Broncoscopia no Brasil*
Bro n ch o s co p y in Braz il
MAURO ZAMBONI (TE SBPT), ANDREIA SALARINI MONTEIRO (TE SBPT)
In t ro d u ção: Du ra n t e o s ú lt im o s a n o s a e n d o sco p ia respirat ória evolu iu con sideravelmen t e. In ú meros t rabalhos n a área t êm sido pu blicados, bem como a realização de simpósios, con gressos e cu rsos vêm acompan hados de u m renovado interesse pela endoscopia respiratória. Entretanto, n ão sabemos o impact o dessas in iciat ivas sobre a prát ica da bron coscopia n o Brasil.
Ob je t i v o : Ob t e r in f o rm a ç õ e s s o b re a p rá t ic a d a broncoscopia no Brasil.
Mé t o do : u m q u est io n á rio co n t en d o 5 6 p erg u n t a s fo i e n via d o , p e lo c o rre io , p a ra o s 5 7 6 m e m b ro s d o Departamento de Endoscopia Respiratória da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
Re s u lt ado s : cen t o e o n ze (1 9 ,2 % ) d o s q u est io n á rio s f o r a m r e s p o n d i d o s e a n a l i s a d o s . T o d o s o s resp o n d ed o res est a va m fa m ilia riza d o s co m a p rá t ica d a b ro n co fib ro sco p ia , m a s so m en t e 4 5 % d eles est a va m a p t o s p a ra a rea liza çã o d a b ro n co sco p ia ríg id a . Men o s d e 1 5 % d o s resp o n d ed o res t in h a m a lg u m a exp eriên cia co m a b ro n co sco p ia t era p êu t ica .
Co n clu s ão : A m a io ria d o s resp o n d ed o res (8 7 ,3 % ) a ch a q u e a s s o c ie d a d e s e o s c e n t r o s d e t r e in a m e n t o esp ecia liza d o s d everia m est im u la r, o t im iza r, d issem in a r e a p e rf e iço a r a p rá t ica d a e n d o sco p ia re sp ira t ó ria in clu in d o a í a b ro n co sco p ia t era p êu t ica .
Backg ro u n d: Du rin g recen t yea rs, b ro n ch o sco p y h a s evo lved co nsid erab ly. Nu m erou s clin ical in vest ig at io ns, s ym p o s ia , c o n g r e s s e s a n d t r a in in g c o u r s e s h a ve d e m o n s t r a t e d t h e r e n e w e d in t e r e s t in r e s p ir a t o r y en d o sco p y. Ho wever, it is u n kn o wn wh et h er t h is h a s modified bron choscopy pract ice.
Obje ctive : Ob t ain in fo rm at io n reg ard in g t h e o p in io n s an d pract ices of pu lmon ologist s who perform diagn ost ic an d t herapeu t ic bron choscopy in Brazil.
Me t h o d : A su rve y co n sist in g o f 5 6 q u e st io n s wa s m ailed t o 5 7 6 p u lm o n o lo g ist s asso ciat ed wit h t h e SBPT-DER.
Re s u lts : A t o t a l o f 111 q u est io n n a ires (1 9 .2 % ) were ret u rn ed a n d a n a lyzed . All resp o n d en t s were fa m ilia r wit h flexib le fib ero p t ic b ro n ch o sco p y, b u t o n ly 4 5 % h a d p erfo rm ed rig id b ro n ch o sco py. Less t h a n 1 5 % o f t h e r e s p o n d e r s h a d p e r f o r m e d a n y t h e r a p e u t i c b ro n ch o sco p ic p ro ced u re.
Co n c lu s i o n s : Th e m a jo rit y o f re sp o n d e n t s (8 7 .3 % ) t h o u g h t t h a t p u lm o n a ry so c ie t ie s a n d sp e c ia liz e d t r a in in g c e n t e r s s h o u ld in it ia t e a n d d is s e m in a t e in fo rm a t ive m a t eria ls a n d p ro g ra m s t o o p t im ize a n d p erfect t h e p ra ct ice o f resp ira t o ry en d o sco p y, in clu d in g t h era p eu t ic b ro n ch o sco p y, in Bra zil.
De s crito re s: Bro n co sco p ia. Levan t am en t o . En d o sco p ia Respirat ória.
Key Wo rds: Bron choscopy. Su rvey. Bron choscopy pract ice.
* Tra b a lh o rea liza d o p elo Dep a rt a m en t o d e En d o sco p ia Resp ira t ó ria (DER) d a So cied a d e Bra sileira d e Pn eu m o lo g ia e Tisio lo g ia (SBPT)
En d e re ço p a ra co rre sp o n d ê n cia . Ma u ro Za m b o n i. Ru a So ro ca b a 4 6 4 / 3 0 2 CEP: 2 2 2 71 - 110 Rio d e J a n e iro . Em a il: Za m b o n i@ iis.co m .b r
Recebido para publicação, em 1 2 / 4 / 0 4 . Aprovado, após revisão, em 1 / 6 / 0 4 .
Sig las e abre viatu ras u tilizadas n e s te trabalho : DER - Dep a rt a m en t o d e En d o sco p ia Resp ira t ó ria SBPT - So cied a d e Bra sileira d e Pn eu m o lo g ia e Tisio lo g ia
INTRODUÇÃO
A p r á t ic a d a b r o n c o s c o p ia e vo lu iu co n sid era velm en t e n o s ú lt im o s a n o s. Ta n t o a u t ilização da bron cofibroscopia com a fin alidade diagn óst ica como os procedimen t os t erapêu t icos, t ais como a ressecção en doscópica com laser, a c o lo c a ç ã o d e s u p o r t e s e n d o b r ô n q u ic o s , a braquiterapia, o eletrocautério, a crioterapia e outros procedimen t os in t erven cion ist as vêm au men t an do em t odo o mu n do e t ambém n o n osso país.1
Embora a utilização de todas essas técnicas esteja au men t an do progressivamen t e n a prát ica clín ica diária, não exist e, ainda, em nosso meio , consensos criados pelas sociedades en volvidas padron izan do a aplicação clín ica dessas t écn icas relat ivamen t e novas. Entretanto, consensos a respeito da utilização d a b ro n co sco p ia fo ra m rea liza d o s p o r d iversa s organ izações em ou t ros países.2- 9
Apesar da publicação desses consensos e diretrizes, a habilitação dos novos pneumologistas na endoscopia respiratória tem dependido, na maioria das vezes, de seu treinamento em nível de pós- graduação e do t re in a m e n t o e ca p a cit a çã o d e se u s p ró p rio s in st ru t ores.10 Ist o t em det ermin ado u ma gran de
heterogeneidade no treinamento dos profissionais e na aplicação das diferentes técnicas endoscópicas. A criação de diretrizes capazes de abranger todas as técnicas também tem sido difícil devido às mudanças rápidas e con st an t es n os diversos procedimen t os endoscópicos. Além dessas dificuldades, um número significativo de endoscopistas resiste em adotar as n ormas est abelecidas n as diret rizes criadas pelas diferentes sociedades.10,11
O o b jet ivo d est e levan t am en t o , realizad o co m a ch an cela d a SBPT, at ravés d o seu Dep art am en t o d e En d o sco p ia Resp irat ó ria, fo i avaliar a p rát ica d a b ro n co sco p ia d ia g n ó st ica e t era p êu t ica em n osso meio, e a part ir dest as in formações, procu rar d efin ir as d iret rizes p ara ap licação e realização d esses m ét o d o s em n o sso p aís.
MÉTODOS
Foram enviados pelo correio 576 questionários a t odos os sócios do Depart ament o de Endoscopia Resp ira t ó ria (DER) d a So cied a d e Bra sileira d e Pn eu mologia e Tisiologia (SBPT). O qu est ion ário encontra-se disponível integralmente na página do DER que pode ser acessado diretamente através do endereço eletrônico – www.endoscopiarespiratoria.com.br ou através da página da SBPT – www.sbpt.org.br
Uma carta introdutória, via e- mail, precedeu o e n vio d o s q u e s t io n á rio s . Fo i s o lic it a d o a o s respondedores que retornassem os questionários para a secretaria da SBPT, utilizando o envelope- resposta selado. Os questionários bem como os envelopes não necessitavam da identificação dos respondedores.
O q u est io n ário era co m p o st o d e 5 6 p erg u n t as que incluíam: dados demográficos, perguntas gerais so b re en sin o , t rein am en t o , ed u cação e p rát ica em b ro n co sco p ia ríg id a e fle xíve l, d ia g n ó st ica e t erap êu t ica, p rep aro d o s p acien t es p ara o exam e, mon it oração u t ilizada, u so de sedação, limpeza do ap arelh o , e as in d icaçõ es m ais freq ü en t es.
RESULTADOS
Do s 5 7 6 q u est io n ário s en viad o s, 111 (1 9 ,2 %) fo ram resp o n d id o s.
Alg u n s q u est io n á rio s fo ra m resp o n d id o s d e fo rm a in co m p let a, p o r est e m o t ivo o s resu lt ad o s fo ra m co n t a b iliz a d o s co n fo rm e o n ú m e ro d e resp o st as p ara cad a p erg u n t a.
A maioria dos respondedores era pneumologista com idade entre 31 e 50 anos (79/71,2%); entre os outros respondedores (32/28,8%) existiam cirurgiões t o rá cico s, b ro n co eso fa g o lo g ist a s, in t en sivist a s, alergistas e pediatras. Oitenta e oito (79,3%) eram do sexo masculino e 23 (20,7%) do sexo feminino. Do t ot al dos respon dedores, 51 (45,9%) t in ham t ít u lo d e esp ecialist a: 3 0 (2 7 %) t in h am t ít u lo d e habilitação em endoscopia respiratória e 21 (18,9%) t ít u lo d e esp ecialist a em en d o sco p ia p ero ral.
Setenta e sete (69,4%) respondedores trabalham em clín ica privada, 48 (43,2%) em hospit al pú blico e 48 (43,2%) em hospit al u n iversit ário.
Nenhum deles habita em cidade com população inferior a 50.000 habitantes. A maioria deles (57/51,8%) vive em cidades com mais de 1.000.000 de habitantes. A d ist rib u ição d eles p elas reg iõ es g eo g ráficas d o p aís est á d em o n st rad a n o Fig u ra 1 .
Bro nco sco pia fle xíve l
1% 17%
7%
52% 23%
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste
Sul
su p ervisio n aram d iret am en t e d e 1 a 5 0 exam es; 2 3 (2 0 ,7 %) d e 51 a 10 0 exam es; 1 3 (11 ,7 %) d e 101 a 1 5 0 exa m es; 1 2 (10 ,8 % ) d e 1 51 a 2 0 0 exam es; 1 7 (1 5 ,3 %) d e 2 01 a 3 0 0 exam es e 2 1 (1 8 ,9 %) m ais d e 3 0 0 exam es.
Se s s e n t a e n o ve (6 2 , 7 % ) r e s p o n d e d o r e s realizam b ro n co fib ro sco p ia h á m ais d e 1 0 an o s.
Apen as 2 (1,8%) n ão dispõem de assist en t es n o m om en t o do exam e; 52 (46,9%) dispõem de 1 assistente (médico, residente, enfermeiro ou auxiliar de en fermagem); 37 (33%) (n =37/ 111) dispõem de 2 assist en t es; 17 (15,3%) dispõem de 3 assist en t es e 3 (2 ,7 % ) (n = 3 / 111 ) d isp õ e m d e 4 o u m a is assist en t es. Set en t a e u m (6 4 %) resp o n d ed o res con sideram 2 o n ú mero ideal de assist en t es.
A via u t ilizad a m ais freq ü en t em en t e p ara a in t ro d u ção d o b ro n co fib ro scó p io é a n asal p ara 9 6 (8 6 ,5 %) resp o n d ed o res.
Todos os respondedores solicitam rotineiramente a lg u m m é t o d o d e im a g e m (ra d io g ra f ia e / o u t omografia compu t adorizada de t órax) an t es do exame; 21 (18,9%) solicit am t empo e at ividade de p ro t ro m b in a ; 1 8 (1 6 ,2 % ) so licit a m g a so m et ria a r t é r ia l; 1 6 (1 4 , 4 % ) s o lic it a m h e m o g r a m a . Eletrocardiograma, espirometria, bioquímica e outros exames são solicitados de forma rotineira por menos de 10% dos respon dedores.
A prin cipal in dicação da bron coscopia foi para a in vest ig ação d e n ó d u lo o u m assa p u lm o n ar em 5 6 ,7 %, seg u id o p elo s in filt rad o s p u lm o n ares co m su speit a de serem de origem in fecciosa, em 33,3%. As d em ais in d icaçõ es q u est io n ad as - in filt rad o d e su sp eit a n ão in feccio sa, t o sse, sib ilo s, at elect asia e h em o p t ise – t iveram u m a freq ü ên cia in ferio r a 8% das in dicações.
Ap ó s a rea liza çã o d a b ro n co fib ro sco p ia , 91 (82%) respon dedores observam o pacien t e por u m p erío d o in ferio r a 2 h o ras, en q u an t o 2 0 (1 8 %)) o b servam o p acien t e p o r m ais d e 2 h o ras. Ap en as 32,4% dos respon dedores observam o pacien t e em sala p ró p ria p ara rep o u so ap ó s o p ro ced im en t o .
A limpeza mecân ica do aparelho segu ida de desin fecção com glu t araldeído por 20 min u t os é realizada por 62 (56,9%) respondedores; a limpeza mecânica, seguida de desinfecção com glutaraldeído por 30 minutos é realizada por 44 (40,4%); e 3 (2,7%) realizam apenas a limpeza mecânica do aparelho.
Oit en t a (7 2 ,7 %) resp o n d ed o res d isp õ em d e 1 a 2 ap arelh o s em seu serviço .
Para 52 (47,3%) respon dedores, o n ú mero de exames realizados n os ú lt imos 5 an os au men t ou ; permaneceu estável para 43 (39,1%) e diminuiu para 15 (13,6%). Sessen t a e t rês (57,3%) respon dedores esperam qu e o n ú mero de exames au men t e n os p r ó xim o s 5 a n o s ; 41 (3 7 , 3 % ) e s p e r a m q u e permaneça estável; e 6 (5,4%) esperam que diminua.
Bro nco sco pia ríg ida
Sessenta e dois (55,8%) respondedores realizam o p r o c e d im e n t o . Qu a r e n t a e n o ve (4 4 , 2 % ) respondedores não realizam broncoscopia rígida. Dos que a realizam, 36 (58%) o fazem há mais de 10 a n o s. Cin co (8 % ) re sp o n d e d o re s, q u e f a z e m b r o n c o s c o p ia r í g id a , n ã o r e a liz a r a m o u su pervision aram diret amen t e n en hu m exame n os últimos 12 meses; 30 (48,3%) fizeram entre 1 e 10 bron coscopias rígidas; 11 (17,7%) en t re 11 e 20 exames; 8 (12,9%) entre 21 e 30 exames; e 6 (9,6%) mais de 30 exames.
Pro ce dim e nto s para diag nó stico
Nos ú lt imos 12 meses, 44 (40%) respon dedores realizaram ou su pervision aram en t re 1 e 50 lavados bron coalveolares (LBA); 20 (18,2%) en t re 51 e 100; 11 (10%) en t re 101 e 150 ; 31 (28,2%) 151 ou m ais exam es; e ap en as 4 (3 ,6 %) resp o n d ed o res n ão realizaram est e mét odo n os ú lt imos 12 meses. A aspiração transbrônquica com agulha não foi realizada ou diretamente supervisionada nos últimos 12 meses por 64 (58,2%) respondedores. Vinte e cinco (22,7%) realizaram entre 1 e 10 aspirados; 10 (9%) entre 11 e 20; e 11 (10%) mais do que 20 aspirados. Quatro (3,6%) respondedores não realizaram ou supervisionaram, nos últimos 12 meses, nenhuma biópsia brônquica. Dez (9,1%) realizaram entre 1 e 10 biópsias
brônquicas, 11 (10%) entre 11 e 20, 11 (10%) entre 21 e 30, 11 (10%) entre 31 e 40, 10 (9,1%) entre 41 e 50, 11 (10%) entre 51 e 60, e 42 (38%) realizaram mais de 60 biópsias brônquicas nos últimos 12 meses.
Qu in ze (13,7%) respon dedores n ão realizaram ou supervisionaram, nos últimos 12 meses, nenhuma b ió p sia t ra n sb rô n q u ica . Vin t e e seis (2 3 ,8 % ) realizaram en t re 1 e 10; 16 (14,7%) en t re 11 e 20; 12 (11%) en t re 21 e 30; 11 (10,1%) en t re 31 e 40; 10 (9,2%) en t re 41 e 50; e 19 (17,5%) mais do qu e 51 biópsias t ransbrôn qu icas n os ú lt imos 12 meses. Dos qu e realizam biópsias t ran sbrôn qu icas, 56 (5 8 ,3 %) n u n ca u t ilizam a flu o ro sco p ia d u ran t e o p ro ced im en t o ; 2 3 (2 4 %) u t ilizam raram en t e; 1 2 (1 2 ,5 %) às vezes; e 3 (3 ,2 %) ro t in eiram en t e o u sem p re. O cen t ro rad io ló g ico fo i o lo cal n o q u al m a is se u t ilizo u a flu o ro sco p ia - 2 6 (5 3 ,1 % );
com parat ivam en t e com o cen t ro cirú rgico e a sala d e b ro n co sco p ia - 2 3 (4 6 ,9 %).
A maioria dos respon dedores faz con t role de pneumotórax após a biópsia transbrônquica através da radiografia do tórax - 74 (73,7%); comparado com 3 (3%) que fazem este controle pela própria fluoroscopia, e 24 (23,7%) que não fazem controle radiológico a não ser que o exame clínico sugira tal complicação.
Ap e n a s 1 (0 , 9 % ) r e s p o n d e d o r r e a liz a u lt rasson ografia en dobrôn qu ica.
A broncoscopia para toillet brônquica representa m e n o s d e 2 0 % d o s e xa m e s p a ra 7 0 (6 3 ,6 % ) respondedores, e para 4 (3,6%) esta é a indicação do exame em mais de 80% dos casos.
Pro ce dim e nto s te rapê utico s
As tabelas 1 e 2 mostram as respostas relacionadas à prática de procedimentos terapêuticos como: laser, eletrocautério, braquiterapia e colocação de suportes endobrônquicos (stent).
Dos broncoscopistas que realizam laser, 8 (72,7%) preferem o uso do broncoscópio rígido; 7 (77,8%) realizam o procedimento no centro cirúrgico e 6 (66,7%) mantém sempre ou rotineiramente o paciente hospitalizado por uma noite.
Do s 2 1 resp o n d ed o res q u e co lo cam st en t, 12
TABELA 1
Nú m ero d e resp o n d ed o res q u e realizam procedimen t os t erapêu t icos
Procedimen t o Respon dedores (n ) %
Laser 9 - 8,2%
Elet rocau t ério 28 - 23,9%
Bra q u it era p ia 11 - 10,2%
Stent 22 - 2 0 %
TABELA 2
Nú m ero d e p ro ced im en t o s t erap êu t ico s realizad o s o u d iret am en t e su p ervisio n ad o s n o s ú lt im o s 1 2 m eses
Nú m ero d e Laser Elet ro cau t ério (n ) % Braq u it erap ia (n ) % St en t (n ) %
Procedimen t os (n ) % (n ) % (n ) % (n ) %
1 a 1 0 6 - 6 6 ,6 2 0 - 71 ,4 9 - 81 ,8 1 5 - 6 8 ,2
11 a 20 3 - 33,3 2 - 7,1 - 5 - 22,7
2 1 a 3 0 - 4 - 1 4 ,3 1 - 9 ,1
-31 a 4 0 - 1 - 3 ,6 1 - 9 ,1 2 - 9 ,1
41 o u m ais - 1 - 3 ,6 -
-TABELA 3
Ut ilização d e sed ação , at ro p in a, o xig ên io e acesso ven o so p ara realização d o exam e
Freqü ên cia Sedação At ropin a Oxigên io Acesso
venoso Flexível Rígido
(n ) % (n ) % (n ) % (n ) % (n ) %
Sem pre 48 - 44 5 0 – 7 9 1 4 - 1 2 ,7 6 4 - 5 8 ,2 7 6 - 6 9 ,1 Rot in eiramen t e 41 - 37,6 8 - 12,7 12 - 10,9 15 - 13,6 13 - 11 ,8
Às vezes 1 2 - 11 2 - 3,2 16 - 14,5 24 - 21,8 10 - 9,1
Ra ra m en t e 7 - 6 ,4 2 - 3 ,2 3 0 - 2 7 ,3 7 - 6 ,4 9 - 8 ,2
(5 7 , 4 % ) h o s p i t a l i z a m o p a c i e n t e p a r a o p ro c e d im e n t o . On z e (5 2 ,4 % ) re sp o n d e d o re s rep et em a en d o sco p ia p ara co n t ro le 2 sem an as ap ó s; 7 (3 3 ,3 %) realizam n o vo exam e ap ó s 2 a 4 m eses; 1 (4 ,8 %) ap ó s 4 a 6 m eses; e 2 (9 ,5 %) s o m e n t e r e p e t e m a b r o n c o s c o p i a c a s o a rad io g rafia d e t ó rax m o st re alg u m a alt eração o u caso o p acien t e ap resen t e sin t o m as.
O stent mais utilizado é o de Dumon, seguido
do Montgomery, Wallstent, Poliflex e Gianturco.
Cuidados an tes e duran te a bron coscopia
Na m o n it o ração d u ran t e o p ro ced im en t o , 1 0 6 (9 6 ,4 %) resp o n d ed o res u t ilizam a o xim et ria d e p u lso ; 9 8 (8 9 %) u t ilizam a m ed id a d a freq ü ên cia ca rd ía ca ; 3 4 (3 0 ,9 % ) m o n it o riz a m a p re ssã o a rt eria l; 4 5 (4 0 ,9 %) u t iliza m ca rd io scó p io ; e 2 (1 ,8 %) u t ilizam o cap n ó g rafo d e fo rm a ro t in eira.O u so d e sed ação , at ro p in a, o xig ên io e acesso ven o so d u ran t e a b ro n co sco p ia est á d em o n st rad o n a Tabela 3.
Os s e d a t ivo s m a is u s a d o s p o r o rd e m d e freqüência foram: midazolam, propofol, meperidina IV, fen t an il IV e diazepam IV.
O u so d a an est esia g eral p ara realização d o s exam es en co n t ra- se d em o n st rad o n a Tab ela 4 .
En sin o em bron coscopia
As p e r g u n t a s r e f e r e n t e s a o e n s i n o d a bron coscopia foram respon didas parcialmen t e por 110 resp o n d ed o res, e d a seg u in t e m a n eira : 9 6 (8 7 ,3 % ) a ch a m q u e a b ro n co sco p ia ríg id a ; 9 6 (8 7 ,3 %) ach am q u e a b ió p sia t ran sb rô n q u ica; 8 6 (7 8 ,2 %) ach am q u e a asp iração t ran sb rô n q u ica c o m a g u l h a ; e 7 3 (6 6 , 4 % ) a c h a m q u e a bron coscopia in t erven cion ist a (laser, elet rocau t ério e st en t ); d evam ser en sin ad o s d e fo rm a ro t in eira n o t rein am en t o d e en d o sco p ia resp irat ó ria. Desse g ru p o d e resp o n d ed o res, so m en t e 2 7 (2 4 ,8 % ) fo ra m t re in a d o s p a ra re a liz a çã o d e a sp ira çã o
t ran sbrôn qu ica com agu lha du ran t e su a formação. De 110 respon dedores, a maioria 51 (46,4%) -a ch -a q u e o n ú m ero m ín im o d e b ro n co sco p i-a s flexíveis para capacitar o pneumologista no método deve variar entre 81 e 120 exames. E para se manter apt o, a maioria, 61 (55,9%), acha qu e u ma média de 21 a 60 exames devem ser realizados por an o.
Em relação à cap acit ação d o p ro fissio n al p ara b ro n co sco p ia ríg id a, a o p in ião é m ais variad a se d ist rib u in d o d a seg u in t e fo rm a: 3 (2 ,8 3 %) ach am d e 1 a 10 exam es su ficien t es; 1 8 (1 7 %) d e 11 a 2 0 exam es; 1 4 (1 3 ,2 %) d e 2 1 a 3 0 exam es ; 1 9 (1 7 ,9 %) e 31 a 4 0 exa m es; 1 8 (1 7 %) 41 a 5 0 exam es; e 3 4 (3 2 ,1 %) ach am q u e são n ecessário s m ais d e 51 exam es p ara t o rn ar o b ro n co sco p ist a ap t o a est e p ro ced im en t o .
DISCUSSÃO
A m a i o r i a d o s r e s p o n d e d o r e s d e s t e leva n t a m en t o fo i co m p o st a d e p n eu m o lo g ist a s (71 ,2 %), d o sexo m ascu lin o (7 9 ,3 %), co m id ad e en t re 31 e 50 an os(71,2%) e qu e residem em cidade d e m é d i o e g r a n d e p o r t e . As m u l h e r e s r e p r e s e n t a r a m 2 0 , 7 % d o s r e s p o n d e d o r e s , p e r c e n t u a l m a io r d o q u e o e n c o n t r a d o n o le va n t a m e n t o d e Co lt e c o la b o r a d o r e s1 2. O
p ercen t u al d e resp o n d ed o res (1 9 ,2 %) fo i m en o r d o q u e o p u b lica d o p o r o u t ra s so cied a d es em levan t am en t o s feit o s n o s ú lt im o s 2 0 an o s, p o rém est a é a p rim eira vez em q u e u m a p esq u isa n esses m o ld e s f o i re a liz a d a e m n o s s o p a í s1 0 - 1 4. Os
q u est io n ário s fo ram en viad o s co m p o st ag em p ré-p ag a ré-p ara facilit ar o ret o rn o d as resré-p o st as, e n ão foi solicit ada a iden t ificação do remet en t e para qu e a v e r a c i d a d e d a s r e s p o s t a s n ã o f i c a s s e compromet ida.
Cin q ü en t a e seis p o r cen t o d o s resp o n d ed o res realizaram mais de 100 exames n o ú lt imo an o, u m p ercen t u al m aio r d o q u e o en co n t rad o p o r Co lt12
e co la b o ra d o re s n o ú lt im o le va n t a m e n t o d a
TABELA 4
Ut ilização d e an est esia g eral p ara realização d e b ro sco sco p ia flexível, ríg id a e in t erven cio n ist a Freqü ên cia Bron cofibroscopia Bro n co sco p ia ríg id a Bron coscopia in t erven cion ist a
(n ) % (n ) % (n ) %
Sempre 2 - 1 ,8 36 - 57,1 21 - 41 ,2
Rot in eiramen t e 5 - 4 ,5 1 2 - 1 9 13 - 25,5
Às vezes 17 - 15,5 8 - 12,7 7 - 13,7
Ra ra m en t e 61 - 55,5 4 - 6,4 7 - 13,7
Am erican Asso ciat io n o f Bro n ch o lo g y, e a m aio ria est á ot imist a em relação ao au men t o dest e n ú mero n os próxim os an os.
Co m e xc e ç ã o d o s e xa m e s d e im a g e m , a so licit ação ro t in eira d e o u t ro s exam es é in ferio r a 2 0 % . A o rd e m d e f re q ü ê n cia d a s p rin cip a is in d icaçõ es d e b ro n co sco p ia é ig u al à en co n t rad a por Colt12 e co lab o rad o res. Esse ach ad o , a n o sso
ver, se deve ao fat o do n osso qu est ion ário t er sido en viad o so m en t e p ara o s p ro fissio n ais filiad o s ao DER, enquanto no trabalho de Colt os questionários fo ram en viad o s in d iscrim in ad am en t e p ara 2 5 0 0 membros do American College of Chest Physician s, in depen den t es se en doscopist as ou n ão
A p rát ica d a b ro n co sco p ia ríg id a é feit a p o r 4 4 ,6 % d o s resp o n d ed o res, o q u e a in d a é u m p e r c e n t u a l a lt o s e c o m p a r a d o c o m o u t r o s levan t am en t o s1 0 - 1 5. A m aio ria p o ssu i m ais d e 1 0
a n o s d e p rá t ica e 5 0 % d e st e s re a liz a ra m o u su p ervisio n aram 1 a 1 0 exam es n o ú lt im o an o .
O procedimen t o diagn óst ico mais realizado foi o lavad o b ro n co alveo lar e o m en o s realizad o fo i a p u n ção t ran sb rô n q u ica co m ag u lh a. A realização d e b ió p sia t ran sb rô n q u ica em n o sso m eio é feit a sem o u so d a flu o ro sco p ia p ela m aio ria (5 8 ,3 %) dos respon dedores, semelhan t e ao en con t rado por Simpson15 e colaboradores, qu e verificou qu e 57%
dos respon dedores n ão faziam u so da flu oroscopia. A in d icação d e b ro n co sco p ia visan d o t o illet b rô n q u ica é p o u co freq ü en t e em n o sso m eio (< 2 0 % ). A t o illet b rô n q u ica co m o a u xílio d a b ro n co fib ro sco p ia est á in d ica d a esp ecia lm en t e p a ra o s p a cien t es in t ern a d o s em u n id a d es d e t rat amen t o in t en sivo, com en t u bação oro- t raqu eal e em p ró t ese ven t ilat ó ria m ecân ica. A fisio t erap ia r e s p i r a t ó r i a , n e s t a s u n i d a d e s , p r o g r e d i u en o rm em en t e n o s ú lt im o s an o s e p o ssivelm en t e é a g r a n d e r e s p o n s á ve l p e la d im in u iç ã o d a ab o rd ag em en d o scó p ica n esses p acien t es.
A p rát ica em laser é sem elh an t e à en co n t rad a p o r Co lt12 e co lab o rad o res.
Vin t e p o r cen t o d o s resp o n d ed o res fizeram o u s u p e r vis io n a r a m a lg u m p r o c e d im e n t o c o m co lo cação d e st en t n o ú lt im o an o , u m p ercen t u al cerca d e q u at ro vezes m aio r ao en co n t rad o em o u t ro s levan t am en t o s, en q u an t o a realização d e braqu it erapia foi t rês vezes men or em n osso meio.12
Em relação ao u so d e sed ação verificam o s q u e m e n o s d e 8 % n ã o a u t iliz a n u n ca o u o f a z raramente antes da realização de uma broncoscopia
flexível, e est e p ercen t u a l é a in d a m en o r p a ra realização de bron coscopia rígida. Est e percen t u al é m e n o r d o q u e o e n c o n t ra d o p o r Co lt1 2 e
co lab o rad o res q u e fo i d e 1 0 %. O u so d a at ro p in a ain d a é feit o sem p re o u d e fo rm a ro t in eira p o r 2 3 ,6 % d o s resp o n d ed o res, u m p ercen t u al m en o r do qu e o en con t rado por Sim pson15 , qu e foi de
2 9 % n o levan t am en t o feit o n o Rein o Un id o . O u so d e o xig ên io d u ran t e o exam e é feit o sem p re p o r 5 8 ,2 % d o s resp o n d ed o res p ercen t u al m en o r d o q u e o en co n t ra d o n o s d o is ú lt im o s levan t am en t os pu blicados.13,15
A punção de um acesso venoso para realização do exame é feita por 69,1% dos respondedores o que também é menor do que os 87% e 80% publicados recen t emen t e.13,15 Apesar do uso de oxigênio e a
punção de acesso venoso não ser ainda uma prática de todos, ela já representa a conduta da maioria.
A maioria dos respon dedores con corda qu e o n ú mero mín imo de bron cofibroscopias capaz de tornar o profissional apto para a sua realização deve ser de cerca de 100 exames, e que, em média, 40 exames anuais seria o número mínimo para mantê-lo s a p t o s. Esses d a d o s sã o su p erp o n íveis a o s recomen dados e pu blicados recen t emen t e pelo consenso do American College of Chest Physicians.16
Com o objet ivo de, fu t u ramen t e, defin ir diret rizes q u e p o ssam servir d e o rien t ação p ara a realização d a b ro n co sco p ia d ia g n ó st ica e t era p êu t ica em n o sso m eio , fo i q u e o DER d a SBPT realizo u est e levan t am en t o p io n eiro em n o sso p aís.
Sa b e m o s q u e , p a r a a r e s p o s t a d e s t e q u e st io n á rio , co n t a m o s co m a m e m ó ria e a in t erp ret a çã o d o s resp o n d ed o res e q u e m u it a s qu est ões import an t es n ão foram abordadas, sen do alg u m as at é m esm o su g erid as p elo s afiliad o s ao DER: as co m p licaçõ es m ais en co n t rad as, o u so d e a n e st e sia t ó p ica , o m a t e ria l d isp o n íve l p a ra em erg ên cia s, o u so d e p ro fila xia a n t ib ió t ica , e o u t ra s q u est õ es q u e fu t u ra m en t e p o d erã o ser abordadas em ou t ros levan t am en t os.
Respiratória, indubitavelmente aumentará o interesse p e la m a t é r ia b e m c o m o d e s e n vo lve r á a s p a d ro n iza çõ es p a ra o s d iverso s p ro ced im en t o s e n d o s c ó p ic o s , t a n t o d ia g n ó s t ic o s q u a n t o terapêuticos, aperfeiçoando cada vez mais a prática boncoscópica. Do mesmo modo, considerando as inúmeras inovações que vêm sendo desenvolvidas n e s s e c a m p o , t a is c o m o a u lt ra s s o n o g ra f ia en doscópica, as t écn icas de det ecção precoce do c â n c e r d o p u lm ã o , a b r o n c o s c o p ia c o m autofluorescência, o aparecimento de novos suportes endobrônquicos e os novos métodos de desobstrução brônquica, bem como o aumento do conhecimento e do treinamento dos diversos profissionais envolvidos com o método, podemos imaginar o progresso da endoscopia respiratória no nosso meio e os potenciais resultados de novo levantamento desse tipo realizado no futuro.
AGRADECIMENTOS
Os a u t o re s, o DER e a SBP T a g ra d e ce m penhoradamente os 111 colegas que, reconhecendo a importância de um levantamento dessa natureza e realizado pela primeira vez em nosso país, conseguiram dispon ibilizar part e de seu precioso t empo para responder ao questionário.
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11 . P r a k a s h , U. S. B. ; St u b b s , S. E. Th e Br o n c h o s c o p y Su r ve y: s o m e re f le c t io n s. Ch e s t 1 9 9 1 ; 1 0 0 : 1 6 6 0 - 7 . 1 2 . Co lt HG, Pra ka sh UBS, Offo rd KP. Bro n ch o sco py in No rt h
Am e rica – Su rve y b y t h e Am e rica n Asso cia t io n f o r Bro n ch o lo g y, 1 9 9 9 . J Bro n ch o l 2 0 0 0 ; 7 : 8 - 2 5 . 1 3 . H o n e y b o u r n e D , N e u m a n n CS . An Au d i t o f
Br o n c h o s c o p y P r a c t ic e in t h e Un it e d Kin g d o m : a Su rve y o f Ad h e re n ce t o Na t io n a l Gu id e lin e s. Th o ra x 1 9 9 7 ; 5 2 : 7 0 9 - 1 3 .
1 4 . H o n e y b o u r n e D. S u r v e y o f F l e x i b l e F i b r e o p t i c Bro n ch o sco p y in t h e UK. Eu r Resp ir J 2 0 0 0 ; 2 0 : 7 8 9 . 1 5 . Sim p so n FG, Arn o ld AG, P u rvis A, Be lf ie ld P W, Mu e rs M F, Co o k e N J . P o s t a l S u r v e y o f Br o n c h o s c o p y P r a c t i c e b y P h i s i c i a n s i n t h e Un i t e d Ki n g d o m . Th o ra x 1 9 8 6 ; 41 : 311 - 7 .