-lh'os, n'uma progressão lenta e regular, relacionada com a natureza dos alimentos e as forças nutritivas da creança.

O mais conveniente é começar por lhe minis- trar leite de vacca ministrado com uma terça parte d'agua, do sétimo mez por diante.

Depois d'isso devemos recorrer ás farinhas cosidas e dissolvidas pela fervura em agua ou misturadas com leite; porque d'esté modo são mais facilmente digeridas.

Vêem em seguida as sopas de pão fervido no leite.

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dos de carne, mas devemos ser muito prudentes na sua admnistração principiando por lhe dar a principio um caldo delgado e só uma vez por dia. A' medida que augmentarmos o numero das refeições iremos diminuindo o numero de vezes que a creança costumava mamar durante o dia.

D'esté modo vamos estabelecendo gradualmente um periodo de transição para o desmame.

O uso do vinho que alguns medicos tem intro- duzido no regimen da primeira infância deve ser, segundo o nosso modo de ver, absolutamente pros- cripto.

Como bebida ordinária, a melhor é a agua pura.

Acabado completamente o desmame, a alimen- tação deve ir crescendo gradualmente em quanti- dade, e sendo cada vez mais variada.

A persistência no mesmo alimento enjoa a creança e faz-lhe perder o appetite.

No commercio apparecem muitos alimentos of- ferecidos ás creanças; deve haver o máximo cui- dado na sua escolha porque alguns são pouco nu- tritivos, contendo apenas amido ; outras chegam a ser nocivos.

As farinhas de trigo, de milho e d'avêa são as melhores.

O pão deitado no leite e no caldo, e os biscoi- tos d'agua e sal são muito nutritivos e de fal di- gestão.

A carne não convém ás creanças sem que ellas tenham 22 dentes: experiências muito bem dirigi- das teem demonstrado que este alimento as pre- dispõe para o rachitismo.

Quando chega a idade de a poderem comer convém principiar pelas carnes brancas por serem de mais fácil digestão ; e só uma vez ao dia e no primeiro tempo.

Como porém esta alimentação já sai dos limi- tes que traçámos ao nosso trabalho d'amol-o por findo aqui.

Proposições

Anatomia. - A apophyse coronoidea do maxiliar superior

é normalmente lançada para fora da arcada dentaria.

physioiogia.—Não ha relação d'espécie alguma entre os

movimentos cardíacos e os diaphragmaticos.

Materia medica.—Para o mesmo medicamento existem,

o mais das vezes, duas acções de sentido opposto, uma dyna- mogenica, e outra inhibitoria.

pathoiogia externa As douches d'ar constituem um

tratamento precioso nas doenças inflamatórias das trompas.

pathoiogia geral.—A predisposição individual é a causa

primaria das doenças infecciosas.

Aperacões.—A laparatomia é uma operação innocente. partos'. —A amamentação materna ê proveitosa tanto

para a mãe como para o filho.

pathoiogia interna.—A presença nos escarros do ba-

cillo de Koch ê o único symptoma característico da tubercu- lose pulmonar.

Anatomia pathologica.— Os abcessos frios são d'origem inílPTClllOSSL.

Hygiene.—Os banhos públicos são um precioso elemento

de hygiene social.

V I S T A . P O D E IMPRIMIR-SE.

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