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PSICOLOGIA I Serviço Social

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Academic year: 2021

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Os oito Estágios de Erik Erikson

Em 15 de junho de 1902 nascia na cidade de Frankfurt, na Alemanha, Erik Homburger Erikson.E faleceu aos 92 anos nos Estados Unidos. Ele foi o responsável pela Teoria do Desenvolvimento Psicossocial. De acordo com sua teoria, o desenvolvimento se dá por fases - não é fruto do acaso -

relacionadas ao meio que rodeia o indivíduo, e sua interação com o mesmo. 1- Confiança x Desconfiança (até um ano de idade)

O primeiro estágio ocorre a partir do nascimento e se estende ao longo do primeiro ano de vida da criança. A criança está completamente ligada à mãe, estabelecendo com ela sentimento de confiança e desconfiança. Da mãe a criança espera a satisfação de suas necessidaddes. Quando a mãe falta a criança esperimenta o sentimento de esperança, ela começa a esperar que a mãe volte, se isso acontece com freqüência há o desfecho positivo, a confiança é desenvolvida. Do contrário se a mãe não retorna ou demora muito. É o desfecho negativo, o que se desenvolve é a desconfiança.

2- Autonomia X Vergonha e Dúvida (segundo e terceiro ano)

O segundo estágio trás para a criança as normas de uma sociedade, e ela começa a perceber que algumas atitudes são aprovadas e outras censuradas. É neste momento que os pais surgem para ajudar a limitar essa exploração. Os pais fazem uso da vergonha e do encorajamento para dar nível certo de autonomia à criança enquanto aprendem as regras sociais. Neste estágio, o principal cuidado que os pais tem que tomar é dar o grau certo de

autonomia à criança. Se exigir demais ela verá que não consegue dar conta, e sua auto-estima vai baixar. Se for pouco exigida ela tem a sensação de abandono e de dúvida sobre suas capacidades.

3- Iniciativa X Culpa (quarto e quinto ano)

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pertimito e negado a ela fazer. A criança tem a possibilidade de

desenvolver mais iniciativa e experimentar menos culpa por seus impulsos. É neste período que as crianças ampliam seus contatos, fazem mais amigos, aprendem a ler e a escrever, fruto da energia proviniente da iniciativa. Os pais devem dar tarefas ao filho condizentes ao seu nível motor e intelectual. Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais. Se a sua curiosidade "sexual" e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos.

4- Construtividade X Inferioridade (dos 6 aos 11 anos)

Neste estágio no qual o corre junto à entrada na escola, mas antes da adolescência, a criança percebe que pode, ao interagir com o meio, produzir algo. Obviamente, sentir-se-á capaz com mais probabilidade do que nos estágios anteriores. Nos estágios anteriores experimentou

confiança (em relação à mãe), autonomia (em seu meio) e iniciativa ( no momento de decidir). É cahmado de estágio da indústria ( por ser capaz de produzir algo) e da inferioridade. Sentimentos de inferioridade poderão bloquear a criatividade desta criança, bloqueando sua capacidade de indústria. Surge o interessse pelas profissões e a criança começa a imitar papéis numa perspectiva imatura, mas em evolução de futuro. Por isso, pais e professores devem estimular a representação social da criança a fim de valorizar e enriquecer sua personalidade, além de facilitar suas relações sociais.

5- Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos)

É o estágio que marca a adolescência. Um estágio de formação e confusão de sua identidade. A confusão de identidade pode ocorrer quando as

próprias expectativas, as de seus pais e de seus pares entram em conflito. O adolescente se influencia facilmente pelas opiniões alheias, isso faz com

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estágio pode fazer o ego regredir como forma de fuga ao enfrentamento desta crise. Lealdade e fidelidade consigo mesmo são características do desfecho positivo desta etapa. estes sentimentos sinalizam a estabilização de seus propósitos e para o senso de identidade contínua.

6- Intimidade X Isolamento ( jovem adulto)

O sexto estágio ocorre, de forma aproximada, entre os 20 e os 30 anos. Nesse estágio o interesse além de profissional, também é em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento. O isolamento pode ocorrer por períodos curtos ou longos. No caso de um período curto, não podemos considerar negativo, já que o ego precisa desses momentos para evoluir. Mas quando o isolamento é longo e duradouro o desfecho dessa crise está sendo negativo.

7- Produtividade X Estagnação (meia idade)

O sétimo estágio caracteriza-se em um indivíduo quando ele passa a desejar orientar as pessoas a seu redor e a preocupar-se com o meio, além de seus semelhantes. É o estágio da afirmação pessoal, sendo o contrário a

estagnação.Quando a pessoa olha para a sua vida e vê tudo o que produziu, sente a necessidade de ensinar tudo o que sabe e tudo o que viveu e

aprendeu, com outras pessoas. Se existe a oportunidade deste

compartilhamento, o indivíduo sente que deixou algo de si nos outros e o desfecho é positivo. Por outro lado, o não compartilhamento de suas "gerações" com os outros gera estagnação, o que pode ser considerado um desfecho negativo.

8- Integridade X Desesperança (velhice)

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sentindo-se "em paz" com o que pode fazer, íntegro em seu momento presente. Da mesma forma, este estágio também desperta em indivíduos sentimentos de fracasso, como se a vida não valesse o esforço.É a

culminância. E dá duas possibilidades 1- desfecho positivo - o indivíduo procura estruturar o seu tempo e se utilizar das experiências vividas em prol de viver bem seus últimos anos de vida; ou 2- desfecho negativo - estagnar diante do terrível fim, um sentimento de tempo perdido e a impossibilidade de começar de novo trará tristeza e desesperança.

III. Teoria Psicanalítica Clássica

1. Inconsciente, Pré-consciente, Consciente 2. Id, Ego, Superego

3. Ansiedade

4. Mecanismos de Defesa

Freud distinguiu três níveis de consciência, em sua inicial divisão topográfica da mente: consciente - diz respeito à capacidade de ter percepção

dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

pré-consciente- relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

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inconsciente- refere-se ao material não disponível à consciência ou ao escrutínio do indivíduo.

Freud desenvolveu a teoria psicanalítica, baseado em sua experiência clínica. O ponto nuclear dessa teoria é o postulado da existência do inconsciente como:

a) um receptáculo de lembranças traumáticas reprimidas;

b) um reservatório de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.

As motivações inconscientes estão disponíveis para a consciência, apenas de forma disfarçada. Sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo, são exemplos dissimulados de conteúdos inconscientes não confrontados diretamente.

Muitos experimentos da Psicobiologia vêm corroborando a validade das idéias psicanalíticas sobre o inconsciente.

De acordo com a teoria estrutural da mente, o id, o ego e o superego funcionam em diferentes níveis de consciência. Há um constante movimento de lembranças e impulsos de um nível para o outro.

O id é o reservatório inconsciente das pulsões, as quais estão sempre ativas. Regido pelo

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princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a

possibilidade de conseqüências indesejáveis.

O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos.

Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.

O O L H A R D A P S I C O L O G I A

Freud e a Psicanálise

“A psicanálise é usualmente creditada pela importância que a partir dela se passou a atribuir às motivações inconscientes (…), às experiências infantis e seus reflexos no adulto, ou ainda pelo relevo que atribui ao conflito.

(…) Com a teoria psicanalítica, acede-se, pela primeira vez, à tentativa de dar significado ao projecto de vida do sujeito individual na sua totalidade.”

Segundo Freud, a personalidade é determinada, na sua maioria, pelos impulsos sexuais e está centrada no desenvolvimento psicossexual.

De focar que a vida psíquica é regida pelo principio do prazer, isto é, a realização imediata dos desejos que entra em conflito com o ego, e pelo princípio da realidade, sendo este o que domina a vida consciente e corresponde à necessidade de adaptação ao real social,

procurando um comportamento moderado e controlado. Através do princípio da realidade, o ego, em função das exigências do superego, avalia se as pulsões do id provenientes do

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princípio do prazer, são concretizáveis ou não.

Freud agrupa as pulsões em: pulsões de vida e pulsões de morte, sendo que as primeiras

consistem em pulsões de auto-conservação que visam a manutenção do individuo e as pulsões sexuais; e as pulsões de morte ou destrutivas explicam as tendências agressivas ou de

ausência total de tensões.

A estrutura da personalidade está dividida em id, ego e superego. O id é o inconsciente de onde brotam as pulsões, o ego é o consciente que a partir do superego, que é uma estância moral, determina se as pulsões podem ser satisfeitas ou não.

Freud atribui também grande importância aos estádios de desenvolvimento da personalidade. Estes encontram-se divididos em cinco estádios, sendo que o primeiro é o oral, o segundo anal, o terceiro fálico, o quarto latência e o quinto genital.

O estádio oral vai desde o nascimento aos 12/18 meses de idade e as fontes de prazer são os lábios, a boca e a língua. Estas manifestam-se ao mamar, comer e morder. Contudo, neste estádio é gerado um conflito na altura do desmame, sendo que as características da

personalidade, dependendo da resolução do mesmo, poderão ser: optimismo, quando a criança ultrapassa o conflito, ou o pessimismo, quando esta deixa de mamar muito cedo; a impaciência; a inveja; e a agressividade.

Quanto ao estádio anal, podemos dizer que este vai dos 12/18 meses aos 3 anos de idade. As fontes de prazer são o ânus, no que diz respeito a reter ou expulsar, a controlar e constata-se no asseio. Neste estádio o conflito pode ser no treino e consequentemente provoca na

personalidade a avareza, a obstinação, a ordem compulsiva e a meticulosidade, isto no caso do retentivo anal, visto que, se se verificar expulsivo-anal, constata-se a crueldade, a

destruição, a desordem e a desarrumação.

No que diz respeito ao estádio fálico, que vai dos 3 aos 5/6 anos de idade, podemos referir que é muito importante, sendo que é neste estádio que se forma o superego. As suas fontes de prazer são os órgãos genitais, sendo que a criança explora o próprio corpo e o dos outros, tocando-os. O conflito estará presente no Complexo de Édipo, no caso masculino, e no

Complexo de Electra, no caso feminino. Estes complexos são muito importantes na formação da personalidade, visto que, da resolução dos mesmos, que se baseia na independência por

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parte dos rapazes e das raparigas em relação aos pais; poderão advir o orgulho ou a

humildade, a sedução ou a timidez, a castidade ou a promiscuidade. Tal é definido através do superego que se forma, pela primeira vez, neste estádio.

Relativamente ao estádio de latência, que vai dos 5/6 anos aos 12/13 anos de idade, podemos dizer que as pulsões estão adormecidas, visto que se verifica a ausência de interesses sexuais, presentes no estádio anterior, passando a verificarem-se a curiosidade intelectual e o

relacionamento social da criança. Neste estádio, as características da personalidade consistem na aprendizagem social e no desenvolvimento da consciência moral.

Finalmente, em relação ao estádio genital, que se verifica depois da puberdade, podemos referir que começam a existir contactos sexuais com outras pessoas, não existindo conflito, como também acontece no estádio anterior.

Contudo, ao longo do desenvolvimento, se obtivermos excessivas satisfações, ou a não satisfação de algumas pulsões, estamos perante fixações, sendo que a criança cobra ao primeiro estádio a satisfação da pulsão, mesmo estando num estádio avançado.

De realçar ainda que as características da personalidade de cada individuo resultariam, maioritariamente das características inatas, das relações de objeto que estabelece, das identificações, das formas de resolução de conflitos intrapsíquicos e dos mecanismos de defesa que o ego utilizou.

REESE, Ellen P. (1975) Análise do Comportamento Humano. 2.ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1975. 160p.

SKINNER, Burrhus Frederic (2003) Ciência e comportamento humano. 11.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 489p.

SPERLING. Abraham P. (1999) Introdução à Psicologia. São Paulo: Pioneira. p. 12 WHALEY, Donald L.; MALOTT, Richard W. (1980) Princípios elementares do

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comportamento. São Paulo: EPU, 1980, 7ª reimpressão, 246 p.

A TEORIA BÁSICA DE JEAN PIAGET

Desde muito cedo Jean Piaget demonstrou sua capacidade de observação. Aos onze anos percebeu um melro albino em uma praça de sua cidade. A observação deste pássaro gerou seu primeiro trabalho científico. Formado em Biologia interessou-se por pesquisar sobre o desenvolvimento do

conhecimento nos seres humanos. As teorias de Jean Piaget, portanto, tentam nos explicar como se desenvolve a inteligência nos seres humanos. Daí o nome dado a sua ciência de Epistemologia Genética, que é entendida como o estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos.

Convém esclarecer que as teorias de Piaget têm comprovação em bases científicas. Ou seja, ele não somente descreveu o processo de desenvolvimento da inteligência mas, experimentalmente,

comprovou suas teses.

1 - A inteligência para Piaget é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. Esta adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. O que vale também dizer que a inteligência humana pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades, que evolui "desde o nível mais primitivo da existência, caracterizado por trocas bioquímicas até o nível das

trocas simbólicas" (RAMOZZI-CHIAROTTINO apud CHIABAI, 1990, p. 3).

2 - Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. Esta teoria

epistemológica (epistemo = conhecimento; e logia = estudo) é caracterizada como interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a

complexidade desta interação do indivíduo com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo. As teorias piagetianas abrem campo de estudo não somente para a psicologia do desenvolvimento, mas também para a sociologia e para a antropologia, além de permitir que os pedagogos tracem uma metodologia baseada em suas descobertas.

3 - “Não existe estrutura sem gênese, nem gênese sem estrutura” (Piaget). Ou seja, a estrutura de maturação do indivíduo sofre um processo genético e a gênese depende de uma estrutura de

maturação. Sua teoria nos mostra que o indivíduo só recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo. Ou seja, se puder agir sobre o objeto de conhecimento para inserí-lo num sistema de relações. Não existe um novo conhecimento sem que o organismo tenha já um

conhecimento anterior para poder assimilá-lo e transformá-lo. O que implica os dois pólos da atividade inteligente: assimilação e acomodação. É assimilação na medida em que incorpora a seus quadros todo o dado da experiência ou estruturação por incorporação da realidade exterior a formas devidas à

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função do meio, de suas variações. A adaptação intelectual constitui-se então em um "equilíbrio

progressivo entre um mecanismo assimilador e uma acomodação complementar" (Piaget, 1982).

Piaget situa, segundo Dolle, o problema epistemológico, o do conhecimento, ao nível de uma interação entre o sujeito e o objeto. E "essa dialética resolve todos os conflitos nascidos das teorias,

associacionistas, empiristas, genéticas sem estrutura, estruturalistas sem gênese, etc. ... e permite seguir fases sucessivas da construção progressiva do conhecimento" (1974, p. 52).

4 - O desenvolvimento do indivíduo inicia-se no período intra-uterino e vai até aos 15 ou 16 anos. Piaget diz que a embriologia humana evolui também após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. A construção da inteligência dá-se portanto em etapas sucessivas, com

complexidades crescentes, encadeadas umas às outras. A isto Piaget chamou de “construtivismo sequencial”.

A seguir os períodos em que se dá este desenvolvimento motor, verbal e mental.

A. Período Sensório-Motor - do nascimento aos 2 anos, aproximadamente.

A ausência da função semiótica é a principal característica deste período. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência iminentemente prática. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as ações. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele).

B. Período Simbólico - dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente.

Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforos em carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do

papai foi 'dormir' na garagem"). A linguagem está em nível de monólogo coletivo, ou seja, todos

falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Duas crianças “conversando” dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os pares são constantemente trocados.

Existem outras características do pensamento simbólico que não estão sendo mencionadas aqui, uma vez que a proposta é de sintetizar as idéias de Jean Piaget, como por exemplo o nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), superdeterminação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é “meu”), etc.

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Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos sem, no entanto incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no

conjunto de flores, por exemplo). Quanto à linguagem não mantém uma conversação longa mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro.

Os Períodos Simbólicos e Intuitivos são também comumente apresentados como Período Pré-Operatório.

D. Período Operatório Concreto - dos 7 anos aos 11 anos, aproximadamente.

É o período em que o indivíduo consolida as conservações de número, substância, volume e peso. Já é capaz de ordenar elementos por seu tamanho (grandeza), incluindo conjuntos, organizando então o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é a de bando, podendo participar de grupos maiores, chefiando e admitindo a chefia. Já podem compreender regras, sendo fiéis a ela, e estabelecer compromissos. A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), sem que no entanto possam discutrir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum.

E. Período Operatório Abstrato - dos 11 anos em diante.

É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. É quando o indivíduo está apto para calcular uma probabilidade, libertando-se do concreto em proveito de interesses orientados para o futuro. É, finalmente, a

“abertura para todos os possíveis”. A partir desta estrutura de pensamento é possível a dialética, que permite que a linguagem se dê a nível de discussão para se chegar a uma conclusão. Sua organização grupal pode estabelecer relações de cooperação e reciprocidade.

5 - A importância de se definir os períodos de desenvolvimento da inteligência reside no fato de que, em cada um, o indivíduo adquire novos conhecimentos ou estratégias de sobrevivência, de compreensão e interpretação da realidade. A compreensão deste processo é fundamental para que os professores possam também compreender com quem estão trabalhando.

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