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Academic year: 2022

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Texto

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Fanteios

Ubiratan Rodrigues Coelho de Lima.

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Prólogo

Eu pensei muito a respeito sobre a continuação do meu livro O Código da Fantasia.

Confesso que foi um desafio escrever sobre este livro e de fato para mim foi um desafio.

Gostaria muito de dedicar esta obra aos meus leitores que acompanharam a minha primeira aventura, isto é, O Código da Fantasia. Não era de meu interesse repetir a mesma história, mas sim explicá-la e contá-la de outra maneira bem diferente.

A exegese acerca do livro é que a expressão que eu mesmo criei, Fanteios, é uma expressão que está voltada para um mundo totalmente fantasioso criado por alguém. E para que finalidade alguém criará um mundo fantasioso para si? Bem, a resposta é bem simples! Minha concepção baseada no livro é uma concepção projecional que aponta para uma realidade paralela onde o indivíduo que a criou seja o principal indivíduo de sua própria fantasia, e isso faz parte da necessidade de se tornar o protagonista da história. Estou lhe dando muitas dicas para que você compreenda como era o Magnífico Mundo de Lara e também como era a vida de Karin.

No entanto, se você deseja conhecer profundamente a história continue lendo este livro e fique impressionado com o seu enredo. Eu esqueci de agradecer! Muito obrigado por ler esta obra! Bem-vindo ao Fanteios!

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Sumário

Capítulo 1... Meu Nome é Dakota!

Capítulo 2... Era apenas um Sonho!

Capítulo 3... A Fantasia Continua!

Capítulo 4... De volta à Realidade!

Capítulo 5... É nisso que eu Acredito!

Capítulo 6... Suposições.

Capítulo 7... Um Mundo Melhor.

Capítulo 8... O Preço de uma Amizade.

Capítulo 9... Incertezas.

Capítulo 10... O Homem mais pobre do mundo.

Capítulo 11... Tudo acabou Bem!

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Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta.

Albert Einstein

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Capítulo 1

(Meu Nome é Dakota!)

Olhem só para ela! Tão meiga e inocente. Ela está lendo um livro de capa laranja. Sua mente está repleta de ideias brilhantes assim como a sua mochila está cheia livros e coleções de madeira. Seu nome é Dakota. Uma menina de pele negra, filha de pais negros. E diga-se de passagem, ela não tem nenhum tipo de receio em afirmar que é negra e que seus pais são negros, pois ela sabe que a sua herança genealógica está no seu tom de pele, e que isso não mudaria o fato de ela se enxergar como um ser humano assim como os demais. Dakota tinha um sonho diferente das outras crianças. Ao invés de querer um brinquedo caro, ou um kit de maquiagem, ela queria conhecer a autora do livro que ela estava lendo. A autora deste livro se chamava Karin, a menina que escreveu o livro O Código da Fantasia. Dakota estava em uma livraria chamada Fantasy. Esta livraria era a mais visitada da cidade. Dakota olha para o relógio e percebe que está atrasada.

_Tô atrasada! Preciso ir logo!

Ao chegar na escola duas meninas maiores do que ela a empurram fazendo-a cair no chão. Dakota se levanta e pega o livro que ela havia comprado.

_Aí, sua neguinha do cabelo duro! (disse a menina mais velha)

_O que você quer? Eu já não te dei o meu lanche ontem? (resmunga Dakota) _E quem disse que nós queremos o seu lanche? (disse a outra menina) _E o que vocês querem, então? (pergunta Dakota)

_Passa a grana! (diz a menina mais velha) _O quê? Eu não tenho dinheiro! (replica Dakota)

_Amanhã a gente vai passar aqui de novo! Se você não trouxer a grana a gente vai socar a tua cara! Entendeu? (diz a menina mais velha)

_Tá bom! (responde Dakota) _Te vejo amanhã!

Dakota caminha em direção á sala de aula. A professora de Matemática estava de costas explicando o assunto. Enquanto isso, Dakota entrava na sala de aula de fininho até se

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sentar na sua carteira. Quando a professora virou-se para os seus alunos ela percebeu e viu que Dakota estava sentada em seu lugar.

_Muito bonito, hein senhorita Dakota! (disse a professora) _Professora! É que eu...

_Sem mais nem menos! Você vai se explicar na diretoria! Me espere lá na diretoria! (disse a professora)

_Sim, senhora! (responde Dakota)

Depois que a professora terminou a aula, os alunos saíram da sala de aula enquanto a professora conduziu Dakota até a diretoria. Depois de um certo tempo a diretora estava olhando para Dakota. Dakota estava olhando para baixo envergonhada.

_Pois bem! O que você tem a me dizer, senhorita Dakota? (perguntou a diretora)

_É que eu estava na livraria comprando um livro e acabei me esquecendo da hora. Então eu me atrasei! (respondeu Dakota)

_Ah....se atrasou? (perguntou a diretora) _Sim, eu me atrasei! Respondeu Dakota)

_Pois bem! Esta escola é a melhor escola desta cidade e aqui nós não permitimos qualquer que seja o erro. No entanto, serei generosa para com você! Se você atrasar mais uma vez você será expulsa desta escola! Você entendeu bem? (pergunta a diretora)

_Sim, senhora! (responde Dakota)

_Muito bem! Já pode ir para casa! (diz a diretora) _Dakota! (exclama a diretora)

_Senhora? (diz Dakota nervosa) _Comporte-se! (diz a diretora) _Sim! (responde Dakota)

Dakota vai para casa. Ao chegar em casa ela entra e diz.

_Mãe, cheguei!

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_Oh, filha! Chegou cedo, hein!

Dakota dá um abraço bem apertado em sua mãe.

_Nossa, que livro é esse? (pergunta a mãe de Dakota) _É lindo, não é? (diz Dakota)

_Mas esse livro não é da escola, é? (perguntou a mãe de Dakota)

_Não! Esse livro é um livro que eu comprei na livraria Fantasy! (respondeu Dakota) _Tá bom, então! Vá para o seu quarto e não se esqueça de lanchar! (disse a mãe de Dakota) _Tá! (responde Dakota)

Dakota vai para o seu quarto e joga a sua mochila em sua cama. Depois de jogar a mochila ela se deita na cama e abre o livro para continuar a leitura. Dakota era uma menina muito afeiçoada por livros e sua paixão por histórias de fantasia era enorme. O pai de Dakota estava trabalhando. Ele trabalhava como mecânico. Cada página que Dakota lia era uma verdadeira aventura. Sua imaginação voava nas alturas. O que Dakota não conseguia entender era o porquê de Karin não aparecer tanto assim no livro. Enquanto ela estava lendo o seu livro, ela olha para a janela e fica admirada com o que vê. Era uma pomba que estava em cima da janela. Dakota fica apenas olhando para ela. A pomba sai da janela e voa em outra direção.

Dakota se levanta e vai até a janela para ver onde a pomba estava. Ela não conseguiu ver a pomba, pois ela já havia voado para bem longe. Então Dakota volta para a cama e continua lendo seu livro. Conforme Dakota estava lendo o livro seus olhos estavam ficando cada vez mais pesados, de modo que Dakota caiu em um sono profundo e começou a sonhar.

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Capítulo 2

(Era apenas um Sonho!)

Dakota estava dentro de um navio. Nesse navio havia várias pessoas, mas Dakota não estava sozinha. Seus pais também estavam com ela. Dakota estava sentada à mesa junto com seus pais. Mesmo nos sonhos, Dakota estava lendo o seu livro de capa laranja.

_Filha! Por favor, coma! Deixe para ler o seu livro depois!

_Desculpa, mãe! É que esse livro é muito interessante! (resmungou Dakota) _Mesmo assim! Você pode lê-lo depois! Coma, meu amor! (disse o pai de Dakota) _Tá bom!

Então Dakota fechou seu livro e pegou na colher. No momento em que Dakota pegou na colher aconteceu algo muito estranho. O motor da navio estava quebrado. Os marinheiros foram até onde se encontrava o motor do navio na expectativa de concerta-lo. No entanto eles não conseguiram e então o motor explodiu, de modo que o navio começou a afundar. As pessoas começaram a se alvoroçar, de maneira que algumas ficavam de joelhos pedindo aos céus por um socorro divino, enquanto outras pulavam do navio. Ninguém sabia nadar, exceto os marinheiros. Não havia nenhum bote salva-vidas no navio, falta essa de responsabilidade da parte dos marinheiros. Então Dakota começa a chorar, apesar de que ela não sabia o que estava acontecendo.

_Não fique com medo, filha! Vai ficar tudo bem! (disse o pai de Dakota) _Papai, o que tá acontecendo? (perguntou Dakota)

_Não temos tempo! Apenas venha conosco! (disse o pai de Dakota)

Nesse momento os pais de Dakota a levaram pela mão. Eles saltaram para fora do navio.

Os pais de Dakota foram atacados por um tubarão, de modo que eles morreram na mesma hora.

Á essa altura navio já havia afundado. No entanto, Dakota estava boiando na água do oceano.

_Pai! Mãe! Alguém me ajude!

No entanto, todas as pessoas já haviam saído do navio e nadaram até chegarem em terra seca. Dakota foi levada pelas ondas até uma ilha desconhecida. Quando Dakota chegou até á ilha eis que já era de manhã. Então ela abre os olhos e começa a tossir compulsivamente. Depois de vomitar uma certa quantidade de água Dakota olha ao redor e não vê ninguém.

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_Olá! Alguém está me ouvindo?

Dakota fica impressionada ao perceber que não havia ninguém por lá. Seus pais agora estavam mortos naquele trágico acontecido.

_Que fome!

Ao olhar atentamente, Dakota enxerga um pé-de-banana. Ela não sabia o que fazer para arrancar aquelas bananas, pois as bananas ficavam bem no alto. Então Dakota desmaia e fica deitada na areia junto à beira do mar. Depois de um certo tempo ela acorda e se levanta. Ao andar ao redor da ilha Dakota se sente aflita por não ter ninguém que a ajude. Depois de dar alguns passos Dakota começar a derramar suas lágrimas de tristeza, pois ela não sabia de que maneira ela sairia da ilha.

_E agora? O que eu vou fazer? Que lugar é esse?

Então Dakota fica olhando para as pegadas na areia que ela deixou. Ao olhar para o mar, Dakota vê uma coisa de cor laranja boiando na água. Era o mesmo livro que ela estava lendo.

Então ela vai até onde o livro estava e o pega. Depois de pega-lo ela abre o livro e o coloca em cima de uma pedra. O sol iria se encarregar de secar as páginas do livro. Próximo ao pé-de- banana havia um pé-de-coco. Um dos cocos caiu no chão. Então Dakota vai até onde o coco estava, só que um macaco aparece primeiro e pega o coco.

_Puxa! Que coisa!

Dakota não sabia como encontrar alimento naquela ilha desconhecida. Então ela começa a caminha para dentro da ilha. Entre árvores e árvores ela fica admirada com tamanha beleza.

Havia vários macacos na parte interior da ilha. Todos eles estavam escondidos atrás das árvores, olhando apenas para Dakota. Dakota se sente intimidada pelo fato de ser observada por aqueles macacos. Olhando para eles, ela tenta se aproximar de um dos macacos. Um dos macacos se aproxima de Dakota e começa a fazer gestos com as mãos.

_O quê? O que você está querendo me dizer?

No entanto o macaco continua fazendo os gestos com as mãos, mas Dakota continua sem entender nada. Então o macaco aponta parta a direção da ilha.

_Está querendo me dizer para seguir em frente, é isso?

O macaco continua apontando para a mesma direção.

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_Tudo bem!

Então Dakota segue em frente. Ao chegar na parte que correspondia ao centro da ilha Dakota encontra algo estranho. Era uma caixa de madeira. A caixa estava aberta por fora. Então Dakota se aproxima da caixa e a abre. Dentro da caixa havia várias folhas de papel e algumas canetas de escrever.

_Mas o que eu vou fazer com isso? Eu preciso é de comida!

Então Dakota arrasta a caixa de madeira até a parte de fora da ilha. Depois de fazer isso ela caminha até as pedras onde ela havia deixado o livro. Para sua sorte o calor do Sol já havia ajudado a secar o livro, mesmo depois de tanto tempo. Dakota deixa o livro no mesmo lugar, pois ela não queria ler agora. Ao se lembrar das aulas de sobrevivência Dakota volta para a ilha em busca de gravetos de madeira. Dakota sai catando vários gravetos de madeira até que lhe bastasse. Depois de catar o suficiente, Dakota leva os gravetos para fora da ilha. Ela deixa os gravetos bem perto de onde o livro estava. Dakota voltou novamente para a parte interna da ilha e foi pegar algumas folhas enormes de bananeira. Depois de pegar as folhas ela as leva até onde ela deixara os gravetos de madeira. As folhas iriam servir como uma espécie de cama e cobertor para que ela não sentisse frio e nem ficasse desconfortável.

A noite já estava se aproximando e Dakota precisaria se preparar. Dakota começa a pegar um graveto e encosta no outro graveto. Ela usa as mãos para fazer o atrito do graveto sendo esfregado no outro graveto. Depois de mais ou menos uns dez minutos a fumaça começa a subir e então Dakota começa a soprar até que o fogo se faz aparecer. Depois disso Dakota começa a quebrar os gravetos em pedaços menores e os joga para alimentar o fogo. De repente o fogo fica maior e aquece o corpo de Dakota.

_Agora sim! Mas ainda assim eu estou com fome!

Então Dakota pega o livro e volta a fazer sua leitura. Ela havia parado no capítulo dois do livro. Enquanto ela estava lendo ela disse.

_Agora eu estou entendendo! A autora deste livro usou a expressão dormir para sempre de uma forma mais suave porque a palavra morte ainda é muito forte para ser compreendida pelas crianças que estivessem lendo este livro. Esse é o sentido da palavra. Geralmente meninas morrem de medo de baratas, mas a autora quebrou esse protocolo criando Lara, um modelo de menina diferente das outras. Ela até faz amizade com as baratas. Dificilmente uma menina como eu gostaria de entrar em contato com baratas. Os moradores da Cidade sem Nome eram

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ignorantes porque não sabiam ler e nem escrever. Mas será que eles eram ignorantes porque eles não queriam aprender, ou porque eles não tinham ninguém que os ensinasse? De qualquer forma Lara é uma menina inteligente assim como eu. Ela tem gosto literário. Mas os moradores da cidade dela eram enganados por qualquer besteira. Já sei! Karin estava querendo dizer com isso que uma sociedade ignorante é facilmente manipulada por mentira e heresias. Astro-Rei é o apelido do Sol. Nossa! Como essa autora é profunda! Mas será que Aznic é do bem ou do mal? A Cidade dos Espelhos Quebrados é uma alusão ao mundo da vaidade, onde os reflixis se contemplam em frente ao espelho. Poderia também ser uma referência ao mundo dos famosos, pois no mundo dos famosos a aparência é tudo. Nossa! Este livro é rico de detalhes.

Dakota continua lendo o livro até pegar no sono. Então ela começa a escutar uma voz suave. Era a voz de sua mãe chamando pelo seu nome.

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Capítulo 3 (A Fantasia Continua) Então Dakota acorda.

_Ainda bem que era apenas um sonho!

Já era noite e Dakota estava deitada na cama. Ao se levantar Dakota vai até a cozinha.

Seus pais estavam na cozinha.

_Que bom que acordou, meu anjinho! (disse o pai) _Pois é! (diz Dakota)

_Lave as mãos e depois venha! O jantar já está na mesa! (disse a mãe) _Tá!

Então Dakota vai até o banheiro lavar as mãos. Depois de lavar as mãos ela volta para a cozinha e se senta. Ao se sentar Dakota começa a comer. O pai e a mãe de Dakota se sentam também para comer.

_E então, filha! Você ainda não me disse como foi o seu dia na escola! (disse a mãe de Dakota) _Ah, sim! Foi bom! (responde Dakota)

_Que bom! Essa é a minha garota! (exclamou o pai de Dakota)

Depois que eles terminaram de jantar a mãe de Dakota a levou para o quarto. Enquanto isso o pai de Dakota estava no computador, usando o Facebook. Ao chegar no quarto a mãe de Dakota embrulha ela no seu lençol.

_Mãe! (diz Dakota)

_O que é, filha? (pergunta a mãe)

_A Senhora pode ler esse livro pra mim? (pergunta Dakota) _Certo! Mas só por um pouquinho de tempo! (disse a mãe)

_Não! Eu quero que a senhora leia pra mim o capítulo de número três! (disse Dakota) _Tudo bem, mas só o capítulo três! Depois que eu terminar você dorme! (disse a mãe)

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Então a mãe de Dakota começa a ler o capítulo três do livro. Enquanto ela vai lendo o livro para Dakota, o pai de Dakota estava conversando com um amigo cujo filho também estudava na mesma escola que Dakota estudava.

_E aí, cara! Como vão as coisas? (perguntou o amigo do pai de Dakota) _Tá tudo bem, graças a Deus! (respondeu o pai de Dakota)

_Ei, você sabia que existe um estuprador que está à solta aqui pela cidade?

_Não tô sabendo não!

_Ele estuprou a própria afilhada, e advinha só quem era a afilhada dele?

_Ted, você sabe que eu não sou bom em adivinhar coisas!

_Pois bem! A afilhada desse maníaco é a autora de um livro chamado O Código da Fantasia.

_Espera aí! Esse é o livro que a minha filha comprou na livraria Fantasy hoje.

_Pois é! Esse cara tá solto e até hoje a polícia tenta prender esse cara.

_Eu espero que a polícia consiga fazer o seu trabalho.

_Eu também espero!

Enquanto Ted estava conversando com o pai de Dakota, a mãe estava terminando de ler o capítulo três para ela.

_E acabou!

_Ah, mãe! Continua lendo pra mim!

_Aposto que você não entendeu nada do capítulo três!

_Entendi sim!

_E o quê você entendeu?

_No capítulo três nós vemos os reflixis como seres corrompidos e seres manipulados por uma imagem que talvez nem seja verdadeira. Mas o que ainda não ficou claro é que até agora não se sabe se Aznic é um ser real ou apenas um ser inventado por alguém. A cidade é feita de vidro porque o vidro representa a fragilidade de todos os moradores daquela cidade. A partir do momento em que Lara é enganada pelo reflixis adulto o livro nos dá uma lição muito importante.

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_E que lição é essa?

_Que nem todas as pessoas deste mundo são confiáveis.

_Muito bem! Então você está compreendendo a história muito bem! Agora é hora de dormir.

Boa noite, filha!

Então a mãe de Dakota dá um beijo na testa e sai do quarto. Mesmo depois de sair, Dakota estava inspirada por alguma força superior. Então Dakota pega a sua máquina de datilografar e começa a escrever. Sua mente estava inspirada para criar uma bela história. Havia várias folhas em branco para ela escrever. Folhas o suficiente para escrever sua história. Sendo assim, Dakota começa a inventar sua própria história.

Em um mundo aparentemente sem conflitos havia uma pequena cidade coberta por belos campos e várias flores. Neste lugar morava uma menina chamada Débora. Débora era uma menina meiga de cabelos ruivos e olhos castanhos. Ela amava morar naquela cidade. Seus pais a abandonaram, mas nem mesmo isso veio a entristecer o coração de Débora, pois ela tinha muitos amigos em sua cidade. Débora sai de sua casa e cumprimenta seus vizinhos.

_Bom dia! Bom dia! Bom dia, Lorenço! Bom dia, Amélia! Bom dia, Demétrio!

Não havia espaço para tristeza no coração de Débora, pois ela era uma menina completamente feliz. Os vizinhos tinham uma admiração muito grande por Débora, apesar de ela ter sido abandonada por seus pais. Este mundo no qual Débora vivia não era um mundo encantado onde fadas e duendes existiam. Tratava-se de um mundo real onde as pessoas se amam, se odeiam, se machucam, se ofendem e se maltratam. Pelo menos as pessoas que viviam naquela cidade eram felizes assim como Débora.

Débora se sustentava vendendo flores. Já que havia muitas flores na cidade ela passava pelos campos e colhia as flores para depois andar de cidade em cidade para vende-las. Os moradores da cidade não compravam as flores porque a cidade já possuía muitas flores. Débora já estava acostumada a vender flores nas cidades circunvizinhas. Depois de colher várias flores um amigo de Débora se aproxima e pergunta.

_Ei, Débora! Porque você não vai para o país dos fazendeiros?

_É muito longe para mim!

_Se quiser eu te empresto o meu cavalo preto!

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_Eu não sei andar a cavalo!

_Puxa, é mesmo uma pena! Você ia vender muitas flores!

_Não se preocupe, eu consigo me sustentar!

_Tudo bem. Então até mais!

_Até mais, Paulo!

Débora termina de colher suas flores e volta para casa. Ao entrar em casa Débora fecha a porta. Alguém bate na porta. Débora abre a porta. Para sua surpresa não era nenhum de seus vizinhos. Era um senhor de idade elegantemente vestido. Ele usava um chapéu e também estava vestido de um terno preto.

_Olá! (disse o velho) _Oi! (respondeu Débora) _Vocês souberam da novidade?

_Que novidade?

_Vocês realmente não sabem?

_Não!

_O mundo está um caos lá fora!

_Não está não!

_Está sim! Vocês daqui da cidade não ouviram falar na palavra ódio?

_Sim, mas isso não existe aqui na nossa cidade. Somos um povo fraterno!

_Isso é realmente um sinal!

_Sinal de quê?

_De que vocês estão atrasados!

_E o que é ser atrasado?

_É quando você sabe das coisas e a maioria das pessoas já sabem antes de você!

_Ah, sim! Mas eu discordo do senhor! Nosso mundo é cheio de maravilhas. Olhe para os rios.

Olhe para as flores e o senhor verá que o nosso mundo é belo.

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_De que vale o nosso mundo ser tão belo e ser habitado por uma raça tão medíocre?

_Eu não estou estendendo o senhor. Aonde o senhor quer chegar com isso?

_A humanidade precisa ser recomeçada do zero!

_Como assim?

_Você verá! Ainda vai cair fogo do céu e consumir a todos nós!

_Mas porque uma coisa dessas aconteceria com a humanidade?

_Porque todos nós somos maus!

_Eu discordo do senhor!

_Você é muito menina para discordar das coisas. Deve-se respeitar os mais velhos!

_Eu sei que deve-se respeitar os mais velhos, mas isso não significa que eu tenha que concordar com tudo o que o senhor disser.

_Eu exijo mais respeito, menina!

_Eu não estou lhe desrespeitando, mas acontece que o senhor está dizendo coisas com as quais eu não concordo.

_E o que você pensa a respeito?

_Sinceramente eu acredito que todos podem fazer o bem.

_Mas nem todos são bons!

_Isso eu não posso dizer porque eu só conheço os vizinhos da minha cidade.

_Você já parou para observar?

_Observar o quê?

_Os seus vizinhos podem estar escondendo de você.

_Escondendo o quê?

_Até agora você só viu o lado bom deles. Mas se você parar para observar você verá que eles são maus por dentro.

_E por qual razão eles seriam maus?

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_Porque todos são maus!

_Desculpe-me, mas mais uma vez eu discordo do senhor.

_Este mundo vai entrar em chamas! Todos irão queimar!

_O senhor não sabe o que está dizendo!

_Claro que eu sei. Este é o destino do mundo. Sempre foi.

_O senhor tem filhos?

_Sim, mas porque a pergunta?

_E qual deles é bom?

_Todos os dois, oras!

_Então quer dizer que o mundo inteiro é mau e somente os seus filhos são bons?

Então o senhor vestido de terno abre a boca mas não consegue responder nada. Sendo assim ele olha para o chão e sai andando cabisbaixo. Débora não estava entendendo porque aquele senhor vestido de terno pensava assim, no entanto seu coração estava aberto a novas questões. Por um breve segundo Débora se questionou se a humanidade era de fato boa ou má, mas depois ela deixou esse assunto para lá.

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Capítulo 4 (De volta à Realidade)

Dakota estava muito contente por ter escrito seu primeiro capítulo. Ela estava sentindo que seu livro poderia ser um ótimo livro, mesmo que não fosse publicado. Sendo assim, Dakota guarda sua máquina de datilografar e vai dormir. Ao amanhecer a mãe de Dakota acorda ela.

_Acorda, minha flor!

_Bom dia, mãe!

_Você dormiu bem?

_Sim! Eu dormi!

_Então vamos levantar, que o café já está na mesa!

_Já vou!

Então Dakota se levanta e vai ao banheiro. Depois de um certo tempo ela vai até a cozinha. Seu pai já estava sentado à mesa.

_Bom dia, pai!

_Bom dia, meu amor! Acordou cedo, hein!

_Foi a mãe que me acordou!

_E como foi a sua noite?

_Foi boa!

_Muito bem! Então senta aqui pra tomar café com a gente!

Dakota se senta para tomar café. Depois que o pai de dela termina de tomar o seu café ele se levanta da mesa.

_Eu tenho que ir! Tchau, amor! Tchau, querida!

_Tchau, pai!

A mãe de Dakota recolhe os pratos da mesa e os coloca na pia para lavar. Enquanto a mãe de Dakota estava lavando os pratos, Dakota estava comendo o pão.

_Mãe!

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_Que é, filha?

_A senhora já leu o livro que eu comprei?

_Não!

_Então porque a senhora leu o capítulo tão bem?

_Ah, meu bem...não se esqueça que eu já fui professora de literatura!

_E porque a senhora parou?

_Porque eu tive que cuidar de você quando você era bebê!

_Mas porque a senhora não continuou sendo professora?

_Querida, vamos deixar este assunto pra depois! Coma tudo e depois vá assistir televisão!

_Tá!

Depois que Dakota terminou de tomar o seu café ela foi para a sala assistir televisão. Ao ligar a tv Dakota muda de canal e coloca em um canal que estava falando sobre o livro O Código da Fantasia.

_Um livro de capa laranja. Uma autora cujas emissoras não tiveram a oportunidade de conhecer.

Karin é o seu nome. Uma autora de pele negra que faleceu aos dezesseis anos de idade. Seus vizinhos a viam ir para a escola de Santo Agostinho. Apesar de ter morrido, ela deixou inúmeros fãs que compraram seu livro. São mais de cinco bilhões de cópias vendidas em todo o mundo.

Apesar de Karin não estar mais entre nós seu livro permanece famoso e cheio de detalhes sobre a vida.

Ao assistir a essa reportagem Dakota desliga a televisão e volta para o seu quarto.

Dakota pega em seu livro e continua sua leitura. Durante a leitura, Dakota diz.

_Nossa, que legal! Algumas palavras estão invertidas. A autora fez isso pra confundir a cabeça de alguns leitores. Se a casa de Lara não tivesse pego fogo certamente ela teria terminado sua busca. A cidade de Lara é escassa de água. Talvez isso seja uma forma de dizer o quão sedenta era aquela cidade e o quão sofrida era aquela gente que morava na cidade. O espelho escondido debaixo da casa de Aznic é o espelho original, pois mostrava a verdadeira aparência de quem olhasse para ele. O espelho também traduzia as palavras, mas Lara não precisava saber disso.

Talvez porque olhar para o espelho não fosse tão importante assim, mas sim se preocupar com

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a aparência interna. Essas palavras o espelho não traduziu. Nossa! É um convite para colocar o livro em frente ao espelho.

Então Dakota coloca o livro de frente ao espelho. As palavras que estavam invertidas apareceram na ordem correta. E o que estava escrito era:

“Nesta esfera onde todos habitamos a maldade prevalece, o caminho escurece e o orgulho enegrece o coração dos fracos, onde todos estamos sujeitos ao sono eterno. Enquanto estivermos vivos seremos escravos de nós mesmos e escravos alheios. A esta altura, tudo estará perdido. É apenas uma questão de tempo e também de pura maldade. Mais um pouco e não adiantará de nada poder enxergar, pois quem vê será como se não visse, e quem fala será como o que não tem voz. Não há mais tempo. A escuridão se aproxima!”

_Nossa!

Dakota estava impressionada ao ler o real significado daquelas palavras. Então alguém clica na campainha da casa de Dakota. A mãe de Dakota grita de longe.

_Filha, tem visita pra você!

Dakota vai até a porta de sua casa para receber a pessoa. Era uma amiga sua.

_Olá, Dakota!

_Oi, Sofia!

_Eu vim te visitar!

_Então entre! Pode entrar!

Dakota leva Sofia até o seu quarto.

_Seu quarto é muito bonito!

_Obrigada!

_Aquelas chatas aprontaram de novo com você ontem, não foi?

_Sim!

_Elas são muito chatas! E a diretora pensa que elas são duas santinhas!

_É! Mas um dia eu paro de sofrer!

_Não se preocupe, Dakota! Eu estou com você!

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_Obrigada, Sofia!

_Você tá lendo aquele livro?

_Sim!

_Eu já li ele!

_E o que você entendeu?

_Eu não entendi nada! Aquele livro é muito chato e difícil de entender!

_Eu tô lendo ele e não tô achando chato não!

_Bem...vamos brincar de boneca?

_Ah...você sabe que eu não brinco mais de boneca!

_Então de que nós vamos brincar?

_De nada!

_E nós vamos fazer o que, então?

_Vamos assistir desenho!

_Vamos!

Dakota e Sofia vão para a sala assistir desenho. Apesar da mãe de Dakota gostar de Sofia a mãe de Sofia não gostava nem de Dakota e nem da mãe dela, pois ela tinha preconceito com pessoas negras. No entanto Dakota não sabia disso. Enquanto Sofia e Dakota estavam assistindo tv a mãe de Dakota estava limpando a casa e preparando o almoço. Depois que o desenho acabou Dakota e Sofia foram para a cozinha almoçar.

_Ei, mãe! Porque o papai ainda não chegou?

_Meu bem! Seu pai só volta à noite!

_Tá bom!

Então Dakota e Sofia se sentam à mesa para almoçar. A mãe de Dakota se senta para almoçar também.

_E então, Sofia? A sua mãe ainda vende bijuterias?

_Sim, senhora!

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_E ela consegue vender muitas bijuterias?

_Tem dias que ela consegue, mas tem outros que ela não consegue vender muitas bijuterias!

_E você? Tá conseguindo tirar notas boas?

_Eu só tenho dificuldade com Matemática e Literatura, mas eu tiro notas boas nas outras.

_Se você precisar de ajuda é só dizer que eu te ajudo!

_Obrigada!

_Ei, mãe!

_Oi, filha!

_De que disciplina a senhora dava aula?

_Eu era professora de Literatura!

_Agora sim, tá explicado!

Depois que elas terminaram de almoçar Sofia se despediu de Dakota e foi pra casa.

Dakota voltou para o seu quarto e foi direto para o banheiro. Depois de tomar banho Dakota veste a sua farda e depois calça seus sapatinhos. Após se arrumar ela dá um beijo em sua mãe, pega sua mochila e vai para a escola. Desta vez Dakota não estava atrasada, porém aquelas meninas que provocaram Dakota no dia anterior apareceram novamente.

_E aí, negrinha!

_Vocês precisam me deixar passar!

_Só depois que você nos der o nosso dinheiro!

_Eu esqueci!

_O quê?

_Eu esqueci!

_Você vai ver só!

Então Dakota começa a correr. As meninas correm atrás de Dakota até que Dakota entra na loja onde ela comprou o seu livro. Quando Dakota entrou na loja as meninas passaram direto.

_Cadê aquela pirralha?

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_Não sei! Deixa pra lá!

Então as garotas vão embora. Dakota sai da loja e vai caminhando de volta para a escola.

Ao chegar na escola Dakota entra na sala de aula. A professora de Literatura estava explicando sobre como interpretar um livro.

_Quando vocês forem ler um livro vocês devem lê-lo a partir da capa. Ah! Senhorita Dakota!

Chegou bem na hora!

_Presente, professora!

_Então, já que você chegou agora há pouco! Poderia nos dizer como se deve interpretar um livro?

_Claro, professora! Para interpretar um livro é preciso compreender qual é a visão do autor em relação ao que ele escreveu!

_Muito bem! A senhorita já leu o livro A Chapeuzinho Vermelho?

_Sim!

_E o que você entendeu sobre o livro?

_Eu entendi que não se deve confiar nas pessoas estranhas!

_Muito bem!

_Professora Cibelly!

_Sim?

_A senhora já leu aquele livro que está fazendo muito sucesso?

_Está falando do Código da Fantasia?

_Sim!

_Eu comprei o livro e já li ele.

_E o que a senhora entendeu sobre o livro?

_Sinceramente o livro é de difícil compreensão. Acho que somente a escritora do livro poderia interpretá-lo!

_Eu estou lendo e estou entendendo o que a escritora está escrevendo!

(24)

_Ah, é? E o que você está entendendo sobre o livro?

_Me parece que a autora do livro criou um mundo fantasioso com muitos países e repartições.

_Mas qual é a sua compreensão acerca do livro?

_Eu acredito que cada lugar tem a sua própria filosofia e que Lara é um modelo diferente do modelo de meninas que nós conhecemos.

_Ah, é? E o quê mais?

_Algumas palavras estão escritas de trás para frente. A autora do livro fez isso para confundir de certa forma os leitores.

_Muito bem, Dakota! Mas qual é a mensagem principal do livro?

_Eu só vou saber quando eu terminar de ler o livro, professora Cibelly!

_Muito bem! Então vamos continuar a aula!

Depois que a aula acabou Dakota foi direto para sua casa. Para sua sorte aquelas garotas ainda estavam dentro da sala de aula. Ao entrar em casa Dakota vai para o seu quarto e pega a sua máquina de datilografar. Sua mente estava novamente inspirada para continuar a escrever sua história.

(25)

Capítulo 5

(É nisso que eu Acredito!)

Débora estava ajeitando as suas flores, pois ela estava preparada para sair de casa na tentativa de ir vende-las. Algo lhe dizia que ela conheceria coisas novas. Depois de sair de casa, Débora vai passando pelas ruas da cidade com as flores. Ao chegar no centro da cidade Débora vê uma menina com um vestido branco. Ela estava tocando violino. Havia muitas pessoas por perto vendo e observando ela tocar maravilhosamente o seu instrumento. Débora se emociona bastante com a melodia que escuta. Ao terminar de tocar o público aplaude e depois algumas pessoas colocam algumas moedas no chapéu que ela deixara no chão. Débora se aproxima da menina e diz.

_Você toca muito bem!

_Obrigada!

_Como você se chama?

_Meu nome é Alícia!

_Muito prazer! O meu nome é Débora!

Débora estende a mão mas Alícia não a cumprimenta, pois ela era cega de nascença.

_Porque você não me cumprimenta?

_É que eu sou cega de nascença!

_Como assim?

_Eu não enxergo desde que eu era um bebê!

_Puxa, me desculpe!

_Tudo bem! Não se preocupe!

_Eu percebi que você não é daqui.

_Na verdade eu venho de um país chamado A Terras dos Instrumentistas. Nesse país todas as pessoas sabem tocar instrumentos. E lá existe um maestro que rege todos os instrumentistas.

_E como se chama esse maestro?

_O nome dele é Albar. Ele é uma pessoa muito educada.

(26)

_Mas você não tem pai e nem mãe?

_Os meus pais me abandonaram desde que eu era um bebê.

_Eu também fui abandonada!

_Parece que não somos diferentes uma da outra.

_Pois é!

_Você mora nesta cidade desde que nasceu?

_Sim!

_Mas você se sente feliz por morar aqui?

_Eu sou muito feliz!

_Ainda bem!

_Porque você veio pra cá?

_Eu gosto de visitar lugares desconhecidos.

_Eu também gosto de visitar lugares desconhecidos.

_O que você faz?

_Eu vendo flores.

_Que legal! Mas de onde você tira tantas flores para vender?

_Nossa cidade é coberta pela grama verdejante, de modo que existem flores por todos os lugares. Por qualquer lugar que você passe existem flores por perto.

_Isso é muito bom!

_É sim!

_E as abelhas?

_Que tem as abelhas?

_Elas não atrapalham vocês de colherem as flores não?

_Não. É só você não mexer com elas.

_Deve ser muito bom morar aqui!

(27)

_Escuta! Posso te fazer uma pergunta?

_Claro!

_Você não se sente triste por ser cega não?

_Na verdade não?

_E porque não?

_Para mim isso é um dom que vem dos céus!

_Como você pode dizer uma coisa dessas?

_Eu digo isso sem ter medo de errar!

_E porque você diz isso?

_Existe muita maldade e injustiça neste mundo. É melhor ser cego e não ver as maldades que os homens cometem do que enxergar e ter que ver as injustiças que acontecem neste mundo.

_Mas se você enxergasse você acha que o mundo mudaria por causa disso?

_Eu não estou dizendo que todas as pessoas seriam boas se eu enxergasse, mas você precisa concordar comigo que é melhor ser cego do que enxergar certas maldades feitas pelo homem.

_É assim que você pensa?

_Eu penso assim!

_Eu respeito a sua maneira de pensar. Não posso concordar com tudo o que você diz, mas tudo bem!

_Eu espero que você não tenha se irritado comigo.

_Não! Tudo bem! Eu não estou irritada de jeito nenhum! Mas se você morasse aqui eu aposto como você não mudaria de ideia sobre este mundo.

_Mesmo assim, eu continuaria pensando a mesma coisa.

_Tudo bem! Eu preciso ir! Preciso vender minhas flores!

_Boa sorte com suas flores!

_E boa sorte com a sua música!

(28)

Débora sai andando pela cidade até sair da cidade. Ao sair da cidade, Débora entra numa cidade pacata cujos moradores eram poucos. As crianças da cidade estavam brincando na lama.

Débora estava só olhando para elas brincando na lama. Então uma das crianças se aproxima de Débora e pergunta.

_Ei! Essas flores são para vender?

_Sim! Você quer uma?

_Quero! Mas eu não tenho dinheiro!

_Peça ao seu pai, ou pra sua mãe!

_Eles também não tem dinheiro!

_Não tem problema! Eu te dou uma flor!

_Você seria capaz de me dar uma flor?

_Claro que sim! Qual delas você quer?

_Qualquer uma!

_Então eu vou te dar uma rosa.

_Obrigado!

Então o menino vai para a sua casa e entrega a rosa que Débora lhe dera para a sua mãe.

_Mãe! Mãe! Olha só o que eu ganhei!

_Que rosa mais linda! E quem foi que te deu?

_Uma menina que vende flores!

_E onde está ela?

_Ela está lá fora andando pela rua!

Então a mãe do garoto que recebera a rosa sai de sua casa e vai até onde Débora estava.

Ao se aproximar de Débora a mãe do garoto diz.

_Oi!

_Ah, oi!

_Foi você que deu esta rosa para o meu filho, não foi?

(29)

_Sim. Fui eu!

_Obrigada! Você é muito gentil!

_De nada!

_Você vem de qual cidade?

_Eu venho de uma cidade chamada Elíseos.

_É aqui perto?

_É sim!

_Nós aqui da cidade somos todos pobres.

_E ninguém aqui da cidade trabalha?

_Os homens desta cidade cuidam dos porcos. Esse é o trabalho.

_E de quem são os porcos?

_Os porcos pertencem a um homem rico que mora numa outra cidade.

_E que cidade é essa?

_É uma cidade chamada Infortúnio!

_Como eu posso encontrar esse homem?

_Não adianta! Ele não vai te atender!

_E porque não?

_Porque ele só tem tempo para contar dinheiro.

_Mas ele paga o dinheiro dos homens que cuidam dos porcos aqui da cidade?

_Ele paga, mas o dinheiro é muito pouco. Mal dá para sustentar as famílias daqui.

_Eu vou até lá!

_Não vá! Ele vai te tratar muito mal!

_Não me importo com isso! Eu vou mesmo assim!

_Esse homem tem um coração muito duro. Não será você que vai mudar o coração dele. Porque você não vai para outra cidade vender suas flores?

(30)

_Porque eu não concordo com pessoas que fazem o mal.

_Como você se chama, minha pequena?

_Eu sou Débora!

_É um belo nome!

_Obrigada!

_Por favor! Não vá! Ele não vai dar atenção para você!

_Eu só quero saber qual é o nome dele!

_Ele se chama Nobert!

_Obrigada!

Então Débora continua andando pela cidade até sair dela. Ao sair da cidade Débora entra na cidade chamada Infortúnio. Na cidade havia muitas pessoas que estavam passeando pelas ruas. Todas estavam olhando para Débora, pois na cidade havia somente adultos. Débora se volta para uma mulher que estava ao seu lado e pergunta.

_Moça! A senhora sabe me dizer onde mora um homem por nome Nobert?

_Sim, eu sei! Ele mora logo ali!

_Obrigada!

Débora vai até a casa do homem e então bate á porta. Débora bate mais uma vez na porta, mas o dono da casa não abre a porta. Então Débora bate mais uma vez na porta, mas ninguém sai para atende-la. Débora fica sentada junto da porta esperando o devido tempo para ser atendida. Depois de um certo tempo Débora bate á porta. Então o dono da casa abre á porta.

Era um homem gordo com enormes bochechas e calvo. O homem olha para Débora e diz.

_Não tenho tempo para atender ninguém!

_Mas eu quero só um minuto de sua atenção.

_Não tenho tempo! Suma daqui!

Então o homem bate a porta. Débora sai de casa em casa tentando vender suas flores.

Para o seu descontentamento ninguém quis comprar nenhuma flor. Então Débora sai da cidade e vai para outra cidade. Nesta cidade havia vários palhaços. Cada um mais engraçado do que o

(31)

outro. Os palhaços estavam fazendo suas travessuras. Alguns davam piruetas, outros davam um salto mortal, outros ficavam fazendo gestos com as mãos. Débora se aproxima dos palhaços e pergunta.

_Olá! Vocês não gostariam de comprar as minhas flores?

No entanto os palhaços não diziam nada, pois eles eram mudos.

_Estou falando com vocês! Não querem comprar as minhas flores?

Mas nenhum dos palhaços dizia nada. Então Débora sai da cidade. Ao entrar na outra cidade Débora vai andando pelas ruas. De repente um menino se aproxima de Débora e rouba algumas flores. Para a sorte de Débora, ela ainda tinha muitas flores para vender. Débora corre atrás do menino, mas o menino se esconde dentro de uma das casas que havia na cidade. Débora ficara frustrada por alguém ter lhe roubado algumas flores.

_Mas que coisa! Ainda bem que eu tenho muitas flores para vender!

Débora esquece do roubo e começa a bater de porta em porta, perguntando aos moradores da cidade se eles queriam comprar algumas flores. Para a sorte de Débora ela havia vendido algumas orquídeas para alguns moradores da cidade. Havia um criador de galinhas que chamou Débora para entrar em sua casa. Débora aceitou o convite e entrou em sua casa. O senhor que era dono da casa mandou ela se sentar. Débora se senta.

_Sente-se, minha jovem!

_Obrigada!

_Você com certeza deve estar com fome.

_Estou sim!

_Não gostaria de comer alguns biscoitinhos que eu mesmo fiz?

_Eu gostaria sim!

_Aqui estão! Pode comer à vontade.

_Nossa! Como são deliciosos!

_E são mesmo!

_O senhor mora aqui desde quando?

(32)

_Desde que esta cidade foi fundada!

_Que máximo!

_É sim! Eu sou o primeiro habitante desta cidade.

_E o senhor trabalha com o quê?

_Eu sou criador de galinhas. Eu vendo ovos. Tenho um celeiro cheio de galinhas.

_E o senhor mora mais alguém aqui nesta casa?

_Eu morava mais a minha esposa, mas ela veio a falecer com o tempo.

_Mas porque ela faleceu?

_Ela estava muito doente e nem mesmo os melhores médicos desta cidade puderam curá-la.

_É triste perder alguém, não é?

_Pois é! Mas esse era o destino dela!

_Me perdoe a intromissão mas e se eu dissesse que esse não era o destino dela?

_Ela morreu porque ela tinha que morrer!

_Ela não tinha que morrer! Ela simplesmente adoeceu e veio a falecer.

_Claro que ela tinha que morrer. Há muito tempo ela já estava doente. E como você pode me dizer que esse não era o destino dela?

_Eu não creio que o destino de uma pessoa seja adoecer e morrer.

_Mas você precisa acreditar que ninguém foge do seu próprio destino.

_Não existe destino. O destino não pode decidir nada por alguém. Cada um faz seu próprio destino.

_Ah, é? Então porque uma criança tão pequena como você está trabalhando? Os seus pais não poderiam estar cuidando de você não?

_Os meus pais me abandonaram, mas não foi porque esse foi o meu destino.

_Acredite, minha cara! Era o seu destino ficar só neste mundo cruel.

_Eu discordo do senhor!

(33)

_Porque?

_Porque não é o destino de ninguém ficar só neste mundo. Foram os meus pais que decidiram me abandonar.

_Isso não é verdade. O destino é quem decide quem fica vivo e quem fica morto.

_Não acredito nisso.

_Então me convença!

_Nós existimos para viver ou para morrer?

_Claro que nós existimos para viver.

_Então porque algumas pessoas morrem?

_Porque é o destino delas!

_Não!

_Como assim ‘não’?

_Algumas pessoas morrem porque não sabem se cuidar, ou algumas morrem porque não tem quem cuide delas.

_É nisso que você acredita?

_Sim! É nisso que eu acredito!

_O nosso destino é morrer. Não há como escaparmos da morte. Um dia você irá envelhecer e vai morrer.

_Eu sei que eu vou envelhecer e que depois eu vou morrer. Mas o meu destino não é morrer.

_E qual é o seu destino? Você acha que vai viver pra sempre?

_É claro que não. Mas eu acredito que existe algo além do que esta vida!

_Então você acredita na eternidade?

_Sim! Eu acredito! E ninguém pode aniquilar as minhas convicções!

_Eu não acredito em eternidade!

_E porque não?

(34)

_Porque a morte é a coisa mais certa que existe!

_O senhor acredita em Deus?

_Não!

_E por que não?

_Porque eu nunca o vi na minha vida!

_O vento existe?

_Claro que sim?

_Mas como ele pode existir se o senhor nunca o viu?

_Se Deus existe, tudo de ruim que acontece neste mundo cruel é culpa d’Ele!

_Eu não creio nisso!

_E no que você acredita?

_Como eu havia dito antes. Cada um faz as suas próprias escolhas.

_Você escolheu ser menina?

_Claro que não!

_Então como você pode me dizer que cada um faz as suas próprias escolhas?

_O senhor escolheu ser velho?

_Não!

_Então porque o senhor não permaneceu jovem como o senhor já foi um dia?

_E não é isso que eu estou dizendo?

_Não! Não é isso que o senhor está dizendo!

_E o que eu estou dizendo?

_O senhor pensa que o nosso futuro é controlado pelo destino!

_E não é?

_Não!

(35)

_Me explique!

_Por acaso é o tempo que controla o Sol, ou é o Sol que controla o tempo.

_O tempo controla o Sol.

_E se o Sol não resolvesse aparecer?

_Isso seria impossível.

_Porquê?

_Porquê o Sol aparece durante as doze horas do dia e a Lua aparece durante as outras dozes horas do dia.

_Agora me diga. O destino controla o tempo, ou o tempo controla o destino?

_O destino controla o tempo.

_Então se o destino controla o tempo porque algumas pessoas que estão à beira da morte conseguem sobreviver?

Então o senhor fica calado sem nada responder. Débora era uma menina muito esperta e ela já tinha opiniões formadas sobre o mundo. Então Débora diz para o criador de galinhas.

_Sua esposa não morreu porque o destino quis ou porque o Deus queria assim. Ela morreu porque a doença a consumiu e não tinha ninguém que pudesse ajuda-la. Nem mesmo o senhor.

O senhor começa a chorar. Enquanto ele chorava um ovo que estava em cima da mesa rolou até cair no chão e se quebrar. O criador de galinhas olha e vê o ovo quebrado no chão.

Então ele entendeu o que aconteceu.

_O destino do ovo não é ser quebrado. Mas o ovo só caiu e se quebrou por falta de cuidado meu. Meu Deus! Se eu tivesse cuidado da minha esposa ela certamente estaria viva até hoje.

_Agora o senhor entendeu!

_Sim, eu entendi!

Débora havia feito mais uma amizade. Então Débora deixa uma margarida com o senhor criador de galinhas. Débora sai da cidade e vai caminhando em direção à próxima cidade.

Apesar de Débora estar cansada, os biscoitos que ela comeu a ajudaram a continuar sua jornada.

(36)

Capítulo 6 (Suposições)

Dakota estava feliz por ter escrito mais um capítulo de sua história. Já era de noite e ela não sabia o que ela iria fazer para matar o tédio. Sendo assim, Dakota vai para a cozinha e encontra o seu pai.

_Pai!

_Oi, filha!

_Cadê a mãe?

_Ela foi aqui perto fazer compras no supermercado.

_Tô com fome!

_Então senta, filha! Eu vou colocar o jantar pra você!

_Obrigada, pai!

_Como foi o seu dia de aula, filha?

_Foi ótimo!

_De que disciplina você teve aula mesmo?

_Literatura!

_É! Você sempre me disse que a professora Cibelly é a melhor professora da escola.

_E não é mesmo?

_Eu não sei, filha! Eu não conheço nenhuma professora da sua escola.

_O senhor bem que devia conhecer!

_Qualquer dia desses eu apareço por lá para conhecer as suas professoras.

_Ah! E nessa semana que entra começam as provas finais.

_Ah, é? Pois estude muito, minha filha!

_Eu já estou aprovada! Pode contar comigo!

_Não cante vitória antes do tempo!

(37)

_Não é isso, pai! É que eu só tenho tirado notas ótimas durante este segundo semestre. Então pode-se dizer que eu já estou aprovada.

_Muito bem, mas isso não quer dizer que você precise relaxar com os seus estudos!

_Claro que não, pai!

A mãe de Dakota chega comas compras.

_Até que enfim resolveu sair do quarto!

_Eu estava lendo o livro.

_Enquanto você não acabar de ler esse livro você não vai descansar!

_E não vou mesmo! Esse livro é muito bom!

_Você está terminando de jantar?

_Sim, mãe! Estou terminando!

_Então assim que você terminar de jantar coloque o prato na pia e vá escovar os dentes.

_Sim, mãe!

Dakota coloca o prato na pia e vai para o banheiro escovar os dentes. Depois de escovar os dentes Dakota vai para a cama e se deita por um certo tempo. Ela fica imaginando de que maneira Karin terá sofrido, visto que Karin não teve o prazer de ver o seu livro ser publicado. Apesar disso, Dakota estava satisfeita pelo fato de ela estar entendendo o livro.

_Será que ela tinha os mesmos gostos que eu? Porque ela teve que morrer tão jovem? E se ela estivesse viva? Não! Isso não seria possível!

Dakota olha para o livro e continua a sua leitura. Cada página que ela virava era uma nova surpresa. Depois de mais ou menos uns quarenta minutos Dakota sente os seus olhos pesarem e então ela coloca o livro do lado e começa a dormir. Realmente Dakota não fazia ideia do quanto Karin sofrera. Coisa que nem mesmo as emissoras de televisão poderiam mostrar.

(38)

Capítulo 7 (Um Mundo Melhor)

Já era sábado de manhã e estava chovendo sobre a cidade. Dakota tinha o costume de andar de bicicleta aos sábados, no entanto, como estava chovendo sobre a cidade ela preferiu acordar e pegar a sua máquina de datilografar. Sendo assim, nossa amiga Dakota dá prosseguimento à história, pois a chuva estimulava a sua imaginação.

Débora passa a entrar em uma nova cidade. Estava chovendo bastante, mas isso não era nenhum problema para Débora, pois a chuva para ela era um sinal de alegria. Ao passar pela cidade um adulto enxerga Débora de longe e se aproxima dela dizendo.

_Você está toda molhada. Entre aqui na minha casa!

_Não posso, eu preciso vender as minhas flores!

_Você pode vender elas depois que a chuva passar, mas por favor, entre na minha casa!

_Certo!

Débora entra na casa do adulto.

_Sente-se, por favor!

_Obrigada!

_Então! De que cidade você vem?

_Eu venho de uma cidade chamada Elíseos!

_Já ouvi falar!

_O senhor já ouviu falar?

_Sim! Dizem que é uma cidade muito pequena e que todos os habitantes de lá são felizes!

_Isso é verdade!

_Mas eu também ouvi dizer que as pessoas de lá são mentirosas.

_Isso não é verdade! Então o senhor está insinuando que eu também seja mentirosa?

_Não! Não é isso que eu estou dizendo! São apenas rumores que são ditos aqui pelos moradores desta cidade.

(39)

_Olha, foi muito bom ter conversado com o senhor, mas é que eu tenho que vender estas flores!

_Mas você nem sequer vai esperar a chuva passar?

_Eu não sou feita de açúcar, então o senhor pode ficar tranquilo que eu não vou derreter e nem vou ficar doente.

_Foi alguma coisa que eu disse, não foi?

_Eu realmente preciso ir! Até mais!

Então Débora sai daquela cidade e caminha em direção à próxima cidade. Ainda estava chovendo e Débora estava sentindo um frio danado. Apesar da chuva, Débora estava decidida a seguir em frente com suas flores. Ao chegar na outra cidade, Débora se depara com um rio.

Este rio levava até outra cidade muito bela. Havia um canoeiro que conduzia a canoa.

_Ei, moço! Até onde esse rio nos leva?

_Este rio nos leva até A Terra dos Pescadores!

_Quanto custa a travessia?

_São duas moedas!

Então Débora tira do seu bolso duas moedas e entrega ao canoeiro. O canoeiro recebe as moedas e começa a remar. Depois de chegarem à nova cidade Débora desce da canoa e agradece.

_Obrigada!

_De nada!

Débora estava impressionada com a quantidade de pescadores que estavam na beira do rio. Débora começa a perguntar a um e a outro se os pescadores não gostariam de comprar alguma flor. Débora consegue vender algumas violetas. Um dos pescadores que estavam perto de Débora se aproxima dela e diz.

_Você é de outra cidade, não é?

_Sim, sou!

_Mas eu duvido que a cidade de vocês seja melhor do que a nossa!

_Se é melhor eu não sei! Mas que a nossa cidade é uma maravilha, ela é!

(40)

_Vocês vivem colhendo flores, não é?

_Sim!

_Nós colhemos peixes! É bem melhor do que colher flores!

_Mas as flores foram feitas para enfeitar a terra e peixes foram feitos para enfeitar as águas.

_É melhor trabalhar com peixes do que com flores!

_Porque?

_Porque vender peixes dá mais dinheiro!

_E isso faz de vocês pessoas melhores do que as outras?

_Não!

_Quem inventou os peixes?

_Deus!

_E quem inventou as flores?

_Deus!

_Então cada coisa no seu devido lugar!

O pescador ficou calado, de modo que ele não conseguiu responder mais nada. Havia um outro pescador, só que mais velho. Esse pescador também estava perto de Débora. Então Débora começa a conversar com ele.

_Há quanto tempo o senhor é pecador?

_Há mais de quarenta anos!

_O senhor sempre pescou muitos peixes?

_Tem dias que eu pesco muitos! Mas tem dias que eu pesco poucos!

_O senhor se considera um bom pescador?

_Sim! Eu me considero!

_O senhor tem família?

_Não!

(41)

_Mora com amigos?

_Não!

_Então o senhor mora sozinho?

_Sim!

_Então o senhor não é muito diferente de mim!

_Ah, é? E porquê?

_Porque eu também moro sozinha!

_Em que cidade você mora?

_Em uma cidade chamada Elíseos!

_Já ouvi falar!

_De onde o senhor ouviu falar?

_Os pescadores daqui dizem que se eles fossem morar em um outro lugar eles iriam morar no Elíseos!

_É mesmo?

_É sim!

_Então os pescadores daqui não tem mau gosto!

_Eu me sinto bem aqui!

_Mas o senhor nunca pensou em se mudar para um outro lugar?

_Não! Acho que eu não conseguiria me adaptar a nenhuma outra cidade. Sinto que aqui é o meu lugar!

_O senhor nunca cansou de ser um pescador?

_Não! Gosto do que faço! Sou um homem velho, mas ainda vivo com esperança!

_Esperança de quê?

_De dias melhores chegarem.

_Mas o senhor não disse que gosta do que faz?

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