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XIII Congresso Goiano de Direito Administrativo W L A D I M I R A N T Ó N I O R I B E I R O G O I Â N I A, 1 3 D E M A I O D E

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Texto

(1)

REGIÕES

METROPOLITANAS

E

SANEAMENTO

BÁSICO

W L A D I M I R A N T Ó N I O R I B E I R O

G O I Â N I A , 1 3 D E M A I O D E 2 0 1 4

(2)

• Os problemas:

– escala:

• município histórico versus município

promotor de políticas públicas de

bem-estar social

– conurbação

• Uma cidade com vários municípios

XIII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

A G E S T Ã O U R B A N A P A R A A L É M D O

T E R R I T Ó R I O D O M U N I C Í P I O

(3)

• As soluções:

– A centralização das competências

– A criação das intermunicipalidades

A G E S T Ã O U R B A N A P A R A A L É M D O

T E R R I T Ó R I O D O M U N I C Í P I O

(4)

A S I N T E R M U N I C I P A L I D A D E S :

C O N C E I T O

• compulsórias

– regiões metropolitanas, aglomerações

urbanas e microrregiões

• voluntárias

consórcios públicos intermunicipais

XIII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(5)

A S I N T E R M U N I C I P A L I D A D E S :

O D E B A T E E N T R E 1 9 4 6 - 1 9 6 4

• A Tese de Hely Lopes Meireles: “Autarquias

intermunicipais”

tese apresentada no VI Congresso

Brasileiro de Municípios, em Curitiba

(1962)

• Publicada na Revista de Administração

Municipal, Ano IX, set.-out. 1962, n. 54.

(6)

A S I N T E R M U N I C I P A L I D A D E S :

O D E B A T E E N T R E 1 9 4 6 - 1 9 6 4

– No regime da Constituição de 1946, e das

Cartas de 1967 e 1969, o Município não era

considerado ente federativo e, tampouco,

possuía poder de auto-organização.

– Com exceção do Estado do Rio Grande do

Sul, o Município era organizado por lei

estadual (“Lei Orgânica dos Municípios”)

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(7)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

CARTA DE 15/3/1967

“Art. 157………..………

§ 10. A União, mediante lei complementar, poderá

estabelecer regiões metropolitanas,

constituídas por

Municípios

que,

independentemente

de

sua

vinculação administrativa, integrem a mesma

comunidade sócio-econômica, visando à realização

de serviços de interesse comum. “

(8)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

• Como se vê – e se pode verificar dos debates

parlamentares – a posição de que cabe ao

Estado criar a autarquia intermunicipal foi

acolhida pelo texto constitucional com as

seguintes diferenças:

• A Lei complementar

federal

;

• A designação de

região metropolitana

, evocando

a noção de

conurbação

.

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Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(9)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

CARTA DE 30/10/1969

Art. 164. A União, mediante lei complementar,

poderá para a realização de serviços comuns,

estabelecer regiões metropolitanas,

constituídas

por municípios

que, independentemente de sua

vinculação administrativa, façam parte da

mesma comunidade sócio-econômica.

(10)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

– Criação das regiões metropolitanas de S. Paulo,

Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador,

Curitiba,

Belém

e

Fortaleza

pela

Lei

Complementar federal nº 14, de 8 de junho de

1973.

– Criação da região metropolitana do Rio de

Janeiro pela

Lei Complementar federal nº 20, de

1º de julho de 1974.

XIII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(11)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

Lei Complementar federal n° 14/73:

Art. 2º - Haverá em cada Região Metropolitana um

Conselho

Deliberativo

, presidido pelo Governador do Estado, e um

Conselho

Consultivo

, criados por lei estadual.

§ 1º - O

Conselho Deliberativo

contará em sua composição, além

do Presidente, com 5 (cinco) membros de reconhecida capacidade

técnica ou administrativa, um dos quais será o Secretário-Geral do

Conselho, todos nomeados pelo Governador do Estado, sendo um

deles dentre os nomes que figurem em lista tríplice organizada

pelo Prefeito da Capital e outro mediante indicação dos demais

Municípios integrante da Região Metropolitana.

(12)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

Lei Complementar federal n° 14/73:

Art. 2º. ...

...

§ 2º - O

Conselho Consultivo

compor-se-á de um representante de

cada Município integrante da região metropolitana sob a direção

do Presidente do Conselho Deliberativo.

§ 3º - Incumbe ao Estado prover, a expensas próprias, as

despesas de manutenção do Conselho Deliberativo e do Conselho

Consultivo.

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Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(13)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

Lei Complementar federal n° 14/73:

Art. 3º -compete ao

Conselho Deliberativo

:

I - promover a elaboração do Plano de Desenvolvimento integrado da

região metropolitana e a programação dos serviços comuns;

II - coordenar a execução de programas e projetos de interesse da região

metropolitana, objetivando-lhes, sempre que possível,

a unificação quanto

aos serviços comuns

.

Parágrafo único - A unificação da execução dos serviços comuns

efetuar-se-á quer pela

concessão do serviço a entidade estadual

, quer pela

constituição de empresa de âmbito metropolitano

, quer mediante outros

processos que, através de convênio, venham a ser estabelecidos.

(14)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

Lei Complementar federal n° 14/73:

Art. 4º - Compete ao

Conselho Consultivo

:

I -

opinar

, por solicitação do Conselho Deliberativo, sobre

questões de interesse da região metropolitana;

II -

sugerir

ao Conselho Deliberativo a elaboração de

planos regionais e a adoção de providências relativas à

execução dos serviços comuns.

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(15)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

Lei Complementar federal n° 14/73:

Art. 5º - Reputam-se de interesse metropolitano os

seguintes serviços

comuns aos Municípios que integram a região

:

I - planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social;

II - saneamento básico, notadamente abastecimento de água e rede de

esgotos e serviço de limpeza pública;

III - uso do solo metropolitano;

IV - transportes e sistema viário,

V - produção e distribuição de gás combustível canalizado;

VI - aproveitamento dos recursos hídricos e controle da poluição

ambiental, na forma que dispuser a lei federal;

VII - outros serviços incluídos na área de competência do Conselho

Deliberativo por lei federal.

(16)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

• Durante

o

regime

militar,

as

regiões

metropolitanas foram criadas tendo dois órgãos

fundamentais de governança:

• o

conselho deliberativo

, composto pelo Governador e

mais cinco membros, dois destes indicados pelos

Municípios;

• o

conselho consultivo

, formado pelo Governador e os

municípios integrantes da região metropolitana.

• Afora isso, de se ver que há uma forte diretriz de

unificação dos

serviços de interesse comum

dos

municípios

integrantes da região metropolitana.

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(17)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

• Durante

o

regime

militar,

as

regiões

metropolitanas foram criadas tendo dois órgãos

fundamentais de governança:

• o

conselho deliberativo

, composto pelo Governador e

mais cinco membros, dois destes indicados pelos

Municípios;

• o

conselho consultivo

, formado pelo Governador e os

municípios integrantes da região metropolitana.

• Afora isso, de se ver que há uma forte diretriz de

unificação dos

serviços de interesse comum

dos

municípios

integrantes da região metropolitana.

(18)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

• Observe que não se deve confundir

serviços de

interesse comum

com

competências comuns

.

As competências são próprias, municipais,

porém vinculadas a um peculiar

regime de

execução: o regime metropolitano.

• Estes

conceitos

:

conselho

deliberativo

,

conselho consultivo

e

serviços (hoje funções)

de interesse comum

(aos municípios que

integram a região metropolitana) continuam em

vigor na legislação que rege diversas regiões

metropolitanas,

aglomerações

urbanas

e

microrregiões.

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(19)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

• A criação das regiões metropolitanas produziu

traumas, porque estas regiões serviram de

instrumento de mera centralização política. Na

prática, tornaram-se instrumentos para o

Estado-membro exercer

controle sobre os Municípios,

diminuindo a autonomia municipal em nome de

projeto político centralizador.

(20)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

• Observe-se que as regiões metropolitanas

criadas em 1973 eram

inconstitucionais, porque

previam a participação do Estado-membro,

quando a carta constitucional de 1969 estipulava

que eram

constituídas por municípios

”, e não

“pelo Estado-membro e municípios”.

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(21)

A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A

N O R E G I M E M I L I T A R

– TRÂNSITO. COMPETÊNCIA. MUNICÍPIO. MÃO DE DIREÇÃO

(INVERSÃO). CF., ART. 15, II, B

.

1

.

A REGULAMENTAÇÃO URBANA

DE TRÂNSITO, INCLUSIVE NA FIXAÇÃO DE MÃO DE DIREÇÃO, DIZ

COM O PECULIAR INTERESSE DO MUNICÍPIO, RESGUARDADO EM

SUA

AUTONOMIA

PELA

NORMA

CONSTITUCIONAL.

2

.

A

FACULDADE

CONFERIDA

A

UNIÃO

PELO

ART.

164

DA

CONSTITUIÇÃO,

DE

ESTABELECER,

MEDIANTE

LEI

COMPLEMENTAR, REGIOES METROPOLITANAS, CONSTITUIDAS

POR MUNICÍPIOS, PARA A REALIZAÇÃO DE SERVIÇOS COMUNS,

NÃO INTERFERE COM A DISCIPLINA DO TRÂNSITO LOCAL.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO.

(22)

A REGIÃO METROPOLITANA

NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Art. 25. ...

§ 3º Os Estados poderão, mediante lei

complementar, instituir regiões metropolitanas,

aglomerações

urbanas

e

microrregiões,

constituídas por agrupamentos de municípios

limítrofes, para integrar a organização, o

planejamento e a execução de funções públicas

de interesse comum.

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Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(23)

A REGIÃO METROPOLITANA

NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Do texto de 1988 se conclui que:

• Foi retomada a ideia original, de

criação da

região metropolitana mediante lei do

Estado-membro;

• Além da região metropolitana, vinculada

à

ideia

de

conurbação, se instituiu as aglomerações

urbanas e microrregiões, vinculadas à noção de

escala.

(24)

A REGIÃO METROPOLITANA

NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Do texto de 1988 se conclui que:

• Foi adotado o conceito de “agrupamento de

municípios” da Constituição Paulista de 1947;

• o texto de 1988 adotou também o conceito de

intermunicipalidade, - a região metropolitana,

aglomeração

urbana

ou

microrregião

é

“constituída por agrupamento de municípios”;

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(25)

A REGIÃO METROPOLITANA

NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Do texto de 1988 se conclui que:

• Há a noção de continuum territorial, porque se

trata de “agrupamento de municípios

limítrofes

”;

• A região metropolitana, a aglomeração urbana

ou microrregião possui por objetivo integrar não

só o planejamento, mas também a organização e

a execução

de funções públicas de interesse

comum dos municípios que a compõem,

abrangendo competências próprias de autarquia.

(26)

O J U L G A M E N T O D A A D I 1 8 4 2 - R J P E L O

S T F : A S N O R M A S Q U E S T I O N A D A S

• A partir do disposto no § 3º do art. 25 da

Constituição Federal de 1988, o Estado do Rio

de Janeiro editou a Lei Complementar nº 87, de

16 de dezembro de 1997, alterando o regime da

Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(27)

O J U L G A M E N T O D A A D I 1 8 4 2 - R J P E L O

S T F : A S N O R M A S Q U E S T I O N A D A S

• O Estado do Rio de Janeiro editou também a Lei

n° 2.869, de 18 de dezembro de 1997, que

disciplinou os serviços de transporte ferroviário e

metroviário

de

passageiros,

bem

como

disciplinou os serviços de saneamento básico

(arts. 11 a 21).

(28)

O J U L G A M E N T O D A A D I 1 8 4 2 - R J P E L O

S T F : A S N O R M A S Q U E S T I O N A D A S

• O Estado do Rio de Janeiro, por fim, editou

também o Decreto n° 24.631, de 1998, que

também disciplinou os serviços públicos de

saneamento básico.

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(29)

O J U L G A M E N T O D A A D I 1 8 4 2 - R J P E L O

S T F : A S D E C I S Õ E S

• Em face das Leis e do decreto mencionados

foram

propostas

Ações

Diretas

de

Inconstitucionalidade perante o STF (ADI

1842-RJ, proposta pelo PDT; ADI 1826-1842-RJ, pelo PT;

ADI 1843-RJ, pelo PFL e ADI 1906-RJ pelo PPS.

As ações foram reunidas para julgamento

conjunto.

(30)

O J U L G A M E N T O D A A D I 1 8 4 2 - R J P E L O

S T F : A S D E C I S Õ E S

• O julgamento destas ações (iniciadas em

10/6/1998) foi concluído nas sessões do STF de

28/2/2013 e 6/3/2013.

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Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(31)

O J U L G A M E N T O D A A D I 1 8 4 2 - R J P E L O

S T F : A S D E C I S Õ E S

• Quanto ao Decreto n° 24.631/98, os pedidos de

declaração

de

incostitucionalidade

foram

julgados

prejudicados porque o decreto foi

revogado.

• Quanto à Lei n° 2.869/97, os seus artigos 11 a

21 foram julgados inconstitucionais.

(32)

O J U L G A M E N T O D A A D I 1 8 4 2 - R J P E L O

S T F : A S D E C I S Õ E S

• No que se refere aos dispositivos da lei ordinária

declarados inconstitucionais, por meio do qual o

Estado disciplinava sozinho os serviços de

saneamento básico, o STF reafirmou que

a

titularidade dos serviços de saneamento básico

é municipal, pelo que não cabe ao Estado

legislar sobre eles.

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(33)

O J U L G A M E N T O D A A D I 1 8 4 2 - R J P E L O

S T F : A S D E C I S Õ E S

• Inclusive, no mesmo dia 6 de março de 2013, o STF

declarou

inconstitucional

Lei do Estado de Santa

Catarina, que visava disciplinar aspectos dos serviços de

saneamento básico (ADI 2340-SC).

• Prevaleceu o entendimento de que, com a edição da lei,

o Estado

usurpou competência municipal de legislar

sobre o serviço local de abastecimento de água

,

afrontando o inciso I do artigo 30 da Constituição Federal

(CF). Esse dispositivo atribui ao município competência

para

“legislar sobre assuntos de interesse local”

(extraído do Informativo de Jurisprudência do STF).

(34)

A D E C I S Ã O D O S T F

• No julgamento da ADI nº 1842-RJ, o STF

prestigiou a autonomia municipal.

• No

julgamento

foram

declarados

inconstitucionais diversos artigos da lei

complementar do Estado do Rio de Janeiro.

• O STF decidiu que a criação de uma região

metropolitana

não

pode

produzir

a

transferência de competências do Município

para o Estado.

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(35)

A D E C I S Ã O D O S T F

• O STF decidiu

também

que a competência

dos serviços de saneamento básico

é

sempre do Município.

• Porém quando o Município integrar região

metropolitana,

o

exercício

dessa

competência deve se dar pelo órgão ou

entidade metropolitano.

(36)

A DECISÃO DO STF

• Contudo

o STF não decidiu o que é e como

deve ser formatado o órgão ou entidade

metropolitano.

• Deixou em aberto

se ele pode ser formado só

por Municípios, se o Estado pode ou não fazer

parte dele, ou, ainda, se a sociedade civil

também pode integrar a governança do órgão ou

entidade metropolitano. Quem vai decidir isso

será a

lei complementar estadual, caso a

caso.

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(37)

A D E C I S Ã O D O S T F

Voto do Ministro Teori Zavascki:

“Os votos divergentes têm essa convergência: de considerar

inconstitucional o modo como foi constituída a região

metropolitana. Entendem que como está não pode ficar.

Todavia, como é que deve ser estruturada, como deve ser

formatada juridicamente uma região metropolitana?

Quanto a este ponto, não há nenhum voto que seja

semelhante, que tenha dado uma solução uniforme.”

(38)

A D E C I S Ã O D O S T F

Ainda o voto do Ministro Teori Zavascki:

"Todavia, independentemente do critério que se venha a

adotar – que, no meu entender deve ficar, em grande medida,

reservada

ao

legislador

complementar

estadual

-,

independentemente desse sistema, repito, é certo que ele não

pode se constituir em pura e simples transferência de

competências municipais para o âmbito do Estado-membro,

como ocorreu no caso em exame. Esse fundamento é, por si

só, suficiente para um juízo de procedência da declaração de

inconstitucionalidade das normas."

(grifamos)

XII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(39)

A D E C I S Ã O D O S T F

Em resumo: o STF decidiu que:

• a instituição de região metropolitana

não leva à

transferência

de competências constitucionais dos

Municípios para o Estado;

• que os Municípios atingidos devem exercer suas

competências

por meio

do órgão metropolitano;

• Ficou em aberto quem constituiu e como é a

governança do órgão metropolitano

, questões a

serem decididas por meio da

lei complementar

(40)

O E R R O N O A C Ó R D Ã O

Importante informar que houve

equívoco na

publicação do Acórdão

do Julgamento,

ocorrido no dia 16 de setembro.

Além do Acórdão

não constar

o voto do

Ministro Marco Aurélio, a sua Ementa afirma

que o resultado do julgamento acompanhou o

voto do Ministro Gilmar Mendes,

o que não

corresponde à realidade

.

XIII Congresso Goiano de Direito Administrativo

Wladimir António Ribeiro

Palestra: Regiões Metropolitanas e Saneamento Básico Goiânia, 13 de maio de 2014

(41)

O E R R O N O A C Ó R D Ã O

O Voto do Ministro Gilmar Mendes é no sentido

de que o Estado faz

obrigatoriamente parte da

região metropolitana, bem como veda que nela

participe a sociedade civil

– o que não

corresponde ao julgamento, que deixou estas

questões em aberto.

O PDT, PT e PPS ingressaram com

recursos

embargos de declaração para que o erro seja

corrigido. Os recursos ainda não foram julgados.

(42)

O b r i g a d o !

W L A D I M I R A N T Ó N I O R I B E I R O

Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques –

Sociedade de Advogados

(61) 3223-7895 // ((11) 3068-4737

wladimir_ribeiro@hotmail.com

XIII Congresso Goiano de Direito Administrativo

R E G I Õ E S M E T R O P O L I T A N A S E

S A N E A M E N T O B Á S I C O

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