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As medidas cautelares foram julgadas em 27 de agosto de 2015. O julgamento iniciou-se com o voto do ministro e relator Marco Aurélio, que admitiu o quadro de inconstitucionalidades presente no sistema prisional brasileiro.

O ministro enfatizou que o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, citando, ainda, os problemas enfrentados pelos detentos dentro dos presídios. Também mencionou que o problema da superlotação é, talvez, o grande protagonista de toda essa crise, e observou que o déficit de vagas nas penitenciárias ajuda a perpetuar o problema (BRASIL, STF, 2019).

Portanto, o sistema prisional brasileiro sofre com falhas sistemáticas, que ocasionam as mais diversas violações dos direitos fundamentais estabelecidos pela Carta Magna, agredindo desde o princípio da dignidade da pessoa humana até a própria Lei de Execuções Penais (BRASIL, STF, 2019).

Assim, o ministro estabeleceu que

no sistema prisional brasileiro, ocorre violação generalizada de direitos fundamentais dos presos no tocante à dignidade, higidez física e integridade psíquica. A superlotação carcerária e a precariedade das instalações das delegacias e presídios, mais do que inobservância, pelo Estado, da ordem jurídica correspondente, configuram tratamento degradante, ultrajante e indigno a pessoas que se encontram sob custódia (BRASIL, STF, 2019).

Dessa forma, não se trata somente da situação degradante enfrentada pelos presidiários, mas também da própria segurança pública, uma vez que o tratamento desumano

dado ao preso reflete diretamente nos índices de violência nas ruas (BARCELLOS, 2010, p. 57).

Outrossim, os estabelecimentos prisionais não possuem condições suficientes para proporcionar a ressocialização dos internos, na verdade eles contribuem para que ocorra o efeito oposto. E como prova disso o ministro citou dados do Conselho Nacional de Justiça que demonstram os altíssimos níveis de reincidência e, ainda, a relação de presos provisórios que entraram em facções criminosas após terem tido contato com presos mais perigosos (BRASIL, STF, 2019).

Ademais, a responsabilidade pelo quadro distópico do sistema prisional é de todos os entes federados, bem como, dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. O ministro observa que para ser configurado o Estado de Coisas Inconstitucional é necessário que haja omissão desses poderes no tocante à criação de políticas públicas e na interpretação e execução de Leis Penais (BRASIL, STF, 2019).

Portanto, segundo o ministro Marco Aurélio, é necessária uma intervenção judicial para suprir a falta de comunicação entre os poderes, ainda que isso signifique ultrapassar os limites democráticos impostos ao Judiciário. Segundo o ministro, essa falta de diálogo gera “bloqueios políticos e institucionais”, impedindo que a questão prisional progrida positivamente (BRASIL, STF, 2019).

Dessa forma, nas palavras do ministro Marco Aurélio,

[...] a intervenção judicial mostra-se legítima presente padrão elevado de omissão estatal frente a situação de violação generalizada de direitos fundamentais. Verificada a paralisia dos poderes políticos, argumentos idealizados do princípio democrático fazem pouco sentido prático (BRASIL, STF, 2019).

Assim, o ministro concluiu que a atuação da Supremo Tribunal Federal em conjunto com o Poder Público é fundamental para a construção de um plano de superação. Para isso, sugere que esse plano possua, como base, intervenções de natureza “legislativa, executiva, orçamentária e interpretativa” que objetivem a superação do problema (BRASIL, STF, 2019).

O ministro Edson Fachin também considerou que o sistema prisional está em completa falência, sendo evidente e incontestável o quadro de coisas inconstitucional. Em seu voto, disse ser a favor da medida cautelar que estabelece prazo máximo de 90 dias para a

realização das audiências de custódia, bem como dos “mutirões carcerários”, que objetivam a

análise dos processos de execução penal que tramitam, atualmente, em todo território nacional. Por fim, disse ser a favor do descontingenciamento do FUNPEN (BRASIL, STF, 2019).

Por sua vez, o ministro Luís Roberto Barroso admitiu a existência do quadro de inconstitucionalidade dos presídios. Quanto às cautelares, pôs-se a favor de estabelecer que o Governo Federal devesse enviar uma pesquisa ao relator (na época o ministro Marco Aurélio)

que demonstrasse a “situação em termos quantitativos e pecuniários”, para que fosse possível

julgar a ADPF (BARROS, 2016, p. 1).

Após o voto de Luís Roberto Barroso, o Ministro Teori Zavascki, posicionou-se a favor das audiências de custódia e do descontingenciamento do Fundo Penitenciário. Segundo

ele, “aparentemente o problema está na falta de projetos, e não na falta de dinheiro, mas essa

tese eu já ouvi em outras oportunidades, e concordo que seja uma medida adequada” (BRASIL, STF, 2019).

A seguir, Rosa Weber em concordância com o Ministro anterior, foi favorável ao pedido em relação às audiências de custódia, bem como da liberação de recursos do FUNPEN (BARROS, 2016, p. 1).

Já o Ministro Luiz Fux concordou diretamente com o relator, assim como a Ministra Carmem Lúcia, que ressaltou a importância de conscientizar a sociedade quanto à questão. Segundo Barros (2016, p. 1), “[...] a ministra demonstrou expectativa de uma melhora na atual situação carcerária do país com a elaboração de projetos [sic] que dará efetivo cumprimento as [sic] leis existentes”.

Em relação aos três últimos Ministros, Gilmar Mendes também acolheu a medida cautelar das audiências de custódia, e ainda disse ser favorável à liberação de recursos do

Fundo Penitenciário. Sugeriu também o uso da “tecnologia da informação” nos processos de

execução penal, citando seus benefícios (BRASIL, STF, 2019).

Assim como Luiz Fux, os Ministros Celso de Mello e Ricardo Lewandowski concordaram integralmente com o voto do relator, reconhecendo o “estado de coisas

inconstitucional” no tocante aos presídios brasileiros (BARROS, 2016, p. 1).

Portanto, o reconhecimento do Estado de Coisas Inconstitucional quanto à situação dos presídios foi unânime. Em contrapartida, não houve posicionamento de sequer um Ministro quanto à realização de planos por parte dos poderes públicos, sob fiscalização do STF. Da mesma forma, não houve manifestação quanto ao pedido de justificação das decisões que deixarem de aplicar medidas cautelares diversas da privação de liberdade ou que imponham penas adequadas aos crimes cometidos (BARROS, 2016, p. 1).

Por fim, conforme extrai-se dos votos, somente duas das oito cautelares requeridas na inicial da ADPF foram outorgadas. Sendo elas: a que dispõe sobre as audiências de custódia, estabelecendo prazo de 90 dias para sua realização, e a que estabelece a liberação de

valores do FUNPEN para que seja utilizado conforme a sua destinação (BARROS, 2016, p. 1).

5 CONCLUSÃO

Inicialmente, nosso trabalho apresentou os principais conceitos do Direito Penal para que o leitor pudesse entender, de forma técnica, os procedimentos usados contra o crime. Ainda no primeiro capítulo, a figura do marginal é apresentada, aos olhos da lei, como um sujeito dotado dos mesmos direitos fundamentais comuns ao resto da população. Ainda, o trabalho apresentou pesquisas que buscam demonstrar, na forma de números, a situação degradante em que estão os presídios de nosso país.

Já no segundo capítulo, o conceito de “Estado de Coisas Inconstitucional” é apresentado, trazendo ao leitor uma análise histórica do instrumento, mostrando os casos em que sua utilização pela Corte Constitucional Colombiana foi benéfica às questões estruturais pelas que o país passava. Em seguida, foi explicado o termo “ativismo judicial” que tem

relação direta com o tema principal, porquanto o instrumento “Estado de Coisas Inconstitucional” também traz consigo as características do ativismo em questão.

No terceiro e último capítulo, foi demonstrado, ao leitor, como o Estado de Coisas Inconstitucional pode, e deve, ser aplicado perante ao quadro de inconstitucionalidades geradas por entes públicos no sistema prisional. Aqui o objetivo foi de dar respaldo à atuação inquisitiva do Poder Judiciário frente aos outros atores públicos, por conta da inércia e da falta de diálogo entre os Poderes. O trabalho foi finalizado com uma análise da ADPF nº 347 que trata do assunto.

Diante do exposto, fica claro que há uma necessidade urgente de intervenção no que diz respeito às políticas voltadas ao sistema prisional, ainda que isso signifique a quebra da divisão dos três poderes. É certo que a superação do quadro de violações não depende unicamente da decretação do Estado de Coisas Inconstitucional, visto que a opinião social pesa muito sobre a questão, mas é fato que a intervenção judicial pode contribuir de maneira significativa para tanto.

Portanto, conforme observado na análise histórica do “Estado de Coisas

Inconstitucional”, a aplicação do instrumento pela Corte Constitucional Colombiana surtiu efeitos positivos no caso dos “desplazados” (deslocados), por conta da atuação inquisitiva e fiscalizadora da Corte. Sendo assim, cremos que seja possível repetir tais efeitos em território nacional, bastando seguir esse exemplo.

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