ENE 104 - Planejamento Energético
Professores responsáveis:
Profa. Patricia Teixeira Leite
Prof. Ivo Chaves da Silva Junior
Prof. Edmarcio Antônio Belati
Prof. Haroldo de Faria Junior
Monitor: Jacyro Gramulia Junior
Aula 2– 04/06/2009.
Tópicos de estudo
1. Primeira Fase: Ênfase em planejamento da geração de energia em sistemas hidrotérmicos com aplicações e utilização
extensivamente do software de apoio à decisão para o planejamento e a programação da operação de sistemas hidrotérmicos de Potência (Hydrolab). Serão abordados conceitos de planejamento de sistemas hidrotérmicos de potência de longo, médio e curto prazos. Formulação
matemática envolvida. Aplicação com usinas reias do sistema brasileiro.
1. Segunda Fase: geração térmica(despacho por mérito, retrições de operação destas unidades, técnicas de resolução) e com a parte de transmissão(modelos de linhas, parâmetros,
representação linear e não linear de linhas de transmissão, expansão, fluxo de carga)
2. Terceira Fase: distribuição de energia, parâmetros de rede de distribuição, otimização, determinação da solução ótima do problema de fluxo de potência ótimo.
3. Quarta Fase: analise de mercado de energia, configuração do setor elétricos e leilões de energia elétrica.
Avaliação
• Informações sobre a disciplina:
– http://sites.google.com/site/ene104planejamentoenergetico
– e-mail: planejamento.energético.ufabc@gmail.com
• A avaliação final será composta por:
• Quatro Trabalhos referentes a cada
fase
Cronograma de aula
1. 02/06/2009 – Aula – Patricia/Ivo 2. 04/06/2009 – Aula - Patricia 3. 09/06/2009 - Aula - Patricia 4. 11/06/2009 - Não haverá aula
5. 16/06/2009 - Aula - Patricia 6. 18/06/2009 - Aula - Patricia 7. 23/06/2009 - Aula - Ivo 8. 25/06/2009 - Aula - Ivo 9. 30/06/2009 - Aula - Ivo 10. 02/07/2009 – Aula - Ivo 11. 07/07/2009 - Aula - Ivo 12. 09/07/2009 – Aula - Edmarcio 13. 14/07/2009 – Não haverá aula
14. 16/07/2009 – Não haverá aula
15. 21/07/2009 – Aula - Edmarcio 16. 23/07/2009 – Aula - Edmarcio 17. 28/07/2009 – Aula - Edmarcio 18. 30/07/2009 – Aula - Edmarcio 19. 04/08/2009 – – Aula - Haroldo 20. 06/08/2009 – Aula - Haroldo 21. 11/08/2009 – Aula - Haroldo 22. 13/08/2009 – Aula - Haroldo 23. 18/08/2009 – Aula - Haroldo
Bibliografia
• Atlas da Energia Elétrica do Brasil, ANEEL – Agência Nacional de Energia elétrica, 3a. Edição, 2008.
• Roger A. Hinrichs e Merlin Kleinbach. Energia e meio ambiente, Ed. Thomson, São Paulo, 3a. Edição, 2003.
• Grimoni J. A. B, Galvão L. C. R e Udaeta M. E. M. Iniciação a Conceitos de Sistemas Energéticos para o Desenvolvimento Limpo. Edusp, 2004.
• L. Pinguelli Rosa. A questão energética mundial e o potencial dos trópicos. O futuro da civilização dos trópicos, Ed. EdUnB, Brasilia, 1990.
• Jean-Marie Martin, A economia mundial da energia, Ed. Unesp, 1992. • Link de empresas do setor.
• Características do Setor
Elétrico
Setor Elétrico Brasileiro
• O setor elétrico brasileiro está em permanente evolução,
fruto tanto de mudanças legais e normativas quanto do avanço tecnológico.
• O Brasil no ano de 2007, atingiu marca superior a
100 mil megawatts (MW) em potência instalada (75% de fonte hídrica e 25% de fonte térmica).
• É um desafio levar energia elétrica a mais de 61 milhões
de consumidores, espalhados num território de dimensão continental.
• E muito ainda pode ser feito para expandir o parque
Setor Elétrico Brasileiro
• O governo vem buscando incentivos para geração de
energia elétrica a partir de fontes renováveis: em 2008 realizou-se o primeiro leilão de biomassa, energia gerada pela queima do bagaço de cana-de-açúcar.
• Numa escala ainda reduzida e experimental, têm sido
criados incentivos à produção de energia pela queima do lixo urbano e pela utilização do metano associado a dejetos de suínos.
• Ambos projetos apontam o caminho da correta
sustentabilidade ambiental, ao unir a despoluição das cidades e dos rios à geração de energia elétrica.
Setor Elétrico Brasileiro
• O modelo institucional do setor de energia elétrica passou por
duas grandes mudanças desde a década de 90.
• A primeira envolveu a privatização das companhias
operadoras e teve início com a Lei no 9.427, de dezembro de 1996, que instituiu a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e determinou que a exploração dos potenciais hidráulicos fosse concedida por meio concorrência ou leilão, em que o maior valor oferecido pela outorga (Uso do Bem Público) determinaria o vencedor.
• A segunda ocorreu em 2004, com a introdução do Novo
Modelodo Setor Elétrico, que teve como objetivos principais: garantira segurança no suprimento; promover a modicidade tarifária;e promover a inserção social, em particular pelos programas de universalização (como o Luz para Todos). Sua implantação marcou a retomada da responsabilidade do planejamento do setor de energia elétrica pelo Estado.
Setor Elétrico Brasileiro
• Uma das principais alterações promovidas em 2004 foi a substituição do critério utilizado para concessão de novos empreendimentos de geração.
• Passou a vencer os leilões o investidor que oferecesse o menor preço
para a venda da produção das futuras usinas.
• O novo modelo instituiu dois ambientes para a celebração de contratos
de compra e venda de energia: o Ambiente de Contratação Regulada (ACR), exclusivo para geradoras e distribuidoras, e o Ambiente de
Contratação Livre (ACL), do qual participam geradoras, comercializadoras, importadores, exportadores e consumidores livres.
• A nova estrutura assenta-se sobre muitos dos pilares construídos nos
anos 90, quando o setor passou por um movimento de liberalização, depois de mais de 50 anos de controle estatal. Até então, a maioria das atividades era estritamente regulamentada e as companhias operadoras controladas pelo Estado (federal e estadual) e verticalizadas (atuavam em geração, transmissão e distribuição).
Setor Elétrico Brasileiro
• A reforma exigiu a cisão das companhias em geradoras,
transmissoras e distribuidoras. As atividades de distribuição e transmissão continuaram totalmente regulamentadas.
• Mas a produção das geradoras passou a ser negociada no
mercado livre – ambiente no qual as partes compradora e vendedora acertam entre si as condições através de contratos bilaterais.
Além disso, foram constituídas na década de 90 novas entidades para atuar no novo ambiente institucional.
Empresas
•ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica
www.aneel.gov.br
•DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral.
www.dnpm.gov.br
•ANP - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP)
www.anp.gov.br
•Petrobrás
www.petrobras.com.br
•Eletrobrás – Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
Empresas
•CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
www.cprm.gov.br
•CBEE – Comercializadora Brasileira de Energia
Emergencial
www.walter.augusto.nom.br/cbee/
•EPE – Empresa de Pesquisa Energética
www.epe.gov.br
•CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
www.ccee.org.br
•ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico
www.ons.com.br
•ANA – Agência Nacional de Águas
www.ana.gov.br
•CENBIO – Centro Nacional de Referência em Biomassa
Instituto de Pesquisa
•IEEE – Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos
www.ieee.org
•CIGRÉ - Comitê Nacional Brasileiro de Produção e
Transmissão de Energia Elétrica CIGRÉ-Brasil
www.cigre.org.br
•CEPEL – Centro de Pesquisa de Energia Elétrica
www.cepel.br
•CNEN – Comissão Nacional de Energia Elétrica
www.cnen.gov.br
Banco de teses Capes
A Estrutura Institucional do Setor
Elétrico Brasileiro
• Em 2004, com a implantação do Novo Modelo do Setor Elétrico,
o Governo Federal, por meio das leis no 10.847/2004 e no 10.848/2004, manteve a formulação de políticas para o setor de energia elétrica como atribuição do Poder Executivo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME) e com assessoramento do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e do Congresso Nacional.
• Os instrumentos legais criaram novos agentes. Um deles é a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao MME e cuja função é realizar os estudos necessários ao planejamento da
expansão do sistema elétrico.
• Outro é a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
A Estrutura Institucional do Setor
Elétrico Brasileiro
• O Novo Modelo do Setor Elétrico preservou a Aneel, agência
reguladora, e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
• Estes são responsável por coordenar e supervisionar a operação
centralizada do sistema interligado brasileiro. Para acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do
suprimento eletroenergético em todo o território nacional.
• Foi instituído o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
Tópicos Especificos
• Definição do Problema
Aplicação no Sistema Brasileiro
Tópicos Especificos
• Sistema hidrotérmico
REDE DE TRANSMISSÃO DEMANDA GH GT I Geração Transmissão ConsumoTópicos Especificos
Sistema Elétrico de Potência - Matriz Energética Nacional
MATRIZ PREDOMINANTEMENTE HIDRÁULICA BOM OU RUIM ?
Matriz Energética Elétrica 2008
• Sistema hidrotérmico de
grande porte
• Predominância de usinas
hidrelétricas e com múltiplos proprietários.
• Único em âmbito mundial
(tamanho e características)
• Sistema Isolado possui apenas
3,4% da capacidade de
produção de eletricidade do país
Sistema Isolado
Como operar o sistema? Usar água OK déficit vertimento OK
..o que fazer ?
.. o que pode acontecer conseqüênciasfuturas -- “$” $ presente baixo $ presente alto “desperdício” $ = 0 $ baixo $ baixo $ alto
Definição do problema
Pv
Pu
hl
Definição do problema
Balanço hidráulico Δt utm xt vt ut xt-1 yt)
(
)
(
1 tm t t t t tx
u
y
u
v
x
Definição do
problema
Xi X: Volume útil u: turbinamento s: vertimento uk2 +sk2 uk1 +sk1 ui +si y: afluência yk1 y k2 y Navegação Irrigação Saneamento Restrições ambientaisDefinição do problema
Bacia Hidrológica Usina a Fio d’água Usina com Reservatóri o Reservatório Equivalente• Surge duas questões:
Definição do problema
1
2
Fluxo
-Duas usinas iguais e mesmo
volume
→ Se ambas estão cheias em qual você vai produzir energia?
→ Se ambas estão vazias qual você enche primeiro?
• O Planejamento da Operação de
Sistemas
Hidrotérmicos
pode
ser
classificado como um problema de
otimização:
Definição do problema
Dinâmico;
Grande porte;
Não-linear;
Não-separável (interconectado).
Definição do problema
• Os recursos hídricos representados pela
água armazenada nos reservatórios, são
limitados, deve haver um compromisso entre
as decisões de geração no presente e no
futuro.
•Essa característica torna o problema
dinâmico,
ou
seja,
o
estado
de
armazenamento
dos
reservatórios
no
presente depende de decisões de geração
tomadas no passado aasim como as
decisões no presente comprometem as
decisões futuras.
Definição do problema
• O elevado número de aproveitamentos
com reservatórios de acumulação e as
características de regularização
plurianual do sistema brasileiro implicam
na adoção de longos períodos de estudo
para a coordenação hidrotérmica da
operação, caracterizando o problema de
grande porte.
Definição do problema
• A coordenação hidrotérmica da operação
acrescenta complexidade as funções de
geração das usinas hidrelétricas, que
descrevem a conversão da água
turbinada nas usinas em energia elétrica,
assim como as funções de custo de
complementação termelétrica, são
geralmente representadas por funções
não lineares.
Definição do problema
• O acoplamento operativo entre as
usinas pertencentes a uma mesma
bacia hidrográfica, ao contrário de
sistemas puramente termelétrico, nos
quais todas as usinas são operadas
independentemente entre si, sistema
com usinas hidrelétrica pertencentes à
mesma bacia hidrográfica constituem
sistemas interconectados de geração.
Definição do problema
Objetivo econômico do POSHP
custos
Horizonte de planejamento
Objetivo do POSHP
metas de
geração
Médio prazo;
Curto prazo;