Regulamento de Utilização do Centro Náutico de Cheoc-Van
1o Objecto
1 O acesso, a permanência e a utilização das instalações do Centro Náutico de
Cheoc-Van, adiante designado por Centro, afecto ao Instituto do Desporto do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), adiante designado por ID, rege-se pelo disposto neste regulamento.
2 O presente regulamento não prejudica a aplicação das leis da RAEM e das
normas gerais de utilização das instalações desportivas afectas ao ID ou o exercício das competências próprias da Capitania dos Portos e dos Serviços de Alfândega.
2o
Âmbito de aplicação
Este regulamento é aplicável a todas as pessoas, individuais ou colectivas, e coisas que se encontrem, a qualquer título, na área do Centro ou nas suas áreas complementares.
3o Acesso
1 Só é permitida a entrada no Centro a quem esteja devidamente autorizado para tal,
competindo ao pessoal de serviço no Centro impedir a entrada, ou exigir a saída do Centro, de quem não cumpra as condições estabelecidas neste regulamento.
2 As pessoas a quem seja autorizado o acesso ao Centro estão obrigadas à
apresentação do seu documento de identificação, para efeitos de registo.
3 O proprietário de embarcação deve identificar-se como tal junto do pessoal de
serviço, entregando o cartão de membro emitido pelo ID, que lhe será restituído à saída do Centro.
4 À excepção dos portadores do cartão de membro, dos elementos das associações
desportivas reconhecidas e das pessoas autorizadas pelo pessoal de serviço, o acesso ao Centro das restantes pessoas implica o pagamento das respectivas taxas.
5 As instalações do Centro podem ser utilizadas pelas embarcações de recreio e
pelas pessoas embarcadas, assim como pelas embarcações da RAEM sempre que necessário.
7 É vedado o acesso ao Centro fora do horário normal de funcionamento, salvo
autorização especial do pessoal de serviço.
8 É vedado o acesso e a permanência no Centro aos reboques e às pessoas que não
cumpram o disposto no presente Regulamento.
9 Em situações especiais, pode ser vedado o acesso de quaisquer pessoas,
nomeadamente, durante a organização de competições e actividades desportivas, de obras de reparação ou obras de dragagem do porto, entre outras.
10 O pessoal de serviço no Centro tem autoridade para ordenar a evacuação de
quaisquer pessoas, animais ou objectos, sempre que tal se mostre necessário.
4o
Formalidades e manobras de entrada e saída para o mar
1 Os lugares de estacionamento destinados a embarcações motorizadas (incluindo
motos de água) ou não motorizadas poderão ser disponibilizados mediante o pagamento da taxa de utilização prevista na Tabela de Taxas em vigor, publicada no Boletim Oficial da RAEM.
2 A admissão de embarcações no Centro está sujeita ao cumprimento do presente
regulamento, da legislação em vigor e dos requisitos emanadas pela Capitania dos Portos e pelos Serviços de Alfândega e à apresentação dos seguintes documentos:
i) Certidão do registo comercial da embarcação; ii) Bilhete de identidade válido;
iii) Documentos previstos no n.o 1 do artigo 23.o do Regulamento da Náutica de Recreio (Decreto-Lei n.o 82/99/M, de 15 de Novembro):
a) Livrete da embarcação; b) Carta de desportista náutico; e
c) Apólice de seguro de responsabilidade civil.
3 Os documentos referidos no número anterior devem ser apresentados novamente
sempre que se verifique qualquer actualização, alteração ou renovação dos mesmos.
4 Salvo causa justificativa,a manobra de embarcações pelo proprietário deverá ser
comunicada previamente ao pessoal do Centro.
5 Sete dias úteis antes da saída da embarcação para o mar, o proprietário deverá
obrigatoriamente remeter o pedido de reserva ao Instituto do Desporto e preencher o formulário de marcação prévia de navegação, sob pena de não ser autorizada a respectiva saída.
6 Todos os utentes devem apresentar-se ao pessoal em serviço do Centro a fim de
efectuarem o registo das informações, preenchendo a folha de registo existente para o efeito, antes e depois da prática das actividades náuticas.
do Centro.
8 Na entrada/saída da embarcação por guindaste, só o piloto está autorizado a
permanecer na mesma, devendo o embarque/desembarque da restante tripulação ser feito através de plataforma própria.
9 A entrada/saída da embarcação no Centro será feita obrigatoriamente pelo
proprietário, que a transfere da zona do guindaste para a zona do parqueamento e vice-versa; o pessoal de serviço do Centro limita-se a proporcionar a utilização do guindaste para os devidos efeitos.
10 O proprietário deve adoptar as medidas de segurança necessárias na mudança ou
na transferência da embarcação do Centro, sendo responsável pelos danos causados nos equipamentos do Centro ou pelas lesões provocadas ao pessoal de serviço, aos utentes, aos visitantes e aos atletas, entre outros, que sejam derivadas dos trabalhos referidos.
11 O proprietário deve cumprir as indicações do pessoal de serviço do Centro,
aquando da entrada/saída da embarcação.
12 Será autorizada a saída para a água depois de o utente se assegurar que a
embarcação se encontra devidamente apetrechada, em bom funcionamento e nas devidas condições.
5o Observações
1 É proibida a utilização de embarcações ou outros equipamentos sem autorização
prévia dos proprietários.
2 Quando os sinais de trovoada e de chuva intensa ou o sinal n.o
3 ou superior de tempestade tropical estiverem içados, os utentes deverão suspender todas as actividades náuticas, caso contrário assumirão todas as responsabilidades.
3 As actividades náuticas são da responsabilidade das associações desportivas
reconhecidas.
4 Só é autorizada a utilização de embarcações pelos portadores de carta de
desportista náutico, independentemente de serem ou não proprietários.
5 Consideram-se embarcações aquelas que são, exclusivamente, utilizadas na
prática da pesca desportiva ou de simples diversão sem quaisquer fins lucrativos, sendo proibida a utilização das mesmas para o desenvolvimento de quaisquer actividades comerciais.
6 Para efeitos de estacionamento no Centro, as embarcações não podem exceder os
9 (nove) metros de comprimento.
7 Cada lugar de estacionamento disponibilizado apenas permite o estacionamento
de uma embarcação ou moto de água.
9 Durante a prática de actividades náuticas, o utente é responsável pela sua própria
segurança; qualquer incidente relacionado com as actividades náuticas é da responsabilidade do próprio utente.
6o Deveres
1 Durante a sua permanência no Centro, os proprietários, atletas, utentes e
visitantes devem:
i. Respeitar as regras de navegação e manobra;
ii. Manter as embarcações bem amarradas nos lugares próprios;
iii. Manter o aspecto exterior das embarcações devidamente limpo e
arrumado;
iv. Respeitar as regras de boa vizinhança;
v. Observar as regras que forem estabelecidas pelo ID e afixadas no
Centro;
vi. O proprietário deve efectuar saídas periódicas da embarcação para o
mar (pelo menos 2 vezes por ano), caso a embarcação mantenha num estado estacionário por longo tempo, o lugar de estacionamento deve ser cedido a outros utentes da lista de espera;
vii. Facilitar em todas as circunstâncias, mesmo quando amarradas, o
movimento das outras embarcações, cumprindo as indicações do pessoal de serviço no Centro;
viii. Fechar devidamente as embarcações e guardar convenientemente os
acessórios, ferramentas e materiais que sejam da sua propriedade;
ix. Acompanhar os respectivos visitantes, convidados e fornecedores ou
prestadores de serviços, sendo solidariamente responsáveis pelos actos por estes praticados.
x. Quando os sinais de tempestade estiverem içados, cabe aos proprietários
das embarcações tomar as precauções adicionais que julguem necessárias.
2 Os proprietários das embarcações devem comunicar aos serviços administrativos
do Centro a forma e o local em que podem ser contactados, ou quem os possa representar em caso de necessidade.
3 O Centro e o ID não poderão ser, em caso algum, responsabilizados por quaisquer
furtos, roubos, danos ou deteriorações ocorridos em consequência do não cumprimento desses deveres pelos proprietários, atletas, utentes e visitantes ou por força maior de natureza.
Proibições 1 Durante a permanência no Centro não é permitido:
i. Despejar quaisquer águas sujas directamente para o porto, contrariamente às normas aplicáveis em matéria contra a poluição marítima;
ii. Despejar óleos, sujidades ou quaisquer objectos fora dos recipientes
apropriados existentes no Centro ou zonas confinantes;
iii. Ensaiar motores e executar quaisquer trabalhos no interior do Centro
que possam causar incómodos a outras pessoas fora das horas de funcionamento, salvo autorização expressa dada pelo responsável do ID;
iv. Causar obstáculo à livre manobra de embarcações;
v. Executar trabalhos nas embarcações por terceiros não tripulantes; vi. Exercer qualquer actividade comercial ou publicitária, salvo autorização
expressa do ID;
vii. Utilizar ou circular com viaturas na zona envolvente das portas de
acesso, salvo autorização dada caso a caso pelo responsável do Centro ou seu representante;
viii. Fazer barulhos audíveis com os aparelhos sonoros no interior do Centro
que possam causar incómodos a outras pessoas fora das horas de funcionamento, salvo autorização expressa dada pelo responsável do ID;
ix. Fazer fogo a nu a bordo ou no Centro;
x. Desenvolver quaisquer actividades que provoquem maus cheiros; xi. Utilizar a embarcação como residência permanente;
xii. Deixar a embarcação danificada e abandonada no Centro.
2 As restrições referidas nos números anteriores são aplicáveis aos proprietários,
tripulação e pessoas embarcadas e ainda aos seus visitantes e quaisquer pessoas, designadamente, fornecedores ou prestadores de serviços a quem seja autorizado o acesso ao Centro a pedido do proprietário ou do responsável pela embarcação estacionada.
8o
Remoção de embarcações
1 A violação das proibições e dos deveres previstos nos artigos anteriores confere
aos responsáveis do Centro a faculdade de ordenar aos infractores que se retirem das instalações.
2 Quando circunstâncias de imperiosa necessidade de serviço ou o estado do tempo
outros, a qual será assegurada pelos serviços do Centro, na impossibilidade de notificar o proprietário.
3 As despesas realizadas com a remoção, reboque e depósito das embarcações,
ordenadas nos termos dos números anteriores, serão suportadas integralmente pelos respectivos proprietários.
4 Se o proprietário pretender remover, temporariamente, a sua embarcação das
instalações do Centro, deve dar conhecimento atempado e por escrito, com uma antecedência de sete dias úteis, ao departamento responsável do ID.
9o
Formalidades de saída do Centro
A saída do centro deverá verificar-se dentro do horário estabelecido no artigo 3.º, desde que o utente exiba ao pessoal de serviço o documento de saída ou o documento comprovativo que as suas contas se encontram devidamente regularizadas, emitidos pelo ID.
10o Taxas
A tabela de taxas de utilização do Centro Náutico de Cheoc-Van é publicada no Boletim Oficial da RAEM e afixada em local bem visível no Centro.
11o Pagamento
1 Caso o pedido de estacionamento de embarcação seja formulado pela primeira
vez, o valor da taxa do ano em causa será calculado proporcionalmente aos meses remanescentes e pago no momento da celebração do acordo nos termos da tabela de taxas publicada no Boletim Oficial da RAEM. Aquando da renovação do acordo, cabe ao segundo outorgante a formulação do respectivo pedido com uma antecedência de 60 dias antes do termo do prazo de locação existente e o pagamento da taxa do ano seguinte em conformidade com a tabela supramencionada, caso contrário, o acordo em vigor poderá caducar automaticamente no termo do prazo contratual, o primeiro outorgante notificará por escrito o segundo outorgante para a remoção da sua embarcação das instalações do Centro.
2 Se a falta de pagamento da taxa devida não puder ser notificada ao infractor por
causa que lhe seja imputável ou, quando notificado, o mesmo não regularize prontamente a situação, poderá a remoção da embarcação ser executada pelo ID, ficando os respectivos custos a cargo do proprietário ou responsável pela embarcação e pagos pelo valor afixado para reboque da embarcação pelo Centro.
exigir do proprietário a saída imediata da embarcação, e implica, além da rescisão do acordo, a remessa do caso aos serviços de administração fiscal para a cobrança coerciva da taxa.