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Desinfecção de Efluente Tratado por Alagados Construídos por Meio de Hipoclorito de Cálcio no Campus Unesp – Bauru

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Academic year: 2023

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XXIV Congresso de Iniciação Científica

Desinfecção de Efluente Tratado por Alagados Construídos por Meio de Hipoclorito de Cálcio no Campus Unesp – Bauru

Barbára Henrique Cardoso: Aluno-autor, Gabriela de Paula Ribeiro: Colaboradora, Nathalie Dyane Miranda: Colaboradora, Prof. Dr. Gustavo Henrique Ribeiro da Silva: Orientador. UNESP, Bauru, e-mail do aluno-autor: ra910139@feb.unesp.br, Projeto Pesquisa apresentado ao programa de iniciação científica da FAPESP, como requisito para obtenção de Bolsa de Iniciação Científica.

Palavras Chave: Esgoto Sanitário, Alagados Construídos, Hipoclorito de Cálcio

Introdução

O Estado tem o dever de coletar e tratar o esgoto sanitário. Esta situação exige que seja realizado planos e projetos que possibilitem menor custo de implantação e operação dos sistemas de tratamentos desejados. Além da importância em procurar sistemas de tratamento que propiciem menores custos, é imprescindível que o efluente atinja as características exigidas pela legislação estabelecida, visando sempre à preservação e/ou recuperação dos recursos hídricos. A maioria das Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) no Brasil, não possui uma etapa específica para a desinfecção. A adoção de um sistema de desinfecção deve ser permeada por um estudo de risco-benefício, no qual o tipo de tratamento, a tecnologia aplicada, o desinfetante a ser utilizado e o nível de remoção a ser atingido são os principais pontos a serem observados. A proposta desta pesquisa é estudar a desinfecção de efluente sanitário proveniente do tratamento por alagados construídos por meio da cloração.

Material e Métodos

A desinfecção utilizou o hipoclorito de cálcio (Ca(ClO)2) e foi em batelada, empregando béqueres de 2,0 L, dispostos sobre um Jar-Test utilizando volume igual a 1,5 litros de efluente. Os ensaios de desinfecção foram realizados no Laboratório de Hidráulica Geral e Saneamento do Depto. de Engenharia Civil de Bauru–UNESP. Foi coletado um volume de 10L de efluente tratado por meio de alagados construídos e posteriormente levado ao laboratório para os ensaios. As dosagens aplicadas foram: 5, 10 e 15 mgCl2L-1 para tempos de contato de 5, 10 e 15 min., respectivamente.

Esta dosagem foi escolhida, pois de acordo com Tonon (2007), dosagens de Ca(ClO)2 entre 6 e 13 mg.Cl2.L-1 foram suficientes para atingir as normas estabelecidas pela CONAMA 357/05 e OMS (1989).

Resultados e Discussão

Os valores médios de pH antes e após a cloração estão situados nas faixas de 6.60-7.00 e 6.70-7.20, respectivamente. Esses valores não influenciaram os resultados obtidos tanto na remoção de DQO, quanto na inativação de coliformes. Os valores de inativação de coliformes termotorantes e totais para a dosagem de 15 mg.Cl2.L-1 foram menores

que 2 UFC/100ml nos ensaios 1 e 2. Para o ensaio 3 (dosagem de 15 mg.Cl2.L-1 ), tempo de contato de 5 min , observou-se 1700 UFC/100ml para os coliformes termotolerantes e 8000 UFC/100ml para os coliformes totais. Nos outros ensaios realizados todas as amostras atenderam aos padrões estabelecidos pela resolução CONAMA 357/2005 e OMS (1989) cujo valor limite é de 1000 UFC/100ml para coliformes termotolerantes. Houve remoção de DQO nas amostras analisadas para a dosagem de 5 e 15 mgCl2L-1. No entanto para a dosagem de 10 mgCl2L-1, observa-se um aumento dos valores de DQO nas amostras cloradas quando comparadas às amostras de efluente bruto. O mesmo comportamento observado neste trabalho foi observado El-Rehaili (1995) quando se aplicou cloro em efluente sanitário. O autor explica este comportamento como uma possível alteração na matriz orgânica pela ação do cloro, tornando-o mais acessível à oxidação nos testes de DQO.

Conclusões

Conclui-se que a dosagens e os tempos de cloração foram eficientes na inativação dos coliformes termotolerantes. Quanto maior a concentração de cloro livre e maiores os tempos de contato, mas eficiente foi a desinfecção. Nas análises de DQO, foi observado um pequeno aumento no efluente clorado em alguns ensaios.

Agradecimentos

A Fapesp, pela bolsa de iniciação científica – Proc.

2011/10939-7 e à Faculdade de Engenharia de Bauru – UNESP pelo auxílio junto ao Laboratório de Hidráulica Geral e Saneamento.

1CONAMA. Resolução número 357, de 17 de Março de 2005.

Conselho Nacional de Meio Ambiente. Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, 2005.

2El-Rehaili, A.M. Response of BOD, COD and TOC of secondary effluents to chlorination. Water Res. 29, pp. 1571-1577, 1995.

3IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - 2008, Brasília, 2008.

4OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE . Directrices sanitárias sobre el uso de águas residuales em agricultura e aquicultura. Séries de reportagens técnicas. 778. OMS, Genebra, 1989

5TONON, D. Desinfecção de efluentes sanitários por cloração visando o uso na agricultura. Dissertação (mestrado) Universidade Estadual de Campinas, Unicamp. 248p. , 2007.

6United States Environmental Protection Agency – USEPA (1999a) Chlorine Disinfection – Wastewater Technology Fact Sheet., Washington DC. EPA-832/R-99-062.

Referências

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