• Nenhum resultado encontrado

Análise comparativa da sutura artroscópica de lesões grandes e extensas do manguito rotador com relação ao grau de osteopenia.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Análise comparativa da sutura artroscópica de lesões grandes e extensas do manguito rotador com relação ao grau de osteopenia."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

Original

Análise

comparativa

da

sutura

artroscópica

de

lesões

grandes

e

extensas

do

manguito

rotador

com

relac¸ão

ao

grau

de

osteopenia

Alexandre

Almeida

a,∗

,

Vinícius

Atti

b

,

Daniel

Cecconi

Agostini

a

,

Márcio

Rangel

Valin

a

,

Nayvaldo

Couto

de

Almeida

a

e

Ana

Paula

Agostini

c

aHospitalSaúde,CaxiasdoSul,RS,Brasil bHospitalPompeia,CaxiasdoSul,RS,Brasil

cPontifíciaUniversidadeCatólicadoRioGrandedoSul,CaxiasdoSul,RS,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem28dedezembro de2013

Aceitoem10defevereirode2014

On-lineem1deagostode2014

Palavras-chave:

Densidadeóssea Osteoporose Bainharotadora Ombro

r

e

s

u

m

o

Objetivo:analisaroresultadodasuturaartroscópicadaslesõesgrandeseextensasdo man-guitorotador(MR)deacordocomograudeosteopeniadopaciente.

Método:coorteprospectivanospacientesoperadosapartirdeoutubrode2008e retrospec-tivanosdemais.Foramanalisados138pacientessubmetidosàsuturaartroscópicadelesões grandeseextensasdoMRentre2003e2011.Aospacientesoperadosapartirdeoutubrode 2008erasolicitadaumadensitometriaóssea(DO)porocasiãodotratamentocirúrgico.Nos pacientesoperadosantesdeoutubrode2008,pesquisaram-sedensitometriasfeitasdois anosantesouapósotratamentocirúrgico.Ospacientesforamdivididosemtrêsgrupos.Os comosteoporoseformaramogrupo1(n=16),oscomosteopeniao2(n=33)eosnormaiso 3(n=55).

Resultados: aoanalisaroescoredaUniversidadedaCalifórniaemLosAngeles(UCLA)do Grupo3ecompará-locomoGrupo2,nãofoiverificadaumadiferenc¸aestatisticamente significativa(p=0,070).AoanalisaroGrupo3ecompará-locomoGrupo1,foiverificada umadiferenc¸aestatisticamentesignificativa(p=0,027).

Conclusão:oresultadodasuturaartroscópicadaslesõesgrandeseextensasdoMRparece sofrerinfluênciadadensidademineralósseadopacienteavaliadapormeiodeDO.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.

Comparative

analysis

on

arthroscopic

sutures

of

large

and

extensive

rotator

cuff

injuries

in

relation

to

the

degree

of

osteopenia

Keywords:

Bonedensity

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective:toanalyzetheresultsfromarthroscopicsuturingoflargeandextensiverotator cuffinjuries,accordingtothepatient’sdegreeofosteopenia.

TrabalhodesenvolvidonoHospitalSaúdeenoServic¸odeResidênciaemOrtopediadoHospitalPompeia,CaxiasdoSul,RS,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:bone@visao.com.br(A.Almeida). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2014.02.015

(2)

Osteoporosis Rotatorcuff Shoulder

Method: 138patientswhounderwentarthroscopicsuturingoflargeandextensive rota-torcuffinjuriesbetween2003and2011wereanalyzed.ThoseoperatedfromOctober2008 onwardsformedaprospectivecohort,whiletheremainderformedaretrospectivecohort. AlsofromOctober2008onwards,bonedensitometryevaluationwasrequestedatthetimeof thesurgicaltreatment.Forthepatientsoperatedbeforethisdate,densitometry examinati-onsperformeduptotwoyearsbeforeorafterthesurgicaltreatmentwereinvestigated. The patientswere dividedintothree groups.Those withosteoporosis formedgroup 1 (n=16);thosewithosteopenia,group2(n=33);andnormalindividuals,group3(n=55).

Results: inanalyzingtheUniversityofCaliforniaatLosAngeles(UCLA)scoresofgroup3 andcomparingthemwithgroup2,nostatisticallysignificantdifferencewasseen(p=0.070). Analysisongroup3incomparisonwithgroup1showedastatisticallysignificantdifference (p=0.027).

Conclusion: theresultsfromarthroscopicsuturingoflargeandextensiverotatorcuff inju-riesseemtobeinfluencedbythepatient’sbonemineraldensity,asassessedusingbone densitometry.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.

Introduc¸ão

O desenvolvimento e a divulgac¸ão das técnicas de sutura artroscópicadomanguitorotador(MR)tornaramaartroscopia doombroumdosprocedimentosmaisfeitosnoscentros cirúr-gicosortopédicos.1,2Ograndedesafioéidentificarosfatores deriscoquepodeminterferirnaevoluc¸ãopós-operatóriade cadapaciente,principalmentequandooassuntosãoaslesões grandeseextensasdoMR.Aidentificac¸ãodessesfatoresde riscoé,atéomomento,subjetivaedependentedaexperiência profissional.

Algunsfatores derisco jáforam descritos naliteratura. Aidadeno momentodoprocedimentocirúrgico pareceter influêncianacicatrizac¸ãoenoganhodoarcodemovimento e da forc¸a muscular.3,4 Têm sido consideradas deletérias ao resultado final do tratamento outras variáveis, como sexo,5 tabagismo,6–10 qualidade do tendão na ressonância magnética,11distânciaúmero-acromial<7mmnoraiosX12 ecomprometimentodacabec¸alongadobíceps(CLB).13–17

Algunsdadosarespeitodaperdademassaósseano tubér-culomaiorinduzidapela lesão doMRestão publicados na literatura.18–20Essesdadosealgunsestudosmecânicos suge-remumpossívelefeitodeletériodaosteopenianacicatrizac¸ão pós-operatóriadoMR.11,21,22Nãoencontramosdadosde aná-lisedarelac¸ãoentreaperdaósseainerenteaoenvelhecimento comoresultadodasuturaartroscópicadoMR.

Oobjetivodestapesquisaéanalisardeformacomparativa oresultadodasuturaartroscópicadalesãodoMRdeacordo comograudeosteopeniadopacienteaferidona densitome-triaóssea.

Métodos

Coorteprospectivanospacientesoperadosapartirdeoutubro de2008ecoorteretrospectivanosdemais.

Foram analisados 138 pacientes submetidos à sutura artroscópicadelesõesgrandeseextensasdoMR23 de21de janeirode2003a4defevereirode2011.

Após a anestesia geral, o paciente foi posicionado em decúbito lateral com omembro superiorabduzido em30◦,

flexionadoem20◦ esobtrac¸ãode5kg.Atécnicade

disten-sãoarticularfoiosorofisiológicoemsuspensãonospacientes operadosatéjaneirode2006ebombadedistensãoarticulara partirdessadata.24AsuturaartroscópicadalesãodoMRfoi executadasemprepelomesmocirurgião.

Todosospacientesforamimobilizadosaindaanestesiados na salacirúrgica com umatipoiaagregadaaumcoxim de abduc¸ão.

Para fins de análise dograu de osteopenia,dos pacien-tesoperadosapartirdeoutubro de2008foisolicitadauma densitometriaósseacomoexamepré-operatório.Os pacien-tes operados antesde outubro de 2008 foram perguntados sobredensitometriasfeitas doisanosantesouapós adata dotratamentocirúrgicodoombro.

Foramincluídosnesteestudotodosospacientesemque foifeitoofechamentoartroscópicocompletodalesãodoMR equetinhampelomenos12mesesdepós-operatórionadata daavaliac¸ão.Todostinhamumexamededensitometriaóssea consideradoválido,feitoatédoisanosantesouapósadatado tratamentocirúrgico.

Foramexcluídostodosabaixode40anos,tabagistase paci-entesemqueofechamentodalesãodoMRfoiparcialeque tinhamfeitocirurgiasderevisão.

Parafinsdeanáliseestatística,foramusadososvaloresde Tlombarefemoralnadensitometriaóssea.Foram conside-radososteopênicosospacientesqueseencontravamnafaixa de –2,49até–1,01de umaoude ambasasmedidas.Foram consideradoscomosteoporoseospacientesnafaixaabaixo de–2,49enormaisosacimade–1,01.25–28Ospacientesforam divididosemtrêsgrupos,deacordocomovalor densitomé-tricoeograudeosteopenia(tabela1).Oscomosteoporose formaramoGrupo1(n=16),oscomosteopeniao2(n=33)e osnormaiso3(n=55).

Aavaliac¸ãodoresultadofoi feitapormeio daescala da UCLA.29,30

Asvariáveisestudadasforam:sexo,idade,graude osteo-penia,índicedeUCLAeforc¸amuscular.

(3)

Tabela1–Gruposdeacordocomograudeosteoporose

n Densitometria Diagnóstico

Grupo1 16 –3,90a–2,50 Osteoporose Grupo2 33 –2,49a–1,01 Osteopenia

Grupo3 55 –1,00a4,00 Normais

(SPSSInc.2011).Paraaanáliseestatística,foramusadoscálculo

dasmedianas,intervalointerquartil,frequênciaepercentual.

Paraacomparac¸ãousou-seostestesUdeMann-Whitneye

qui-quadrado.Foramconsideradassignificantesasdiferenc¸as

comp<0,05paraumintervalodeconfianc¸ade95%.

Resultados

Oestudoavaliou138ombrosoperados,dosquaisforam

excluí-dos34.Aamostrafoide104.

Aavaliac¸ãopós-operatóriafoifeitacomumamedianade

30meses(mínimode12emáximode97).Amédiadeidadefoi

de60,7±8,3anos.Comrelac¸ãoaosexo,35(33,6%)pacientes

erammasculinose69(66,4%)femininos.

Osgruposforamanalisadosparaopredomíniode

pacien-tesmasculinosefemininos(tabela2).Ostrêsgruposforam

consideradossemelhantes,muitoemborahouvesseum pre-domíniodepacientesfemininosno2(p=0,009).

Osgruposforamanalisadosparaafaixaetáriadeacordo comosexodospacientes(tabela3).Osgruposforam conside-radossemelhantes(figs.1e2).

Aoanalisar o escore da UCLA doGrupo 3 (55, 52,8%) e compará-locomodoGrupo2(33,31,7%),nãofoiverificada umadiferenc¸aestatisticamentesignificativanosresultados (p=0,070)(tabela4).

Aoanalisaroescoreda UCLAdoGrupo 3(55pacientes, 52,8%)ecompará-locomodoGrupo1(16,15,5%),foiverificada umadiferenc¸aestatisticamentesignificativanosresultados (p=0,027)(tabela5).

Grupo

Normais Osteopenia

Osteoporose

Idade

90

80

70

60

50

40

30

31

Masculino

Figura1–Idadedospacientesmasculinos.

Tabela4–Comparac¸ãogruponormais×osteopenia

UCLA Normaisn=55 Osteopenian=33 pa

Mediana(IIQb) 30(27-32) 32(29-34) 0,070

Mínimo 9 16

Máximo 35 35

a TesteUdeMann-Whitney.

b IIQ,Intervaloouamplitudeinterquartil.

Tabela5–Comparac¸ãogruponormais×osteoporose

UCLA Normaisn=55 Osteoporosen=16 pa

Mediana(IIQb) 30(27-32) 27(21,5-29) 0,027

Mínimo 9 12

Máximo 35 35

a TesteUdeMann-Whitney.

b IIQ,Intervaloouamplitudeinterquartil.

Tabela2–Sexoemrelac¸ãoàosteoporose

Diagnóstico N Gêneron(%) pa

Masc. Fem.

Grupo1 Osteoporose 16 4(25,0) 12(75,0) 0,233

Grupo2 Osteopenia 33 7(21,2) 26(78,8) 0,009

Grupo3 Normais 55 26(47,3) 29(52,7) 0,680

a Qui-quadradocomcorrec¸ãodeYates.

Tabela3–Faixaetáriacomrelac¸ãoàosteoporose

Diagnóstico n Idade(anos)Mediana(IIQa) pb

Masculino Feminino

Grupo1 Osteoporose 16 57,0(53,5-60,5) 64,5(56-70) 0,129

Grupo2 Osteopenia 33 58,0(55,5-64,5) 59,5(55-68) 0,708

Grupo3 Normais 55 58,0(53-65) 53,0(53-65) 0,846

a IIQ,Intervalointerquartil.

(4)

Grupo

Normais Osteopenia

Osteoporose

Idade

80

70

60

50

40

Feminino

Figura2– Idadedospacientesfemininos.

Tabela6–Comparac¸ãogruponormais×osteopenia eosteoporosejuntos

UCLA Normaisn=55 Grupo1+Grupo2n=49 pa

Mediana(IIQb) 30(27-32) 30(27-32) 0,746

Mínimo 9 12

Máximo 35 35

a TesteUdeMann-Whitney.

b IIQ,Intervaloouamplitudeinterquartil.

Tabela7–Análisedaforc¸amuscular

Forc¸an(%)

Densitometria Alterada Normal pa

Osteoporose 11(68,8) 5(31,2) 0,165

Normal 27(49,1) 28(50,9)

a Qui-quadradocomcorrec¸ãodeYates.

AoanalisaroescoredaUCLAdoGrupo3ecompará-locom odosgrupos2e1,nãofoiverificadaumadiferenc¸a estatisti-camentesignificativanosresultados(p=0,746)(tabela6).

Foianalisadadeformaisoladaacolunadevalores referen-tesàforc¸adeflexãoanteriordaescaladaUCLAdosgrupos3 e1.Foramconsideradoscomoforc¸arecuperadaosvalores4e 5eforamconsideradoscomoforc¸aalterada(nãorecuperada) osvaloresentre0e3.Acomparac¸ãodosvaloresdaforc¸apela escaladaUCLAentreosgruposnãoverificoudiferenc¸a esta-tisticamentesignificativanosresultados(p=0,165)(tabela7).

Discussão

OtratamentocirúrgicodaslesõesdoMRapresenta resulta-dosdiversos,quedependemdotipoedotamanhodaslesões suturadas.Aslesõesgrandeseextensaspelaclassificac¸ãode Cofield23sãoasqueapresentampior resultado,com maior númerodefalhasdecicatrizac¸ãoedereaberturas.17,31–33São, portanto,aslesõesquedemonstramdeformamaisevidente ainfluênciadosfatoresdepiorprognóstico.17

Com relac¸ão à idadedos pacientesoperados, que jáfoi objetodeestudodeváriosautorescomoumfatorprognóstico importante,principalmenteapósos65anos,3,4,34optamospor excluirospacientesabaixode40,nosquaisoestudoda oste-oporosenãoencontrariafundamento.25Tomamosocuidado deavaliaraidadedospacientesnostrêsgruposparaquea amostrafosseamaishomogêneapossível.

Comrelac¸ãoaosexocomofatorpreditivoderesultado,foi verificadoqueasexpectativaseaspreocupac¸õesdosexo femi-ninointerferemdeformamaissignificativanarecuperac¸ão pós-operatória.6Avaliamososgruposcomrelac¸ãoaonúmero dehomensemulheres.MuitoemboraoGrupo2tivesseum predomíniodosexofeminino,todososgruposforam conside-radossemelhantesdopontodevistaestatístico.

Otabagismo,comofatordemauprognósticoparao resul-tadodotratamentocirúrgicodoMR,apresenta-secontroverso naliteratura.Boissonnaultetal.35nãoevidenciaramimpacto negativodotabagismonoresultadopós-operatóriodasutura doMR. Noentanto,amaioria dosautoresdemonstrouum efeitodeletérionamicrovascularizac¸ão,nacicatrizac¸ãoeno resultado clínico final dos pacientes tabagistas.7–10,36,37 De acordocomatendênciadamaioriadosartigosdaliteratura, excluímosostabagistas.

Charoussetetal.11eMiyazakietal.16estudarama quali-dadedotendãoporocasiãodasuturatendinosaeverificaram que as lesões suturadas precocemente, ou seja, antes da instalac¸ãodaatrofiamuscularedadegenerac¸ãogordurosa, evoluemcommelhorresultadoclínico.Emnossoestudo,não incluímosodadointervalodetempoentrealesãoeasutura peladificuldadeeimprecisãodeobteressainformac¸ão.

Aperdaósseainerenteaoenvelhecimentoéreconhecida peloaumentoda incidênciadefraturas naterceiraidade,38 muitoemboraaosteoporosenãoparec¸aretardaracicatrizac¸ão dasfraturas,desdequeadequadamenteestabilizadas.39

No ombro acometido por uma lesão do MR há uma diminuic¸ãodamassaóssealocalizadanaregiãodotubérculo maiorporcausada perdadoestímulo detrac¸ãotendinosa. Foi verificado queospacientes queconseguemmelhorar a func¸ão do MS com o tratamento conservador apresentam menorperdaóssealocalizada.19

Galatz etal.20 demonstraramumadeteriorac¸ãodas pro-priedadesdecicatrizac¸ãotecidualnogrupodepacientesnos quaisoreparodalesãotendinosafoitardioquecoincidecoma perdamassaósseanotubérculomaior.Essesresultados, tam-bémverificadosporCharoussetetal.,11indicamqueaperda demassaósseanotubérculomaiorpodeserumfator impor-tantedemácicatrizac¸ão.11,20

Estudos mecânicosem cadáveres eestudos emmodelo animal demonstraram relac¸ão entre a perda da densidade mineralósseaeasfalhasdassuturastendinosas.21,22Brown etal.21demonstraramqueabaixadensidademineralóssea notubérculomaiordoscadáveresoperadosfoiumfator signi-ficanteparaareaberturaapósasuturaartroscópicadoMR. Cadetet al.,22 aomelhorar adensidade ósseanaregiãode inserc¸ãodoMRderatosquereceberambifosfonados, demons-traramoprolongamentodotempodefalhaporestresse da suturatendinosa.

(5)

nossomeio.Adensitometriaéumexamefeitoparaavaliara densidademineralósseadospacienteseauxiliar,pormeiode critériosbemdefinidos,ascondutasparaprevenc¸ãoe trata-mentodaosteoporose.28Paraviabilizarnossoestudo,usamos aavaliac¸ãodasmedidasdoTlombareTfemoralque indireta-menteanalisamadensidademineralósseadospacientes.A partirdessesresultadosospacientesforamestratificadosem trêsgrupos:normais,osteopênicoseosteoporóticos.A aná-liseestatísticaverificouqueospacientesdogrupocomvalores densitométricosdentrodafaixadeosteoporoseapresentaram pioresresultadosclínicospelaescaladaUCLAquando compa-radoscomospacientescomvaloresdensitométricosdentro dafaixadanormalidade(p=0,027).Essedadoéoprincipal desfechodonossoestudo,jáquenãoencontramosna litera-turaoutrostrabalhosquetenhamrelacionadooresultadoda suturaartroscópicadaslesõesgrandeseextensasdoMRcom oíndicededensidademineralósseadospacientes.

Boileauetal.3verificaramqueacicatrizac¸ãoocorreuem apenas 43% dos pacientes operados a partir dos 65 anos. AchadossemelhantesforamencontradosporFavardetal.34 Godinhoetal.4 verificaramqueoganhodeforc¸amuscular foimaisinconsistentenospacientesacimade60anos,oque sugerenãocicatrizac¸ãotecidualdasuturatendinosa.Existe umarelac¸ãodiretaentrearecuperac¸ãodaforc¸amusculare acicatrizac¸ãodasuturaapósoprocedimentocirúrgico.20No entanto,nãoconseguimosdemonstrardemaneira estatistica-mentesignificativaessamesmarelac¸ãoquandocomparamos oitemqueavaliaaforc¸amusculardaescaladaUCLAdogrupo comvalordensitométriconormalcomadoosteoporótico(p= 0,165).

Citamoscomoviésdenossoestudoofatodeosfiosdealta resistênciasomenteterementradoemusonanossacasuística apartirde2006eofatodetermosusadoumamedida indi-retadaavaliac¸ãodadensidademineralósseadospacientes pormeiodadensitometriaóssealombarefemural.Épossível queumaavaliac¸ãodiretadamassaósseanoúmeroproximal oupormeiodatomografiaquantitativa(osteoabsorbiometria) alcanc¸asseresultadosdiferentes.

Conclusão

Oresultadodasuturaartroscópicadaslesõesgrandese exten-sas do MR parece sofrer influência da densidade mineral ósseadospacientesavaliadapormeiodedensitometriaóssea disponívelnonossomeio.Ospacientescomosteoporose apre-sentarampiorresultadoclínicoquandoavaliadospelaescala daUCLA.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

1. BurkhartSS,LoIK.Arthroscopicrotatorcuffrepair.JAmAcad OrthorpSurg.2006;14(6):333–46.

2. FinnanRP,CrosbyLA.Partial-thicknessrotatorcufftears. JShoulderElbowSurg.2010;19(4):609–16.

3.BoileauP,BrassartN,WatkinsonDJ,CarlesM,HatzidakisAM, KrishnanSG.Arthroscopicrepairoffull-thicknesstearsofthe supraspinatus:doesthetendonreallyheal?JBoneJointSurg Am.2005;87(6):1229–40.

4.GodinhoGG,Franc¸aFO,FreitasJM,WatanabeFN,NobreLO, NetoMA,etal.Avaliac¸ãodaintegridadeanatômicapor examedeultrassomefuncionalpeloíndicedeConstant& Murleydomanguitorotadorapósreparoartroscópico.Rev BrasOrtop.2010;45(2):174–90.

5.OhJH,YoonJP,KimJY,KimSH.Effectofexpectationsand concernsinrotatorcuffdisordersandcorrelationswith preoperativepatientcharacteristics.JShoulderElbowSurg. 2012;21(6):715–21.

6.CarboneS,GuminaS,ArceriV,CampagnaV,FagnaniC, PostacchiniF.Theimpactofpreoperativesmokinghabiton rotatorcufftear:cigarettesmokinginfluencesrotatorcuff tearsizes.JShoulderElbowSurg.2012;21(1):56–60.

7.GalatzLM,SilvaMJ,RothermichSY,ZaegelMA,HavliogluN, ThomopoulosS.Nicotinedelaystendon-to-bonehealingina ratshouldermodel.JBoneJointSurgAm.2006;88(9):2027–34. 8.MallonWJ,MisamoreG,SneadDS,DentonP.Theimpactof

preoperativesmokinghabitsontheresultsofrotatorcuff repair.JShoulderElbowSurg.2004;13(2):129–32.

9.AlmeidaA,ValinMR,ZampieriR,AlmeidaNC,RovedaG, AgostiniAP.Análisecomparativadoresultadodasutura artroscópicadalesãodomanguitorotadorempacientes fumantesenãofumantes.RevBrasOrtop.2011;46(2):172–5. 10.NhoSJ,BrownBS,LymanS,RonaldS,AdlerRS,AltchekDW, etal.Prospectiveanalysisofarthroscopicrotatorcuffrepair: prognosticfactorsaffectingclinicalandultrasoundoutcome. JShoulderElbowSurg.2009;8(1):13–20.

11.CharoussetC,DuranthonLD,GrimbergJ,BellaicheL. Arthro-C-scananalysisofrotatorcufftearshealingafter arthroscopicrepair:analysisofpredictivefactorsina consecutiveseriesof167arthroscopicrepairs.RevChir OrthopReparatriceApparMot.2006;92(3):223–33.

12.GreenA.Chronicmassiverotatorcufftears:evaluationand treatment.JAmAcadOrthopSurg.2003;11(5):321–31. 13.BoileauP,BaquéF,ValerioL,AhrensP,ChuinardC,TrojaniC.

IsolatedarthroscopicBicepstenotomyortenodesisimproves syntomsinpatientswithmassiveirreparablerotatorcuff tears.JBoneJointSurgAm.2007;89(4):747–57.

14.MaynouC,MehdiN,CassagnaudX,AudebertS,MestdaghH. Clinicalresultsofarthroscopictenotomyofthelongheadof thebicepsbrachiiinfullthicknesstearsoftherotatorcuff withoutrepair:40cases.RevChirOrthopReparatriceAppar Mot.2005;91(4):300–6.

15.LoIKY,BurkhartSS.Arthroscopicrepairofmassive, contracted,immobilerotatorcufftearsusingsingleand doubleintervalslides:techniqueandpreliminaryresults. Arthroscopy.2004;20(1):22–33.

16.MiyazakiAN,FregonezeM,SantosPD,SilvaLA,SellaGV, SantosRM,etal.Avaliac¸ãodosresultadosdoreparo artroscópicodelesõesdomanguitorotadorempacientes comaté50anosdeidade.RevBrasOrtop.2011;46(3):276–80. 17.MiyazakiAN,FregonezeM,SantosPD,daSilvaLA,SellaGV,

SantosRM,etal.Avaliac¸ãodosresultadosdasreoperac¸ões depacientescomlesõesdomanguitorotador.RevBrasOrtop. 2011;46(1):45–50.

18.WaldorffEI,LindnerJ,KijekTG,DownieBK,HughesRE, CarpenterJE,etal.Bonedensityofthegreatertuberosityis decreasedinrotatorcuffdiseasewithandwithout

full-thicknesstears.JShoulderElbowSurg.2011;20(6):904–8. 19.KannusP,LeppäläJ,LehtoM,SievänenH,HeinonenA,

(6)

20.GalatzLM,RothermichSY,ZaegelM,SilvaMJ,HavliogluN, ThomopoulosS.Delayedrepairoftendontoboneinjuries leadstodecreasedbiomechanicalpropertiesandboneloss. JOrthopRes.2005;23(6):1441–7.

21.BrownBS,CooperAD,McIffTE,KeyVH,TobyEB.Initial fixationandcyclicloadingstabilityofknotlesssutureanchors forrotatorcuffrepair.JShoulderElbowSurg.2008;17(2): 313–8.

22.CadetER,VorysGC,RahmanR,ParkSH,GardnerTR,LeeFY, etal.Improvingbonedensityattherotatorcufffootprint increasessupraspinatustendonfailurestressinaratmodel. JOrthopRes.2010;28(3):308–14.

23.CofieldRH.Tearsofrotatorcuff.InstrCourseLect. 1981;30:258–73.

24.AlmeidaA,AgostiniAP,ValinMR,MartinsJA,FerreiraR. Artroscopiadoombrocominfusãodesorofisiológicoem suspensãoEstamostrabalhandodeformasegura?RevBras Ortop.2006;41(7):253–8.

25.NationalOsteoporosisFoundationClinician’sguideto preventionandtreatmentofosteoporosis.Washington: NationalOsteoporosisFoundation;2008.

26.WorldHealthOrganizationAssessmentoffractureriskand itsapplicationtoscreeningforpostmenopausalosteoporosis. ReportofaWHOStudyGroup.WorldHealthOrganTechRep Ser.1994;843:1–129.

27.Guidelinesforpreclinicalevaluationandclinicaltrials inosteoporosis.Geneva:WHO;1998.p.59.

28.IIReuniãodeDesenvolvimentodasPosic¸õesOficiaisda SociedadeBrasileiradeDensitometriaÓssea,2008.SãoPaulo: SociedadeBrasileiradeDensitometriaÓssea;2008.

29.AmstutzHC,SewHoyAL,ClarkeIC.UCLAanatomictotal shoulderarthroplasty.ClinOrthopRelatRes.1981;(155):7–20. 30.EllmanH,HankerG,BayerM.Repairoftherotatorcuff

End-resultstudyoffactorsinfluencingreconstruction.JBone JointSurgAm.1986;68:1136–44.

31.ChecchiaSL,DoneuxPS,MiyazakiAN,FregonezeM,SilvaLA, OliveiraFM,etal.Tenotomiaartroscópicadobicepsnas lesõesirreparáveisdoManguitorotador.RevBrasOrtop. 2003;38(9):513–21.

32.PrasadN,OdumalaA,EliasF,JenkinsT.Outcomeofopen rotatorcuffrepairAnanalysisofriskfactors.ActaOrthop Belg.2005;71(6):662–6.

33.GerberC,FuchsB,HodlerJ.Theresultsofrepairofmassive tearsofrotatorcuff.JBoneJointSurgAm.2000;82(4):505–15. 34.FavardL,BacleG,BerhouetJ.Rotatorcuffrepair.JointBone

Spine.2007;74(6):551–7.

35.BoissonnaultWG,BadkeMB,WoodenMJ,EkedahlS,FlyK. Patientoutcomefollowingrehabilitationforrotatorcuff repairsurgery:theimpactofselectedmedicalcomorbidities. JOrthopSportsPhysTher.2007;37(6):312–9.

36.FangMA,FrostPJ,Iida-KleinA,HahnTJ.Effectsofnicotine oncellularfunctioninUMR106-01osteoblast-likecells.Bone. 1991;12(4):283–6.

37.VermaNN,PiaseckiD,BhatiaS,RomeoAA,BakerAL3rd,Cole BJ,etal.Outcomesfollowingarthroscopicrevisionrotator cuffrepair(SS-05).Arthroscopy.2009;25(6):e3.

38.WilkinsCH,BirgeSJ.Preventionofosteoporoticfractures intheelderly.AmJMed.2005;118(11):1190–5.

Referências

Documentos relacionados

ORÇAMENTO DA RECEITA E DESPESA PARA O ANO FINANCEIRO DE 2003 APROVADO. PELA JUNTA DE FREGUESIA

Nesse contexto, a análise numérica via MEF de vibrações sísmicas induzidas por detonações se mostra como uma metodologia que pode contribuir significativamente

Métodos: Entre junho de 1998 e outubro de 2006 foram reava- liados 61 pacientes com lesões extensas do manguito rotador submetidos a tratamento cirúrgico por

O protocolo de analgesia pós-operatória com infusão contínua de ropivacaína a 0,2% em cateter subacromial conectado a uma bomba de infusão se mostrou superior aos protocolos

Figure 5.15: Abrolhos Eddy evolution of horizontal velocity and distribution of vertical velocity w, spatial density anomaly ρ− < ρ >, linear Ekman pumping Wτ , and non-linear

Krita, no date 4.2 Painting the texture in Krita When creating a skybox texture, it is good to create a big image due to the stretching the image is going to go true.. If an image of

Artigo 36 – Antes da colocação do primeiro voto nas urnas, estas deverão ser inspecionadas pela Mesa Receptora e Apu- radora, garantindo-se estarem vazias. Artigo 37 - O eleitor

Os autores apoiam-se no Planejamento Estratégico Formal (FSP) como ferramenta essencial para a otimização do negócio rural. O FSP é definido como uma ferramenta que

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o