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Alocação de recursos e custo de oportunidade na agricultura: um estudo de caso

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I

I

joセo@ PIRES DA ROCHA FILHO

ALOCAÇÃO DE RECURSOS E CUSTO DE

OPOR-TUNIDADE NA AGRICULTURA

Um Estudo de Caso

Dissertação apresentada

à

Escola

Inter-americana de Administração PÚblica da

Fundação Getúlio Vargas, como parte das

exigências para obtenção do grau de Mes

tre em Desenvolvimento Agrícola.

Rio de Janeiro 1980

(2)

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ALOCAÇÃO DE RECURSOS E CUSTO DE OPORTUNIDADE NA AGRICULTURA

Um Estudo

de

Caso

por

Jõao Pires da Rocha Filho

Banca Examinadora:

Nelson Giordano Delgado

(Orientador)

José Antônio Ortega

Mário Roberto Cavallazzi

(3)

A minha mãe Maria Pires;

a minha esposa Maria das Graças

e as minhas filhas Kelly Fabiani, Pat1"Íaia e Rossana;

ao meu pai João Pires da Rocha ,

in memoriam,

dedico.

(4)

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J

AGRADECIHENTOS

Em um trabalho dessa natureza, se bem que ao autor

caiba toda a responsabilidade dos conceitos, opiniões e

conclu-sões nele contidos, é evidente que, para a sua realização, muitas

pessoas prestaram sua contribuição, às vezes aparentemente

ウゥューQ・セ@

porém de importância tão decisiva quanto daquelas que

participa-raro proporcionando os meios materiais ou intelectuais para a sua

elaboração.

Começo por agradecer a Aloísio Rodrigues de Melo

,

ex-Coordenador da Comissão Estadual de Planejamento Agrícola de A

lagoas - CEPA/AL - por, além de ter assentido no meu afastamento

para cumprir o Curso de Mestrado, proporcionando-me todas as

con-dições, ter acreditado em que dele resultaria um trabalho que

エイセ@

ria algo de concreto ao melhor entendimento do Setor Agrícola do

Estado. Suponho que essa expectativa, ao menos parcialmente, foi

atingida. Por extensão, devo agradecer a Erival Gonçalves de Albu

querque que substituiu a Aloísio Rodrigues de Melo como

Coordena-dor da CEPA/AL (atual Fundação Estadual de Planejamento Agrícola),

por ter fornecido os mesmos meios para a continuidade do

エイ。「。ャィセ@

sem o que, certamente, ele não teria chegado ao fim.

Um agradecimento todo especial devo estender à

bi

bliotecária Diraci Nascimento Barroso Albuquerque, pela zelosa de

dicação no levantamento bibliográfico, bem como nas instruções

quanto às normas de estruturação e apresentação de trabalhos cien

(5)

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1

tificos. De igual forma, meu reconhecimento ao estatístico Raimun

セ@

do Nonato Barroso Albuquerque, a quem coube o dimensionamento da

amostra que serviu de base a este estudo.

Um trabalho de suma

ゥューッイセ¬ョ」ゥ。L@

ao qual dedico um

destacado reconhecimento, é o que se refere ao levantamento

dos

dados, levado a efeito pelos extensionistas da EMATER/AL,

sedia-dos na área da Bacia Leiteira de Alagoas, sob a orientação do

Su-pervisor Regional Antônio Castanha de Souza, com irrestrito apoio

do ex-Diretor Técnico da referida entidade, Francisco Albuquerque

Rocha. A todos, minha particular gratidão.

Tão importante quanto cansativa, foi a etapa de

。ーセ@

raçao e tabulação dos dados, que ficou a cargo de José Isaac

Cos-ta Buarque de Holanda, Técnico da CEPA/AL, e da eSl:agiária Resiare

Pedrosa Cerqueira Freitas, a quem externo meu sincero reconhecEEn

to pela dedicação, paciência e extrema cautela no cumprimento des

sa tarefa.

Embora com as dificuldades impostas pela distância

em que nos colocamos, agradeço a dedicação do meu

oイゥ・ョエ。、ッイLセヲN@

Nelson Giordano Delgado, principalmente pela crença em que eu che

garia ao fim com um trabalho à altura de receber aprovação da Ban

ca Examinadora.

Por fim, pelo trabalho insano e cansativo do datilõ

grafo Laumelino Francisco da Silva e do mecanógrafo Carlos

Rober-to SanRober-tos Teixeira, meu profundo agradecimenRober-to.

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(6)

Como frisei no início, a muitas outras pessoas devo

parte da realização deste trabalho. Seria, entretanto,

monótono

citar a todas aqui, pelo que agradeço anonimamente e peço

descul-pas por não nomeá-las, o que não significa tê-las omitido.

Maceió,

junho de 1980

João Pires da Rocha Filho

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SUMARIO

LIsrA IE TABEIAS

LIsrA DE GRAFIcns

RESUM)

CAPiTULO I

O PROBLEMA A INVEsrIGAR E SUA IMPORI'ÂNCIA

1 - A VIs1b GWBAL

m

AGRICllIlI.'ORA R) BRASIL E SEtE セ@

PARrI-(I][.A1E ••••..•••••.••••• 0 • • • ;) • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 0 • • • • • • • • • • • • •

• • o • • • • • • • • • • • • • • • n • • • O . O . · G b . . . ee • • I't • • • • • • • • • • • • • •

SMセ@ •••••••••••••••• " ••• 0 . 0 • • 0 • • 0 • • • • • • • • • 0 • • 0 • • • • • • • • • • •

3.1 c::>B..JEI'Iro セraiNL@ •••• o • • • • • • • o • • • • • • • • • • • • • • • ') • • • • • • • • • • • • • • •

3.2 セ@ ESPEctFIros . o • • • • • • • • • o • o • • • • o o • o • • • • • • • • • • • • G • •

CAPiTULO TI

DAIXlS E MI?rOOOIDGIA tJrILIZAJX)S NA PESQUISA

1 - セ@

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ABFA

E

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mIVImIES PlUXiI"IVAS

.o •••••• • ••

O·O.··('l···Q· .. •••••••••••••••••

• • • • • • • • • e • • • • • • • • • • ッNッNセキッ@ • • • • • • • • • • • • • • • • • •

3.1 - セ@

-

DE PRODtÇAC) ."... ••••••••

-3 • 2 - CDNDIçõES DE M.2OO:MA eficセcia@ ECDtt'MICA

...

3.3 -

CRIT&uos

DE DEFINIçW

m

RENTABILIIllIDE c, • • • • • • • • • • • • • • • • • •

pág.

la

15

16 19 47 48 48 48 50

64

69 70

71

79

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3.4 - セ@

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TR:X::AS .0 ••••• " ••••• セ@ •••••••••••••••••••••••••• 92

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3.5 - イッセ@ E ESTRUl'URA OOS aJSTC6 . . . o • • c • • <' • • • 94

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4 - DmD セcd@ 0 • • • • • • • • 0 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 8 • • 100

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4.1 - A セ@ DE PRODtr;ÃO 00 TIPO

roBB-ooUGIAS •••••••••••

G • • • • 100

4.2 - セ・イッッッ@ DE eセ@ E

c::RrItRJ:os m ESroLHA

00 MJDEIO 110

4 .3 - ESPECIFICAÇ1b E AVALI.N:;kJ DAS VARIA.VElS 115

4.3.1 -

var.iável

Dependeute •••••••••••••••••••••••••••••••• 115

4.3.2 - Variáveis Independentes li • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • o • • • • 118

4.3.3 - セ@ dos P%eços •••••••••• D • • • • • • • • • • • • e • • • • 122

CAPITULO TIl

RESULTAOOS E DlScmsro

1 - エiiャ|Nセse@ セ@ ••••••••••••••••••••••••••••••••••••• " •••• 125

2 - セ@ IXS IBlJBSOO E EFIc:retcI:A EK:XIOu:CA ••••••••••••••••• 147

2.1 - O MJIErD.AJl.JS'r.AOO

...»....

147

2 • 2 - EIASTICIDADES

m

PIDDT..Ç1(> E RE'!'OIN)S

A

ESCALA •••••••• o • • •

154

2. 3 -

NíVEL

r.Q)lO E

CrIMJ

DE

N..J:X:.N::.kJ

.

IX>S REaJRSOS E RENI'ABlLI1).2\

-]E DA eスサj_idセ@ •• li • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 156

2.3.1 - Ao Nível de Me!x>r Eficiência 'l'ecn)lógica 156

2 .3 02 - Ao Nível de Maior Eficiência 'l'ecn)lógica ••.•••.•••. 159

(9)

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CAPITULO IV

OONCIlJOOES E セos@

BIBLIOORAFIA eDNSULTADA. • • • • • • O . O . O • • • • ., • • • • • O • • • • • • • • • • • • ··ClClO • • •

APOOlCE A

APOOlCE B

APOOlCE C

APOOlCE D

APOOlCE E

pág. 187 194

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(10)

TABEIA

01

02

03

04

05

06

07

08

09

LISTI\. DE TABELAS

Taxas de crescimento do produto real do Brasil (%)

NÚmero e área dos estabelec:i.rrentos, segurrlo estratos de

área 00 Brasil, em 1970 e 1975

Estiroativa da prcrlução brasileira de leite, 1967-77

Estimativa da utilização da produção brasileira de lei te, 1975-77

Equivalente em litros de leite das irrportações brasile!. ras de leite, 1972-77

Prcrlutividade do rebanho oovioo leiteiro em países sele cionados, 1969

Análise das cactáceas forrageiras realizada pelo Labora

tório de QuÍmica do S .A.F.P.A de Pernambuco em (%)

RerrliIrentos da cultura da palma segundo idades e ・ウー。￧セ@

mentos (Alagoas)

Quadro de utilização das terras, em ternos percentuais' e por estrato, da empresa média na Bacia Leiteira de A-lagoas, ano agrícola 1977/78

10 Composição e valor atual do rebanho, por categorias ani

rnalS e por estrato, da empresa média na Bacia Leiteira

de Alagoas, ano agrícola 1977/78

pág.

20

22

31

32

33

36

61

63

126

127

I

(11)

TABEIA

11

12

Estrutura e c::orrpJsição do capital, por estrato, da pecuária

de leite na Bacia Leiteira de Alagoas, ano agríco1a,1977-78

Estrutura e a:IrpJsição, em percentuais e por estrato, cbs

custos de produção totais da errpresa nédia na Bacia I.eitei

ra de Alacpas, ano agrícola 1977/78

13 Estrutura e cx::mp:>sição cbs custos operacionais, por

estra-to e em tenros percentuais, da pecuária de lel. te na Bacia

Leiteira de Alagoas, ano agrícola 1977/78

14

15

16

17

18

CUsto nédio de 1 (um)' 11 tIO de lei te e correspondente reter

no líquido, por estrato, da pecuária de lei te na Bacia

Lei-teira de Alagoas, ano agIiéola 1977/78

Estrutura e COIIJX>sição, em percentuais e por estrato, da

renda bruta da errpresa nédia na Bacia Leiteira de aャセ@ ,

ano agrícola 1977/78

COeficientes de rentabilidade e de produtividade parcial I

relacionados ao valor bruto da prodU;ão, a nível da

enpre-sa nédia e por estrato, na Bacia Leiteira de Alagoas, ano

agrícola 1977/78

COeficientes de produtividade parcial, re1a<:i0nados

à

quan-tidade de leite produzido, a nível da errpre&a nédia

e

por

estrato, na Bacia Leiteira de Alacpas, ano agrícola 1977

I

/l8

Corrparati vo da produti vidare por hectare re pastagem e por

vaca entre a Bacia Leiteira de Alagoas, ano agríCOla 1977/

/78, e países e regiões selecionados

Pág.

131

132

134

136

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139

140

144

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TABELA 19 20 21 22 23 24 25

IndicaCbres básioos da pecuária

ce

lei te na Bacia Leiteira

de Alagoas, ano agríoola 1977/78

Estimativa dos parânetros da função de ーイッ、エᅦセ@ para a

pe-cuária de lei te na Bacia Leiteira

ce

Alagoas, ano agríoo1a

1977/78

Produtos nédio e marginal, preços dos fatores, relação pro

duto marginal/preço do fator e rentabilidade ro uso atual

(nédio) dos recursos, a:> nível de rreror eficiência tecoo1ó

gica, da pecuária de lei te na Bacia Leiteira de Alagoas

,

aro agríoo1a 1977/78

Utilização ótima alternativa Cbs recursos e rentabilidade,

ao nível de rreror eficiência tecoo1Õgica, da pecuária de

hlte na Bacia Leiteira de Alagoas, aro agríoo1a 1977/78

Produtos nédio e marginal, preços Cbs fatores, relação

produto marginal/preço Cb fator e rentabilidade ro uso

atual (nédiO) Cbs recursos, a:> nível

ce

maior eficiência

teCl'X>lÕgica, da pecuária de leite na Bacia Leiteira de Ala

epas,

aro

agrícola 1977/78

Utilização ótima alternativa dos recursos e rentabilidade,

ao nível de maior eficiência tecoolÕgica., da pecuária de

leite na Bacia Leiteira de Alagoas,

aro

agríoo1a 1977/78

Incrementos nas quantidades dos fatores, nas a::>rrbinações

alterna ti vas fo:nnuladas, em relação ao uso atual, ros dois

níveis de eficiência tecoo1ógica, para a pecuária de lei te,

na Bacia Leiteira de Alagoas, ano agríoo1a 1977/78 (%)

pág. 145 148 157 160 162 163 166

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TABElA 26 27 28 29 30 31 A-l

Perfil de distribuição d::>s estabelecinentos g\E apresentam セ@

xas de retom::> negativas, por unidade da Federação セウアオゥM

sada. e em ternos セ」・ョエオ。ゥウ@

Características estatísticas de retorno em estabelecinentos ' rurais

Corparação

da rentabilidade na Bacia leiteira de Alagoas

com

taxas de retorno em oportunidades alternativas

COrcbinações de retorno nédio e risCD de diversos ranos de a-tividades, 1954/68

Relação de trocas na セ」オ£イゥ。@ de lei te na Bacia leiteira de

Alagoas, 1970/78 (Base: 1966

=

100)

Evolução eb preço tabelado de leite em relação ao preço de

e-quilÍbrio de nercad:>. Brasil, 1948/73 (a)

Matriz de CDrrelação sirrples

B-l Estimativa ebs parânetros da

função

de produção para a セ」オ£ᆳ

ria de leite na Bacia leiteira de Alag::>as, ano agríCDla 1977/

/78 (ncdelo alterrutivo)

l2-A Estrutura e corcp:::>sição ebs custos de produção totais da ・ューセ@

sa média na Bacia leiteira de Alagoas, ano agríCDla 1977/78

l3-A Estrutura e cxmp:>sição ebs custos operacionais, por estrato ,

da セ」オ£イゥ。@ de leite na Bacia leiteira de Alagoas, ano

agrí-CDla 1977/78

pág.

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167

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TABELA 13-B 15-A 30-A 30-B 0-1

COrrposição das despesas operacionais efetivas na fonnação '

dos aJStos de produção da enpresa média na Bacia Leiteira de Alagoas, aoo agrIco1a 1977/78

Estrutura e CX>Irp)sição da renda bruta da enp:resa nédia, na Bacia leiteira de Alacpas, aoo agrícola 1977/18

Participação percentual eDS produtos na fonnação da renda bruta da enp:resa nédia na Bacia Leiteira de Alacpas, em:> a-grícola 1977/78

catp:>sição e valor das despesas de operação e participação :relativa na fonnação eDS custos operacionais totais da

pe-cuária de leite na Bacia セゥエ・ゥイ。@ de Alagoas, ano agrícola 1977/78

Detenninação eD tamanho (n) da anostra.

pág. 209 210 211 212 213

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II

III

LIsrA DE

GRAFlms

FunçÕes de ーセ ̄ッ@ com diferentes níveis de eficiência

tecnológica

Relação

de trocas na pecuária de leite na Bacia Leitei

ra de Alagoas, 1970/78

!ndi.oes nédios anuais de preços pagos e recebidos pelos

agricultores na Bacia Leiteira de Alagoas, 1970/78

(Base: 1966

=

100)

ph;.

150

181

182

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(16)

R E S U M O

o

principal objetivo do Estudo foi colocar o

produ-tor agrícola diante de oportunidades alternativas de investimento

fora do Setor, dado que, numa economia de mercado, a empresa

bus-ca, em última instância, a maximização do lucro. Partiu-se, para

tanto, entre outras, da hipótese de que era baixa a rentabilidade

na Agricultura, quando comparada a atividades em outros setores

fu

economia, e que essa baixa rentabilidade era devida a fatores ou

tros que não a irracional idade do produtor na alocação dos

recur-sos disponíveis, como costumeiramente se admite. Assim sendo, as

sinalou-se que, entre os múltiplos fatores que contribuíam para

reduzir a rentabilidade da Agricultura estariam o controle e

ad-ministração dos preços dos produtos bem como a adoção de uma

tec-nologia dita "moderna", mas que, extremamente dependente dos insu

mqs industriais, estabelecia uma relação preço/custo desfavorá

-velo

Se bem que a intenção tenha sido セ・ョ・イ。ャゥコ。イ@ para a

Agricultura como um todo, preferiu-se partir de um estudo de 」。ウセ@

dada a tipicidade de cada região ou exploração agropecuária no

contexto global, podendo-se, dessa forma, obter resultados mais

consentâneos e precisos que, embora não podendo ser extrapolados

para todo o universo, serviriam de ponto de referência a muitos ca

sos semelhantes. Assim, é que a pesquisa centrou-se na pecuária

de leite na Bacia Leiteira de Alagoas, valendo-se de informações

(17)

secun-f

dários das fontes tradicionais de informações estatísticas e com

estudos outros em áreas correlatas.

Dentro das hipóteses e objetivos que se

ヲッイュオャ。イセ@

foi determinada a estrutura e composição da renda bruta e dos

セ@

tos de produção da empresa média da área, bem como foram

estima-dos os custos de produção de 1 (um) litro de leite e o

retorno

líquido por ele proporcionado. Com o objetivo de testar a

racio-nalidade do produtor, foi estimada uma função de produção, a paE

tir dos dados obtidos do levantamento de campo.

Entre os resultados e conclusões a que se chegou ,

destaca-se a constatação de que 80% das empresas da região obtêm

retornos líquidos negativos, mesmo alocando os recursos no ponto

ótimo econômico, numa evidência de que para o pecuarista da

re-gião seria muito mais vantajoso optar por várias outras oportuni

dades existentes fora da aqricultura. Acresce, ainda, a comprova

ção de que o produtor da área, entre os que obtêm retornos

ャ■アオセ@

dos negativos, longe de ser irracional, aloca seus recursos

pro-dutivos, se não no ponto ótimo, pelo menos bem próximo a ele. A

constatação de que inúmeros

Bセヲ・ゥエッウB@

contribuem para reduzir a

rentabilidade da exploração em estudo levou a se deixar pelo

me-nos duas

ウオァセウエ￵・ウZ@

a) que estudos outros possam identificar os

efei-tos que mais influenciam o nível de

イ・ョエ。「ゥャゥ、セ@

(18)

linhas de açao que, pelo menos, atenuem

esse

descompasso;

b) que o Governo ou continue subsidiando o

produ-tor ou, por outra, libere os preços do produto,

de modo que o preço estabelecido no mercado

ーッセ@

sa melhor remunerar os fatores produtivos.

Levam-se, por fim, em consideração as reservas que

se devem fazer quanto às generalizações em torno dos resultados

obtidos, posto que o modelo formal utilizado repousa sobre

pres-supostos altamente restritivos, que põem limites às

extraídas.

conclusões

!

______________ J

(19)

19

-CAPiTULO I

O probleセQa@ A INVESTIGAR E SUA IMPORTÂNCIA

1 - A VISÃO GLOBAL DA AGRICULTURA NO BRASIL E SEUS ASPECTOS PARTI

CULARES

O desempenho da economia brasileira, medido em

ter-mos de crescimento do produto real, ter-mostrou uma· evolução ーイッァイ・セ@

siva nas três últimas décadas, tendo o Produto Bruto crescido a

taxas médias anuais de 6,8%; 6,0% e 9,6%, respectivamente, nas dé

cadas de 1950, 1960 e 1970 (1970-77), observando-se ligeiro decl!

nio na década de 1960. Há que se destacar o crescimento mais

re-cente (1970-77), realmente elevado em relação ao resto do mundo.

Performance semelhante apresentou, particularmente, o setor agrí-.

cola que, nos períodos considerados, cresceu a 4,4%; 4,4% e 5,7%' (tabela 01). .

No que tange,'em particular,

à

agricultura,

associ-ando-se ao excelente crescimento médio do seu produto real no

pe-ríodo mais recente (5,7% a.a.), acrescem-se alguns ゥョ、ゥ」。、ッセウ@ que

dizem de sua participação no contexto da economia global, ウ・ァオョセッ@

MA/SUPLAN (1978, p. 19, 26). Assim sendo, é que a agricultura

par-ticipa com 45% no nível de emprego, enquanto contribui com

ape-nas 11% na formação da Renda Interna, fato que, face ao

contin-gente populacional radicado na zona rural (44%), mostra o

desní-vel no perfil da distribuição intersetorial da renda. Sua

parti-cipação nas exportações brasileiras passou de 77% em 19·70 para

62,6% em 1977, 」ウセ・ョ、ッ@ lugar aos manufaturados, num patente

(20)

1

20

-TABELA - 01

TAXAS DE CRESCIMENTO DO produセo@ REAL DO BRASIL (%)

PERIoDO TOTAL

I

AGRICULTURA

I

INDÚSTRIA

セdia@ ANUAL

Década de 1950 6,8 4,4 8,9

Década de 1960 6,0 4,4 7,0

1970-77 9,7 5,7 10,6

TAXA ANUAL

1 9 7 O 8,8 1,0 10,4

1 9 7 1 13,3 11,4 14,3

1 9 7 2 11,7 4,1 13,4

1 9 7 3 13,9 3,5 15,8

1 9 7 4 9,8 8,5 9,9

1 9 7 5 5,7 3,4 6,2

1 9 7 6 9,2 4,2 10,9

1 9 7 7 4,7 9,6 3,9

FONTE: BRASIL: MA!SUPIAN. Perspectivas da agricultura brasileira

pa-ra 1978-79. Bpa-rasília, 1978, p. 21.

couro,

V. de A. Bahia - deserrpenho recente da agrcpecuária. Salvador, Federação da Agricultura do Estado da Bahia, 1976,

(21)

21

-toma de estImulo à industrialização, ou,

à

primeira vista, a evo

lução normal de um país que, segundo os critérios ortodoxos, .pro

cede às transformações estruturais, caminhando para o desenvolvi

mento.

Persistem, todavia, deformações estruturais que nao

são explicitadas a nIvel agregado, dado o caráter marcantemente

dualista da economia, em que alguns segmentos ou regiões apres·en

tam caracterIsticas de economia madura, onde a tecnologia

moder-na empresta um dimoder-namismo comparável à situação de

desenvolvimen-to, enquanto outros permanecem retardatários,

à

margem da

trans-formação econômica. Os ・ウエイ。ョァオャ。セ・ョエッウ@ ainda existentes no

pro-cesso produtivo, nos mecanismos de comercialização, na alocação

de recursos e na formação de preços são alguns indicadores do

mau desempenho da agricultura, como consequência de um "modelo"

global deformado. Mesmo a nIvel agregado, os índices de

produti-vidade alcançados pelas principais explorações estão bem abaixo

dos verificados em outros ー。■ウ・セ@ produtores, influência lógica

dos baixos nIveis obtidos nos segmentos e regiões atrasados.

A estrutura de distribuição e posse da terra cont!

nua apresentando um quadro de concentração, como mostrado na

ta-bela 02.

Acrescente-se a isso a constatação de que entre

1970 e 1975 os estabelecimentos com menos de 10ha empregavam 」・セ@

(22)

22

-evidências a existência do subemprego, da baixa produtividade da

mão-de-obra agrícola e, em consequência, o êxodo rural-urbano, Q

casionado não por uma transformação estrutural da economia mas

pela rigidez de uma estrutura agrária, que resiste às eXigências

lógicas do capita11smo.

TABELA - 02

NOMERO E ÂREA DOS ESTABELECIMENTOS, SEGUNDO ESTRATOS DE ÂREA NO BRASIL, EM 1970

E .i975

ESTRATOS DE ÂREA N9 DE ESTABELECIMENTOS ÂREA

(ha) 1970 (%) 1975 (%)

Menos de 10 3,0 2,7

10 100 20,5 18,6

100 1000 36,9 35,9

1000 10000 27,3 28,3

10000 12,3 14,4

FONTE: BRASIL: MA/SUPLANo Perspectivas da agricultura brasi

leira para 1978-79. BrasIlia, 1978, p. 19.

-A comercialização e o abastecimento interno

são

feitos de forma desorganizada, trazendo sérios prejuízos a ーイッ、セ@

tores e consumidores, não raro culminando com um deseQu1.1íbrio

entre oferta e demanda, o que tem colocado a agricultura como bo

de expiatório da inflação nao contida com que vem convivendo o

País.

Dentro desse quadro de desigualdades profundas e

distorções, está inserida a agricultura brasileira. Nela, o cap!

(23)

23

-I que a caracteriza, onde a grande propriedade capitalista エ・」ョゥヲセ@

cada, voltada em geral para o mercado externo, convive com a

pe-quena propriedade, familiar e vol1tada para o ·autoconsumo e para

o abastecimento interno de alimentos e matérias-primas.

Portanto, o excelente desempenho da agricultura,re

ferido no inIcio, em termos de crescimento do produto real, nao

pode ser considerado alvissareiro nem tampouco de forma absoluta.

De fato, o que se pode enxergar por trás dessas cifras é a ・クセ@

siva participação dos "segmentos desenvolvidos", extensão do se

tor industrial do qual dependem e alvo de toda a proteção e bene

fI

cios por parte do Estado.

セ@ nesse contexto que se começa a inserir a

ques-tão que se pretende investigar neste estudo. Com efeito, quando

se passa a analisar a agricultura brasileira de forma mais

desa-gregada em termos de região e dos seus segmentos, ressalta o ca

râter marcantemente discricionário com que

é

tratada mediante a

intervenção do Estado. O instrumental de política econômipa

tem--se dirigido claramente às intenções de impulso à

industrializa-)

çao e de proteção aos segmentos da agricultura voltadós para o

mercado externo.

Toma-se, aqui, como objeto de consideração, a

po-lítica de preços executada pelo Estado, face à rentabilidade dos

empreendimentos agrícolas e a eficiência do produtor na

(24)

24

-nao ser o produtor agrícola racional na utilização dos seus

re-cursos, razão em que consiste a baixa rentabilidade dos seus em

preendimentos. Tal situação não foi constatada por Tax e hッーー・セ@

citados por SCHULTZ (1965, p. 46-57), em estudos realizados em

comunidades pobres, praticantes

da

agricultura tradicional, na

Guatemala e na tndia. Entre nós, PASTORE (1973, p. l57), anali

sando a resposta da produção agrícola aos preços, no bイ。ウゥャL」ッセ@

clui não existirem "razões para se rejeitar a hipótese de que

os agricultores, no Brasil, tomam suas decisões sobre 'o que

produzir e 'quanto' produzir através de critérios próximos aos

de maximização de lucros".

Aceitando-se tais constatações, fica refutada a

assertiva de que a baixa remuneração dos recursos utilizados nas

atividades agropecuárias, face ao retorno ao capital em outras

atividades econômicas, seja conseguência da má alocação dos

re-cursos pelo produtor. Essa baixa rentabilidade, evidentemente ,

relaciona-se às atividades de mercado interno, consideradas de

pequena produção, com baixa relação capital/produto. A ELC (1973,

p. 2-02; 1974, p. 2-l), encontrou para o Rio Grande do Norte

e Paraíba taxas de rentabilidade da ordem de 7,8% e 10,6%,

res-pectivamente, sem incluir nos custos os chamados "encargos atri

buídos". Também BASTOS et alii (1975, p. 8), estudando

estabe-lecimentos dedicados à produção de leite na Bacia Leiteira de

Alagoas e assistidos pela EMATER/AL, encontrou urna taxa

inter-na média de retorno da ordem de 6,4%.

I

(25)

25

-Nessa ordem de idéias, admitindo-se nao ser a ineficiência econô

mica a razão precípua da baixa rentabilidade encontrada nas

em-presas agrícolas que produzem para o mercado interno,resta como

alternativa para explicar tal evidência o baixo preço pago ao

produtor, ou, em última instância, a desfavorável relação preço

de produto/custo dos fatores. Frente a essa situação, duas lmpoE

tantes implicações podem-se destacar:

a) a primeira diz respeito

à

necessidade de

eleva-ção dos níveis de produtividade que, segundo

Delfim Netto, citado por CASTRO et ali! (1979 ,

p. 50)

mais ou menos claro que nenhum país

que goze de uma baixa produtividade agrícola po

derá desenvolver-se, pois,

à

medida que a maíor

parte de sua população trabalha simplesmente ーセ@

ra satisfação de suas necessidades primárias de

e serviços".

Essa implicação se cinge ao aumento de produtivida

de calcado na adoção de uma tecnologia intensiva em capital mecâ

nico e químico, afetado pelo processo de formação de preços no

mercado de fatores.

(26)

26

-cimento com seus reflexos sobre o processo

in-flacionário e, consequentemente, os

embargos

criados

à industrialização pelo encarecimenbodos

gêneros alimentícios, consequência do désequilí

brio oferta-demanda.

Nesse quadro descrito, surge, enfim, a

カ。イゥ£カ・ャBセ@

ço" como determinante, decisiva na elevação dos níveis de

produ-tividade e na manutenção do suprimento adequado de alimentos

matérias-primas. Outrossim, esse enfoque e preocupação, entre

e

セ@

nos,

já fizeram parte de amplos debates, a partir de estudo realizado

por Paiva, conforme lembram

CASTRO

et alii

(1979,

p.

51),

pondo

em confronto a modernização tecnológica na agricultura e

seus

"mecanismos de autocontrole".

Para ele, a questão envolve d01S aspectos:

a) lia adoção de uma nova tecnologia decorre de uma

avaliação da parte do produtor dos benefícios e

dos custos que dela adv'irão, tratando-se de uma

decisão microeconômica, segundo o modelo do cál

culo racional;

b) a disseminação da nova tecnologia extravasa, en

tretanto, o plano microeconômico, porque a sua

adoção por um grande número de produtores

ta o preço dos fatores, de um lado, e,de

afe-outro,

I

(27)

27

-vai encontrar barreira no setor não-agrícola

na forma de limitação de mercados; estas

a1tera-çoes vao reduzir as vantagens da nova

tecno10-gia, gerando um limite à sua disseminação".

Em suma, o comportamento da variável "preço" poderá

por empecilho

à

modernização tecnológica, tal como definida,

ou

levar a permanente desequilíbrio entre oferta e demanda,com

to-das as consequências daí decorrentes.

Entra, neste ponto, a ação do Estado, dentro do seu

duplo e dUbio objetivo de promover a industrialização,

elevando

paralelamente o volume de alimentos e matérias-primas necessários

ao processo, via aumento da produtividade agrícola pela

ュッ、・イョゥコセ@

ção tecno1óg.ica, com o que manterá os preços a níveis razoáveis,

imprescindíveis ao seu objetivo maior: a industrialização. Não

Qセ@

grando êxito no segundo objetivo, face aos "mecanismos de autocon

tro1e" definidos por PAIVA (1967, p. 6), passa a controlar, tabe

lar e administrar os preços dos gêneros alimentícios básicos,

ーイセ@

movendo o desestímulo, a retração da of.erta e suas consequências'

maiores. A esse respeito, assim se pronuncia SINGER (1977, p. 151):

"o governo, empenhado na luta por conter o aumeg

to dos preços, procura manter um controle rigoro

so sobre os mesmos, apesar dos protestos de

ウ・エセ@

res empresariais, que alegam que suas margens de

(28)

e1eva 28 e1eva

-ção dos custos. Mas, torna-se cada vez mais difí

ci1, numa economia de mercado como a nossa,

fa-zer com que as empresas deixem de aproveitar-se

dos mecanismos de mercado para aumentar os

pre-ços. Em alguns casos, o controle administrativo'

dos preços tende mesmo a agravar a escassez, ao

elevar a redução da oferta interna. セ@ o que se

dá quando a elevação do preço internacional

in-duz os empresários a exportar uma maior parcela

da produção. Em muitos casos, o governo é ッ「イゥァセ@

do a limitar ou mesmo proibir as exportações, o

que vem contradizer outras metas do próprio

go-verno. No caso do leite, a limitação do aumento

do preço levou a uma queda da produção, o que

a-fetou a oferta interna, mesmo sem haver

exporta-ção" .

E mais adiante (op. cit., p. 152):" ... A elevação

do preço, se fosse permitida, eliminaria do

mer-cadoos compradores de menor poder aquisitivo, e

qui1ibrando procura e oferta. Mantendo-se os ーイセ@

ços no mesmo nível, ninguém se retira do mercado

e a escassez se manifesta por um alongamento dos

prazos de entrega. セ@ o que caracteriza a

"infla-ção reprimida": a fome de bens realmente não

é

(29)

,

1

1

I

1

29

-aplacada, apenas nao se permite que ela ーイ・ウウゥセ@

ne os preços para cima".

Diante das considerações até então feitas, fica pa

tente que uma hipótese primordial é levantada: que a variável

"preço"

é

determinante da baixa re!ntabilidade das explorações

a-grícolas de mercado interno. O objetivo é tecer considerações em

termos da ação do Estado na administração dos preços de produtos

agrícolas, frente ao retorno esperado pelo capitalista que nelas

investe.

Procurando fugir aos esquemas agregat1vos pelas 、ゥセ@

torções que nao raro acarretam por razões várias, entre as qua1s

as peculiaridades de cada segmento agrícola e de cada região, bem

como e principalmente pela precariedade das informações, escolheu

-se como produto objeto deste estudo o leite. Descendo a um

maior nível de desagregação, optou-se por realizar a pesquisa

so-bre a pecuária de leite na Bacia Leiteira de Alagoas. Será esse

o marco de referência deste estudo, esperando-se que as

conclu-soes daqui extraídas possam refletir uma situação inerente a

am-plos segmentos e regiões da agricultura brasileira, em especial,

aquela voltada para o suprimento interno de alimentos e

matér1as--primas. Uma importante conclusão, pelo menos, justifica essa

es-colha: a de que a política de ヲセク。￧ ̄ッ@ de preços administrada de

maneira generalizada para o País está ou não conduzindo as

empre-sas produtoras de leite na Bacia Leiteira de Alagoas a um baixo

f

(30)

30

-nível de remuneração dos recursos utilizados. A condição, embora

perca seu peso relativo em termos de país, tem todavia, grande

significado para esta unidade da Federação, para a qual a

ativi-dade é bem expressiva.

Na escolha do produto, pesou alnda a condição de

ser tido como o mais completo dos alimentos, componente básico

da,dieta alimentar de grande parcela da população brasileira e,

acima de tudo, a necessidade de que o aumento de sua produção

via incremento de produtividade paralelamente a uma justa remune

ração ao produtor, possa fazer com que o refer.ldo produto

a1can-ce preços aa1can-cessíveis às camadas de menor poder aquisitivo,

contribuindo para solucionar a situação de desnutrição e subnutri

-çao em que vivem. Neste aspecto, o Instituto Brasileiro de Nutri

çao (I.B.N.), citado por VIEIRA (1969, p. 1), recomenda o consu-'

mo de leite em espécie para o País de 0,4 litro por dia e por ィセ@

bitante, ou seja, um total de 146 litros por ano". Entretanto,

a SUPLAN/MA (1978, p. 94) calculou a di'l;iponibilidade de leite

em セウー←」ゥ・@ por habitante e por qiaentre 1974 e 1977, tendo

en-contrado uma variação de 0,090 litro em 1974 a 0,104 litro em

1977 que, como se vê, está bem abaixo do recomendável. Frise- ウセ@

ainda, que essa disponibilidade inclui.. importações.

A produção brasileira de leite entre 19(i7 e 1977

apresentou um incremento de 56,2% como mostra a tabela 03.

A participação média do Nordeste na produção de lei

セMセ@ MMセ@ セM MMMMMセMM セM

-I

I

(

(31)

31

-te foi de 11,4% no período 1967-77 conforme MA/SUPLAN (1978

p. 9l). No que diz respeito ao índice de produção de leite por

bovino no período 1970-77, a mesma fonte mostra que Alagoas obte

ve 1,24 litro.

A seguir, as tabelas 04 e 05 mostram, respectiva

-mente, a utilização da produção brasileira de leite e as ゥューッイエセ@

ções efetuadas em equivalentes-litro.

TABELA - 03

ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE LEITE, 1967-77

A NOS

1 9 6 7

1 9 6 8 1 9 6 9 1 9 7 O 1 9 7 1 1 9 7 2 1 9 7 3 1 9 7 4

1 9 7 5

1 9 7 6 1 9 7 7

PRODUÇÃO 6.703,4 6.909,4 6.993,0 7.132,0 7.109,4 7.141,6 7.536,5 8.759,7 9.711,6 10.202,0 10.469,1 i

(em milhões de litros)

íNDICE 100,0 103,1 104,3 106,4 106,1 106,5 112,4 130,7 144,9 152,2 156,2

TAXA ANUAL DE CRESCU1ENTO 3,1 1,2 2,0 -0,3 0,4 5,5 16,2 10,9 5,0 2,6

FONTE: BRASIL: MA/SUPLAN. Perspectivas da Agricultura bra

si1eira para 1978-79. Brasí1ia,1978, p. 89.

A oferta média total no período 1975-77, de acordo

(32)

---_

..

⦅BMBMBNMMMMMN⦅LL⦅NMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMLMMMMMMMMMMMMMセMMMMMMMMMMMMセセMMLMMMMセMMMMM

'mBELA - 04

esセtiva@ DA UTILIZAÇÃO DA prodセNᅢo@ BRASILEIRA DE LEITE, 1975-77

VOLUME PARTICIPAÇÃO (%)

vaャuaᅦヲセj@ . (%1

ITENS (em milhões de litros)

1975 1976 1977 1975 1976 1977 1976/5 1977/6

i

Produção

9.711,6 10.202,0 10.469,1 100,0 100,0 100,0 + 5,0 + 2,6

lei te cru e beneficiado 4.836,4 4.709,2 4.365,6 49,8 46,2 41,7 - 2,6 - 7,3

leite em pó 1.113,8 1.159,4 1.348,4 11,5 11,4 12,8 + 4,1 +16,3

Queijos 1.952,0 2.244,4 2.271,8 20,1 22,0 21,7 +15,0 + 1,2

Manteiga 679,8 714,1 732,8 7,0 7,0 7,0 + 5,0 + 2,6

Outros (1) 1.129,6 1.374,91 1.750,5 11,6 13,5 16,7 +21,7 +27,3

j

-

-FONTE: BRASIL: MA/SUPLAN. Perspectivas da agricultura brasileira para 1978-79. Brasília, 1978, p. 93.

(1) CoIrpreende os leites esterilizados, ar:ornati zados, fenrentados, condensados, roncentracbs, evaporados e outros

(33)

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ . . . . セL⦅G@ ⦅セセNNNNNNNLNNセNNNN@ ANエYャ⦅セセAキッBセGo、@ .... w\ イ^ャmGセGMMMMMMMMMMM

______ ... ____ _

TABElA - 05

ElJUIVALENI'E EM LITroS DE LEITE DAS IMroRrAÇÕES BRASILEIRAS DE LEITE, 1972-77

"

EX;)UIVALENI'E A 1. 000 liセ@ IE LEI'lE

_ _ _ _ _ _ _ I_T_E_N_S _ _ _ _ _

セ@

_ _

⦅⦅Gi⦅M⦅セY[[@

]_-.

QYセセ@

l

1975 19761 .. .1977

lei.te fresco ou pasteurizaCb 8,8 3,9 8,9

lei te parcialrrente desidratado 1.582,7 252,5 3.184,2 6.888,7 761,7 806,3

lei te desidratado em pó 104.986 ,O 526.036;8 214.889,6 129.941,6 165.832,1 417.013,0

Manteiga 210,7 136.599,1 30.094,6 9.298,3 33.359,0 38.638,5

Qreijos 4.364,9 10.305,1 6.526,3 14.834,5 277.472,7 93.893,6

TOTAL 111.153,2 672.992,4 254.691,6 160.963,1 477.420,5 550.351,4

---_._---

---_._._._---

NMMMMMセN@

"_

.. " セセMMM⦅N⦅MMM

FONl'E: BRASIL: MA/SUPIAN. Perspectivas da agricultura brasileira para 1978-79. Brasília, 1978. p. 94.

(34)

34

-oorn a citada fonte, foi em torno de 10,5 bilhões de litros. ADro

dução média brasileira no mesmo período foi de 10,1 bilhões de li

tros, correspondendo a 96,2% da oferta total, sendo o resto supr!

do por importações em diversas formas de utilização.

Da disponibilidade total média no período 1975-77 ,

apenas 106 m1/per capita/dia foram consumidos, o que corresponde

a 42,23% dessa disponibilidade. Corno a camada de menor poder aqu!

sitivo, em regra geral, só consome o produto fresco ou ー。ウエ・オイゥコセ@

do, que é a forma de utilização mais barata, depreende-se que

grande contingente da população está privado do consumo desse ali

mento. Acrescente-se, ainda que, em 1977, o incremento da oferta

de leite foi da ordem de 2,62%, inferior

à

taxa de incremento da

população que foi de 2,86%.

o

quadro descrito mostra um desequilíbrio entre

o-ferta e demanda. Entretanto, é necessário que ウセ@ frise tratar- se

de uma demanda potencial, pois que a grande parcela dessa

popu1a-çao fica alijada das possibilidades de consumir o produto,face ao

seu baixo poder aquisitivo. Tal contingência surge periodicamente

corno aparente contraste, já que, pela existência de uma demanda

potencial, fica aparentemente caracterizada uma situação de

sub--oferta, quando, para o produtor, afigura-se corno superprodução,

caso em que, nao encontrando mercado para o seu produto, vende-o

a preços aviltados ou simplesmente o destrói. Em condição

seme-lhante, fica a indústria de laticínios, obrigada a formar ・ウセウ@

que ficam encalhados ano após ano. Em última instância,pXe-se di

!

l

I

!

I

(35)

35

-zer que a questão nao

é

de sub-oferta ou superprodução, mas sim,

de subconsumo.

Essa situação f 01 caracterizada por AGUIAR (1978 ,

p. 47), analisando o impasse viVido pela indústria de latlcínlo

em são Paulo. Afirma que "representantes das indústrias e alguns

produtores dizem que a saída para o excesso de oferta de ャ・ゥエ・セ@

rá o incremento

à

produtividade l i . E mais adiante: "Para os イ・ーイセ@

sentantes da indústria, a baixa produtividade da

nossa pecuária

é

a principal responsável pela

saturação do mercado de leite e seus derivados.

Citam a Argentlna como exemplo de produção o

En-quanto a produção nacional de leite está entre

3 ou 4 litros por vaca, a Argentina está entre

8 e 10 litros. Isto assegura ao criador ーッセッ@

(sic) uma rentabilidade maior a um custo mais

baixo que o pecuarista brasileiro".

De fato, o nível de produtividade do leite no

Bra-sil

é

bem baixo em relação a alguns países produto:res, como

mos-tra a tabela 06.

Na forma como o problema é colocadoj parece ser a

elevação do nível de produtlvidade a saída viável para o

impas-se encontrado. Toda a questão, entretanto, reside na 。、・アオセ@ エ・セ@

nologia que proporcione a elevação da produtividade, sem

incor-rer em maiores custos.

I

l

I

I

I

I

i

I

i

!

I

I

(36)

36

-TABELA - 06

PRODUl'IVIDADE

ro

REBANHO rovrID IEITEIRO EM PAÍSES SEIECIONAOOS, 1969

P A

!

S E S PRODUTIVIDADE

Estados Unidos 4.154

Países Baixos 4.170

Dinamarca 3.902

Suíça 2.200

Itália 2.036

Argentina 1.900

México • • • • • • o • • • • • • • • • • • • • • • 1.080

Brasil • • • • • • • • (I • • • • • • • • • • • Q • 470

FONTE: DINIZ, Alberto. Análise da política de interferência m rrercado de leite no Brasil. Viçosa, UFV, 1976, p. 5.

Baixa produtividade, altos custos e baixa rentabi

lidade sao a característica da pecuária de leite no Brasil, com

consequências danosas para produtores e consumidores. VIEIRA,

(1969, p. 4), estudando o custo de produção do leite na Bacia

Lei teira da Guanabara, assim caracteri za o problema: "Corrparancb--se

os preços do leite ao nível de fazendas com o custo

.t

f }

I

I

I

(37)

1

1

1

37

-de vida, com base no ano -de 1960, po-de-se obser

var que os preços recebidos pelos produtores não

estão correspondendo às elevações do custo de vi

da"o

E citando Brandão, salienta VIEIRA (1969, p. 4) セ@

"Em 1952í53, encontrou um custo de produção de

leite para a Bacia Leiteira da Guanabara de

NCr$ 0,002052. O custO corrigido para novembro de

1968, foi est1mado em NCr$ 0,31/1itro. Em face

do custo reajustado (NCr$ 0,31/1itro) ser

supe-rior à cotação do produto na mesma época ao

ní-vel de fazendas tNCr$ 0,23jlitro;, somente a

re-dução dos custos de prore-dução evita prejuízos que

acarretam o empobrecimento dos produtores".

E acrescenta (1969, p. 7): "O problema do leite 、セ@

ve ser observado de modo especial, porque se エイセ@

ta de um alimento cujo preço vem sendo

controla-do pelo governo, há muitos anos, e a teoria

eco-nômica demonstra que o estabelecimento de um ーイセ@

ço pelo tabelamento, sem o estudo mais amplo dos

custos de produção prejudica tanto os produtores

como os consumidores, VlstO modificar a

(38)

I

1

i

I

I

I

I

I

I

38

-longo prazo, acarretando:

a) desânimo do produtor com desinteresse no melho

ramento da tecnologla de produção;

b) diminuição da oferta do produto, com consequeg

te racionamento e filas para adauirir o

produ-to" .

Opinião semelhante é emitida por DIAS (1972, p. 100),

ao avaliar a política econômica para a pecuária de corte no bイ。ウゥセ@

afirmando: "O preço da carne no mercado doméstico é uma faca de

dois gumes; de um lado o governo pode intervir no

mercado e diminuir a pressão de alta dos preços,

protegendo, assim, os interesses do consumidor (a

través de tabelamento ou intervenção direta em

indústrias frigoríficas) e evitando uma maior re

distribuição de renda dos consumidores para os De

cuaristas, no curto prazo. A longo prazo, no

en-tanto, o governo pode induzir uma menor taxa de

crescimento do rebanho, e como os ganhos de produ

tividade são frutos de investimentOS de longo ーイセ@

zo de maturação, uma malor diflculdade para o

a-bastecimento do mercado torna-se inevltável. O

consumidor, a longo prazo, sofre uma perda de bem

-estar devido a um イ。cャッョ。ュ・ョセッ@ com ou sem

eleva-ção de preços".

I

t

I

i

I

(39)

39

-Numa análise específica sobre a interferência, do

Estado no mercado

de

leite no Brasil, DINIZ (1976, p. 50),

cons-tatOU "que grande parte do período analisado se caracterizou por

apresentar preços diferentes daqueles que se verificariam sob a

situação de mercado livre, suqerindo que o funcionamento do merca

do ocorre em permanente desequllíbrio". Utilizando um modelo

eco-nométrico para a produção e o consumo doméstico de leite, o autor

chega às seguinteS conclusões:

1, que os produtores sao rnalS sensíveis às forças

que tendem a deslocar a oferta que os

consumido-res as forças modificadoras da procurai

2) que entre as varláveis que sensibllizam as

rea-ções dos produtores, o preço da carne bOVina de

fasado de quatro anos é a que mais se realçai

3} que os consumidores sao mais sensíveis às

varia-çôes da renda real "Per Capita" que as variações

do preço do leite;

4) que nao faz sentido considerar isoladamente as

açoes dirigidas ao mercado do leite, sem conside

rar o mercado da carne bovina;

5) que mantidos constantes os modificadores da ofer

ta e da procura, espera-se que 98% do

ajustamen-to do preço garantldo, ao de mercado, se

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-sariam em três anos;

6) que na divisão dos custos da política de

subsí-dios, o governo assume a maior parcela;

7) que, em função das reaçoes da oferta, o pretend!

do subsídio aos consumidores passa a constituir,

em certos anos, subsídios aos produtores.

Das conclusões acima, pode-se depreender que o

governo, intervíndo no mercado do leite com uma política de subsí

-dio ao produtor, poderá contribuir para desequilibrar oferta e 、セ@

manda, função da resposta que produtores e consumidores dão a

es-se estímulo, dado que, como foi visto, a malor resposta do

consu-midor é à elevação do nivel de renda real. Que a defasagem no tem

po em que Se procESsa o ajustamento entre preço garantido e preço de

mercado, seguramente desestimulará o produtor, reduzindo seus

in-vestimentos, abdicando do melhoramento tecnológico, advindo, a

longo prazo, as consequências já explicltadas. Por outro lado

OLIVEIRA (1976, p. 6-7) afirma que: "Poli ticas de intervenção 00

mercado, com a finalidade de estabelecer preços

que a rigor não prevaleceriam no mercado compet!

tivo, acarretam custos sociais porque produzem

uma distribuição de recursos diferente daquela

que seria obtida caso produtores e consumidores'

pudessem exercer livre escolha. políticas dessa

natureza podem ter consequências importantes

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-tanto para o setor agrícola quanto para a

econo-mia em geral. Embora isso possa conduzir à

redu-çao de riscos no setor agrícola, facilitando o

processo de modernização, a política apresenta '

custos para a sociedade e pode, na realidade, oog

duzir a benefícios líquidos negativos. Os benefí

cios obtidos dependem do sistema de fixação de

preços, do modo pelo qual o programa é

implanta-do e implanta-dos custos administrativos implanta-do programa.Quan

to mais alto o preço garantido, maior será o

es-tímulo à produção, porém maior será também o cus

to potencial para a sociedade, dada a distorção'

na distribuição de recursos e a possível acumula

ção de estoques invendáveis nos níveis de preços

garantidos".

Referido autor, que analisou custos e retornos

so-ciais de políticas de preço de leite, chega às seguintes

conclu-sões (p. 36-37):

1) a elasticidade preço da oferta de leite no Bra

sil, a curto prazo, é da ordem de 0,485 e, a lon

go prazo, é igual a 1,066. A elasticidade de

a-justamento igual a 0,46 sugere que é necessário

um período de 5 anos para que se complete 98% do

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-dução desejada;

2) a demanda de leite parece ser preço-inelástica '

tanto no curto prazo (Ep

=

-0,1) como no longo

prazo (Ep

=

-0,2);

3) no período referente a 1948-73, as importações

de leite variaram entre 0,6% e 6,5% da produção

total e nos últimos dez anos a média das importa

çoes foi de 4% da produção total do Pais;

4) sob condições de mercado livre, o preço do leite

sofreria um aumento de 4% em relação ao preço

a-tual tabelado, a produção interna aumentaria 3,2%

em relação aos atuais níveis de produção, verifi

cando-se uma redução no consumo do produto com um

custo social líquido da ordem de 64 milhões de

cruzeiros de 1975;

5) a política de mercado livre apresenta um ゥョ」ッョカセ@

niente para a sociedade em geral e para os consu

midores em particular, uma vez que, dada a alta

inelasticidade-preço da demanda de leite e na

falta de intervenção governamental, a indústria

poderia ser levada a vender menores アオ。ョエゥ、セ、ッ@

produto, elevando os preços, sendo a redução no

consumo ainda maior e o preço pago pelos consumi

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-dores mais elevado que o estimado;

6) uma política de tabelamento de preços com

subsí-dio direto aos produtores, além de resultar num

custo bastante elevado (1,5 bilhão de cruzeiros

de 1975) e num custo social líquido d6 64 milhões

de cruzeiros de 1975, tenderia a inibir os

avan-ços tecnológicos criados pela competição,

a adoção de inovações tecnológicas;

para

7) pressupondo-se que as políticas alternativas de

mercado devem visar ao bem-estar da sociedade co

mo um todo e, considerando-se os impactos

prová-veis das três políticas analisadas em termos de

custos e benefícios sociais, concluiu-se que a

política de mercado atual é a mais desejável

,

considerando-se ainda que o preço tabelado está

bastante próximo do preço de equilíbrio em condi

ções de mercado livre e competitivo.

o

autor analisou três tipos de políticas:

a) mercado-livre;

b) tabelamento com subsídio ao produtor;

c) tabelamento sem subsídio ao produtor.

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-Entre as três aI ternati vas, aquela considerada "mais

desejável" (tabelamento sem subsidio ao produtor" que a posta

em prática atualmente demonstra um interesse explícito de

benefi-ciar à sociedade como um todo e ao consumidor em particular, nao

-obstante as danosas consequências, advindas a longo prazo para a

própria sociedade, corno já ficou devidamente caracterizado linhas

atrás o Essa tendência em se "penalizar" a agricultura de mercado

interno frente a interesses maiS amplos dos setores não-agrícolas

e/ou

dos segmentos da agricultura voltados para o mercado externo

bem como da sociedade como

um

todo

é,

em essêncla, a grande

ques-tão desta pesquisa, posicionamento a que, aqul, se reage. Com

e-feito, medidas desse teor patenteiam urna dlscriminação ao capital

empregado na agricultura de mercado interno relativamente às

de-mais atividades no contexto econômico global, como se fosse

coe-rente proceder-se a tal diferenciação. Tais políticas intervencio

nlstas ferem o malS fundamental princípio do capitalismo: a

am-pliação do lucro e reprodução do capltal. Parece que, sobre a

a-gricultura de mercado interno, quer-se imputar todo o ônus de uma

extremamente desigual dlstribuição da Renda, que, via de regra,

desemboca no alijamento de grande parcela da população das

possi-bilidades de ingressar no mercado dos bens de primeira

necessida-de.

Encarando o problema do lado do produtor, objetivo

deste estudo, discorda-se da alternativa escolhida pelo autor

aqui comentado. Parece ser malS coerente a execução paralela de

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Referências

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