Título: O não-formal e o informal em educação: Centralidades e periferias.
Atas do I colóquio internacional de ciências sociais da educação / III encontro de sociologia da educação (3 volumes)
Organização: José Augusto Palhares | Almerindo Janela Afonso
Comissão Organizadora Almerindo Janela Afonso (Coord.) Carlos Alberto Gomes
Esmeraldina Veloso José Augusto Palhares Maria Custódia Rocha Emília Vilarinho Fernanda Martins Natália Fernandes Cristina Fernandes Carla Soares Comissão Científica Almerindo Janela Afonso Ana Diogo Alan Rogers Alcides Monteiro António Fragoso António Neto-Mendes Armando Loureiro Carmen Cavaco Fernando Ilídio Ferreira Isabel Baptista
José Alberto Correia José Augusto Palhares Licínio C. Lima Manuel Sarmento Maria da Glória Gohn Mariano Fernández Enguita Paula Cristina Guimarães Pedro Abrantes
Rui Canário
Sofia Marques da Silva Xavier Bonal
Edição: Centro de Investigação em Educação (CIEd) Instituto de Educação
Universidade do Minho Braga - Portugal
Composição e arranjo gráfico: Carla Soares, José Augusto Palhares Capa e design: João Catalão
Formato: Livro Eletrónico, 3 Volumes, 2110 Páginas
Volume I: [pp. 1 – 680] | Volume II: [pp. 681 – 1292] | Volume III: [pp. 1293 – 2110] ISBN: 978-989-8525-27-7
Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do Projeto PEst-OE/CED/UI1661/2011
ÍNDICE GERAL
VOLUME I
Introdução | José Augusto Palhares, Almerindo Janela Afonso 15
Jovens, Experiências e Aprendizagens
Centralidades e periferias nos discursos de jovens sobre seus percursos e experiências escolares | Carolina Santos, Thiago Freires, Soraia Sousa, Fátima Pereira
21
Cidadania, participação e empoderamento em jovens institucionalizados | Carlota B. Teixeira,
Cidália Queiroz, Isabel Menezes
29
A experiência juvenil dos alunos na interface entre a educação escolar e não-escolar | Maria
Cecília Pereira Santos
37
Os contextos educativos cursos de educação e formação de jovens (CEF) e o projeto
“aprender a aprender”: Formal ou não-formal? | Carla Soares 45
O rádio como ferramenta de educação não-formal na escola.| Rachel Severo Alves Neuberger 59
Participação cívica e política dos jovens europeus: Alienação ou tempos de mudança? | Ana
Bela Ribeiro, Isabel Menezes
68
Militância juvenil no Brasil contemporâneo | Diógenes Pinheiro, Luiz Carlos Gil Esteves,
Miguel Farah Neto
74
Internet: Novo contexto de participação das juventudes | Ana Paula Silva 86
O grêmio estudantil de uma escola municipal de ensino fundamental de São Paulo e a relação com o processo de formação da cidadania dos alunos | Amália Galvão Idelbrando
97
Cenáculo: Uma experiência de capacitação de jovens e a voz de uma geração | J.A.
Gonçalves, C.A. Simões
105
Quando conviver é educar: As plurifacetadas interações pais-filhos nas classes sociais dominantes | Maria Luísa Quaresma
112
Projetando o futuro: Jovens entre a família, escola e trabalho | Juliana Oliveira Andrade 121
Os significados e sentidos da escola para jovens estudantes das classes médias | Rosana da
Silva Cuba, Elmir Almeida
129
Os sentidos da performatividade escolar fora dos muros da escola | José Augusto Palhares,
Leonor Lima Torres
137
Educação não-formal no sucesso escolar das classes populares | Cristina Roldão 150
Conexões íntimas: Jovens, internet e redes de socialização | Juliana Reis, Juarez Dayrell 160
Os jovens estudantes e as atividades de animação artística no concelho de Nelas | Lígia
Simone Silva, Ana Paula Cardoso
169
Do dia-a-dia aos ambientes recreativos noturnos: Consumo de substâncias psicoativas e sua relação com outros comportamentos de risco em estudantes universitários | Maria do Rosário
Pinheiro, Ana Filipa Simões, Cristiana Carvalho, Rute Santos, Jorge Ferreira
175
As oportunidades educativas, nos âmbitos do ócio social e educativo, desenvolvidas junto de públicos infanto-juvenis através dos programas de animação de tempo livre e voluntariado no concelho da Póvoa de Varzim | José Filipe Pinheiro
4
O Ser jovem brasileiro no século XXI: Política pública, trabalho e educação | Hercules G.
Honorato
198
Jovens do Projovem adolescente em Ribeirão Preto-São Paulo: Descompassos entre a educação escolar e a educação não escolar na vivência da juventude | Elmir Almeida, Gisele
Cristina Vinha
207
"Há noites assim!" Um projeto socioeducativo de informação e sensibilização acerca dos comportamentos de risco em contexto recreativo: Resultados preliminares | Ana Filipa
Simões, Maria do Rosário Pinheiro, Cristiana Carvalho, Rute Santos, Jorge Ferreira
217
Movimentos Sociais, Ambiente e Educação
O ensino da sustentabilidade em Portugal e Inglaterra: Aspectos materiais, educacionais e sociais | Margarida Paulos
227
Articulação entre escola e vida de agricultores militantes: A experiência pedagógica em curso do programa nacional de educação na reforma agrária/Brasil | Sandra Luciana
Dalmagro
236
Educação e memória: Práticas educacionais em povoações remanescentes de quilombolas e indígenas na Amazônia Paraense, Brasil | Benedita Celeste de Moraes Pinto, Andrea Silva
Domingues
245
Movimento 21: Aprendizados em novas formas de resistência social à lógica do mercado |
Sandra Maria Gadelha Carvalho
252
Irradiando os benefícios da civilização entre as populações pobres do litoral paulista, Brasil: uma experiência de Educação não-formal (1940-1942) | Maria Apparecida Franco Pereira
260
Escolarização da população negra no Brasil: Um breve histórico | Joanna de Ângelis Lima
Roberto, Marluce de Souza Oliveira Lima
274
Re-imaginando la nación culturalmente diversa: la lucha por el derecho a una educación culturalmente diferenciada en Honduras | Ricardo Morales Ulloa, António M. Magalhães
281
Estado, movimentos sociais e educação: O parto doloroso da escola cidadã | Admário Luiz
Almeida, Franco Sá
289
Metodologia pedagógica: Do informal ao não-formal. Religiões de base africana, transmissão do conhecimento e da prática cultural | Reginaldo Ferreira Domingos, Henrique Antunes Cunha
Junior, Alexsandra Flávia B. Oliveira
299
Educação não-formal e informal: Relatos, impressões e experiências de membros da comunidade e educadores de Heliópolis, São Paulo, Brasil | Juliana Pedreschi Rodrigues
307
Literatura marginal ou periférica no Brasil | Sandra Eleine Romais Leonardi, Leilah Santiago
Bufrem
318
Relevância social e educativa do processo global de desenvolvimento para a construção humana | Adérito Gomes Barbosa, Sónia Alexandre Galinha
325
Projetos políticos e educação não-formal nos movimentos sociais do campo no Brasil |
Joaquim A. P. Pinheiro
333
Educação e sujeitos sociais: Denúncias e anúncios no contexto do agronegócio | José Ernandi
Mendes
341
Educação, democracia e sociedade civil | Manuel Barbosa 349
Agricultoras e agricultores familiares conversando sobre agroecologia, educação do campo e relações sociais de gênero | Dileno Dustan Lucas Souza, Orlando Nobre Bezera Souza, Émina
Márcia Nery Santos
358
A experiência do programa nacional de educação na reforma agrária na universidade estadual do ceará: Novas formas de aprendizagem | José Ernandi Mendes, Sandra Maria
Gadelha Carvalho, Célia Maria Machado Brito
367
5
Natureza: Um espaço de aprendizagem | Pedro Aparício, Olga Oliveira Cunha 383
A substituição dos movimentos sociais pelo protagonismo da sociedade civil | José Adelson
Cruz, João Roberto Resende Ferreira
392
Metodologias de Investigação em Educação Não-formal e Informal
Representações sobre o não-formal na escola: Os grupos de discussão direcionada como contributo investigativo | AlexandreGomes
400
Aprender fora da escola: Caminhos alternativos de construção de conhecimento | Miguel
Martinho
411
O ensino superior e a aprendizagem ao longo da vida: Reflexões sobre a importância do recurso a metodologias mistas de investigação | Marina Duarte
420
Jornadas míticas do tornar-se professor: Uma experiência transdisciplinar de formação de professores indígenas em São Gabriel da Cachoeira | Eglê Wanzeler
428
Potencialidades dos grupos de discussão – Reflexões a partir de uma investigação no campo da ação social e educativa | Isabel Timóteo
437
Para lá dos opostos: Um lugar para o informal | Carla Augusto, Elisabete X. Gomes 446
Sociologia da vida cotidiana e história oral: Metodologias de investigação em Educação não-formal | Renata Sieiro Fernandes, Lívia Morais Garcia Lima
455
A investigação-ação como metodologia de intervenção em contextos não-formais | Eva Maria
Santos Lacerda Corrêa
463
Educação não-formal: Autonomia e campo conceitual | Valéria Aroeira Garcia 473
Algumas notas sobre estudos de educação de adultos em Portugal na última década | Ricardo
R. Monginho
481
Educação popular e agricultura familiar: Caminhos de apropriação de novos conhecimentos e de ressignificação de saberes tradicionais | Simone da Silva Ribeiro, Dileno Dustan Lucas
Souza, Orlando Nobre Bezerra Souza
489
Aprendizagem formal, não-formal e informal na Europa. Uma análise a partir do inquérito à Educação e Formação de Adultos coordenado pelo EUROSTAT | Patrícia Ávila, Alexandra
Aníbal
497
Escuta, percepção, compreensão e escrita musical durante o processo de iniciação e aprendizado básico de música | Silvia Maria Pires Cabrera Berg
513
Os desafios de uma abordagem qualitativa num estudo em torno da literacia da leitura em contexto não-escolar | Elisabete Brito
518
Publicando cuidados para o corpo: Propagandas televisivas de medicamentos e a formação dos sujeitos contemporâneos | Mariana Carvalho Carminati, Sandra Maria Patrício Vichietti
527
Fotografia e educação não-formal: Possibilidades e usos | José Roberto Gonçalves, Sueli
Aparecida Gonçalves
534
Dialogando com imagens: Um estudo sobre a produção audiovisual em ambientes educacionais | Cristine Pires, Maria Cecília de Paula Silva
543
A aprendizagem pela conversa como modo de investigação, ou como a investigação em educação não-formal é educação não-formal | Liliana Lopes
552
Territórios, Cidade e Serviços Educativos
Perspetiva educativa dos espaços públicos, Portugal e Angola | Cláudia Teixeira 562
Serviços educativos na cultura: Que lugar para a educação? Uma experiência de estágio no serviço educativo do Centro Cultural Vila Flor | Carlos Xavier Mendes Araújo, Maria Teresa
Guimarães de Medina
6
Coro de pequenos cantores de Esposende como estratégia municipal de educação artística |
Diogo Vilarinho Zão, Helena Lima Venda
580
“Noções de coisas”: Uma ação educativa para a emancipação de adultos em situação de alta vulnerabilidade social | Adriano Monteiro Castro, Camila Martins da Silva Bandeira
588
Os engenheiros da Associação Brasileira de Educação (ABE): confluências entre as ideias educacionais e urbanas na cidade do Rio de Janeiro nos anos 1920 e 1930 | Clecia Aparecida
Gomes
596
Clubes ALPE – As competências tornadas visíveis | Joana Mouta, Susana Cristina Pinto 603
O formal/informal na organização dos serviços na gestão das AEC-AFD (Atividade Extra-Curricular – Atividade Física e Desportiva) nos concelhos do Grande Porto | João Paulo
Medeiros de Morais Pimentel, Estela Pinto Ribeiro Lamas, Maria José Carvalho
613
Promoção da educação não-formal em um território de alta vulnerabilidade social: Um estudo de caso | Adriano Moreira Araujo, Marcia Florêncio
623
Sobre o governo e as fronteiras do ato educativo no cenário urbano | Elisa Vieira 631
As diversas realidades familiares presentes nos territórios de saúde: Experienciando o uso do Ecomapa | Andrezza Karine Araújo de Medeiros Pereira, Palmyra Sayonara Góis, Rosalva
Alves Nunes
637
O formal e o não-formal na educação das crianças nas cidades | Elisabete X. Gomes 644
As intermitências entre a educação formal e não-formal a partir da análise da reorganização da rede escolar: Uma crítica à perspetiva urbanocêntrica da educação | Henrique Ramalho,
Carla Lacerda
653
Redes (des)conexas de intervenção local sobre a violência na escola | João Sebastião, Joana
Campos, Sara Merlini, Mafalda Chambino
661
Projeto Território | Tatiana Fischer 671
VOLUME II
Formação e Aprendizagens em Contexto de Trabalho
A socioeducação no contexto pedagógico | Jacqueline Taveira Lopes, Camila Perin Ribeiro,
Rudinei da Silva Soares, Joceli de Fátima Arruda Sousa
688
O lado do tempo e do espaço não-formal de uma formação em busca da acessibilidade |
Ariana Cosme, Raquel rodrigues Monteiro, Vânia Cosme
696
Semana de estudos e práticas pedagógicas - SEPP . Encontro de saberes na Faculdade de Ciências Agronômicas - FCA – UNESP de Botucatu | Eliana Curvelo, José Matheus Yalenti
Perosa, Márcio Campos, Renata Cristina Batista Fonseca
706
Espaço e tempo no contexto do trabalho da educação infantil | Laís Leni Oliveira Lima, Vânia
Ramos Rodrigues, Thaisa Oliveira Lima
716
Ateliê de formação continuada e em serviço de professores: A experiência e sua relação com o trabalho | Mary Rangel, Jane do Carmo Machado
724
Formacão e cotidiano docente: Diálogos e intervenções no processo de ensino e aprendizagem da criança com paralisia cerebral | Paloma Roberta Euzébio Rodrigues, Solange
Maria Mol, Marco Antonio Melo Franco
732
Educação social, espaços não-escolares e formação de professores: Sentidos, fronteiras e apontamentos | Andrezza Maria Batista do Nascimento Tavares, Márcio Adriano Azevedo,
Pauleany Simões Morais, Tarcimária Rocha Lula Gomes Silva
741
(Trans)formação de saberes dos educadores/professores principiantes em contexto de
trabalho: Das competências adquiridas às competências exigidas | Cândida Mota Teixeira,
Elisabete Ferreira
7
Comunidades de aprendizagem, emancipação profissional e mudança educativa | Isabel
Sandra Fernandes, Flávia Vieira
757
A ressignificação da vida por meio da educação de jovens e adultos | Ana Ramos, Carlos
Alberto Belchior, Felipe Moretti, Gabriela Campelo, Lucas Magno Ramos, Mariana Amaral
765
Educação não-formal e informal nos anos iniciais de trabalho do professor: Desafios e perspectivas | Joana Paulin Romanowski, Daniel Soczek
773
Estudantes de Animação Sociocultural: Percursos traçados entre a formação e o mundo do trabalho | Carla Cibele Figueiredo, Sandra Cordeiro
782
Aprendizagem e desenvolvimento do professor em contexto de trabalho: O caso de “Ana” na sua narrativa de vida profissional | Conceição Leal Costa, Constança Biscaia
791
Trabalho e prática de ensino na educação infantil: Contexto educativo de aprendizagem |
Laís Leni Oliveira Lima
803
Volições num processo de formação contínua em educação de infância | Manuel Neiva,
Amélia Lopes, Fátima Pereira
811
Aprendizagem profissional: Um processo educativo na intersecção de contextos de aprendizagem formais, não-formais e informais | Mariana Gaio Alves
819
O educado social, identidade e reptos na aprendizagem da profissão | Esperança Jales Ribeiro 827
A formação em contexto de trabalho: Qual é a realidade atual para os enfermeiros? | Ana
Macedo, Rafaela Rosário
832
A supervisão como parte fundamental da formação continuada do educador social: Uma reflexão necessária | Gerson Heidrich Silva, Teresa Cristina Rego
841
Como se formam os educadores de adultos envolvidos em processos de reconhecimento de competências? Análise do caso dos profissionais de RVC | Catarina Paulos
848
Universidade e aprendizagem ao longo da vida: Efeitos da licenciatura em indivíduos com prévia experiência profissional” | Cláudia Sousa
856
O jogo do informal e do não-formal nos processos de RVCC: Um olhar sociológico | Daniela
Vilaverde e Silva
865
Construção de uma Cidadania Intercultural | Márcia Montenegro 873
A gestão de Paulo Freire frente à secretaria municipal de educação de São Paulo (1989– 1991): Para além da educação formal | Dalva de Souza Franco
880
Programa escola de gestores da Paraíba: Contribuições para a aprendizagem ao longo da vida de gestores de escolas públicas e para a ascensão da gestão democrática escolar | Alba
Lúcia Nunes Gomes Costa, Helen Haline Rodrigues Lucena
888
As decisões na escola pública portuguesa: A organização projetada e a organização vivida |
Maria João Carvalho
896
Saberes da produção associada: Implicações e possibilidades | Edson Caetano, Camila
Emanuella Pereira Neves
902
Autogestão: Possibilidades e limites no contexto da economia solidária no Brasil | Marco
Antonio Barbosa
911
O não-formal e informal nos processos educacionais engendrados pela lógica liberal: Apreciação da formação policial a partir do modelo foucaultiano | Antonio Alberto Brunetta
919
Formadores dos processos de RVCC, do ingresso na Iniciativa Novas Oportunidades às expectativas no futuro | Ana Filipa Ribeiro Barros
928
Potencial formativo dos contextos de trabalho numa grande empresa do setor automóvel |
Sandra Pratas Rodrigues
936
Génese e caracterização dos dispositivos concebidos para o reconhecimento e validação das aprendizagens não-formais e informais, a nível europeu e mundia | Alexandra Aníbal
945
Dinâmicas da educação e formação em contexto organizacional: A perspetiva dos empregadores | Antónia Távora, Henrique Vaz, Joaquim Luís Coimbra
8
Reconhecimento, validação e certificação de adquiridos experienciais no Alentejo: Resultados e impactos do processo realizado entre 2000 e 2005 | Bravo Nico, Lurdes Pratas
Nico, Fátima Ferreira, Antónia Tobias
965
Jovens e adultos: Experiência e saberes adquiridos no e pelo trabalho | Adriana Almeida 978
As condições de produção da narrativa autobiográfica nos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências | António Calha
987
Tornando-se gente mais gente: A prática do educador social como agente do empoderamento dos educandos | Naiane Andréia Rodrigues Pisoni, Ana Lúcia Souza Freitas
995
Enfermeiros e seus processos de formação/educação para a saúde juvenil: Estudo exploratório realizado nas unidades familiares de saúde da região da grande Lisboa | Maria
Rosa dos Santos Pereira Silvestre
1000
Ser professor aprende-se: O conhecimento pedagógico dos professores em contexto de reformas profissionais | Alan Stoleroff, Patrícia Santos, Daniel Alves
1009
Conceções e reflexões sobre o (in)sucesso escolar: O formal e o informal nos discursos de professoras | Romina Reis, Ariana Cosme
1019
Formação não-formal e informal de professores do ensino fundamental em ilhas e regiões ribeirinhas do Rio Amazonas, no Brasil | Ivo José Both
1027
Culturas, Turismo e Lazer
Cultura e diversidade de públicos: Panóias. Um estudo de caso | Rute Teixeira, Isabel Vaz de
Freitas, Orlando Sousa
1036
Hegemonias e contra-hegemonia simbólicas na educação para a viagem: Uma análise da interpretação patrimonial à luz da não-formalidade e informalidade educativas | Jorge
Freitas
1048
Os pontos de cultura como espaços de educação não-formal | Jorge Roberto Ribeiro Braga
Junior
1055
O turismo cultural como propulsor da educação não-formal no meio rural paulista | Lívia
Morais Garcia Lima
1064
A educação para o turismo de voluntariado: Reflexões a partir do caso de Natal no Rio Grande do Norte, Brasil | Maria Goretti Alves
1072
Formação informal pelo cinema: Diálogo com os mundos possíveis e/ou diálogos possíveis com o mundo | Rogério Almeida, Louis J. P. Oliveira, Cesar A. Zamberlan
1080
A formação da universidade popular invisível: A irracionalidade da censura em questão |
Fábio Zanoni
1088
De mãe para filho: O papel da pessoa adulta na transmissão de crenças, valores e identidade na comunidade quilombola do Abacatal | Brena Camila Lobato Pontes
1096
Futebol, emoção, sociabilidade juvenil: Experiências, aprendizagens e transmissão de saberes no contexto das torcidas organizadas no Rio de Janeiro | Rosana da CâmaraTeixeira
1107
Lazer e participação cívica e política de jovens do estado do Acre/Brasil | Lucicleia Queiroz,
Isabel Menezes
1114
Prática cultural e educação não-formal: A experiência da roda de samba em um projeto de extensão universitária | Eduardo Conegundes Souza
1121
Associativismo e Dinâmicas Educativas Locais
Escotismo: Educação não-formal por tradição | Charlon Silles de Souza Gomes 1130
Associações culturais e recreativas: Dimensões educativas e processos de formação | Teresa
Medina, João Caramelo, Carla Cardoso
9
Escutismo: Desenvolvimento pessoal através do jogo | P. Duarte Silva, C.A. Simões 1150
Associativismos e educação Inter geracional | Gilberto Geribola Moreno 1161
Educação não formal, associativismo e dinâmicas educativas locais: Exemplos de dialética na área metropolitana de Lisboa | Célia Martins
1168
As associações como lugar de educação não-formal: Um estudo exploratório | Élia de Sousa
Alves
1176
A educação não formal e o desenvolvimento local | Ana Cristina Gonçalves Figueiredo 1185
Composições pedagógicas: Introdução ao repertório tradicional de banda sinfônica | Rafael
Alexandre Silva, Fernando Emboaba Camargo, Silvia Maria Pires Cabrera Berg
1192
Linguagens que (re)tratam o associativismo imigrante no grande Porto: Lugares e percursos educativo | Aline de Lemos Ribeiro
1200
Teatro, educação e cultura: Vivências lúdico-formativas experienciadas em contexto não-formal | Maria José dos Santos Cunha
1208
Adultos, Idosos e Educação
Lazer e educação não formal em adultos idosos | Betânia de França Xavier 1217
“Não é um adeus, é um até logo!”: Centralidades da cultura na qualidade de vida de idosos com demência | Sónia Mairos Ferreira, Vera Lopes
1225
O discurso da legislação brasileira sobre a educação de jovens e adultos no Brasil e suas produções de sentido | Andrea Silva Domingues, Marilda de Castro Laraia
1239
Ler com Arte. Mudando o mundo com as palavras | Nair Azevedo, Ana Bruno 1247
Programa Novo Tempo e preparação para a aposentadoria (reforma): Uma prática de educação não-formal no Brasil | Thelma Rabelo Pereira
1254
A educação e a aprendizagem ao longo da vida pelos adultos idosos através das TIC: Reflexões e propostas de implementação | Henrique Gil
1263
A intervenção dos futuros animadores socioculturais com o cidadão idoso: Contributos para uma reflexão | Ana Teodoro, Ana Simões, Ana Gama
1272
(In)formação ao longo da vida na sociedade atual: Avós e netos | Sónia Morgado, Anabela
Vitorino
1281
VOLUME III
Culturas de Infância, Contextos e Quotidianos
Uma experiência desenhada na educação não-formal | Juliana Aico Moraes Fujishiro, Natasha Caramaschi Del Galo
1302
Os amigos do facebook: Espaços lúdicos e relações sociais da infância contemporânea |
Alessandra Alcântara, Anónio José Osório
1312
Desafios e perspectivas do brincar entre adultos e crianças: Relato de uma experiência sobre o brincar no Brasil | Lucelina Rosa, Anne Binder, Jaqueline Fernandes, Sandra. Siqueira
1321
Projetos de ocupação de tempos livres na infância em contextos não-formais | Carla Lacerda,
Henrique Ramalho
1330
Infância e ludicidade: A forma e o formato | Alberto Nídio Silva 1338
Cotidiano de meninas e meninos: Modos de ver da infância em desenhos e fotografias |
Marcia Aparecida Gobbi
10
A educação não-escolar no quotidiano das crianças: O contributo da atividade lúdica | Ilda
Freire-Ribeiro, Maria José Rodrigues, Luís Pinto Castanheira
1355
Infância Indígena: As crianças Sateré-Mawé como produtoras de culturas | Roberto Sanches
Mubarac Sobrinho
1365
Pesquisa brasileira recente em gênero, infância e desempenho escolar | Fábio Hoffmann
Pereira
1374
O contexto educativo das crianças em acolhimento familiar: Evidências do quotidiano, reptos para o futuro | Vânia S. Pinto, Paulo Delgado
1382
PACC - Produção afro-cultural para a criança: A construção da identidade da criança negra brasileira | Leunice Martins Oliveira, Sátira Pereira Machado, Maria Elisabete Machado,
Germana Nery Machado
1391
A escolarização no cotidiano de crianças em situação de trabalho, em zona rural | Indira
Caldas Cunha Oliveira, Rosângela Francischini
1399
Práticas de cuidado e educação desde o ponto de vista e forças do desejo dos bebês e crianças bem pequenas | Ana Cristina Coll Delgado, Marta Nörnberg, Francine Almeida Porciúncula
Barbosa
1405
A fotografia pinhole e a vivência de um processo | Maria Cristina Stello Leite 1413
Partilha de boas práticas: Música e poesia- Para uma participação efetiva, responsável e autónoma na vida escolar | Joana Nogueira, Regina Pires
1420
Práticas de atendimento à criança pequena em Francisco Beltrão/PR: Um olhar sobre alternativas não institucionais | Caroline Machado Cortelini Conceição
1429
Ambiguidades e tensões na relação pedagógica entre crianças e adultos | Marta Nörnberg, Ana
Cristina Coll Delgado, Patrícia Pereira Cava, Francine de Vargas Silva
1437
Música e crianças em diálogo: Contribuições da sociologia da infância | Sandra Mara Cunha 1445
Envolvimento parental e suporte social em contextos inclusivos | Sara Alexandre Felizardo,
Esperança Jales Ribeiro
1453
Educação de infância e família: Desafios para uma ação educativa integrada | Maria Angelina
Sanches, Idália Sá-Chaves
1459
As impressões e representações criadas por crianças no Parque do Ibirapuera na cidade de São Paulo | Nailze Neves Figueiredo
1468
Autoria infantil: Direito, legitimidade e encantamento | Flavia Lopes Lobão 1479
Brincadeira, educação e psicologia: Percurso histórico e interrelações | Carmem Virgínia
Moraes Silva, Rosângela Francischini
1488
Crianças de Abril. Uma abordagem às questões da educação popular em jardim de infância |
Ana Levy Aires
1496
Tecnologias e Redes de Aprendizagem
Educação compartilhada: Apontamentos de uma formação estética on-line | Julio Pancracio
Valim
1505
Currículo e tecnologia: Perspectivas de integração no cotidiano escolar a partir de projetos governamentais | Marília Beatriz F. Abdulmassih, Dinamara P. Machado
1513
Na intersecção da educação não-formal e informal, uma experiência piloto de e-learning em organização e animação de bibliotecas, com animadores/as socioculturais | Ana Silva
1524
Juventude e cultura digital: A zona leste de Uberlândia em questão | João Augusto Neves,
Arlindo José Sousa Jr
1536
A centralidade da atenção no ensino e aprendizagem na escola global: Entre quadros normativos e estratégias de informalidade | Nuno Ferreira
11
Midiatização: Modos de ser jovem e ser aluno no contexto da cultura contemporânea |
Cirlene Cristina de Sousa, Geraldo Magela Pereira Leão
1558
Educação escolar, uso das TIC pelas crianças e mediação familiar | Pedro Silva, Ana Diogo,
Carlos Gomes, Conceição Coelho, Conceição Fernandes, Joana Viana
1568
Inter-relações entre espaços-tempos não-formais e formais de aprendizagem na educação superior: Limites e possibilidades dos recursos da World Wide Web | Marcos de AbreuNery
1580
O processo de formação de mediadores em EAD no Centro Paula Souza e na Univesp |
Dilermando Piva Jr, Elizabete Briani M. Gara, Marcio L. Andrade Netto, Waldomiro P. D. de C. Loyolla
1590
Potencialidades do software educativo na promoção da interação social das crianças com autismo: Contributos de um estudo qualitativo | Vanessa Benigno, Belmiro Rego, Sara
Felizardo
1601
Processo de produção de materiais didáticos: O modelo da Univesp e Centro Paula Souza |
Dilermando Piva Jr, Marcio L. Andrade Netto, Waldomiro P. D. de C. Loyolla, Elizabete Briani M. Gara
1610
Evasão no ensino à distância – Um estudo de caso no curso de segurança do trabalho no campus São Gonçalo do Amarante – RN | André Luiz Ferreira de Oliveira
1620
Aprendizagem informal online | Joana Viana 1636
Entraves na integração curricular das tecnologias e redes de aprendizagem no 5º ano do ensino fundamental | Andréa Patricia Lins Silva
1644
@prender Web comunicação, simulação, MDV3Ds e comunidades de aprendizagem como novas práticas educomunicacionais | Malizia Pierfranco
1652
Outros Espaços e Tempos de Aprendizagens
Experiências brasileiras de Educação Integral: Os diferentes usos dos espaços e dos tempos de aprendizagem e suas implicações | Lúcia Helena Alvarez Leite, Bárbara Ramalho
1663
Tempo escolar fora da escola: O caso das explicações em Seoul, Brasília e Lisboa | António
Neto Mendes, Alexandre Ventura, Jorge Adelino Costa, Andreia Gouveia
1671
Classe hospitalar: Educação formal fora dos muros da escola | Maria Alice de Moura Ramos 1682
Experiências e aprendizagens de egressas do sistema penitenciário paraibano | Helen Halinne
Rodrigues Lucena, Timothy Denis Ireland
1692
Racionalidades e informalidades no ensino doméstico em Portugal | Álvaro Ribeiro 1700
Situações de hospitalização, aprendizagem e escolarização: Diálogos entre o não-formal e o formal no processo de ensino e aprendizagem da criança deficiente | Marco Antonio Melo
Franco, Leonor Bezerra Guerra, Alysson Massote Carvalho
1709
Duplicação curricular ou emergência de outra escola? Uma análise com base em centros de explicações de Lisboa | Catarina Rodrigues, Jorge Adelino Costa
1719
Pedagogia expressiva criativa: Uma formação transversal para professores, construída a partir da criatividade, do movimento, e do uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) | Max Günther, Haetinger, Rui Trindade, Ariana Cosme
1728
Os conhecimentos da Educação Física no exame nacional do ensino médio – ENEM | José
Arlen Beltrão, Leopoldo Katsuki Hirama, Paulo César Montagner
1736
A sala de aula como um lugar de diálogo de saberes | Ana Lúcia Souza Freitas 1743
Ter em conta a primeira língua para a aprendizagem do francês pelos alunos emigrantes: O caso dos alunos portugueses no sistema escolar francês ou a posição do professor não detentor do saber | Elisabeth Faupin
1751
Cidade, educação e políticas públicas: Qual o espaço da educação não formal e informal nas políticas educacionais? | Reinaldo Pacheco
12
O trabalho em rede e sucesso escolar: Uma estratégia para a “melhoria” das escolas | Marisa
Silva, Helena Costa Araújo, Sofia Marques Silva
1766
Conselho de escola: Espaço de educação não-formal na escola | Cileda dos Santos Sant’Anna
Perrella
1771
A capoeira na escola: Caminhos possíveis de seu ensino | Paula Cristina da Costa Silva 1779
Da relação com a formação à formação como relação. Vivências, experiências e
(re)significações em processos de “formação para a inclusão” | Patrícia de Oliveira Ribeiro 1787
Do que falamos quando falamos de abandono escolar | Maria Álvares, Pedro Estêvão 1794
A retórica do “não-formal” e a expansão da “forma escolar” na política de escola a tempo inteiro | Carlos Pires
1802
A relação pedagógica: O que existe para lá da palavra? | Joana Manarte, Amélia Lopes, Fátima
Pereira
1809
As relações de poder na escola pública: Entre o formal, o não-formal e o informal | Amália
Cândida Gonçalves Fernandes, M. Custódia J. Rocha
1815
Diálogos em roda: Uma práxis pedagógica possível com a educação formal e não-formal |
Maria Elisabete Machado, Leunice de Oliveira Martins
1826
Os espaços e tempos de aquisição da língua brasileira de sinais (LIBRAS): Uma análise do desenvolvimento de crianças surdas | Simone D`Avila Almeida, Márcia Denise Pletsch
1834
A evasão em projetos socioeducativos esportivos: Inadequação de propostas ou liberdade de escolha? | Leopoldo Katsuki Hirama, José Arlen Beltrão Matos, Cássia dos Santos Joaquim,
Jilvania dos Santos Santana, Natally Oliveira Santos, Paulo Cesar Montagner
1844
Experiências escolares significativas: Encontros e desencontros entre perspetivas de alunos e de professores | Sílvia Maria Rodrigues da Cruz Parreiral
1850
Olhar a diferença na igualdade da presença | Zélia Maria Gonçalves, Maria Rosário Ferreira 1859
Jovens, experiências e aprendizagens na educação do campo: Desafios e perspectivas de estudantes do ensino médio integrado no IFRN/Brasil | Márcio Adriano Azevedo, Andrezza
Maria Batista do Nascimento Tavares, Sônia Cristina Ferreira Maia
1868
O não-formal e o formal no ensino superior: Valorização das aprendizagens adquiridas em contexto de trabalho e de vida | Ana Luisa de Oliveira Pires
1876
O diálogo entre educação formal e não-formal como alternativa para uma educação de qualidade | Joelma Marçal
1886
A experimentação no caminho da Educação não-formal e informal. A Educação Física/Desporto como um bom exemplo | António Camilo Cunha
1892
O marketing escolar numa era de modernidade liquida | Isabel Farinha 1898
Educação, moral e pós-modernidade. As perspectivas da teoria sociológica de Durkheim frente aos desafios da educação contemporânea | Marcelo Augusto Totti
1908
Alguns aspectos sociológicos do entrecruzamento de educação formal e não-formal | Stefan
Klein
1915
Cotas raciais e mercado de trabalho: O caso dos egressos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) | Marluce de Souza Oliveira Lima, Joanna de Ângelis Lima Roberto
1921
Cesteiro que faz um cesto, faz um cento: Da importância do não formal na construção da Escola como espaço público do conhecimento | Joaquim Almeida Santos
1929
Articulações entre a educação formal e a não-formal: Possibilidades à escola pública brasileira em tempos de avaliação em larga escala | Elton Luiz Nardi, Marilda Pasqual
Schneider
1940
Além da forma escolar: Problemas e soluções no processo de interação escolar de crianças brasileiras imigrantes em Londres | Denise Hosana de Sousa Moreira
1948
Sedução, autonomia e poder: Experimentações socioeducativas nas escolas | Alexandra
Leandro
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A contribuição da teorização foucaultiana para a análise dos processos de educação não-formal | Julio Groppa Aquino
1962
A educação como um dever e uma filosofia de vida: Trajetórias educativas atípicas no contexto de emigração | Paula Guimarães, Clarisse Faria-Fortecöef
1970
Assembleia de delegados: Ecos de uma direção autónoma e democrática? | Elisabete Ferreira,
Paulo França
1978
Projeto jornal escola e comunidade. A Tribuna: Uma experiência de educação | Arminda Tereza dos Santos Costa
1985
Conselheiros de escola e aprendizagens necessárias à prática democrática | Cileda dos Santos
Sant’Anna Perrella 1993
A educação não formal e informal na escola através de programas de assistência estudantil: O caso do Instituto Federal do RN Brasil | Monica Araújo da Costa Nunes Dantas, Eduardo
Janser de Azevedo Dantas
2001
A educação formal e não-formal no mesmo espaço | Jorge Alberto Lago Fonseca 2011
Relação com o saber em espaços não formais de educação e suas potencialidades na melhoria da qualidade em escolas da periferia do Rio de Janeiro | Wania Gonzalez, Laélia
Portela Moreira
2018
Transição de ciclos, agrupamentos de escolas e inovação educacional: Contributos da investigação multimétodo | Maria Margarida da Rocha Barbosa, Rosa Maria Silva Sá, João Paulo
da Silva Miguel
2026
A relevância das atividades de enriquecimento curricular para a aprendizagem da música: Um estudo na transição do 1.º para o 2.º ciclo do ensino básico | Márcia Ribeiro, Ana Paula
Cardoso
2033
As atividades de enriquecimento curricular na área de música: Desmistificando o caráter “lúdico e informal” proposto nos documentos orientadores a partir de um estudo de caso |
Sónia Rio Ferreira, M. Helena Vieira
2039
Afetos ambientais na educação escolar Guarani | Rosemary modernel-Madeira, Malvina do
Amaral Dorneles
2048
A educação social nas interfaces do sistema educativo: Um estudo de caso de integração
escolar a partir do empowerment comunitário | Joana Faria
2061
Propósito de um programa de lazer no IFRN Câmpus Pau dos Ferros: Analisando a participação dos servidores/atores | Amilde Martins da Fonseca, Rosalva Alves Nunes, Maria
Custódia Jorge da Rocha
2069
Desenvolvimento de competências pessoais e sociais através do desporto em contexto escolar: Uma realidade, um exemplo,… | Alexandra Jesus, Maria João Rodrigues, Anabela Vitorino,
Carla Chicau Borrego
2079
A gestão dos tempos educativos não-formais e as atividades de enriquecimento curricular |
Paula Maria Sequeira Farinho
2092
Novos espaços e formas de aprendizagem: Contributos da mediação | Márcia Aguiar, Ana
Maria Silva
Introdução
José Augusto Palhares
Instituto de Educação, Universidade do Minho jpalhares@ie.uminho.pt
Almerindo Janela Afonso
Instituto de Educação, Universidade do Minho ajafonso@ie.uminho.pt
A realização do I Colóquio Internacional de Ciências Sociais da Educação, em articulação com o III Encontro de Sociologia da Educação, coincidiu com um dos períodos mais dilemáticos e contraditórios dos últimos anos no campo educativo português. Se, por um lado, o país assistiu a um ataque sem precedentes ao projeto democrático da escola pública, pondo em causa progressos significativos registados nas últimas décadas no acesso à escola e na diversificação de públicos e oferta formativa, tudo a pretexto da necessidade de racionalização da rede escolar, em grande medida forçada pela crise económico-financeira e pelo imperativo das medidas de austeridade; por outro lado, os dinamismos educativos e formativos que tinham eclodido nos vários espaços e tempos da
cidade foram, por sua vez, conquistando outros atores e fomentando novas abordagens
cognitivas do quotidiano. As ideologias da aprendizagem ao longo da vida entranharam-se no senso-comum e foram alimentando as expectativas legítimas de indivíduos e de instituições, dando a impressão que estaria em curso a “desformalização” da educação profeticamente anunciada no relatório Faure (1973) nos alvores da educação permanente. Fora do marco institucional da escola refulgiam-se experiências de educação e de aprendizagem na transversalidade das idades e fases de vida (muito embora mais intensamente entre crianças e jovens), dando expressão a toda uma miríade de possibilidades postas à disposição dos sujeitos para a construção diferenciada dos seus percursos de vida. Mas as escolas também se desensimesmaram e procuraram no exterior parcerias educativas, ao mesmo tempo que ofereciam atividades aos alunos sob a forma de clubes temáticos, projetos, desporto, expressões artísticas, entre outras atividades não diretamente articuladas ao core curriculum. No fundo, estes dinamismos educativos, na escola e para além dela, nas interseções e ensaios de intra e inter-contextualização do sujeito na cidade, suscitaram igualmente múltiplos olhares e interesses sobre os fenómenos
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em atualização no universo abrangente da Educação. Por conseguinte, a sincronia entre a
crise da escola e a maior visibilidade de contextos e processos de educação não-escolar
apontadas por Afonso (2001) tinham agora outros contornos de natureza e alcance diversos, provavelmente “mais amplos e heterogéneos” e a carecer de abordagens mais sustentadas teórica e empiricamente. E foi justamente para explorar os sentidos que se tecem e entrecruzam entre os centros e as periferias educativas, dando particular atenção às relações de força, às narrativas e significações sociais existentes e que se foram construindo entre ambos, que o I Colóquio/Encontro e as presentes atas se propuseram realizar, procurando-se, à partida, reposicionar o debate sobre as dimensões não-formais e informais em educação.
Este evento surgiu, assim, num momento em que o capital de conhecimentos e de saberes sobre o não-escolar começava a ganhar maior visibilidade, fazendo, por isso, todo o sentido apreender o pulsar teórico, empírico e reflexivo que se denotava de forma avulsa ou dispersa em outras reuniões e eventos científicos. O desafio também se colocava num plano de aferição da sustentabilidade das linhas de investigação trilhadas em torno daquelas dimensões educativas, sobretudo quando já então estava em curso o fim de programas (e.g. Novas Oportunidades, centros RVCC) que tinham propiciado novas experiências profissionais e inspirado muitas pesquisas ancoradas nos fundamentos da
perspetiva integrada da educação, em particular nos modos educativos não-formal e
informal.
Não obstante o interesse emergente dos investigadores portugueses em torno de objetos inscritos e/ou confluentes com a problemática do evento, cuidou-se desde o início em alargar além-fronteiras as possibilidades de participação, na tentativa de promover o cruzamento e o intercâmbio de saberes, contextos e situações, não considerando indistintos os olhares e os respetivos pontos de vista mas privilegiando a reflexão e o debate tendo por denominador comum as educações e as aprendizagens. Por isso mesmo, a comissão organizadora local fundada no Departamento de Ciências Sociais da Educação da Universidade do Minho e articulada com a Secção de Sociologia da Educação da Associação Portuguesa de Sociologia, congregou o apoio, no plano organizativo, da Asociación de Sociologia de la Educación (ASE, Espanha), conferindo ao evento um carácter internacional, repercutido não só na presença de conferencistas de renome mas também no número de participantes não portugueses. Fruto desta abertura e, eventualmente, da atratividade temática, registaram-se nos três dias do Colóquio/Encontro mais de cinco centenas de participantes, foram submetidas à apreciação da Comissão Científica mais de 400 propostas de comunicação e em relação a estas foram aceites 341 resumos de autores de várias proveniências, sobretudo do Brasil (56%), Portugal (39%) e outros países (Espanha, França, Itália, Reino Unido, Angola…, 5%). Foram efetivamente apresentadas 272 comunicações nos três dias, justificando-se a discrepância em relação ao número de resumos aprovados pela instabilidade gerada pelo pré-aviso de greve da transportadora aérea nacional (TAP) nas vésperas do evento e que afetou sobretudo algumas viagens transcontinentais planeadas por colegas do Brasil, de outros países da América Latina e de países africanos de expressão portuguesa. A estas desistências de última hora juntaram-se outras resultantes da não obtenção de financiamento para deslocação ao exterior de muitos investigadores pertencentes a estes contextos geográficos. As presentes atas/anais reportam-se apenas aos trabalhos que foram previamente submetidos para apreciação no âmbito das subtemáticas estabelecidas para apresentação das comunicações. Na base dos resumos aprovados, foram constituídas 69 mesas com a seguinte distribuição:
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Nº Mesas Nº Total de
comunicações
Nº comunic. Portugueses
Jovens, experiências e aprendizagens Movimentos sociais, ambiente e educação
Metodologias de investigação em educação não-formal e informal
Formação e aprendizagens em contexto de trabalho Territórios, cidade e serviços educativos
Culturas, turismo e lazer
Associativismo e dinâmicas educativas locais Culturas de infância, contextos e quotidianos Adultos idosos e educação
Tecnologias e redes de aprendizagem Outros espaços e tempos de aprendizagem
Painel extra: Educação formal, não-formal e informal: Notas para a reflexão a partir de projetos de intervenção social
5 6 5 11 5 3 4 6 2 5 16 1 25 30 25 54 23 16 19 30 9 25 82 3 11 4 10 23 10 2 8 12 5 11 33 3 69 341 132
O retrato que emerge desta distribuição dos interesses investigativos mostra-nos um subcampo (do não-formal e do informal) diverso e instável, ora situando os temas e problemas na torrente de medidas e programas políticos, na avaliação dos respetivos resultados e/ou experiências e na prospeção dos sentidos que tais orientações repercutem na ação quotidiana das pessoas, ora convergindo na exploração de novas possibilidades abertas pela propalada sociedade do conhecimento e da aprendizagem, ora esboçando novas leituras educativas nos espaços e tempos da cultura escolar, ora, ainda, sedimentando abordagens em torno de contextos, processos e projetos situados à margem e além da escola. O confronto entre “olhares” portugueses e brasileiros fez multiplicar o leque de situações, de atores e de contextos passíveis de pesquisa, muito embora não tenha feito diferir substancialmente entre ambos a distribuição das propostas de comunicação pelas subtemáticas apontadas. Do lado brasileiro, realça-se a ênfase colocada nas pesquisas em torno dos “movimentos sociais, ambiente e educação” e nas “culturas, turismo e lazer”, constituindo a primeira subtemática uma das que mais consistentemente tem marcado naquele país a investigação no subcampo do não-escolar. Por sua vez, do lado português, os interesses parecem pender mais para as questões relativas à “formação e aprendizagens em contexto de trabalho”, dando expressão a tópicos como a construção das identidades profissionais, o advento da ideologia das competências, os Centros de Novas Oportunidades, a formação em contexto de trabalho, entre outros. Os interesses de pesquisa em ambos os lados do Atlântico não se esgotaram nos subtemas propostos, a tal ponto que a indistinta subtemática “outros espaços e tempos de aprendizagem” abarcou o maior número de resumos. Porém, longe de se entender este volume de contributos como uma menos-valia, a miscelânea que a caracteriza é sintomática, a nosso ver, do entendimento amplo e abrangente dos sentidos do não-formal e do informal em educação, levando, inclusive, muitos autores a perscrutar a realidade sem a démarche apriorística de problematização de rótulos e tipologias instalados. E por conseguinte, também neste sentido se orientou o Colóquio/Encontro ao erigir como primordial a necessidade de se aprofundar a reflexão sobre as potencialidades heurísticas do universo tripartido da educação (formal, não-formal e informal), sem ignorar a genealogia conceptual e a historicidade que o marcou no último meio século mas procurando, simultaneamente, identificar e libertar novas epistemologias entrosadas nas dinâmicas educativas das sociedades atuais.
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Os textos que integram esta publicação, em três volumes, foram aqueles que nos chegaram no tempo e nas condições estipuladas pela Comissão Organizadora. A quantidade da informação envolvida no processo de edição e algum cuidado posto na uniformização dos elementos gráficos e textuais, sobretudo no que concerne às regras de citação e referenciação bibliográficas, implicou uma demora não prevista na disseminação dos vários contributos teóricos e empíricos. Mesmo assim, estamos em crer que este produto brevemente se tornará um recurso bibliográfico de consulta e de leitura exploratória para quem já está ou decidir entrar no subcampo educativo da educação não-escolar. Se o Colóquio/Encontro já foi fértil no cruzamento de saberes e experiências investigativas, assim como no equacionamento e sinalização de percursos possíveis na sedimentação de abordagens críticas nas vertentes não-formais e informais da educação, também este extenso documento nos poderá ajudar a descodificar o papel das múltiplas
periferias educativas na construção das subjetividades e das cidadanias, ao mesmo tempo
instigando a usar ferramentas analíticas que permitam repensar o centro e apreender os seus dinamismos, muitos dos quais periféricos, em transição para novas ou renovadas centralidades...
Referências Bibliográficas
Afonso, Almerindo J. (2001). Os lugares da educação. In: Olga R. von Simson, Margareth B. Park, Renata S. Fernandes (orgs.), Educação não-formal. Cenários da criação (pp. 29-38). Campinas: Editora da Unicamp.
Faure, Edgar, Herrera, Felipe, Kaddoura, Abdul-Razzak, Lopes, Henri, Petrovski, Arthur, Rahnema, Majid, Ward, Frederick (1973). Aprender a ser. La educación del futuro. Madrid: Alianza Editorial / UNESCO (edição original francesa em 1972).
Braga, Inverno de 2013
José Augusto Palhares Almerindo Janela Afonso
Jovens Experiências e Aprendizagens | ISBN: 978-989-8525-27-7
Centralidades e periferias nos discursos de jovens sobre seus
percursos e experiências escolares
Carolina Santos
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto carol.uerj@hotmail.com
Thiago Freires
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto freiresle@gmail.com
Soraia Sousa
Faculdade de Letras da Universidade do Porto soraiafilipa.sousa@gmail.com
Fátima Pereira
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto fpereira@fpce.up.pt
Esta investigação desenvolve-se no âmbito do projeto “A centralidade da experiência escolar na estruturação da vida dos jovens” inserido no programa pluridisciplinar Investigação Jovem da Universidade do Porto, em parceria da Faculdade de Psicologia e de Ciêncas da Educação e do departamento de Sociologia da Faculdade de Letras. O objetivo do estudo passa por analisar centralidades e periferias que marcam pela forte presença, ou cuja ausência se mostra significativa, nas experiências escolares de jovens. Os sujeitos da investigação são estudantes do 9º ano em oito escolas públicas de agrupamentos do Norte de Portugal. Reconhecendo o aluno como relevante ator do sistema educativo, valorizamos a sua voz (Flutter e Rudduck, 2004) numa metodologia que recorre às narrativas biográficas como possibilidade de compreensão da realidade e construção de conhecimento (Clandinin e Connelly, 2011; Pereira, 2010). A partir das narrativas dos estudantes, torna-se possível perceber como estes sujeitos significam suas experiências escolares, de modo que as organizamos neste artigo sob uma perspetiva das influências e articulações entre o formal e o informal, para assim mapear os efeitos que essa conjunção reflete na história de vida destes alunos. Através de seus discursos, percebemos como estes significam os diálogos que têm com outros atores da educação, quotidianamente. Desta forma, práticas escolares são ressignificadas e podem ser pensadas por um ângulo que enfatiza a relação entre jovens, experiências e aprendizagens pela voz do sujeito que a vive em primeira pessoa. A partir dos resultados iniciais desta investigação, podemos afirmar que dentre as questões centrais das narrativas estão a forma como se estabelece o vínculo afetivo entre os alunos e professores e funcionários, apontado como fator decisivo para o sucesso escolar (Freire, 2005), a construção da figura do bom professor a partir das experiências particulares dos alunos (Day, 2001) e a fortemente evidenciada relação intrínseca entre percursos escolares e histórias de vida, numa lógica que denuncia os laços entre a educação formal e a informal, indissociáveis na vida escolar e pessoal do aluno. Assim, vemo-nos autorizados, a partir da voz destes estudantes, a construir um quadro teórico que permite ler a identidade multifacetada da escola por meio de elementos que sustentam a tensão entre o desdobramento de novas relações dos atores educativos, numa perspectiva de transformação, e o reforço de tradições pedagógicas, metodológicas e disciplinares que engessam e interferem negativamente na forma como se sente os efeitos da escolaridade (Abrantes, 2003).
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Contextualização teórica e metodológica: Centralidades e periferias do projeto
Este artigo resulta de uma investigação sobre os efeitos da escolaridade no percurso de vida de alunos, realizada junto a oito agrupamentos escolares de Portugal, no âmbito do Observatório da Vida nas Escolas e do Projeto Pluridisciplinar de Iniciação à Investigação da Universidade do Porto1. A discussão passa por perceber os papeis e significações do formal e do informal, bem como suas articulações no contexto de formação dos estudantes, a partir da voz dos alunos. Para isto, recorre-se à análise de 34 entrevistas com estudantes do 9º ano de escolaridade, que revelam a importância e o interesse de determinados aspetos educacionais tanto pela menção direta a estes, por meio de respostas a perguntas pontuais, quanto a partir das entrelinhas que os ditos e os não ditos permitem compreender. Assim, abordamos as questões da formação em sala de aula e fora dela, o lugar do formador e suas representações, bem como as confluências entre a vida familiar e a vida escolar dos estudantes, vinculando os efeitos que elas detêm no percurso dos estudantes.
O pensar a educação exige o reconhecimento de marcas que são temporais, locais e sociais, intrínsecas aos processos educativos e suas disposições (Amado e Boavida, 2006). Diante de transformações implicadas em novas configurações identitárias e em novas condições socioculturais e económicas, geradas pelo contexto social atual, cabe perceber como o quotidiano da escola, das crianças e dos jovens, dos professores e das famílias é afetado de modo a instabilizar as práticas escolares, emergindo então uma necessidade de legitimar novos mandatos institucionais, em que as dimensões das relações educativas, dos saberes escolares, da organização institucional e do lugar social da educação escolar sejam consideradas. Do mesmo modo, vale verificar como se desenha o papel da informalidade na construção educativa e que espaço ela vai ocupando na vida dos estudantes.
Historicamente, a tarefa de se desenvolver e dinamizar novos mandatos institucionais no campo da educação deixou de lado uma das vozes que compõem a polifonia educacional, a dos alunos (cf. Pereira, 2010). Apesar de nos anos de 1970, na Inglaterra, surgir um movimento de investigação sobre aquilo que o corpo discente tinha a dizer, foi somente nos idos dos anos de 1990 que a epistemologia da escuta discente ganhou propulsão (Teixeira e Flores, 2010) sob a forma do que agora conhecemos como a “voz do aluno”.
Além de se configurar como uma opção simultaneamente epistemológica e ética, essa corrente de estudos consagra também uma dimensão democrática da escola, uma vez que se observam considerações e opiniões dos alunos nas decisões tomadas no ambiente escolar, atribuindo a estes, nessa instância, um protagonismo na gestão educativa (Flutter e Rudduck, 2004). O trabalho de se fazer perceber na dinâmica escolar, aliás, importa especialmente porque significa ter consciência da capacidade de contribuir para a melhoria do sistema educativo (Rudduck e Flutter, 2004).
Permeada pelo referencial teórico apresentado, recorremos às ideias de Pendlebury e Eslin (2002) de que “é importante distinguir a investigação conduzida sobre seres humanos da que é realizada com seres humanos: o ‘sobre’ faz desses seres objetos de investigação, enquanto o ‘com’ implica uma relação participativa e, pelo menos, algum grau de reciprocidade” (citado por Lima, 2006, p.134). Assim, partimos de uma ideia de alteridade que enxerga os sujeitos da investigação como um outro participante da pesquisa.
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O projeto intitula-se “A centralidade da experiência escolar na estruturação da vida dos jovens: narrativas biográficas de alunos/as do 3º CEB” e é coordenado pela Prof.ª Doutora Fátima Pereira.
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Foram realizadas 34 entrevistas de tipo biográfico com alunos do 9º ano das escolas participantes. O guião da entrevista semiestruturada foi elaborado pensando na caracterização não só dos/as alunos/as, mas na relação desses/as mesmos/as alunos/as com a escola. As entrevistas, feitas por profissionais da escola que não tivessem relação de avaliação com os alunos, foram transcritas e submetidas a análise de conteúdo. Reforça-se que todos os dados relativos à identificação dos alunos foram suprimidos e os nomes usados neste artigo são fictícios.
Percursos educativos: O não formal e o informal na formação
Na sociedade da informação, o ensino transcende as fronteiras tradicionais da escola enquanto instituição, invadindo outros espaços e contextos educativos diferentes. A modernidade é caraterizada pela mudança e pela implementação de novas formas de saber mais instantâneas, uma vez que as reformas educativas acompanham as novas exigências da educação/formação dos indivíduos auxiliando-se das inovações conduzidas pela globalização. Este novo formato de educação prolonga-se ao longo da existência do indivíduo, afetando a vida de cada pessoa, uma vez que ela capacita uma aprendizagem e acumulação de saberes ao longo da vida. A educação formal e a não formal asseguram-se em momentos bem definidos.
A escola deixou de ser um espaço hegemónico da educação/formação dos seus alunos. O conhecimento é hoje, cada vez mais adquirido em espaços partilhados e em modalidades diversificadas. Neste sentido, a educação não formal reúne práticas atrativas e motivadoras para os alunos, que devem ser articuladas ao nível do projeto educativo e/ou curricular.
A escola toma um lugar significativo na educação e formação, principalmente, no âmbito da educação formal. Paralelamente surge a educação não formal que se focaliza na aprendizagem associada à satisfação de determinados objetivos e necessidades dos próprios estudantes. A emergência desta nova forma de produção de saber é referente às instituições, atividades, a meios e âmbitos educativos que não são intrinsecamente escolares. O próprio desenvolvimento da escola possibilitou a inclusão lenta de prática e atividades educativas, onde se misturam três tipos de educação: a educação formal, a educação não formal e a educação informal.
No que tange à prática de atividades desenvolvidas e oferecidas pela instituição escolar, percebe-se que, nas entrevistas, a maioria dos estudantes frequenta ou já frequentou atividades extracurriculares. As experiências mais citadas referem-se ao desporto: ténis, caminhadas, patinagem, karaté e futebol. No entanto, os alunos mencionam ainda a participação em outras atividades como o livro da escola, o clube de crochet, xadrez ou a horta pedagógica. Por sua vez, o que observamos é que predomina uma forte dificuldade em conciliar estas atividades e as aulas. Os discentes descrevem que, muitas vezes, abandonam estas práticas por falta de tempo, a educação formal deixa pouca margem para a realização de aspetos complementares: “Nós depois saímos, porque nós depois não tínhamos muito tempo para almoçar, depois acabamos por sair (…)”; “Este ano fui outra vez, mas depois tive de sair por causa do meu horário (…)”. É verdade que a escola tem realizado mudanças notórias ao nível da educação, associando-se a novas formas de saber, contudo ainda pré-existem falhas. É importante ter em atenção a voz dos alunos e encontrar as suas expectativas e necessidades. São os principais informantes que permitem a funcionalidade da escola. Apesar das mudanças a que a sociedade tem
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assistido, ainda é notável como a educação formal é aquela que prevalece à educação não formal e informal; os alunos apenas se esforçam por manter as atividades que lhes dão uma garantia de formação que assista no currículo. Temos como exemplo estudantes que afirmam procurar novas formas de aprendizagem fora do âmbito escolar, como forma de complemento ao conhecimento proporcionado pela escola: “Eu tenho aqui na escola aulas em inglês e acho que para base isso é ótimo, mas eu também tenho a oportunidade de estudar noutra escola estrangeira e eles lá… os professores são mais… (…) E os professores lá são mesmo ingleses”. Esta aposta de uma aprendizagem complementar foca-se no objetivo de concretizar os objetivos futuros a nível profissional.
Torna-se evidente a abertura da escola a novos projetos e campos de intervenção: sociais, cívicos e culturais. “[As escolas] afinal são um sítio para nos educarmos e se não tivéssemos essa noção seriamos todos delinquentes, mesmo que já sejamos um pouco…” (João). A educação passou a ser uma instância plural, permanente ou contínua do estudante. “A complexidade social, a globalização e o desenvolvimento da inovação tecnológica, acarretam a necessidade de novos conhecimentos adquiridos em formas mais flexíveis e constante de educação/formação (…)” (Martins, 2006, p. 81). Quando o entrevistador questiona o discente acerca da sua vivência escolar nos últimos cinco anos, muitos consideram que a escola tem sido um grande apoio para o futuro que os espera - “(…) a escola fornece-nos as bases nós é que temos de fazer o resto” (João). Em geral todos os entrevistados sentem-se satisfeitos e apoiados pelas escolas onde realizam a sua formação. Face ao modo como o saber é exposto, os alunos defendem que a forma de aprendizagem podia ser muitas vezes, mais dinâmica e prática. Relativamente ao acompanhamento que a escola faz com as transformações que são sentidas em sociedade, os estudantes consideram que a instituição comporta novos métodos de aprendizagem, como é de exemplo os quadros eletrónicos, porém estes não são muito utilizados pelos docentes, estes apenas se auxiliam de computadores ou projetores. Uma aluna comenta “Houve a mudança de instalações, tanto a nível tecnológico, a introdução de computadores, de projetores (…) O quadro interativo não”. A verdade é que as instituições escolares acompanham teoricamente as necessidades dos alunos e as novas inovações, suportando-se desse material e de novas formas de aprendizagem; o problema situa-se ao nível da aplicação prática. Durante as entrevistas, os estudantes referem que gostavam de ter a possibilidade de poder aprender fazendo. Ainda é difícil passar de uma lógica tradicional de expor o saber para um método moderno mais rápido.
É interessante observar que a escola ainda apresenta algumas deficiências no programa educativo, porém denota-se que a realidade é cada vez mais perpetuada por um conjunto de três educações que se combinam na produção de conhecimento. A escola tem incorporado atividades extracurriculares à formação dos estudantes, que se transformam em aprendizagens abertas em contextos diferentes. Uma aluna defende que “aquelas atividades de entretenimento (…) também servem para nós ficarmos… interagirmos mais uns com os outros” (Luísa) enquanto outra fica a desejar novas linhas de acompanhamento – “Há muitas atividades extracurriculares, mas mais para o final do ano no âmbito da disciplina de educação física, mas não há mais (…) é mais comum nas outras escolas normalmente é a participação e assistência a palestras e comunicações” (Matilde). A escola foi-se desenvolvendo em prol dos requisitos da globalização e da sociedade da informação e comunicação, facilitando a emergência de novos métodos e funções formais e não formais, que se atribuem como complemento à escolarização convencional.
As intersecções entre o formal e não formal também se aliam com a própria dimensão dos ambientes de aprendizagem que os estudantes desejam ter e o tipo de