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Futebol americano enquanto conteúdo na educação física escolar do ensino médio

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DHE – DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

FUTEBOL AMERICANO ENQUANTO CONTEÚDO NA EDUCAÇÃO

FÍSICA ESCOLAR DO ENSINO MÉDIO

REINALDO PIRES SOARES

Ijuí – RS 2014

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REINALDO PIRES SOARES

FUTEBOL AMERICANO ENQUANTO CONTEÚDO NA EDUCAÇÃO

FÍSICA ESCOLAR DO ENSINO MÉDIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito básico para obtenção do título de Licenciado em Educação Física da UNIJUÍ.

Orientador: Prof. Dr. Paulo Carlan

Ijuí – RS 2014

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RESUMO

O presente trabalho tem como temática, desenvolver o esporte coletivo Futebol Americano enquanto conteúdo na Educação Física escolar no primeiro ano do ensino médio, com uma unidade didática de 20hs. Este esporte poderá ser aplicado pelos professores de Educação Física em suas aulas, como uma opção a mais e inovadora para atrair a atenção e maior participação de seus alunos. Com a ênfase no desenvolvimento da aptidão física do aluno, o professor no momento de ensinar e praticar o esporte terá que esclarecer ao aluno que com esta pratica esportiva estará automaticamente fazendo uma atividade física na qual o aluno precisará adquirir o conhecimento teórico das técnicas, táticas esportivas e das regras oficiais do jogo, bem como na pratica, o professor poderá aplicar e desenvolver jogos adaptados relacionados com este esporte. Lembrando ao professor que deverá sempre levar em consideração a preocupação com o desenvolvimento dos seus alunos em sua plenitude. Na organização das aulas desenvolverei os saberes corporais e os saberes conceituais, já com vistas à prática deste esporte, o professor deverá criar jogos adaptados que imitam, ou seja, similares as situações do jogo oficial. Pensando nisto desenvolvi um jogo adaptado 6 X 6 (seis jogadores na defesa e seis jogadores no ataque), que possibilitara ao aluno vivenciar todas as situações no jogo adaptado mais próximo da realidade do jogo oficial. Neste jogo adaptado o aluno poderá ser jogador, árbitro ou avaliador (aluno que observa as atitudes dos jogadores e árbitros e faz as devidas anotações destes durante o jogo). Baseado nos autores Fernando González e Valter Bracht, acredito que os professores sempre devem proporcionar aos alunos a possibilidade de conhecer esportes pouco conhecido culturalmente em nossas escolas, com a intenção de inovar as praticas esportivas, promovendo desta forma, benefícios físicos, psicológicos, social, de caráter multidimensional e a cultura corporal do movimento dos alunos.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Logo da equipe Ijuí Drones, a montagem do logo foi criada pelo atleta e acadêmico do 7º semestre de Design Gráfico da UNIJUÍ, Renan Sartori Jung, em agosto de 2012 ... 13 Figura 2: Uniforme completo de jogo da equipe Ijuí Drones ... 14 Figura 3: Lançamento do projeto Futebol Americano em Ijuí (Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, edição dia 20/08/2012, p. 12) ... 16 Figura 4: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicado dia 21 de setembro de 2012, p. 3 ... 16 Figura 5: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicado dia 15 de janeiro de 2013, p. 12 ... 17 Figura 6: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicada dia 27 de fevereiro de 2013, p. 12 ... 17 Figura 7: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicada dia 12 de abril de 2013, p. 12 ... 18 Figura 8: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicado dia 15 de maio de 2013, p. 12 ... 18 Figura 9: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicada dia 29/05/2013, contra capa ... 19 Figura 10: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS no dia 08/10/2013, contra capa .... 19 Figura 11: Posicionamento dos jogadores e árbitros em campo ... 29 Figura 12: Posicionamento dos árbitros ... 35

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 5

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO ... 8

1.1 HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO ... 8

1.2 HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO NO BRASIL ... 10

1.3 HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO NO RIO GRANDE DO SUL ... 11

1.4 HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO EM IJUÍ ... 12

2 FUTEBOL AMERICANO COMO CONTEÚDO ESCOLAR ... 20

3 POR QUE ENSINAR ESPORTE NA ESCOLA ... 21

4 O QUE ENSINAR NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA... 23

5 COMO ENSINAR? ... 26

6 UNIDADE DIDÁTICA FUTEBOL AMERICANO ... 28

6.1 POSICIONAMENTO DOS JOGADORES E ÁRBITROS EM CAMPO ... 28

6.2 MODELO DE TABELA DE OBSERVAÇÃO PARA JOGOS ADAPTADOS 6 x 6 . 30 6.3 PLANOS DE AULAS ... 32 6.3.1 Aula 01 ... 32 6.3.2 Aula 02 ... 33 6.3.3 Aula 03 ... 34 6.3.4 Aula 04 ... 34 6.3.5 Aula 05 ... 35 6.3.6 Aula 06 ... 35 6.3.7 Aula 07 ... 36 6.3.8 Aula 08 ... 36 6.3.9 Aula 09 ... 36 6.3.10 Aula 10 ... 37 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 40 ANEXOS ... 42

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INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como temática, desenvolver o Futebol Americano enquanto conteúdo na Educação Física escolar no primeiro ano do ensino médio. Surgindo como uma opção a mais para ser aplicada pelos professores de Educação Física para desenvolver e envolver seus alunos em suas aulas, aproveitando esta fase em que os alunos ao iniciar o ensino médio estão mais curiosos e mais dispostos a adquirir novos conhecimentos. Assim a fim de contribuir desenvolvo uma unidade didática de 20hs. Na escolha do método de ensino, adoto justificativas adotadas no âmbito da Educação Física, segundo González; Bracht (2012, p.11) são:

[...] 8) Aprender a praticar esportes pode significar incorporar essa prática no seu estilo de vida e, portanto, garantir uma vida mais saudável e de melhor qualidade.

9) O esporte faz parte de nossa cultura e participa de forma bastante intensa da vida de muitas pessoas, assim, conhecê-lo significa poder participar mais plenamente da vida social.

10) Aprender a praticar esportes permitirá que o aluno no futuro opte por realizar essa prática em seu lazer.

A busca nas aulas pela prática, a fim de contribuir com o movimentar-se, tem a finalidade de demonstrar que o esporte seja visto como uma atividade física que venha contribuir com os alunos para terem uma vida saudável com melhorias em sua qualidade de vida, cultural e lazer.

Em relação ao método, que é um conjunto de regras ou princípios normativos, não é o motivo deste trabalho e sim uma concepção de conhecimento, onde será desenvolvido na unidade didática o esporte coletivo Futebol Americano, através dos saberes críticos e saberes corporais, sendo o objetivo principal o aluno.

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Sabemos também que o professor é o mediador no processo de aprendizagem, e neste contexto é importante a sua preparação, o seu estudo prévio mais aprofundado, para que consiga desenvolver e aplicar as suas aulas de forma correta, isto porque se trata de um esporte novo sem cultura em nosso País, pois neste caso é necessária a busca por novos conhecimentos para que possa gerar novos conhecimentos aos seus alunos.

Baseado em autores como: Fernando González, Bracht e outros, o presente estudo devera proporcionar aos alunos e professores a possibilidade de praticar e aprender um novo esporte coletivo, com a intenção de contrapor à tradição, saindo da rotina e da mesmice e partindo para uma forma inovadora de praticar esporte, enfatizando sempre que o esporte promove benefícios físicos, psicológicos, social, caráter multidimensional e qualidade de vida.

Para melhor compreensão do tema, optei por adotar a distribuição dos assuntos através de capítulos, a fim de contribuir com o conhecimento do esporte e uma unidade didática para ser desenvolvida e aplicada nas aulas de Educação Física. No primeiro capitulo, em virtude de falarmos de um esporte coletivo sem cultura em nosso país, mostrarei referências da história do Futebol Americano em nível mundial, País, Estado e na cidade de Ijuí. No segundo capítulo o Futebol Americano como conteúdo escolar.

No terceiro capítulo, por que ensinar esporte na escola, no quarto capítulo o que ensinar nas aulas de Educação Física, no quinto capítulo como ensinar e no sexto capítulo uma unidade didática, com planejamento tanto na parte teórica quanto na prática, sem distinção de gêneros, com enfoque nas regras e no jogo oficial, para melhor entendimento do esporte, fator este, que leva muitas pessoas a não querem assistir um jogo de Futebol Americano. E ainda a possibilidade de praticar jogos adaptados, com o intuito de preparar o aluno para a sua vida social.

Tendo em vista tratar-se de um esporte sem cultura em nosso País e escolas, considero que o trabalho vai ser de grande auxílio aos professores que buscam novas alternativas para desenvolver e incentivar a participação de seus alunos em suas aulas, já que nesta fase, de modo geral, os alunos são curiosos e mais receptivos a mudanças e a novidades, contribuindo diretamente em sua formação e auxiliando a identificar e ampliar os saberes do aluno, tornando-o um sujeito com mais conhecimentos adquiridos.

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Eu Reinaldo Pires Soares, sou o idealizador e fundador da equipe de Futebol Americano na cidade de Ijuí (RS) que se possui a denominação de Ijuí Drones. Na atualidade sou o presidente, treinador e ainda colaboro com a equipe como jogador (no início dos treinos jogava na posição de Center (C), no momento jogo na posição Defensive Tackle (DT)).

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO

1.1 HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO

Pode-se dizer que a história do Futebol Americano foi implementada a partir das primeiras versões do rugby, na qual possuem suas origens no futebol no inicio do século XIX, em que uma bola é chutada para um gol (trave) e/ou se corre com ela para ultrapassar uma determinada linha do campo.

A partir do século XX o esporte tornou-se mais popular através do futebol universitário, amparados por ferozes rivalidades de universidades. Esta competição acirrada mantem-se até os dias atuais, atraindo grandes públicos.

O surgimento do Futebol Americano, foi com uma série de três jogos entre equipes Havard e a Yale, em 1867. Como as regras ainda não eram definidas, cada equipe adotava seu modo de superar a outra equipe (Associação de Futebol Americano Brasileiro- AFAB, 01 dezembro de 2013).

Em 1874, no USA, houve uma série de jogos entre as equipes de Havard e a Mcgill, do Canadá, com o formato semelhante os da atualidade, na qual as equipes jogavam com as regras do rugby, pois não existiam ainda as regras definidas para o jogo (DUARTE, 2004, p.225).

“Os jogadores de Harvard gostaram de ter uma oportunidade de correr com a bola, e em 1875 convenceram a Universidade de Yale a adaptar as regras de rugby, para o jogo anual entre as duas universidades” (DUARTE, 2004, p. 225).

“Em 1876, Yale, Harvard, Princeton e Columbia formaram a Associação de Futebol Inter-Universitária (Intercollegiate Football Association), que usava as regras de rugby à exceção de uma ligeira diferença na atribuição de pontos” (AFAB, 01 de dezembro de 2013).

Com a formação da associação houve interesse de definir as regras, onde ambas as equipes tivessem a mesma oportunidades de ganhar o jogo, já que até este momento cada equipe possuía a sua regra.

Em 1883 após sucessivas mudanças nas regras do rugby, a pedido de Walter Camp (considerado o “Pai do Futebol Americano”), alterou-se para onze jogadores, reduzindo o número de participantes, e houve a introduziu do arranjo (estrutura do time de ataque), que em breve se transformaria em standard de ofensiva, de sete homens, com um quarterback (jogador que planeja as jogadas e

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faz o passe da bola), dois halfbacks (jogadores que possuem a função de defender o QB) e um fuulback (protege o QB e recebe o passe da bola lançada pelo QB) (AFAB, 01 de dezembro de 2013).

O passe de costas foi implantado em 1906, já em 1912 foi alterada as dimensões do campo e o valor de um touchdown foi aumentado até aos seis pontos, e acrescentou-se um quarto down (quatro jogadas do ataque, consecutivas de uma mesma equipe com posse de bola para avançar no mínimo 10 jardas) (AFAB, 30 de novembro 2013).

Com relação à bola de futebol americano, Duarte (2004, p. 225) explica que, “A bola apresenta forma elíptica e é de borracha com cobertura de couro. Pesa de 396g a 425G”.

O futebol americano na atualidade faz sucesso e esta em grande ascensão mundial, segundo, Afab, (01 de dezembro 2013) “Através da NFL – National Football League (www.nfl.com) o esporte ganhou reconhecimento mundial e hoje coleciona fãs na Europa, Ásia e América Latina”.

Seus jogos são transmitidos para mais de 160 países e o seu principal evento, o Super Bowl, ocupa nove das dez maiores audiências da TV norte-americana (AFAB, 30 de novembro 2013).

As medidas do campo de Futebol Americano segundo, Escola Brasil (18 de dezembro 2013, acesso em 18 de dezembro de 2013):

O jogo é disputado em um campo, que pode ser com grama natural ou artificial, com a metragem de 91,44 metros de comprimento X 48,76 metros de largura. A divisão do campo se dá em jardas (unidade de comprimento bastante utilizada nos EUA e na Inglaterra, que equivale a 0,914 metros): são 20 zonas de 5 jardas cada uma. A área de proximidade do gol é chamada de endzone, e mede 10 jardas em cada lado do campo. O local da marcação de pontos é em formato de Y, segurado por uma barra a três metros do solo. As traves têm uma distância entre si de 5,63 metros. A bola utilizada é feita do mesmo tipo de couro utilizada na bola de basquetebol. Seu peso varia de 200 a 400 gramas, e mede 30 centímetros de comprimento por 18 de largura.

Na atualidade a NFL define o Futebol Americano como:

[...] um esporte que se baseia na velocidade, na agilidade, na força bruta e na capacidade tática de seus jogadores. Estes trabalham em equipe empurrando, bloqueando ou perseguindo os adversários para que a bola possa avançar pelo território até a zona de pontuação. O jogo é formado por várias jogadas de curta duração que se estendem pelo tempo total da partida, uma hora. Substituições são permitidas entre todas as jogadas,

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fazendo do jogo altamente tático e estratégico. Os 11 jogadores de cada time em campo possuem funções bastante definidas e específicas dentro das complexas estratégias elaboradas. Os times devem somar o máximo de pontos possíveis no jogo, sendo que a jogada mais valiosa é a penetração na endzone, o fundo do campo adversário. Esta jogada possui um nome mundialmente famoso, touchdown, e vale seis pontos e o direito de um chute ao gol valendo um ponto ou uma nova corrida até a endzone valendo dois pontos. O único caso em que a equipe pode pontuar sem a posse da bola é quando derruba o adversário com a bola em sua própria endzone. Os 60 minutos de jogo são divididos em dois tempos que possuem um intervalo cada. Ou seja, o jogo é jogado em quartos de 15 minutos. Quando o jogo termina empatado, joga-se uma prorrogação na qual vence o primeiro time a pontuar (http://WWW.NFL.COM/,2013, acesso em 08 de janeiro de 2014).

1.2 HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO NO BRASIL

Em 1986 começou a história do futebol americano no Brasil, nascido nas areias cariocas, o esporte desenvolveu-se através do beachfootball, idealizado e praticado por Robert Segal e Thomaz Brazil e mais alguns amigos, em torno de 20 pessoas (Associação Futebol Americano do Brasil- AFAB, 01 de dezembro 2013).

Com o surgimento de TV’s a cabo no Brasil e com as transmissões na TV aberta o esporte ganhou popularidade nos anos 90, assim o flag football começou a ser implantado em São Paulo nas escolas, fazendo parte da grade de educação física (AFAB, 01 de dezembro 2013).

Em 1991 surge a primeira equipe de futebol americano de grama, o Joinville Blackhaws, fundado por Dennis Prants, em 1994 a equipe passa a ser chamada de Joinville Panzers (AFAB, 01 de dezembro 2013).

“O esporte começou a ganhar alguma popularidade no Brasil no final dos anos 90, graças às transmissões feitas pela Band do Campeonato de Futebol Americano dos EUA entre 1994 a 1998”. (AFAB, 30 de novembro de 2013)

“Atualmente os canais ESPN e BANDSPORTS transmitem os jogos da temporada NFL de domingo e segunda-feira. Atualmente a Band Sport, transmite o torneio Touchdown (campeonato brasileiro)”. (AFAB, 30 de no novembro de 2013)

Em 2000 começou o Carioca Bowl(Campeonato no Rio de Janeiro realizado na areia), em 2006 primeiro campeonato de grama no Brasil, na Liga Catarinense, em 2007 a Seleção Brasileira de Futebol Americano, realizou seu primeiro amistoso em Montevidéu, contra a Seleção Uruguaia (AFAB, 18 de dezembro 2013).

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Com isso o esporte começou novamente a firmar a sua popularidade no Brasil, tendo a criação de diversos times, e consequentemente diversas entidades que buscam a formação de atletas, organização de campeonatos e início de profissionalização do esporte no País.

Hoje o futebol americano é um dos esportes que mais cresce no Brasil e a AFAB conta com 12 entidades filiadas, representando os Estados do RS, SC, PR, SP, RJ, MG, ES, DF, MT, PB, AM e CE e em 2013 foi criada a Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA).

1.3 HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO NO RIO GRANDE DO SUL

Através dos meios de comunicação e de jogos da NFL pela TV e do torneio Touchdown pelo canal aberto, o esporte foi amplamente divulgado e consequentemente cresceu o interesse pela pratica deste em nosso estado.

Várias equipes surgiram no estado, em 2005 a equipe Porto Alegre Pumpkins, em 2006 os Santa Maria Soldiers e o Porto Alegre Predadores, que foram as primeiras equipes com registro. Em 2007 foi fundada outra equipe o Santa Cruz Chacais, sendo que em 2008, foi realizado em Santa Cruz do Sul, o primeiro jogo no estado, embora ainda sem equipamentos, mas conforme as regras e campo oficiais da NFL, entre POA Predadores X Santa Cruz Chacais. E em agosto de 2010 foi realizada em Porto Alegre a primeira partida oficial com equipamentos e pela Liga Nacional entre as equipes POA Pumpkins e Curitiba Crocodiles.

A partir de 2010 várias equipes surgiram no estado, neste mesmo ano também foi realizado o primeiro gauchão (Campeonato Estadual), em 2013 o atual campeão gaúcho e a equipe do Santa Maria Soldiers, sendo a única equipe a também disputar o campeonato nacional, e o vice-campeão Gaúcho Ijuí Drones.

Ainda existe outros campeonatos que as equipes gauchas estão disputando, um destes e o Torneio Touchdown (torneio brasileiro, onde as equipe são convidadas e recebem patrocínio), na atualidade é melhor competição com com uma excelente organização, na qual tivemos duas equipe que participarão, o POA Bulls e Juventude Gladietors (Caxias do sul).

Em 2013 foi crida a Federação Gaúcha de Futebol Americano- FGFA, que será a entidade responsável pelo esporte no estado.

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Hoje no RS há 12 equipes de futebol americano são elas: Porto Alegre Bulls, Porto Alegre Pumpkins, Santa Cruz Chacais, Ijuí Drones, Santa Maria Soldiers, Caxias do Sul Juventude Gladiators, Carlos Barbosa Ximangos, São Leopoldo Munstang, Porto Alegre Redskulls, Rio Grande Butchers, Pelotas Razers e Alegrete Droves.

1.4 HISTÓRIA DO FUTEBOL AMERICANO EM IJUÍ

Sempre tive admiração e curiosidade pelo Futebol Americano, assistia regularmente aos jogos da NFL pela ESPN, tanto que estudei as regras para poder entender os jogos que assistia.

Até que em 2011 em visita aos meus pais na cidade de Santa Maria - RS, meu irmão mais novo, Reginaldo Pires Soares, comentou que estava jogando Futebol Americano, que tinha time na cidade e me convido para ir a um treino. O time é o Santa Maria Soldiers, que tem como local de treino na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) aos sábados à tarde, foi fundado em 2006 e possui um grande número de atletas, isto porque além de ser uma cidade universitária e com centros militares a cidade é grande e a cultura é mais abrangente.

O Santa Maria Soldiers em 2011 conquistou seu primeiro título de campeão gaúcho e tinha como objetivo participar do campeonato brasileiro em 2012. Nesta ocasião comecei a participar dos treinos, precisei estudar e praticar com muita ênfase o esporte, e pode dizer que acabei me apaixonando pela modalidade.

Em virtude da distância que precisaria percorrer para treinar em Santa Maria, em março de 2012 tive a ideia de trazer este esporte para Ijuí, então comecei a planejar a formação de uma equipe na cidade. O objetivo era o de divulgar o esporte e formar uma equipe competitiva, em seguida fui à busca de parceiros para a realização do projeto Futebol Americano em Ijuí. Em reunião na Prefeitura Municipal com o prefeito da atualidade o Sr. Fioravante Ballin, tive o apoio da prefeitura, onde a Secretária Municipal de Esporte, através do seu secretário, cedeu o espaço do complexo Poliesportivo para os treinos e jogos e ainda utilizar o ginásio de esporte para treinar nos dias chuvosos.

Após esta definição, fui à busca de patrocínios para aquisição de equipamentos para dar inicio aos treinos, como bolas, cones e colete. Mas por ser um município onde o Futebol é tradicional, com muitos adeptos e predominante

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culturalmente, inclusive porque possui equipe que participa do futebol gaúcho na primeira divisão que é o Esporte Clube São Luiz (em 2013 foi o Campeão do Interior e classificou-se para disputar a Copa do Brasil), tive muitas dificuldades, tanto que precisei inicialmente, arcar com as despesas na compra dos equipamentos para dar inicio ao projeto.

Em 21 de julho de 2012, foi fundado a equipe Ijuí Drones (zangões), que teve com idealizador e fundador eu, Reinaldo Soares, com objetivo de forma uma equipe para competições e divulgar o esporte na região missões, através dos meios de comunicação (rádios e jornais). Fiz o lançamento do projeto na ACI (figura 3) às 20 horas, para esclarecimentos aos interessados, através de vídeo e comentários.

Figura 1: Logo da equipe Ijuí Drones, a montagem do logo foi criada pelo atleta e acadêmico do 7º semestre de Design Gráfico da UNIJUÍ,

Renan Sartori Jung, em agosto de 2012

Os treinos oficiais iniciaram no dia 25 de agosto, com a participação de 08 interessados no campo do complexo Poliesportivo e a partir desta data a cada treino aumentava os candidatos interessados a participar da equipe. Em setembro (figura 4) já tínhamos 14 jogadores, já com o nome definido e com desejo comum em formar uma equipe forte e competitiva. Foi à primeira equipe da região Noroeste/Missões a ser formada.

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Para divulgar o esporte no município fiz um jogo inaugural que denominei de Duelo de Titãs, que se realizou no dia 11 de novembro de 2012 no complexo Poliesportivo entre as equipes Santa Maria Soldiers e Caxias Gladietors, partida realizada no padrão oficial do Futebol Americano, e embora sendo uma partida amistosa, houve a presença expressiva de publico para assistir e conhecer o esporte, neste momento já tinha mais de 22 atletas.

A partir da realização deste jogo, começamos a organizar rifas e algumas empresas começaram a apoiar financeiramente, para iniciarmos as compras de equipamentos de proteção básicos para a pratica, como shoulders (proteção de ombro), helmet (capacete), bermuda de proteção, bolas e equipamentos para treino, embora os próprios jogadores precisassem adquirir equipamentos individuais como chuteira, protetor bucal, bermuda, luvas, sete proteções (coxas, joelhos, quadril e cox) além da camiseta oficial de jogo, onde ficou comprovado o interesse e apoio dos atletas para a realização da equipe.

Figura 2: Uniforme completo de jogo da equipe Ijuí Drones

Na busca por mais atletas realizei no dia 12 de janeiro de 2013 o primeiro Tryout em Ijuí (seletiva), tivemos interessados das cidades de Ijuí, Cruz Alta, São

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Luiz Gonzaga e Panambi, (figura 5), na qual foram selecionados nove novos jogadores para integrar a equipe.

Em 2013 com atletas de Ijuí e região no elenco, realizamos o primeiro jogo amistoso da equipe já com equipamentos completos, que tinha como adversário o Santa Maria Soldiers, foi realizado em Santa Maria na UFSM (figura 6) e no mesmo ano a equipe participou do campeonato gaúcho de Futebol Americano. Em 14 de abril de 2013 realizou a primeira partida oficial em Ijuí (figura 7) nas normas oficiais, entre as equipes Ijuí Drones e POA Pumpkins.

Em março 2013, através do meu componente curricular de Estágio III, realizei na Escola Tiradentes, desenvolvido com a turma do segundo ano, com duas aulas por semana com dois períodos cada, através de jogos adaptados o Futebol Americano como conteúdo escolar, que foi amplamente aceito e muito apreciado pela turma como um todo.

No mesmo mês fui a Câmara Municipal, pedir apoio financeiro embasado na lei de incentivo ao esporte, a fim de adquirir mais equipamentos, pois neste período já estávamos com 57 atletas e sem equipamentos para todos e além de precisar também de verba para pagamento das viagens do campeonato gaúcho (figura 8) e despesas com arbitragem.

Em abril como modo de divulgação e conhecimento do esporte, em parceria com o SESI, realizamos uma vivência do Futebol Americano aos alunos do Programa SESI Atletas do Futuro (figura 9), com a participação de 70 alunos.

Embora com todas as dificuldades e derrotas sofridas no campeonato, e com a desclassificação da equipe Porto Alegre Pumpkins, fomos classificados para a decisão do campeonato Gaúcho 2013, contra o Santa Maria Soldiers (figura 10) jogo realizado em 06 de outubro de 2013 em Ijuí e perdemos por 52 X 00, ficando como vice-campeão estadual de 2013.

Com o decorrer dos jogos tivemos uma grande aquisição de experiências/vivencias. Para 2014 pretendemos tornar a equipe mais forte e competitiva, mas para isso continuaremos com grandes desafios, como o de despertar o interesse de novos atletas, principalmente com peso e porte físico maior, além de patrocinadores.

Embora seja um esporte sem cultura em nosso País, em Ijuí um bom público tem assistido os treinos e jogos e a aceitação e o numero de interessados é grande, porém os atletas candidatos são muito jovens, havendo a necessidade de atletas de

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maior envergadura. Por isso acredito que se o Futebol Americano fosse componente curricular das escolas no ensino médio seria de grande valia como uma nova opção de esporte com grande participação dos alunos nas aulas.

Figura 3: Lançamento do projeto Futebol Americano em Ijuí (Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, edição dia 20/08/2012, p. 12)

Figura 4: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicado dia 21 de setembro de 2012, p. 3

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Figura 5: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicado dia 15 de janeiro de 2013, p. 12

Figura 6: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicada dia 27 de fevereiro de 2013, p. 12

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Figura 7: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicada dia 12 de abril de 2013, p. 12

Figura 8: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicado dia 15 de maio de 2013, p. 12

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Figura 9: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS, publicada dia 29/05/2013, contra capa

Figura 10: Reportagem Jornal da Manhã, Ijuí/RS no dia 08/10/2013, contra capa

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2 FUTEBOL AMERICANO COMO CONTEÚDO ESCOLAR

Temos que inicialmente, lembrar ao aluno e até mesmo aos professores, que queremos propor aqui a aprendizagem e conhecimento do esporte coletivo Futebol Americano e principalmente desmistificar a imagem de esporte violente, e sim demonstrá-lo como um esporte de interação. Por ser um jogo muito estratégico é comparado ao xadrez e até mesmo com estratégias militares, pois o objetivo do jogo é conquistar território e realizar o touchdown (ponto de maior valor).

É um esporte que requer capacidades físicas, conhecimento das regras, conhecimento de técnicas, funções, posições, estratégia e muita inteligência, pois para começar a bola é oval, a sua maneira de arremessar, passar, chutar e receber o passe e até o mesmo deslocar-se com posse de bola é bem diferentes dos demais esportes.

De forma resumida, a capacidade de conseguir questionar e analisar as situações, buscando a sua auto-avaliação, gera o senso crítico no aluno, que será inserido em suas vidas e na formação como cidadão. Lembrando que está capacidade comunicativa, está voltada a tematização das aulas, com diferentes instâncias sociais, esportivas e culturais.

É um processo continuo em que o aluno, depois do conhecimento adquirido leva para toda a sua vida, onde o professor pode marcar a vivência do aluno na sua formação.

Hoje o futebol americano, vem sendo muito divulgado e em plena ascensão em todos os estados de nosso país, e meios de comunicação, como TVs, jornais e redes sociais.

Assim, precisa o professor considerar os interesse e ser criativo na abordagem, sobre este esporte, hoje há vários filmes motivacionais e educativos sobre o Futebol Americano, na mesma forma que desvincula dos esportes hoje tradicionais nas escolas e nas mídias.

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3 POR QUE ENSINAR ESPORTE NA ESCOLA

É importante que todos saibam que os esportes, em geral, são um bom meio de obter uma condição física saudável, de lazer, de educação e de qualidade de vida, todos com elevada relevância na sociedade atual em que vivemos.

No âmbito escolar, com o enfoque na disciplina de Educação Física, mesmo sabendo dos valores relacionados ao esporte, existe uma grande polêmica entorno da forma como se deve ensinar. Tendo como princípio básico dos esportes na escola a inclusão, González, Bracht (2012, p. 10-11) apresentam uma lista de possíveis justificativas que aparecem explícitas e ou implícitas em livros, documentos e até mesmo no âmbito escolar:

1- O esporte é um bom meio de desenvolvimento da aptidão física, que é, por sua vez, elemento importante da saúde.

2- O esporte é um bom meio de desenvolver qualidades sociais e morais (espírito colaborativo, espírito competitivo, capacidade de assimilar derrotas e vitórias, respeito às regras etc.).

3- Ensinar os esportes nas aulas de Educação Física vai permitir massificar a prática do esporte em nosso país.

4- A massificação do esporte vai propiciar o aparecimento e a descoberta de muitos talentos esportivos que poderão ser “lapidados” e então participar das seleções regionais e nacionais nas diferentes modalidades.

5- Aprender um esporte pode significar, para alguns alunos, uma ocupação profissional futura.

6- Aprender e praticar esportes pode oferecer aos alunos uma ocupação do seu tempo livre e com isso evitar que eles se envolvam em atividades socialmente desaprovadas, como uso de drogas.

7- Ensinar o esporte nas aulas de Educação Física tem o objetivo de identificar talentos que possa participar dos campeonatos escolares representando a escola e, quem sabe, o município ou mesmo o estado. 8- Aprender a praticar esportes pode significar incorporar essa prática no seu estilo de vida e, portanto, garantir uma vida mais saudável e de melhor qualidade.

9- O esporte faz parte da nossa cultura e participa de forma bastante intensa da vida de muitas pessoas, assim, conhecê-lo significa poder participar mais plenamente da vida social.

10- Aprender a praticar esportes permitirá que o aluno opte por realizar essa prática em seu lazer.

Há várias justificativas que tem como centro único o aluno, mas uma das mais importantes para o ensino dos esportes nas aulas de Educação Física, segundo González, Bracht (2012 p. 11), é a busca do desenvolvimento da aptidão física, nas aulas e a escolha pelos esportes que mais demandem a movimentação dos alunos na pratica deste esporte, e assim desenvolver as qualidades físicas,

(23)

“como a capacidade aeróbica, a força, a agilidade, a flexibilidade etc. Ou seja, o esporte vai ser encarado primeiramente como uma atividade física”.

Sempre relacionando à ideia de proporcionar ao aluno o domínio da modalidade, com o conhecimento das técnicas e táticas esportivas, com a finalidade de competições escolares que proporcionar até mesmo futuramente em esporte de alto nível. (GONZALEZ, BRACHT, 2012 p. 11)

As aulas apresentam a seguinte estrutura, conforme González, Bracht (2012, p. 12) “[...] um aquecimento, uma parte principal com o ensino e o treinamento de um ou dois fundamentos técnicos e, no final, um pequeno jogo”.

No que se refere aos esportes relacionados à cultura corporal de movimento, nas aulas de Educação Física, é importante entender que o aluno não apenas deve aprender a pratica, mas sim ampliar os conhecimentos na sua totalidade, responsabilidade esta direcionada ao professor, pois com a relação da pratica X compreensão, o aluno entendera melhor o significado em sua vida e na sociedade. (GONZÁLEZ, BRACHT, 2012, p. 12)

“Os esportes coletivos são parte de nossa cultura corporal de movimento, que é responsabilidade da Educação Física” (GONZÁLEZ, BRACHT, 2012, p. 12).

Como visto, há vários motivos para ensinar Educação Física nas escolas, como desenvolver a aptidão física, as qualidades sociais e morais, descobrir novos talentos esportivos que bem trabalhados podem tornar-se oportunidade de futura ocupação profissional, além de que uma pessoa que ocupa seu tempo livre com esporte não se ocupa com atividades ilícitas, e possui uma qualidade de vida mais saudável com uma participação/engajamento maior na sociedade, sem falar que a pratica de um esporte torna-se seu lazer. Portanto é de suma importância que o professor esteja sempre atento a novidades para suas aulas, pois é só com a disposição de várias opções de esportes que os alunos poderão se identificar/escolher o que mais lhe agrada ou lhe identifica tornando a prática deste esporte prazerosa.

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4 O QUE ENSINAR NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Para decidir o que ensinar, é necessário ao menos dois movimentos de análise; segundo González, Bracht (2012, p. 16) “[...] primeiro, perguntar pelas características (natureza) do que vou ensinar; segundo, perguntar que conhecimento desse fenômeno vai ser convertido em tema na aula”.

Nas aulas de Educação Física, o ensino do esporte é bem mais que ensinar as técnicas e tática, mas sim levar o aluno a conhecer o esporte e seu fenômeno social.

Primeiramente conhecer as duas dimensões na discrição do esporte, o qual o pesquisador Parlebas (2001) nomeou de lógica interna e lógica externa. “A lógica interna é definida como [...] o sistema de características próprias de uma situação motora e das consequências que está situação demanda para a realização de uma ação motora correspondente” (PARLEBAS, 2001, p. 302 apud GONZALEZ, BRACHT, 2012, p. 18).

Trata-se das atitudes peculiares de uma determinada modalidade, em que os jogadores tenham um modo específico durante a prática em relação ao movimento realizado para executar.

E a lógica externa, segundo González, Bracht (2012, p.18), ”[...] refere-se às características e/ou significados sociais que uma prática esportiva apresenta ou adquire num determinado contexto histórico e cultural”.

A lógica externa, para uma melhor compreensão, é a influência do esporte na cultura, a relação dos gêneros (homem/mulher) na pratica de cada esporte e até mesmo a preferência de cada País na prática de uma modalidade. (GONZÁLEZ, 2012. p. 19).

Em relação a colaboração é importante compreender, conforme González; Bracht (2012, p. 20):

[...] os esportes coletivos não são apenas aqueles que têm interação entre adversários (basquete, handebol, futsal, etc.) um equívoco bastante comum. As provas atléticas de revezamento, o nado sincronizado e a ginástica rítmica em grupo, por exemplo, são também esportes coletivos, pois a colaboração entre companheiros de equipe é fundamental para que as referidas modalidades aconteçam.

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O Futebol Americano, é um esporte coletivo com interação entre adversários e invasão territorial, onde necessita a colaboração de todos os companheiros da equipe, possui a interferência do adversário em qualquer situação do jogo e tem como objetivo ocupar território do adversário, a fim de conquistar o touchdown (gol).

Apesar do Futebol Americano ter contato direto entre adversários, até mesmo jogando-se uns sobre o outro na intenção de imobilizar, não é um esporte de combate, pois a intenção é manter a posse de bola avançando ou recuperando a bola (GONZÁLEZ; BRACHT. 2012. p.24).

No esporte Futebol Americano ha análise dos mecanismos de processamento da informação, por ser um esporte com interação entre adversários, o processo de tomada de decisão precede a execução.

Da mesma forma fica explícito, que todo esporte com interação do adversário, necessita do desenvolvimento do pensamento tático, de uma antecipação contínua e diversificada (GONZÁLEZ; BRACHT. 2012. p. 32).

Em relação ao desempenho esportivo em jogos esportivos coletivos, a diferentes conceitos em relação à atuação esportiva dos jogadores e da equipe, conforme González; Bracht (2012, p. 34), são:

Quatro são de caráter individual: técnica, técnica individual, capacidade física e capacidade volitiva; dois coletivos: tática de grupo (combinações táticas) e táticas coletiva (sistema de jogo); e um que pode ser individual e coletiva simultaneamente (a estratégia de jogo).

O esporte coletivo Futebol Americano vai muito além do que somente a compreensão das regras e do elemento e habilidade técnica, requer uma nova execução de movimento, como: lançar a bola oval, receber uma bola oval, correr com posse de bola protegendo a bola, e etc..., enfim, como González; Bracht (2012, p.39) em relação os trabalhos que tratam de esportes, “[...] estão repletos de descrições técnicas e gestos motores que seriam os mais adequados a fim de decidir momentos específicos das diferentes modalidades”.

O que ensinar está á partir da página 39, onde ficará mais claro e de melhor compreensão, como exemplo de unidade didática.

Há algumas ocasiões na prática do jogo, que o aluno necessita interagir, o que requer das próprias demandas da prática, são situações de intenção tática ou regras de ação, que podem ser entendidas assim, conforme (BAYER,1994;

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GRÉHAIGNE, 2001, apud GONZÁLEZ; BRACHT, 2012, p. 41) “[...] como as normas básicas para o desempenho tático individual nos jogos, as quais pontuam condições e elementos que devem ser levados em conta parar que a ação seja eficaz”.

Dentro do esporte de invasão, requer conquistar ou defender território ou ataque e defesa, o que faz com que os alunos durante o jogo precisam ter atitudes, tanto com posse de bola ou sem posse de bola, aí que temos a importância das intenções táticas e tática individual, porém, conforme González; Bracht (2012. p. 44) a relação entre elas: “[...] são relevantes quando utilizados para descrever a intenção pedagógica no ensino dos esportes”.

Embora as aulas de Educação Física, sejam não somente saberes conceituais e corporais, e sim influência na sociedade, com saberes atitudinais, como coloca Gvirtz, Palamidessi (2006, p. 232):

O ensino sempre afirma um modelo, um dever-ser, influencia em determinado sentido, de modo sistemático e duradouro. Fatos, dados, conceitos, regras sobre os esportes podem ser esquecidos, mas as disposições morais, éticas, políticas que a educação Física ajuda a introjetar quando ensina seus conteúdos são mais profundos e a desaprendizagem ou reaprendizagem dessas atitudes implica longos períodos e grandes esforços (apud, GONZÁLEZ; BRACHT, 2012, p. 60).

O que devemos repensar em nossas aulas como professores é que tipo de influência estamos passando aos nossos alunos e se estas estão contribuindo em relação aos seus valores, atitudes e ainda, que disposições estamos ajudando a desenvolver neles.

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5 COMO ENSINAR?

Há várias formas de ensinar, mas quando falamos de Educação Física e seus diferentes saberes corporais, nós perguntamos qual conteúdo? E qual autor? Qual método?

Se pensarmos no ensino dos saberes corporais, primeiramente temos que saber qual o conteúdo a ser ensinado, pois segundo González; Bracht (2012, p. 76) ”[...] nem tudo se ensina da mesma forma”.

Assim sendo, González; Bracht (2012, p. 77) nós sugere: “[...] o modelo de ensino não deveria ser confundido com um método, já que este se vincula mais diretamente ao ensino de aspectos específicos de uma modalidade”.

Com relação ao método das aulas no ensino do esporte, há três elementos-chave, segundo, González; Bracht (2012, p.77) “[...] a) as tarefas; b) a intervenção do professor (o que o professor comunica); e c) o papel que é atributo ao aluno durante esse espaço-tempo”.

Quando pensamos em tarefas ou as atividades que o professor propõe e os alunos executam, González; Bracht (2012, p. 77) explica que: “No campo do ensino dos esportes, são tarefas os exercícios, educativos, jogos, dribles que o professor propõe para que os alunos realizem durante a aula”.

A intervenção do professor é fundamental durante as aulas, é o momento em que o professor instruir e esclarece a prática esportiva, esta comunicação direta com o aluno durante a aula traz uma compreensão maior ao aluno do que está executando.

Conforme González; Bracht (2012, p. 80) o propósito que leva o professor a comunicar-se com os alunos, teria quatro grandes dimensões, como: “[...] a) organizar o trabalho; b) motivar os alunos; c) disciplinar os alunos que observam as orientações da aula e/ou do trabalho; e d) instruir.

O desenvolvimento dos saberes atitudinais, que diz respeito aos fundamentos dos valores sociais, que através das práticas esportivas podem estar presente ou serem expressas, González; Bracht (2012, p.93), e ainda afirma que, “Dois dos muitos valores são buscados atualmente: o respeito às diferenças e a solidariedade”.

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A todo o momento o professor deve estar atento as atitudes de seus alunos em suas aulas, a menor atitude considerada imprópria pode servir como um ato pedagógico, o professor que tiver está atitude, estará contribuído para uma educação integra do aluno, auxiliando a torná-lo um adulto capaz de tomar atitudes sociais apropriadas.

(29)

28

6 UNIDADE DIDÁTICA FUTEBOL AMERICANO

Pretendo oportunizar através desta unidade didática, aos professores de Educação Física, uma alternativa de construir, aprender e disponibilizar aos alunos novas possibilidades e alternativas didáticas, utilizando para isto o ensino do esporte coletivo Futebol Americano em suas aulas.

Dou início com procedimentos de saberes conceituais sobre o esporte Futebol Americano, através de vídeos de jogos, explicações das regras e um trabalho de pesquisa para os alunos sobre funções e posições dos jogadores, em seguida procedimentos de saberes corporais, com atividades práticas para desenvolver as técnicas de passe, recebimento, chute e deslocamento com bola que são diferenciados dos demais esportes. Devido principalmente ao formato da bola, novas técnicas para desenvolver os saberes corporais serão necessárias, e para isso o jogo adaptado 6 X 6 deverá ser aplicado como uma opção de desenvolvimento dos alunos na aquisição deste novo conhecimento esportivo.

Material: Bolas de Futebol Americano, 20 cones plásticos de formato de prato, 04 apitos e 15 coletes em duas cores diferentes. Lembrete: O professor deve solicitar aos alunos para comprarem protetor bucal.

Neste propósito de unidade didática será 10 aulas com 02 períodos consecutivos uma vez por semana, período este que considero o ideal para desenvolver corretamente a didática das aulas.

Lembrando sempre em desenvolver as aulas sem distinção de gênero, e levando em consideração o bem estar dos alunos. Pois tive a oportunidade na disciplina de Estágio 3 do curso de Educação Física, onde realizei o estágio no Colégio Tiradentes e pude confirmar que da para desenvolver sem distinção dos gêneros e com a mesma unidade didática.

6.1 POSICIONAMENTO DOS JOGADORES E ÁRBITROS EM CAMPO

(30)

Árbitro

SS

CB Linha Defensiva CB

  

Defesa

Árbitro

_______________________

Árbitro

  

WR Linha Ofensiva WR

Ataque

QB

Árbitro

Figura 11: Posicionamento dos jogadores e árbitros em campo

Em seguida apresento uma planilha de observação em relação a estes conceitos, entendimento das regras e demais atitudes, na prática do Futebol Americano 6 x 6 (jogo adaptado), que poderão ser utilizadas por alunos em suas observações dos colegas no jogo.

(31)

6.2 MODELO DE TABELA DE OBSERVAÇÃO PARA JOGOS ADAPTADOS 6 x 6

ATAQUE: 06 JOGADORES

Definição Observar Durante o Jogo Avaliação

Quarterback 01 jogador

- Observa antes de agir? - Defini a jogada com todos do time?

- Passes completos? - Passes incompletos? - Teve reações positivas nas tomadas de decisões? - Teve reações negativas nas tomadas de decisões? - Realizou Touchdown? - Demonstrou liderança? - Foi criativo?

- Cooperou com a equipe? - Foi desleal em algum momento? - Outras observações:

WR – Corredores 02 Jogadores

- Fizeram a rota combinada? - Possuíam agilidade? - Possuíam velocidade? - Esforçaram-se para receber a bola?

- Tiveram recepção completa? - Buscaram espaço sem marcação para recepcionar o passe?

- Foram interceptado com pose de bola?

- Realizaram Touchdown? - Demonstraram liderança? - Foram criativos?

- Cooperaram com a equipe? - Foram desleais em algum momento?

- Outras observações: Linha Ofensiva

03 jogadores linha

- Prestaram atenção a jogada combinada pelo QB?

- Executaram o bloqueio? - Toda a linha se esforçou no bloqueio?

- Tiveram atitude de apoio ao colega com posse de bola? - Realizaram faltas? - Realizaram Touchdown? - Demonstraram liderança? - Foram criativos?

- Cooperaram com a equipe? - Foram desleais em algum momento?

(32)

DEFESA: 06 JOGADORES

Definição Observar Durante o Jogo Avaliação

CB

02 jogadores

- Observam a jogada do adversário?

- Acompanham o jogador sem posse de bola?

- Interferiram no passe do QB? - Recuperaram a posse de bola? - Tiveram reações positivas nas tomadas de decisões?

- Recuperaram a posse de bola? - Com a posse de bola correram? - Interceptaram o WR e o QB com posse de bola?

- Fizeram faltas?

- Com posse de bola realizaram o Touchdown?

- Demonstraram liderança? - Foram criativos?

- Cooperaram com a equipe? - Foram desleais em algum momento?

- Outras observações: SS

01 Jogador

- Ficou atento a jogada do esquema adversário? - Interceptou algum passe? - Correu com posse de bola? - Acompanhou o jogador sem posse de bola?

- Possui velocidade? - Realizou Touchdown? - Demonstrou liderança? - Foi criativo?

- Cooperou com a equipe? - Foi desleal em algum momento? - Outras observações:

Linha Defensiva 03 jogadores linha

- Possuíam estratégia para chegarem ate o QB?

- Realizaram o Sack (interceptar o QB com posse de bola antes do lançamento)?

- Interferiram em algum passe do QB?

- Toda a linha se esforçou? - Tiveram atitudes de apoio aos colega com posse de bola? - Realizaram faltas? - Realizaram Touchdown? - Demonstraram liderança? - Foram criativos?

- Cooperaram com a equipe? - Foram desleais em algum momento?

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ARBITRAGEM:

Definição Observar Durante o Jogo Avaliação

04 árbitros - Possuíam conhecimento das regras do jogo?

- Estavam atentos aos

posicionamentos dos jogadores? - Apitaram com firmeza?

- Estavam atentos as faltas sem posse de bola?

- Estavam atentos as faltas com posse de bola?

- Tiveram reações positivas nas tomadas de decisões?

-Tiveram reações negativas nas tomadas de decisões?

- Foram imparciais?

- Trocaram opiniões durante o jogo?

- Demonstraram liderança? - Foram criativos?

- Cooperaram entre si? - Foram desleais em algum momento?

- Outras observações:

6.3 PLANOS DE AULAS

6.3.1 Aula 01

OBJETIVO:

História do Futebol Americano (Saberes Conceituais).

Assistir filme ou DVDs de jogos de Futebol Americano. Fazer comentários sobre o assistido logo após o final como: o que acharam? Qual o objetivo do DVD? Difícil jogar Futebol Americano? Assim como outras que o professor achar interessantes/necessárias.

Proposta de trabalho aos alunos para ser entregue na 3ª aula: Regras do Futebol Americano, posições e funções de cada jogador, escritas a mão para melhor compreensão por parte do aluno.

Com a finalidade de desenvolver a prática com o jogo Futebol Americano 6 X 6 adaptado (regras em anexo), será necessário formar três equipes, duas equipes jogam e a terceira equipe faz a arbitragem e avaliação.

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O professor poderá formar as equipes por gênero (masc/fem) caso tenha na turma número de alunos suficiente para tal ou poderá formar as equipes por numero de participantes misturando os gêneros. Nesta mesma etapa já deverá programar a tabela de jogos, seria bom o professor propor aos alunos dar nome ao time e o grito de guerra.

Exemplo de tabela de jogos:

→ Com três equipes sem distinção de gênero:

- Jogo 01 A X B, equipe C, faz arbitragem e avaliação. - Jogo 02 B X C, equipe A, faz arbitragem e avaliação. - Jogo 03 A X C, equipe B, faz arbitragem e avaliação. → Com quatro equipes com distinção de gêneros (masc/fem):

- Jogo 01 A masc. X B masc., equipe A fem. faz arbitragem e a B fem. realiza a avaliação.

- Jogo 02 A fem. X B fem., equipe A masc. faz arbitragem e a B masc. realiza a avaliação.

- Jogo 03 A masc. X B masc., equipe B fem. faz arbitragem e a A fem. realiza a avaliação.

- Jogo 04 A fem. X B fem., equipe B masc. faz arbitragem e a A masc. realiza a avaliação.

6.3.2 Aula 02

OBJETIVO:

Estudo de regras 6 X 6 (1º período) ( Saberes conceituais) e desenvolver a técnica de arremesso, passe e recebimento (2º período) ( Saberes corporais).

- Arremesso membros inferiores estáticos.

- Arremesso com deslocamento- trás/frente, lateral.

- Quatro a quatro em círculo, arremessa outro recebi e arremessa em seguida, e assim por diante.

- Arremesso ao alvo, utilizando deslocamento (utilizar colegas para receber o passe).

- Em duas filas frente a frente, passe na mão em deslocamento, um vai de encontro ao outro.

(35)

Ao final da aula, o professor deve comentar quais foram as técnicas desenvolvida, o que compete às funções do Quarterback (QB) responsável pelo passe, se para receber o arremesso poderia ter sido o Wide Reciver (WR) que é o corredor da equipe, se o QB foi protegido se o Running Back (RB) correu com posse de bola, estas são alguns exemplos de questionamentos que o professor pode fazer aos alunos para que estes comecem a identificar as posições dos jogadores e suas competências.

6.3.3 Aula 03

OBJETIVO:

Regras e formação de ataque e defesa (Saberes conceituais).

Conhecer as regras do jogo adaptado 6 X 6 (em anexo), formação, contato, pontos, e faltas. Em sala de aula.

Na segunda parte da aula prática (Saberes corporais)

- Em duas colunas frente a frente, desenvolver o contato, um lado ataca outro defende, depois inverte. (Interceptação linhas ofensiva X defensiva, com duas mãos na altura do peito).

- Conhecer as posições em campo e suas funções.

6.3.4 Aula 04

OBJETIVO:

Desenvolver o jogo 6 X 6 adaptado, em prática com toda turma, com ênfase nas regras, estratégias e arbitragem. (Saberes corporais).

- Fazer as formações 6 X 6, o professor sugeria a equipe de ataque jogadas, em seguida sugerir a defesa táticas para impedir o avanço do ataque ou interceptar a bola. (ir trocando os alunos, para que todos possam praticar).

- Fazer rodízio para arbitragem, 04 árbitros, professor orientar (regras em anexo).

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Árbitro

SS

CB Linha Defensiva CB

   Defesa

Árbitro

_______________________

Árbitro

  

WR Linha Ofensiva WR Ataque

QB

Árbitro

Figura 12: Posicionamento dos árbitros 6.3.5 Aula 05

OBJETIVO:

Dúvidas sobre regras e arbitragem (1º período), estruturar as equipes para prática dos jogos 6 X 6.

- Regras e arbitragem, tirar as dúvidas e para melhor compreensão da prática;

- Propor o grito de guerra e nome para a equipe;

- Todas as equipes, separadamente estruturar suas formações e estratégias.

6.3.6 Aula 06

OBJETIVO:

Aprimorar as técnicas, regras, estratégias, arbitragem e avaliação.

- No 1º período, todas as equipes terão o momento para tirar dúvidas e planejar estratégias do jogo e o professor explicará a planilha de avaliação a todos (pg. 31 à 37).

(37)

- No 2º período, no campo ou quadra, cada equipe desenvolver suas técnicas e estratégias de jogo.

Se a escola tiver área de campo, seria o “dia da pintura do campo”, com cal ou tinta, utilizar os alunos para pintar e medir (medidas campo pg.02 anexo regras do futebol Americano 6 X 6 adaptado).

6.3.7 Aula 07

OBJETIVO:

Passes (QB), movimentos em L (aluno WR corre em frente e dobra para direita ou esquerda formando um L), I (aluno WR corre somente em frente) e em V (aluno WR volta de frente alguns metros e retorna em diagonal na posição anterior) estes movimentos tem como objetivo o aluno confundir e sair da marcação, além da movimentação do Corner back (CB) e do Strong safety( SS) na defesa, arbitragem e jogo 01.

- Jogo adaptado 3 x 3, todos vivenciado as funções de QB, WR, CB e SS e 4 árbitros.

- Jogo 01: 1º jogo Futebol Americano 6 X 6 adaptado.

6.3.8 Aula 08

OBJETIVO:

Avaliações atletas e árbitros e jogo 02.

- Utilizando as avaliações do jogo 01, em sala de aula discutir situações, dúvidas e avaliado.

- Jogo 02: Futebol Americano 6 X 6 adaptado.

6.3.9 Aula 09

OBJETIVO:

Avaliações atletas e árbitros e jogo 03.

- Utilizando as avaliações do jogo 02, em sala de aula discutir situações, dúvidas e avaliado.

(38)

6.3.10 Aula 10

OBJETIVO:

Avaliações atletas e árbitros e jogo 04.

- Utilizando as avaliações do jogo 02, em sala de aula discutir situações, dúvidas e avaliado.

- Jogo 04: caso a turma tenha duas equipes de gêneros diferentes, realizarem o jogo 04, ao final do jogo fazer a avaliação do jogo.

Sugestão: se o professor pode-se filmar todos os jogos, seria bom propor o momento para ver os jogos na TV, que seria ótimo para que o próprio aluno veja sua evolução e aprendizagem do jogo.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a aplicação desta proposta de unidade didática para ensino do esporte na Educação Física escolar nos anos iniciais do ensino médio, os professores irão contribuir no desenvolvimento das aptidões físicas dos seus alunos. Vejo esta proposta como uma opção a mais e inovadora para atrair a atenção e a maior adolescente de 15 anos que estão em uma fase da vida na qual estão mais suscetíveis, “abertos” a novos conhecimentos e aguçados para desenvolver estas novas descobertas.

Com esta atitude renovadora e oportuna para as aulas, optei em não adotar um “método” de ensino, a fim de dar maior autonomia ao professor para que este utilize seu conhecimento com melhor reflexão. Já tive a oportunidade de desenvolver está unidade didática em meu estágio III e sei que se o professor compreender, estudar o assunto e ser o mediador deste saber aos seus alunos terá grande chance de sucesso em seu ensino deste esporte nas suas aulas de Educação Física.

Lembrando sempre ao professor que deverá levar em consideração a preocupação com o desenvolvimento dos seus alunos em sua plenitude. Que com este esporte ele possibilitara aos alunos o contato com um esporte pouco conhecido culturalmente em nosso País e escolas, que possibilitara a inovação das praticas esportivas e promovera todos os benefícios físicos, psicológicos, sociais e de caráter multidimensionais que esta atividade proporciona.

A prática do estudo e pratica do Futebol Americano proporcionara aos alunos e professores a possibilidade de praticar e aprender um novo esporte coletivo, com a intenção de contrapor à tradição, saindo da rotina e da mesmice e partindo para uma forma inovadora de praticar esporte.

(40)

Com o Futebol Americano no primeiro ano ensino das escolas irá provocar e gerar o interesse maior sobre este esporte e outros que são pouco conhecidos aos alunos, esportes estes que agregam conhecimentos poucos desenvolvidos nas escolas nas aulas de Educação Física. Este esporte fará com que os alunos vejam o esporte em sua escola, como uma atividade física, na busca pela qualidade de vida, de sua cultura e que possam praticar como lazer ou até mesmo como numa equipe amadora ou até mesmo profissional.

Portanto, como já visto no decorrer deste trabalho, reafirmo que há vários motivos para ensinar Educação Física nas escolas, como desenvolver as aptidões físicas, as qualidades sociais e morais, a descoberta de novos talentos esportivos que bem trabalhados podem tornar-se oportunidade de futura ocupação profissional, além de que uma pessoa que ocupa seu tempo livre com esporte não se ocupa com atividades ilícitas, de possuir uma qualidade de vida mais saudável com uma participação/engajamento maior na sociedade, sem falar que a pratica de um esporte torna-se o seu lazer. Por isso é muito relevante que o professor esteja sempre atento a novidades para as suas aulas, pois é só com o conhecimento de modalidades esportivas que os alunos poderão se identificar/escolher o que mais lhe agrada ou lhe identifica tornando a prática deste esporte prazerosa, e assim concluo e acredito que o Futebol Americano vai contribuir e muito para desenvolver todos estes saberes.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AFAB. História. Disponível em: <http://afabonline.com.br/new/historia/>. Acesso em: 22 mar. 2013.

DUARTE, A. História dos esportes. 4. ed. São Paulo: Ed. SENAC, 2004.

ESCOLA BRASIL. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/educacao-fisica/futebol-americano.htm>. Acesso em: 18 dez. 2013.

FURASTÉ, P. A. Normas técnicas para o trabalho científico: explicitação das normas da ABNT. 16. ed. Porto Alegre: Dáctilo Plus, 2013.

GONZÁLEZ, F. J.; BRACHT, V. Metodologia do ensino dos esportes coletivos. Vitória: UFES, Núcleo de Educação Aberta e a Distância, 2012.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_futebol_americano. Acesso em: 08 jan. 2014.

NFL. Disponível em: <http://www.nfl.com/>. Acesso em: 08 jan. 2014.

SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Trad. Ernani F. da F. Rosa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

SCAGLIA, A. J.; NISTA-PICCOLO, V. L. Pedagogia dos esportes. São Paulo: Papirus, 1999. (Coleção Corpo & Motricidade).

STIGGER, M. P.; LOVISOLO, H. Esporte de rendimento e esporte na escola. São Paulo: Autores Associados, 2009. (Coleção Educação Física e Esporte).

TV RBS. Disponível em: <http://globotv.globo.com/rbs-rs/jornal-do-almoco/v/a-final-do-campeonato-estadual-de-futebol-americano-foi-em-ijuirs/2872867/>. Acesso em: 18 dez. 2013.

(42)

TV RBS. Disponível em: <http://www.lbfa.com.br/times/porto-alegre-pumpkins/>. Acesso em: 18 dez. 2013.

(43)

42

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ANEXO A – Regras do Jogo de Futebol Americano Adaptado 6 x 6

No Futebol de 6 x 6 somente as linhas podem Bloquear(com as mãos no peito do adversário), não pode derrubar, abraçar, puxar e chutar não é permitido.

A estrutura dessas regras obedecerá às regras de Futebol Americano, mas o conteúdo e a numeração não são correspondentes.

As dimensões do campo podem ser alteradas devido ao local de jogos ou idade dos praticantes.

As marcações do campo em disco ou pylon são recomendadas.

A lista de jogadores por equipe pode ser composta por até de 10 jogadores. As equipes podem ter jogadores de sexo diferente.

Bolas de jogo não precisam ser de couro. Protetor bucal é recomendado.

O tempo pode ser alterado devido a programação do professor ou idade. Possíveis mudanças adicionais:

Dimensões do campo podem ser mudadas de acordo com local do jogo. O Relógio para apenas no último minuto de cada tempo.

A série de descidas pode ser reduzida para 3.

Todas as outras regras são regras de conduta e não podem ser alteradas. Especificações do Campo ou quadra, conforme as possibilidades do local.

O campo deve ser uma área retangular com dimensões e linhas conforme indicado no diagrama.

Dimensões do campo:

Campo de jogo: comprimento 50 jardas (45,75 m), zonas finais adicional de 10 jardas (9,15 m), largura de 25 jardas (22,90 m).

Espaço total necessário para um campo, incluindo área de segurança é de 76 jardas (69,55 m) x 31 jardas (28,40 m).

As medições devem ser a partir do lado de dentro das linhas (linha de gol faz parte da zona final), com a largura das linhas de 4 polegadas (10 cm).

As linhas sem corrida devem ser pontilhadas. O local para a tentativa de 2 pontos deve ser marcado a 12 jardas (11,00 m) da linha de gol e no meio da largura do campo com 1 jarda (0,9 m) de comprimento.

Área de segurança é de 3 jardas (2,75 m) fora das linhas laterais e das linhas de fundo. A área de segurança não precisa ser demarcada.

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Equipamentos de campo:

Pylons ou marcadores em disco devem ser colocados nos cantos das 8 intersecções das linhas laterais com as linhas de gol e linhas de fundo.

Marcadores em disco podem ser colocados nas intersecções das linhas laterais com a linha média e linhas sem corridas.

Um indicador para descidas deve ser operado 2 jardas do lado de fora de uma linha lateral.

REGRA 1. Jogo, Campo, Bola e Equipamentos SEÇÃO 1. Disposições Gerais

ARTIGO1. O Jogo

O jogo deve ser jogado entre duas equipes de não mais de 6 jogadores cada, em um campo retangular e com uma bola regular. Para mais detalhes, veja Especificações do Campo.

A lista das equipes consiste de um máximo de 10 jogadores (5 no campo com 4 suplentes). As equipes podem jogar com um mínimo de 5 jogadores. Se menos de 5 jogadores estiverem disponíveis, o jogo está perdido pelo lado que é incapaz de montar uma equipe.

As equipes podem ter apenas jogadores do mesmo sexo. ARTIGO 2. Equipe Vencedora e Pontuação Final

Cada equipe terá oportunidades para avançar a bola através da linha de gol do outro time por corridas ou passes.

As equipes deverão receber pontos de acordo com a regra e a que tiver a maior pontuação no final do jogo, incluindo os períodos extras, será a equipe vencedora. ARTIGO 3. Técnico

O jogo deve ser supervisionado por mais professor. ARTIGO 4. Capitães de Equipe e Treinadores

Cada equipe deve designar ao árbitro não mais de 2 jogadores como capitães de campo e não mais de um treinadores.

SEÇÃO 2. A Bola

ARTIGO 1. Especificações

A bola deve ser feita de couro, nova ou quase nova com tamanho regular, peso e pressão, sem alterações a serem feitas.

Não precisa ser de couro. SEÇÃO 3. Equipamento

ARTIGO 1. Equipamento Obrigatório

Jogadores de times adversários deverão usar camisas de cores contrastantes. Se as equipes estão usando camisas semelhantes, a equipe da casa tem a opção de escolher quem deve trocar o uniforme.

a. Jogadores de uma equipe devem usar camisas da mesma cor e design. A camisa tem de ser de comprimento padrão e colocada por dentro das calças com

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contrastantes algarismos arábicos, pelo menos, 6 polegadas (15 cm) de altura nas costas. Camisas não podem ser remendadas ou amarradas de qualquer forma. b. Os jogadores devem usar shorts ou calças da mesma cor e design, sem bolsos, botões de pressão ou clipes. Os jogadores não podem ter remendos ou amarrações para cumprir esta regulamentação.

c. Pode usar cinto ou short/abrigo com ajuste de cintura para fixar as bandeiras devem ser amarrados firmemente e conter bases para 2 bandeiras. Todo esforço deve ser feito para manter uma bandeira em cada lado do quadril do jogador. As bandeiras devem ter 2 polegadas (5 cm) x 15 polegadas (38 cm) e não devem ser alteradas ou cortadas. As bases não devem ser coladas ou alteradas de qualquer forma que não apontem para baixo e para fora. As bandeiras devem ser claramente visíveis, pender livremente e não devem ser cobertas com qualquer parte do uniforme do jogador. As bandeiras têm que ser de uma cor diferente da calça. Jogadores, que manipularem deliberadamente as suas bandeiras, serão expulsos do jogo.

d. Todos os jogadores devem usar um protetor bucal de uma cor visível e com nenhuma parte que se destaque mais de 0,5 polegada(1,25 cm) para fora da boca. ARTIGO 2. Equipamentos Ilegais

a. Chuteiras com cravos maiores de 0,5 polegada (1,25 cm), pontiagudos ou feitos de metal.

b. Qualquer tipo de capacete ou acessório de cabeça (bonés, capuzes, bandanas, tiaras ou similares).

c. Óculos sem receita médica e não feito de material inquebrável. d. Jóias devem ser removidas ou cobertas completamente.

e. Anexos aos uniformes como toalhas ou aquecedores de mão.

f. Material adesivo, tinta, graxa ou qualquer outra substância escorregadia aplicada ao equipamento ou aos jogadores, roupa ou acessório que afete a bola ou um adversário.

g. Qualquer eletrônico, mecânico ou outros dispositivos de sinal para o propósito de comunicar-se com um treinador.

ARTIGO 3. Certificação dos Treinadores

Antes do jogo o treinador principal dará uma lista para o árbitro e certificará que todos os jogadores têm o equipamento obrigatório e foram informados do que constitui o equipamento ilegal.

REGRA 2 Definições SEÇÃO 1. Áreas e Linhas ARTIGO 1. O Campo

O campo é a área que consiste as áreas de segurança e o espaço entre elas. ARTIGO 2. Campo de Jogo

O campo de jogo é a área dentro das linhas de contorno (linhas laterais e linhas de fundo) que não as zonas finais.

Referências

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