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ESCOLA, FAMILIA, EDUCAÇÃO: UMA INTERAÇÃO NECESSÁRIA NO SUCESSO ESCOLAR NOS ANOS INICIAIS

No documento CAPA - NETWORK EDUCATIONAL (páginas 70-81)

Ariely Cristina Ferreira¹ Helena Prestes dos Reis²

RESUMO

Este artigo tem como objetivo observar o desenvolvimento da criança no ambiente escolar, no que tange do afeto cognitivo e social, cujo mostra a importância da presença familiar nesse processo. Compreender que é responsabilidade da família e escola estruturar a educação do aluno na constituição de aspectos sociais e culturais, em sua formação para a cidadania. A gestão autônoma na escola com a família gera convívio necessário no cotidiano da criança, no que constitui interações na formação de aprendizagem. A escola cidadã não se faz sozinha e sim com a presença da comunidade.

Entendendo a educação como um sistema no qual a coletividade constrói reflexões, cujo transforma a visão de que a escola sozinha não deve ser responsável pela educação do indivíduo, a família deve ser presença assídua nessa fase escolar. Esse estudo vem compreender a necessidade da família ser presente no desenvolvimento do aluno no convívio escolar para que aja sucesso na formação desse cidadão, sendo apto para ser inserido na sociedade que o aguarda. Fundamentado com obras de autores como:

FREIRE (2011), GADOTTI (1999), , SAVIANI (2008) entre outros, com pesquisa em campo na região de Nova Odessa SP.

Palavras chaves: Afeto, Educação, Autonomia, Família, Escola.

ABSTRACT

This article aims to observe the development of the child in the school environment, in terms of cognitive and social affection, which shows the importance of family presence in the process. Understand that it is responsibility of the family and school to structure the student's education in the formation of social and cultural aspects of the student in his training for citizenship. The autonomous management school with family generates necessary interaction in the child's daily life, as is interaction in the formation of student learning. The citizen school is not done alone, but with the presence of the community. Understanding education being a system in which the community builds reflections, which transforms the view that school alone should not be responsible for the individual's education; the family must be a constant presence in this school stage.

This study is to understand the need of the family to be present in the development of the student in the school path to acting success in the formation of this citizen, being able to

¹Aluna do 4° Ano de Pedagogia – Faculdades Network – Av. Ampélio Gazeta, 2445, CEP 13460-000, Nova Odessa, SP, Brasil. (e-mail: ariely_cristina@hotmail.com)

² Graduada em Pedagogia UNISAL;1986; Especialista e Psicopedagogia-Faculdades Network 2005.

Professora Mestra da Educação UNISAL;2012. Professora e Orientadora Pedagógica e de TCC no Colégio e Faculdades Network (helenaprofa@yahoo.com.br).

be inserted in society that awaits. Based on authors like FREIRE (2011), GADOTTI (1999), FERREIRO (2004), SAVIANI (2008), PIAGET (1995-2001), VYGOTSKY (1991), FREINET (2010).

Key words: Affection, education, autonomy, family, school.

Introdução

O processo de aprendizagem é único e particular, podendo perceber traços nas personalidades e no comportamento do aluno, como: maneira de agir ao ouvir não ou sim, medos, alegrias, frustações, etc. Podendo esses aspectos ficar negativos em seus comportamentos, quando a interação entre família e escola se mostra ausente essas necessidades, emocionais e físicas.

Desse ponto podemos questionar as competências da escola, com as necessidades que os alunos necessitam e ultrapassam as visões na formação escolar, ficando muitas vezes a cargo da escola não somente a aprendizagem, mais também a educação social, e também a cargo do professor a parte da afetividade.

Segundo Piaget (1978) ―Antes dos 3-4 anos ou 6-7 anos, conforme o país, não é a escola, e sim a família que desempenha o papel de educadora‖. Ficando muitas vezes a cargo da escola não somente a aprendizagem, mas situações que as crianças trazem como deficiência de interesse na aprendizagem, por motivos da família não estar presente, com a vida cotidiana do aluno, deixando somente a cargo da escola.

Dessa forma sabe-se que escola e família devem ser parceiros fundamentais, para o bom desenvolvimento do aluno, quando esse mostra dificuldades na convivência emocional e existencial com a família, ele passa a ser um aluno que apresenta déficit de aprendizagem, sendo muitas vezes rotulados pelos próprios professores, que ao invés de entender as causas dessas manifestações negativas, ignoram esse aluno em sala de aula.

Sendo as necessidades do aluno dificultadas no processo de aprendizagem.

A visão dessa parceria, (escola e família) deve juntas acompanhar as necessidades que o aluno apresenta, em busca do sucesso escolar na fase da aprendizagem. Uma família assídua no comportamento da criança que interage com o docente, sendo capaz de identificar as maiores necessidades do aluno.

Dentro dessa visão esse estudo tem o objetivo de compreender as necessidades na aprendizagem da criança e suas dependências. Como a família é base estrutural do ser e o papel da escola nas intervenções pedagógicas. De forma que cada grupo está interligado com a criança, porem cada um tem um comportamento único e existente na vida desse ser em desenvolvimento. Entender que essa junção, é o equilíbrio emocional que auxilia ao afeto cognitivo e constitui o ensino aprendizagem com maior sucesso.

Essa pesquisa se faz relevante para reflexões no campo da educação e nas formações professores, trazendo à luz a importância do envolvimento da família nos movimentos de aprendizagem de seus filhos, para que aja uma constituição de ações reflexivas em busca de equilíbrio emocionais nas estruturas cognitivas e convívio social no ambiente escolar.

Qualificando esse estudo como qualitativo exploratório, com pesquisa de campo na Escola Salime Abdo na região de Nova Odessa. Com base de cunho teórico com autores como: PIAGET (1978), FERREIRO (2004), SAVIANI (2004), VYGOTSKY (1991), FREINET (2010) E FREIRE (2011).

Fundamentação Teórica

A escola e a família são fundamentais para o processo de aprendizagem, os dois juntos devem trabalhar de forma harmoniosa para a formação escolar, social e afetiva do indivíduo, uma auxiliando a outra.

Para José e Coelho (1990 pg.187), ―A família é a primeira unidade com qual a criança tem (ou deveria ter) contato continuo e é também o primeiro contexto no qual se desenvolvem padrões de socialização e problemas sociais‖, tornando-se assim, a presença da família é indispensável junto ao desenvolvimento escolar do aluno.

Sabendo-se que família e escola devem estar unidas durante esse processo que é o aprendizado do educando, uma apoiando a outra se a família falta com esse compromisso a escola não tem como substituir a ausência familiar, para José e Coelho (1990 pg. 187), ―Um trabalho conjunto entre família e escola pode sem dúvida ajudar a criança vencer as dificuldades‖. Estas que são encontradas durante o seu processo de aprendizagem que conforme o processo de alfabetização vem se tornando frequente na vida do educando.

Segundo Weil (1969 pg. 31), ―A criança necessita imperiosamente de carinho de proteção, de atenção‖. Tendo como bases de que a criança que tem pais mais compreensivos elas se tornam mais ativas na vida escolar e menos agressivas. Para Weil (1969 pg.32), ―As crianças rejeitadas procuram carinho fora do lar. São em geral, angustiadas e ávidas em atrair a atenção dos professores e dos colegas sobre elas‖

tornando assim fácil para os professores perceberem o porquê do mau rendimento escolar.

Para Leite, Oliveira e Salles (2000, pg. 25), ―Hoje basicamente tudo mudou, a forma de organização das famílias, as formas da apreensão do saber as relações com os meios de comunicação e de transmissão de informação, e, consequentemente, a cognição e a afetividade da criança‖, de certo modo enfatiza-se a ideia de que com as mudanças que vem acontecendo no meio familiar às crianças necessitam mais de atenção, eles citam também que: ―Depois de observamos que estas mudanças e as diferentes formas de se pensar as relações de aprendizagem e de desenvolvimento desta pessoa‖.

São esses alunos que não tendo o apoio familiar tornando-se alunos que não conseguem compreender o papel da escola, ficando de modo tarjado como crianças que não aprendem, a família deve entender que o verdadeiro papel da escola como relata Freinet (2010 p. 33) ―Um dos maiores objetivos da escola, do ponto de vista tradicional, é instruir, ou seja, transmitir às crianças conhecimentos e habilidades intelectuais necessárias para a compreensão de sua cultura‖.

Ferreiro, afirma que a responsabilidade familiar e escolar deve ser uma visão continua no desenvolvimento da criança aprendiz;

A instituição escolar fica livre de responsabilidade. Algo deve haver na própria criança que a leva a fracassar. E, como o fracasso escolar inicial não se distribui democraticamente pelo conjunto da população, pois se concentra nas crianças carentes das regiões pobres é quase imediato passar para uma visão ―patologizante‖ e considerar essas crianças como portadores de uma patologia individual (imaturidade, falta de coordenação visomotora, falta de discriminação visual ou auditiva etc) ou de uma ―patologia social‖ (falta de estimulo no lar, deficiências linguísticas e culturais (FERREIRO,1999, p.14).

De modo que a escola deverá trabalhar de acordo com a realidade vivenciada na comunidade do educando, para que assim possa ser mais acessível à família estar presente nesse processo, como também se corre o risco de a família não ter meios culturais nenhum para auxilia-la de forma intelectual.

Segundo Ferreiro (1999, p. 55), ―Todos os diagnósticos coincidem: o analfabetismo se concentra nos bolsões de pobreza das grandes cidades, juntamente com a aglomeração urbana‖.

Sendo assim devemos ter a consciência de que alunos que já vem de uma família em que não tiveram oportunidades de serem alfabetizadas essas famílias já apresentam mais dificuldades para auxiliar o educando durante o seu processo de alfabetização, não dando muita importância aos estudos dos filhos, para o autor Dimenstein (1995, p.145), ―Há uma relação entre evasão e condições de vida dos pais.

Os mais pobres exigem que o filho gere renda‖.

Desse modo a escola ela deve ampliar espaços aos familiares e processos de conhecimento aos menos favorecidos, já que estas duas juntas têm como responsabilidade ser referência para o educando, dando discernimentos, moldando o caráter e formandos ideais do futuro cidadão.

Segundo Freire (1987), ―A pedagogia deve ser forjada com ele e não para ele‖, de certo modo a escola deverá se moldar de uma forma mais simples, que atenda às necessidades do educando, para que ele possa realizar com êxitos as suas propostas escolares.

Nas leis Diretrizes e Bases 1996, descreve o dever da família na formação de preparar o educando para o meio social afirmando que, ―A educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho‖ (LDB/1996. Art.2° p. 1).

Percebendo-se, que quanto mais os familiares interagem com os seus filhos, maiores as chances da criança alcançar o sucesso escolar. Sabendo-se que o ser humano se encontra em processo constante de socialização, através da família que esse aluno busca alcançar apoio para os desafios que se encontrara no dia-a-dia, durante a sua jornada de ensino, sabendo-se a dificuldades desses alunos e pais em conciliar os estudos e as necessidades de renda familiar do educando.

Para Freinet (2011), ―a forma mais profunda de aprendizado é o envolvimento afetivo‖, sendo assim quanto mais à família participa mais a criança aprende.

Segundo Piletti (1988, pg. 25), ―Às vezes, o aluno não aprende por razões simples, como por exemplo, o fato de ter ficado retido em casa por causa da chuva, ou o fato de os pais não darem muita importância à escola, e assim por diante‖. Desta forma percebe-se que quanto menos os familiares se preocupam em saber como foi o dia do aluno durante a sua jornada escolar e até mesmo auxilia-la em tarefas simples cada vez elas vão se desmotivando menos.

Para Vygotsky (1991, pg. 53) é importante desde o início o ambiente que agrega a criança em seu desenvolvimento;―O desenvolvimento é visto como o domínio dos reflexos condicionados, não importando se o que se considera é o ler, o escrever ou a aritmética, isto é, o processo de aprendizado está completo e inseparável misturado com o processo de desenvolvimento‖.

Por isso que o atendimento a criança com dificuldades escolares e o acompanhamento pedagógico vai muito além das salas de aula, saber quais as dificuldades do educando em seu meio escolar dão indícios que os problemas estão ligados ao seu meio social e familiar, tendo diagnosticado o real problema trabalhar de forma correta o educando na sua didática diferenciada, observando meios, técnicas e métodos de como o aprendizado repercute no seu desenvolvimento escolar.

Para Piaget (2006, p.16), ―Os interesses de uma criança dependem, portanto, a cada momento do conjunto de suas noções adquiridas e de suas disposições afetivas, já que estas tendem a completa-los em sentido de melhor equilíbrio‖, de certa forma o aluno vai sempre buscando o equilíbrio ao ambiente em que ela vive, e a escola que frequenta.

Para Saviani (1991 p.97), ―De um lado, a escola é secundarizada; afirma-se que não é só através dela que se educa‖, desse modo os familiares não devem esperar somente da escola atitudes que cabem aos pais educar o indivíduo. A escola ela tem como prioridade a educação escolar e não a social.

A relação entre os educandos, seus pais e os educadores deverá ser um relacionamento de crescimento não só pedagógico mais também socioeducativo, tendo uma cumplicidade e um respeito mútuo, pois afinal quem é mestre, o aluno ou o professor.

Saviani (1991, p.98) afirma que: ―Em outros termos, a escola tem a função especificamente educativa, (propriamente pedagógica ligada a questão do conhecimento; é preciso pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar) ‖.

A família ela nãodeve esperar que a escola faça o papel que cabe a eles que é o de educar para Carrara (2004, p.64), ―as atividades propostas pouco significam para o processo de desenvolvimento e aprendizagem de qualquer criança, para sua constituição como pessoa‖, sendo fundamental aos familiares estarem presente no dia-a-dia da criança.

De certo modo a escola vem se tornando cada vez mais responsável pela formação social dos educandos. Para Weil;

Antigamente, a instrução dos filhos era dever exclusivo da família. Mais a vida foi se complicando e o conjunto dos conhecimentos a serem adquiridos por uma pessoa também se estendeu indefinitivamente. O resultado disto é que a escola tomou, aos poucos, o encargo de instruir as crianças e adolescentes. ―Muitos até lhe atribuem a missão de foram-lhes o caráter‖.

(WEIL, 1969, p.45).

Esse cenário encontrou diariamente mais corriqueiros em grandes cidades, familiares deixando de dar a devidas atenções a vida dos indivíduos, sobrecarregando a tarefa da escola, deixando-a responsável pelo educando, para Azenha (2008, p.106)

―São inúmeras as situações em que, simultaneamente, ele precisa administrar a aprendizagem de alunos com conhecimentos, ritmos e estilos distintos‖.

O professor ele deve ter a sensibilidade de perceber que os alunos que sofrem alguma carência afetiva passam a apresentar muitas características que podem percebidas em salas de aulas, desde a dificuldade no aprendizado como no comportamento.

Segundo Sucupira, citado por Oliveira (1998, p. 13) diz que; ―A medicalização do fracasso escolar encontra aqui um meio explicativo que se adapta à tendência de isentar o sistema escolar e as condições familiares e sociais da criança para colocar ao nível individual, orgânico, a responsabilidade pelo mau rendimento escolar‖.

Não podemos pensar que o sistema de ensino, estrutura familiar e o educador são somente um e sim uma equipe. Tendo como meta o desenvolvimento social, educacional e a formação do cidadão, oferecendo a ele a missão do comprometimento na sua jornada de formação escolar. Tendo valores de um cidadão com dignidade, e ele terá perspectiva do seus anseios e ambições, sabendo a sua importância no seu meio social, buscando assim o seu sucesso profissional, social e familiar.

Segundo Oliveira (1998, p.12), ―muitas das dificuldades apresentadas pelos alunos podem ser facilmente sanadas no âmbito de sala de aula, bastando para isso que o professor esteja mais atento e mais consciente de sua responsabilidade como educador e despenda mais esforço e energia para ajudar a aumentar e melhorar o potencial motor, cognitivo e afetivo do aluno‖.

De certo modo toda criança que a família não dá assistência afetiva para que a criança se sinta acolhida em casa isso se reflete muito na vida escolar dela, para Oliveira (1988, p.122), ―Muitas crianças que têm dificuldades de aprendizagem acabam apresentando algumas perturbações afetivas‖, podendo-se perceber através de atividades realizadas em sala de aula o quanto elas têm dificuldades de se expressarem, tanto oralmente como na escrita ‖.

Restando saber se de certo modo a escola tentar saber se o que vem sendo a causa de notas baixas são realmente uma carência afetiva ou se ele realmente tem dificuldade de aprendizado. Segundo Oliveira (1998 p. 122) ―Às vezes se sentem inferiorizadas, pois não raro são taxadas de preguiçosas pelos professores devido ao seu desinteresse em ler e escrever. Muitas acabam apresentando falta de segurança, inibição, falta de interesse pela escola‖.

Mesmo dentro desse contexto em que os familiares não demonstram sequer algum interesse na vida escolar de seus entes, restam aos professores e diretores terem o discernimento de trazer a realidade vivenciada pelo educando, para a vida escolar na busca de minimizar os efeitos da carência afetiva na vida do indivíduo que não tem sequer o apoio familiar e causando-lhes o fracasso dentro do contexto escolar.

De certo modo, deveremos não buscar um culpado e sim soluções para um assunto que a cada dia vem se tornando mais frequente nas redes escolares que é a ausência total da família.

Para Piaget (1978) afirma que; dois tipos de medidas foram postos em prática com esse objetivo, e ambos merecem os mais sérios estímulos;

Em primeiro, foram constituídas sociedades e organizados congresso de

―educação familiar‖ cujo dois objetivos simultâneos consistem em chamar a atenção dos pais para os problemas da educação inerente a família (conflitos afetivos conscientes e inconscientes, etc.) e pô-los a par dos problemas escolares e pedagógicos em geral. Da mesma forma, em certos países, foi difundido um conjunto de publicações de divulgação psicológica e pedagógica a respeito dos mesmos problemas. Mas sobre tudo, em segundo lugar, em todos os meios onde a nova educação vai adquirindo uma certa importância, foram desencadeados movimentos de colaboração entre a escola e a família os quais se revelaram extremamente produtivos e aproveitáveis, para as duas partes em questão. A escola na realidade tem tudo a ganhar, ao tomar conhecimento das reações dos pais e estes experimentam um proveito cada vez maior ao serem iniciados, por sua vez, nos problemas da escola.

Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva pois a muita coisa mais que a uma informação mútua: Este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se até mesmo a uma divisão das responsabilidades: em alguns países, conselhos de pais e de mestres reunidos constituem os verdadeiros inspiradores da pedagogia nova e realizam dessa forma a síntese desejada entre a família e a escola. (PIAGET, 1978, p.50).

O ideal é que a família e a escola, juntas tracem uma mesma meta, que é instruir a criança de forma que ela se sinta segura durante a aprendizagem, sendo respeitadas as diferenças culturais em que está inserida, criando assim um cidadão para a sociedade.

Metodologia

Essa pesquisa se qualifica em qualitativa com pesquisa em campo na escola EMEF. Prof.ª Salime Abdo, situada no município de Nova Odessa, onde atuei por um ano e seis meses como estagiaria, auxiliando a professora em sala de aula e durante a minha jornada de trabalho foi observado: salas de aulas, reuniões de planejamentos, reuniões pedagógicas e reuniões de pais.

Coletado dados dos procedimentos relacionados ao desenvolvimento do aluno no ambiente escolar. Com base nas fundamentações teóricas já citadas na introdução desse estudo.

Para maiores informações foi enviado aos pais dos alunos do 5º ano um questionário relacionado à escolaridade dos responsáveis dentre outras questões relacionadas a família/escola, outro questionário aos professores para saber a visão que carregam sobre a família estar presente, realmente ajuda durante o processo de aprendizagem dos alunos.

Análise de dados

Foi entregue aos alunos para que entregassem aos pais um questionário com cinco questões fechadas referente a escolaridade dos pais e a sua atuação em relação a colaboração dos pais quando os filhos necessitam e duas sobre a relação deles com a escola.

Também foi entregue um questionário aos professores de 1ª a 5ª série sobre a relação deles com a família dos alunos e qual a sua importância dentro do contexto escolar.

Esta pesquisa foi dividida em duas partes o grupo ―A‖, representa os pais dos alunos do 5º B e o grupo ―B‖, representa os docentes.

Grupo A: Foram entregues 29 questionários com cinco perguntas fechadas e duas questões abertas, somente 14 foram devolvidos.

A escolaridade dos pais foi colhido as seguintes informações:

5 pais tem o ensino médio incompleto, 6 ensinos médio completo,

2 tem o técnico completo, 1 tem o superior incompleto.

Quais participam da APM.

2 não responderam à questão;

3 participam da APM;

9 não participam.

Frequência que olham o caderno dos filhos:

5 olham o caderno do filho com frequência;

7 olham as vezes;

1 olha raramente.

Auxílio nas atividades em casa:

7 auxiliam nas atividades de casa;

6 auxiliam as vezes;

No documento CAPA - NETWORK EDUCATIONAL (páginas 70-81)