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NOVOS TEMPOS, MESMAS HISTÓRIAS

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Academic year: 2023

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José Campos de Andrade Prorektor: prof. Maria Campos de Andrade Prorektor za finance: prof. Lázara Campos de Andrade. Prodekan za načrtovanje: prof. Alice Campos de Andrade Lima Prodekan za diplomiranje: prof. mag.

ECOS BECKETTIANOS

Então, diz Lehmann: “A questão que se coloca no novo desenvolvimento do teatro é saber como e com que consequências a ideia do teatro como representação de um cosmos ficcional foi efetivamente quebrada ou mesmo abandonada”. (LEHMANN, 2007, p. 47). Lehmann afirma: "O reconhecimento do teatro pós-dramático começa com a percepção de que a condição de sua existência é a emancipação mútua e a dissociação entre drama e teatro".

CONCLUSÃO

Esta “redescoberta” do potencial representativo do teatro e só do teatro coloca a questão, agora constitutiva e inevitável, de saber o que o teatro contém de infalível e insubstituível face a outros suportes. A oferta do triângulo drama, ação e imitação está presente tanto na Vida quanto na obra de Beckett, e em ambos os casos há uma negação do teatro como representação de um cosmos fictício.

INTRODUÇÃO

Em contraste, Alphonsus de Guimaraens dedica boa parte de sua obra à sua amada esposa Constance, que morreu quando ele tinha dezoito anos. Segundo sua biografia, na poesia de Alphonsus de Guimaraens há uma forte presença de Constance, sua prima e noiva, falecida aos 17 anos, vítima de tuberculose.

A EXPLORAÇÃO DE UM ESTADO INTERIOR: IMPRESSÕES SOBRE A MORTE

Na primeira estrofe, entendemos, portanto, que a própria letra elimina a possibilidade de estar morto, tal como está. Alphonsus de Guimaraens teve o cuidado de deixar o coro marcado pelo som dos sinos, que manifesta o sofrimento do eu lírico ao longo de um dia inteiro.

ANTHROPOCENTRISM AND ITS SUBVERSION: AN ECOCRITICAL ANALYSIS OF MILTON HATOUM’S

INTRODUCING A GEOPOLITICISED ECOCRITICISM

Moments when the fragmentation of the characters' identities could be reflected on the readers' identities found in Hatoum's translations, must be brought and discussed through an ecocritical lens. In recent years, several discerning, politically liberal historians of American thought have traced the gradual weakening, in our public life, of the ideas embodied in this cherished image.

THE BROTHERS

Nael observes his two masters as representatives of both kingdoms, and throughout much of the novel he hopes to learn that he is Yaqubov—an educated, Westerner who criticizes his father for his friendly behavior with family friends. shop – son, as his mannerisms and demeanor are appealing and inviting, while Omar's coarseness and odd habits make him unattractive compared to social patterns. The study develops these complex concepts in order to suggest a deviant perception of matters that are still not as inexorable and harmless as advocated.

WESTERN ANTHROPOCENTRISM AND ITS SUBVERSION

Therefore, since there is no way for development to happen without being accountable for the acts involved in the process – and also because there is no intention to rethink the essence of Westernization – the West sells the idea that both progress and respect for the natural environment can be achieved simultaneously: ―The pastoral idea of ​​America was, of course, given to this illusion from the beginning. The development of the Amazon has been a controversial issue for a long time, and perhaps there is no better way to illustrate the sophistic arguments of the pastoral faith than if we consider the endless discussion of such a matter.

AN ANTI-PASTORALIST NOVEL VS A PASTORALIST TRAVEL BOOK

In the middle of the square, the many birds that used to delight the children were no longer there. Indians and migrants from the interior of the state begged on the steps of the church.

FINAL REMARKS

Essa pintura se tornaria um símbolo da Antropofagia Cultural proposta por Oswald de Andrade, aquela da América que engole da Europa os produtos culturais que lhe interessam e os retrabalha conforme ela mesma. Mais precisamente, o termo ganhou estabilidade alguns anos depois, com a publicação do Manifesto Antropofágico, de Oswald de Andrade, em 1928.

A METÁFORA ANTROPOFÁGICA NA LITERATURA BRASILEIRA

A transformação permanente do Tabu em totem‖ (ANDRADE, 2001, p. 48): esta expressiva frase do Manifesto Antropófago toma a psicanálise freudiana. No matriarcado de Pindorama‖ (ANDRADE, 2001, p. 50), Oswald apresenta sua ideia principal que constitui a essência do manifesto: tese: o homem natural; antítese: homem civilizado;.

PÓS DÉCADA DE 1920: DESDOBRAMENTOS ANTROPOFÁGICOS

Oswald, ao reformular a metáfora antropofágica, posiciona-se contra a visão hegeliana de que "tudo o que é racional é real" e propõe "a revalorização do homem natural produzido frente aos quadros escleróticos do homem histórico, do homem civilizado, do homem vestido, enfim, do homem cartesiano. ANDRADE, 1945, s/p), aproxima-se do pensamento heideggiano e nietzschiano.Como já disse Oswald de Andrade, o mundo (o Brasil e a América como um todo) deve se canibalizar.

TRABALHO, ARTE, POLÍTICA E IMIGRAÇÃO ITALIANA: A REPRESENTAÇÃO DO TRABALHO EM O QUATRILHO, DE JOSÉ

Embora Poe tenha sido um grande escritor comercial de seu tempo, sua visão de trabalho e criatividade artística parece criar uma ideia de discórdia entre esses dois elementos. Neste romance histórico, o autor explora o embate entre duas visões de mundo divergentes sobre o trabalho e a renda dos descendentes de imigrantes italianos em uma circunstância em que o materialismo é visto como a única alternativa para alcançar a felicidade.

A VIDA ANTES DA COMPRA DA COLÔNIA

Teresa, por sua vez, recebe de Ângelo a mesma frieza que recebia do pai. Teresa e Mássimo são as personagens com mais camadas de atributos e mais dinâmicas face a Ângelo e Pierina.

A VIDA NA COLÔNIA

Assim que deixa a casa da família, Ângelo se muda para uma pensão com Teresa, onde espera morar até juntar dinheiro para comprar colônia. Apesar da oposição de Mássimo, Ângelo decide levar adiante o plano: “Suspeitei ter encontrado o caminho para a cuccagne” (p. 133).

A SEPARAÇÃO

No final da novela, Ângelo e Pierina estão juntos, apesar de enfrentarem atritos com a sociedade e o vigário local. A jovem família de Ângelo e Pierina constitui uma interpretação ficcional de um dos ramos da nova família ítalo-brasileira de valores burgueses, cuja noção de realização pessoal está ligada, talvez exclusivamente, ao bem-estar material obtido pela exploração do trabalho.

FICÇÃO E REALIDADE

De um lado, o do imigrante com sensibilidade, que precisa mais do que pão para viver; de outro, a do imigrante obcecado em satisfazer as necessidades materiais por meio do trabalho burguês e cuja satisfação se resume ao lucro. Dada a representação da obra em O quatrilho, a principal mensagem do livro parece ser a de que, para alguns dos descendentes de imigrantes italianos representados na literatura brasileira, o dinheiro não é tudo.

O FUNDAMENTALISTA RELUTANTE: O ADEUS AO PAI PROTETOR 1

Os povos orientais, especialmente os muçulmanos, veem os ocidentais, especialmente os americanos, como uma raça "inferior" (BURUMA; . MARGALIT, 2006), sem alma, sem fé, totalmente mecanizada. Para explicar as origens do "ocidentalismo", Buruma e Margalit começam seu trabalho citando a Conferência de Kyoto de 1943, onde intelectuais e estudiosos japoneses se reuniram para discutir como resistir à influência avassaladora da cultura ocidental.

O FUNDAMENTALISTA RELUTANTE: O ADEUS AO PAI PROTETOR

Quando ele viaja para Manila a trabalho, ele percebe que os filipinos olham para seus colegas americanos com admiração. Mesmo no início da estada nos Estados Unidos, quando ainda estudava em Princeton, Changez se incomodava com algumas situações, como "a facilidade com que seus colegas esbanjavam dinheiro".

O romance Paciência Ardiente, de Antônio Skármeta, publicado em 1987, tem como pano de fundo uma ilha do Chile chamada Ilha Negra e retrata momentos do país entre 1969 e 1973. Tem como protagonista o poeta Mário Jiménez, de 17 anos. Pablo Neruda e Beatriz Gonzáles, a amada de Mário.

O SENTIMENTO VISTO POR MEIO DOS PLANOS

O trecho final da cena se dá com um plano (plano de estabelecimento) da ilha, que mostra Mário subindo em sua bicicleta e partindo a cavalo. Há um plano fechado estabelecido, que enquadra os dois atores com a mesma função dramática.

Figura 4 – Mário e Neruda. (RADFORD, 1994)
Figura 4 – Mário e Neruda. (RADFORD, 1994)

O DESABROCHAR DAS EMOÇÕES POR MEIO DAS METÁFORAS

Tais sentimentos permeiam a alma do protagonista e o transformam, levando-o a querer entender e conhecer cada vez mais esse novo mundo que se apresenta, o mundo da poesia e do fascínio das palavras. Com todas essas sensações e descobertas, o amadurecimento poético do personagem Mário e o florescimento da sensibilidade se apresentam quase no final da narrativa fílmica e literária.

A INTERMIDIALIDADE DE GÊNESIS COM L'ANIMATEUR, DE NICK HILLIGOSS 1

L'Animateur (2007), de Nick Hilligoss, cartoon que reescreve a criação e queda de Adão e Eva, é uma curta-metragem que trabalha com a narrativa bíblica num espírito de banalização, ironia, ambiguidade, indecisão e abertura de registo. - modernidade. O entre também se dá porque nos deparamos com demonstrações sobre o mesmo tema, cada uma delas utilizando uma linguagem específica: a narrativa bíblica utiliza a linguagem verbal, enquanto o stop motion utiliza a linguagem audiovisual.

A NARRATIVA BÍBLICA E O STOP MOTION ANIMATION: ADAPTAÇÃO

Na contemporaneidade, o stop motion L'Animateur, de Nick Hilligoss, é uma releitura audiovisual da criação e queda de Adão e Eva. Haveria traição maior do que transformar um texto sagrado em uma animação em stop motion.

Figura 1 – O animador caminha na superfície de um corpo celeste.
Figura 1 – O animador caminha na superfície de um corpo celeste.

A CRIAÇÃO DE ADÃO (E EVA) DE MICHELANGELO E L´ANIMATEUR

Também como esperado, ambos tentam se cobrir com folhas, indo um pouco além da narrativa bíblica nesse sentido e denunciando a total vaidade e frivolidade da mulher que consegue fazer um “modelito”, com o qual desfila diante do público. . Poderia haver traição maior do que transformar Deus em um artista itinerante em repetição?

Quando Michelangelo pinta A Criação de Adão na Capela Sistina, é a narrativa bíblica que ele tenta reproduzir em formas e cores. Através da arte de Michelangelo, a mensagem sobre a criação de Adão foi pintada com ousadia no centro do teto da Capela Sistina.

Figura 5 – A criação de Adão, de Michelangelo.
Figura 5 – A criação de Adão, de Michelangelo.

Além de uma presença muito forte do “eu” que escreve, ou seja, uma espécie de voz poética que expressa seus sentimentos e evoca reflexão. Em um texto onde há certo grau de saturação de imagens, os marcadores de semelhança de imagem teriam, segundo Louvel, a função de criar na mente do leitor uma espécie de “imagem” que dá a impressão de estar diante de uma imagem.

HOLANDA EM FLOR

Segundo Louvel, o grau de saturação pictórica de um texto pode ser maior ou menor, dependendo dos 'marcadores' – que podem ser mais ou menos diretos e explícitos – que aparecem tanto na literatura quanto nas artes plásticas (LOUVEL, 2010, p. .17-18). ). Liliane Louvel dedica parte de um de seus capítulos à discussão das naturezas-mortas para mostrar como um objeto importado de outra arte influencia o texto literário e o leitor (LOUVEL, 2010, p. 141).

A PINTURA DE GÊNERO

Este último trecho cita muitos dos elementos encontrados na pintura de gênero e nas crônicas que Cecília escreveu sobre a Holanda. Cecilia construiu conscientemente seu texto, não é por acaso que ela faz alusão à pintura de gênero em suas descrições: “Por mais que pareça impossível, – uma atmosfera do século XVII.

Em Uma odisséia de Penélope (The penelopiad, 2005), da canadense Margaret Atwood, Penélope reaparece como narradora, questionando as diferentes interpretações que sua história recebeu ao longo do tempo. Nesta obra, a imobilidade de Penélope e o movimento constante de Odisseu também são contrastados como facetas complementares que orientam a narrativa.

O ESPAÇO DA ODISSEIA: ÍTACA E O MAR

A teimosia de Penélope causa a estagnação de todo o reino e de seus habitantes, deixando uma espécie de Ítaca congelada no tempo, à espera do retorno do verdadeiro rei, como as terras arruinadas da mitologia britânica. É importante notar que o kleos de Penélope está relacionado tanto à manutenção do oikos quanto à memória de Odisseu.

O ESPAÇO DE A ODISSEIA DE PENÉLOPE: O REINO DOS MORTOS

Em Atwood, se Penelope decidisse deixar Hades e beber da fonte do esquecimento, não haveria a Odisséia de Penelope. A estada de Penélope no Reino dos Mortos permite a recontagem de Atwood, assim como sua estada em Ítaca permite o retorno bem-sucedido de Odisseu e, portanto, a própria Odisseia homérica.

Por exemplo, em certas obras que tratam desse período literário, podem mencionar nouveau roman apenas a obra de alguns ou estender o conceito a outros autores do mesmo período, como Samuel Beckett e Marguerite Duras. É também interessante ler o que pensaram os autores do nouveau roman sobre esta denominação e os caminhos que procuraram para o romance do século XX.

POR UMA CRÍTICA DO NOUVEAU ROMAN

A acusação de pura 'objetividade', que 'desumaniza' a obra literária, presente no discurso de críticos mais tradicionais também os leva a crer que o nouveau roman é puro formalismo, desprovido de qualquer substância. Portanto, o romance moderno não é apenas uma forma, mas também uma forma de compreender uma realidade particular, pois é “uma forma particular de narração”.

O ULYSSES E A BUSCA POR UM NOVO REALISMO

Voltando agora ao nouveau roman, podemos analisar em que medida suas visões do romance moderno podem ou não diferir de Ulisses com base em noções de realismo. A partir de então, talvez fique mais claro que o personagem do romance moderno visto por Robbe-Grillet se assemelha muito ao de Ulisses.

O objetivo deste trabalho é analisar o romance A Mulher Alheia e o Homem sob a cama deste romancista, sob os aspectos da sátira menipéia e da carnavalização, tendo como obra fundamental Problemas da poética de Dostoiévski, do teórico Mikhail Bakhtin. Primeiramente, será apresentado um breve resumo que contextualiza a obra e seu enredo, seguido de uma análise de algumas particularidades do gênero menipéia e carnavalização presentes no novo objeto deste estudo.

CONTEXTUALIZAÇÃO DA OBRA

Essas situações, ao ultrapassarem os limites habituais, visam provocar a palavra e a verdade do personagem principal e revelar os aspectos ocultos do comportamento humano quando colocado em um mundo de cabeça para baixo.

O ENREDO

A SÁTIRA MENIPEIA

Para analisar a carnavalização em A Mulher Alheia e o Homem Debaixo da Cama, nos Problemas da Poética de Dostoiévski recorremos ao gênero cômico sério da menipéia à luz das teorias de Mikhail Bakhtin. Neste objeto de estudo, os elementos carnavalizados da sátira menipéia se apresentam das mais variadas formas: na elaboração dos personagens, na exposição dos conflitos, nas relações humanas na plenitude de suas possibilidades, no riso, no excêntrico, na quebra de protocolos.

SITUAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

Situações extraordinárias para provocar a fala e a verdade, estrutura tripartite - Terra, Olimpo e Inferno - riso, comédia, cenas escandalosas, comportamento extravagante são alguns aspectos da menippe utilizada por Dostoiévski, que combinados constituem um cômico-sério e uma obra. O gênero menipeu visa criar situações extraordinárias para provocar e vivenciar uma ideia filosófica: uma palavra, uma verdade materializada na imagem do sábio que busca essa verdade (...) lugares fantásticos, colocam-se em situações extraordinárias.

SITUAÇÕES PARA PROVOCAR A VERDADE

A ESTRUTURA TRIPLANAR

A CONDIÇÃO TERRA

A CONDIÇÃO OLIMPO

A CONDIÇÃO INFERNO

O RISO

O ELEMENTO CÔMICO

AS CENAS DE ESCÂNDALO

O COMPORTAMENTO EXCÊNTRICO

A CARNAVALIZAÇÃO

Em A mulher alienígena e o homem debaixo da cama, o protagonista expressa e revela os aspectos ocultos de sua alma e vive um período de "transgressão permitida" como se uma vida diferente do mundano tivesse sido instalada, permitindo que a quebra de paradigmas fosse promovida . Posteriormente, analisam-se alguns elementos carnavalizados desta novela, nomeadamente: a revogação da etiqueta, a ruptura do sistema hierárquico e o destronamento.

REVOGAÇÃO DE ETIQUETA

Não se contempla e, a rigor, nem se representa, mas vive-se nela, e vive-se segundo as suas leis enquanto estiverem em vigor, ou seja, vive-se uma vida ordinária, uma "vida" em certo sentido . in reverse.', um mundo invertido. No carnaval, "antes de tudo, o sistema hierárquico de todas as formas conectadas de medo, reverência, devoção e etiqueta é abolido".

A REVOGAÇÃO DO SISTEMA HIERÁRQUICO: OS DESIGUAIS SE IGUALAM

O transeunte estremeceu e olhou assustado para o indivíduo envolto em pelisse que àquela hora (seriam cerca de oito horas da noite) o chamou do nada, no meio da rua.

O DESTRONAMENTO DO REI

No trecho seguinte, o destronamento se dá no momento em que a personagem principal é descoberta pelo casal debaixo da cama, já que o Ivan Andreyevich, bem vestido e de alto status social, descrito no início do romance, não pode mais ser rastreado. Dostoiévski explora a transgressão permitida pela carnavalização em A estranha mulher e o homem debaixo da cama para revelar o autêntico "eu" dos personagens, especialmente do herói, o que não seria possível em situações comuns.

O NARRADOR-PROTAGONISTA À PROCURA DA VERDADE E A DESCOBERTA DE SEU “EU” INTERIOR, NO CONTO O MUJIQUE

O enredo do conto O Mujique Marei trata dos fatos da vida de Dostoiévski como prisioneiro político na Sibéria, quando ele relembra - por meio do protagonista-narrador - um encontro ocorrido em sua infância com uma criada na fazenda de seu pai. Perambulando pelo centro de detenção enquanto os presos se divertiam durante a festa, o narrador-protagonista retorna ao presídio, e aqui a narrativa se desenvolve por meio de flashbacks que transportam o leitor para sua infância, aos nove anos de idade.

A CONSTRUÇÃO DE O MUJIQUE MAREI

Mas podemos dizer que por meio desse espaço, que desperta revolta em seu coração, outro se abre: o campo como espaço de liberdade, onde o narrador-protagonista pode vivenciar momentos e sentimentos típicos de uma criança. Essa intimidade é exteriorizada e percebida pelo narrador-protagonista no seguinte trecho: “Eles vêm de qualquer ponto da minha história, às vezes de um acontecimento insignificante.

AS SITUAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS DO NARRADOR-PROTAGONISTA

E aos poucos o quadro foi se completando, dando-me uma impressão forte, profunda e completa de minha vida...” (DOSTOIÉVSKI, [1993], p. 80). Percebe-se, segundo Moisés, que o sinal do tempo é dado pelo fluxo da narrativa e é intensamente marcado pelo narrador-protagonista, como no fragmento: “E, de repente, vinte anos depois, no fim da Sibéria . , tudo mudou. Ele me apresentou como se tivesse acabado de ouvi-lo gritar: (..)" (p. 83).

PRIMEIRA SITUAÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Ainda nesse contexto, segundo Bakhtin (1997), a configuração do enredo conecta herói a herói não como indivíduo a indivíduo, mas como pai e filho ou como camponês a camponês (1997, p. 104). Para este autor: "(..) a relatividade é apenas contra a seriedade oficial, unilateral e sombria, gerada pelo medo, dogmática, hostil aos processos de formação e mudança que tendem a absolutizar um dado estado de existência e o sistema social." (BAKHTIN, 1997, p. 161).

SEGUNDA SITUAÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Assim, o narrador-protagonista resolveu ir até o bosque, onde, além dos “paus, também havia sementes raras, grandes insetos e pássaros”. Estas memórias são revividas de forma plena, como se o narrador-protagonista vivesse novamente este momento: “Enquanto escrevo, parece-me respirar o cheiro fresco da nossa floresta selvagem de choupos;.

TERCEIRA SITUAÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Como ainda comenta o narrador-protagonista, quando menino já não fazia alusão ao "acidente", embora ainda falasse várias vezes com o músico. Dessa forma, podemos dizer que o narrador-protagonista é um herói menipeu, pois através das aventuras por que passou e da fantasia que se passa em seu mundo interior, ele descobre a verdade sobre a alma humana.

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DADOS DO AUTOR

DADOS DO ORIENTADOR

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Figura 4 – Mário e Neruda. (RADFORD, 1994)
Figura 1 – O animador caminha na superfície de um corpo celeste.
Figura 2 – No final do stop motion, o animador caminha na superfície de outro corpo celeste
Figura 5 – Eva leva a maçã à boca para a segunda mordida.
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Referências

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