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Qual você escolhe? Por quê?

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Academic year: 2023

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Para isso, analisamos relatórios e atividades aplicadas nas aulas de Português como Segunda Língua no Centro de Apoio Pedagógico de Ipiaú - CAPI, instituição de Atendimento Educacional Especializado (AEE). O objetivo foi analisar os processos de compreensão e expressão argumentativa na modalidade escrita do português segunda língua - L2 por meio da correlação entre imagem e escrita no contexto da educação de surdos.

VISUALIDADE E DIFERENÇA NA PERSPECTIVA DE SEGUNDA LÍNGUA

A imagem no processo de ensino-aprendizagem dos surdos

Ao longo do tempo, o uso de imagens foi se delineando como um caminho metodológico e pedagógico no contexto da educação de surdos. Imagens com representações de mãos passam a fazer parte da história da educação de surdos a partir do século XVII.

Entre identidades e pertencimentos

A aquisição de uma segunda língua ocorre com base na estrutura de uma primeira língua que o falante já domina. As pessoas surdas têm competência na língua intermediária que usam e isso orientará o desenvolvimento da aprendizagem da segunda língua.

Língua, instrumento para a argumentatividade

Aprender a língua de sinais e interagir com pessoas surdas ajuda os ouvintes a entender melhor as questões linguísticas, culturais e sociais das pessoas surdas. A língua de sinais apresenta todos os universais linguísticos, assim como as línguas orais: fonológicas, morfológicas, sintáticas, semânticas e pragmáticas.

ASPECTOS METODOLÓGICOS

Delineando a pesquisa

Assim, acreditamos que “tudo o que é relíquia do passado, tudo o que serve de testemunho, é considerado documento” (CELLARD, 2008, p.296) ou fonte sob investigação. Nascimento (2009, p. 56) aponta que “cada tipo de documento tem sua própria forma (estrutura) e com base na análise da estrutura se propõe a identificar conceitos para revelar o assunto do documento”.

Cenário da coleta de dados

Coleta e apresentação dos dados

Para Brochado (2003), no processo de aquisição e/ou aprendizagem do português na modalidade escrita, os surdos passam por níveis de interlíngua, seus textos são progressivamente modificados, apresentando signos de uma ou outra língua (L1 e L2) entrelaçados na processo de comunicação. Os níveis interlinguísticos também foram levados em consideração na fase de análise dos textos escritos coletados. As práticas pedagógicas com recursos de imagem para aprendizagem de surdos acompanham a necessidade de imersão no mundo tecnológico, que, cada vez mais, utiliza os meios digitais e visuais para comunicação e interação social.

Também foram analisados ​​relatos produzidos por professores que atuam nas salas de aula do AEE ensinando LP para surdos. A linguagem expressiva foi avaliada por meio da reflexão, análise e posicionamento ideológico expresso pelos surdos na LP escrita. Ao final da análise, foi construído o Instrumento de Verificação de Argumentação Visual de Surdos - IVAVIS - com o objetivo de avaliar os resultados do uso de imagens por surdos em ambientes sociais, que podem ser instituições escolares ou outros ambientes que ofereçam situações. leitura à primeira vista.

ENTRE ANÁLISES E DESCOBERTAS

Como analisar?

O que encontramos?

A professora D “[..] ainda tem limitações para a produção escrita, que exige atividades visuais que favoreçam o enriquecimento do vocabulário.”. Professor G "Quando solicitado a analisar um cartoon ou post, expõe elementos básicos e superficiais, o que também se aplica quando solicitado a fazer um registro escrito." Analisamos documentos coletados em um centro de referência para atendimento a surdos, com uma metodologia de ensino de segunda língua na modalidade escrita, proposta por professores qualificados em Letras e com especialização em Libra e Português.

Se é por meio do input visual que o surdo percebe e compreende o mundo, esse canal deve ser ricamente estimulado para que ele tenha conhecimento e apropriação para a reprodução/produção de textos mediados por legendas. Selecionamos para a análise dois eventos comunicativos realizados nas aulas de LP como segunda língua no CAPI, estimulando a linguagem extensa e expressiva, culminando com a matrícula na modalidade escrita da língua portuguesa. Os textos são escritos por alunos intermediários e avançados de Libras e Português que recebem acompanhamento regular e estão familiarizados com recursos de imagem.

Descrição dos dados

Notamos que os dois alunos apresentam construções frasais sintéticas, com predominância de palavras substantivas (SURDO, FITA, LIBRAS), ausência de elementos funcionais (SURDO PASSADO), uso de verbos flexionados (SOFRE, MOSTRA, AMO), em uma mistura de estruturas de elementos de LP e Libra, de acordo com o hipotético processo de escrita que ocorre durante as etapas interlinguísticas. Já o aluno 2 organizou um período mais estruturado com formas verbais flexionadas, mas ainda sem o uso de elementos de ligação (NEED TO FIGHT RIGHTS). Abaixo apresentamos imagens e textos produzidos por duas alunas que participaram do atendimento, com nível avançado em Libras e em LP como L2.

Constatamos que os períodos são organizados próximos à estrutura prescrita em LP, com predominância de estrutura em SVO, utilizando elementos funcionais (CORONAVIRUS/TRATADO PESSOAS, SINTOMAS DE FEBRE ALTA) e formas verbais flexionadas (MISSÃO/É). A aluna 1 organizou um período com uma estrutura de frase que mistura características de Libra e LP (MULHER FAZ MÃO ERRADA, MELHOR EVITAR BRAÇO). As análises realizadas baseiam-se na presença ou ausência de elementos característicos da interlíngua nos textos, bem como na equivalência das placas de identificação em Libra com os elementos registrados na LP escrita desses aprendizes em vias de uma segunda língua.

Figura 1 – Fita azul: estudante 1
Figura 1 – Fita azul: estudante 1

Categorização

  • Categorias de análise
    • Leitura e compreensão do texto-imagem
    • Correlação entre imagens contidas no texto e palavras a elas associadas
    • Memorização e sequenciação na escrita em Língua Portuguesa
    • Nível de argumentatividade presente no texto produzido
    • Articulação e desenvoltura nos usos da linguagem expressiva

Nas figuras (9) e (10), os alunos construíram um texto instrucional, utilizando palavras bem posicionadas no contexto representado pela imagem do texto. Os alunos dos níveis IL2 e IL3 conseguiram utilizar bem esse recurso linguístico nos registros analisados. No primeiro evento comunicativo, os alunos mantêm a linearidade nas informações ao longo do período, mas às vezes condensam as informações.

Ao mostrar imagens e (10) por escrito, os alunos têm problemas para classificar e sequenciar palavras no contexto e cometem erros ao escrever e enfatizar palavras. Apesar do uso de palavras individuais, os alunos (1) e (2) da Figura (3) e (4) demonstram, respectivamente, conhecimento das palavras selecionadas e organizam-nas de forma satisfatória no período, mantendo a sequência e organização das ideias. Constatamos que à medida que aprendizes surdos aprendem sobre a estrutura de uma segunda língua, os registros parecem mais complexos, com a presença de elementos funcionais que antes não estavam presentes na linguagem expressiva escrita.

Como interpretamos?

Proposta de intervenção: oficinas de argumentatividade e letramento visual

Analisar a qualidade e a eficácia dos textos visuais utilizados e veiculados na mídia em tempos de distanciamento físico e social, em sua função educativa para a comunidade surda. Considerar as prioridades na concepção e publicação de imagens e textos escritos divulgados nos meios de comunicação durante o período em análise;

Planejamento das oficinas

Apresenta “diário ilustrado” do período de distanciamento social e a importância dessas tarefas para a saúde física e emocional; Painel de exibição com diversos ícones de canais de TV, YouTube, Instagram, Facebook, whats App, Twitter, entre outros; Estratégia de sala de aula invertida: envie slides para os alunos lerem visualmente na frente da turma e obter suas impressões e expectativas sobre o livro;

Levantamento das possibilidades de acesso às aulas remotas e recursos tecnológicos para participação nas aulas (celular, notebook, computador, tablet, internet, etc.);. Após as oficinas, os registros individuais escritos pelos alunos serão analisados ​​à luz do Instrumento Verificador de Argumentatividade Visual de Surdos - IVAVIS, observando-se a correlação entre as imagens utilizadas nas oficinas e os registros escritos pelos alunos, além a outros elementos compositivos e estruturais. Como produto final dos processos de investigação, coleta, análise e reestruturação, construímos o Instrumento Verificador de Argumentatividade Visual de Surdos - IVAVIS - com o objetivo de determinar os resultados do uso da imagem por surdos em contextos sociais. . para o ensino de PL como segunda língua.

Estruturação

É fundamental que o corretor/requerente do instrumento seja fluente em Libras ou tenha o suporte linguístico de um TILSP durante as etapas de requerimento, principalmente porque alguns sinais argumentativos podem se concretizar apenas na sinalização em Libras e não serem registrados na forma escrita do LP- aqui. Todas as ocorrências e observações devem ser documentadas na Folha de Registro de Candidatura (FRA) durante as etapas até a devolução devidamente assinada pelo solicitante e demais profissionais participantes, se houver. Cada fase propõe um objetivo específico e a combinação de todas as respostas será utilizada para finalização e intervenção.

Na primeira fase, os participantes recebem um questionário com questões de identificação, pesquisa de dados pessoais, institucionais e comerciais, além do nível de aquisição dos idiomas envolvidos no processo (Libras e LP). A utilização desta etapa é muito importante, pois permite o início de uma investigação do nível de argumentação expresso nas respostas emitidas. A partir dos temas elaborados na etapa anterior, os participantes devem criar períodos escritos no LP, contextualizados ao tema abordado pelas imagens, que demonstrem as escolhas dos recursos selecionados, expressem opiniões e utilizem argumentos persuasivos.

Dados identificatórios

Sobre preferências e posicionamentos

Produção escrita em gênero argumentativo

Folha de Registros da Aplicação – FRA

A escrita analisada neste estudo legitima o estado linguístico diferenciado do surdo, revela a importância da completude entre a imagem, o signo, a palavra e principalmente o contexto discursivo para compreensão em Libras e expressão escrita em português. O presente estudo foi realizado com o objetivo de investigar a relevância do uso de recursos e estratégias visuais para mediar a progressão da leitura e escrita argumentativa em português como segunda língua para surdos. Instrumento de verificação resultante do estudo ARGUMENTATIVIDADE VISUAL DO SURDO: Escrita em Português Mediada por Imagem, oferecido ao Programa de Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras), da Universidade Estadual de Santa Cruz, como parte dos requisitos para aprovação no mestrado em Cartas.

Esta proposta de ferramenta de verificação faz parte do estudo ARGUMENTATIVIDADE VISUAL DO DAF: Escrita em língua portuguesa mediada por imagem, desenvolvido no Programa de Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras), Pólo UESC, seguindo a linha de pesquisa leitura e produção de texto: diversidade práticas sócio-educativas, conduzidas pelo Prof. O Instrumento Verificador de Argumentatividade Visual do Surdo - IVAVIS - é constituído de palestras sobre a visualidade do surdo e o importante papel do visual para sua compreensão e aprendizagem, tendo como base teórica principal o estudos e publicações de Dondis (1991), Gracio (2010), Lebedeff (2017), Panofsky (2001), Reily (2003) e Santaella (2012). Durante a pesquisa para o estudo ARGUMENTATIVIDADE VISUAL DO SURDO: Escrito em língua portuguesa mediado por imagens, foram analisados ​​relatos escritos em português por surdos a partir da leitura extensa de imagens que evocam uma opinião.

Com este instrumento, queremos colaborar com a prática docente e tornar a escrita do surdo acessível e reconhecível, considerando que sua condição lingüística e visual é fundamental para o aprendizado da escrita em português. Por fim, pedimos apoio e equidade na utilização do instrumento para sua efetiva adoção e posterior validação como instrumento para testar a possibilidade de registros escritos em português por alunos surdos.

PARECER CEP/UESC

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TRECHOS DOS RELATÓRIOS INDIVIDUAIS DE ATENDIMENTO AO ALUNO

ATIVIDADES COLETADAS

MATERIAL PARA AS OFICINAS

Imagem

Figura 3 – Libras : estudante 1
Figura 2 – Fita azul: estudante 2
Figura 1 – Fita azul: estudante 1
Figura 4 - Libras: estudante  2
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Referências

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