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Terapia hemodinâmica alvo-dirigida no intraoperatório de cirurgia não cardíaca: revisão sistemática e meta-análise.

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Academic year: 2017

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REVISTA

BRASILEIRA

DE

ANESTESIOLOGIA

PublicaçãoOficialdaSociedadeBrasileiradeAnestesiologia www.sba.com.br

ARTIGO

DE

REVISÃO

Terapia

hemodinâmica

alvo-dirigida

no

intraoperatório

de

cirurgia

não

cardíaca:

revisão

sistemática

e

meta-análise

Javier

Ripollés

a,∗

,

Angel

Espinosa

b

,

Eugenio

Martínez-Hurtado

a

,

Alfredo

Abad-Gurumeta

c

,

Rubén

Casans-Francés

d

,

Cristina

Fernández-Pérez

e

,

Francisco

López-Timoneda

f

,

José

María

Calvo-Vecino

a

e

EAR

Group

(Evidence

Anestesia

Review

Group)

aDepartamentodeAnestesia,HospitalUniversitarioInfantaLeonor,UniversidadComplutensedeMadrid,Madrid,Espanha bDepartmentofAnesthesia,BlekingeCountyCouncilHospital,WämöCenter,Karlskrona,Suécia

cDepartamentodeAnestesia,HospitalUniversitariolaPaz,Madrid,Espanha

dDepartamentodeAnestesia,HospitalUniversitarioLozanoBlesa,Zaragoza,Espanha

eDepartamentodeMedicinaPreventivaySaludPública,HospitalClínicoSanCarlos,Madrid,Espanha

fDepartamentodeAnestesia,HospitalClínicoSanCarlos,UniversidadComplutensedeMadrid,Madrid,Espanha

Recebidoem23dedezembrode2014;aceitoem18defevereirode2015

DisponívelnaInternetem18dejulhode2016

PALAVRAS-CHAVE

Fluidoterapia alvo-dirigida; Metanálise; Objetivo hemodinâmico; Cirurgianãocardíaca

Resumo

Justificativa: Aterapiahemodinâmicaalvo-dirigida(THAD)éumaabordagemfocadanousodo débitocardíaco(DC)eparâmetrosrelacionados,comodesfechosparafluidosemedicamentos paraaprimoraraperfusãotecidualeofornecimentodeoxigênio.Objetivoprimário:determinar osefeitosdaTHADsobreastaxasdecomplicac¸õesnopós-operatório.

Métodos: Metanálise dos efeitos da THAD em cirurgias não cardíacas de adultos sobre as complicac¸õespós-operatóriasemortalidade,comametodologiaPRISMA.Umabusca sistemá-ticafoifeitanoMedlinePubMed,EmbaseeBibliotecaCochrane(últimaatualizac¸ão,outubro de2014).Oscritériosdeinclusãoforamestudosclínicosrandômicos(ECRs)nosquaisaTHADno intraoperatóriofoicomparadacomaterapiaconvencionaldereposic¸ãodelíquidosemcirurgia não cardíaca.Oscritériosdeexclusãoforamtraumatismoeestudosdecirurgia pediátricae aquelesqueusaramcateterdeartériapulmonar.Osdesfechos,primárioesecundário,foram complicac¸õespós-operatóriasemortalidade,respectivamente.Osestudosqueatenderamaos critériosdeinclusãoforamexaminadosnaíntegraesubmetidosàanálisequantitativa,análise desubgrupopré-definido(estratificadaportipodemonitor,terapiaeobjetivohemodinâmico) eanálisedesensibilidadepré-definida.

Autorparacorrespondência.

E-mail:ripo542@gmail.com(J.Ripollés). http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2015.02.002

(2)

Resultados: 51ECRsforamidentificadosinicialmente,24atenderamaoscritériosdeinclusão. Cinco ECRsforamadicionadosporbusca manual,resultando em 29ECRs para análisefinal, incluindo2.654pacientes.Umareduc¸ãosignificativadascomplicac¸õesparaaTHAD(RR:0,70, ICde95%:0,62-0,79,p<0,001).Nenhumadiminuic¸ãosignificativanamortalidadefoiobservada (RR:0,76,ICde95%:0,45-1,28,p=0,30).Análisesdesensibilidadequalitativaconfirmaramos principaisresultadosgerais.

Conclusões:THAD no intraoperatório com monitorac¸ão minimamente invasiva diminui as complicac¸ões nopós-operatório decirurgia não cardíaca, emboranão tenha mostrado uma reduc¸ãosignificativadataxademortalidade.

©2015SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eum artigoOpen Accesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

KEYWORDS

Goaldirectedfluid therapy;

Meta-analysis; Hemodynamicgoal; Noncardiacsurgery

Intraoperativegoaldirectedhemodynamictherapyinnoncardiacsurgery: asystematicreviewandmeta-analysis

Abstract

Background: Thegoaldirected hemodynamictherapyisanapproach focused ontheuseof cardiacoutputandrelatedparametersasend-points forfluids anddrugstooptimizetissue perfusionandoxygendelivery.Primary aim:Todeterminetheeffectsofintraoperativegoal directedhemodynamictherapyonpostoperativecomplicationsrates.

Methods:Ameta-analysiswascarried outoftheeffectsofgoaldirectedhemodynamic the-rapyinadultnoncardiacsurgeryonpostoperativecomplicationsandmortalityusingPreferred ReportingItemsforSystematicReviewsandMeta-Analysesmethodology.Asystematicsearch wasperformedinMedlinePubMed,Embase,andtheCochraneLibrary(lastupdate,October 2014).Inclusioncriteriawererandomizedclinicaltrialsinwhichintraoperativegoaldirected hemodynamictherapywascomparedtoconventionalfluidmanagementinnoncardiacsurgery. Exclusioncriteriaweretraumaandpediatricsurgerystudiesandthatusingpulmonaryartery catheter.End-points werepostoperative complications(primary) andmortality(secondary). Thosestudiesthatfulfilledtheentrycriteriawereexaminedinfullandsubjectedtoquantifiable analysis,predefinedsubgroupanalysis(stratifiedbytypeofmonitor,therapy,andhemodynamic goal),andpredefinedsensitivityanalysis.

Results:51RCTswereinitiallyidentified,24fulfillingtheinclusioncriteria.5randomized cli-nicaltrialswereaddedbymanualsearch,resultingin29randomizedclinicaltrialsinthefinal analysis, including2654patients. A significant reductionincomplications for goaldirected hemodynamictherapywas observed (RR:0.70, 95%CI: 0.62---0.79,p<0.001).Nosignificant decreaseinmortalitywasachieved(RR:0.76,95%CI:0.45---1.28,p=0.30).Qualitysensitive analysesconfirmedthemainoverallresults.

Conclusions:Intraoperativegoaldirectedhemodynamictherapywithminimallyinvasive moni-toringdecreasespostoperativecomplicationsinnoncardiacsurgery,althoughitwasnotableto showasignificantdecreaseinmortalityrate.

©2015SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc

¸ão

Otratamentoperioperatóriodepacientescirúrgicosdealto risco continua a serum desafio paraos anestesiologistas. Apesar dos avanc¸os notratamento perioperatório, a inci-dênciadecomplicac¸õesgravesapósumacirurgiadegrande portecontinua elevada.1,2 Uma reduc¸ão no transportede oxigênionoperíodoperioperatórioestá intimamente rela-cionada ao desenvolvimento de insuficiência de órgãos e morte.3Demonstrou-setambémqueumagrandepopulac¸ão de alto risco cirúrgico é responsável por 12,5% dos pro-cedimentos cirúrgicos e por mais de 80% das mortes.4

(3)

atingirumDO2adequado.Porém,aheterogeneidadeentre os estudos clínicos da THAD não pode ser ignorada, no quedizrespeitoaotipodecirurgia,àscaracterísticasdos pacientes, aos objetivos terapêuticos, aos métodos para alcanc¸aresses objetivos eà monitorac¸ão. Ocateter arte-rial pulmonar (CAP) foi considerado como o padrão ouro para monitorar a pré-carga, pós-carga, contractilidade e oxigenac¸ãotecidual.Acapacidadedeinvasãoeaaltataxa de complicac¸ões associadas a esse dispositivo o tornam impróprioparaousorotineironamaioriadoscasos.Ouso demonitoramentominimamenteinvasivoadquiriu popula-ridadenosúltimosanos;essesdispositivosforamvalidados parausonointraoperatório.Atualmente,oCAPnãoé reco-mendadona maioriadas cirurgiase, poressemotivo,não foi analisado nestametanálise. Nãohá dadospara apoiar a prática do uso da pressão venosa central para guiar a fluidoterapia.7Portanto,afluidoterapiaguiadaporpressão venosacentralnãofoiincluídanaanálise.

Contudo,nãoháestudosnosquaisdiferentesalgoritmos ouobjetivosdiferentessãocomparados.Omelhormétodo paraavaliara oxigenac¸ãotecidual eo volume intravascu-laraindanãofoidefinido.Apresenterevisãofoiprojetada paraatualizarasevidênciaspublicadasedeterminara eficá-ciadaTHADnointraoperatórioemrelac¸ãoacomplicac¸ões emortalidade,comousodiferentestiposdealgoritmose monitores.

Material

e

métodos

Critériosdeselec¸ão

AmetodologiadoPrisma(PrincipaisItensparaRelatar Revi-sõesSistemáticaseMetanálises)8foiusadaparaidentificar osestudoscombasenosseguintescritériosdeinclusão:

1. Participantes: pacientes adultos (maiores de 18 anos) submetidosacirurgiacardíacanãoeletivaforam incluí-dos.Osestudosnãoforamlimitadosemtermosderisco cirúrgico.

2. Tipos de intervenc¸ão: terapia hemodinâmica alvo--dirigidanointraoperatório:definidacomomonitorac¸ão hemodinâmicaquepermitefazerumalgoritmode apri-moramentohemodinâmicocombasenousodelíquidos, agentesinotrópicose/ouvasopressoresparaatingir valo-res hemodinâmicosnormais ousupranormais. As THAD guiadasporcateter deartériapulmonar, ecocardiogra-fiatransesofágicaoupor pressãovenosa centralforam excluídas.

3. Tiposdecomparac¸ão:osestudosselecionadospara aná-liseforamaquelesquecompararamaTHADcommanejo convencionaldelíquidos(monitorac¸ãodapressão arte-rial,eletrocardiograma,ritmocardíaco,débitourinário e/oupressãovenosacentral).

4. Resultados:ECRsquerelatamqualquerumdosseguintes resultados: complicac¸ões e/ou mortalidade no pós--operatório.

5. Tipos de estudos: ECRs nos quais a THAD foi feita no intraoperatórioempacientesadultosprogramadospara cirurgianãocardíacadegrandeporte.Somente manus-critosrevisadosporparesforamincluídos.

Fontesdeinformac¸ão

SeguindooprotocolodoPrisma,8diferentesestratégiasde pesquisa (última atualizac¸ão em outubro de 2014) foram usadas para identificar estudos relevantes que atendes-semaoscritériosde inclusãonasbasesdedados Embase, MedlineeCochrane Library.Nãohouve restric¸õesdedata depublicac¸ãoouidioma.Alémdabuscaeletrônica, repre-sentantes da indústria foram contatados para material adicional.Todososartigosderevisãoidentificadoseas dire-trizesbaseadasemevidênciasforamrevisadosmanualmente parareferênciasadicionais.

Itenspesquisados

Apesquisafoifeitacomasseguintespalavras-chave: cirur-gia,líquidos,alvo-dirigida,desfecho,hemodinâmica,alvo, objetivoeestudocontroladorandômico.

Selec¸ãodosestudoseextrac¸ãodosdados

Doispesquisadores independentes avaliaramcada título e resumoparadescartarqualquerECRirrelevanteeidentificar aquelespotencialmenterelevantes.OsECRsforam analisa-dose selecionados aqueles que atendiamaos critériosde inclusãodescritosacima.Aextrac¸ãodosdadosdosECRsfoi feitapordoispesquisadoresequalquerdiscrepânciaexigiu análiseadicionaleconfirmac¸ãoporumterceiropesquisador. Osautoresrevisaramaanálisedosdadosparaevitar erros natranscric¸ão.

Avaliac¸ãodoriscodeviésnosestudosincluídos

Aavaliac¸ãoderisco deviésfoifeitacomaferramentada Cochrane.Apartirdessaferramenta,usamossetedomínios paraavaliaraqualidademetodológicadosestudosincluídos naanálise.

Variáveisdedesfecho

Odesfechoprimárioforamascomplicac¸õesgeraisno pós--operatório. Osresultados foram estratificados de acordo com asseguintes variáveis: monitor usado,terapia usada paraalcanc¸arumametahemodinâmicaea meta hemodi-nâmica.Paraaanálisedesubgrupopré-definido,osestudos foramagrupados:

1. Monitor:(a) métodos de análise do contornodo pulso arterial (Vigileo/Flotrac®, Edwards Lifesciences Cor-poration, EUA; ProAQT®, Pulsion Medical Systems SE, Alemanha;LiDCOPlus®,LiDCOLtd.,RU);(b) Monitoring--ODMDoppleresofágico(CardioQ®,DeltexMedical,RU); (c) métodos não invasivos (Masimo®, Masimo Corpo-ration; CNAP® PPV, CNSystems Medizintechnik AG) e (d)medidasdeofertadeoxigênioemétodosdeextrac¸ão. 2. Terapia: (a) líquidos; (b) líquidos e inotrópicos; (c)vasopressoreselíquidose(4)líquidos,inotrópicose vasopressores.

3. Metas hemodinâmicas: (a) maximizac¸ão do VS; (b) IC>2,5mL/min/m2; (c) capacidade de resposta pré-carga (incluindo a variac¸ão do volume sistólico, variac¸ão da pressão de pulso e do Pleth Variabilidade Index®)e(d)SvcO

2.

(4)

Registros identificados através de pesquisa em banco

de dados (n = 14.160)

Identificação

T

riagem

Elegibilidade

Incluídos

Registros após remover duplicados (n = 10.475)

Registros selecionados (n = 1.003)

Artigos de texto completos avaliados para elegibilidade

(n = 51)

Estudos incluídos na síntese qualitativa

(n = 29)

Registros excluídos (n = 9.472)

Artigos de texto completo excluídos,

Resultados não relatados n = 2 Perioperatório (n = 6) Cirurgia cardíaca (n = 5)

Cirurgia de emergência (n = 1) Sepse (n = 2) Ambos os grupos GDT

(n = 6)

Estudos incluídos na síntese (metanálise

quantitativa) (n = 29)

Registros adicionais identificadas através de outras fontes

(n = 5)

Figura1 Fluxogramaqueilustraaestratégiadebusca.

Análiseestatística

O programa Review Manager (Revman) 10 para MAC (colaborac¸ãodaCochrane,Oxford,RU)foiusadopara aná-lise estatística. Para a metanálise, o modelo de efeitos aleatórios de Mantel-Haenszel foi usado, com resultados apresentados como razão de risco (RR) com intervalo

de confianc¸a (IC) de 95%. Gráficos de dispersão em floresta foram então construídos, considerando p<0,050 como efeitoestatisticamente significativo.A heterogenei-dade estatísticafoiavaliadapormeiodeestatísticaI2;os valoresdeI2inferioresa25%foramdefinidoscomodebaixa heterogeneidade,25-50% deheterogeneidademoderadae ossuperioresa50%dealta heterogeneidade.Umteste2

Geração sequência aleatória (viés de seleção) Ocultação da alocação (viés de seleção) Cegueira por parte dos participantes e do pessoal (viés de desempenho) Cegueira em relação à avaliação dos resultados (viés de detecção) Dados incompletos dos resultados (viés de atrito) Relato seletivo (viés de relatos) Outros vieses

Baixo risco de viés Risco obscuro de viés Alto risco de viés

0% 25% 50% 75% 100%

Figura2 Revisãodaopiniãodosautoressobrecadaitemderiscodeviésapresentadocomoporcentagensemtodososestudos

(5)

foifeitoparaheterogeneidade,comp<0,100considerado estatisticamente significativo. Analises de sensibilidade a prioriforamfeitasparaosdesfechos primáriose secundá-rios,restringiu-seaanáliseaosestudosdealta qualidade: estudosquenãoapresentaramviés dealocac¸ãoe aqueles semviésderandomizac¸ão/alocac¸ão.Oviés depublicac¸ão foiavaliadocomastécnicasdegráficodedispersãoemfunil.

Resultados

Selec¸ãodosestudos

Havia 14.160 referências nas bases de dados eletrônicas, dasquais1.003foramselecionadas.Dessas,55ECRsforam analisadose24incluídospararevisãosistemáticae metaná-lise.Excluíram-seaquelesquenãoatenderamaoscritérios deinclusão.Finalmente29ECRsforamincluídos;9---37 cinco foram adicionados por pesquisa manual. Foram incluídos 2.654pacientes.Afigura1mostraofluxogramausadopara aselec¸ãodositens.

Avaliac¸ãodoriscodeviésemestudosindividuais

OriscodeviésfoianalisadocomaferramentadaCochrane. Aanálisefoifeitapordoisautoresdeformaindependente e resolvemos qualquer disparidade por meiode discussão eoenvolvimentodeumaterceirapessoa.Apresentamos a qualidademetodológicaemumatabelaresumidaegráficos (figs.2e3).

Característicasdosestudosincluídosnaanálise

Osartigos selecionadosdescrevem osresultadosdos ECRs queavaliaramousodaTHADnointraoperatórioem cirur-giaeletivanãocardíacaequeincluíamcomplicac¸õese/ou mortalidadenoperíodopós-operatório comoresultado.As características dos ECRs incluídos estão apresentadas na tabela1.

Resultadosprimários

1. Totaldecomplicac¸ões

Na análise dos 29 ECRs, 26 descrevem o total de complicac¸ões associadas,10---37 THAD foi associada a uma reduc¸ão significativa das complicac¸ões gerais em comparac¸ãocomospacientestratadosdogrupocontrole (RR:0,70,IC95%:0,62-0,79,p<0,001)(fig.4).

2. Complicac¸õespormonitor

Umadiminuic¸ãosignificativadascomplicac¸õesfoi des-coberta nosubgrupo com base na análise docontorno do pulso (RR: 0,78, IC 95%: 0,59-0,99, p=0,04) e no subgrupoODM (RR:0,67;IC 95%:0,53-0,85, p<0,001). Contudo, essa diminuic¸ão não foi observada no sub-grupocommonitoramentonãoinvasivo(RR:0,57IC95%: 0,28-1,15, p=0,12) e foi baseada nos métodos de mensurac¸ões do fornecimento e extrac¸ão de oxigênio (RR:0,59;IC95%:0,20-1,80,p=0,36)(fig.5).

3. Complicac¸õesporterapiahemodinâmica

Uma reduc¸ão significativa das complicac¸ões foi observada no subgrupo com monoterapia de líquidos

Ger

ação sequência aleatór

ia (viés de seleção)

Dados incompletos dos resultados (viés de atr

ito)

Relato seletiv

o (viés de relatos)

Outros vieses

Cegueir

a em relação à a

valiação dos resultados (viés

de detecção)

Cegueir

a por par

te dos par

ticipantes e do pessoal

(viés de desempenho)

Ocultação da alocação (viés de seleção)

Bartha et al. 2012

Benes et al. 2010

Brandstrup et al. 2012

Buettner et al. 2008

Cecconi et al. 2011

Challand et al. 2012

Conway et al. 2002

Donati et al. 2007

Forget et al. 2010

Forget et al. 2013

Gan et al. 2002

Jammer et al. 2010

Lopes et al. 2007

Mayer et al. 2010

McKenny et al. 2013

Nobblet et al. 2006

Peng et al. 2014

Salzwedel et al. 2013

Scheeren et al. 2013

Senagore et al. 2009

Sinclair et al. 1997

Srinivasa et al. 2013

Van der Linden et al. 2010

Venn et al. 2002

Walkening et al. 2005

Zakhaleva et al. 2013

Zhang et al. 2012

Zhang et al. 2013

Zheng et al. 2013

Figura3 Revisãodaopiniãodosautoressobrecadaitemde

riscodeviésparacadaestudoincluído.

(6)

Tabela1 Característicasdopaciente,tipodeintervenc¸ão,controleeresultadosdosestudosincluídos

Estudo Ano Pacientes Intervenc¸ão Comparador Resultados Desenho

do estudo

Sinclair etal.

1997 Pacientesacimade 55anossubmetidos àartroplastiade quadril

THADguiadapor CardioQque aprimoraVSeTFc comlíquidos n20

Tratamento padrão n20

Tempode internac¸ão, parâmetros hemodinâmicos

ECR

Conway etal.

2002 PacientesASAI-III submetidosà cirurgiacolorretal

THADguiadapor CardioQque aprimoraVScom líquidos

n29

Tratamento padrão n28

Parâmetros hemodinâmico, parâmetrosda func¸ãointestinal, complicac¸ões

ECR

Ganetal. 2002 PacientesASAI-III submetidosà cirurgiadegrande porte

THADguiadapor CardioQque aprimoraVScom líquidos

n50

Tratamento padrão n50

Tempode internac¸ão, complicac¸ões

ECR

Venn etal.

2002 Pacientes submetidosà artroplastiade quadril

THADguiadapor CardioQque aprimoraVScom líquidos

n30

Tratamento padrão n29

Tempode internac¸ão, parâmetros hemodinâmicos

ECR

Walkeling etal.

2005 PacientesASAI-III submetidosà cirurgiacolorretal comprotocoloERAS

THADguiadapor CardioQque aprimoraVScom líquidos

n64

Tratamento padrão(PVC 12-15mmHg) n64

Otempode internac¸ão, tolerânciaoral, complicac¸ões, qualidadeda recuperac¸ão

ECR

Nobblet etal.

2006 Pacientes submetidosà cirurgiacolorretal

THADguiadapor CardioQque aprimoraVScom líquidos

n54

Tratamento padrão n54

Otempode internac¸ão, complicac¸ões, recuperac¸ãoda func¸ãointestinal

ECR

Donati etal.

2007 Pacientesdealto riscosubmetidosà cirurgiaabdominal degrandeporte

THADqueaprimora ERO2comlíquidose inotrópicos

n68

Tratamento padrão n67

Parâmetros hemodinâmicos, complicac¸ões, tempode internac¸ão

ECR

Lopes etal.

2007 Pacientesdealto riscosubmetidosà cirurgiaabdominal degrandeporte

THADguiadapor CNAPqueaprimora PP<10%

n17

Tratamento padrão n16

Parâmetros hemodinâmicos, complicac¸ões, tempoemUTI, tempode internac¸ão

ECR

Buettner etal.

2008 PacientesASAI-III submetidosà cirurgiaabdominal degrandeporte (geral,ginecológica)

THADguiadapor CNAPcomlíquidose vasopressores n40

Tratamento padrão n40

Parâmetrosde oxigenac¸ão tecidual, parâmetros hemodinâmicos, tempode internac¸ão

ECR

Senagore etal.

2009 Pacientesderisco baixoemoderado submetidosà ressecc¸ãointestinal laparoscópicacom protocoloERAS

THADguiadapor CardioQque aprimoraoVScom líquidosn21(LR)ou HES6%n21

Tratamento padrão n22

Complicac¸ões, tempode internac¸ão

(7)

Tabela1 (Continuac¸ão)

Estudo Ano Pacientes Intervenc¸ão Comparador Resultados Desenho

do estudo

Jammer etal.

2010 Pacientes submetidosà cirurgiacolorretal

THADguiadapor SvcO2comlíquidos n121

Tratamento padrão n120

Complicac¸ões ECR

Vander Linden etal.

2010 PacientesASAII-III submetidosa by-passarterialem membroinferior

THADguiadapor Flotracquemantém IC>2,5mL/min/m2 e

PVC<15mmHgcom líquidose

inotrópicos. Anestesiacom sevoflurano n20

Tratamento padrãoguiado porPAMePVC n17

Parâmetros hemodinâmicos, complicac¸ões, tempode internac¸ão

ECR

Forget etal.

2010 Pacientes submetidosà cirurgiaabdominal degrandeporte

THADguiadapor Masimoqueaprimora PVIcomlíquidose vasopressores n41

Tratamento padrão n41

Quantidadede líquido administrado, níveisdelactato, complicac¸ões, tempode internac¸ão, mortalidade

ECR

Mayer etal.

2010 Pacientesdealto riscosubmetidosà cirurgiaabdominal degrandeporte

THADguiadapor Flotracquemantém IC>2,5mL/min/m2 comlíquidos, inotrópicose vasopressores n30

Tratamento padrão (restritivo) n30

Tempode internac¸ão, complicac¸ões

ECR

Benes etal.

2010 Pacientesdealto risco(ASAIII-IV) submetidosà cirurgiaabdominal degrandeporte

THADguiadapor Flotracqueaprimora PVIcomlíquidose vasopressores n60

Tratamento padrão n60

Complicac¸ões, tempode

internac¸ão,tempo emUTI,

mortalidade

ECR

Cecconi etal.

2011 Pacientes submetidosà artroplastiade quadril.Anestesia regional

THADguiadapor Flotracqueaprimora VSe

IFO>600mL/min/m2 comlíquidos, inotrópicose vasopressores n20

Tratamento padrão n20

Quantidadede líquido

administrado,uso devasoativos, complicac¸ões, tempode internac¸ão

ECR

Challand etal.

2012 Pacientes submetidosà cirurgiacolorretal comprotocolo ERAS.Todosos pacientes

THADguiadapor CardioQque aprimoraVScom líquidos

n89

Tratamento padrão n90

Tempode internac¸ão, readmissão, complicac¸ões

ECR

Brandstrup etal.

2012 PacientesASAI-III submetidosà cirurgiacolorretal

THADguiadapor CardioQque aprimoraVScom líquidos

n71

Tratamento padrão.Zero equilíbrio n79

Complicac¸ões, tempode internac¸ão

(8)

Tabela1 (Continuac¸ão)

Estudo Ano Pacientes Intervenc¸ão Comparador Resultados Desenho

do estudo

Bartha etal.

2013 Pacientescommais de70anos

submetidosà artroplastiade quadrilcom protocoloERAS

THADguiadapor LiDCOPlusque aprimoraVSe IFO>600mL/min/m2 comlíquidose inotrópicos n74

Tratamento padrão n75

Complicac¸ões, quantidadede líquido administrado, resposta hemodinâmica, tempode internac¸ão

ECR

Zhang etal.

2013 PacientesASAI-II submetidosà cirurgia gastrointestinal

THADguiadaporVPP comlíquidos:LRn 20;eHES6% n20

Tratamento padrão n20

Tempode internac¸ão parâmetrosda func¸ãointestinal, complicac¸ões, parâmetros hemodinâmicos

ECR

Salzwedel etal.

2013 PacientesASAII-III submetidosà cirurgiaabdominal degrandeporte

THADguiadapor ProAQTquemantém IC>2,5mL/min/m2 comlíquidos, inotrópicose vasopressores n79

Tratamento padrão n81

Complicac¸ões, tempode internac¸ão

ECR

Scheeren etal.

2013 ASAIII-IV submetidosà cirurgiaabdominal degrandeporte

THADguiadapor Flotracqueaprimora VSeVVScomlíquidos n26

Tratamento padrão n26

Complicac¸ões, escoreSOFA, internac¸ãoem UTI,mortalidade

ECR

Zhang etal.

2013 ASAI-IIsubmetidos àlobectomia

THADguiadapor Flotracqueaprimora VVSemantendo IC>2,5mL/min/m2 comlíquidos inotrópicos n30

Tratamento padrão n30

Tempode internac¸ão, complicac¸ões

ECR

Forget etal.

2013 Pacientesderisco baixoemoderado submetidosà cirurgiacolorretal comprotocoloERAS

THADguiadapor Masimoqueaprimora PVIcomlíquidos (PVI<13) n10

Tratamento padrão n11

Quantidadede líquido administrado, complicac¸ões, mortalidade, tempode internac¸ão

ECR

Zakhaleva etal.

2013 Pacientes submetidosà cirurgiacolorretal comprotocoloERAS

THADguiadapor CardioQque aprimoraVSeTFc comlíquidos n32

Tratamento padrão n40

Tempodecirurgia, quantidadede líquido administrado, recuperac¸ãoda func¸ãointestinal, complicac¸ões, tempode internac¸ão, mortalidade

ECR

Srinivasa etal.

2013 PacientesASAI-III submetidosà cirurgiacolorretal semprotocoloERAS

THADguiadapor CardioQque aprimoraVSeTFc comlíquidos n37

Tratamento padrão n37

Parâmetros hemodinâmicos, complicac¸ões

(9)

Tabela1 (Continuac¸ão)

Estudo Ano Pacientes Intervenc¸ão Comparador Resultados Desenho

do estudo McKenny etal. 2013 Pacientes submetidosà cirurgia ginecológicade grandeporte

THADguiadapor CardioQque aprimoraVSeTFc comlíquidos n51 Tratamento padrão n50 Complicac¸ões, tempode internac¸ão ECR Zheng etal.

2013 Pacientesidososde altorisco

submetidosà cirurgiaabdominal

THADguiadapor Flotracquemantém IC>2,5mL/min/m2 comlíquidose vasopressores n30 Tratamento padrão n30 Complicac¸ões cardiovasculares, parâmetrosda func¸ãointestinal, tempoemUTI, tempode internac¸ão

ECR

Peng etal.

2014 Pacientesadultos submetidosà cirurgiaortopédica degrandeporte

THADguiadapor Flotracparamanter VVS<10ou<14%em pronac¸ão

n40

Tratamento padrão n40

Func¸õesdos órgãos esplâncnicos, complicac¸ões pós-operatórias

ECR

ASA, Sociedade Americana de Anestesiologistas; PP, incremento de pressão de pulso; ECR, estudo controladorandômico; ERAS, recuperac¸ãomelhoradaapósacirurgia;ERO2,índicedeextrac¸ãodeoxigênio;HES,hidroxietilamido;IC,índicecardíaco;IFO,índicede fornecimentodeoxigênio;LR,lactatodeRinger;PP,pressãodepulso;PVC,pressãovenosacentral;PVI,índicedevariac¸ãoem pletismo-grafia;SV,volumesistólico;SvCO2,saturac¸ãovenosacentraldeoxigênio;TFc,tempodefluxocorrigido;THAD,terapiahemodinâmica alvo-dirigida;VPPV,variac¸ãodapressãodepulso;VSI,volumesistólicoindexado;VVS,variac¸ãodovolumesistólico.

Gan et al. 2002 Venn et al. 2002 Conway et al. 2002 Walkening et al. 2005 Nobblet et al. 2006 Donati et al. 2007 Lopes et al. 2007 Senagore et al. 2009 Mayer et al. 2010 Forget et al. 2010 Jammer et al. 2010 Van der Linden et al. 2010 Benes et al. 2010 Cecconi et al. 2011 Zhang et al. 2012 Brandstrup et al. 2012 Challand et al. 2012 Bartha et al. 2012 Zhang et al. 2013 McKenny et al. 2013 Scheeren et al. 2013 Salzwedel et al. 2013 Forget et al. 2013 Srinivasa et al. 2013 Zakhaleva et al. 2013 Zheng et al. 2013 Peng et al. 2014

0,54 [0,37, 0,81] 0,51 [0,30, 0,85] 0,54 [0 ,20, 1,40] 0,63 [0,43 , 0,92] 0,13 [0,02, 0,97] 0,33 [0 ,17, 0,64] 0,55 [0 ,29, 1,04] 2,10 [0,68, 6,44] 0,40 [0,18, 0,89] 0,78 [0,66, 0,93] 0,99 [0,74, 1,33] 1,27 [0 ,24, 6,76] 0,43 [0,28, 0,66] 0,80 [0 ,64, 1,02] 1,20 [0,59, 2,45] 0,96 [0,60, 1,53] 0,78 [0 ,36, 1,68] 1,04 [0 ,79, 1,36] 0,56 [0,30, 1,07] 0,52 [0,24 , 1,12] 0,54 [0,31, 0,94] 0,74 [0,62, 0,88] 0,14 [0 ,02, 0,96] 0,96 [0,72 , 1,28] 0,46 [0,22, 0,96] 0,64 [0,49, 0,84] 0,78 [0,59, 1,04] 21 11 5 24 1 9 7 8 6 32 51 3 18 16 12 23 10 44 9 8 12 52 1 26 7 19 25 60 30 29 64 54 68 17 42 30 41 121 20 60 20 40 71 89 74 30 51 36 79 10 37 32 30 40 38 21 9 38 8 27 12 4 15 41 51 2 35 20 10 24 13 43 16 15 16 72 7 27 19 30 32 59 29 28 64 54 67 16 44 30 41 120 17 50 20 40 71 90 75 30 50 26 81 10 37 40 30 40 4,7% 3,5% 1,4% 5,0% 0,3% 2,4% 2,6% 1,0% 1,9% 7,9% 6,0% 0,5% 4,4% 7,0% 2,2% 3,9% 2,0% 6,4% 2,6% 2,0% 3,2% 7,8% 0,4% 6,2% 2,1% 6,3% 6,2% 2002 2002 2002 2005 2006 2007 2007 2009 2010 2010 2010 2010 2010 2011 2012 2012 2012 2012 2013 2013 2013 2013 2013 2013 2013 2013 2014

Total (IC 95%)

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,04 ;

χ2 = 54,70, df = 26 (p = 0,0008); I2 = 52%

Teste para o efeito global: Z = 5,71 (p < 0,00001)

1.275 Estudo

THAD

EventosTotal Peso Año

Taxa de risco M-H, Randômico, IC 95%

Taxa de risco M-H, Randômico, IC 95% Controle

EventosTotal

1.259 100,0% 0,70 [0,62, 0,79] 460 645

0,01

Favorece THAD Favorece controle

0,1 1 10 100

(10)

Subgrupo

Dispositivos de contorno de pulso

Monitoramento esofágico com Doppler

Medidas de Fornecimento e Extração de Oxigênio

Não invasivo

Total (IC 95%)

THAD

Eventos Total Peso M-H, Randômico, IC 95%Taxa de risco

Taxa de risco M-H, Randômico, IC 95% Controle

Eventos Total

0,01

Favorece THAD Favorece controle

0,1 1 10 100

Bartha et al. 2012 Benes et al. 2010 Cecconi et al. 2011 Mayer et al. 2010 Peng et al. 2014 Salzwedel et al. 2013 Scheeren et al. 2013 Van der Linden et al. 2010 Zhang et al. 2012 Zhang et al. 2013 Zheng et al. 2013

Subtotal (IC 95%)

Brandstrup et al. 2012 Challand et al. 2012 Conway et al. 2002 Gan et al. 2002 McKenny et al. 2013 Nobblet et al. 2006 Senagore et al. 2009 Srinivasa et al. 2013 Venn et al. 2002 Walkening et al. 2005 Zakhaleva et al. 2013

Subtotal (IC 95%)

Donati et al. 2007 Jammer et al. 2010

Subtotal (IC 95%)

Forget et al. 2010 Forget et al. 2013 Lopes et al. 2007

Subtotal (IC 95%)

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,11 ; χ2 = 42,20, df = 10 (p = 0,00001); I2 = 76%

Teste para o efeito global: Z = 2,02 (p < 0,04)

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,05 ;

χ2 = 17,18, df = 10 (p = 0,07); I2 = 42%

Teste para o efeito global: Z = 3,39 (p < 0,0007)

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,57 ; χ2 = 9,05, df = 1 (p = 0,003); I2 = 89%

Teste para o efeito global: Z = 0,92 (p < 0,36)

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,24 ;

χ2 = 6,73, df = 2 (p = 0,03); I2 = 70%

Teste para o efeito global: Z = 1,57 (p < 0,12)

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,07 ; χ2 = 74,18, df = 26 (p = 0,00001); I2 = 65%

Teste para o efeito global: Z = 4,50 (p < 0,00001)

Teste para diferenças de subgrupos: χ2 = 1,21, df = 3 (p = 0,75); I2 = 0% 272 216 216 142 78 60 60 40 626 458

1,04 [0,79, 1,36] 0,43 [0,28, 0,66] 0,80 [0,64, 1,02] 0,40 [0,18, 0,89] 2,40 [1,48, 3,90] 0,74 [0,62 , 0,88] 0,54 [0,31, 0,94] 1,27 [0,24, 6,76] 1,20 [0,59, 2,45] 0,56 [0,30, 1,07] 0,64 [0,49, 0,84]

0,78 [0,61, 0,69]

0,96 [0,60, 1,53] 0,78 [0,36, 1,68] 0,54 [0,20, 1,40] 0,54 [0,37, 0,81] 0,52 [0,24, 1,12] 0,13 [0,02 , 0,97] 1,57 [0,48, 5,18] 0,96 [0,72, 1,28] 0,51 [0,30, 0,85] 0,63 [0,43, 0,92] 0,46 [0,22, 0,96]

0,67 [0,53, 0,85]

0,33 [0,17, 0,64] 0,99 [0,74, 1,33]

0,59 [0,20, 1,80

0,78 [0,66, 0,93] 0,14 [0,02, 0,96] 0,55 [0,29, 1,04]

0,57 [0,28, 1,15]

0,72 [0,62, 0,83]

44 18 16 6 25 52 12 3 12 9 19 74 60 20 30 32 79 36 20 40 30 30 451 43 35 20 15 13 72 16 2 10 16 30 75 50 20 30 40 81 26 17 40 30 30 439 6,0% 4,6% 6,3% 2,3% 4,1% 6,8% 3,6% 0,7% 2,7% 3,1% 6,0% 46,1% 23 10 5 21 8 1 6 26 11 24 7 71 89 29 60 51 54 42 37 30 64 32 559 24 13 9 38 15 8 4 27 21 38 19 71 90 28 59 50 54 44 37 29 64 40 566 4,2% 2,4% 1,8% 4,9% 2,4% 0,5% 1,2% 5,8% 3,8% 5,0% 2,6% 34,7% 9 51 68 121 189 27 51 67 120 187 2,9% 5,8% 8,6% 32 1 7 41 10 17 68 41 7 12 41 10 16 67 6,9% 0,5% 3,1% 10,5%

1.267 1.259 100,0%

Figura5 EfeitodaTHADnogrupoprotocolovs.grupocontrolesobreascomplicac¸õesgeraisagrupadaspormonitor.Dispositivos decontornodepulso:Vigileo/Flotrac®,ProAQTeLiDCOPlus®.Nãoinvasivo:CNAP®PPVeMasimo®.

4. Complicac¸õespormetahemodinâmica

Uma reduc¸ão das complicac¸ões foi associada ao uso da THAD nos seguintes subgrupos: maximizac¸ão do VS (RR:0,73,IC95%:0,61-0,89,p<0,001),subgrupo capaci-dadederespostapré-carga(RR:0,73,IC95%:0,59-0,95),

p<0,001) ecomIC-alvo, IC>2,5mL/min/m2 (RR:0,58,

IC 95%: 0,44-0,76, p<0,001), enquanto no subgrupo que usou métodos de mensurac¸ões de fornecimento e

extrac¸ão de oxigênio nenhuma diminuic¸ão significativa foiobservada(fig.7).

Mortalidade

(11)

Líquidos

Líquidos e inotrópicos

Líquidos e vasopressores

Fluidos inotrópicos e vasopressores

Total (IC 95%)

0,01

Favorece THAD Favorece controle

0,1 1 10 100

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,06 ;

χ2 = 27,25, df = 15 (p = 0,02); I2 = 46%

Teste para o efeito global: Z = 3,65 (p = 0,0003)

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,31 ;

χ2 = 12,69, df = 3 (p = 0,005); I2 = 76%

Teste para o efeito global: Z = 1,22 (p = 0,22)

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,00 ;

χ2 = 1,98, df = 3 (p = 0,58); I2 = 0%

Teste para o efeito global: Z = 4,77 (p < 0,00001)

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,14 ;

χ2 = 8,64, df = 2 (p = 0,01); I2 = 77%

Teste para o efeito global: Z = 2,41 (p = 0,02)

Total de eventos

Heterogeneidade: Tau2 = 0,04 ; χ2 = 53,21, df = 26 (p = 0,001); I2 = 51%

Teste para o efeito global: Z = 5,82 (p < 0,00001)

Teste para diferenças de subgrupos: χ2 = 2,31, df = 3 (p = 0,51); I2 = 0% 645

458

0,70 [0,62, 0,79]

1.275 1.259 100,0%

312 225 88 65 123 92 122 76

0,54 [0 ,37, 0,81] 0,51 [0,30, 0,85] 0,54 [0 ,20, 1,40] 0,63 [0,43, 0,92] 0,13 [0,02, 0,97] 0,55 [0,29, 1,04] 1,57 [0,48 , 5,18] 0,99 [0 ,74, 1,33] 0,96 [0,60, 1,53] 0,78 [0 ,36, 1,68] 1,20 [0,59, 2,45] 0,54 [0 ,31, 0,94] 0,46 [0,22, 0,96] 0,14 [O,Q2 , 0,96] 0,52 [0 ,24, 1,12] 0,96 [0,72, 1,28] 0,69 [0,57, 0,84]

0,33 [0 ,17, 0,64] 1,27 [0,24, 6,76] 1,04 [0,79, 1,36] 0,56 [0 ,30, 1,07] 0,66 [0,34, 1,28]

0,78 [0,66, 0,93] 0,80 [0 ,64, 1,02] 0,64 [0,49, 0,84] 0,78 [0,59, 1,04] 0,76 [0,68, 0,85]

0,43 [0,28, 0,66] 0,40 [0,18, 0,89] 0,74 [0,62, 0,88] 0,54 [0,32, 0,89] 21 11 5 24 1 7 6 51 23 10 12 12 7 1 8 26 60 30 29 64 54 17 42 121 71 89 40 36 32 10 51 37 783 38 21 9 38 8 12 4 51 24 13 10 16 19 7 15 27 59 29 28 64 54 16 44 120 71 90 40 26 40 10 50 37 778 4,7% 3,4% 1,3% 5,0% 0,3% 2,6% 0,9% 6,1% 3,9% 1,9% 2,2% 3,2% 2,1% 0,4% 2,0% 6,2% 46,3% 9 3 44 9 68 20 74 30 192 27 2 43 16 67 17 75 30 189 2,4% 0,5% 6,4% 2,6% 11,9% 32 16 19 25 41 20 30 40 131 41 20 30 32 41 20 30 40 131 8,1% 7,0% 6,4% 6,2% 27,7% 18 6 52 60 30 79 169 35 15 72 50 30 81 161 4,3% 1,8% 7,9% 14,1% 2002 2002 2002 2005 2006 2007 2009 2010 2012 2012 2012 2013 2013 2013 2013 2013 2007 2010 2012 2013 2010 2011 2013 2014 2010 2010 2013 THAD

Eventos Total Peso Año

Taxa de risco M-H, Randômico, IC 95%

Taxa de risco M-H, Randômico, IC 95% Controle

Eventos Total Subgrupo

Gan et al. 2002 Venn et al. 2002 Conway et al. 2002 Walkening et al. 2005 Nobblet et al. 2006 Lopes et al. 2007 Senagore et al. 2009 Jammer et al. 2010 Brandstrup et al. 2012 Challand et al. 2012 Zhang et al. 2012 Scheeren et al. 2013 Zakhaleva et al. 2013 Forget et al. 2013 McKenny et al. 2013 Srinivasa et al. 2013 Subtotal (IC 95%)

Donati et al. 2007 Van der Linden et al. 2010 Bartha et al. 2012 Zhang et al. 2013 Subtotal (IC 95%)

Forget et al. 2010 Cecconi et al. 2011 Zheng et al. 2013 Peng et al. 2014 Subtotal (IC 95%)

Benes et al. 2010 Mayer et al. 2010 Salzwedel et al. 2013 Subtotal (IC 95%)

Figura6 EfeitodaTHADnogrupoprotocolovs.grupocontrolesobreascomplicac¸õesgeraisagrupadosporterapia.

Análisedesensibilidade,avaliac¸ãodoriscodeviésentre estudoseviésdepublicac¸ão

Alterac¸ões nos resultados em relac¸ão a complicac¸ões ([RR: (IC 95%) 0,71 (0,61-0,82), p<0,01]) ou mortali-dade ([RR: (IC95%) 0,77 (0,42-1,40),p=0,39]) nãoforam observadas quando a análise foi restrita aos estudos que não apresentaram viés de alocac¸ão ou quando a análise

(12)

Conway et al. 2002 Gan et al. 2002 Venn et al. 2002 Walkening et al. 2005 Nobblet et al. 2006 Senagore et al. 2009 Cecconi et al. 2011 Challand et al. 2012 Brandstrup et al. 2012 Bartha et al. 2012 Srinivasa et al. 2013 McKenny et al. 2013 Zakhaleva et al. 2013 Subtotal (IC 95%) Total de eventos

Lopes et al. 2007 Forget et al. 2010 Zhang et al. 2012 Scheeren et al. 2013 Forget et al. 2013 Peng et al. 2014 Subtotal (IC 95%) Total de eventos

Donati et al. 2007 Van der linden et al. 2010 Mayer et al. 2010 Benes et al. 2010 Zheng et al. 2013 Zhang et al. 2013 Salzwedel et al. 2013 Subtotal (IC 95%) Total de eventos

9 3 6 18 19 9 52 110 68 20 30 60 30 30 79 287 27 2 15 35 30 16 72 182 67 17 30 50 30 30 81 275 2,4% 0,5% 4,4% 6,6% 2,6% 8,2% 24,6%

Jammer et al. 2010 Subtotal (IC 95%) Total de eventos

Heterogeneidade: Não aplicável

Teste para o efeito global: Z = 0,06 (p = 0,96)

Total (IC 95%) Total de eventos

51 51 452 51 51 630 121 121 1.245 120 120 1.229 6,2% 6,2% 100,0% SvcO2 > 75%

IC > 2,5m/min/m2

0,33 [0,17, 0,64] 1,27 [0,24, 6,76] Não estimado 0,43 [0,28, 0,66] 0,64 [0,49, 0,84] 0,56 [0,30, 1,07] 0,74 [0,62, 0,88] 0,58 [0,44, 0,76]

0,99 [0,74, 1,33] 0,99 [0,74, 1,33]

2010

0,71 [0,63, 0,80]

Favorece THAD Favorece controle

0,01 0,1 1 10 100

2007 2010 2010 2010 2013 2013 2013 0,55 [0,29, 1,04] 0,78 [0,66, 0,93] 1,20 [0,59, 2,45] 0,54 [0,31, 0,94] 0,14 [0,02, 0,96] 0,78 [0,59, 1,04] 0,73 [0,59, 0,91] 7 32 12 12 1 25 89 17 41 40 36 10 40 184 12 41 10 16 7 32 118 16 41 40 26 10 40 173 2,6% 8,4% 2,2% 3,2% 0,4% 6,4% 23,1% 2007 2010 2012 2013 2013 2014 Maximizaçãodo VS Subgroupo THAD

Eventos Total Eventos Total Peso M–H, Randômico, IC 95%Año M–H, Randômico, IC 95%

Controle Taxa de risco Taxa de risco

5 21 11 24 1 6 16 10 23 44 26 8 7 202 29 60 30 64 54 42 20 89 71 74 37 51 32 653 9 38 21 38 8 4 20 13 24 43 27 15 19 279 28 59 29 64 54 44 20 90 71 75 37 50 40 661 1,3% 4,8% 3,4% 5,0% 0,3% 0,9% 7,3% 1,9% 4,0% 6,6% 6,3% 2,0% 2,1% 46,0%

0,54 [0,20, 1,40] 0,54 [0,37, 0,81] 0,51 [0,30, 0,85] 0,63 [0,43, 0,92] 0,13 [0,02, 0,97] 1,57 [0,48, 5,18] 0,80 [0,64, 1,02] 0,78 [0,36, 1,68] 0,96 [0,60, 1,53] 1,04 [0,79, 1,36] 0,96 [0,72, 1,28] 0,52 [0,24, 1,12] 0,46 [0,22, 0,96] 0,73 [0,61, 0,89]

2002 2002 2002 2005 2006 2009 2011 2012 2012 2012 2013 2013 2013

Heterogeneidade: Tau2 = 0,05;

χ2 = 23,67, df = 12 (p = 0,02); I2= 49%

Teste para o efeito global: Z = 3,21 (p = 0,001)

Heterogeneidade: Tau2 = 0,02;

χ2 = 7,76, df = 5 (p = 0,17); I2 = 36%

Teste para o efeito global: Z = 2,78 (p = 0,005)

Heterogeneidade: Tau2 = 0,06; χ2 = 12,59, df = 5 (p = 0,03); I2 = 60%

Teste para o efeito global: Z = 3,90 (p < 0,0001)

Capacidade de resposta pré-carga (VVS, VPP, PVI)

Heterogeneidade: Tau2 = 0,04; χ2 = 50,42, df = 25 (p = 0,002); I2 = 50%

Teste para o efeito global: Z = 5,66 (p < 0,00001)

Teste para diferenças de subgrupos: χ2 = 6,94, df = 3 (p = 0,07), I2 = 56,8%

Figura7 EfeitodaTHADnogrupoprotocolovs.grupocontrolesobreascomplicac¸õesgeraisagrupadospeloobjetivo

hemodinâ-mico.(VS:volumesistólico;IC:índicecardíaco;VVS,variac¸ãodovolumesistólico;VPP,variac¸ãodapressãodepulso;PVI®,Índice

deVariabilidadedePleth).

possibilidadedeviésdepublicac¸ão.Asimetriadográficode dispersãoem funil foi avaliadavisualmente e nãosugeriu viésdepublicac¸ão(fig.9).

Discussão

Muitos estudos relataram diferenc¸as entre tecnologias, especialmente nas respostas a intervenc¸ões cirúrgicas

(13)

Estudo

Sinclair et al. 1997 Venn et al. 2002 Conway et al. 2002 Walkening et al. 2005 Nobblet et al. 2006 Donati et al. 2007 Lopes et al. 2007 Buettner et al. 2008 Senagore et al. 2009 Mayer et al. 2010 Benes et al. 2010 Forget et al. 2010 Van der Linden et al. 2010 Jammer et al. 2010 Cecconi et al. 2011 Challand et al. 2012 Brandstrup et al. 2012 Zhang et al. 2012 Bartha et al. 2012 McKenny et al. 2013 Srinivasa et al. 2013 Scheeren et al. 2013 Forget et al. 2013 Zheng et al. 2013 Zakhaleva et al. 2013 Zhang et al. 2013 Peng et al. 2014

Total (IC 95%) Total de eventos

0,50 [0,05, 5,08] 1,45 [0,26, 8,06] 0,32 [0,01, 7,59] Não estimado 0,33 [0,01, 8,01] 0,99 [0,14, 6,79] 0,38 [0,08, 1,67] 0,33 [0,01, 7,95] 0,21 [0,01, 4,24] 1,00 [0,15, 6,64] 0,42 [0,04, 4,46] 5,00 [0,25, 101,04] Não estimado Não estimado Não estimado 1,26 [0,35, 4,55] 1,00 [0,06, 15,68] Não estimado 0,76 [0,18, 3,28] Não estimado Não estimado 0,15 [0,01, 2,92] Não estimado Não estimado Não estimado Não estimado 3,00 [0,13, 71,51]

0,76 [0,45, 1,28] 1997 2002 2002 2005 2006 2007 2007 2008 2009 2010 2010 2010 2010 2010 2011 2012 2012 2012 2012 2013 2013 2013 2013 2013 2013 2013 2014 1 3 0 0 0 2 2 0 0 2 1 2 0 0 0 5 1 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 23 20 30 29 64 54 68 17 40 42 30 60 41 20 121 20 89 71 40 74 51 37 36 10 30 32 30 40 1.196 20 29 28 64 54 67 16 40 44 30 50 41 17 120 20 90 71 40 75 50 37 26 10 30 40 30 40 1.179 5,1% 9,3% 2,8% 2,7% 7,4% 12,4% 2,7% 3,0% 7,7% 4,9% 3,0% 16,7% 3,6% 12,9% 3,1% 2,7% 100,0% 2 2 1 0 1 2 5 1 2 2 2 0 0 0 0 4 1 0 4 0 0 2 0 0 0 0 0 31 THAD

Eventos Total Eventos Total Peso M–H, Randômico, IC 95%Año M–H, Randômico, IC 95%

Controle Taxa de risco Taxa de risco

Favorece THAD Favorece controle

0,01 0,1 1 10 100

Heterogeneidade: Tau2 = 0,00; χ2 = 7,47, df = 15 (p = 0,94); I2 = 0%

Teste para o efeito global: Z = 1,05 (p = ,30)

Figura8 EfeitodaTHADnogrupoprotocolovs.grupocontrolequantoàmortalidade.

0

0,5

1,5 1

2

0,01 0,1 1 10 100

RR EP[log(RR)]

Figura9 Gráficodedispersãoemfunildosestudospublicados

quantoaodesfechoprimário.Amedidadeprecisãousadaéo

erropadrão(EP)dalogRR.

individualizadodelíquidos40 precisa serapoiado por estu-dosdevalidac¸ãoqueadiramàsconsiderac¸õesmetodológicas propostas,41bemcomoporestudosderesultadosclínicosem largaescala.

Há alguma evidência de que as estratégias de maximizac¸ão do VS pode ser prejudicial em pacientes aerobicamente aptose levar à sobrecarga do volume25 e evidênciasrecentessugeremqueessametanãoforneceos benefíciosanteriormentedescritos.42

Noentanto,osresultadosdenossametanálisemostram queessa metahemodinâmicapermaneceválida.O usode

parâmetrosdinâmicosderespostaaovolumepodediminuir o risco de sobrecarga do volume.Um IC>2,5mL/min/m2 comometahemodinâmicadentrodealgoritmosemqueos líquidos,vasopressoreseinotrópicossãousadosevitaorisco dehipotensãodevidoà diminuic¸ão dotônusvasomotor.O uso de inotrópicos aumenta o DC em situac¸ões nas quais o paciente não responde ao volume e não apresenta um tônusvasomotor.Osuporteinotrópicocomdobutaminapode resultaremalterac¸õesnofluxomicrovascularrelacionadas aosefeitosdiretossobrea microcirculac¸ão, bemcomo no DC global.43 Com excec¸ão da SvcO

(14)

Aocontrário dosnossos resultados,umarecente meta-nálise mostrou um benefício significativo da THAD nos pacientesquerecebemlíquidoseinotrópicosparaalcanc¸ar asmetassuprafisiológicasparaaofertadeoxigênioem paci-entesdealtorisco.47

Essametanálisenãoconseguiudemonstrarumareduc¸ão significativanamortalidade.Háumnúmeroderazõespara explicarporqueocontroledamortalidadepodeter dimi-nuído ao longo do tempo. Dentre elas: (1) um melhor atendimento, que diminui a mortalidade para pacientes semelhantes;(2)aconsciênciadosmédicos,queaprendem comosprimeirosestudospublicadose,portanto, derivam suas práticas em direc¸ão a grupos de menor risco; (3) o avanc¸o da tecnologia, que se tornou menos invasiva e, portanto, adquiriu maiscredibilidade.48 Outra razão para issopodeserqueosestudosmaisrecentesnãotêmpoder paraavaliaramortalidade;em estudosanteriores, a mor-talidadeera considerada o desfechomais relevante, mas issomudou paradesfechos como ‘‘tempo de internac¸ão’’ e‘‘morbidade’’’ comgrupos de pacientesdemenor risco e,comoresultado,apresentambaixaounenhuma mortali-dade.No entanto,umareduc¸ão namortalidade associada àTHAD foidemonstrada em grupos de pacientesde risco extremamente alto (taxa de mortalidade na fase basal >20%),49bemcomocomacompanhamentodelongoprazo.50 Ao contrário de metanálises anteriores, não incluímos estudosnosquaisoCAPfoiusado,poisessesestudosforam publicados há mais de 10 anos e não refletem a prática atual. A metanálise de Grocott et al.51 incluiu 31 estu-doscom5.292participantes. Osresultadossãodominados porumúnicograndeECRcomumpeso demaisde60%da populac¸ãototalnaqualoCAPfoiusado.52Apresente meta-nálise confirma que o uso de monitorac¸ão minimamente invasivaéeficazereduzascomplicac¸õesnopós-operatório. Ascomplicac¸õespós-cirúrgicastêmumimpactodramático noscustos.Aeconomiadospotenciaiscustosresultantesda THADsãosubstanciais53 eparecesercusto-efetiva mesmo comefeitoclínicomoderado.54Particularmente,a tecnolo-giaODMtemsidoconsideradafavoravelmentepeloCentro NHSparaa compracom base em evidênciasnas Agências deInvestigac¸ãodeSaúdeeQualidadedoReinoUnidoedos EstadosUnidos.55,56

Implicac¸õesdapesquisa

Maisestudossãonecessáriosnos quaisdiferentestiposde monitorac¸ão e diferentes tipos de algoritmos e terapias hemodinâmicas são comparados em pacientes com riscos diferentes para atingir as metas hemodinâmicas ideais. Além disso, o relato dos desfechos deve ser padroni-zado. A esse respeito, recomendac¸ões para a avaliac¸ão epadronizac¸ão das complicac¸ões noperioperatório foram publicadasrecentemente.57 Em resumo, maisestudos são necessários parademonstrar umareduc¸ão significativana mortalidadeassociadaàTHAD.

Deficiênciasnosestudos

OestudodeMayeretal.22estásobinvestigac¸ãoporrazões éticas,o manuscritonãofoi retiradoecontinuavaafazer partedoregistro científiconomomentodenossapesquisa

naliteratura.Paraverificarpossíveisviesesemnossos resul-tados, os desfechos, tanto primários quanto secundários, foram reexaminados sem incluir o estudo conduzido por Mayeretal.22enãoforamencontradasdiferenc¸as.

Muitosestudos foramfeitos em centro único e apenas uminvestigoumaisde100pacientesporgrupo.19Diferenc¸as naqualidademetodológicapodemcausarheterogeneidade. Estudosmenorestendemaserconduzidoseanalisadoscom menosrigor metodológicodoque osestudosmaiorese os estudosdequalidadeinferiortambémtendemamostraros efeitosmaioresdaintervenc¸ão.

A principal limitac¸ão de nossa análise é que as complicac¸ões gerais foram analisadas, independente da gravidade e seu impacto no tempo de internac¸ão e/ou mortalidade. Além disso, ouso deintervenc¸ões cirúrgicas diferentes,os diferentessistemas demonitorac¸ão e algo-ritmosadicionammaisheterogeneidadeàanálise.Assim,a heterogeneidadedoestudopodereduziraprecisãoda esti-mativa doefeitodotratamento e reduzira generalizac¸ão dosresultadosdestametanálise.

Apresente metanáliseé baseada em estudos que des-crevem aincidênciadecomplicac¸õesnopós-operatório. É precisoreconhecerqueorelatodecomplicac¸õesnãoé con-sistenteequeasdefinic¸õesusadaspodemserdiferentesem tipo,definic¸ãoeimportânciaentreosestudos,oquelimita aaplicabilidadedealgunsdenossosachados.

Alémdisso,eaocontráriodemetanáliseanterior,a pre-sentemetanálisefezumaanáliseglobal dascomplicac¸ões totais,semconduzirumaanáliseespecíficadeórgão47,58ou estratificadaporrisco.49Apesardessaslimitac¸ões,os resul-tadossãoconsistentesnamaioriadossubgruposanalisados e mesmoquandoaanálise érestritaaestudoscommaior qualidade.

Conclusões

OsresultadosdestametanáliseindicamqueousodaTHAD nointraoperatóriocommonitorac¸ãominimamenteinvasiva diminuiascomplicac¸õesnopós-operatórioemcirurgianão cardíaca,embora nãotenha sidopossíveldemonstraruma reduc¸ão significativadataxa demortalidade.O monitora-mento da SvcO2 não conseguiu diminuir a frequência de complicac¸ões.

Financiamento

Esteestudonãotevefinanciamento.OEARéumgrupo cola-borativoindependentesemfinslucrativos.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

(15)

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