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Diagnóstico laboratorial de hemoglobinopatias em populações diferenciadas

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Academic year: 2017

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Diagnóstico laboratorial de hemoglobinopatias

em populações diferenciadas

Gi selda M. Orlan do1 Paulo C. Naoum2 Fati ma A. M. Si quei ra3

Cláudi a R. Bon i n i -Domi n gos4

As hemoglobin opatias são um grupo heterogên eo de distúrbios herdados recessi vamen te que i n cluem as talassemi as e as doen ças falci formes. As mutações que as originam são específicas de algumas regiões e em muitos casos determinadas por distribuições étnicas e geográficas, fundamentando os programas de controle destas alterações e o aconselhamento genético. O di agn ósti co de alter ações de hemoglobi n as en volve cu i dados com a metodologia aplicada e o grupo populacional que será avaliado. A informação sobre o tipo de hemoglobina alterada e o suporte clínico, psicológico e genético ao portador e seus familiares é de grande importância para o sucesso de programas preventivos nesta área. Com objetivo de avaliar as metodologias disponíveis para o diagnóstico laboratorial das hemoglobinopatias e suas apl i cações em l abor atór i os cl ín i cos, com par am os a i n ci d ên ci a d e hemoglobinas anormais em populações diferenciadas a saber: doadores de sangue, portadores de anemia a esclarecer, recém–nascidos, e estudantes. As metodologias aplicadas envolveram procedimentos eletroforéticos, análises citológicas e bioquímicas de triagem e para confirmação. No período de setembro de 1999 a janeiro de 2000 analisamos 524 indivíduos, com presença de formas variadas de alteração de hemoglobina para cada grupo, sendo qu e, den tr e as amostr as da popu lação de doador es de san gu e, for am diagnosticados dois casos de indivíduos heterozigotos para anemia falciforme. Rev.bras.hematol.hemoter., 2000, 22(2): 111-121

Pa la vr a s-ch a ve: pr even çã o d e h em ogl obi n opa ti a s, d i a gn ósti co laboratori al, hemoglobi n as an ormai s, talassemi as

1 - In sti tuto de Bi oci ên ci as, UNESP – Botucatu, SP

2 - Professor Ti tular do In sti tuto de Bi oci ên ci as, Letras e Ci ên ci as Exatas, UNESP – São José do Ri o Preto, SP 3 - In sti tuto de Bi oci ên ci as Letras e Ci ên ci as Exatas, UNESP - São José do Ri o Preto, SP

4 - Bi óloga do In sti tuto de Bi oci ên ci as, Letras e Ci ên ci as Exatas, UNESP – São José do Ri o Preto, SP

Trabalho desen volvi do n oLaboratóri o de Hemoglobi n as, Departamen to de Bi ologi a, In sti tuto de Bi oci ên ci as, Letras e Ci ên ci as Exatas, UNESP – São José do Ri o Preto, SP

Cor r espondência par a: Dra. Cláudi a Regi n a Bon i n i -Domi n gos Laboratóri o de Hemoglobi n as, UNESP

Rua Cri stóvão Colombo, 2265. CEP: 15054-000. São José do Ri o Preto. SP Fon e: (17) 221-2392. Fax: (17) 221-2390. E-mai l: bon i n i @bi o.i bi lce.un esp.br Arti go

I ntrodução

A s h em o gl o b i n o p at i as, t am b ém conhecidas como distúrbios hereditários da h em o gl o b i n a h u m an a, são d o en ças geneticamente determinadas e apresentam

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um grup o de condi ções de consi derável complexidade (2).

O Brasil se caracteriza por significativa mistura racial onde o processo de colonização teve grande influência na dispersão dos genes an o r m ai s, p r i n ci p al m en t e t al assem i as e f al cem i as. Assi m , a d i st r i b u i ção d as hemoglobinas anormais, provenientes de formas variantes e talassemias, está relacionada com as etnias que compõem nossa população. Dentre as hemoglobinas variantes, as mais freqüentes na população brasileira são a hemoglobina S (HbS) e C (HbC), ambas de origem africana, mostrando a intensa participação do negro na composição populacional brasileira (3, 4, 5). As talassemias são mais freqüentes em regiões que tiveram maior participação da colonização italiana (4, 6). Outras variantes raras como as hemoglobinas D, J, I, N, G, são encontradas em diferentes localidades (7).

As alterações que envolvem genes estruturais p ro m o vem a f o rm ação d e m o l écu l as d e hemoglobinas com características bioquímicas diferentes das hemoglobinas normais, por isso são denominadas variantes, em sua maioria originada por substituições de aminoácidos resultantes de mudanças nas seqüências de nucleotídeos. As mutações afetando genes regu l ad o res p ro m o vem d eseq u i l íb ri o d o co n teú d o q u an ti tati v o d as cad ei as e, consequentemente, dos ti p os normai s de hemoglobinas, causando as talassemias (8, 10).

As talassemias do tipo alfa podem ter causas: hereditárias e adquiridas. Evidentemente as formas hereditárias são as mais comuns e at i n gem , p el o m en o s 4% d a p o p u l ação brasileira. As formas adquiridas são secundárias a um processo patológico primário (2, 11, 12). As talassemias do tipo beta constituem um grupo d e al t er açõ es gen ét i cas d a sín t ese d e hemogl obi na ex tremamente di verso com variabilidade clínica em relação à sintomas e manifestações; condições resultantes de fatores genéticos e adquiridos (2, 13).

Co n si d er an d o q u e t o d as essas hemoglobinopatias determinam importantes m an i f estaçõ es cl ín i cas, cab e r essal tar a importância do diagnóstico laboratorial precoce destas patologias, evitando as conseqüências deletérias da doença.

Estu d o s p o p u l aci o n ai s p er m i tem o diagnóstico de heterozigotos e o aconselhamento genético fornecendo subsídios para que os indivíduos decidam conscientemente sobre sua prole, além da melhoria na qualidade de vida dos doentes (14). Neste contexto é possível r eal i zar estu d o s p r ev en ti v o s d e hemoglobinopatias, principalmente nas regiões em que a incidência dessas alterações alcança freqüências marcantes para a saúde pública, enfocando da melhor maneira a população e o tipo de hemoglobinopatia que a acomete (15, 16). A elaboração de programas preventivos requer o suporte de órgãos oficiais de saúde, trei n am en to d e p esso al cap aci tad o p ara diagnóstico, aconselhamento genético e clínico dos pacientes e casais de risco (17, 18).

No presente estudo objetivamos avaliar as metodologias disponíveis para o diagnóstico laboratorial de hemoglobinopatias, comparando as análises de hemoglobina em diferentes populações e elaborar um esquema de programa preventivo de hemoglobinopatias segundo a resposta de cada população analisada.

Casuística e métodos

As p o p u l açõ es an al i sad as f o r am : estudantes, portadores de anemia a esclarecer, doadores de sangue e recém–nascidos. O grupo dos estudantes foi escol hi do como grup o controle. Todas as amostras de sangue foram colhidas com anticoagulante e após prévia au to ri zação d o s p arti ci p an tes, co n f o rm e orientação do Comitê de Ética em Pesquisa.

A metodologia empregada para as análises foram: Testes Seletivos - resistência globular osmótica em solução de cloreto de sódio a 0,36% (19), eletroforese em pH alcalino em acetato d e cel u l o se ( 20) , an ál i se d a m o r f o l o gi a eritrocitária à fresco (2).

Para a confirmação dos diagnósticos foram realizados testes específicos como: eletroforese quantitativa em acetato de celulose, pH 8,5 para dosagem de hemoglobina A

2

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Resultados

No período de setembro de 1999 à janeiro de 2000 foram analisadas amostras de sangue de di ferentes grup os p op ul aci onai s e os resultados obtidos nas análises de hemoglobinas p o d em ser o b ser v ad o s n a Tab el a 1. Estatisticamente os valores de hemoglobinas normais e anormais entre os diferentes grupos p o p u l aci o n ai s est u d ad o s, ap r esen t ar am diferença entre estudantes e recém–nascidos com valores de p= 1,0000, considerado não significativo. A diferença entre os valores encontrados para os estudantes, tido como grupo controle, e portadores de anemia a esclarecer, mostrou valor de p= 0,0157, sendo considerado significativo. Entre estudantes e doadores de sangue a diferença encontrada mostrou valor de p< 0,0001, sendo considerado extremamente significativo.

No grup o dos recém–nasci dos foram analisados um total de 100 amostras de sangue de cordão umbilical. A origem racial destes indivíduos não pode ser avaliada pois não foi fornecida adequadamente pelo hospital. O valor médio de hemoglobina fetal encontrado foi de 81,71%, com um valor mínimo de 62,85% e um valor máximo de 96%. As taxas de normalidade da hemoglobina fetal para indivíduos nesta faixa etária varia de 70 à 90%. Com relação às hemoglobinopatias, 24 (24%) recém-nascidos apresentaram hemoglobinas alteradas, sendo 10 (10%) indivíduos com valores de hemoglobina

fetal superiores à 90% sugerindo beta talassemia heterozigota, 10 (10%) indivíduos com valores de hemoglobina fetal dentro dos padrões de normalidade e presença de hemoglobina H/ Bart’s, sugerindo alfa talassemia heterozigota. Um (1%) indivíduo apresentou hemoglobina H/ Bart’s e valores de hemoglobina fetal superiores à 90%, sugerindo interação de alfa talassemia com beta talassemia heterozigota. Três (3%) indivíduos apresentaram hemoglobina S que, pela sua concentração, sugere traço falcêmico. A Tabela 2 apresenta cada um dos tipos de hemoglobinas anormais encontrados em cada grupo estudado.

No grupo dos portadores de anemia à esclarecer, foram analisadas amostras de sangue de cinqüenta (100%) pacientes com idade variando de um a 58 anos. Três (6%) indivíduos eram caucasóides, 5 (10%) não–caucasóides. Em 42 (84%) indivíduos a origem racial não foi informada pelos laboratórios que encaminharam as amostras. O grupo de não–caucasóides incluiu negros, mulatos, e amarelos. Com relação à hemoglobinopatias, observamos 13 (26%) indivíduos com alfa talassemia, 7 (16%) com beta tal assemi a heterozi gota, 1 (2%) com interação alfa/ beta talassemia e 1 (2%) com hemoglobina AB2; uma variante de cadeia delta sem alterações fisiológicas; totalizando 22 (40%) indivíduos com hemoglobinas alteradas. Não foi encontrado nenhum portador de traço falcêmico, devido ao fato desta herança em heterozigose não provocar anemia.

Tabela 1. Valores de hemoglobinas normais e anormais encontrados em cada grupo populacional estudado

Grupo estudado Hemoglobinas Hemoglobinas Total

normais N(%) anormais N(%) N(%)

Recém – nascidos 76 24 100

76% 24% 100%

Portadores de anemia a esclarecer 28 22 50

56% 44% 100%

Doadores de sangue 249 13 262

95,03% 4,96% 100%

Estudantes 84 28 112

75% 25% 100%

Total 437 87 524

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Entre o grupo de doadores de sangue, foram analisadas 262 amostras de indivíduos com média de idade de 34,21 anos, onde a idade mínima foi de 18 anos e a máxima 64. Com referência a origem racial, 203 (74,48%) eram caucasóides e 59 (22,52%) não–caucasóides. Para a análise de hemoglobinas anormais, 249 (95,03%) indivíduos apresentaram padrão eletroforético normal para hemogl obi nas e 13 (4,96%) ap resentaram hemoglobinas anormais, dentre os quais, dois (0,76%) com hemoglobina AS, 3 (1,14%) com hemoglobina AC, 5 (1,90%) com suspeita de alfa talassemia, 1 (0,38%) com suspeita de beta talassemia e 2 (0,76%) com hemoglobina AB2. Para este grupo em especial, correlacionamos a

presença de hemoglobinas anormais segundo a origem racial que está demonstrada na Tabela 3. Dentre os caucasóides, 2 (0,76%) apresentaram hemoglobina AS, 2 (1,14%) hemoglobina AC, 5 (1,90%) alfa talassemia, 1 (0,38%) beta talassemia. Entre os não–caucasóides encontramos 1 (0,38%) indivíduo com hemoglobina AC e 2 (0,76%) com hemoglobina AB2.

A análise estatística para presença ou não de hemoglobinas anormais e origem racial em doadores de sangue mostrou valor de p= 1,0000, considerado não significativo.

No grupo dos estudantes foram realizadas anál i ses p ara hemogl obi nop ati as em 112 amostras de sangue de indivíduos cuja média

Tabela 2. Tipos de hemoglobinas encontradas nas populações analisadas

Tipos de hemoglobinas

População Hb AA Hb S Hb C Alfa-tal Beta-tal Outros Total

R.N. 76 3 10 10 1 100

(100) (76%) (3%) – (10%) (10%) (1%)

Portadores de anemia 28 13 7 2 50

(50) (56%) – – (26%) (16%) (4%)

Doadores de sangue 249 2 3 5 1 2 262

(262) (95,03%) (0,76%) (1,14%) (1,90%) (0,38%) (0,76%)

Estudantes 85 1 14 10 2 112

(112) (76%) (0,89%) – (12,5%) (8,93%) (1,78%)

Tabela 3. Tipos de hemoglobinas segundo a origem racial em doadores de sangue

Hb AA: hemoglobi n as n ormai s

Hb AS: traço falcêmi co (i n di víduo heterozi goto) Hb AC: hemoglobi n a C (i n di víduo heterozi goto) Beta – tal het: beta talassemia heterozigota Alfa – tal: alfa – talassemi a

Outros: hemoglobin a AB2

Tipos de hemoglobinas

Indivíduos Hb AA Hb AS Hb AC Alfa - tal Beta–tal Outros Total

het

Caucasóides 193 2 2 5 1 0 203

73,66% 0,76% 1,14% 1,90% 0,38% 0% 77,48%

Não Caucasóides - 56 0 1 0 0 2 59

21,37% 0% 0,38% 0% 0% 0,76% 22,51%

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de idade foi de 22,39 anos, sendo 18 anos a idade mínima e 45 a máxima. Segundo a origem racial, 104 (92,85%) eram caucasóides e 8 (7,14%) eram não–caucasóides.

Neste grup o, encontramos 1 ( 0,89%) indivíduo com hemoglobina AS sugerindo traço falcêmico, 14 (12,5%) com alfa talassemia, 10 (8,93%) com beta talassemia e 2 (1,78%) com interação alfa/ beta talassemia, totalizando 27 (25%) indivíduos com hemoglobinas alteradas. A Tab el a 4 ap r esen t a o s t i p o s d e hemoglobinas encontradas segundo a origem racial para o grupo de estudantes, evidenciando q u e d o to tal d e 104 ( 92,8%) i n d i víd u o s cau casó i d es, 80 ( 71,42%) ap r esen t ar am h em o gl o b i n as n o r m ai s, 1 ( 0,89%) co m hemoglobina S sugerindo traço falcêmico, 12 (10,71%) indivíduos com alfa talassemia, 9

(8,03%) com beta talassemia e 2 (1,78%) com interação de alfa com beta talassemia. Entre os não–caucasóides que totalizaram 8 (7,14%) indivíduos, encontramos 5 (4,64%) indivíduos com hemoglobinas normais, 2 (1,78%) com alfa talassemia, 1 (0,89%) com beta talassemia. A análise estatística mostrou valor de p=0,3969, considerado não significativo.

Q uando comp aramos a p resença de hemogl obi nas anormai s entre doadores e est u d an t es, segu n d o a o r i gem r aci al , encontramos valor de p= 0,3699, considerado não significativo (Tabela 5).

No grupo dos estudantes, através dos testes utilizados na triagem de hemoglobinopatias, observamos a presença de prováveis quadros anêmicos. Desta forma, além dos 27 prováveis portadores de alteração de hemoglobinas, 11

Tabela 4. Tipos de hemoglobinas segundo a origem racial no grupo de estudantes

Hb AA: hemoglobi n as n ormai s Hb S: hemoglobi n a S

Alfa – tal: alfa – talassemi a

Beta – tal het: beta talassemia heterozigota Alfa / beta tal: in teração alfa / beta talassemia

Tipos de hemoglobinas

Indivíduos Hb AA Hb S Alfa – tal. Beta–tal. Alfa/ beta Total

het. tal. 112 - 100%

Caucasóides 80 1 12 9 2 104

71,42% 0,89% 10,71% 8,03% 1,78% 92,8%

Não – caucasóides 5 0 2 1 0 8

4,64% 0% 1,78% 0,89% 0% 7,14%

Tabela 5. Hemoglobinas anormais em doadores de sangue e estudantes, segundo a origem racial

p = 0.3699

Odds Rati o” = 2.400

In tervalo de con fi an ça de 95%: 0.4118 < á < 13.986 (usan do a aproxi mação de Woolf).

Estudantes Doadores de sangue Total

Caucasóides 24 10 34

60% 25% 85%

Negróides 3 3 6

8% 8% 15%

Total 27 13 40

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apresentaram suspeita de anemia carencial. Os 38 indivíduos foram chamados para avaliação cl ín i ca o n d e f o r am so l i ci t ad o s ex am es complementares como hemograma, ferro sérico, ferritina e transferrina para afastar ferropenia.

Através da análise de hemoglobinas em diferentes grupos populacionais, observamos que a metodologia laboratorial proposta oferece

subsídios para a correta avaliação das diferentes f o rmas d e h emo gl o b i n as an o rmai s, cu jo diagnóstico laboratorial preciso dependerá da combinação dos métodos aplicados na triagem e confirmação dos suspeitos. As Figuras 1 e 2 ilustram os procedimentos eletroforéticos em pH alcalino e ácido, onde se fundamenta o diagnóstico das principais hemoglobinopatias.

Figur a 2. Eletroforese em pH 6,2 ágar - fosfato para di feren ci ação F: Hemoglobi n a Fetal

A: Hemoglobi n a A S: Hemoglobi n a S

Figur a 1. Eletroforese em acetato de celulose pH 8,6

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Discussão

A população brasileira caracteriza–se por apresentar grande heterogeneidade genética, derivada da contribuição dos seus grupos raciais formadores, por si também já muito diversificados, e dos diferentes graus com que eles se intercruzaram nas várias regiões do país (24). A miscigenação da população brasileira é resultante das imigrações que ocorreram no período da colonização compreendido entre os séculos XVI e XIX, nos quais o Brasil recebeu milhões de imigrantes europeus e asiáticos. A freqüência das anemias hereditárias reflete a diversidade de origens raciais e os diferentes graus de mistura entre brasileiros de cada r egi ão d o p aís. As h em o gl o b i n o p at i as, esp eci al m en t e sín d r o m es f al cêm i cas, hemogl obi na C (H b C) e tal assemi as são co m u n s n o B r asi l co m p r ev al ên ci as diferenciadas (25, 26, 27, 28, 29, 30).

A O r gan i zação Mu n d i al d e Saú d e recomenda a implantação de programas para prevenção e controle de hemoglobinopatias na América Latina, especialmente no Brasil (31,32). A organização de um programa preventivo requer suporte dos órgãos oficiais de saúde, trei n am en to d e p esso al cap aci tad o p ara diagnóstico, aconselhamento genético e clínico dos pacientes (18). O sucesso destes programas depende da receptividade, disponibilidade e interesse da população a ser estudada (33).

A detecção de indivíduos portadores das formas imperceptíveis de hemoglobinopatias, os heterozigotos, são extremamente importantes p ar a a saú d e p ú b l i ca p o i s, al ém d e representarem fonte de novos heterozigotos, podem, através de casamentos entre portadores, originar indivíduos homozigotos e duplos heterozigotos como, por exemplo, os portadores de hemoglobina SC (Hb SC), que manifestam uma forma clínica. Os indivíduos homozigotos d i agn o sti cad o s d everão ser d evi d amen te en cami n h ad o s à o ri en tação méd i ca p ara t r at am en t o p r eco ce, m i n i m i zan d o as manifestações clínicas (34, 35). Dessa forma, destacamos que os pontos fundamentais de um programa preventivo de hemoglobinopatias compreende a divulgação da informação à população, o reconhecimento de heterozigotos,

d i agn ó sti co n eo n atal , e aco n sel h am en to genéti co. Este comp reende ati vi dades de esclarecimento ao portador da alteração de manei ra cl ara devendo ser real i zado p or esp eci al i sta o u gen eti ci sta co m m ateri al informativo específico (2).

Os programas de prevenção colaboram p ara a consci enti zação dos heterozi gotos fornecendo informações para que possam decidir responsavelmente sobre o futuro de seus descendentes; favorece o direcionamento clínico n o s caso s m ai s b r an d o s e i n d i ca o acompanhamento adequado aos portadores das formas graves da doença. É importante uma tecnol ogi a adequada p ara o di agnósti co, utilizando vários testes laboratoriais seletivos e de confirmação, dados clínicos e estudo familial, bem como a formação de pessoal capacitado para o diagnóstico laboratorial correto.

No presente estudo, constatamos que no gr u p o d o s r ecém –n asci d o s, o n d e f o r am analisadas 100 amostras de sangue de cordão, verificamos que 24 (24%) amostras sugeriram p o r t ad o r es d e h em o gl o b i n as an o r m ai s. Comparados ao grupo dos estudantes, com 27 ( 24,11%) p ortadores de hemogl obi nas anormais, a análise estatística não apresentou d i f er en ça si gn i f i cat i v a e, o s v al o r es encontrados refletiram o esperado pois são p op ul ações gerai s. Em recém–nasci dos, a h em o gl o b i n a f etal ser á su b sti tu íd a p el a hemoglobina A por volta dos seis meses de idade, período no qual novos testes deverão ser realizados para confirmar as suspeitas de hemogl obi nas anormai s, em esp eci al nas mutantes de cadeia beta.

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grupo, pode ser explicada devido à condição física e psicológica em que se encontravam no período da coleta, o qual coincidiu com época de provas finais, onde não mantinham alimentação adequada e estavam em relativo estresse.

No grup o dos p ortadores de anemi a, en co n t r am o s 22 ( 44%) i n d i v íd u o s co m hemogl obi nas anormai s, num total de 50 amostras de sangue analisadas. Tal fato pode ser explicado pelos portadores de anemia constituírem um grupo com manifestações clínicas de anemia à esclarecer.

O modelo de programa preventivo que usamos contou com ap oi o de equi p e de p si cól ogos que atuou na abordagem dos est u d an t es i n t er essad o s, f o r n ecen d o informações sobre as hemoglobinopatias. Dessa forma participaram conscientemente do estudo m ed i an t e au t o r i zação p r év i a, segu n d o orientação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos.

Os resultados foram encaminhados aos estudantes e naqueles onde observamos a p resença de al terações de hemogl obi nas, fornecemos material específico e orientação ad eq u ad a p ar a av al i ação cl ín i ca, t est es complementares e estudo familiar. Nesta fase, a at u ação d a p si có l o ga d a eq u i p e f o i f u n d amen tal , mi n i mi zan d o an si ed ad es e algumas dúvidas que p udessem surgir no momento de uma nova coleta e estudo da família, evidenciando a importância da atuação multiprofissional em programas preventivos de alterações genéticas para que obtenhamos o sucesso esperado.

Conclusões

O presente estudo procurou mostrar a importância do diagnóstico laboratorial de hemoglobinopatias, bem como as atividades d e p r ev en ção q u e p er m i t em o aco n sel h am en t o gen ét i co , o t r at am en t o precoce nos casos de homozigose e sugerir a realização de uma triagem mais específica em doadores de sangue.

Em anál i ses real i zadas nas di ferentes p o p u l açõ es p r o p o st as o b ser v am o s a i mp ortânci a do estudo p op ul aci onal , que

permite uma visualização da distribuição das hemoglobinopatias na população humana, au x i l i an d o n a el ab o r ação d e p r o gr am as preventivos.

Po d em o s au x i l i ar a co m u n i d ad e promovendo campanhas de esclarecimento nas escolas e em serviços de saúde da rede pública e particular, nas quais se faz necessário o diagnóstico de indivíduos heterozigotos, o aconsel hamento genéti co e o di agnósti co neonatal.

Nas avaliações em neonatos, os resultados encontrados sugerem a implantação de serviços de esclarecimento à população que realmente atinjam a comunidade como um todo, além de fornecer o tratamento de suporte aos indivíduos afetados.

Pela análise dos portadores de anemia à esclarecer, concluímos que existe uma grande necessidade de aumentar a capacidade de formação de recursos humanos para o correto diagnóstico laboratorial.

Um programa preventivo necessita da colaboração de diversos profissionais para que as informações necessárias sejam reunidas. Notamos que, devido ao padrão de herança das anemias, é necessário informar a origem racial dos indivíduos e nem todos os serviços prestam tal informação, o que dificulta uma análise mais detalhada de cada caso.

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Entre os estudantes, das 112 amostras analisadas, encontramos 28 indivíduos que ap resentavam al gum ti p o de al teração. A ab o r d agem d est es est u d an t es p ar a co n tri b u írem co m o p resen te estu d o f o i r eal i zad o co m au x íl i o p si co l ó gi co , q u e p r o cu r o u escl ar ecer o q u e é an em i a h er ed i t ár i a, ex p l i can d o su as p r i n ci p ai s co n seq ü ên ci as e a i m p o r t ân ci a d e u m d i agn ó st i co p r ev en t i v o , al ém d e at u ar minimizando as ansiedades dos alunos. Uma v ez sen d o est u d an t es u n i v er si t ár i o s e escl ar ecen d o o t i p o d e al t er açõ es q u e ap r esen t am , p o d em o s co n cl u i r q u e a prevenção de hemoglobinopatias é importante para detecção dos heterozigotos e esclarecê-los a respeito da alteração que possuem. Sendo assim, estaremos contribuindo para com o conhecimento sobre esta alteração genética e red u zi n d o mo rb i d ad e e mo rtal i d ad e d o s indivíduos com a forma grave da doença.

Laboratory diagnosis of Hemoglobinopathies in different population groups

Gi selda M. Orlan do, Paulo C. Naoum, Fati ma A. M. Si quei ra, Cláudi a R. Bon i n i -Domi n gos

Abstr act

Th e i n h er i ted h a em ogl obi n opa th i es a r e a heter ogen eou s gr ou p of r ecessi ve di sor der s that i n cl u d e th e th a l a ssa em i a s a n d si ckl e cel l di sease. Near ly a thou san d mu tan t alleles have n ow been char acter i zed. The mu tati on s ar e r egi on a l l y speci f i c a n d i n m ost ca ses th e geographi cal an d ethn i c di stri buti on s have been deter m i n ed pr ovi di n g the fou n dati on for a pr ogr am of con tr ol thr ou gh scr een i n g, gen eti c cou n sel i n g a n d pr en a t a l d i a gn osi s. Th e diagnosis of hemoglobi n opathi es requires care for the methodologi es appli ed an d the popu lati on grou p whi ch wi ll be evalu ated. The i n formati on abou t the abn or mal hemoglobi n , the medi cal a n d psych ol ogi ca l a spect s a n d gen et i c cou n seli n g of the car r i er s an d their fami li es are goals of gr eat i m por tan ce for the su ccess of pr even ti ve pr ogr ams i n thi s ar ea. Ai mi n g to eva l u a t e t h e l a bor a t or y m et h od s f or hemoglobi n opathy scr een i n g an d their u se i n cl i n i ca l l a bor a t or i es, w e h a ve com pa r ed

a bn or m a l h em ogl obi n s i n ci d en ce i n th e di ffer en t popu lati on gr ou ps: blood don or s, an emi a car r i er s, n ewbor n an d stu den ts. The l a bor a t or y m et h od s a ppl i ed i n vol ved eletr ophor eti c pr oceedi n gs, cytologi cal an d bi ochemi cal an alysi s. Wi thi n the per i od fr om September 1999 thr ou gh Jan u ar y 2000, we an alyzed 524 i n di vi du als wi th var i ed types of a bn or m a l h em ogl obi n s. Am on g bl ood don or s, we di agn osed two si ckle cell car r i er s, whi ch su ggest the necessity for better car e i n t h e pr ocess of sel ect i on of bl ood d on or can di dates. The curren t i n terest i n the medi cal an d soci al aspects of si ckle cell an emi a has r esu lted i n a gr eat i n cr ease i n methodology r esear ch leadi n g to the developmen t of si ckle cell scr een i n g techn i qu es.

Rev.bras.hematol.hemoter., 2000, 22(2): 111-121

Key-wor ds: hemoglobi n opathi es preven ti on ,

laboratory di agn osi s, abn ormal hemoglobi n , thalassemi as

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