Imunidade do ICMS nas vendas
para a Zona Franca de Manaus
Zona Franca de Manaus (ZFM) abrange 3 frentes da economia brasileira.Nascida de um projeto de desen-volvimento ambicioso, a Zona Franca de Manaus (ZFM)
abrange 3 frentes da economia brasileira. A primeira delas se refere ao setor comercial, en-quanto a segunda contempla as indústrias e a terceira se refere ao setor agropecuário.
Com relação ao comércio, você sabia que os produtos vendidos na região da ZFM podem ser isentos da cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)?
Com isso, muitos empresários podem melhorar significativa-mente o seu lucro, já que se livram do referido imposto. Além disso, ao considerar a ZFM como destino da pro-dução, as empresas colabo-ram para o desenvolvimento da região Norte do Brasil.
você sabia que os
produtos vendidos na
região da ZFM podem
ser isentos da
cobrança do ICMS?
cobrança
de icms
Essa contribuição não deve ser ignorada, já que se trata de uma das regiões mais car-entes do país. Portanto,
adotar a ZFM como destino das mercadorias produz benefícios tanto para você, empresário, como para a pop-ulação local dos estabeleci-mentos de destino dos produ-tos.
Mas como funciona essa
política de isenção do ICMS? Como se beneficiar dela? Quem pode ajudar a sua em-presa a conseguir essa impor-tante desoneração tributária? Nós responderemos a essas perguntas na sequência. Acompanhe!
A ZFM surgiu via publicação de um decreto no ano de 1971. O grande objeti-vo da empreitada era incentivar o desen-volvimento socioeconômico da região. Como se sabe, uma das melhores manei-ras de se atrair empresas para uma região é por meio da implantação de uma política de isenção fiscal. Não à toa, existe uma espécie de “guerra fiscal” entre os estados brasileiros.
A ZFM é um caso especial, pois a atração de indústrias e empresas era fundamental para integrar a região ao restante do país. O fato é que a ZFM é uma área de livre comércio, algo que também reverbera sobre as políticas de exportação.
O que é a
desoner-ação tributária do
ICMS no comércio
da Zona Franca
de Manaus?
A desoneração tributária pratica-da lá é diferenciapratica-da, justamente para que haja condições de se formar um polo industrial. Ao lado do fluxo de insumos, há o comércio local. Os empresários desses dois setores (industrial e comercial) só têm a ganhar.
Afinal, o incentivo fiscal na região deve perdurar até o ano de 2073. É importante notar, todavia, quais são as cidades beneficiadas pela isenção do ICMS na ZFM: • Eva;
• Rio Preto;
• Presidente Figueiredo; • Manaus.
Antes, alguns insumos e mer-cadorias tiveram a imunidade do ICMS cancelada na Zona Franca de Manaus. Entre esses insumos, estavam o fumo e o açúcar da cana.
Porém, o cancelamento foi revisto pelo Supremo Tribu-nal Federal (STF). Então, o órgão retornou a autorização da desoneração tributária para os referidos itens.
Quais
mercadorias
não podem
ser isentas
do ICMS na
ZFM?
Existem algumas táticas que as empresas podem usar para enxugar os gastos. Uma delas é a aquisição de insumos que apresentem a melhor relação custo-benefício. Outra prática muito utilizada é a desoner-ação tributária proporciona-da pela exportação de merca-dorias.
Nas duas situações acima, há a possibilidade de melhorar os lucros da organização. A desoneração tributária do ICMS é outra forma
interes-Como o
empresário
pode usufruir
desse tipo de
desoneração
tributária?
sante de economizar recursos financeiros. No entanto, para conseguir o benefício a empresa deve respeitar uma série de critérios, como:
• o produto destinado à Zona Franca de Manaus deve ser pro-duzido em território nacional — ou seja, produtos importados são desconsiderados na isenção do ICMS;
• a comercialização deve ocorrer em um dos municípios mencionados anteriormente, sem exceções;
• autenticação das mercadorias em questão, confirmando que elas foram recebidas pelo estabeleci-mento de destino da ZFM;
• abatimento do ICMS no
preço convencional (com o impos-to) de comercialização do produ-to;
• detalhamento de todos os valores relacionados ao ICMS e retirados dos preços dos produtos na documentação fiscal exigida pela legislação vigente;
• o estabelecimento de destino das mercadorias precisa possuir inscrição e autorização de funcio-namento concedida pela Suframa (Superintendência da Zona
Franca de Manaus). O cumpri-mento dessa exigência é funda-mental para a finalização do pro-cesso de verificação e liberação dos produtos envolvidos na oper-ação.
Os produtos destinados à comercialização na Zona Franca de Manaus e com di-reito ao abatimento total do ICMS também devem exibir particularidades na emissão da nota fiscal. Neste item, todo cuidado é pouco para que cada pormenor legislativo seja concretizado.
Em primeiro lugar, a empre-sa deve se atentar ao preen-chimento do campo CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações). Ele se refere ao registro e controle de entradas
Qual é o
procedimento
legal para
emissão de
nota fiscal?
e saídas de produtos que trafe-gam entre municípios e estados. No caso das mercadorias envia-das para a ZFM, a empresa deve fornecer os códigos 6.109 ou 6.110. Eles abrangem a
comercialização de mercadoria industrializada ou a ser revendi-da em uma revendi-das cirevendi-dades cobertas pela ZFM.
Outro ponto decisivo para a concessão da isenção tributária desejada é o preenchimento cor-reto da aba dados adicionais. Aqui, o empresário deve ficar
muito atento às informações forne-cidas no campo informações com-plementares. São elas:
• apresentação da identificação de cadastro do estabelecimento comercial da ZFM junto à Sufra-ma;
• o total de ICMS a ser deduzi-do deduzi-do preço deduzi-dos produtos — a apresentação dos valores, con-forme já abordado anteriormente, deve ser extremamente detalhada; • menção direta à frase “is-enção do ICMS”, de acordo com exigência legal;
• ano e registro do produto junto à Pexpam (Programa Espe-cial de Exportação da Amazônia). Nestes casos, trata-se somente dos produtos previamente autorizados pela Suframa a participarem do referido programa de mercadorias voltadas à exportação.
Cabe ainda uma observação importante relacionada à NF-e (nota fiscal eletrônica): o abatimento do ICMS deve constar na área valor do ICMS desonerado. Deve-se também relatar o motivo da isenção nos campos apropriados e com os devidos códigos para tal — em caso de dúvida, é necessário consultar o MOC (manual de orientação do contribuinte).
Como você pode notar, existem
diversas maneiras legais de conseguir a isenção de determinados tributos. A exportação, por exemplo, é uma operação que oferece alguns incenti-vos fiscais.
Se a sua empresa é exportadora, o segredo do sucesso depende da união entre a seleção dos melhores insumos e a redução da carga tributária.
No mercado interno, a ZFM repre-senta uma das alternativas mais interessantes quanto à diminuição dos impostos. Contudo, os procedi-mentos são repletos de minúcias complicadas.
Quem pode
ajudá-lo a
conseguir esse
benefício de
forma legal e
eficiente?
Para economizar tempo e dinheiro, você precisa contar com o suporte de um advo-gado tributarista experiente e com ampla reputação no mercado.
Esse profissional está totalmente apto a orientá-lo corretamente, evitando
qualquer tipo de equívoco que venha a comprometer a isenção tributária almeja-da.
Portanto, ele sempre deve ser a primeira pessoa consultada em qualquer caso que envolva a isenção de ICMS. Naturalmente, o raciocínio também se aplica a outros tributos. Por fim, o advogado tributarista precisa agir como um verdadeiro parceiro estratégico da sua empresa.
Fundado por Francisco Arquilau de Paula, o escritório abriu suas portas na Rua José de Alencar, no Edifício Simeão, no Centro de Porto Velho, em março de 1971. Em 1980, mudou-se para o primeiro edifício de Porto Velho, primeiro centro empresarial da capital, o Edifício Rio Madeira, localizado na Travessa
Gua-poré, também no centro da cidade. Com o aumento das áreas de atuação e do número de profissionais, no início da década de 90, mudou-se para o bairro do Caiari, bairro mais tradicional de Porto Velho, onde
possui sua sede própria.
Sócio fundador, Arquilau de Paula formou-se bacharel em Direito pela Universidade Federal do Estado do Pará, em 1970, sendo Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais.