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Dissertação - Érica Yamauchi Torres - 2020.pdf

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Academic year: 2023

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A ABORDAGEM DOS GÊNEROS Orais NAS COLEÇÕES EDUCACIONAIS DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO BÁSICO (ANOS INICIAIS). Esta dissertação de mestrado tem como objetivo investigar o trabalho com gêneros orais em uma coleção de livros didáticos de ciências (anos iniciais do ensino fundamental).

APONTAMENTOS PESSOAIS E DISCUSSÃO DO OBJETO ESTUDADO

Por meio da categoria 2 (duas) do bloco ‘BNCC’, verifiquei ‘se’ e ‘como’ as propostas de produção de GO estimulam os alunos a produzirem textos orais que abrangem diversos gêneros discursivos. Através da Categoria 1 (poço) do bloco ‘Alfabetização Crítica’, verifiquei ‘se’ e ‘como’ as propostas de produção de OG permitem ao aluno apresentar criticamente seu pensamento com diferentes gêneros de discurso. Em geral, todos os volumes apresentam uma certa variedade de propostas de produção de GO.

Nos primeiros dados, mostro 211 (duzentas e onze) propostas, que estão no total no acervo investigado para que possam ser comparadas com os segundos dados, 78 (setenta e oito) ocorrências de propostas de produção de textos orais de natureza científica. Talvez por isso algumas propostas de produção de textos (que levavam em conta o caráter científico) incluíssem um eixo escrito. Entendo que apresentar apenas uma proposta de produção de GO prejudicou o uso de recursos multissemióticos.

Quanto ao aspecto ‘argumentativo’, a ‘resposta argumentativa’ ocorreu em 2 (duas) propostas, tendo assim representatividade (67%) nas propostas de produção de OZ. Retratei os aspectos gerais do ensino de LD e NC, enfatizando a abordagem centrada na proposta para a produção de GOs. Faça uma nota reflexiva sobre as limitadas propostas de produção de QO relacionadas ao letramento crítico.

Figura 1: A Coleção Buriti Mais Ciências (1ª edição, 2017)
Figura 1: A Coleção Buriti Mais Ciências (1ª edição, 2017)

A PROBLEMÁTICA DA PESQUISA

METODOLOGIA

Apliquei a Análise de Conteúdo (AC) de Bardin (2016. p. 41), método que enfatiza o conteúdo das mensagens, e “a análise de conteúdo pode ser uma análise de ‘significados’ [.. ], embora também possa ser uma análise de 'significantes' (análise lexical, análise de procedimentos)”. É composto por subcapítulos nos quais discuto gêneros orais e produção de texto oral, alfabetização e alfabetização crítica e dialogismo.

GÊNEROS ORAIS E PRODUÇÃO DE TEXTO ORAL

47 O filósofo russo afirma que os géneros do discurso promovem o funcionamento das suas esferas de origem. No plano social, Bakhtin (1997) diz que as áreas da atividade humana são os exemplos reguladores dos gêneros do discurso.

LETRAMENTO E LETRAMENTO CRÍTICO

Assim, o que é ensinado na escola em relação à leitura e à escrita são elementos para que o aluno atinja níveis ou etapas de alfabetização. Nisto, as práticas de alfabetização estão ligadas a questões de poder exercido na sociedade, além de considerarem as práticas culturais nas quais o aluno está inserido e suas relações com a leitura e a escrita.

DIALOGISMO

No enunciado deste documento, o conhecimento nestes componentes curriculares “dialoga com fatos, fenômenos, realidades, histórias, descobertas, criações, pesquisas e constrói conjuntos de estudos devidamente discriminados, que acontecem no cotidiano da escola. A linguagem constitui um processo evolutivo contínuo, que se dá por meio da interação verbal social dos falantes” (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2014, p.132). É determinado tanto pelo fato de vir de alguém quanto pelo fato de ser dirigido a alguém.

92] afirma que “a relação dialógica é uma relação (de sentido) que se estabelece entre enunciados26 na comunicação verbal. 25 As vozes para Bakhtin são as diferentes posições, ideologias e forças contraditórias que refletem as relações de poder entre a pluralidade de pessoas e que têm efeito nas relações dialógicas.

O LIVRO DIDÁTICO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA NO CENÁRIO DE DISPUTA

Na primeira subseção conduzo um debate sobre 'O livro didático de ciências no cenário de conflito entre duas tendências educacionais'; na segunda discuto o livro didático e o ensino de ciências; na terceira e última, apresento a coleção BMC (2017), finalizando com uma reflexão sobre a oralidade vislumbrada na BNCC e sua relação com o livro didático. Munakata (2016, p. 123) afirma que “o livro didático é o portador do conhecimento escolar, um dos componentes explícitos da cultura escolar”. Ainda na década de 1980, o Decreto n estabeleceu a criação do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), tendo como objetivos do programa: obter e distribuir livros didáticos de forma universal e gratuita a todos os alunos das escolas públicas brasileiras.

Atual LDB, Lei nº. A Lei 9.394/96, instituiu os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que levam em consideração o ensino de ciências por meio da formação de um cidadão participante da sociedade, capacitado para o mercado de trabalho e crítico. É um documento que define competências de aprendizagem essenciais para os alunos do ensino primário.

O LIVRO DIDÁTICO E O ENSINO DE CIÊNCIAS

O ensino de ciências é uma engrenagem fundamental na construção do método científico e, assim como a ciência, a forma de ensinar se moldou ao longo do tempo (SILVA et.al, 2016, p. 285). Isso confirma que “o desenvolvimento científico e tecnológico mundial e brasileiro exerceu e exerce forte influência no ensino de ciências”, como dizem Nascimento et.al (2010, p. 228). É compreensível que “ao longo da história, a produção científica e tecnológica brasileira tenha sido controlada ideologicamente por uma forma acadêmica e internacional de fazer ciência e tenha sofrido com a falta de estabilidade política e o autoritarismo” (NASCIMENTO et.al, 2010, p. 226) .

O ensino de ciências deve, assim, incentivar os estudantes a desenvolverem “uma atitude crítica em relação ao conhecimento científico e tecnológico que os relacione com o comportamento humano perante a natureza” (NASCIMENTO et.al, 2010, p. 232). 79 desenvolvimento social, ensinar ciências para a cidadania é um meio de transformar pessoas e nações” (SILVA et.al, 2017, p. 302).

APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO

A oralidade prevista na BNCC

Dessa forma, a DCNEB (2013) procurou cumprir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), estabelecendo competências e diretrizes para todas as fases da Educação Básica. Define dez competências gerais que devem ser proporcionadas aos alunos durante o desenvolvimento da Educação Básica, penetrando na esfera pedagógica, no desenvolvimento de competências e direitos de aprendizagem (conceitos e procedimentos). Entre as competências gerais do KKBK, que estão interligadas, atravessando todas as componentes curriculares do Ensino Básico, destaco a capacidade do aluno em utilizar os conhecimentos das linguagens verbais (oral e escrita) "para se expressar e para trocar informações , experiências, ideias. e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzem significados que levam à compreensão mútua” (BRASIL, 2018, p. 9).

Segundo a BNCC (BRASIL, 2018), dentre as dez competências gerais da Educação Básica, inclui-se o uso da linguagem oral para se desdobrar no tratamento didático que constitui as três etapas da Educação Básica, ou seja, estão as questões da oralidade. articulado “na construção de conhecimentos, no desenvolvimento de competências e na formação de atitudes e valores, em conformidade com a LDB” (BRASIL, 2018, p. 9). Nele mostro “o tratamento dado às práticas de linguagem que ocorrem em situação oral” (BRASIL, 2018, p. 79), para os primeiros anos do ensino fundamental.

APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS CATEGORIAS DE ANÁLISE

Eles permitem que o aluno expresse sua visão pessoal de forma crítica, utilizando diversos gêneros de discurso oral. Através da Categoria 1 (hum) do bloco ‘BNCC’ verifiquei ‘se’ e ‘como’ as sugestões para a produção de GOs favorecem a compreensão do aluno sobre os efeitos de sentido causados ​​pela utilização de recursos linguísticos e multissemióticos produzidos em textos orais . Através da Categoria 2 (dois) do bloco ‘Alfabetização Crítica’ descobri ‘se’ e ‘como’ as propostas de produção de OGs articulam a abordagem de elementos linguísticos para a formação de um falante crítico35, o que vai além da mera decodificação de sinais explícitos.

Através da categoria 1 (hum) do bloco ‘Contribuição para a ampliação de capacidades em domínios extracurriculares’ analisei ‘se’ e ‘como’ propostas de produção de GO preparam o aluno para situações cotidianas em que predomina o aspecto tipológico ‘desmascaramento’. , permitindo compreender as relações sócio-discursivas, o estilo de linguagem e o delineamento temático. Através da categoria 2 (duas) do bloco ‘Contribuição para a ampliação de capacidades em domínios extracurriculares’ analisei ‘se’ e ‘como’ os textos argumentativos promovem a apresentação da tese e a justificativa da tese com base na produção de discursos orais textos que pertencem ao aspecto tipológico 'argumentação'.

A ‘FRUTIFICAÇÃO’ QUANTI-QUALITATIVA

Quanto ao aspecto quantitativo, acredito que houve uma razoável variedade de GO propostos pela coleção BMC (2017). Notei que havia uma disparidade na distribuição dessas propostas de produção de GOs, o que fica evidente no Gráfico 1. Nessa perspectiva de ampliação do uso da linguagem oral, incluí as propostas de produção de GOs que apresentei no pensamento do BMC , considerado. coleção (2017).

Proponho que essas práticas linguísticas também sejam abrigadas na LDCN porque é um ambiente rico em oportunidades de discussão, relato, pesquisa e compreensão acadêmica dos objetos de aprendizagem da NC. Mostro que analisei objetivamente apenas as propostas de produção de OGs na LDCN, e não outras dimensões que também fazem parte do desenvolvimento da linguagem, como a representação oral do texto escrito, a variação linguística e as relações entre fala e escrita.

A ‘FRUTIFICAÇÃO’QUANTI-QUALITATIVA DOS DADOS – PRIMEIRO OBJETIVO

Dentre o que a BNCC (BRASIL, 2018) prevê para o trabalho com oralidade, analisei se as propostas de produção de OG privilegiavam: construção de sentido utilizando recursos multissemióticos e produção de textos orais. Mais uma vez apresento a totalidade das propostas de produção de GOs e a apresentação de recursos multissemióticos como base de comparação com os demais dados. A seguir, apresento outro gráfico onde aponto dados relativos à produção de textos orais de cunho científico.

Apresento a proposta de produção de GO existente na LDCN, que leva em consideração a previsão da BNCC (BRASIL, 2018), que é apresentada a seguir. 114 Mostro a proposta de produção de GO existente na LDCN, que leva em consideração a previsão da BNCC (BRASIL, 2018).

Gráfico 2: Utilização de recursos multissemióticos
Gráfico 2: Utilização de recursos multissemióticos

A ‘FRUTIFICAÇÃO’ QUANTI-QUALITATIVA DOS DADOS – SEGUNDO

Relativamente à questão que estou a analisar, discordo da classificação feita pela LDCN como GO como “resposta pessoal” e portanto pertence ao aspecto tipológico “exposição”. Quanto à representação (45%) do gênero discursivo ‘resposta pessoal’ em todos os cinco volumes analisados, destaco a filiação deste GO ao aspecto tipológico. Utilizando esses critérios, criei outras classificações de OG pertencentes ao aspecto tipológico ‘expor’, como ‘resposta final’, ‘discussão’, ‘explicação’, ‘discussão em grupo’.

Conforme já mencionado, no que diz respeito ao aspecto tipológico ‘simples’, a ‘resposta pessoal’ teve a maior prevalência entre os GO relacionados a esse aspecto, com um total de 95 (noventa e cinco) propostas nos cinco volumes analisados, o que ( 49%) do total. Inicialmente analisarei 2 (duas) atividades propostas a partir das 2 (duas) categorias vinculadas a este objetivo, sendo 1 (uma) atividade pertencente ao aspecto tipológico ‘expor’. resposta pessoal) e outra pertencente ao aspecto tipológico 'argumentar' (discussão em grupo). Com o objetivo de buscar clareza sobre como a ‘resposta pessoal’ do GO foi abordada na coleção BMC (2017), trago um exemplo ilustrativo.

Portanto, descobri a partir da análise da produção da 'resposta pessoal' do GO que ela pode realmente contribuir para a expansão das capacidades exigidas em esferas externas relacionadas a esses gêneros.

Gráfico 6: Letramento Crítico
Gráfico 6: Letramento Crítico

Imagem

Figura 1: A Coleção Buriti Mais Ciências (1ª edição, 2017)
Figura 2: Ícones apresentados no LD
Gráfico 2: Utilização de recursos multissemióticos
Ilustração foi classificada como sendo desenhos artísticos e pinturas de um determinado  assunto tratado
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Referências

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A primeira versão da Tabela foi fruto de um esforço conjunto da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Capes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e