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INTERVENÇÕES ESTRUTURAIS NOS DOMÍNIOS DO EMPREGO E DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

VOLUME DE FORMAÇÃO

DOTAÇÃO ORÇAMENTAL (€) NORTE 2 109 1 260 - 40,3 1 304 348 3 000 000 CENTRO 503 341 - 32,2 283 334 850 000 LISBOA E V.TEJO 3 802 2 357 - 38,0 1 747 733 5 100 000 ALENTEJO 217 120 - 44,7 78 192 312 767 ALGARVE 50 89 78,0 45 454 150 000 TOTAL 6 681 4 167 - 37,6 3 459 061 9 412 767

1.1.1.5. Cursos de Especialização Tecnológica

Os Cursos de Especialização Tecnológica (CET), desenvolvidos ao abrigo do Decreto-Lei n.º 88/2006, de 23 de maio, são cursos pós-secundários, não superiores, que visam conferir uma qualificação de nível 5 e o ensino secundário aos que não são titulares desta habilitação escolar.

Os CET são criados por despacho do Ministério da Economia e do Emprego ou do Ministério da Educação e da Ciência, em função da natureza da entidade proponente do CET, após parecer favorável da Comissão Técnica para a Formação Tecnológica Pós-Secundária.

As propostas de CET podem ser apresentadas por entidades públicas ou privadas acreditadas, que promovam formação de nível 4 ou formação escolar de nível secundário ou equivalente.

Podem candidatar-se à frequência de um CET:

Os titulares de um curso de ensino secundário ou de habilitação legalmente equivalente; Aqueles, que tendo obtido aprovação em todas as disciplinas dos 10.º e 11.º anos e tendo estado inscritos no 12.º ano de um curso de ensino secundário ou de habilitação legalmente equivalente, não o tenham concluído;

Os titulares de uma qualificação profissional de nível 3;

Os titulares de um diploma de especialização tecnológica ou de um grau ou diploma de ensino superior que pretendam a sua requalificação profissional;

Os indivíduos com idade igual ou superior a 23 anos, aos quais, com base na experiência, sejam reconhecidas capacidades e competências que os qualifiquem para o ingresso no CET.

Os cursos privilegiam uma estrutura curricular acentuadamente profissionalizante, adequada ao nível de formação visado, e estruturam-se com base nas componentes de formação geral, científica, tecnológica e em contexto de trabalho e desenvolvem-se com base nos referenciais de formação constantes do Catálogo Nacional de Qualificações.

O acompanhamento do funcionamento e da avaliação dos CET compete à Comissão Técnica para a Formação Tecnológica Pós-Secundária, que integra representantes de diferentes Ministérios.

Ações a Desenvolver

Produção de normativos e instrumentos de suporte ao desenvolvimento das ações de formação; Revisão do Guia Organizativo;

Instrução de processos de criação de CET decorrentes de propostas apresentadas por entidades formadoras;

Concepção e promoção de novos modelos e metodologias de formação que garantam o desenvolvimento das novas formas de organização da formação.

Meta: Formar 36 pessoas.

Dotação Orçamental € 16 436,00

1.1.2. FORMAÇÃO AO LONGO DA VIDA E ADAPTABILIDADE

Enquadrada na linha estratégica de atuação preventiva, este conjunto de medidas tem como objetivo o reforço da empregabilidade dos ativos empregados, através da atualização, reforço e elevação das suas competências, numa perspetiva de formação ao longo da vida, em paralelo com o apoio à capacidade de adaptação das empresas, através do desenvolvimento da formação. Pretende-se, assim, aprofundar as condições e os mecanismos potenciadores da participação e corresponsabilização crescente das empresas portuguesas, com particular incidência nas Pequenas e Médias Empresas (PME), na formação contínua dos seus trabalhadores, bem como, promover um maior envolvimento dos indivíduos na gestão preventiva da sua carreira, estimulando para o efeito o acesso a níveis progressivos de qualificação, de modo a facilitar a sua mobilidade profissional, numa lógica de realização pessoal e de qualidade de vida.

1.1.2.1. Bolsas de Formação da Iniciativa do Trabalhador

Este programa, anteriormente regulado pelo Despacho Normativo nº 86/92, de 5 de junho, foi revogado pelo Decreto-Lei nº 92/2011, de 27 de julho pelo que, a partir de 1 de agosto, deixaram de ser aceites candidaturas para o mesmo.

Ações a Desenvolver

Acompanhamento e apoio técnico na finalização da execução do programa.

Meta: Acompanhar 144 bolsas já atribuídas

Dotação Orçamental € 150 895,00

1.1.2.2. RVCC nos Centros de Formação Profissional

Os baixos níveis de qualificação escolar e profissional de uma parte significativa da população ativa portuguesa justificam a necessidade de implementar medidas que permitam alterar de forma substancial a atual situação. Estas medidas visam melhorar as condições de adaptação dos trabalhadores e das empresas à dinâmica de transformação impulsionada pela globalização dos mercados e pela própria construção europeia, reforçada pela difusão das novas tecnologias, e elevar as qualificações dos trabalhadores de forma a permitir-lhes uma adaptação permanente aos novos contextos sócio laborais.

Os destinatários dos processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) são os ativos empregados ou desempregados, que pretendam certificar as competências adquiridas ao longo da vida, em contextos diversificados.

A prioridade será a promoção e concretização de processos de RVCC profissional, desenvolvendo RVCC escolar para as situações em que haja a suscitação da intervenção aos dois níveis.

Ao IEFP,I.P. cabe, enquanto órgão executor das políticas de emprego e formação profissional, um papel fundamental na implementação de uma estratégia de recuperação de ativos empregados e desempregados com baixas qualificações. Importa, assim, potenciar a articulação entre os domínios da educação, formação, certificação profissional e emprego, através das atividades dos serviços públicos de emprego e de formação no acompanhamento individual e personalizado das respostas a disponibilizar aos diferentes públicos e a criação de condições de acesso generalizado à progressão educativa e profissional pela valorização da pessoa e das competências que foi adquirindo ao longo da vida nos diferentes contextos – formais, não formais e informais. Dispondo já a rede de Centros de Formação Profissional de gestão direta e de gestão participada do IEFP,I.P. de oferta de RVCC profissional e escolar, pretende-se alargar a sua intervenção, progressivamente, à semelhança do previsto para a restante rede nacional, a um maior número de saídas profissionais no âmbito das quais se possam desenvolver processos de RVCC profissional.

As intervenções previstas atendem às necessidades individuais, enquadrando-as num contexto dinâmico de complementaridade aos níveis local e regional, potenciador de sinergias entre os Centros de Formação Profissional, os estabelecimentos de ensino e outros operadores públicos e privados. Neste âmbito, a criação de um balcão único de atendimento do fluxo da procura (front office), permitirá aos Técnicos de Diagnóstico, diagnosticar a situação de cada candidato, encaminhá-lo para soluções que respondam às suas necessidades e expectativas, motivando-os para soluções que promovam a dupla certificação.

Por outro lado, proceder-se-á à generalização da utilização da Plataforma de Formação e-learning nas etapas de Diagnóstico e de Reconhecimento, potenciando a sua utilização pelos diferentes tipos de técnicos envolvidos, permitindo, assim, a otimização dos processos e da comunicação entre os técnicos (front office e CNO) e os adultos. Continuar-se-á a promover a utilização das Comunidades de Práticas, enquanto instrumento de informação, comunicação e partilha de conhecimento, entre os diferentes atores.

O desenvolvimento dos processos de RVCC assenta numa metodologia, que tem por base os seguintes referenciais, disponíveis no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ):

Vertente escolar – 2 referenciais de competências, organizados em áreas de competências- chave, para a certificação escolar do nível básico e do nível secundário;

Vertente profissional – Diversos kits compostos por instrumentos de avaliação por saída profissional, que constam do Catálogo Nacional de Qualificações.

Ações a Desenvolver

Promoção das ações inerentes à operacionalização do sistema RVCC, determinadas pela ANQ,I.P. e/ou pelo IEFP,I.P.;

Participação nas ações de acompanhamento e monitorização, a nível nacional e regional; Monitorização dos resultados da atividade dos CNO através da consulta e recolha de dados do Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO);

Revisão do Guia Organizativo;

Promoção de situações de aprendizagem consideradas necessárias para a manutenção de equipas operativas e competentes, num registo de complementaridade com as iniciativas da ANQ,I.P.;

Implementação das alterações decorrentes da publicação de um novo diploma legal, relativo à certificação de competências profissionais;

Consolidação da utilização da Plataforma e-learning e respetiva monitorização;

Desenvolvimento de materiais pedagógicos de apoio aos técnicos a disponibilizar na Plataforma;

Monitorização e apoio ao desenvolvimento das Comunidades de Práticas de: Coordenadores, Técnicos de Diagnóstico, Profissionais RVCC, Formadores, Tutores e Avaliadores.

1.1.2.3. Programa Português para Todos (Ex Portugal Acolhe)

O Programa Português para Todos visa o acolhimento e a inserção socioprofissional de imigrantes residentes no nosso País através do desenvolvimento de medidas de formação, designadamente, em Língua Portuguesa e Português Técnico aplicado a alguns sectores de atividade onde se integra um maior número de imigrantes. Neste contexto, foi atribuída ao IEFP,I.P. a responsabilidade de promover, no âmbito da sua rede de Centros de Formação Profissional, em cooperação com outras entidades com competência técnica e vocação específica para intervir junto destes públicos, esta medida de formação, com os seguintes objetivos gerais:

Assegurar às comunidades imigrantes condições para uma melhor integração no mercado de trabalho;

Difundir e partilhar conhecimentos básicos que sustentem uma melhor integração social e profissional, com destaque para a língua portuguesa e para os direitos e deveres consagrados na Constituição e na legislação portuguesas;

Assegurar uma maior regulação do mercado de trabalho, promovendo o exercício dos direitos e deveres laborais;

Potenciar um melhor ajustamento entre o perfil de competências dos imigrantes e as necessidades do mercado de trabalho.

A atual estrutura curricular deste Programa respeita e integra os níveis de progressão consubstanciados no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas Estrangeiras (QECRLP), apresentando os referenciais de formação uma estrutura curricular organizada em Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) e níveis de progressão. A formação definida para este efeito assenta em dois percursos formativos, respetivamente, um percurso A de nível elementar, e um percurso B que visa um maior nível de proficiência, ambos com uma duração de referência de 150 horas.

A estes percursos, pode acrescer a frequência de UFCD de Português Técnico, selecionada em função da área profissional do destinatário, a realizar no final dos percursos A ou B. Esta área de competência integra quatro UFCD, com 25 horas cada, correspondentes a quatro áreas de atividade profissional, nas quais se regista uma mais elevada taxa de empregabilidade dos públicos imigrantes e tem por objetivo a aquisição e o reforço de competências técnicas, favorecedoras do exercício e da melhoria do desempenho profissional, tendo por base um conjunto de referenciais técnicos concebidos pelo IEFP, I.P., a saber:

Comércio;

Cuidados de beleza; Hotelaria e restauração;

Construção civil e engenharia civil.

Ações a Desenvolver

Promoção da articulação interna e externa com outros serviços e entidades no âmbito da problemática da imigração;

Acompanhamento e prestação de apoio técnico necessário à execução do programa;

Monitorização da aplicação dos referenciais de formação, recursos didáticos e outros materiais de apoio ao desenvolvimento das unidades de formação;

Promoção das UFDC de Português Técnico, nomeadamente através da respetiva divulgação, em articulação com o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, I.P (ACIDI, I.P.).

Resultados a Alcançar