Qualificar:
- para o desenvolvimento de pesquisa na área de Direito Penal e Direito
Processual Penal
- para melhor habilitar para as atividades jurídicas
- bom entendimento entre as relações
jurídicas/sociais envolvendo a Sociedade e o Estado
- Crescente debate sobre as matérias penais e processuais penais
- Especificidades do estudo devem ser entendidas pelos aplicadores do Direito
- Interdisciplinariedade dos diversos ramos do Direito e o Direito Penal e Processual
Penal
- Aprimoramento profissional (aplicação teórica na prática)
O programa do curso é modular: - Direito Penal
- Processo Penal
- Legislação Especial - Prática Profissional
Princípios orientadores do poder punitivo estatal.
Aplicação da pena. Lei penal no tempo.
Lei penal no espaço. Extraterritorialidade. Estatuto do Estrangeiro.
Lei penal em relação a determinadas pessoas.
Imunidades diplomáticas .
Imunidades parlamentares – absolutas e relativas.
Teoria do Crime.
Conduta. Ação e Omissão. Nexo Causal. Teorias.
Resultado.
Crime doloso e crime culposo. Antijuridicidade. Ilicitude.
Antinormatividade.
Antijuridicidade: concepção e espécies. Desvalor da ação e desvalor do resultado. Causas excludentes. Excesso.
Culpabilidade. Antecedentes.
Modernas teorias da culpabilidade. Elementos da culpabilidade.
Imputabilidade e inimputabilidade. Potencial consciência da ilicitude. Erro de tipo.
Exigibilidade de conduta diversa.
Coação moral irresistível e obediência hierárquica.
Teoria da pena.
Penas privativas de liberdade. Penas restritivas de direitos. Pena de multa.
Aplicação e fixação da pena. Circunstâncias do crime.
Circunstâncias judiciais.
Circunstâncias legais. Agravantes e atenuantes.
Concurso de crimes. Concurso material. Concurso formal. Crime continuado.
Medidas alternativas à prisão. Cabimento e eficácia.
Suspensão condicional da pena. Livramento condicional.
Medidas de segurança. Internação. Tratamento ambulatorial. Semi-imputabilidade. Psiquiatria forense. Extinção da punibilidade. Crimes contra a vida.
Lesão corporal.
Crimes de perigo individual. Rixa.
Crimes contra a honra.
Crimes contra a liberdade individual. Crimes contra a inviolabilidade de
domicílio.
Crimes contra a inviolabilidade de correspondência.
Crimes contra a inviolabilidade de segredos. Crimes contra o patrimônio.
Crimes contra o sentimento religioso e respeito aos mortos.
Crimes contra a assistência familiar. Crimes de perigo comum
Crimes contra a dignidade sexual. Crimes contra a saúde pública.
Crimes contra a paz pública.
Crimes contra a Administração Pública.
Crimes praticados por funcionário público contra a Administração em geral.
Crimes praticados por particular contra a Administração em geral.
Princípios gerais do processo penal. Segurança Pública.
Polícia Judiciária.
Investigação criminal. Inquérito policial.
Poder investigatório do Ministério Público. Ação penal.
Prisões cautelares.
Pressupostos e garantias constitucionais. Relaxamento da prisão em flagrante.
Fiança e Liberdade provisória. Da ação civil.
Jurisdição e competência. Princípios.
Competência da Justiça Federal e da Justiça Estadual.
Competência do Supremo Tribunal Federal. Competência do Superior Tribunal de
Justiça.
Competência dos Tribunais Regionais Federais.
Competência dos Tribunais de Justiça dos Estados.
A Lei de Organização Judiciária do Estado de São Paulo.
Prova no processo penal brasileiro. Classificação, meios e ônus da prova.
Sistema de apreciação e princípios gerais das provas.
Provas ilícitas.
Provas em espécie. Perícias.
Exame de corpo de delito e demais perícias. Interrogatório do acusado.
Insanidade mental do acusado. Prova testemunhal.
Interceptação Telefônica – Lei 9296/96 Reconhecimento de Pessoas e Coisas Providências cautelares e espécies de
provas.
Defesa técnica e autodefesa. Direito ao silêncio.
Questões prejudiciais. Exceções.
Suspeição e impedimento. Incompetência de juízo. Litispendência. Ilegitimidade de parte. Coisa julgada. Incompatibilidades e impedimentos. Medidas assecuratórias. Seqüestro. Arresto.
Busca e apreensão.
Restituição de coisas apreendidas. Sujeitos processuais.
Juiz.
Ministério Público.
Acusado e seu defensor. Assistente de acusação. Funcionários da justiça. Tradutor e intérprete.
Citação. Intimação. Notificação. Procedimento ordinário. Procedimento sumário. Procedimento sumaríssimo. Procedimentos especiais.
Juizados Especiais Criminais.
Previsão constitucional e princípios orientadores.
Infrações penais de menor potencial ofensivo.
Transação penal.
Suspensão condicional do processo. Sentença penal.
Classificação das decisões.
Espécies e efeitos das sentenças.
“Mutatio libelli” e “emendatio libelli”.
Nulidades. Pressupostos e convalidação. Irregularidades.
Nulidades relativas. Nulidades absolutas. Inexistência.
Nulidades em espécie. Argüição das nulidades.
Recursos no processo penal.
Pressupostos, efeitos e extinção. Recursos em espécie.
Jurisdicionalização da execução penal.
Classificação, assistência, trabalho, deveres, direitos e disciplina do preso.
Órgãos da execução penal. Estabelecimentos penais.
Execução das penas em espécie.
Execução das medidas de segurança. Incidentes da execução.
A nova lei de drogas – Lei nº 11.343/06. Crimes hediondos – Lei nº 8.072/90.
Crime de Tortura – Lei nº 9.455/97. Genocídio – Lei nº 2.889/56.
Terrorismo - Lei de Segurança Nacional – Lei nº 7.170/83.
Contravenções penais – Dec.lei nº 3.688/41.
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/90.
Crimes Imobiliários - Lei de Parcelamento do Solo – Lei nº 6.766/79.
Prisão Temporária – Lei nº 7.960/89. Violência doméstica e familiar contra a
Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/03. Código de Trânsito Brasileiro – Lei nº
9.503/97.
Crimes Ambientais – Lei nº 9.605/98.
Juizados Especiais – Lei nº 9.099/95; Lei nº 10.259/01 e Lei nº 11.313/06.
Lei das Execuções Penais
ACOSTA, Walter P. O processo penal
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Manual de
Direito Penal
BRUNO, Aníbal. Direito penal
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal CAPOBIANCO, Rodrigo Julio. Decisões
Favoráveis à Defesa
COSTA JR. Paulo José da. Comentários ao
Código Penal
DELMANTO, Celso. Código Penal comentado FARIA, Bento de. Código Penal comentado
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de direito
penal
GRINOVER, Ada Pellegrini; FERNANDES,
Antonio Scarance; GOMES FILHO, Antonio Magalhães. As nulidades no processo penal
HUNGRIA, Nelson. Comentários ao Código
Penal
JESUS, Damásio Evangelista de. Código de
Processo Penal anotado
MARQUES, José Frederico. Tratado de direito
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de direito
penal.
_______. Processo penal
NORONHA, Edgar Magalhães. Direito penal NUCCI, Guilherme de Souza. Código de
Processo Penal comentado
PRADO, Luiz Regis. Direito penal econômico SILVA FRANCO, Alberto; STOCO, Rui (Org.).
Código de Processo Penal e sua interpretação jurisprudencial
TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios
básicos de direito penal
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa.
1º Módulo: A técnica da análise temática. O conhecimento científico. Tipos de normas técnicas. A elaboração do trabalho
científico. Conceitos e estruturação de uma pesquisa: as variáveis envolvidas, os
métodos de coleta de dados e o projeto de pesquisa. A didática do ensino e a ciência jurídica.
2º Módulo: Tendências contemporâneas em Educação e o papel da Didática.
Planejamento do ensino: escolha de
objetos, seleção de conteúdos. Avaliação do processo ensino-aprendizagem.
Advocacia Criminal
“As pessoas discriminam o advogado criminalista, pois acham que nunca acontecerá com elas. Quando as
pessoas pensam assim são crueis”. Evaristo de Moraes Filho
Advocacia Criminal
“A Lei Penal não mergulha no oceano da criminalidade, sobrenada-o em
braçadas dirigidas”. Roberto Lyra
Advocacia Criminal
“Justiça tardia é injustiça manifesta e qualificada”.
Advocacia Criminal
Advocacia criminal na atualidade tem que considerar os seguintes pontos: 1) interdiciplinariedade do Direito
Advocacia Criminal
- Com o Direito Civil (contratos/fraudes)
- Com o Direito Imobiliário
(Parcelamento de solo / dano)
- Com o Direito de Família (Abandono / tutela do Poder Familiar)
- Com o Direito Administrativo
(Relações com o Estado / Autuações / Corregedorias)
Advocacia Criminal
- Com o Direito Tributário (fraudes fiscais)
- Com o Direito Ambiental (Construções / danos)
- Com o Direito Previdenciário (fraudes)
- Com o Direito Trabalhista (ilícito nas relações empregatícias e exercício de atividades)
Advocacia Criminal
- Com o Internacional (extradições) - Com o Direito Médico (Genética /
Danos)
Advocacia Criminal
2) Julgamento da mídia e da sociedade:
Na história do Direito Penal
encontramos avanços e retrocessos nos anseios da sociedade na punição criminal. Por isso, há sempre a
Advocacia Criminal
Direito Penal Total X
Direito Penal Mínimo X
Advocacia Criminal
3) Complexidade dos casos cada vez maior:
- infraestrutura (Câmeras, perícias, etc)
- informação - “Direitos”
Advocacia Criminal
4) Necessidade de capacitação
- falar ou escrever bem;
- conhecer o assunto, os fatos, se integrar a ele;
- raciocínio jurídico;
- capacidade de interpretação e exposição;
Advocacia Criminal
5) Estrutura negocial da advocacia - estrutura física
- marketing pessoal - “mulher de César”
Advocacia Criminal
6) Dificuldades na atuação - Preconceito
- Princípio da presunção de culpa - Só criminal ?
- Resultados - Defensoria
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS
DIREITOS HUMANOS
Surgimento / Conceito
Direitos Humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos
(todos os direitos que interferem no desenvolvimento humano)
Surgimento / Conceito
Para alguns autores, os Direitos Humanos se confundem com o próprio Direito Natural
As idéias acerca de Direitos Humanos surgiram para conter a arbitrariedade do Estado
Magna Carta – 1215
Rei João Sem Terra
Bill of Rights – 1689
Separação dos Poderes Direito de Petição
Dos Delitos e Das Penas – 1764
Declaração de Virgínia – 1776
Independência dos EUA
Maior amplitude de direitos para o povo
Representação Popular Delimitação dos Poderes
Declaração de Direitos do Homem – 1789
Revolução Francesa
Estrutura de Governo modificada (de Monarquia para Assembléia)
Regime Político
Revolução Russa – 1917
Marxismo aplicado a sociedade agrária
Medidas sociais, econômicas e políticas
Constituição Mexicana – 1917
Constituição Alemã – 1919 - Weimar Continuidade do Constitucionalismo
Social (preocupação socializante) Democracia social (elaborada para
garantir a dignidade da pessoa humana)
Direitos civis, políticos, econômicos e sociais
Tratado de Versalhes – Criação da OIT – Organização Mundial do Trabalho -1919
Segunda Guerra Mundial – 1939/1945
Universalização e reconstrução dos Direitos Humanos – pósguerra -1945
Sistematização internacional
Nova concepção de caráter universal / internacional
- Resgate de uma concepção
História do Direito Penal
Pré-Históricos - até 3.500 a.C.
- Direito Natural: atirar-se ao rio sem saber nadar. Pena: afogamento
- Direito Criminal de Lendas, Tabus e Mitos
História do Direito Penal
Sumérios
- 3.500 a.C. (escrita cuneiforme – necessidade de contabilidade)
História do Direito Penal
Sumérios
- Agricultura / força para o trabalho - Escravidão como pena para delitos
História do Direito Penal
Sumérios
- Inventaram: roda, escola pública, irrigação agrícola, cerveja
História do Direito Penal
Sumérios
- Rei Ur-Nammu (Século XXI a.C.), instituiu para o crime de injúria a substituição da pena de castigos físicos por multa
História do Direito Penal
1º Império Babilônico
- Conquistaram os Sumérios
- Código de Hamurabi (2067-2025 a.C.)
História do Direito Penal
Código de Hamurabi determinou: - Lei de Talião
- Incorporou a pena de morte e a pena
de multa dos Sumérios
- Criou penas curiosas: corte público de
metade dos cabelos, corte das orelhas, corte das mãos, expulsão da cidade,
empalamento e lançamento ao rio
- Criou a Responsabilidade Objetiva do
História do Direito Penal
Egípcios
- Vontade do Rei era a única fonte do
direito
- Criou a tortura como elemento de
História do Direito Penal
Assírios
- Recuo na marcha criminal
(recrudescimento)
- Direito criminal em tom militar
- Pena com brutalidade: empalados,
esfolados, queimados , assassinados com golpes na cabeça, decapitados (regra)
- pior pena: filho do culpado queimado
História do Direito Penal
Código de Manu
- (Manu era filho do Deus Brahma) - Humanidade em castas
- Homem deve se conformar com o seu
destino
- Legislação religiosa / preservação do
História do Direito Penal
Gregos
- Patriarca da família tinha o poder
acerca do destino dos familiares e escravos
- criou o exílio
- Legislação Draconiana (Dracon –
magistrado – 621 a.C.) foi rígida e
insatisfatória (furto de legume punido com pena de morte)
História do Direito Penal
Gregos
- Nova Legislação – Solon – 594 a.C. –
instituiu a igualdade e a proibição da escravidão por dívidas, prostituição
legalizada e tributada e o ócio passou a ser crime
- Penas: açoitamento, multa, perda da
cidadania, marcas com ferro em brasa, confisco, exílio, pena de morte (muitas vezes comutada em exílio voluntário)
História do Direito Penal
Romanos
- Monarquia: rei tinha funções religiosas
supremas e a pena tinha caráter sagrado e executada por imposição divina. Havia crimes privados em que o Estado
História do Direito Penal
Romanos
- República: Estado se separou da
religião
- Execução de Métio Fufécio (rei Tulo)
gerou o posterior abrandamento das penas
História do Direito Penal
Romanos
- Império: criou crimes extraordinários
(não previstos em lei – furto qualificado, concussão, rapto) que se juntaram a
crimes religiosos (em razão do Cristianismo: blasfêmia, heresia, bruxaria, etc)
História do Direito Penal
Bárbaros (ou Germânicos)
- origem nas tradições religiosas
populares não escritas
- Baseava-se na vingança privada
(delitos privados) e perda da paz (delitos públicos – criminoso perseguido por
todos)
História do Direito Penal
Direito Canônico - Inquisição
- Morte por heresia (1023 – grupo de
Tolosa e Orleãs passou a negar milagres, os predicados do batismo, a eficácia das orações, etc e treze foram queimados na fogueira)
- As execuções eram baseadas no Antigo
e Novo Testamento
História do Direito Penal
Idade Moderna
- Humanidade em mudança (navegações,
descobrimentos, feudalismo chegando ao fim, ressurgimento das cidades e
atividade mercantil e formação da burguesia)
História do Direito Penal
Idade Moderna
Governo mais forte e absolutista Poder ilimitado e incondicional do
monarca em delegação divina
Leis unitárias para todo o território
nacional
Penas desumanas e executadas
publicamente com a função de intimidar o povo e desencorajar a desobediência ao poder absoluto do soberano
História do Direito Penal
Direito Criminal Filosófico Cesare Beccaria
(idéias refletidas nas principais
legislações da época: Rússia-1767,
Código Toscano- 1786, Prússia-1787 e Código Penal Francês-1791)
História do Direito Penal
Clássicos (Dois grupos)
- Seguidores de Beccaria (Filangieri,
Romagnani, Feuerbach) – evitar a
reincidência e defender a sociedade de novas agressões
- Fase definitiva (Rossi, Carrara, Pessina)
– pena é imposição ética e retribuição ao pecado cometido
História do Direito Penal
Escola Positiva
- Lombroso, Ferri e Garofalo (criminoso
nato / fatores antropológicos, físicos e sociais / crime natural – ofensa a parte do senso moral)
HISTÓRIA DO DIREITO PENAL
NO BRASIL
História do Direito Penal no Brasil
Ordenações Afonsinas (1446) Ordenações Manuelinas (1521)
Ordenações Filipinas (ficaram prontas ainda durante o reinado de Filipe I, em 1595, mas entraram efetivamente em vigor em 1603, no período de governo de Filipe II)
História do Direito Penal no Brasil
Código Criminal do Império (Lei 16 de dezembro de 1830 )
História do Direito Penal no Brasil
CODIGO CRIMINAL DO IMPERIO DO BRAZIL
PARTE PRIMEIRA
Dos Crimes, e das Penas
TITULO I
Dos Crimes
CAPITULO I
DOS CRIMES, E DOS CRIMINOSOS
História do Direito Penal no Brasil
CAPITULO II
DOS CRIMES JUSTIFICAVEIS CAPITULO III
DAS CIRCUMSTANCIAS AGGRAVANTES, E ATTENUANTE DOS CRIMES
CAPITULO IV
DA SATISFAÇÃO
História do Direito Penal no Brasil
TITULO II Das Penas CAPITULO I
DA QUALIDADE DAS PENAS, E DA
MANEIRA COMO SE HÃO DE IMPOR, E CUMPRIR
História do Direito Penal no Brasil
PARTE SEGUNDA
Dos crimes publicos TITULO I
Dos crimes contra a existencia politica do Imperio
CAPITULO I
DOS CRIMES CONTRA A
INDEPENDENCIA, INTEGRIDADE, E DIGNIDADE DA NAÇÃO
História do Direito Penal no Brasil
CAPITULO II
DOS CRIMES CONTRA A CONSTITUIÇÃO
DO IMPERIO, E FÓRMA DO SEU
GOVERNO
História do Direito Penal no Brasil
CAPITULO III
DOS CRIMES CONTRA O CHEFE DO GOVERNO
História do Direito Penal no Brasil
TITULO II
Dos crimes contra o livre exercicio dos Poderes Politicos
TITULO III
Dos crimes contra o livre gozo, e exercicio dos Direitos Politicos dos Cidadãos
História do Direito Penal no Brasil
TITULO IV
Dos crimes contra a segurança interna do Imperio, e publica tranquilidade CAPITULO I
CONSPIRAÇÃO CAPITULO II
REBELLIÃO
História do Direito Penal no Brasil CAPITULO III SEDIÇÃO CAPITULO IV INSURREIÇÃO CAPITULO V RESISTENCIA (segue)
História do Direito Penal no Brasil
CAPITULO VI
TIRADA OU FUGIDA DE PRESOS DO PODER DA JUSTIÇA, E ARROMBAMENTO DE CADÊAS
CAPITULO VII
DESOBEDIENCIA ÁS AUTORIDADES
História do Direito Penal no Brasil
TITULO V
Dos Crimes contra a boa Ordem, e Administração Publica
CAPITULO I
PREVARICAÇÕES, ABUSOS, E OMISSÕES DOS EMPREGADOS PUBLICOS
CAPITULO II FALSIDADE
História do Direito Penal no Brasil
CAPITULO III PERJURIO
História do Direito Penal no Brasil
TITULO VI
Dos crimes contra o Thesouro Publico, e propriedade publica CAPITULO I PECULATO CAPITULO II MOEDA FALSA (segue)
História do Direito Penal no Brasil
CAPITULO III
CONTRABANDO CAPITULO IV
DESTRUIÇÃO, OU DAMNIFICAÇÃO DE
CONSTRUCÇÕES, MONUMENTOS, E BENS PUBLICOS
História do Direito Penal no Brasil
PARTE TERCEIRA
Dos crimes particulares TITULO I
Dos crimes contra a liberdade individual TITULO II
Dos crimes contra a segurança Individual
CAPITULO I
DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DA PESSOA, E VIDA
História do Direito Penal no Brasil
CAPITULO II
DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DA HONRA
CAPITULO III
DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DO ESTADO CIVIL, E DOMESTICO
História do Direito Penal no Brasil
TITULO III
Dos crimes contra a propriedade CAPITULO I
FURTO
CAPITULO II
BANCARROTA ESTELLIONATO, E OUTROS CRIMES CONTRA A
PROPRIEDADE CAPITULO III DAMNO
História do Direito Penal no Brasil
TITULO IV
Dos crimes contra a pessoa, e contra a propriedade
História do Direito Penal no Brasil
PARTE QUARTA
Dos crimes policiaes CAPITULO I
OFFENSAS DA RELIGIÃO, DA MORAL, E BONS COSTUMES CAPITULO II SOCIEDADES SECRETAS CAPITULO III AJUNTAMENTOS ILLICITOS (segue)
História do Direito Penal no Brasil
CAPITULO IV
VADIOS E MENDIGOS CAPITULO V
USO DE ARMAS DEFESAS CAPITULO VI
FABRICO, E USO DE INSTRUMENTOS PARA ROUBAR
História do Direito Penal no Brasil
CAPITULO VII
USO DE NOMES SUPPOSTOS, E TITULOS INDEVIDOS
CAPITULO VIII
USO INDEVIDO DA IMPRENSA
TEMA LIVRE:
A resposta deve ser dada de acordo com o momento histórico e a própria cultua a que se serve
A história mostra a análise do Direito Penal em movimentos pendulares
Marcos Históricos
Beccaria (1776 – Dos Delitos e das Penas)
Clássicos
◦ - Carrara
◦ - Livre Arbítrio
◦ - Pena retributiva (aplicada por ofensa a Deus)
Positivistas
◦ - Lombroso (determinismo genético)
◦ - Ferri (determinismo social)
Funcionalismo
◦ - Günther Jakobs
Funcionalismo
◦ - Características: o Direito Penal deve
acentuar os valores de determinada ordem jurídica
Funcionalismo (radical) de Günther Jakobs – Direito Penal do Inimigo
Günther Jakobs
Nasceu em Mönchengladbach em 26 de
julho de 1937)
Professor Emérito de direito penal e Filosofia
do Direito.
Estudou Direito nas Universidades
de Colônia, Kiel e Bonn, tendo graduado-se nesta última em 1967 onde defendeu a tese sobre direito penal e doutrina da
Discípulo de Hans Welzel (teoria finalista da
ação)
Atualmente é professor aposentado
da Universidade de Bonn.
Com as ideias do sociólogo Niklas
Luhmann sobre a teoria dos sistemas
apartou-se da doutrina finalista e criou o funcionalismo sistêmico fundado na
Após os ataques de 11 de setembro contra
as Torres Gêmeas, em Nova Iorque, teve papel relevante na criação das bases
O que é Direito Penal do
Inimigo?
◦ É o conjunto de princípios e normas elaboradas sem as garantias
materiais e processuais, aplicado a determinado tipo de criminoso
◦ Diferencia-se do direito penal do cidadão
◦ Direito Penal do cidadão
◦ - é de acordo com o Estado Democrático de Direito
◦ - se baseia na culpabilidade do ato
◦ - reprova o homem pelo que ele fez
◦ - a pena visa ressocializar e compensar o crime praticado
◦ Direito Penal do inimigo
◦ - foge ao Estado Democrático de Direito
◦ - se baseia na culpabilidade do autor (ou de conduta de vida)
◦ - reprova o homem pelo que ele é
◦ - a pena visa liminar ou inocuizar o criminoso
◦ É aquele que viola o ordenamento jurídico por princípios
◦ É um perigo à vigência do direito ◦ Tem por principais características:
◦ - Habitualidade criminosa
◦ - Profissionalismo criminoso
◦ - Participação em organização criminosa
Por que a pena visa eliminar ou
inocuizar o Inimigo?
◦ - Porque o inimigo é irrecuperável
◦ - Para que a pena sirva de prevenção a fatos futuros
Qual o fundamento filosófico
do Direito Penal do Inimigo?
◦ - Rousseau (contrato social – o
criminoso viola o contrato social e deve ser eliminado)
◦ - Hobbes (criminoso de alta traição deve ser eliminado)
◦ - Fichte (criminoso perde todos os seus direitos de cidadão) (“
capitis
Quais as principais
características do Direito Penal
do Inimigo?
◦ - incriminação excessiva de atos preparatórios
◦ - cominação de penas desproporcionais
◦ - aumento excessivo de pena
quando o crime está relacionado a organização criminosa
◦ - crime tentado tratado como se fosse consumado
◦ - suspensão ou restrição de
garantias (p. ex. tortura para a
confissão, ampliação do prazo de prisão processual,
incomunicabilidade, etc)
◦ - rigor penitenciário no cumprimento de pena
Qual o maior exemplo de
aplicação do Direito Penal do
Inimigo?
EUA – Direito Penal do Inimigo – pós
11/09/2001
Em 1903, os Estados Unidos assinam
com Cuba um contrato de arrendamento
perpétuo de 116km² de terra e água na baía de Guantánamo (ilha de Cuba). O propósito seria a mineração e operações navais.
Em 1942, por ocasião do ataque japonês à
base de Pearl Harbor, o presidente
estadunidense Franklin D. Roosevelt assina um decreto que autoriza a prisão de
Dezenas de milhares de pessoas foram
presas em campos clandestinos sob controle militar. Nos anos seguintes, estima-se que cerca de 7 milhões de prisioneiros eram
mantidos em campos abertos, não recebendo os benefícios da Convenção de Genebra por serem considerados pelo presidente
Em 1971, o Winter Soldier Investigation acusa
as forças estadunidenses de cometer
atrocidades durante o conflito com o Vietnã, incluindo assassinatos e torturas. Eles
apresentam este mesmo relatório aos meios de comunicação em janeiro.
Em 2001, quase um mês após o ataque de 11
de setembro às Torres Gêmeas, o presidente estadunidense George W. Bush autoriza
Em 2002, o primeiro grupo de 20
combatentes capturados no Afeganistão é levado ao Campo X-Ray em Guantânamo. Como o presidente Bush os descreve
como terroristas, eles não podem ser
protegidos pela Convenção de Genebra. Bush afirma em discurso que a guerra contra o
terrorismo está apenas começando e
identifica Irã, Iraque e Coreia do Norte como os integrantes do Eixo do Mal.
Os detidos são transferidos do Campo X-Ray
para o Campo Delta. O Campo X-Ray é
fechado definitivamente. Em outubro, pela primeira vez, quatro prisioneiros de
Guantânamo são liberados.
Em novembro, William J. Haynes recomenda técnicas de interrogatório agressivas para qualquersuspeito de terrorismo.
Em 2003, de um total de 773 prisioneiros
que passaram pela prisão em solo cubano, 680 permanecem em Guantânamo.
Em 2004, a Suprema Corte estadunidense
determina que os presos de Guantânamo podem apelar à Justiça nacional.
O prisioneiros de Guantânamo são
interrogados por comissões militares
especiais a fim de estabelecer se eles são
inimigos. Dos 558 detidos que completaram o processo, apenas 38 são selecionados para serem libertados.
O presidente Bush assina o Detainee
Treatment Act (Lei para o Tratamento de
Detidos), que concede às comissões militares jurisdição sobre as solicitações de habeas
corpus. O procurador-geral Alberto González divulga um documento que autoriza as
técnicas de interrogatório mais cruéis já aplicadas pela CIA, incluindo o
famoso submarino (informação noticiada pelo
Em 2006, os Três de Tipton são libertados
depois de ficarem dois anos presos em
Guantânamo e sua história se transforma no documentário Caminho para Guantânamo
(The Road to Guantanamo). A Organização das Nações Unidas (ONU) apresenta um
relatório solicitando o fechamento da prisão de Guantânamo com base no uso de técnicas de interrogatório semelhantes a tortura.
O então secretário de Defesa, Donald
Rumsfeld, não concorda com as conclusões da ONU e declara que a ideia do fechamento da prisão não é realista. Um dos prisioneiros de Guantânamo tenta o suicídio. Um mês
depois, três prisioneiros morrem em um
aparente suicídio coletivo. Outros prisioneiros iniciam greve de fome, mas são alimentados à força pelos guardas.
A Suprema Corte determina que o sistema de
comissões militares para os detidos viola as leis estadunidenses e a Convenção de
Genebra. Em setembro, Bush reconhece que a CIA manteve prisioneiros em segredo
durante anos sem processá-los e que esses detidos foram submetidos a
procedimentos alternativos de interrogatório extremamente agressivos. Alguns destes
presos considerados importantes foram transferidos para Guantânamo.
Em 2007, documentos do FBI obtidos durante
um processo iniciado pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, em inglês)
revelam 26 incidentes de possível abuso por parte dos guardas de Guantânamo que
incluem expor os prisioneiros a temperaturas extremas, desrespeitar o Alcorão e atos de
humilhação realizados por guardas do sexo feminino.
Em 2008, o diretor da CIA, Michael Hayden,
afirma ao Congresso estadunidense que a agência aplicou o submarino com três
suspeitos de pertencer ao grupo terrorista Al Qaeda - Khalid Sheikh Mohammed, Abu
Zubaydah e Abd al-Rahim al-Nashiri após o 11 de setembro. O presidente
estadunidense eleito, Barack Hussein Obama , promete fechar ou reestruturar a prisão de
Em 2009, o presidente Barack Obama assina
um decreto-lei para fechar Guantânamo
ainda no primeiro ano do seu governo, além de exigir uma revisão de como esses
prisioneiros serão tratados antes do
fechamento - se serão enviados a outros países ou processados. As comissões
militares, criadas durante o governo Bush, são extintas.
O National Geographic Channel divulga um documentário intitulado Inside
Guantanamo sobre a prisão estadunidense na ilha cubana. Ex-guarda de Guantânamo detalha crimes cometidos na prisão, incluindo o
transporte dos detentos em jaulas, abuso
sexual cometido por médicos, variados tipos de torturas, espancamentos brutais que
deixavam o chão encharcado de sangue, desrespeito às práticas religiosas (fazer o detento comer carne de porco ou assistir
Há Direito Penal do Inimigo no
Brasil?
◦ Art. 1º da Constituição Federal
◦ - Brasil é Estado Democrático de Direito que tem como princípio básico a dignidade da pessoa humana
◦ - Assim, o Direito Penal do Inimigo fere a Constituição Federal
Há resquícios de Direito Penal
do Inimigo no Brasil?
◦ RDD
◦ Art. 21 do CPP – incomunicabilidade ◦ Lei 9614/98 (Lei de Abate de
Em situações excepcionais
pode ser instalado o Direito
◦ Art. 136 da Constituição Federal
◦ - Estado de Sítio
◦ - Estado de Defesa
◦ (quebra de sigilo de correspondência,
prisão sem ordem judicial, restrição ao direito de reunião, busca e
apreensão sem ordem judicial e
restrições à imprensa) (últimos dois apenas para o Estado de Sítio)
Principais críticas ao Direito
Penal do Inimigo
◦ * O Estado nega a ordem jurídica
◦ * Confunde o Direito Penal com o Poder Punitivo
◦ * Direito Penal moderno visa traçar
limites para conter o arbítrio do Estado
◦ * Fere o princípio da Dignidade da Pessoa Humana
Funcionalismo (moderado) de Claus Roxin – Princípio da Bagatela
Claus Roxin
Nasceu em Hamburgo em 15 de
maio de 1931)
É jurista alemão e um dos mais influentes
dogmáticos do direito penal alemão, tendo conquistado reputação nacional e
internacional neste ramo.
É detentor de doutorados honorários
conferidos por 17 universidades no mundo.
Roxin adota o funcionalismo do Direito Penal (o Direito Penal deve
acentuar os valores de determinada ordem jurídica), mas acrescenta que o respeito da ordem jurídica deve se dar por razões de política criminal fundado na Dignidade da Pessoa Humana.
O que é Dignidade da Pessoa
Humana ?
◦ É um conceito fluido e variável no tempo e no espaço
◦ É um conceito fluido e variável no tempo e no espaço
◦ Para os muçulmanos a burca não fere o princípio
◦ Para muitas legislações ocidentais a pena de morte não fere o princípio
◦ No Brasil, o uso de chip pelo preso na saída temporária não fere o princípio
◦ Para muitos, o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana deve alicerçar o
poder de autodeterminação
◦ (quer ser morador de rua, quer se matar, problema da própria pessoa)
◦ No Brasil, o princípio da Dignidade da Pessoa Humana vai além. Trata-se além de tudo de um direito de não ser
agredido diretamente ou indiretamente por arbitrariedades, por cenas
violentas, por cenas pornográficas (p. ex. maus tratos a animais, ato obsceno, pichações, etc)