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(1)UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO. ROSEMEIRE APARECIDA BOM PESSONI. PROGRAMA LICENCIATURAS INTERNACIONAIS: IMPACTOS NA FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA. SÃO BERNARDO DO CAMPO. 2019.

(2) ROSEMEIRE APARECIDA BOM PESSONI. PROGRAMA LICENCIATURAS INTERNACIONAIS: IMPACTOS NA FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA. Tese de doutorado apresentado ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Metodista de São Paulo como requisito para obtenção do título de Doutora em Educação. Orientação: Profa. Dra Adriana Barroso de Azevedo Linha de Pesquisa: Políticas e Gestão Educacionais. SÃO BERNARDO DO CAMPO 2019.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA. P439p. Pessoni, Rosemeire Aparecida Bom Programa licenciaturas internacionais: impactos na formação de docentes para a educação básica / Rosemeire Aparecida Bom Pessoni. 2019. 275 p. Tese (Doutorado em Educação) --Diretoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2019. Orientação de: Adriana Barroso de Azevedo. 1. Professores – Formação profissional 2. Políticas públicas – Educação 3. PLI – Programa de Licenciaturas Internacionais 4. Carreira profissional 5. Internacionalização 6. Ensino superior I. Título. CDD 374.012.

(4) A tese de doutorado sob o título “Programa Licenciaturas Internacionais: Impactos na formação de docentes para a educação básica”, elaborada por Rosemeire Aparecida Bom Pessoni foi defendida e aprovada em 28 de março de 2019, perante banca examinadora composta por Dra Adriana Barroso de Azevedo (Presidente/UMESP), Dr. Marcelo Furlin (Titular/UMESP), Dr. Almir Martins Vieira (Titular/UMESP), Maria do Carmo Romeiro (Titular/USCS), Paulo Sérgio Garcia (Titular/USCS).. __________________________________________ Prof/a. Dr/a Adriana Barroso de Azevedo Orientador/a e Presidente da Banca Examinadora. __________________________________________ Prof/a. Dr/a. Marcelo Furlin Coordenador/a do Programa de Pós-Graduação. Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Metodista de São Paulo Área de Concentração: Educação Linha de Pesquisa: Políticas e Gestão Educacionais..

(5) Dedico este trabalho aos meus companheiros de vida: Arquimedes e Natália. Aos meus alunos.

(6) AGRADECIMENTOS. A realização deste trabalho somente foi possível pela dedicação, colaboração e companheirismo de muitos, os quais tive o privilégio de conhecer e admirar, em especial: Profa Dra Adriana Barroso de Azevedo, pela orientação, pela rica contribuição a esse trabalho, revisão crítica, pelo carinho e amizade. Profa Dra Roseli Fischmann, pela acolhida e direcionamento desse trabalho, pelo incentivo e confiança. Prof. Dr. Almir Martins Vieira e Prof. Dr. Roger Marchesini, membros da banca de qualificação dessa tese, pelas importantes sugestões e contribuições a esse trabalho e pelo incentivo sempre presente. Todos os professores do Programa de Pós em Educação pela valorosa contribuição à minha formação, em especial das professoras Dra Lúcia P. Villas Bôas, Dra Norinês P. Bahia, Dra Adriana B. Azevedo e Dra Roseli Fischmann e dos professores Dr. Décio Saes, Dr. Rui Josgrilberg, Dr. Jean Lauand e Dr. Roger Marchesini. Os entrevistados, pela contribuição e atenção, pelo entusiasmo e pela disponibilidade de tempo, sem o qual não seria possível a realização deste trabalho. Os colegas da turma que propiciaram momentos de troca de experiências e aprendizado, como é bom voltar a ser aluno.... A CAPES, pelo financiamento do Programa Licenciaturas Internacionais. A Universidade Metodista de São Paulo, na pessoa do Prof. Dr. Marcelo Furlin, coordenador do Programa de Pós-graduação em Educação, meu muito obrigada..

(7) A utopia está lá no horizonte, me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: Para que eu não deixe de caminhar. Fernando Birri (Cineasta argentino 1925 – 2017).

(8) RESUMO Políticas públicas têm seu assento nas democracias porque se relacionam com os arranjos institucionais de governos e as condições adequadas que se tornaram necessárias para promover a governabilidade. Assim, a política educacional interage com os projetos nacionais de desenvolvimento e com as demandas da sociedade organizada. É nesse contexto tendo como tema central a Educação Superior (ES), com enfoque nas políticas públicas de fomento à formação docente que essa tese foi desenvolvida. Dentro desse aspecto, o trabalho tem como recorte a análise do Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI) das Edições I a V (2010 a 2014), que contaram com o fomento da CAPES e, mais especificamente das Edições I e II (2010 e 2011), com a participação dos bolsistas da Universidade Metodista de São Paulo. O principal objetivo foi identificar sob que aspectos a participação no PLI contribuiu para melhorar a qualificação dos estudantes de graduação em licenciatura e a aumentar a valorização da carreira docente. A fundamentação teórica sobre globalização e a internacionalização do ensino superior e o aumento da mobilidade estudantil foi baseada principalmente nos seguintes autores: Altbach e Knight (2007); Contel e Lima (2007); Fonseca, Esteves e Iorio (2015); Gacel-Ávila (2005); Knight (2003, 2005, 2011); Lima e Maranhão (2009, 2011); Morosini (2006, 2014) e Stallivieri (2009, 2017). A fundamentação teórica que aborda o histórico do ES no Brasil foi baseada nos trabalhos de Cury (2010); Marinho, Polidori e Ono (2012); Nunes (2007) e Schwartzman (2015). O método de estudo de caso (YIN, 2001) constitui-se na estratégia elencada nesta pesquisa, uma vez que investiga o fato em sua temporaneidade, no âmbito da vida real, preservando suas características e significados. Com o objetivo aprofundar a análise, foi realizada a construção da trajetória institucional do PLI na Universidade Metodista de São Paulo, buscando acompanhar as diferentes fases do programa, desde sua concepção, formulação e implementação até a sua operacionalização final. Buscou-se também conhecer suas fases por meio de entrevistas semiestruturadas com os atores institucionais envolvidos nos diferentes níveis hierárquicos (coordenadores de curso e professores) e com os estudantes, foco principal do trabalho. O PLI, como um programa de mobilidade internacional direcionado exclusivamente aos estudantes de licenciatura trouxe uma valorização da área por igualar a possibilidade do intercâmbio antes voltadas aos estudantes de bacharelado, a exemplo do Ciências sem Fronteiras (CsF). Os bolsistas foram unânimes em apontar o crescimento e a maturidade que obtiveram com a vivência em outro país e com o programa de mobilidade. Fato também ressaltado pelos gestores (coordenadores e professor) entrevistados. O mesmo não se verificou com relação à formação acadêmica, não se percebeu uma diferença expressiva entre os conteúdos abordados nas disciplinas cursadas em Portugal e no Brasil. Palavras-chave: Políticas públicas, carreira docente, internacionalização, Programa de Licenciaturas Internacionais..

(9) PROGRAMA LICENCIATURAS INTERNACIONALES: IMPACTOS EN LA FORMACIÓN DE DOCENTES PARA LA EDUCACIÓN BÁSICA RESUMEN Las políticas públicas tienen su asiento en las democracias porque se relacionan con los mecanismos institucionales de los gobiernos y las condiciones adecuadas que se volvieron necesarias para promover la gobernabilidad. De esta forma, la política educativa interactúa con los proyectos nacionales de desarrollo y con las demandas de la sociedad organizada. Es en ese contexto que esta tesis fue desarrollada, teniendo como tema central la Educación Superior (ES), con enfoque en las políticas públicas de fomento para la formación docente. En ese aspecto, el trabajo tiene como recorte el análisis del Programa de Licenciaturas Internacionales (PLI) de las Ediciones I a V (2010 a 2014), que contaron con el apoyo de CAPES y, más específicamente, de las Ediciones I y II (2010 y 2011), con la participación de los becarios de la Universidad Metodista de São Paulo. El principal objetivo fue identificar en qué aspectos la participación en el PLI contribuyó a mejorar la calificación de los estudiantes de licenciatura y a aumentar la valorización de la carrera docente. El fundamento teórico sobre la globalización y la internacionalización de la enseñanza superior y el aumento de la movilidad estudiantil fue basada principalmente en los siguientes autores: Altbach y Knight (2007); Contel y Lima (2007); Fonseca, Esteves y Iorio (2015); Gacel-Ávila (2005); Knight (2003, 2005, 2011); Lima y Maranhão (2009, 2011); Morosini (2006, 2014) y Stallivieri (2009, 2017). El fundamento teórico que aborda el historial de la ES en Brasil fue basado en los trabajos de Cury (2010); Marinho, Polidori y Ono (2012); Nunes (2007) y Schwartzman (2015). El método de estudio de caso (YIN, 2001) constituye en la estrategia utilizada en esta investigación, ya que investiga el hecho en su temporalidad, en el ámbito de la vida real, preservando sus características y significados. Con el objetivo de profundizar el análisis, fue realizada la construcción de la trayectoria institucional del PLI en la Universidad Metodista de São Paulo, buscando acompañar las diferentes fases del programa, desde su concepción, formulación e implementación hasta su operacionalización final. Se buscó también conocer sus fases a través de entrevistas semiestructuradas con los actores institucionales involucrados en los diferentes niveles jerárquicos (coordinadores de curso y profesores) y con los estudiantes, foco principal de este trabajo. El PLI, como un programa de movilidad internacional dirigido exclusivamente a los estudiantes de licenciatura, trajo una valorización del área por igualar la posibilidad del intercambio anteriormente dirigido a los estudiantes del bachillerato, como el Programa CsF. Los becarios fueron unánimes en señalar el crecimiento y la madurez que obtuvieron con la vivencia en otro país y con el programa de movilidad. Este hecho fue resaltado también por los gestores (coordinadores y profesor) entrevistados. No se comprobó lo mismo en relación a la formación académica, ya que no se percibió una diferencia expresiva entre los contenidos abordados en las disciplinas cursadas en Portugal en relación a lo que podría ser efectuado en Brasil. Palabras-clave: Políticas públicas, carrera docente, internacionalización, Programa de Licenciaturas Internacionales..

(10) INTERNATIONAL LICENTIATE PROGRAM: IMPACTS ON TEACHER TRAINING FOR BASIC EDUCATION ABSTRACT Public policies have their basis in the democracies because they are related to the institutional mechanisms of the governments and the appropriate conditions that have rendered necessary to promote governability. Therefore, the educational policy interacts with projects for national development and with the demands of an organized society. Is this context that this thesis was developed, having as main subject the Higher Education (HE), with focus on public policies to foster teacher training. In this regard, the work has as a cut-off line the analysis of the International Licentiate Program (ILP) of Editions I to V (2010 to 2014), which had the support of CAPES and, more specifically, of Editions I and II (2010 and 2011), with the participation of scholarship students from “Universidade Metodista” of São Paulo. The main objective was to identify in which aspects the participation in the ILP contributed to improve the qualification of undergraduate students of the licentiate degree and to increase the valuation of the teaching career. The theoretical fundaments on globalization, the internationalization of higher education and the increase of student mobility were based mainly on the following authors: Altbach and Knight (2007); Contel and Lima (2007); Fonseca, Esteves and Iorio (2015); GacelÁvila (2005); Knight (2003, 2005, 2011); Lima and Maranhão (2009, 2011); Morosini (2006, 2014) and Stallivieri (2009, 2017). The theoretical foundation that addresses the history of HE in Brazil was based on the works of Cury (2010); Marinho, Polidori and Ono (2012); Nunes (2007) and Schwartzman (2015). The case study method (YIN, 2001) was the strategy used in this research, because it investigates the fact in its temporality, within a real-life framework, preserving its characteristics and meanings. With the aim of deepening the analysis, the construction of the ILP institutional trajectory was carried out at “Universidade Metodista” of São Paulo, seeking to follow the different program phases, from its conception, formulation, and implementation to its final operationalization. It was also sought to know its phases through semi-structured interviews with the institutional actors involved in the different hierarchical levels (course coordinators and professors) and with the students, which are the main focus of this work. The ILP, as an international mobility program directed exclusively to students of the licentiate degree, brought a valorization of the area by equalizing the exchange possibility previously directed to bachelor students, like the CsF Program. The scholarship students were unanimous in pointing out the growth and maturity they achieved with the experience in another country and with the mobility program. The interviewed managers (coordinators and professor) also highlighted this fact. The same was not true with regard to academic training, because no expressive difference was perceived between the contents addressed in the disciplines studied in Portugal and in Brazil. Keywords: Public policies, teaching career, internationalization, International Licentiate Program..

(11) LISTA DE FIGURAS. Figura 1. Evolução do número de estudantes brasileiros estudando no exterior no ensino superior. ......................................................................................................... 49 Figura 2. Número de bolsas concedidas no Programa Ciência sem Fronteiras. ....... 51 Figura 3. Distribuição de bolsas concedidas no Programa Ciência sem Fronteiras. . 51 Figura 4. Anuidade das principais universidades do mundo (valor em dólar). .......... 52 Figura 5. Percurso formativo da Educação no Brasil. ............................................... 64 Figura 6. Taxa de escolarização líquida no ensino médio, série histórica - Brasil 2000 a 2015. ...................................................................................................................... 67 Figura 7. Número de Instituições de Ensino Superior (a) e número de matrículas no ensino presencial(b) – Brasil 1980 a 2016. ............................................................... 75 Figura 8. Número de Matrículas em Cursos de Graduação segundo o Grau Acadêmico – Brasil 2003/2013. ................................................................................. 79 Figura 9. Distribuição percentual de estudantes no ensino superior da rede pública (a) e da rede privada (b), por quintos do rendimento mensal domiciliar per capita. 20% com menores rendimentos (1º quinto) e com maiores rendimentos (5º quinto) Brasil - 2004/2014. .................................................................................................... 86 Figura 10. Evolução comparada dos estudantes brasileiros, cabo-verdianos e angolanos, matriculados no ensino superior português (2006/2007 – 2010/2011). 112 Figura 11. Alunos de nacionalidade brasileira inscritos no ensino superior português, por nível de formação. ............................................................................................. 113 Figura 12. Estrutura organizacional da CAPES....................................................... 120 Figura 13. Principais programas de Formação de Professores apoiados pela CAPES. ................................................................................................................... 121 Figura 14. Número de bolsistas participantes dos diferentes Editais PLI. ............... 127 Figura 15. Categorias administrativas das IES dos projetos aprovados no Edital PLI I (a), II (b), III (c), IV (d) e V (e). ................................................................................. 128 Figura 16. Região geográfica brasileira de origem dos projetos aprovados no Edital I (a), II (b), III (c), IV (d) e V (e). ................................................................................. 129 Figura 17. Áreas do conhecimento dos projetos aprovados no Edital I (a), II (b), III (c) IV (d) e V (e). ........................................................................................................... 130 Figura 18. Modelo de equivalência entre os módulos e as disciplinas do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Metodista de São Paulo (origem) e da Universidade de Coimbra. ....................................................................................... 147 Figura 19. Imagem da página de tutoria do Programa Licenciaturas Internacionais no site da Universidade Metodista de São Paulo. ................................................... 150 Figura 20. Perfil dos Bolsistas PLI - Editais Nº 035/2010/CAPES (PLI-I) e Nº008/2011/CAPES (PLI-II). ................................................................................... 157 Figura 21. Primeira opção de carreira para o vestibular. ......................................... 167 Figura 22. Atividades extraclasses desenvolvidas pelos Bolsistas PLI - Editais Nº 035/2010/CAPES (PLI-I) e Nº 008/2011/CAPES (PLI-II) durante a permanência na Universidade de Coimbra. ....................................................................................... 195 Figura 23. Perfil dos Bolsistas PLI - Editais Nº 035/2010/CAPES (PLI-I) e Nº008/2011/CAPES (PLI-II). ................................................................................... 224.

(12) LISTA DE QUADROS Quadro 1. Identificação dos participantes da pesquisa. ............................................ 23 Quadro 2. Categorias de análise das entrevistas com os gestores (coordenador de curso) e professores participantes do PLI. ................................................................ 27 Quadro 3. Categorias de análise das entrevistas com os estudantes (bolsistas) participantes do PLI. .................................................................................................. 28 Quadro 4. IV Pesquisa Global sobre a internacionalização do ensino superior Principais resultados (IAU 4th Global Survey, 201411). ............................................ 37 Quadro 5. Educação Superior no Brasil: Legislação e normas. ............................... 61 Quadro 6. Políticas educacionais brasileiras. ........................................................... 62 Quadro 7. Taxa de frequência escolar bruta, por grupos de idade - Brasil 2004/2014. ................................................................................................................ 65 Quadro 8. Taxa de frequência escolar líquida, por grupos de idade e nível de ensino e taxa de conclusão ensino médio - Brasil - 2007/2014. ........................................... 66 Quadro 9. Proporção dos estudantes de 18 a 24 anos de idade que frequentam o ensino superior, por Grandes Regiões - 2004/2014. ................................................. 69 Quadro 10. Percentual de estudantes que frequentavam instituições privadas nos diferentes níveis de ensino - Brasil - 2004/2014........................................................ 70 Quadro 11. Número de matrículas e taxa escolarização líquida - Brasil - 2003/2013. .................................................................................................................................. 73 Quadro 12. Matrículas em Cursos de Graduação. .................................................... 74 Quadro 13. Número de Matrículas de Graduação por Modalidade de Ensino das Instituições de Educação Superior, segundo a Categoria Administrativa e a Organização Acadêmica - Brasil – 2013. .................................................................. 77 Quadro 14. Número de Cursos de Graduação por Modalidade de Ensino e por Grau Acadêmico - Brasil - 2003-2013. ............................................................................... 79 Quadro 15. Número de matrículas em cursos de graduação por modalidades de ensino e categoria administrativa, segundo o grau acadêmico - Brasil 2003/2013. .. 80 Quadro 16. Evolução do Fluxo de Estudantes (formados) do Sistema UAB. ........... 81 Quadro 17. Orçamento PROUNI e Evolução na oferta de bolsa - Brasil- 2005-2014. .................................................................................................................................. 83 Quadro 18. Bolsistas PROUNI por cor/raça e bolsas por modalidade de ensino, tipo e turno - Brasil- 2014. ................................................................................................ 83 Quadro 19. Cronologia do Processo de Bolonha. ..................................................... 96 Quadro 20. Ações de Internacionalização por âmbito de atuação das IES. ............ 102 Quadro 21. Aspectos que influenciam na mobilidade internacional dos estudantes. ................................................................................................................................ 107 Quadro 22. Legislação portuguesa - Ações e normas. ........................................... 110 Quadro 23. Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa – artigos selecionados. ................. 114 Quadro 24. Editais do Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI) - Requisitos necessários para os alunos bolsistas. ..................................................................... 124 Quadro 25. Objetivos dos projetos da Universidade Metodista de São Paulo, submetidos à avaliação da CAPES como requisito para participar dos Editais 035/2010 e 008/2011 do PLI. .................................................................................. 143 Quadro 26. Membros da comissão responsável pelos Projetos PLI – Universidade Metodista De São Paulo - Edital Nº 035/2010/CAPES (PLI-I) e Edital Nº 008/2011/CAPES (PLI-II). ....................................................................................... 144 Quadro 27. Missão de trabalho desenvolvida durante a realização do Projeto PLI-I e.

(13) PLI-II. ....................................................................................................................... 152 Quadro 28. Estudantes selecionados para participar do Projeto PLI – Universidade Metodista De São Paulo - Editais Nº 035/2010/CAPES (PLI-I) e Nº008/2011/CAPES (PLI-II). .................................................................................................................... 154 Quadro 29. Categoria – Trajetória do PLI na Universidade Metodista de São Paulo. Análise dos gestores (coordenador de curso) e professores. ................................. 158 Quadro 30.Categoria - Impactos e contribuição do PLI. Análise dos gestores (coordenador de curso) e professores. ................................................................... 161 Quadro 31.Categoria – Motivação para cursar licenciatura. Análise dosbolsistas PLI. ................................................................................................................................ 165 Quadro 32. Categoria – Motivação para participar de um programa de mobilidade acadêmica. Análise dos bolsistas PLI. .................................................................... 168 Quadro 33. Categoria – Relacionamento com a instituição – Preparo para a viagem. Análise dos bolsistas PLI. ....................................................................................... 170 Quadro 34. Categoria – Relacionamento com a Instituição - Universidade de Coimbra - Assessoria Internacional / Gestores. Análise dos bolsistas PLI. ............ 172 Quadro 35. Categoria – Relacionamento com a Instituição - Universidade de Coimbra – Matriz Curricular..................................................................................... 174 Quadro 36. Relacionamento com a instituição: Comparação dos métodos de aprendizagem e das experiências formativas nas diferentes instituições. .............. 177 Quadro 37.Categoria Relacionamento com a Instituição – Comparação dos métodos de aprendizagem e das experiências formativas nas diferentes instituições – avaliação. ................................................................................................................ 182 Quadro 38.Categoria Relacionamento com a Instituição – Comparação dos métodos de aprendizagem e das experiências formativas nas diferentes instituições – Disciplinas pedagógicas. ......................................................................................... 189 Quadro 39. Divisão do ensino superior de Portugal. ............................................... 192 Quadro 40. Categoria Relacionamento com a Instituição – Redes de relacionamento: professores.............................................................................................................. 197 Quadro 41.Categoria Relacionamento com a Instituição – Redes de relacionamento: estudantes portugueses. ......................................................................................... 201 Quadro 42. Categoria Relacionamento com a Instituição – Redes de relacionamento:comunidade. .................................................................................. 204 Quadro 43.Categoria Relacionamento com a Instituição – Experiências marcantes – Sucessos. ................................................................................................................ 207 Quadro 44.Categoria Relacionamento com a Instituição – Experiências marcantes – Dificuldades. ............................................................................................................ 210 Quadro 45.Categoria Retorno - Inserção no curso de origem. ................................ 213 Quadro 46. Categoria Retorno - Dupla titulação e o diferencial de mercado de trabalho. .................................................................................................................. 218 Quadro 47.Categoria - impactos e contribuição do PLI na formação: aspectos profissionais e pessoais. ......................................................................................... 222 Quadro 48.Categoria - impactos e contribuição do PLI na Na valorização da carreira docente. .................................................................................................................. 225 Quadro 49.Categoria - Expectativas de continuidade do projeto PLI. ..................... 229.

(14) LISTA DE TABELAS Tabela 1. Distribuição percentual de professores graduados e com licenciatura nas diferentes disciplinas – Censo Educação Básica 2013 (INEP, 2014)...................... 131 Tabela 2. Número de alunos da Universidade Metodista de São Paulo em mobilidade acadêmica. ............................................................................................ 136.

(15) LISTA DE SIGLAS. ABC. Agência Brasileira de Cooperação. AICEP. Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. ARI. Assessoria Relações Internacionais. CAL. Coordenação de Apoio a Programas de Valorização das Licenciaturas. CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. CNE. Conselho Nacional de Educação. CNPq. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. CPLP. Comunidade de Países de Língua Portuguesa. CRUP. Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas. CsF. Ciências sem Fronteiras. CUFSA. Centro Universitário Fundação Santo André. CPC. Conceito Preliminar de Curso. CVF. Coordenação de Valorização da Formação Docente. DEB. Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica. DGEEC. Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. DRI. Diretoria de Relações Internacionais. DCE. Divisão de Temas Educacionais. DED. Diretoria de Educação à Distância. EaD. Educação à Distância. ECT. European Credit Transfer System (Sistema Europeu de Transferência de Créditos). ENADE. Exame Nacional de Desempenho de Estudantes. ENEM. Exame Nacional do Ensino Médio. ES. Ensino Superior. FAPESP. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. FCT. Fundação para a Ciência e a Tecnologia. FIES. Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior. FMI. Fundo Monetário Internacional. FUNDEF. Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.

(16) FUNDEB. Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. GATs. Acordo Geral sobre Comércio e Serviços. GCUB. Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IDD. Indicador de Diferença dentre os Desempenhos Observado e Esperado. IES. Instituição Ensino Superior. IMS. Instituto Metodista de Ensino Superior. INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. IPES. Instituição Pública de Ensino Superior. LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LIBRAS. Língua Brasileira de Sinais. MCTIC. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação. MEC. Ministério da Educação e Cultura. MRE. Ministério das Relações Exteriores. NAFSA. AssociationofInternationalEducators(Associação Internacional de Educadores. OCDE. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. OMC. Organização Mundial do Comércio. ONU. Organização das Nações Unidas. PAAE. Programa de Acompanhamento do Aluno Egresso. PARFOR. Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica. PIBID. Plano Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. PLI. Programa de Licenciaturas Internacionais. PNAES. Plano Nacional de Assistência Estudantil. PNE. Plano Nacional de Educação. PPC. Projeto Político Pedagógico de Curso. PROUNI. Programa Universidade para Todos. PUC. Pontifícia Universidade Católica. REUNI. Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. SEF. Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. SESu. Secretaria de Educação Superior. SINAES. Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.

(17) TCLE. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. UAB. Universidade Aberta do Brasil. UE. União Europeia. UC. Universidade de Coimbra. UFABC. Universidade Federal do ABC. UMESP. Universidade Metodista de São Paulo. UNESCO Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura UNIFESP Universidade Federal de São Paulo UNIMEP. Universidade Metodista de Piracicaba. UNILA. Universidade Federal da Integração Latino Americana. UNILAB. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro.

(18) SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 6 CAPÌTULO I - TRAJETÓRIA METODOLÓGICA ..................................................... 16 Preparação Teórico Metodológica .................................................................................... 19 Levantamento bibliográfico............................................................................................... 19 Fase exploratória ............................................................................................................. 19 Objetivo geral ................................................................................................................... 20 Objetivos específicos ....................................................................................................... 20 Seleção do Caso e Delimitação do Foco do Estudo ......................................................... 20 Coleta de Dados .............................................................................................................. 22 Entrevista ......................................................................................................................... 22 Análise de documentos .................................................................................................... 24 Análise dos Dados ........................................................................................................... 26. CAPÍTULO II - INTERNACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR ..................... 30 2.1 Internacionalização das Instituições Brasileiras de Ensino e a Mobilidade Acadêmica ......................................................................................................................................... 48. CAPÍTULO III - EDUCAÇÃO NO BRASIL............................................................... 55 3.1 Contexto histórico: um breve relato ............................................................................ 55 3.2 A Educação brasileira em números ........................................................................... 64 3.3 Ensino superior .......................................................................................................... 72. CAPÍTULO IV - EDUCAÇÃO COMO SERVIÇO...................................................... 91 CAPÍTULO V - PROGRAMA LICENCIATURAS INTERNACIONAIS (PLI) – A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA INTERNACIONALIZAÇÃO ENTRE BRASIL E PORTUGAL E OS ASPECTOS FORMAIS DO PROGRAMA ................................ 104 5.1 Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa ................................................................................................. 114 5.2 Grupo Coimbra de Dirigentes de Universidades Brasileiras - GCUB ........................ 116. CAPÍTULO VI - PROGRAMA LICENCIATURAS INTERNACIONAIS – PLI ......... 119 6.1 Programa de Licenciaturas Internacionais – Aspectos gerais ................................... 122 6.2 Programa Licenciaturas Internacionais – em números ............................................. 127. CAPÍTULO VII – PROGRAMA LICENCIATURAS INTERNACIONAIS – ESTUDO CASO DA UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO .................................. 133 7.1 Caracterizaçãodo Caso de Estudo e Análise dos Dados .......................................... 133 7.2 Caracterização dos Cursos de Graduação/Licenciatura ........................................... 137 7.3 Análise das Propostas de Projetos da Universidade Metodista de São Paulosubmetidos aos Editais Nº 035/2010/Capes (PLI-I) e Nº 008/2011/Capes (PLI-II). 142 7.4 Aprovação dos Projetos da Universidade Metodista submetidos aos Editais Nº 035/2010/Capes (PLI-I) e Nº 008/2011/Capes (PLI-II) .................................................... 151.

(19) 7.5 Avaliação do Projeto ................................................................................................ 154. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 233 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 244 APÊNDICE A - Roteiro de entrevista - Coordenador de curso e Professor ..... 265 APÊNDICE B - Roteiro de entrevista - Estudantes bolsistas PLI ..................... 267 ANEXOS ................................................................................................................. 269 ANEXO A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ............................................. 269 ANEXO B - EDITAL - PLI-I (Nº 035/2010) ...................................................................... 270 ANEXO C - EDITAL - PLI-II (Nº 008/2011) ..................................................................... 270 ANEXO D - EDITAL - PLI-III (Nº 008/2012) ................................................................... 270 ANEXO E - EDITAL - PLI-IV (Nº 017/2013) .................................................................... 270 ANEXO F - EDITAL - PLI-V (Nº 74/2014) ....................................................................... 270 ANEXO G - Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa .................................................................................... 270 ANEXO H -ATA da Assembleia Geral de Constituição da Associação do GCUB ........... 270 ANEXO I - Estatuto da Associação do GCUB ................................................................ 270 ANEXO J - Acordo Geral de Cooperação assinado entre a Universidade Metodista de São Paulo-UMESP (Brasil) e a Universidade de Coimbra (Portugal) ..................................... 270 ANEXO K - Termo Aditivo ao Convênio de Cooperação entre a Universidade Metodista de São Paulo-UMESP (Brasil) e a Universidade de Coimbra (Portugal).............................. 270 ANEXO L - Carta de intenções e apoio à submissão da proposta ao Projeto de Licenciaturas Internacionais CAPES – Universidade de Coimbra .................................. 270 ANEXO M - Declaração de indicação do Coordenador Institucional Programa de Licenciaturas Internacionais CAPES-Universidade de Coimbra. .................................... 270 ANEXO N - Carta indicação da Coordenadora Geral do Programa de Licenciaturas Internacionais no âmbito do GCUB ................................................................................ 270 ANEXO O - Carta com a indicação dos Coordenadores dos Cursos integrantes do Programa de Licenciaturas Internacionais na Universidade de Coimbra ........................ 270 ANEXO P– Carta com a concordância com os compromissos assumidos no âmbito do PLI e reconhecimento dos créditos cursados em Coimbra. .................................................. 270 ANEXO Q - Matrizes dos cursos de Letras e Educação Física contendo as disciplinas a serem cumpridas na Universidade de Coimbra e as equivalências com os módulos da Universidade Metodista de São Paulo ............................................................................ 270 ANEXO R - Edital de Abertura de Vagas para o Programa de IntercâmbioLicenciaturas Internacionais ................................................................................................................. 270 ANEXO S -Cópia de email sobre Reunião da CAPES e Universidade de Coimbra– Relato............................................................................................................................. 270 ANEXO T - Documento denominado “Carta de Coimbra” endereçado àCAPES e ao GCUB ....................................................................................................................................... 270 ANEXO U– Diploma da Universidade de Coimbra dos bolsistas participantes do PLI-I e PLI-II .............................................................................................................................. 270 ANEXO V - Informativo GCUB PLI 003-2010,27 de agosto de 2010. ............................. 271 ANEXO X -Comunicado da UC Dir 63-2011 – Universidade de Coimbra ....................... 271.

(20) 6. INTRODUÇÃO “Política pública é tudo o que um governo faz e deixa de fazer, com todos os impactos de suas ações e de suas omissões” (AZEVEDO, 2003, p. 38). As últimas décadas têm sido marcadas por importantes transformações de diferentes ordens: tecnológica, econômica, social, filosófica, científica e cultural, com impactos nas sociedades. Essas transformações começaram ser delineadas de forma mais clara e incisiva a partir da segunda metade do século XX, no pós-guerra e geraram novos modos de viver e novas formas de pensar (COSTA, 2010). Os processos de industrialização, a revolução nos transportes e o modo de produção capitalista transformaram as economias locais, características das sociedades agrárias em uma economia mundial (IMBERNÓN, 2000). As transformações nos sistemas econômicos mundiais foram decorrentes da revolução tecnológica em vários âmbitos, mas, sobretudo, na informática e nas telecomunicações. A Internet e as tecnologias digitais fizeram emergir um novo paradigma social. Coutinho e Lisbôa (2011, p.5) descrevem as expressões que alguns autores têm utilizado para conceituar o mundo contemporâneo e suas transformações: “sociedade da informação ou sociedade em rede alicerçada no poder da informação (CASTELLS, 2003), sociedade do conhecimento (HARGREAVES, 2003) ou sociedade da aprendizagem (POZO, 2004)”. A economia baseada no conhecimento exige cada vez mais capital humano como condição de criatividade no uso da informação, de aumento de eficiência na economia de serviços e ainda como condição de empregabilidade, uma vez que quanto mais elevado for o capital humano, maior é a sua capacidade para transferir capacidades cognitivas e aptidões nos constantes processos de reciclagem a que a nova economia obriga (SANTOS, 2005, p.148).. Nesse panorama de transformação, o desafio imposto à educação é imenso, com intensas e ruidosas repercussões no trabalho docente (COSTA, 2010). Segundo Flecha e Tortajada (2000), a economia global é profundamente assimétrica, uma vez que aumenta a diferença do crescimento econômico, a capacidade tecnológica e as condições sociais entre diferentes zonas do mundo e mesmo entre diferentes regiões de uma mesma cidade, produzindo uma acentuada.

(21) 7. dualização ou polarização social. Ainda, segundo esses mesmos autores, essa dualidade também ocorre na educação. Em educação, essa dualização é concretizada no fato de que a sociedade da informação prioriza o domínio de certas habilidades. As pessoas que não possuem as competências para criar e tratar a informação, ou aqueles conhecimentos que a rede valoriza, ficam excluídas. Vai-se caracterizando uma sociedade na qual a educação, ao proporcionar acesso aos meios de informação e de produção, torna-se um elemento-chave que dota de oportunidades ou agrava situações de exclusão (FLECHA;TORTAJADA, 2000, p.24).. Em ultima análise, o que se espera do desafio imposto à educação é que se consiga desenvolver nos estudantes competências para participar e interagir num mundo global, altamente competitivo que valoriza o ser flexível, criativo, capaz de encontrar soluções inovadoras para os problemas de amanhã (COUTINHO; LISBÔA, 2011). Nesse sentido, as políticas de formação de professores também têm sido alvo de acalorados debates e caminhado numa estreita relação com as transformações da sociedade do conhecimento. Com efeito, a ênfase dada à formação de professores tem estado em sintonia com recomendações de organismos internacionais, conforme apontado por Mouraz, Leite e Fernandes (2012, p.189). “e pela ideia de que são estes profissionais que contribuem. diretamente na formação dos estudantes para intervirem criticamente numa sociedade multicultural, tecnológica e do conhecimento”. A sociedade brasileira também vive um momento que pede a qualificação da educação nos seus vários níveis, mas de forma especial para a educação básica, inclusive para melhorar quantitativa e qualitativamente os resultados positivos de sua última fase de desenvolvimento. Políticas públicas voltadas para a educação tentam responder aos desafios presentes quanto à formação de professores com projetos como a Universidade Aberta do Brasil (UAB), o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) e o Plano Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Apesar dos limites políticos e administrativos desses projetos, há que se reconhecer que são respostas concretas aos desafios brasileiros da formação de professores e, portanto, das licenciaturas. Nesse sentido, o Programa de Licenciaturas Internacionais – CAPES/Universidades de Portugal (PLI), de 2010 a 2014, constituiu mais uma iniciativa de melhoria de formação dos professores. Esse programa teve como objetivo demonstrar a preocupação com a formação dos educadores e o incentivo para a carreira docente como caminho para.

(22) 8. a consolidação da identidade profissional. Sendo um programa recente, existe uma carência em relação a estudos sobre esse processo, bem como das experiências das diferentes universidades participantes desse programa. Diante do exposto, este trabalho de pesquisa teve como tema central a Educação Superior, com enfoque nas políticas públicas de fomento à formação docente e como recorte a análise do Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI), que contou com o fomento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Dentro deste contexto, o PLI surge como proposta de financiamento de projetos que visam à elevação da qualidade da graduação, tendo como prioridade a melhoria do ensino e da qualidade dos cursos de licenciatura e a formação inicial de professores. Para a compreensão de meu envolvimento com esse programa e motivação ao desenvolver essa pesquisa se faz necessário descrever um pouco minha trajetória acadêmica e profissional e como tudo começou... Em 1996 fui contratada como professora do Curso de Ciências Biológicas do Instituto Metodista de Ensino Superior (atual Universidade Metodista de São Paulo UMESP) e concluí o mestrado em Botânica pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, sob orientação da Profa. Dra Rita de Cássia Leone Figueiredo-Ribeiro. Em 1997 ingressei no doutorado pelo mesmo departamento e com a mesma orientadora. No trabalho de tese dei sequência à purificação de enzimas hidrolíticas (inulinases e invertases) do fungo previamente selecionado no mestrado e, sob a co-orientação da Dra Márcia Regina Braga, investiguei as alterações da parede celular de fungos cultivados em meio contendo inulina ou sacarose. Trabalhava com inulina, que tem uma importante utilização na alimentação como fibra prébiotica, bem como fonte para a produção de concentrados de frutose, que pode ser adoçante alternativo para diabéticos. A utilização da inulina de plantas do cerrado como potencial comercial era muito promissora e, mesmo sem ser o foco principal do trabalho de tese, fiz o teste da produção de xarope de frutose em ratos diabéticos, com sucesso. Enquanto desenvolvia a tese, meu envolvimento com a UMESP ia crescendo, assumindo novas disciplinas, participando do colegiado de curso e orientando iniciações científicas. E claro que com a dupla (ou tripla) jornada, demorei mais do que devia no doutorado, que foi concluído em 2002. Em 2000, como membro do colegiado do curso de Ciências Biológicas,.

(23) 9. participei ativamente na reformulação do Projeto Político Pedagógicodo curso (PPC), com uma nova proposta de organização da matriz curricular estruturada em módulos integrados. As principais ideias que nortearam a elaboração desse projeto pedagógico foram: priorizar o método de projetos; trabalhar cada tema a partir de problemas concretos; integrar conteúdos de diferentes disciplinas; ministrar aulas com a participação de mais de um docente, às vezes simultaneamente; desenvolver projetos de pesquisa nas áreas de Ambiente, Saúde e Ensino junto à comunidade; elaborar e apresentar um trabalho de iniciação científica a partir da metade do curso e participar de congressos científicos. Essa proposta e suas implicações foram publicadas em 2003, em um artigo intitulado “Um currículo inovador em desenvolvimento no curso de Ciências Biológicas” 1. Com a reformulação do PPC do curso de Ciências Biológicas Bacharelado/Licenciatura os conteúdos de botânica foram agregados em disciplinas modulares (módulos) com os conteúdos de ecologia e zoologia. Ao longo desses anos assumi diversas disciplinas do curso de biologia, mas responsável principalmente pelos conteúdos de fisiologia vegetal, ecofisiologia e utilização de recursos naturais. Ainda, como o curso integrava as duas habilitações, bacharelado e licenciatura, as práticas de ensino foram inseridas nesses módulos, principalmente com relação ao desenvolvimento de maquetes e simulações. Como o novo projeto tinha um direcionamento para a pesquisa, todos os trabalhos de conclusão de curso passaram a ser experimentais, aumentando também a minha atuação como também como orientadora de trabalhos de iniciação científica e de conclusão de curso e, em 2004 obtive um financiamento de auxílio à pesquisa da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), pocesso no. 04/07922-12. Meu envolvimento administrativo também cresceu, participando da organização do Congresso Científico da UMESP, da comissão de avaliação e de pesquisa da Faculdade e também do Programa de Acompanhamento do Aluno Egresso (PAAE), que foi instituído em 2002, tendo como objetivos promover a confraternização em encontros anuais durante a Semana Acadêmica e monitorar a inserção do egresso no mercado de trabalho. Em 2007, o PAAE passou a ser organizado por egressos do curso de Ciências Biológicas que atuam como docentes da UMESP, pois nesse ano assumi a Coordenação do Curso de Ciências 1. Santini, M.A.; Matarazzo-Neuberger, W.M.; Medeiros, L.R.A.; Pessoni, R.A.B.; Stivaletti, V.L.G.; Vieira, C.C. Um currículo inovador em desenvolvimento no curso de Ciências Biológicas. Educação & Linguagem, v.7, p.225 237, 2003. 2. Título do projeto “Triagem de peptídeos antifúngicos em sementes de Sesbania virgata (Leguminosae)”..

(24) 10. Biológicas. O convite foi feito pela Diretora da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde e coordenadora do curso de Ciências Biológicas, Profa Me Vera Lúcia Gouveia Stivaletti, que estava assumindo a Vice-reitoria de Graduação, e com quem trabalhei desde que ingressei na UMESP. Como coordenadora e presidente do colegiado de curso fui responsável pela reformulação do PPC do curso de Ciências Biológicas - Bacharelado e Licenciatura para o período noturno (2007). Em 2011 participei do desenvolvimento de um Programa Institucional de Apoio às Licenciaturas, com uma política de subsídios para os ingressantes e com uma proposta de integração dos conteúdos pedagógicos em Módulos de Núcleos Comuns entre os cursos Licenciatura em Matemática, Filosofia, Ciências Biológicas e Pedagogia. Mais uma vez o PPC foi reformulado e, devido à constituição de uma política específica para as licenciaturas na universidade, perdeu o laço com o Bacharelado em Ciências Biológicas, características dos que o precedeu e aprofundou seu caráter integrador com os demais cursos de licenciatura da Instituição. Além da mudança do curso, outro fator foi decisivo na minha reformulação profissional. Em 2010 a CAPES lançou um programa de mobilidade acadêmica voltada para os alunos de licenciatura: Programa Licenciaturas Internacionais (PLI), uma iniciativa da CAPES com apoio do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), que apresentava como objetivo a elevação da qualidade da graduação, tendo como prioridade a melhoria do ensino dos cursos de licenciatura e a formação de professores. Nesse particular a UMESP foi contemplada em dois editais do PLI, dos quais fui coordenadora institucional - Projeto 01/2010 e Projeto 070/2011, em parceria com a Universidade de Coimbra. No edital I (2010/2012), além do projeto da Universidade Metodista de São Paulo, foram contemplados mais 27 projetos de universidades públicas de diversas regiões do Brasil. A UMESP participou com um projeto integrado entre os cursos de Educação Física, Ciências Biológicas e Letras, contando com seis alunos bolsistas e três professores membros da equipe. No edital II (2011/2013) foram 38 projetos aprovados, sendo três de universidades confessionais: UMESP, PUC-RS e PUC-MG e os demais de universidades públicas de diferentes regiões do País. A UMESP participou novamente com um projeto integrado entre os cursos de Educação Física, Ciências Biológicas e Letras, com seis alunos bolsistas e três professores. A UMESP teve 12 alunos (Curso de Letras, Educação Física e Ciências.

(25) 11. Biológicas) participantes do PLI, que estudaram parte de sua graduação (2 anos) na Universidade Coimbra e obtiveram dupla titulação. Os projetos foram encerrados em 2013, entretanto foram anos de muita discussão sobre os rumos da educação e o da formação docente. Diante dessas questões, vi a necessidade de me aprofundar nesse assunto e não ficar como espectadora. Precisava estudar, pesquisar e tentar entender mais sobre a área da educação de forma geral e as políticas educacionais em particular. As políticas públicas educacionais interagem com os projetos nacionais de desenvolvimento, com a economia mundial, com os movimentos pedagógicos e metodológicos, com as demandas da sociedade organizada e pôde, muitas vezes, sustentar posições contrárias à política oficial (FONSECA, 2009). No Brasil, um marco regulatório importante dentre as politicas educacionais foi a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (BRASIL, 1996) instituído para a educação brasileira a partir dos anos finais do século 20. A LDB/96 estabeleceu os níveis de educação básica e de educação superior, esta última regulada pela União − que autoriza, reconhece, credencia, supervisiona e avalia os cursos. Na Educação Superior (SES), além dos cursos de graduação, de pós-graduação lato sensu − aperfeiçoamento e especialização − e stricto sensu − mestrado e doutorado, também preconizou a organização acadêmica dos cursos de extensão e sequencial. As políticas públicas para o campo educacional têm se pautado na universalização da educação básica e na ampliação da oferta do nível médio. Os recursos para a educação básica, centrados no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF)3, foram estendidos ao ensino médio com a aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) (FONSECA, 2009). Com relação ao ensino superior, as políticas e gestão foram direcionadas para a retomada da expansão de instituições, cursos e vagas nas instituições públicas de ensino superior; criação e efetivação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES)4, efetivação de programas e apoio direcionados à diversidade, com especial destaque às ações afirmativas (cotas, assistência estudantil, entre outros); reestruturação das políticas de financiamento da educação 3. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9424.htm. Acesso em 08 set. 2018. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.861.htm. Acesso em 08 set. 2018. 4.

(26) 12. superior privada com a aprovação e a efetivação do Programa Universidade para Todos (PROUNI)5 e o aperfeiçoamento do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES)6, que financia, por meio de juros subsidiados pelo Governo Federal, estudantes de IES privadas (CNE, 2012). O Ministério da Educação e Cultura também tem desenvolvido políticas públicas de incentivo à docência como a (UAB) Universidade Aberta do Brasil7, Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR)8, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)9 e o Programa de Residência Pedagógica10. Considerando ainda o panorama pós LDB/1996, que propiciou a expansão e as mudanças que se refletiram na organização acadêmica da educação superior brasileira, também se verifica que houve um favorecimento das políticas regulatórias, com a instituição do Sistema Nacional de Avaliação (SINAES), das políticas de cotas a partir de 2006 e dos movimentos de internacionalização (FRANCO et al., 2010). Dentre os diversos órgãos da administração pública envolvidos com os projetos de cooperação internacional, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), fundação do Ministério da Educação (MEC), tem recebido especial destaque como uma importância agência de fomento. Associando a valorização da carreira docente e o incentivo à internacionalização, o Programa de Licenciaturas Internacionais constituiu uma iniciativa da CAPES e da Universidade de Coimbra, com o apoio do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), visando à melhoria da qualidade dos cursos de licenciatura e a formação de professores das instituições brasileiras de ensino superior, com o incentivo do intercâmbio de estudantes de graduação. O PLI teve como diferencial financiar graduandos de licenciatura, egressos do ensino básico público e como objetivo a preocupação com a formação inicial de docente e o incentivo para a carreira, caminho para a consolidação da identidade profissional. Partindo desse contexto, as perguntas que orientaram esta pesquisa foram: 5. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11096.htm. Acesso em 08 set. 2018. 6 Disponível em http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10260.htm. Acesso em 08 set. 2018. 7 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5800.htm. Acesso em 08 set. 2018. 8 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/d8752.htm. Acesso em 08 set. 2018. 9 Disponível emhttp://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid/pibid. Acesso em 08 set. 2018. 10 Disponível emhttp://www.capes.gov.br/educacao-basica/programa-residencia-pedagogica. Acesso em 08 set. 2018..

(27) 13. Em que medida a participação no PLI e os recursos destinados aos bolsistas contribuíram para melhorar a qualificação dos estudantes de graduação em licenciatura e a aumentar a valorização da carreira docente? De que forma a comunidade acadêmica (gestores, professores e alunos) percebe o PLI como programa de internacionalização do ensino superior e como programa de qualificação e valorização da carreira docente? Quais são os limites e as possibilidades do PLI como proposta de internacionalização dos cursos de licenciatura?. O. PLI. se. mostra. como. um. programa. de. experiência. de. internacionalização individual ou traz no seu escopo uma proposta de mudanças de percurso dos cursos de licenciatura? Ainda que a presente pesquisa não pretenda analisar em profundidade os processos de internacionalização e globalização e suas características atuais, bem como a educação superior no Brasil e a formação docente, faz-se necessário destacar algumas dessas questões para a contextualização do Programa das Licenciaturas Internacionais como um programa de mobilidade acadêmica de alunos de graduação em licenciatura. Assim, o presente trabalho foi elaborado com a intenção de colaborar para a reflexão sobre as políticas de fomento para mobilidade acadêmica como um viés de valorização da carreira docente, a partir da análise das experiências dos alunos de graduação em licenciatura que realizaram o intercâmbio como bolsistas do PLI. Contribui, portanto, para a discussão sobre os desafios e dilemas na formação docente e para a compilação de informações que possam auxiliar na avaliação desse programa por diferentes atores educacionais. Baseados no exposto anteriormente, os objetivos gerais desse trabalho foram construir a trajetória do Programa Licenciaturas Internacionais (PLI) na Universidade Metodista de São Paulo, com ênfase nos editais 2010 e 2011 e verificar os seus impactos na formação dos estudantes bolsistas do PLI e nos cursos de licenciaturas participantes desse programa. Para tentar responder às perguntas apresentadas neste trabalho foi necessário efetuar um levantamento da literatura sobre internacionalização e, em especial, do ensino superior. Da mesma forma, também foi efetuado o levantamento de dados sobre sistema educacional brasileiro e os processos e políticas de mobilidade acadêmica, além dos documentos pertinentes das edições I a V do PLI (2010 a 2014), como uma política pública de fomento a qualificação profissional na educação superior e de programa de internacionalização da graduação. A pesquisa foi organizada em sete capítulos que, em linhas gerais,.

(28) 14. estão descritos a seguir: No primeiro capítulo está descrita a trajetória metodológica que norteou os trabalhos tendo como premissa a pesquisa qualitativa (RICHARDSON, 1999), que possui como característica principal a descrição de fenômenos impregnados de significados singulares e subjetivos. Como instrumento para a coleta de dados foi adotada a entrevista individual, como forma de apreensão da percepção dos bolsistas egressos do Programa de Licenciaturas Internacionais e os gestores (coordenadores e professores) envolvidos nesse programa. O segundo capítulo foi constituído com a fundamentação teórica sobre a globalização e a internacionalização do ensino superior e o aumento da mobilidade estudantil. Autores como Altbach e Knight (2007); Carvalho e Gonçalves Neto (2004); Celano e Guedes (2014); Contel e Lima (2007); Dias Sobrinho (2005); Fonseca, Esteves e Iorio (2015); Gacel-Ávila (2005); Knight (2003, 2005, 2011); Lima e Maranhão (2009, 2011); Morosini (2006, 2014); Stallivieri (2009); Zamberlam et al. (2009), entre outros, e os dados dos relatórios da OCDE e da UNESCO fundamentam este estudo. A partir da visão de diferentes autores, esse capítulo visou contribuir para a discussão dos diversos aspectos da internacionalização, as contradições que esse tema suscita e as suas implicações para as universidades. Com o objetivo de apresentar uma breve história da educação no Brasil, em especial o ensino superior, no terceiro capítulo foram abordadas as políticas públicas dos anos recentes, principalmente após a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) e a LDB de 1996 (BRASIL, 1996). Foram também apresentados os dados que demonstram o aumento do número de instituições e matrículas no ensino superior, com a preponderância nas IES particulares. O referencial teórico foi baseado nos trabalhos de Cury (2010); Egreggio (2016); Marinho, Polidori e Ono (2012); Nunes (2007), Schwartzman (2015) e Speller, Robl e Meneghel (2012), que abordam o histórico da ES no Brasil.. Na análise documental foram utilizados os relatórios. publicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e pelo Ministério da Educação e a Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC). A partir da década de 1990 tem-se uma visão da educação como serviço, regulamentada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e o da concepção de transnacionalização frente à da soberania do Estado-nação. Esse é o tema do.

(29) 15. quarto capítulo.. Nesse processo, as universidades têm sido direcionadas a se. integrarem às demandas da reestruturação produtiva do capital, reguladas pela lógica de mercado na gestão dos sistemas de ensino superior. Nesse particular, destacam-se alguns autores que foram utilizados para discussão: Azevedo (2015a, 2015b, 2016); Carvalho e Gonçalves Neto (2004); Dias (2012); Ferreira (2012); Fonseca, Esteves e Iorio (2015); Lombas e Sobral (2016); Morosini (2014) e Sguissardi (2008). No quinto capítulo são apresentados os dados de mobilidade acadêmica de estudantes brasileiros em Portugal. Tendo como base os artigos de Fonseca e Hortas (2011); Iorio e Ferreira (2013), Iorio (2014) e Fonseca, Esteves e Iorio (2015) são discutidas as políticas públicas educacionais e estratégias na atração de estudantes internacionais adotadas por esse país. Além disso, também são abordados os diversos acordos assinados entre Brasil e Portugal, com destaque para o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa e a Associação Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras. O sexto capítulo é dedicado ao Programa Licenciaturas Internacionais (PLI). Como o programa financiado pela CAPES foi gerenciado pela sua Diretoria de Relações Internacionais (DRI), inicialmente é explicitado o organograma dessa instituição. Posteriormente são apresentados e discutidos os diferentes editais do PLI (2010 a 2014). No sétimo capítulo são apresentadas as análises e reflexões sobre as entrevistas com coordenadores, professores e alunos dos diferentes cursos de licenciatura da Universidade Metodista de São Paulo que participaram do PLI. E, finalizando, são apresentadas as considerações finais deste trabalho..

(30) 16. CAPÍTULO I - TRAJETÓRIA METODOLÓGICA “Não existe conhecimento desinteressado” (HABERMAS, 1982). A trajetória metodológica do presente trabalho foi desenvolvida no contexto da abordagem qualitativa. Nessa perspectiva, Richardson (1999) afirma que: As investigações que se voltam para uma análise qualitativa têm como objeto situações complexas ou estritamente particulares. Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar as interações de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos (RICHARDSON, 1999, p. 80).. Ainda, como ressaltado por Minayo (1999), embora as pesquisas quali e quantitativas tenham especificidades distintas, elas não são antagônicas e, dependendo do caso, nada impede que no decorrer do processo de uma pesquisa qualitativa possam ser empregados dados quantitativos. O mesmo pensamento também é compartilhado por Barros (2013): Trabalhar na perspectiva quantitativa e qualitativa oferece grandes possibilidades de compreensão do objeto em questão. A pesquisa qualitativa se envolve em um universo de aspirações, valores e atitudes presentes no âmbito mais profundo do fenômeno em estudo, necessária aqui por favorecer a aproximação com a realidade subjetiva presente na pesquisa. A pesquisa quantitativa insere-se em um contexto de análise de dados quantificáveis igualmente importantes para a construção deste trabalho (BARROS, 2013, p.73).. Gatti (2012) colabora nessa questão colocando em foco a busca pela superação da dicotomização entre as abordagens qualitativas e quantitativas.Nessa perspectiva indica a conjugação de fontes variadas de informação, análises combinadas, considerando que as mensurações sejam quali ou quanti são aproximações dos fenômenos estudados e dos problemas levantados e não o próprio fenômeno. Reforça, ainda, a necessidade de que os dados e as análises sejam colocados em contexto, o que permite dar sentido e construir significados. Outro aspecto a ser considerado diz respeito às abordagens qualitativas de pesquisa, conforme relatado por André (2013)..

Referências

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