• Nenhum resultado encontrado

Gabapentina no tratamento da dor decorrente de cistos perineurais sacrais: relato de caso.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Gabapentina no tratamento da dor decorrente de cistos perineurais sacrais: relato de caso."

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

Gabapentina no Tratamento da Dor Decorrente de

Cistos Perineurais Sacrais. Relato de Caso *

Gabapentin to Treat Sacral Perineural Cyst-Induced Pain. Case Report

Elza Magalhães1; Ana Márcia Mascarenhas2; Durval Campos Kraychete, TSA3; Rioko Kimiko Sakata, TSA4

RESUMO

Magalhães E, Mascarenhas AM, Kraychete DC, Sakata RK -Gabapentina no Tratamento da Dor Decorrente de Cistos Peri-neurais Sacrais. Relato de Caso

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:Os cistos perineurais podem gerar dor com características neuropáticas de difícil controle. Os anticonvulsivantes são medicações utilizados para tratamento de dores com essas características. O objetivo deste relato é mostrar um caso com total remissão da dor com uso de gabapentina após o insucesso no tratamento com todas as outras alternativas terapêuticas utilizadas.

RELATO DE CASO: Paciente de 67 anos, diabética, com queixa de dor lombossacra há dois meses, com as seguintes c a r a c t e r í s t i c a s : d i á r i a , e m p o n ta d a e q u e i m a ç ã o , d e intensidade leve a moderada e com irradiação para região pos-terior da coxa. Piorava com o movimento e com a posição ortostática. Há seis meses havia tido um episódio semelhante de dor, que melhorou com o uso de corticoesteróides. A ressonância nuclear magnética da coluna lombossacra mostrava lesões císticas perineurais sacrais em S1, S2e S3 com diâmetro de 2,5 a 4 cm, comprimindo o saco dural associado à erosão óssea. Foi introduzida a gabapentina em doses progressivas até 900 mg/dia, com alívio completo do quadro álgico.

CONCLUSÕES: A dor neuropática provocada pelo cisto de Tarlov pode ser controlada de maneira adequada com gabapentina.

Unitermos:DOENÇAS, Neurológica: cistos perineurais; DOR, Crônica; DROGAS: gabapentina

SUMMARY

Magalhães E, Mascarenhas AM, Kraychete DC, Sakata RK -Gabapentin to Treat Sacral Perineural Cyst-Induced Pain. Case Report

BACKGROUND AND OBJECTIVES:Perineural cysts may in-duce difficult to control neuropathic pain. Anticonvulsivants are used to treat such pain. This report aimed at presenting a case of total pain remission with gabapentin after failure of all other therapeutic alternatives used.

CASE REPORT:Female, diabetic patient, 67 years old, com-plaining of lumbosacral pain for two months, with the following characteristics: daily, sharp and burning pain of mild to moder-ate intensity irradiating to posterior thigh. Pain would worsen with movement and in the standing position. Six months before she had had a similar pain episode which improved with ste-roids. Lumbosacral spine MRI showed 2.5 cm sacral perineural cyst injuries at S1, S2and S3, compressing the dural sac and as-sociated to bone erosion. Gabapentin was introduced in pro-gressive doses until 900 mg/day, with complete pain relief.

CONCLUSIONS:Tarlov’s cyst neuropathic pain may be ade-quately controlled with gabapentin.

Key Words:DISEASE, Neurologic: perineural cysts; DRUGS: gabapentin; PAIN, Chronic

INTRODUÇÃO

A

s classificações dos cistos lombossacros são baseadas na localização, no conteúdo e na associação com doen-ças de malformação do tubo neural. As malformações mais comumente encontradas são as meningoceles e as menin-gomieloceles. Em 1988, os cistos espinhais foram

classifi-cados em três categorias principais: tipo I - cisto extradural sem fibras de raízes nervosas, que pode ser subdividido em tipo IA (cisto meníngeo extradural) e IB (meningocele sa-cral); tipo II - cisto meníngeo extradural espinhal com fibras de raízes nervosas; e tipo III - cisto espinhal intradural1. O

caso relatado da nossa paciente trata-se do tipo II ou cisto de Tarlov.

O envolvimento direto das raízes nervosas pela parede dos cistos e a conseqüente lesão dos axônios que carre-gam as informações dolorosas em direção central levam a descargas espontâneas dos nervos aferentes devido à estimulação mecânica e alteração da fisiologia da medu-la e das vias nociceptivas centrais, gerando dor com ca-racterísticas neuropáticas. A gabapentina inibe a ação do aspartato e glutamato, diminuindo assim os impulsos no-ciceptivos ascendentes, gerando efeito analgésico. Além disso, ela aumenta a concentração de GABA e serotonina no sistema nervoso central, devido a uma maior redução local do glutamato, e bloqueia os canais de Na+e de Ca++ nos neurônios, contribuindo mais uma vez com a analge-sia.

Revista Brasileira de Anestesiologia 73

Rev Bras Anestesiol 2004; 54: 1: 73 - 77

* Recebido do (Received from) Ambulatório de Dor do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (HUPES) UFBA, PósGraduação em Dor -UNIFACS - BA

1. Pós-Graduanda de Neurociências da UFBA

2. Anestesiologista/Intensivista e Estagiária do Ambulatório de Dor do HUPES-UFBA

3. Coordenador do Ambulatório de Dor do HUPES-UFBA e Coordenador do Curso de Pós Graduação em Dor da UNIFACS-BA

4. Coordenadora do Ambulatório de Dor da Universidade Federal de São Paulo

Apresentado (Submitted) em 24 de fevereiro de 2003 Aceito (Accepted) para publicação em 03 de junho de 2003 Endereço para correspondência (Correspondence to) Dra. Elza Magalhães

Rua Genésio Sales 89/301 Vila Laura 40270-130 Salvador, BA

E-mail: marlununes@ig.com.br

ÓSociedade Brasileira de Anestesiologia, 2004

(2)

O objetivo deste relato é apresentar um caso de dor crônica em paciente com cisto perineural (doença de Tarlov), que foi tratada com gabapentina, com bom resultado.

RELATO DO CASO

Uma paciente de 67 anos, diabética (controlada com metfor-mina - 500 mg/dia) foi atendida no ambulatório de dor do Hos-pital Universitário Professor Edgard Santos - UFBA, com queixa de dor lombossacra há dois meses, com as seguintes características: diária, em pontada e queimação, de intensi-dade leve a moderada e com irradiação para região posterior da coxa. Piorava com o movimento e com a posição ortostáti-ca. Relatava que há seis meses havia tido um episódio seme-lhante de dor, que melhorou com o uso de corticoesteróides. Para esse episódio de dor, já tinha feito uso de analgésicos opióides, antiinflamatórios, corticosteróides, acupuntura, fi-sioterapia e pilates, sem melhora. Ao exame físico, apresen-tava pontos gatilho em região lombar e nádegas. Aressonân-cia nuclear magnética da coluna lombossacra mostrava le-sões císticas perineurais sacrais em S1, S2e S3com diâmetro

de 2,5 a 4 cm, comprimindo o saco dural associado à erosão óssea (Figuras 1 e 2). Foi introduzida a gabapentina em doses progressivas até 900 mg/dia, com alívio completo do quadro álgico.

DISCUSSÃO

No feto, o saco dural e o tubo neural estendem-se ao longo do sacro até o filamento terminal. Posteriormente, o tubo neural perde essa conexão com o filamento terminal, ocorrendo re-tração cranial e assim há redução do saco dural, que perma-nece dessa forma até a fase adulta. Se a ascensão do saco dural for retardada, pode assumir a aparência de cistos sa-crais e aí permanecer. As teorias para a patogênese dos cis-tos sacrais ainda são discutidas. A formação dos ciscis-tos pode ser decorrente de defeito na migração e desenvolvimento demorado do tubo neural após a diferenciação do mesoder-ma, rotura da duramáter por trauma direto, alteração no fe-chamento do tubo neural e falha na ascensão do saco menín-geo2,3. No caso relatado, não foi possível definir qual das teo-rias explica a etiologia.

Embora muitos dos cistos sacrais sejam assintomáticos, al-guns provocam sintomas. Pode ocorrer dor radicular e peri-neal associada a parestesias, devido à compressão ou esti-ramento de raízes envolvidas pelos cistos4. Dor lombar

bai-xa intermitente acontece em cerca de 80% dos pacientes e pode ser agravada pela atividade física ou pela manobra de Valsalva. Podem ser encontradas disfunções de esfíncteres como disúria, retenção, incontinência, constipação. A dis-função erétil é um achado ocasional3,5,6. O tratamento

cirúr-gico é indicado quando ocorre alteração neurológica2,4.

O diagnóstico diferencial dos cistos sacrais incluem tumo-res, abscessos e hematomas extradurais3. O diagnóstico é

confirmado por exames radiológicos como mielografia, ou tomografia computadorizada, porém a ressonância nuclear magnética (RNM) é o exame de escolha pela possibilidade de diferenciar com maior precisão a densidade do tecido, e ausência de interferências ósseas. A RNM é um exame não invasivo e capaz de evidenciar erosões ósseas do canal ou dos forâmens sacrais2,3,7.

Figura 2 - Corte Transversal a Nível Sacral da Ressonância Magnética mostrando os Cistos Perineurais

(3)

Lombossa-O cisto de Tarlov pode causar lombociatalgia e deve ser con-siderado no diagnóstico diferencial de outras doenças que causam sintomas radiculares neste nível. Devido à compres-são de estruturas nervosas, a dor provocada pelos cistos de Tarlov tem características neuropáticas.

A dor neuropática está associada aos seguintes mecanis-mos8-10: alteração da quantidade de neurotransmissores

ini-bitórios e excitatórios; mudança nas sinapses do sistema nervoso central; sinapses inibitórias tornam-se excitatórias, sinapses latentes são ativadas, e fibras grossas podem fazer sinapse com fibras finas; redução dos mecanismos inibitó-rios descendentes da dor; alteração do sistema simpático; entre outros efeitos.

O tratamento da dor deve ser feito com medicações apropria-das. O tratamento conservador consiste basicamente no alí-vio da dor e programas de terapia física para estabilização da musculatura abdominal e pélvica6. O tratamento cirúrgico

envolve laminectomia com drenagem e cauterização da pa-rede do cisto11; esse procedimento pode provocar alteração

neurológica. Uma outra alternativa cirúrgica é a drenagem percutânea que pode ser necessário repetir devido à recidiva dos cistos11. Os riscos incluem infecção e cefaléia6.

Apacien-te do caso Apacien-teve remissão completa da dor com uso da gaba-pentina.

A gabapentina, aprovada pelo FDA em 1993, possui meca-nismo de ação complexo e múltiplo. Esse medicamento pro-move aumento do efeito do GABA no sistema nervoso cen-tral, redução do glutamato e bloqueio de canais de sódio e de cálcio nos neurônios10,12,13.

A gabapentina é absorvida pelo intestino delgado, com bio-disponibilidade dependente da dose, e que ocorre de forma linear com pequenas doses (até 1800 mg) e não linear com grandes doses (> 3600 mg), com conseqüentes variações na concentração sérica14.

Até o presente momento, não foram descritas complicações hematológicas, hepáticas e dermatológicas significativas. Seus efeitos adversos têm relação direta com a dose, e os mais comuns são sonolência, que acontece em 20% dos pa-cientes; ataxia, em 17%; nistagmo, em 15%; e astenia. A ga-bapentina é considerada anticonvulsivante segura entre os disponíveis13.

Gabapentin to Treat Sacral Perineural

Cyst-Induced Pain. Case Report

Elza Magalhães, M.D.; Ana Márcia Mascarenhas, M.D.; Durval Campos Kraychete, TSA, M.D.; Rioko Kimiko Sakata, TSA, M.D.

INTRODUCTION

Lumbosacral cysts are classified based on their location, content and association with neural tube malformations. Most common malformations are meningocele and meningomyelocele. Spinal cysts were classified in 1988 in three major categories: type I - extradural cyst without ner-vous root fibers, which may be subdivided in type IA (extradural meningeal cyst) and IB (sacral meningocele); type II - extradural spinal meningeal cyst with nervous root fi-bers; and type III - intradural spinal cyst1. Our case was a type

II or Tarlov’s cyst.

Direct nervous roots involvement by cyst walls and conse-quent injuries to axons centrally carrying painful information, lead to spontaneous afferent nerves discharge due to me-chanical stimulation and changes in medullary and central nociceptive pathways physiology, inducing pain with neuropathic characteristics. Gabapentin inhibits aspartate and glutamate action, thus decreasing ascending nocicep-tive impulses and relieving pain. In addition, it increases GABA and serotonin concentration in the central nervous system due to a further local glutamate decrease, and blocks neuronal Na+and Ca++channels, further contributing to anal-gesia.

This report aimed at presenting a case of chronic pain in pa-tient with perineural cyst (Tarlov’s disease), successfully treated with gabapentin.

CASE REPORT

Female, diabetic patient, (controlled with metformin - 500 mg/day), 67 years old, referred to Hospital Universitário Pro-fessor Edgard Santos - UFBA’s pain service, complaining of lumbosacral pain for two months, with the following charac-teristics: daily, sharp and burning pain of mild to moderate in-tensity irradiating to posterior thigh. Pain would worsen with movement and in the standing position. Six months before she had had a similar pain episode which improved with ste-roids. For this pain episode she had already used opioids, anti-inflammatory drugs, steroids, acupuncture, physical therapy and pilates, without improvement. At physical evalu-ation she presented triggering points at lumbar region and breeches. Lumbosacral spine MRI showed 2.5 to 4 cm sacral perineural cystic lesions at S1, S2and S3compressing the

dural sac and associated to bone erosion (Figures 1 and 2). Gabapentin was introduced in progressive doses until 900 mg/day with complete pain relief.

Revista Brasileira de Anestesiologia 75

(4)

DISCUSSION

Fetal dural sac and neural tube extend along the sacral nerve to the terminal filament. Then, neural tube loses this connection with the terminal filament with cranial retraction, thus decreasing the dural sac, which remains so until adult-hood. If dural sac ascension is delayed, it may acquire the appearance of sacral cysts and remain like that. Theories for the pathogenesis of sacral cysts are still under discussion. Cysts might be a consequence of migration defects and slow development of the neural tube after mesoderm differentia-tion, dural rupture by direct trauma, changes in neural tube closing and failure in meningeal sac ascension2,3. It was im-possible, in our case, to define which theory would have ex-plained the ethiology.

Although many sacral cysts are asymptomatic, some may have symptoms. There might be radicular and perineal pain associated to paresthesias, due to compression or stretching of roots involved by the cysts4. Low intermittent lumbar pain is

present in 80% of patients and may be worsened by physical activity or Valsalva maneuver. There might be sphincter dysfunctions, such as dysuria, retention, incontinence, con-stipation. Erectile dysfunction is an occasional finding3,5,6.

Surgical treatment is indicated when there is neurological ab-normality2,4.

Differential sacral cysts diagnosis includes tumors, ab-scesses and extradural hematomas 3. Diagnosis is

con-firmed by radiological exams, such as myelography or com-puterized tomography (CT), but magnetic resonance image (MRI) is the exam of choice for the possibility of more pre-cisely differentiating tissue density and the absence of bone interferences. MRI is a non-invasive test able to evidence ca-nal or sacral foramens bone erosions2,3,7.

Tarlov’s cyst may induce lumbar sciatic pain and should be considered differential diagnosis for other diseases causing radicular symptoms at this level. Due to nervous structures compression, Tarlov’s cyst-induced pain has neuropathic characteristics.

Neuropathic pain is associated to the following mechanisms

8-10: changes in inhibitory and excitatory neurotransmitters

quantity; changes in central nervous system synapses; in-hibitory synapses become excitatory, latent synapses are ac-tivated, and thick fibers may synapse with thin fibers; de-crease in pain descending inhibitory mechanisms; changes in sympathetic system, among others.

Pain should be treated with adequate drugs. Conservative treatment is basically pain relief and physical therapy to stabi-lize abdominal and pelvic muscles6. Surgical treatment

in-volves laminectomy with cyst wall drainage and cauterization

11, but this procedure may promote neurological changes.

Another surgical alternative is percutaneous drainage, which might have to be repeated due to cysts recurrence11. Risks

in-clude infection and headache6. Our patient had complete re-mission with gabapentin.

Approved by the FDA in 1993, gabapentin has a complex and multiple action mechanism. It promotes increased GABA

ef-Figure 2 - MRI Sacral Cross-Section showing Perineural Cysts

(5)

fect on central nervous system, decreased glutamate and the blockade of neuronal sodium and calcium channels10,12,13.

Gabapentin is absorbed by the small intestine with dose-de-pendent bioavailability, which is linear with low doses (up to 1800 mg) and non-linear with high doses (> 3600 mg), with consequent variations in serum concentrations14.

To date, no significant blood, liver and skin complications have been reported. Its adverse effects are directly related to the dose and the most common are sleepiness, present in 20% of patients; ataxia in 17%; nystagmus in 15%; and asthenia.

Gabapentin is considered a safe anticonvulsivant drug among those available in the market13.

REFERÊNCIAS-REFERENCES

01. Yucesoy K, Naderi S, Ozer H et al - Surgical treatment of sacral perineural cysts. A case report. Kobe J Med Sci, 1999;45: 245-250.

02. Voyadzis J, Bhangava P, Handerson FC - Tarlov cysts: a study of 10 cases with review of the literature. J Neurosurg, 2002;95: 25-32.

03. Kim CH, Bak KH, Kim JM et al - Symptomatic sacral extradural arachnoid cysts associated with lumbar intradural arachnoid cyst. Clin Neurol Neurosurg, 1999;101:148-152.

04. Amoiridis G, Wohrle J, Przuntec H - Lumbosacral perineural cysts as cause for neurogenic muscular hypertrophy. Eletromyogr Clin Neurophysiol, 1997;37:273-275.

05. Rabb CH, McComb JG, Raffel C et al - Spinal arachnoid cysts in the pediatric age group: on association with neural defects. J Neurol, 1992;77:369-372.

06. Nedler SF, Bartoli LM, Stitik TP et al - Tarlov cyst as a rare cause of S1 radiculopathy: a case report. Arch Phys Med Rehabil, 2001;82:689-690.

07. Myles LM, Gupta N, Armstrong D et al - Multiple extradural arachnoid cysts as a cause of spinal cord compression in a child. J Neurosurg, 1999;91:116-120.

08. Nomo Y, Nanjo Y, Nagashima H et al - Sacral cysts managed with cysts - subarachnoid shunt. Spine, 2001;4:451-453.

09. Nicholson B - Gabapentin use in neuropathic syndromes. Acta Neurol Scand, 2000;101:359-371.

10. Mummaneni PV, Pitts LH, McCormack BM et al - Microsurgical treatment of symptomatic sacral Tarlov cysts. Neurosurgery, 2000;47:74-79.

11. MacPherson RD - The pharmacological basis of contemporary pain. Pharmacol, 2000;88:163-165.

12. Hays H, Woodroffe MA - Using gabapentin to treat neuropathic pain. Can Fam Physician 1999;45:2109-2112.

13. Hernanez JL - Dados actuales sobre la gabapentina. Rev Neurol, 2000;301:125-131.

RESUMEN

Magalhães E, Mascarenhas AM, Kraychete DC, Sakata RK -Gabapentina en el Tratamiento del Dolor Decurrente de Quis-tes Perineurales Sacrales. Relato de Caso

JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Los quistes perineurales pueden generar dolor con características neuropáticas de difícil control. Los anticonvulsivantes son medicaciones utilizadas para tratamiento de dolores con esas características. El objetivo de este relato es mostrar un caso con total remisión del dolor con el uso de gabapentina después del mal suceso en el tratamiento con todas las otras alternativas terapéuticas utilizadas.

RELATO DE CASO:Paciente de 67 anos, diabética, con queja de dolor lombosacra hace dos meses, con las siguientes características: diaria, en puntada y quemazón, de intensidad leve a moderada y con irradiación para región posterior del muslo. Peoraba con el movimiento y con la posición ortostática. Hace seis meses tuvo un episodio semejante de dolor, que mejoró con el uso de corticoesteróides. La resonancia nuclear magnética de la columna lombosacra mostraba lesiones císticas perineurales sacrales en S1, S2 y S3 con diámetro de 2,5 a 4 cm, comprimiendo el saco dural asociado a la erosión ósea. Fue introducida la gabapentina en dosis progresivas hasta 900 mg/día, con alivio completo del cuadro álgico.

CONCLUSIONES: El dolor neuropático provocado por el quiste de Tarlov puede ser controlada de manera adecuada con gabapentina.

Revista Brasileira de Anestesiologia 77

Referências

Documentos relacionados

he objective of this study is to report a 5-Fluorouracil in- duced late peripheral neuropathy case treated at the Pain Clinic, with standard care for neuropathic main.. CASE REPORT

We report a case of leptospirosis presenting as ascending progressive leg weakness and complicating with acute pancreatitis in an adult patient treated at Hospital

Como instrumento de recolha de informação para avaliação do projeto, para além do feedback conseguido durante a observação e regência das aulas, apliquei um

a case of intravenous leiomyomatosis with invasion of the inferior vena cava and extension to the right atrium, successfully treated with surgical approach.. Case report: Female

We present a case report of a patient with cerebral palsy that had oral myiasis treated successfully with ivermectin.. The use of this antibiotic in humans, its mechanism of action

We report a case of Aspergillus meningitis in an immunocompetent patient successfully treated with fluconazole..

Clinical features, histopathological analysis and surgical treatment of a free floating vitreous cyst: a case report.. RELATO S DE

In another case report, fungal endophthalmitis was successfully treated with intravenous caspofungin in a patient with candidemia associated with vitritis and a small retinal