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Construção de um currículo integrado de enfermagem.

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Academic year: 2017

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CONSTRUÇÃO DE UM CURRíCULO I NTEGRADO DE ENFERMAGEM

OUILDING AN INTEGRATED CURRICULUM FOR NURÇING

Regina Auora Trino Romano 1

Luiza Maria Piazzi Papa 1

Getrudes Teixeira Lopes 1

R ES U M O : Dura nte as d u a s últimas décadas, a socieda d e brasileira passou por g ra n d es tra n sformações no c a m po político, ideológico e econõmico. Essas m u danças d eixara m suas m a rcas n a sociedade, especia l m e n te n a saúde da população. A formação d o E nfermeiro, baseada n a Lei 5540/68 e n o Parecer 1 63/72, não mais a c o m pa n h a as d e m a n d a s que a população reivindica . A partir de 1 992, a Faculdade de E n fermagem d a U E R J - F E U erj i n tensifica o movimento de reflexão sobre o processo de ensino-aprendiza g e m em busca d e tra n sformar a realidade e m q u e vive. A realização desse projeto a presenta d u a s razões im porta n tes e c o m plementares: o d esejo dos docen tes e discentes d a F E U erj em ela borar u m c u rríc u l o q u e busque a formação d e u m E n fermeiro q u e articu l e ensino-tra b a l h o-co m u nidade, teoria e prá tica, f u n d a mentado em u m a Teoria Crítica d a Educação, n a l i n h a d e P R O B LEMATI ZAÇÃO, e o c u m primento do Parecer 3 1 4/9 4 do e n tã o C F E e da Portaria MEC nº 1 1 7 1 / 1 5/dez/9 4 . A partir de debates, defi n iu-se o perfil profissio n a l tendo em vista o meio social onde a profissão se rea liza e as características d o a l u n a d o ; d eterminação d e áreas o u c o nj u n to d e atri b uições, d e a cordo com a adequação d a prática profission a l , hierarq u ização d o s c o nceitos, processos, etc ., q u e n o processo d e "síntese e c l a ssificação" dos conhecimento s resu l t a e m u m a árvore e n cadeada e relacionada como se fosse u m a rede . Na primeira fase d o estudo do c u rríc u l o diagnosticou-se c o m o condição precípua a " D ESCO NTEXTU A L l Z A Ç Ã O " do c u rríc u l o vig e n te e os " N ÓS " a serem e n frentados para levar a c a b o a proposta d e Reforma Curric u l ar. I m pl e m e n tou-se o processo d e C a pacitação Pedagógica para professores, oficinas d e tra ba l h o , leva n ta m e n to d o perfil atual e o desejável , seminários, sistem a tização dos dese m p e n h os, h a bilidades e prin cípios, identificação das áreas q u e com põem o C u rríc u l o I n tegrado, localização d a s discipli n a s d e n tro d a s áreas e a articulação e ntre disciplinas profission a l iza n tes e o utras a tividades. Com base n esta 1 o. etapa d o tra b a l h o n a pedagogia problematizadora , c o n struiu-se o i nstru m e n to " Leva n ta mento d o Perfil Profissional d o C u rso d e Gra d u a çõo e m En ferm a gem" , ide ntificando-se os dese m p e n h OS e pri ncípios q u e os sustentam e m c a d a discipli n a vigente, torn a n d o c l a ro o perfil a t u a l e o d esejável pelos docentes e discentes.

U N IT E R M O S : C u rríc u l o i n tegrado problematizaçõo.

Educação crítica

1 Enfermeiras, Professoras da Faculdade de Enfermagem da U ERJ

R. Bras. Enferm. Brasília, v. 50, n. 3, p. 407-424 , j u l ./set. , 1 997

Pedagogia d a

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� OMA NO, R'gilla Au rora Trino t ali i

408

A BSlRACl: During the last two decades, Brazilian society has gone through great cha nges into politica ! . ideological a n d economical fields. lhese c h a nges l eft their strings into society, specially in population health , lhe n u rse formation based on the Law n° 5540/68 and on the Statement n° 1 63/72, n o m ore me ets population demands. Since 1 992, the N ursin g Faculty of U E R J - FEUerj intensifies the reflection movement upon teaching-Iearning process seorching for tra nsforming its own rea lity. lhe making of this project presents two complementary a n d i m porta nt reasons: FEUerj docents and discents ' desire in ela borating a curricu l u m which searches for n u rses ' formation that articulates teac h ing-work-c o m m u n ity, theory a n d practice, based on a Criticai lheory of Education, on the line of PROB LEMAlIZAlION, a n d the accomplishment of Statement n° 3 1 4/94 from the CFE and from the Letter of Order MEC n° 1 1 7 1 / 1 5/dez/94. From debating, the professional profile has been defined from the social environment where the profession is performed a n d the a l u m nate ' s characteristics; a rea determination o r group o f attributions, according to professional praxis adequation, concept hierachization, processes, etc ., which in the process of ' c l assification a n d syntheses ' of knowledge resu l ts into a netlike c hained and related tree. In the first phase of the curricu l u m study, it has diag nosed as principal condition, the actual curricu l u m ' D ECONlEXTUALlZAli O N ' a n d t h e ' US ' t o be faced t o lead i t t o a n e n d t h e Curric u l u m Reform ulation Proposal . lhe Process of Pedagogical Abilitation for professors, workshops, researc hes o n the desirable and presen t profile, seminars, performance, a bi1ities and principies system atization, identification of areas which com pose the integrated curricu l u m , subjects localization into areas and a rticulation between professional subjects and other activities, has been implemented . Based o n this work on the problematized pedagogy first step, an instru ment ' Research on the Professional Profile for the N ursing Gra d uation Course ' , was built, identifyin g the performances a n d pri ncipies which sustain them o n each subject making the present profile clear and desirable to docent. and discents.

KEYWO R DS : I ntegrated curric u l u m - Criticai education - Problematization of pedagogy.

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C O lI s t r ll ç ã o de u m C u r r íc u l o . . .

INTRODUÇÃO

o ú ltimo currícu lo m í n imo de enfermagem anterior à Portaria Min isterial nO 1 72 1 /94 data de 1 972 . D u rante estas duas décadas, o pa ís passou por g randes transformações, seja no cam po da pol ítica com m udança de reg imes de governo, seja no cam po ideológ ico e principalmente no econômico, q uando fomos submetidos à testagem de vàrios planos econômicos e diferentes moedas.

Essas mudanças processadas nas esferas política , ideológ ica , econômica, com certeza deixaram suas marcas na sociedade, especialmente na saúde da popu lação, evidenciadas por u m povo mais pobre , fam into e, portanto , doente.

N i ng uém desconhece que a formação do enfermeiro , baseada na Lei 5540/68 e no Parecer 1 63/72, não mais acompanhava as demandas oriu ndas da sociedade. Neste aspecto, u rge não só a mudança do currícu lo em termos de carga horária e d isciplinas , mas principalmente a m udança de paradigma.

Algumas d iscussões vinham se dando nesta ú ltima década, na tentativa de uma aproximação entre a oferta e a procura da saúde , com destaque para a formação e utilização de recu rsos h u manos.

Nesta linha de ação, o Relatório da 8a Conferência Nacional de Saúde?, 1 986 já preconizava a "formação dos profissionais de saúde i ntegrada ao Sistema de Saúde , reg ionalizado e hierarq u izado" .

A Lei Orgân ica da Saúde, de 1 9901 1 , determina, como u ma das atribu ições comuns da U n ião, dos Estados e do Distrito Federa l , a "participação na formu lação e na execução da pol ítica de formação e desenvolvimento de recursos h umanos para a saúde8.

Neste sentido, a 9a Conferência Nacional de Saúde ( 1 992)1 2 incl u i , como ação para a efetiva implantação de uma política de recu rsos h u manos para o S U S , a revisão dos cu rrículos profissionais, ajustando-os às real idades sociais, étn ico-cultu rais, ao quadro epidemiológico da população, garantindo a g raduação de profissionais com visão integ ral, comprometimento social e formação geral. Esta adequação deverá propiciar a integ ração do aparelho formador com o sistema prestador de serviços.

O g ru po de trabalho - Apefeiçoamento e H u manização das Ações Assistenciais, através do documento Distrito San itário8, enfoca a necessidade de se repensar a prática de atendimento à clientela oferecida pelos p rofissionais de saúde, dentro das concepções de saber, tarefas e papéis. Prossegue afirmando:

" Pa ra que se modifique a relação entre profissional de saúde e clientela é necessário reavaliar o enfoque de s u pevalorização dos aspectos técn icos dos treinamentos, onde são desconsideradas todas as o utras q uestões importantes envolvidas no atendimento à saúde" . As I n stituições formadoras de recu rsos h u manos para a saúde, tradicionalmente , tratam as q uestões do corpo dentro de u ma perspectiva biológica e segmentada. É absolutamente impotante considerar o corpo como uma totalidade e cuidar dele i nserido n u m contexto sócio-cultural.

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R OMA NO, Regilln A urora Trillo et alii

Enfatiza ainda que a metodologia ed ucacional usada é ineficaz, o que denota a necessidade de práticas a lternativas. Declara a premência de se adotar uma metodolog ia nova , que seja abrangente e possibilite a participação de todos os profissionais envolvidos, levando a um novo tipo de relação com a clientela e com a própria eq

�pe de saúde.

Nesta linha de pensamento , a realização deste projeto a licerça-se em duas vertentes importantes que se complementa m : a primeira é o desejo dos docentes e discentes da Facu ldade de E nfermagem da U n iversidade do Estado do Rio de Janeiro - F. Uerj , em elaborar um cu rrículo comprometido com a formação de u m enfermeiro capaz de articular dinamicamente ensino-trabalho­ comu n idade, teoria e prática , fu ndamentado na Teoria C rítica da Educação, na linha de PROBLEMATI ZAÇÃO , a seg u nda visa o cumprimento do Parecer 3 1 4/94 de 06/04/94 do então C F E , publicado no DOU de 28/1 1 /94 , Seção 1 . , p . 1 7 . 9 9 1 e d a Portaria M E C n O 1 1 7 1 ( 1 5/DEZ/94), publicada na p . 1 98 1 , q u e fixa os m í n imos de conteúdo e d u ração do C u rso de G rad uação em E nfermagem .

A partir dos princípios e das estratég ias assumidas como norteadoras do processo de construção do novo currículo, a F . E . Uerj elaborou os seus objetivos de trabalho:

Objetivo Geral

Transforma r o objeto, a estrutu ra e a metodologia presentes no cu rrículo de g raduação em E nfermagem da F . E . Uerj .

4 1 0

Objetivos Especificos

1 . Adotar uma Teoria C rítica da Educação, dentro da opção pedagóg ica de problematização da realidade , que permita a reflexão, a crítica e o con hecimento indispensáveis à tran sformação da prática profissional do E nfermeiro;

2 . Adotar como paradigma: Aprendizagem é uma relação dialética e dinâmica entre o sujeito q u e aprende e o objeto a ser aprendido, tendo o professor como med iador desse processo.

3 . Utiliza r como eixo norteador o P rocesso de Trabalho em

Saúde/Enfermagem e os determinantes do Processo Gerador Saúde/Doença ;

4. I nteg rar os conteúdos cu rriculares em áreas de con hecimentos que sustentem u m conju nto de práticas;

5 . Adotar uma metodologia que privileg ie uma efetiva integ ração entre ensino-serviço , educação-trabalho; considerando o "Trabalho" enquanto u m princípio pedagóg ico , tendo como pan o de fundo as características sócio-cu ltu rais do meio em que o processo de ensino-aprendizagem se desenvolve ;

6 . I mplementar u m currículo de estrutu ra i nteg rada que ten h a a ed ucação como referência no preparo do cidadão para uma ação transformadora da prática socia l ;

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C O I s t r U Ç L10 d e u m C u r r lc u ! o . . .

PROCESSOS DE DISCUSSÃO CURRICULAR NA F.E.Uerj

A Faculdade de Enfermagem da Uerj , rep resentada por seus professores e alu nos , há m u ito tempo tinha clareza de que o atual cu rrículo não atendia mais as demandas de saúde da popu lação .

Nessa perspectiva , a partir de 1 992, desenvolveu vários movimentos para

d iscussão e reflexão sobre o seu processo de ensino-aprendizagem . Assim , em abril desse ano, a d i reção da facu ldade , q ue já vinha participando ativamente dos Seminários de Cu rrículo da Associação Brasileira E nfermagem - ABE n , criou o Fórum Permanente para a Formação do Enfermei ro e constituiu uma comissão representativa dos três segmentos da instituição: docente , d iscente e técn ico admin istrativo.

A Com issão indicada decide organ izar a 1 a Oficina de Trabalho para

elaboração do Plano Quadrienal da u n idade acadêmica para a gestão 1 992

-1 996 .

Nessa ocasião, acordou-se que as propostas pedagóg icas deveriam partir dos Princi pios Constitucionais da Organ ização do Sistema de Saúde e dos direitos e deveres de cidadan ia da população brasileira .

Os resu ltados dessa Oficina apontam d i retrizes e metas para o ensino, a pesqu isa e a extensão. Com relação ao ensino, a opção foi por uma Teoria Crítica com enfoque na problematização, na articulação i nterdisciplinar e interdepartamental e pela reform u lação do currículo consoante as diretrizes do Sistema Ú n ico de Saúde (SUS) e o atendimento das necessidades da com u n idade, buscando a formação de um enfermeiro capaz de atuar i ntegralmente em n ível de excelência e em pleno exercício da cidadania. A pesqu isa e a extensão seriam desenvolvidas a rticuladamente com o ensino, o serviço e a com u nidade e o seu produto teria como objetivo a transformação da real idade.

Nesse esforço, surge a Oficina de Criação com a finalidade de promover, estimular e social izar todas as propostas pedagóg icas que pudessem influir e possibilitar u m melhor rendimento dos corpos docente, discente e técn ico­ adm i n istrativo, através de inventos, n ovas metodologias e técn icas de ensino­ aprendizagem . A Oficina de Criação abre um leque de possibilidades e tem u m de seus espaços direcionados para o pedagóg ico, o q u a l incl u i projetos como: análise institucional, cursos, análise do processo de avaliação pedagógica e planejamento do currículo integrado.

A análise institucional foi real izada em parceria com a F I OCRUZ1 9 e desenvolvida d u rante dois anos, tendo como princípio fazer com que os sujeitos (pessoal de enfermagem ) "apropriem-se daqu i lo que eles mesmos produzira m , recon hecendo o compromisso com as decisões e d i reções que suas práticas pontuam" .. . , além de" desencadear um p rocesso de análise enquanto possibilidade de representação e representificação da história institucional, de tal forma que deslocamentos sejam produzidos e durante este processo transformações sejam operadas" ( Dâmaso et ai, 1 994) 1 5 .

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ROANO, Regina Aurora Trillo ef alii

Um dos resultados deste trabalho, o qual se deu a partir do esforço conjunto dos professores, enfermeiros, sociólogo e psicólogos , foi a identificação do pefil institucional da Faculdade de Enfermagem , que, seg undo este g rupo, representa duas institu ições: a de saúde e a de educação.

Neste sentido, chegou-se a algumas conclusões importantes, tais como: o fem inino da enfermagem como objeto de vigilância e dominação; o Mag istério e a Enfermagem - profissões femininas por excelência - e que acabam por atualizar uma d imensão do trabalho como extensão do lar; a construção do objeto de sua práxis - o cu idado ao doente a partir de suas necessidades básicas - centrado na pluralidade de disciplinas que emprestam á Enfermagem um pouco do seu campo de con hecimento (enquanto ciência "o saber da enfermagem" parece esvaziado de objeto justamente por não responder aos parâmetros cientificistas clássicos) ; as m utilações e contenções sofridas pelos enfermeiros d u rante a formação e no campo da assistência e, ainda, a sedução produzida pelo poder médico , que seve de espelho, no campo da especialização e da tecnologia dos aparelhos, o que impede a enfermagem de afirmar e construir sua singu laridade, além de outras conclusões ligadas ao contexto hospitalar e á integ ração docente-assistencial ( Dâmaso et ai, 1 994)16.

Paralelamente, u m outro evento de suma importância foi deflag rado na Facu ldade de Enfermagem , vislumbrando a apropriação de uma pedagogia que desse conta das aspirações dos docentes, discentes e de u m contexto sócio­ cultural e da saúde que vinha, ao longo do tempo, se transformando. Esse evento, materializado nos cu rsos de Capacitação Pedagóg ica , contou com a parceria da Escola de Formação Técnica em Saúde " Enfermeira I sabel Santos" , da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, que ofereceu professores e todo material didático. Em resposta a este i nvestimento , contamos com a qualificação aproximada de mais de 80% do corpo docente. Estes cu rsos ofereceram vagas para os enfermeiros do Hospital U n iversitário " Ped ro Ernesto" - H U-PE, professores da Escola de Formação Técn ica em Saúde, alu nos do C u rso de Licenciatu ra em Enfermagem da Uerj , além de outras institu ições de

ensino e serviços de saúde do Estado do Rio de Janeiro . Em setembro de

1 994, aconteceu a 2a Oficina de Trabalho com o tema "Nós e os Nós da Avaliação" , como parte seqüencial das atividades previstas pelo Fórum Permanente para a Formação I ntegral do Enfermeiro que identificou a avaliação como um dos problemas a ser tratado sob o ponto de vista institucional. Também, cuidou-se para que os papéis e as d iferenças individuais do avaliador e do avaliado fossem considerados, tendo como proposta a contextualização histórica da avaliação, objetivando manter o que vale ser preservado, desprezar o inócuo e exorcizar o improdutivo e o prejudicia l . O produto decorrente dos resultados alcançados com a Análise I n stitucional, as Capacitações Pedagóg icas e a Avaliação Pedagógica , além da expectativa de oficialização do Novo C u rrículo M í n imo de G raduação em E nfermagem , levou o corpo docente, em reu n ião realizada no dia 28. 1 0 . 94 , a decidir por uma reforma curricular a partir de

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C o n s t r u ç ã o de u m C u r r íc u l o . . .

u ma concepção pedagógica rad ica l . O interesse manifestado pelos docentes d u rante a reu n ião foi segu ido da decisão pol ítica da Direção em formar uma

comissão para dar andamento a essa ambiciosa proposta . Dessa forma , no

dia 08. 1 2 . 94 , a Diretora da Facu ldade de E nfermagem , "considerando as decisões do corpo docente de 28. 1 0 . 94 , e do Conselho Departamental datado de 1 5 . 1 2 . 94 , e com base nos vários eventos e discussões acerca do Estudo para a Reforma Curricular do C u rso de G raduação em E nfermage m , referendando a proposta no sentido processual e dinâmico i ndependente de gestões adm i n istrativas, cria a Comissão de Trabalhos para a Elaboração e Acompanhamento do Plano Estratég ico da Reforma Curricu lar do C u rso de Graduação em E nfermagem da Uerj , através da Portaria nO 0 1 1 I F E N F I 94 , ao tempo em que designa com atribu ições defi nidas os membros de coordenação, execução , consultivo, assessoria técn ica e representação estudanti l . Desta forma , ficou estipu lado o prazo de u m ano para o cumprimento da fase de elaboração do Plano Estratég ico, a saber: etapas de preparação da com issão, montagem do projeto, aprovação da proposta , i m plantação e desenvolvimento das Oficinas de Trabalho.

MARCO CONCEITUAL

Na construção do marco conceitual, cou be questionar que linha da Educação poderia vir a contemplar as q uestões a nteriormente levantadas de: "estreita relação entre processos de formação e trabalho em enfermagem", "práticas que atendam ás demandas de saúde da popu lação e aos princípios contidos na Lei Orgân ica de Saúde". Que concepção pedagógica promoveria "enfermeiros dotados de competência técn ico-científica e política para i ntervir no quadro epidemiológ ico do país"? Que processos metodológ icos e estrutu ra curricular propiciariam articulação dinâmica entre ensino-trabalho-co m u nidade, teoria e prática? Que corrente pedagóg ica consideraria o aluno enquanto sujeito que apreende ativamente "objetos" que tenham relevância para prática profissional , mediatizados por u m outro sujeito-professor? E nfi m , qual a estrutura d o objeto a ser assimilado?

Só uma concepção educacional essencialmente democrática, que buscasse resgatar o conceito e a prática da cidadan ia e que permitisse a crítica e a reflexão, poderia atender às q uestões levantadas.

Aze vedo4, em sua dissertação de Mestrado, i nterroga:

n . . . Tmduzilldo-se processo de aprendizagem como u ma relação dinâmica en tre

sujeito e objeto, como se processa essa relação ? Como o sujeito aprende ? " ... "O

sujeito aprende a partir de sucessivas aproximações à estrutua do objeto e estas aproximações são alcançadas pela aplicação ativa dos esquemas e assimilação e

que dispõe e a partir de sua percepção social inicial "4.

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ROMA NO, Regina A u rora TrÍlIO et alii

Estes princípios apontariam na direção de um modelo pedagóg ico sustentado pela Psicolog ia Genética de Jean P iaget, pela Sociolog ia e pela Antropolog ia Social . A autora aborda com propriedade a relação sujeito-objeto: " . . . nenhum dos dois é caixa vazia . Se, de u m lado está o sujeito com seus esq uemas de assimilação e padrões cultu rais, do outro está o objeto com u ma estrutu ra própria . " Quanto à estrutu ração dos conteúdos, qualquer técn ica tem seus "porquês" na estrutu ra de con hecimento que lhe dão suporte , indicando sua razão de ser; os con hecimentos que justificam as técn icas relacionam-se de forma organizada e hierarq u izada desde os mais abrangentes aos mais específicos. " . . . de maneira a formar u ma rede de conhecimentos encadeados e relacionados entre si" (Aze vedo, 1 99 1

t

Assim, acreditamos que a concepção de educação adequada às nossas inquietações, à b usca da cidadan ia e da reconstrução socia l , seja a "Educação Crítica", na medida em que o sig n ificado de "crítica" como construtor filosófico está relacionado à categoria de totalidade.

A educação crítica , seg u ndo Kosik, está voltada para a construção do con hecimento que não consiste n u m mero "acrescentamento sistemático de fatos, e de noções a outras noções, mas num entendimento da realidade como totalidade, partindo-se do todo para as partes e das partes para o todo, dos fenômenos para a essência e da essência para os fenômenos,,23.

Partindo do entendimento que: "em um mu ndo de mudanças rápidas o importante . . . é o aumento da capacídade do aluno - agente da transformação social - para detectar problemas e buscar soluções criativas"1 9, desenvolver esta capacidade no aluno requer adotar uma pedagogia crítica-problematizadora ; que tenha como ponto de partida a observação e uma primeira leitura da realidade, ("visão sincrética") segu ida da identificação das variáveis que determinam a situação problema (pontos chave), em um tercei ro momento, quando se irá pergu ntar o porquê das coisas observadas, confrontando a realidade com sua teorização, sendo então capaz de form u lar h ipóteses de solução (provas de viabilidade). Estas serão confrontadas com as limitações da própria realidade ("visão sintética").

Adotar a pedagogia da problematização irà gerar aprendizagem l igada aos aspectos significativos da realidade e ao desenvolvimento das habilidades de observação, análise, extrapolação e resolução de problemas. Nesta concepção, aprender é um ato de con hecimento da real idade concreta e só tem sentido se resu lta de uma aproximação crítica desta real idade, à qual se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica (Sa viani, 1 982)30.

Este processo requer u ma relação dialógica na relação professor-aluno, onde ambos cam i n ham ju ntos na busca da leitura do m u ndo, da compreensão do contexto ( Freire e Shor, 1 986)1 8. A metodologia d ialóg ica deve ser essencialmente problematizadora, cujas bases se encontram na ação-reflexão­ ação e na busca do con hecimento crítico.

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C O /l s t r u ç ã o d e U 11 C u r r íc u l o . . .

METODOLOGIA

A construção da Estrutura de um Currículo I ntegrado exige o entendimento de um processo que deve ser desenvolvido vencendo as tendências estereotipadas de reprodução de vivências anteriores ou, como diz Oa vini, "não existem receitas padronizadas,,9. Esta autora aconselha: é necessário que se tenha bem claro as atribuições "que estão e que deveriam estar implicadas na prática social de uma profissão" além daquelas consideradas "DESEJÁVEIS", desde que ajustadas à demanda dos serviços e da sociedade.

A concretude de u m projeto com essas características depende de amplos debates por seus atores, para se chegar às seg u intes etapas preconizadas por Oa vini (in Capacitação Pedagógica para I NSTRUTOR/SUPERVISOR, 1 989)9 :

definição do perfil profissional, considerando o meio social onde a profissão se realiza e as características do alunado;

determinação de áreas ou conju nto de atribuições, de acordo com as adequações ou consenso da prática profissional;

h ierarquização dos conceitos, processos, etc. que, no processo de "síntese e classificação" dos con hecimentos, resulta em uma árvore encadeada e relacionada, como se fosse uma rede. A isso chama-se "estrutura de conteúdos".

Desta maneira, alerta Oa vini, oportuniza-se aos alunos, em um processo de sucessivas aproximações, refletir e assimilar os conhecimentos programados para cada unidade.

Para percorrer metodologicamente este processo, optou-se pela linha do PLAN EJAMENTO ESTRATÉG ICO que não significa apenas uma afirmação das aspirações de uma empresa, pois inclui e deve ser feito para transformar essas aspirações em realidade.

O Planejamento Estratégico inclui d uas dimensões: E LABORAÇÃO e I MPLEMENTAÇÃO.

Na fase de elaboração, volta-se os olhos para identificar e avaliar os pontos fortes e fracos do empreendimento, sua capacidade real e potencial, assim como, perceber e enfrentar as ameaças.

Nesta perspectiva, o autor indica d uas possibilidades para se desenvolver um planejamento estratégico:

primeiramente se define "onde se quer chegar" e depois se estabelece como se está, para se chegar na situação desejada; ou

define-se inicialmente "como se está" e depois se estabelece "onde se quer chegar" .

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ROMANO, Regina Aurora Trino et alii

Optamos nestas possibilidades pela forma de se recorrer ao planejamento estrategico abarcando as duas hipoteses, ou seja, determinar os objetivos "onde se quer ir", conhecendo e analisando a propria situa9ao "onde se esta".

Como 0 proprio planejamento estrategico sugere, a aplica9ao do processo

metodologico fundamenta-se em fases basicas que vao dar conta da sua

elabora9ao e implementa9ao, 0 que se realiza a partir de:

1. diagnostico estrategico;

2. missao da empresa;

3. instrumentos prescritivos e quantitativos;

4. controle e avalia9ao.

Seguindo esta trajetoria, iniciamos a primeira fase do estudo do Curriculo de Gradua9ao de Enfermagem - UERJ, diagnosticando como condi9ao precipua a "DESCONTEXTUALlZAyAO" do curriculo vigente e os "NOS" que enfrentamos para levar a cabo a proposta de Reforma Curricular, tao almejada pelos professores , alunos e comunidade que utilizam 0 Sistema de Saude, cujo esquema apresentaremos a seguir:

SISTEMA ECONOMICO CAPITALISTA q

I

No ideologico

�----r�---�

--__ IN

_ S _ T _ I _ T _ U _ ly _ A _ O _ B _ U _ R _ O _ C _ R _ A _ T _ IC _ A _ _ _ q

_ __

'1

No operacional

o �

CORPO DOCENTE COM VlsAo

I

CURRlcULO DEFASADO FUNCIONALISTAlTECNICISTA

.

� �

No critico No circunstancial

o

CURRicULO DESCONTEXTUALIZADO

Apos 0 diagnosticos dos problemas, foram instituidas as frentes de a;30 que deverao ser percorridas no sentido de vencer os desafios identifi: Idos e

perseguir os objetivos de modo hierarquizado inicialmente, porem

operacionalizados de maneira flexivel e espontanea, procurando apoitr-se em ideias e debates, sem, no entanto, perder de vista os aspectos de rtjalidade, ben como 0 periodo de tempo estabelecido para a sua concretude.

Assim, neste caminhar, optamos por uma metodologia que nos permitisse avan9ar no delineamento de a90es a partir das necessidades surgid3s, cujos procedimentos fossem gerados no proprio processo ou, como diz Saul, percorrer

(11)

C O ll s t r /l çiio d e / 1 111 C l r r (c u { o . . .

uma "trilha metodológica" 29 que não perdesse de vista a descrição e crítica da

realidade e a construção coletiva, apropriando-se do método dialógico e dos princípios metodológicos nele contidos como norteadores de pistas a serem perseguidas.

Neste aspecto, traçamos algumas linhas de ação a serem percorridas no ano de 1 995, a saber:

1 . Implementação do Processo de Capacitação Pedagógica para professores que ainda não se capacitaram;

2 . Realização de Oficinas de Trabalho, a partir das necessidades apontadas;

3. Levantamento do Perfil Profissional atual e o desejável, a partir da identificação dos desempenhos e comportamentos profissionais que vêm sendo ensinados e os que devem ser incorporados e/ou eliminados e dos princípios científicos que sustentam os desempenhos;

4. Discussão, através de seminários, dos seg u intes temas: - Teoria Crítica da Educação;

- Pedagogia da Problematização;

- Currículo I ntegrado;

- Processo de Trabalho Enfermagem/Saúde;

- Perfil Epidemiológico;

- I ntegração Educação/Trabalho.

5 . Sistematização dos desempenhos, comportamentos, habilidades e princípios;

6 . Definição do Perfil Profissional existente e daquele que se deseja

incorporar;

7. Identificação das áreas de conhecimento que compõem o Currículo I ntegrado do Curso de Graduação em Enfermagem;

8. Localização das disciplinas afins dentro das áreas, articulando-as e deslocando-as para o mesmo período;

9. Promoção de um processo de articulação entre as disciplinas profissionalizantes;

1 0 . Estruturação da REDE de conhecimentos por área, através da identificação e sistematização dos PRINCíPIOS técnico-científicos, políticos e filosóficos e os CONCEITOS-CHAVE identificados como mais específicos, mais abrangentes e mais gerais;

1 1 . Paralelamente, Capacitação Pedagógica dos professores de outras u nidades que participam da formação do enfermeiro;

1 2. Promoção no Ciclo Básico das linhas de ação determinadas para o Ciclo Profissionalizante no que concerne aos itens 8, 9 e 1 0 acima descritos.

1 3. Reun ião de esforços na tentativa de promover a integração do Ciclo Básico com o Profissionalizante.

(12)

ROMA NO, Regina Aurora TrillO et alii

CONSIDERACOES FINAlS

Quan-do concluimos esta etapa do trabalho, a elaboray80 do curriculo

integrado encontrava-se na fase 2, descrita no Anexo I. Todavia, pretendemos ,

a

medida em que as fases seguintes sejam concluidas, socializar esta experiencia atraves de outros artigos.

o

processo de construy8o de Curriculo, apoiado por uma Teoria Critica

-Problematizadora, tem sido como explorar um caminho, indo e vindo, superando obstc3culos. A construy8o coletiva possibilita errar menos, a partir de uma experiencia grupal essencialmente dial6gica, apoiada nos ensinamentos de Paulo Freire, em seu livro A Pedagogia do Oprimido, que aqui resume 0 nosso trabalho:

418 R. Bras. Enferm. Brasilia, v. 50, n. 3, p. 407-424 , jul.lset., 1997

" Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Por isso, o diálogo é uma exigência existencial. ... mas, não há diálogo, se não há uma profunda fé nos homens. Fé no seu poder de fazer e refazer;

criar e recriar.

Fé na sua vocação de Ser Mais, que não é

(13)

C o n s t ru ç ã o de u m C u r r íc u L o . . .

ANEXO I - PLANEJAMENTO OPERACIONAL DA CONSTRUÇÃO DO CURRíCULO I NTEGRADO

PROPOSTAS REALIZDAS

1 . Capacitação pedagógica do corpo docente do Curso de Graduação de Enfermagem

ESTRATÉGIAS

Realização de curso em parceria com a Escola de Formação Técnica em Saúde - SES para os enfermeiros docentes e preceptores.

Realização de Curso para os docen­ tes de outras Unidades da Uerj que ministram disciplinas no Curso de Graduação em Enfermagem.

CRONOGRAMA

De 1 992 a 1 995, nos meses de recesso escolar

1 995 / 1 996

2. Institucionalização da -mudança do currículo do Curso de Graduação

Constituição de um grupo de Março / 1 995 trabalho

- Realização das Oficinas com o grupo de trabalho para:

20 a 23 de março / 1 995

3. Construção do pefil profissional do enfer­ meiro

· Construção do paradigma da

educação/enfermagem / tra­ balho.

às 2ª feiras com­ preendidas entre 27/03 e 24/04/95

Elaboração do instrumento Idem para o levantamento do perfil do enfermeiro Elaboração do projeto para

cadastramento na SR- 1 , SR-2 e CNPq

· Treinamento do grupo do cur - 27/04 a 04/05/95 rículo para aplicação do

instrumento · Aprovação do projeto.

Realização de Oficina de Trabalho com grupos de docentes e discentes por área do saber para levantamento dos desempenhos ensinados e dos

princípios que os apoiam: - Enfermagem Básica

- Enfermagem Psiquiátrica - Exercício de Enfermagem, Ética da

Enfermagem e Didática Aplicada à Enfermagem

08 e 2 5/05/95 08/05/95 1 0/05/95

- Enfermagem Pediátrica e Enfer- 1 0/05/95 magem de Saúde Pública

- Enfermagem Neonatal - Pesquisa em Enfermagem - Enfermagem Cirúrgica - Enfermagem Clínica

- Administração em Enfermagem - Enfermagem em Unidade de T

ra-tamentos Especiais - Enfermagem Ginecológica - Enfemagem Obstétrica - Enfermagem em Doenças T

rans-m issíveis

1 2/05/95 1 5/05/95 1 7 e 24/05/95 1 9/05/95 2 3/05/95 24/05/95 2 5/05/95 2 5/05/95 30/05/95

R. Bras. Enfem. Brasília, v . 50, n. 3, p. 407-424, jul.lset. , 1 997

RESPONSÁVEIS

(14)

ROMA NO, Regilla A fl aa Trilo ct II/ii

PROPOSTAS REALIZADAS ESTRATÉGIAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS

4. Desenvolvimento do Realização dos Seminários sobre os junho-julho corpo docente e "nivela­

mento de conteúdos e / ou informações ..

5. Construção do Currículo Integrado

6. Capacitação Pedagógica dos docentes de outras Unidades

420

seguintes temas:

- Teoria Crítica da Educação junho

- Pedagogia da Problematização

- Currículo Integrado junho - Processos de trabalho

Enferma-gem/Saúde - Perfil Epidemiológico

- Integração Educação/Trabalho

Realização das OFICINAS para:

Sistematizar os desempenhos, os junho comportamentos, as habilidades

e os princípios

O grupo de trabalho

- Identificar as áreas que compõem o julho O grupo de trabalho

currículo integrado

- Localizar as disciplinas afins dentro agosto Todos os docentes da FENF com a

das áreas, aticulando-as e deslo- participação do alunado

cando-as para o mesmo período

- Promover o processo de articulação agosto/setembro Idem

entre as disciplinas

profissiona-lizantes

Estruturar a rede de conhecí- outubro mento por área através da identificação e sistematização

dos princípios técnico-cientíri-vos, políticos e filosóficos e conceitos-chave mais

específi-cos, mais abrangentes e mais

gerais.

Promoção de ampla discussão e junho a dezembro capacitação pedagógica dos

profes-sores de outras Unidades que pati-cipam da formação do enfermeiro.

O grupo de trabalho e docentes

(15)

C O II ; t r ll l i o d e 1 1 111 C u r rt c u l cl . . .

ANEXO 11 LEVANTAMENTO DO PERFIL PROFISSIONAL DO CURSO DE

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

FACULDADE DE ENFERMAG EM I UERJ

SEQÜÊNCIA DE ATIVI DADES ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

1 . Discutir o entendimento que o grupo possui a respeito > Levar o grupo a explicitar sua compreensão acerca do que dos "desempenhos" profissionais em Enfermagem : significa "desempenho profissional" ( registre-os no papel

"kraft")

2. Buscar extrair um conceito sintese do grupo: sistemati- > Promover a análise dos conceitos enunciados ( levantando os zando·o: pontos comuns e as diferenças) visando a identificação das

" especificidades" da prática do E nfermeiro.

3. Enumerar os desempenhos profissionais que vêm sendo > Solicitar que o gr-upo elabore um elenco dos desempenhos

ensinados na área de conhecimento e que ajudam a for· " objetivamente" ensinados.

mar o pefil profissional do Enfermeiro:

3a. Descrever Quais as habilidades e/ou > Esta questão é destinada áquelas áreas de conhecimento em

compotamentos que vêm sendo ensinados na área Enfermagem que não geram necessariamente uma " ação" de de conhecimento e que ajudam a delinear o perfil E nfermagem. mas que são fundamentais para guiar as ações

profissional do Enfermeiro; próprias do Enfermeiro (ética. exercício, história, pesquisa ) .

4. Destacar os desempenhos " desejáveis" a serem mantidos > Orientar o grupo para considerar a realidade social e sanitária e aqueles a serem incorporados á sua área. também os (desenvolvimento econômico. condições sociais. tecnológicas. considerados " inadequados" à prática de Enfermagem processo de trabalho, organização dos serviços. etc ) .

na atualidade:

5. Identificar quais 05 principios técnico-Clentificos que > Registrar no papel " krat .. , relacionando-os com os

desempe-sustentam 05 desempenhos enumerados na atividade 3 . nhos enumerados n a atividade 3 .

(16)

ROA NO, Regina A u rora Trino et alii

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 . ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM. Perfil e compe tência do enfe rmeiro e o currículo mínimo para a Graduação em Enfermagem. ANAIS do Seminário da região Sudeste. São Paulo: 1 988.

2. . Currículo mtnlmo para a formação do enfermeiro. Seminário Nacional. CEEnf. SESU-MEC. Rio de Janeiro, N iterói, 1 989.

3. . Proposta de novo currículo para o Curso Superior de

Enfermagem: a formação do enfermeiro. Brasília: 1 99 1 .

4. AZEVEDO, Maria Lúcia. "Educação de trabalhadores da enfermagem

com enfoque na pedagogia da problematização: Avaliação de uma

experiência no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1 99 1 . Dissertação de

mestrado FE-UER).

5. BARDI N , Lau rence. Análise de con teúdo. São Paulo: Edição 70

PERSONA, 1 979, 225p.

6. BRANDÃO, C . R. Avaliação, participação-anotações sobre um ritual de fim de período. Cadernos Cedes, n . 1 2, p.57-64, 1 984.

7. BRASIL, Ministério da Saúde. VIII Confe rência Nacional de Saúde

-Relatório Final - Brasília: 1 986.

8. BRASIL, Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social.

Secretaria de Medicina Social. Distrito Sanitário: con tribuição para um novo tipo de a tendimento dos serviços de Saúde. 2 . ed. Rio de Janeiro: Coordenadoria de Comunicação Social do I NAMPS , 1 988. 36 p.

9. B RAS I L, Ministério da Saúde . Capacitação pedagógica para instru­

tor/supervisor - Área da Saúde. Brasília: Secretaria de Recursos Hu­ manos, 1 989.

1 0. BRASIL, Ministério da Saúde. ABC do SUS - Doutrinas e Princípios.

Brasília: Secretaria Nacional de Assistência á Saúde, 1 990. 20 p .

1 1 . BRASIL, Ministério da Saúde. Lei Orgânica da Saúde - 2. ed. Brasília: Assessoria de Comunicação Social, 1 99 1 . 36 p.

1 2. B RAS I L , Ministério da Saúde. IX Conferência Nacional de Saúde. Brasília: 1 993.

(17)

C O 1 � t r ll ç à o d e U /Il C u r r íc lI l o . . .

1 3. CONSELHO FEDERAL D E EDUCAÇÃO. Currículo mínimo para a g radua­ ção em enfermagem. Parece r 3 1 4/94. Exposição de motivos do Relator Virgínio Cândido Tosta de Souza. Brasília. DOU de 20/1 1 /1 994.

1 4. CHRISTÓFARO, Maria Auxiliadora C . A organização d o sis tema educa­

cional brasileiro e a formação na área de saúde: documento do

programa de recursos h u manos. OPAS/BRASIL. Brasília, 1 992.

1 5. DÂMASO, Romualdo Francisco et aI. A instituição de avaliação no ensino de Enfermagem . R. Enfe rmagem - UERj, Rio de Janeiro. v. 2. n. 2, p. 2 1 2-220 - out. 1 994.

1 6 . . A justiça cuidadosa: introdução à anàlise institucional de ensino de Enfermagem . R. Enfe rmage m UER). Rio de Janeiro, v. 2, n. 1 , p. 3-1 2 , maio 1 994.

1 7 . DEMO, Pedro - A valiação qualita tiva. 2 . ed . São Paulo: Cortez. 1 988

1 8. FREIRE, Paulo e SHOR, I ra. Medo e Ousadia : o cotidiano do professor.

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1 986.

1 9. FUN DAÇÃO OSWALDO CRUZ - Dados Radis, dez. 1 990.

20. GERMANO, Raimunda M. Educação e ideologia da enfe rmagem no

Brasil. São Paulo: Cortez, 1 983.

2 1 . GOOD, William J . , HATT, Paul K. Mé todos em pesquisa social. 7a ed.

São Paulo: Ed. Nacional, 1 979, 488 p.

22. G I ROUX, Heny. Teoria crítica e resis tência e m educação. Para além

das teorias de reprodução. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 1 986.

23. KOSI K, Karel. Dialé tica do Concre to. Rio de Janeiro. Ed. Paz e Terra, 1 986.

24. LOPES , Gertrudes T . , CALDAS , N a lva P , S I LVA, M a ria Therezi n h a N . ,

VIAN NA, Luiz Cesar L . Perfil dos egressos d a Faculdade d e Enferma­ gem da UERJ : estudo preliminar. Rio de Janeiro, 1 994.

25. LUDKE, Menga , ANDRÉ, Marli, E . D. A. Pesquisa e m Educação: aborda­

gens qualitativas. São Paulo: EPU, 1 986, 99p.

26. M I N ISTÉRIO DA SAÚ DE - AIDS. Bole tim Epidemiológico. Ano VI I I , n. 1 ,

dez. 94, jan . e fev. 1 995.

(18)

R OMANO, Regina A urora Trino et a/ii

27. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Formação Superior em Saúde: Tendências da

graduação no período 1 985/1 991 . Cadernos de Recursos Humanos em Saúde. Ano 1 , v . 1 , n . 2, 1 993.

28. PIERANTON I , Célia R . , MACHADO, Helena M . Profissões de Saúde: a formação em questão. 1 1 Conferência Nacional de Recursos Humanos.

Cadernos de Recursos Humanos em Saúde. Ano 1 , v. 1 , n. 3. Brasília: 1 993.

29. SAU L, Anamaria. A valiação Emancipatória: desafio à teoria e à

prá tica de a valiação e reformulação de currículo. 2. ed. São Paulo:

Cortez. 1 99 1 .

30. SAVIAN I , Demerval. Tendências pedagógicas na prática escolar. Re vista

da ANDES, n . 6, 1 982.

31 . TRIVI NOS, Augusto R. S. In trodução à pesquisa em ciências sociais.

São Paulo: Atlas, 1 987, 1 75 p.

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