• Nenhum resultado encontrado

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL"

Copied!
42
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Claudia Adriano Barboza

ORIENTADORA: GISELE LEITE

Rio de Janeiro 2017

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

(2)

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão e Planejamento Tributário.

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Rio de Janeiro 2017

(3)

AGRADECIMENTOS

O meu agradecimento é totalmente direcionado a todos que de uma forma ou de outra me ajudaram a chegar ao final desta jornada, que é a conclusão da Pós em Gestão e Planejamento Tributário. Dificuldades foram superadas e a vitória está sendo conquistada!

(4)

DEDICATÓRIA

.... Dedico a minha monografia a toda

minha família e amigos que me apoiaram

em mais uma conquista!

(5)

RESUMO

No Brasil, atualmente existem mais de 80 diferentes taxas, impostos e contribuições. Diante deste contexto, faz-se necessária a elaboração de um planejamento, visto que não é uma tarefa fácil. O Profissional da contabilidade deve selecionar uma série de informações precisas, dados importantes e identificar a melhor forma de tributação de uma empresa para reduzir ao máximo os custos de um empreendimento, inclusive de seus impostos. Na hora de fazer o planejamento tributário de uma empresa para fins de opção entre Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional, o Profissional da Contabilidade necessita identificar a atividade de cada empresa, a legislação aplicada e fazer um levantamento dos resultados contábeis e tributários apurados em exercício anteriores. Este trabalho tem como objetivo desenvolver um instrumento que possibilite a realizar uma análise comparativa entre os enquadramentos tributários vigentes, instituídos pela legislação, no âmbito federal e estadual. Diante da pesquisa realizada, constatou-se que os Profissionais da Contabilidade precisam estar atentos às inúmeras particularidades tributarias que se alteram constantemente a fim de não prejudicar o empresário financeiramente e, consequentemente, fazê-lo sofrer processos judiciais.

Para a realização deste planejamento o empresário precisa apresentar para o Contador em tempo hábil toda a documentação contábil para fins de registro e fornecer todas as informações de seu orçamento. Portanto, é necessário que o empresário confie e valorize seu Contador, considerando-o como um dos principais parceiros para garantir a continuidade e o sucesso de seu negócio.

Palavras-chaves: Planejamento Tributário. Carga Tributária. Contabilidade.

(6)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Simulação Lucro Real ... 35

Quadro 2: Simulação Lucro Presumido ... 35

Quadro 3: Simulação Simples Nacional ... 36

Quadro 4: Comparativo dos enquadramentos... 36

Quadro 5: Comparação da carga tributária entre os três regimes de enquadramento ... 37

(7)

ABREVIATURAS

Art. - Artigo

COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade social CGSN - Comitê Gestor do Simples Nacional

CTN - Código Tributário Nacional CF - Constituição Federal

DAS - Documento de Arrecadação do Simples ISS - Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza IRPJ - Imposto de Renda de Pessoa Jurídica IRPF - Imposto de Renda de Pessoa Física INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

ICMS - Imposto Sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços IR - Imposto de Renda

PIS- Programa de Integração Social RIR - Regulamento do Imposto de Renda SRF - Secretaria da Fazenda Federal S/A - Sociedade Anônima

(8)

METODOLOGIA

O trabalho foi baseado em pesquisas e estudos bibliográficos que demonstram a real importância de um bom planejamento tributário dentro das empresas para a maior obtenção de lucro e minimização de impostos.

O estudo tem por objetivo central mostrar através de dados, analisar e comparar benefícios de enquadramento tributário correto, visando dentro da legalidade apurar os impostos de forma mais econômica para a empresa.

(9)

Sumário

INTRODUÇÃO ... 8

CAPITULO I 1.PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ... 10

1.2. OBJETIVO DO PLANEJAMENTO TRIBUTARIO ... 11

1.2.1. CRÉDITOS PIS/COFINS ... 12

1.3. TRIBUTOS ... 12

1.4. AS ESPECIES TRIBUTÁRIAS ... 12

1.4.1. IMPOSTOS ... 13

1.4.2. TAXAS ... 13

1.4.3. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIAS... 13

CAPITULO II 2. CARGA TRIBUTÁRIA BRASILEIRA... 14

2.1. ELISÃO FISCAL ... 15

2.2. EVASÃO FISCAL ... 18

CAPITULO III 3. OS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO NO BRASIL ... 20

3.1. SIMPLES NACIONAL ... 20

3.1.1. QUEM PODE OPTAR PELO SIMPLES NACIONAL ... 21

3.1.2. IMPEDIMENTOS ... 21

3.1.3. BASE DE CÁLCULO ... 22

3.1.4. ALÍQUOTA ... 23

3.1.4.1. INCENTIVOS, CRÉDITOS E BENEFICIOS ... 23

3.2. LUCRO PRESUMIDO ... 23

3.2.1. IMPEDIMENTOS ... 24

3.2.2. ALÍQUOTA ... 25

3.2.2.1. ADICIONAL ... 25

3.3. LUCRO REAL ... 25

3.3.1. PESSOAS JURIDICAS ENQUADRADAS NO LUCRO REAL ... 26

3.3.2. BASE DE CÁLCULO... 27

3.4. LUCRO PRESUMIDO X LUCRO REAL X SIMPLES NACIONAL ... 28

3.4.1. PARECER FINAL ... 31

4.CONCLUSÃO...33

5. REFERENCIAS ... 34

(10)

INTRODUÇÃO

É de grande conhecimento que o nível de tributação no Brasil sobre as empresas e pessoas físicas é absurdo, chegando a inviabilizar certos negócios.

Muitas empresas quebram com elevadas dívidas fiscais, e nem mesmo as

“renegociações”, trouxeram alguma tranquilidade aos contribuintes.

A necessidade de um planejamento tributário já é fato para as grandes empresas e até mesmo as de pequeno e médio porte, visto que este estudo pode simplificar e facilitar o cumprimento das obrigações do empresário e ainda assim, minimizar os custos tributários, sem comprometer o resultado da arrecadação.

O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento dos tributos, e o contribuinte que pretende diminuir estes encargos, poderá fazê-lo legal ou ilegalmente. Se a forma realizada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la.

Especificamente, este estudo tem o objetivo de avaliar os regimes de tributação, buscando a melhor opção para o enquadramento de determinada empresa e porte, procurando sempre alcançar os melhores resultados econômicos.

Para o desenvolvimento do projeto, foi analisada a importância de um bom planejamento tributário, enfatizando sua importância econômica dentro do resultado da empresa, visto que muitas pesquisas relataram que quase 40% dos rendimentos gerados em uma organização se destinam ao pagamento de tributos, sendo eles classificados entre: taxas, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório, contribuições especiais e impostos.

O planejamento tributário é o único que pode resultar em real economia para as empresas, sem a preocupação com posteriores complicações com o Fisco. Mas para que tenha um bom resultado é imprescindível que a organização tenha uma contabilidade fidedigna, ou seja, a mesma deve seguir as normas e princípios contábeis normalmente aceitos, considerando o que recebe e gasta verdadeiramente.

(11)

Nos dias atuais o planejamento tributário tornou-se indispensável para a sobrevivência das empresas no mercado, visto que a carga tributária brasileira tem atingindo patamares bem elevados comprometendo assim as atividades empresariais. Para a minimização desse fator, faz-se o uso do planejamento tributário que é uma grande ferramenta que as empresas têm para aumentar sua competitividade em um mercado cada vez mais exigente.

Pode-se entender como planejamento tributário tudo aquilo que visa obter economia de impostos, adotando métodos estritamente dentro dos ditames legais. O planejamento tributário é na verdade a atividade empresarial preventiva, que tem como fator a análise do tributo e visa identificar e projetar os atos e fatos tributáveis e seus efeitos, comparando-se os resultados prováveis, para os diversos procedimentos possíveis, de tal forma a possibilitar a escolha da alternativa menos onerosa, sem extrapolar o campo da lacitude.

O Brasil sofre com a alta carga tributária, visto que é uma das mais altas do mundo. O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos e surgiu como ferramenta para que o contribuinte possa diminuir o exorbitante valor pago de tributos e aumentar se lucro. Sabe-se que os tributos representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior.

A evolução econômica, com o passar dos tempos, vem exigindo cada vez mais o empenho dos gestores na minimização dos custos e despesas e, consequentemente, da maximização dos lucros.

Dentre as diversidades que podem influenciar na definição de sucesso de uma empresa ou qualquer atividade que ela exerça, o Planejamento Tributário caracteriza-se como um dos principais, em função da carga tributária, atualmente, ter uma parcela significativa no montante financeiro, o qual tem interferido substancialmente no resultado econômico das empresas. Tornando-se uma ferramenta de fundamental importância para as empresas, e se considerarmos que a legislação tributária brasileira, em função do Número de leis e de constantes alterações, passa a ser vista como complexa, dificultando aos empresários promover a interpretação.

(12)

Nesta concepção, este estudo busca também discutir os principais aspectos da tributação das pessoas jurídicas e como as micro e pequenas empresas podem se beneficiar com eles. Apresenta ainda, os conceitos relativos aos sistemas de tributação de acordo com o enquadramento dos contribuintes optantes pelo lucro presumido ou simples nacional.

O objetivo do estudo científico tem como finalidade avaliar os regimes de tributação, buscando identificar, através do Planejamento Tributário, a melhor forma de diminuir, postergar ou evitar a alta carga tributária no âmbito federal avaliando os três regimes tributários: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real de forma que não se cause a evasão e sim a elisão fiscal que é a forma lícita de encontrar brechas na legislação que permita tornar a carga tributária menos onerosa e menos confusa no que se refere à evasão fiscal que é um ato ilegal.

(13)

1. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O planejamento tributário é uma ferramenta essencial que sempre deu suporte as empresas, proporcionando condições seguras a elas para a sua melhor organização e condução de seus sistemas financeiros, conforme Marion (2002, p.

33):

Denomina-se Planejamento fiscal ou tributário lato senso a análise do conjunto de atividades atuais ou dos projetos de atividades econômico-financeiras do contribuinte em relação ao seu conjunto de obrigações fiscais, com o escopo de organizar suas finanças, seus bens, negócios, rendas e demais atividades com repercussões tributárias, de modo que venha a sofrer o menor ônus fiscal possível.

O planejamento tributário para ser elaborado de maneira legal é necessário saber quais os impostos, as taxas e as contribuições que têm a obrigatoriedade de serem recolhidas, e ter o devido referente as formas de tributação com relação ao faturamento da empresa.

Para Oliveira et.al. (2005, p.38), o planejamento tributário:

É uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se do estudo prévio à concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte

O planejamento tributário, conforme Fabretti (2003, p 32), ainda é “O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas”

Segundo a explicação de Malkowski (2000), o planejamento tributário é uma forma estudada pelos administradores para diminuir seus custos com tributos,

(14)

fazendo com que a empresa contribua com os tributos necessários. É o processo de escolha de ação ou omissão lícita, não simulada, anterior à ocorrência do fato gerador, que vise, direta ou indiretamente, economia de tributos.

Sua finalidade é obter a maior economia fiscal, reduzindo a carga tributária pelo valor exigido por lei. Portanto é necessário um estudo bem aprofundado para que assim possa ser identificado todas as alternativas legais aplicáveis ao caso ou até mesmo existência de lacunas na lei, que possibilitem a realização da operação pretendida, da forma menos onerosa possível para o contribuinte, sem contrariar a lei. Há alternativas legais válidas para grandes empresas, mas que são enviáveis para as médias e pequenas, dado o custo que as operações necessárias para a execução desse planejamento pode exigir. Deverá ser levado em conta também a relação custo/benefício que deverá ser muito bem avaliada.

Segundo Malkowski (2000, p.41-42) o planejamento tributário é conhecido também por “engenharia tributária” e se constitui de uma série de procedimentos como formas de economia de impostos, baseado na premissa.

1.2 .

OBJETIVO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

No Brasil, existem quase 100 diferentes taxas, impostos e contribuições e toda a população direta ou indiretamente, são contribuintes desses encargos.

Nesse sentido a autora Castro comenta:

Ninguém se organiza para pagar mais impostos. No mercado competitivo das modernas relações empresarias, o processo de planejamento, como um todo, passou a ser necessidade básica. O planejamento tributário insere-se em um procedimento amplo e geral que deve preceder a qualquer novo negócio ou alteração de rumo no mundo empresarial. Ele objetiva o que qualquer outro planejamento visa: a eficiência, em termos de dispêndio com tributos significará sempre pagar menos, dentro dos limites da lei. (CASTRO, 2002, p. 6/7)

O Planejamento Tributário tem como objetivo a economia legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos representam importante parcela

(15)

dos custos das empresas, senão maior e com todo o avanço tecnológico da economia, tornou – se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário.

Em média, 33% do faturamento empresarial é dirigido ao pagamento de tributos. Do lucro, até 34% vai para o governo. Da forma somatória dos custos e despesas, mais da metade do valor é representada pelos tributos, com isso torna-se imprescindível a adoção do sistema de economia legal.

Cabe ressaltar que, quando nos referimos a planejamento tributário, significa que devemos analisar examinar e refletir sobre as operações e fato com antecedência, para anteciparmos a solução que melhor se ajuste ao potencial problema identificado. (JÚNIOR, 2003, p. 38)

O planejamento está diretamente ligado à lucratividade e a realidade proporcionada pela possível redução de impostos, no entanto, há o entendimento de que os procedimentos lícitos proporcionem uma menor carga tributária.

Os objetivos do Planejamento tributário estão evidenciados para:

a) Evidenciar a incidência do tributo: Nesse caso adotam de procedimentos com o fim de evitar a ocorrência do fato gerador.

b) Reduzir o montante do produto: As providencias serão no sentido de reduzir a base de cálculo ou alíquota do tributo.

c) Retardar o pagamento do tributo: O contribuinte adota medidas que têm por fim postergar o pagamento do tributo, sem ocorrência de multa.

O objetivo principal do planejamento visa diminuir ou transmitir o ônus econômico dos tributos, podendo igualmente ocorrer situações em que o ônus não prove diretamente da obrigação tributária principal e sim dos deveres fiscais acessórios, a manutenção de escrituração contábil, a apresentação de documentos.

A lei 6.404/1976 (Lei das S/A) prevê a obrigatoriedade do planejamento tributário, por parte dos administradores de qualquer companhia, pela interpretação do art.153 “O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas

(16)

funções, o cuidado e a diligencia que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios”.

Portanto o Planejamento Fiscal é obrigatório para todo bom administrador, pois tronou – se “saúde” para o bolso, por representar a maior capitalização do negócio, possibilidade de menores preços e ainda facilita na geração de novos empregos, pois os recursos economizados poderão possibilitar novos investimentos.

1.2.1. CRÉDITOS PIS/COFINS

Um bom planejamento tributário do PIS/COFINS visa reduzir o montante devido das referidas contribuições utilizado mecanismos legais, como utilização de créditos previstos na legislação, para compensação com os débitos gerados nas vendas, benefícios e incentivos fiscais específicos (setoriais), recuperação de créditos não aproveitados em períodos anteriores.

O direito ao crédito de PIS e COFINS sobre os “insumos” das empresas está previsto nas Leis Federais n º 10.637/02 e 10.833/03 que relata que o contribuinte terá direito ao crédito apenas em relação aos bens, custos, despesas e serviços.

A legislação também determina a possibilidade de créditos em relação aos bens e serviços adquiridos de pessoas jurídicas domiciliada no País, aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País, em relação aos serviços e bens adquiridos no exterior a partir de 1º de maio de 2004.

Para Sacha Calmon Navarro Coêlho e Misabel Derzi,

O direito de crédito não restringe ao crédito físico, mas estende-se a todas as despesas (aquisições de bens e serviços) incorridas, pagas ou creditadas às pessoas jurídicas contribuintes, sejam elas correspondentes a insumos, bens do ativo fixo (locação ou aquisição), consumo (como energia elétrica) ou financeiras decorrentes de empréstimos, financiamentos e valor das contraprestações de operações de arrendamento de pessoa jurídica.

Evidentemente, as despesas de qualquer natureza, intributáveis por serem estranhas ao campo constitucional de possível incidência de contribuições (como a remuneração de mão de obra paga à pessoa física), não gerarão direito ao crédito na apuração do tributo devido. (DERZI & COÊLHO, São Paulo, abr. 2005).

(17)

1.3. TRIBUTOS

Os tributos federais são considerados os mais significativos, por este motivo, exigem que se tenha uma perfeita análise de suas implicações. Entre as várias classificações possíveis do tributo, podem-se destacar os 24 tributos indiretos que são aqueles de buscam o fator econômico para sua tributação e os tributos diretos que buscam o resultado alcançado pela empresa.

Segundo Fabretti (2003, p.161) ” essa classificação é mais econômica do que jurídica, mas de suma importância para o estudo e avaliação do impacto que os tributos causam no patrimônio e nas etapas econômicas da produção, circulação e consumo”.

O art. 3º do CTN – Código Tributário Nacional conceitua tributo:

Tributo é toda prestação pecuniária, compulsória em moeda cujo valor possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

O tributo é a obrigação imposta aos indivíduos e as pessoas jurídicas de recolher valores ao Estado, ou entidades equivalentes.

1.4. AS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

As classificações das espécies tributárias são feitas por dois ramos distintos do direito, são eles: Direito Tributário e o Direito Constitucional.

De acordo com o Código Tributário Nacional as espécies do Direito Tributário são: Impostos, taxas e contribuições de melhorias (Artigo 5º do Código Tributário Nacional e as espécies denominadas pela Constituição Federal são: empréstimos compulsórios, contribuições sociais interventivas econômicas e contribuições profissionais (Artigo 147 e 148 da Constituição Federal), porém só será tratado nesse tópico as espécies do Direito Tributário.

(18)

1.4.1.

IMPOSTOS

É uma quantia paga ao Estado Brasileiro e aos estados e municípios por pessoas físicas e jurídicas. É um tributo que serve para custear parte das despesas administrativas e dos investimentos do Governo em obras de infraestrutura e serviços essenciais a população, como saúde segurança e educação. Em outras palavras, é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte (Art. 16 do CTN).

1.4.2

. TAXAS

É um valor cobrado por conta de uma prestação de serviços de um ente público, seja ele municipal, federal ou estadual. Em outras palavras, as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (Art. 77 do CTN).

1.4.3. CONTRIBUIÇOES DE MELHORIAS

É quando ocorre uma melhoria que resulte em benefício ao contribuinte, como por quando é feito asfaltamento em uma rua, o valor do imóvel acaba aumentando por conta dessa melhoria e isso gera a contrapartida do cidadão pois ele teve um claro benefício. Em outras palavras é o tributo cobrado pela União, Estados Distrito Federal e Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, com o objetivo de fazer face ao custo de obra pública de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado (Art. 81 do CTN).

(19)

2. CARGA TRIBUTÁRIA BRASILEIRA

A carga tributária Brasileira é considerada uma das mais altas, o Brasil segundo a revista Exame cobra mais impostos das empresas do que qualquer outro país do BRIC1, além disso, tem o percentual acima da média das nações que formam o G7 e da média global. É o que aponta o estudo realizado pela UHY, rede internacional líder em auditoria, representada no Brasil pela UHY Moreira- Auditores. A pesquisa reforça que o Brasil tem uma das mais altas taxas de impostos corporativos do mundo, o que inibe o crescimento econômico, a competitividade do país e afugenta investimento externo. O governo brasileiro arrecada das empresas em média 33,7% sobre o lucro tributável de US$ 1 milhão. Em comparação, o governo chinês toma apenas 25% dos lucros corporativos sobre o mesmo valor. A média das economias do G7 é de 32,3%, dos BRICs é de 27,9% e a média global é de 27%, logo a alta carga brasileira tem uma grande interferência no crescimento das empresas.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo em 2015 o auge da alta do aumento da carga tributária, o pagamento de tributos pelos brasileiros alcançou 32,66% do PIB (Produto Interno Bruto) no mesmo ano o valor total pago somou R$ 1,928 trilhão, superior aos R$ 1,843 trilhão registrados em 2014, que corresponderam a 32,42% do PIB

Somente em 2016 os brasileiros pagaram R$ 2 trilhões em imposto um do mais altos comparados aos anos anteriores.

Logo, pode- se concluir que o contribuinte, atualmente convive com uma alta carga tributária, tornando bem difícil a administração desses impostos juntamente com a extensa e vasta legislação tributária e essa alta carga contribuindo assim para a sonegação, levando o governo a criar novas maneiras de controlar os tributos através de declarações assessorias aumentando assim a luta contra a sonegação.

1 BRIC – É uma sigla formada pelas letras iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China, criada em 2001 pelo economista Jim O’Neill, analista de mercado do grupo Goldman Sachs.

(20)

2.1.

ELISÃO FISCAL

Elisão fiscal, é o meio lícito que as organizações encontram de diminuir os impostos a serem pagos a União e maximizar o seu lucro.

A elisão fiscal também conhecida como economia legal, consiste no ato formal substancialmente lícito, praticado antes do fato gerador do tributo visando reduzir a carga tributária incidida sobre determinada operação. É o método que visa identificar alternativas legais que possibilitam atingir o contribuinte com um menor impacto tributário.

Para Roque Carrazza, elisão possui a seguinte definição:

A elisão fiscal pode ser definida como a conduta lícita, omissiva ou comissiva, do contribuinte, que visa impedir o nascimento da obrigação tributária, reduzir seu montante ou adiar seu cumprimento. A elisão fiscal é alcançada pela não realização do fato imponível (pressuposto de fato) do tributo ou pela prática de negócio jurídico tributariamente menos oneroso, como, por exemplo, a importação de um produto, via Zona Franca de Manaus. Tais manobras, embora beneficiem o contribuinte, não são condenadas por nosso direito positivo2 (CAZARRA, 2011)

Nas palavras de Sampaio Dória, elisão, também denominada por ele como:

Evasão lícita ou legítima, se define como todo ato ou omissão que tenda a evitar, reduzir ou retardar o pagamento de um tributo, observando que sua principal causa resultaria do conflito entre o interesse individual de preservar o patrimônio e o interesse público de absorver uma parcela desse patrimônio para suportar uma parte dos gastos públicos3 (DORIA, 1977)

De acordo com o renomado jurista, a explicação para a adoção do termo

“elisão”, é justificada pela contradição implícita do termo “evasão lícita”, uma vez, que a expressão “evasão” já possui conotação de ilicitude, esclarecendo o autor da seguinte maneira:

2 CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional tributário. 26ª ed. Malheiros Editores. São Paulo, 2011, p. 349.

3 DÓRIA, Antonio Roberto Sampaio. Elisão e evasão fiscal. São Paulo, RT, 1977, p. 448

(21)

O próprio termo evasão já conota uma certa irregularidade. O exemplo clássico é a chamada evasão de presos. Se dissermos evasão ilícita, estaremos mera ou pleonasticamente, qualificando um ato que por si só já é ilícito. E se dissermos evasão lícita estaremos criando uma certa contradição nos termos, pois o núcleo desta alocução, o termo ‘evasão’, por si só, já implica nessa ideia de ilicitude. Propõe-se, portanto, que se use a expressão evasão para significar a fraude fiscal e o termo elisão ou economia para exprimir essa chamada evasão lícita ou legítima.4 (DORIA)

Neste instituto, pratica-se um outro negócio jurídico, incomum, que não se encaixa perfeitamente à incidência tributária, mas que atinge o resultado previsto caso estivesse submetido à norma de incidência.

De acordo com Pádua Marinho,2012

A elisão fiscal é a conduta consistente na prática de ato ou celebração de negócio legalmente enquadrado em hipótese visada pelo sujeito passivo, importando isenção, não incidência, incidência menos onerosa do tributo. A elisão é verificada, no mais das vezes, em momento anterior àquele em que normalmente se verificaria o fato gerador. Trata-se de planejamento tributário, que encontra guarida no ordenamento jurídico, visto que ninguém pode ser obrigado a praticar negócio de maneira mais onerosa.

A elisão caracteriza-se por planejamento tributário prévio, pois analisa os atos econômicos e jurídicos que pretende realizar, cabendo ao contribuinte a liberdade de escolher a conduta menos onerosa, como assevera Renato Martins Prates:

Se o contribuinte tem o poder de escolher, entre várias condutas, aquela que, sob o aspecto fiscal, lhe seja menos onerosa, isto implica em liberdade de eleger, entre várias formas ou estruturas lícitas de direito privado, a que seja mais interessante sob o ângulo da tributação. (PRATES, 1992)

A elisão se subdividem em:

• Aquela que decorre da própria lei e

4 DÓRIA, Antonio Roberto Sampaio. Op. Cit., p.441.

(22)

• A que resulta de lacunas e brechas existentes da própria na própria lei.

A elisão decorrente da lei o próprio dispositivo legal permite ou até mesmo induz a economia de tributos. Existe uma vontade clara e consciente do legislador de dar ao contribuinte determinados benefícios fiscais. Os incentivos fiscais são exemplos típicos de elisão induzida por lei, uma vez que o próprio texto legal dá aos seus destinatários determinados benefícios. É o caso, por exemplo, dos Incentivos à Inovação Tecnológica (Lei 11.196/2005)

Já a segunda espécie, contempla hipóteses em que o contribuinte opta por configurar seus negócios de tal forma que se harmonizem com um menor ônus tributário, utilizando-se de elementos que a lei não proíbe ou que possibilitem evitar o fato gerador de determinado tributo com elementos da própria lei.

É o caso, por exemplo, de uma empresa de serviços que decide mudar sua sede para determinado município, visando pagar o ISS com uma alíquota mais baixa. A lei não proíbe que os estabelecimentos escolham o lugar onde exercerão atividades, pois os contribuintes possuem liberdade de optar por aqueles mais convenientes a si, mesmo se a definição do local for exclusivamente com objetivos de planejamento fiscal.

Observa-se que a elisão fiscal é a busca pelas diversas maneira de alcançar a melhor decisão de regime tributário, dentre várias formas legais podemos sumariamente citar dois mecanismos:

• Impedir ou retardar a ocorrência do fato gerador da obrigação;

• Reduzir o montante do imposto devido, através da diminuição da base de cálculo.

Serve como exemplo para impedir ou retardar a ocorrência do fato gerador o prestador de serviço que ao receber a autorização de faturamento de seu serviço no último dia do mês, ao invés de emitir a nota fiscal imediatamente, emiti-a no início do mês seguinte, postergando com isso o recolhimento dos tributos incidentes no faturamento, em um mês e não infringindo nenhuma norma legal

Na segunda, é o caso do contribuinte que, tendo a opção de apurar o IRPJ pelo lucro presumido, pelo lucro real, ou até mesmo se manter como profissional liberal com regime tributário abarcado pela tributação da pessoa física – IRPF, através de livro caixa e carne leão, analisa detalhadamente a situação e depois pela

(23)

sistemática que representa o menor desembolso, sendo esta o mecanismo de maior uso pelos contribuintes.

Partindo da supremacia dos princípios da legalidade e da livre iniciativa, as possibilidades de elisão fiscal são infinitas. Isso ocorre porque a tributação será sempre limitada pela hipótese de incidência, a qual, ante o princípio da anterioridade, deve ser de conhecimento do particular antes da sua vigência.

O particular, por sua vez, é livre e tem a sua atuação pautada pelos princípios da legalidade (CF, art. 5º, II - “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”) e da livre iniciativa (CF, art. 170), podendo organizar seus negócios como achar mais conveniente, buscando sempre o lucro.

Neste contexto, segundo entende esta relevante corrente doutrinária, sempre existirão meios alternativos àqueles tributados para a realização econômica desejada, sem que o particular realize o fato jurídico tributário e nasça o dever de pagar o tributo.

Pode-se perceber que a busca por menores gastos e desembolsos no empreendimento é questão primaria para a sobrevivência de qualquer atividade, sendo a análise do melhor regime tributário fator importantíssimo, haja vista a alta carga que os impostos no Brasil imprimem.

2.2.

EVASÃO FISCAL

Ao contrário e elisão a evasão fiscal também conhecida como sonegação fiscal, tem por objetivo burlar a lei, ou seja, é a prática que infringe a lei utilizando – se de meios ilícitos para evitar o pagamento taxas, impostos e outros tributos o mesmo é realizado após a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, com a intenção de reduzir ou oculta-la.

A evasão fiscal, consiste na prática que infringe as normas vigentes correspondente a fraude utilizada por parte do contribuinte ao utilizar procedimentos que violem diretamente a lei ou o regulamento fiscal, tudo com o objetivo de minorar o peso da tributação.

Para o escritor Leão (1997),

(24)

Desde o momento em que foi criada a espécie imposto – palavra que já traz, implicitamente, o particípio passado do verbo impor, significando “admitido à força”, “mandado” e “obrigado”, restringindo dessa forma, o movimento de liberdade do cidadão – deve ter surgido, possivelmente, a conduta de resistência ao pagamento do tributo, por ser ele considerado, pela grande maioria, fruto de desigualdade, privilégio e injustiça. A palavra em si, pela própria natureza, é um desestímulo ao seu cumprimento, tornando motivo de antipatia por parte do contribuinte que não se conforma, de imediato, em dar uma parte de seu patrimônio financeiro para o Estado, ainda mais quando, em geral, desconhece onde e como será o recurso aplicado. Surgiu, destarte, a evasão, fenômeno que remonta a longos anos e que sempre existiu em todos os países do mundo e que, certamente, continuará a existir.

Caracteriza-se a evasão, quando o contribuinte deixa de transferir ou pagar integralmente ao Fisco uma parcela do tributo devida, através de atitudes que sabe não serem lícitas.

Conforme Marins (2001, p.30),

A evasão tributária é a economia ilícita ou fraudulenta de tributos porque sua realização passa necessariamente pelo incumprimento de regras de conduta tributária ou pela utilização de fraudes. A transgressão às regras tributárias caracteriza a evasão.

A evasão fiscal está prevista e capitulada na lei dos Crimes Contra a Ordem Tributária (Lei nº 8.137/90).

A lei citada, define que constitui crime contra a ordem tributária toda a forma de suprir ou reduzir tributo ou contribuição social e qualquer acessório, além disso é considerado crime toda a forma de omitir informações, prestar declarações falsas às autoridades fazendárias de forma que fraude a fiscalização tributária inserindo elementos inexatos ou omitindo operação de qualquer natureza em documentos ou livro exigido pela lei fiscal; Falsificar ou alterar qualquer documento fiscal seja ele nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda ou qualquer outro documento relativo à operação tributável, utilizar de documentações falsas ou até mesmo negar ou deixar de fornecer informações quando obrigatório, como por exemplo, deixa de fornecer documento relativos a venda de mercadoria ou prestação de serviços, logo torna- se crime qualquer ação que esteja em desacordo com a legislação.

Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:

(25)

Fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo, ou então, deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos.

A evasão como dito anteriormente é um ato ilícito que pode gerar altas consequências por infligir a lei de forma dolosa, ocultando fatos e informações na intenção de reduzir o montante que deveria ser repassado a União. A evasão causa sérios danos como prejuízos ao governo e a sociedade como um todo. Além disso torna-se uma arma de concorrência, de certa forma desleal, entre as empresas, pois a informalidade de algumas empresas pode arruinar o restante das empresas do ramo.

Partindo deste pensamento, HUCK descreve bem esta situação:

Se o objetivo declarado da elisão é a busca de uma economia tributária, estruturando- se o negócio de forma aparentemente legal, havendo uma preocupação do agente em cercar seu negócio com um véu de licitude, na evasão, por outro lado, supõe-se que o agente está informado de que foge ao imposto pelo caminho do ilícito e da fraude. Na evasão, o contribuinte procura maximizar seu ganho ou vantagem, contrapondo-os numa relação custo / benefício com o risco que corre. Nesse processo, o indivíduo analisa o nível de ganhos que obterá com o não pagamento ou pagamento a menor do imposto, jogando-o contra o maior ou menor risco de essa operação vir a ser detectada pelo Fisco. O risco, no caso, é representado pelo custo que poderá incorrer com penalidades e multas decorrentes de uma eventual autuação fiscal. Não seria exagero acrescentar-se a esse custo a insegurança psicológica inerente aos que em sã consciência violam a lei. (HUCK, 1997, p. 57)

Os artifícios dolosos que são usados pelos contribuintes na intenção de reduzir a carga tributária são entendidas pelos auditores da fazenda pública como sonegação. A evasão fiscal, ou sonegação, como é comumente conhecida é um problema tão antigo quantos os impostos. Sua ocorrência traz forte implicações para o funcionamento do sistema tributário e da economia em geral, além de ser um dos principais problemas que as administrações tributárias enfrentam.

O Artigo 71 da Lei 4.052, de 30 de novembro de 1964, define sonegação como toda ação ou emissão culposa, que tenta impedir ou retardar, total ou parcial,

(26)

o conhecimento por parte da autoridade fazendária, relativa à ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou circunstâncias materiais e as condições pessoais do contribuinte, capazes de afetar a obrigação tributária principal ou o crédito tributário correspondente.

Tal fenômeno afeta a eficiência econômica, reduz a equidade tributária e compromete as ações de política econômica-tributaria. De acordo com o Sindicato Nacional do Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) o país deixou de arrecadar cerca de R$ 500 bilhões em impostos que representa cerca de 13% do PIB. Segundo o professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani, em 2016 o total acumulado da dívida chega a R$ 1,5 trilhão. "Cerca de 40% dessa dívida é devida por cerca de 400 empresas. A principal dívida é com o INSS. A segunda principal dívida é o ICMS, e a terceira é o Imposto de Renda"

Portanto, controlar os níveis de evasão fiscal deve ser um dos principais objetivos das autoridades tributárias. No entanto, fazer com que os contribuintes paguem corretamente os tributos é uma tarefa bem difícil, dados os limites estruturais da economia, os diversos incentivos à atividade de sonegação e em alguns casos, a aceitação desde comportamento.

3. OS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO NO BRASIL

O Regime Tributário é um conjunto de leis que rege a tributação de uma Nação. A opção pelo regime vale para todo o ano-calendário, portanto, entender o comportamento do mercado no qual a empresa se encontra pode auxiliar no momento da escolha.

Atualmente, as empresas podem tributar o seu resultado tendo como base uma das seguintes opções: Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional. A opção adotada determinará a forma de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O regime tributário que será definido para enquadrar as organizações terá um grande peso para a eficácia do Planejamento Tributário, pois ele quem definirá os

(27)

impostos que a empresa irá operar realizar a escolha de forma correta possui uma alta importância, pois é ela quem definirá a carga tributária a ser paga ao governo.

3.1. SIMPLES NACIONAL

De acordo com Receita Federal o Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicáveis às microempresas e empresas de pequeno porte, e possui regras diferenciadas para ambas. “ O levantamento de balancetes e balanços de forma adequada, reduzindo a insegurança e os prejuízos que podem que podem ser acarretados pela falta de registro de seus direitos e obrigações. ” (PÊGAS, 2010, p.579)

Entrou em vigor, no dia 01 de julho de 2007, o Simples Nacional possui um tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, como por exemplo, à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação como previsto na Lei Complementar Nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Para ser optante do regime a microempresa deve auferir em cada ano – calendário receita bruta igual ou inferior a R$ 360 mil reais e a de pequeno porte superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 3,6 milhões. Pode ser considerado como um regime favorecido a sua simplificação na hora de pagar os impostos, pagos em apenas uma taxa.

3.1.1.

QUEM PODE OPTAR PELO SIMPLES NACIONAL

Podem optar pelo Simples Nacional as microempresas (ME) que tiveram no ano anterior ao enquadramento, receitas brutas em montante igual ou inferior a R$

360.000,00 e as empresas de pequeno porte (EPP) que auferiram no ano anterior ao enquadramento receitas brutas em montante igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 e também não incorram nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar nº123, de 2006.

(28)

3.1.2. IMPEDIMENTOS

Várias são as atividades econômicas sem permissão para ingresso na sistemática do Simples Nacional, de acordo com a Lei complementar 123/2006 e suas alterações.

Desta forma se uma empresa que operacionar somente com essas atividades não poderá ingressar na sistemática do Simples Nacional, mas, se tiver mais de uma atividade, ou seja, sendo considerada ambígua e a outra não for impeditiva poderá solicitar a opção desde que declare de forma expressa que exerce tão somente a atividade que naquele momento não é impeditiva.

Embora sejam concomitantes, permitida e não permitida ao Simples Nacional a opção será aceita, mas, na hipótese da alteração da relação de códigos impeditivos ou ambíguos e essa atividade econômica passar a ser consideradas como impeditiva a Microempresa e Empresa de pequeno porte deverá efetuar a sua exclusão obrigatória, porém com efeito para o ano calendário subsequente.

Se a atividade econômica deixar de ser considerada impeditiva então a Microempresa e Empresa de pequeno porte passará o poder optar pelo Simples Nacional a partir do ano calendário seguinte ao da alteração desse código, desde que não incorra em nenhuma das vedações. Desta forma será apresentada à relação das atividades de forma atualizada no anexo A deste trabalho, de acordo com a resolução do CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011, em seu artigo 8º, inciso 1º.

3.1.3. BASE DE CÁLCULO

A apuração do valor devido do Simples Nacional pelas microempresas e empresas de pequeno porte será determinada conforme aplicação nas tabelas existentes mediante a devida atividade, onde encontra-se as 20 (vinte) diferentes alíquotas correspondentes a 20 (vinte) faixas de faturamento, conforme o que preceitua o artigo 2º da resolução CGSN5 nº 51 de 22 de dezembro 2008.

5 CGSN - Comitê Gestor do Simples Nacional

(29)

Depois de detectada a tabela a ser aplicada a microempresa ou empresa de pequeno porte deverá realizar a apuração do Simples Nacional a pagar com base na receita auferida no mês anterior.

Para efeito de recolhimento o contribuinte deverá considerar separadamente as receitas decorrentes da revenda de mercadorias das demais como venda de mercadorias industrializadas, prestação de serviço, mercadorias com substituição tributária incluindo também as exportações, inclusive as que são realizadas por meio de empresa comercial ou consórcio para negociação de compra e venda para o mercado internacional.

3.1.4. ALÍQUOTA

A alíquota dependerá do valor da receita bruta anual o contribuinte deverá usar como base as tabelas apresentadas na Lei Complementar nº 147, 7 de agosto de 2014

3.1.4.1. INCENTIVOS, CRÉDITOS E BENEFÍCIOS

A inscrição no Simples importa em vedação a utilização ou a destinação de qualquer valor a título de incentivo fiscal, bem como a tomada de créditos de IPI relativo a entradas, não sendo possível a transferência de créditos deste imposto

3.2. LUCRO PRESUMIDO

É uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro real.

(30)

Como o próprio nome já diz, para calcular o valor devido de impostos, a Receita Federal presume o quanto do faturamento da sua empresa foi Lucro, é uma presunção feita por parte do fisco, do que seria o lucro de uma empresa se caso não existisse a contabilidade.

A sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos 516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999). No regime de lucro presumido a pessoa jurídica pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) e IRPJ a alíquota é sempre 9% sobre a base de cálculo.

As alíquotas encontradas para base de cálculo conforme RIR/99 atribuem para o IRPJ:

1,6% - Revenda de combustível;

8% - A regra geral;

16% - Serviço de transportes que não seja de carga

32% - Prestação de serviços em geral, intermediação de negócios e administração, locação ou cessão de bens moveis, imóveis ou direitos.

E para CSLL, as seguintes definições:

12% - Regra geral

32% - Prestação de serviços em geral, intermediação de negócios e administração, locação ou cessão de bens moveis, imóveis ou direitos.

As pessoas jurídicas que optarem pelo lucro presumido deverão ter uma receita bruta total, no ano calendário, inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido.

3.2.1. IMPEDIMENTOS

• Pessoas jurídicas cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, empresas de

(31)

arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguro privado e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

• Pessoas jurídicas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

• Pessoas jurídicas que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruir de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto de renda;

• Pessoas jurídicas que, no decorrer do ano‐calendário, tenham efetuado o recolhimento mensal com base em estimativa;

• Pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,

seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (Factoring). (Lei 8.981/95, art. 36 e Lei9.430/96, art.58)

3.2.2. ALÍQUOTA

A Pessoa Jurídica deverá pagar a alíquota de 15% sobre o lucro presumido, apurado em conformidade com o Regulamento.

3.2.2.1. ADICIONAL

A parcela do lucro presumido que exceder ao valor resultante da multiplicação R$ 20.000,00 terá um adicional de 10% à alíquota do imposto a ser pago.

3.3. LUCRO REAL

No Lucro Real o contribuinte deverá calcular o IRPJ e a CSL sobre o lucro efetivamente auferido, considerando valores a adicionar ou descontar conforme as compensações permitidas pela lei. Assim, antes de afirmar qual foi a lucratividade real, é preciso verificar o lucro líquido de cada ano ou período, conforme a legislação, em outras palavras, para a apuração desse valor, a empresa terá que saber exatamente qual foi o seu lucro auferido para realizar a

(32)

base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Dessa forma, os encargos irão diminuir ou aumentar de acordo com a apuração, sendo que, se forem computados prejuízos durante o ano, a empresa fica dispensada do pagamento.

“Lucro Real é o lucro líquido do período, apurado com observância das normas das legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda. ” (SILVA, 2006, p.01).

As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real poderão determinar o lucro com base no balanço anual levantado em 31 de dezembro ou mediante levantamento de balanços ou balancetes intermediários mensais ou trimestrais em conformidade com a Lei nº 9.430/96

O regime adotado no lucro real não é cumulativo para o PIS e o COFINS, apesar de a alíquota dessas contribuições ser superior ao lucro presumido — 9,25% sobre o faturamento — aqui existe a possibilidade de descontar créditos com base em alguns fatores — como o montante da depreciação dos ativos, o consumo de energia elétrica, dentre outros e no lucro real, a empresa fica obrigada a apresentar à Receita Federal alguns registros específicos do seu sistema contábil e financeiro.

3.3.1. PESSOAS JURIDICAS ENQUADRADAS NO LUCRO REAL

Estão obrigadas desde 01.01.2014, ao Regime de Lucro Real as seguintes pessoas jurídicas:

• Cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$

78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de

(33)

atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses (limite estabelecido pela Lei 12.814/2013);

• Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

• Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

• Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

• Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2 da Lei 9.430/1996;

• Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (Factoring).

• Que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio.

• Também estão obrigadas ao Lucro Real as empresas imobiliárias, enquanto não concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (IN SRF 25/1999). O custo orçado é a modalidade de tratamento contábil dos custos futuros de conclusão de obras.

(34)

3.3.2

.

BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo do Regime de Tributação Lucro real é determinada segundo a lei vigente na data da ocorrência do fato gerador, é o lucro correspondente ao período da apuração.

Integrará a base todos os ganhos e rendimentos de capital, qual quer que seja a denominação, que lhes seja dada independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título de contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do imposto.

3.4. LUCRO PRESUMIDO X LUCRO REAL X SIMPLES NACIONAL

Uma análise detalhada no fechamento dos balancetes e no balanço da empresa implicara na economia da CSLL para a organização, pois cada lançamento contábil tem um reflexo tributário a favor ou contra a saúde financeira da empresa.

Para melhor demonstrar a importância de um bom planejamento tributário, será apresentado a seguir alguns exemplos dos regimes tributários.

O quadro a seguir demonstra a carga tributária no Lucro Real.

Lucro Real - Comércio

Receita Bruta (Mensal) R$ 30.000,00

ICMS sobre Venda % R$ -

ICMS: Crédito sobre Compras % R$ -

PIS 1,65% R$ 495,00

COFINS 7.6% R$ 2.280,00

Crédito de Pis/Pasep sobre aquisições R$ - Crédito de Cofins sobre aquisições R$ - Outros valores de créditos de Pis/Pasep e Cofins % R$ -

Receita Líquida R$ 27.225,00

(35)

Custo de Mercadoria Vendida % R$ -

Margem Bruta R$ 27.225,00

Folha pagamento s/ Receita Bruta % R$ - Encargos sociais sobre a folha % R$ - Despesas diversas s/ Receita Bruta % R$ -

Lucro Líquido R$ 27.225,00

CSLL 9% R$ 2.450,25

IR 15% R$ 4.083,75

Adicional de IR se > de 20 mil 10% R$ 722,50

Lucro do Exercício R$ 19.968,50

Fonte: Econet Editora 2012

Quadro 1: Simulação Lucro Real

O quadro a seguir demonstra a carga tributária do Lucro Real Lucro Presumido - Comércio

Receita Bruta (Mensal) R$ 30.000,00

ICMS sobre Venda % R$ -

ICMS: Crédito sobre Compras % R$ -

PIS 0,65% R$ 195,00

Cofins 3% R$ 900,00

Receita Líquida R$ 28.905,00

Custo de Mercadoria Vendida % R$ -

Margem Bruta R$ 28.905,00

Folha pagamento s/ Receita Bruta % R$ - Encargos sociais sobre a folha % R$ - Despesas diversas s/ Receita Bruta % R$ -

Lucro Líquido R$ 28.905,00

Tributação Presumida

Base de Cálculo da CSLL % sore a Recita Bruta 12% R$ 3.600,00

CSLL 9% R$ 324,00

Base de Cálculo de IRPJ% Sobre Receita Bruta 8% R$ 2.400,00

IR 15% R$ 360,00

Adicional de IR se > de 20 mil 10% R$ -

Lucro do Exercício R$ 28.221,00

Fonte: Econet 2012

Quadro 2: Simulação Lucro Presumido

(36)

O quadro a seguir demonstra a carga tributária do Simples Nacional Simples Nacional - Comércio

Receita Bruta (Mensal) R$ 30.000,00

Receita Líquida R$ 30.000,00

Custo de Mercadoria Vendida % R$ -

Margem Bruta R$ 30.000,00

Folha pagamento s/ Receita Bruta % R$ - Encargos sociais sobre a folha % R$ - Despesas diversas s/ Receita Bruta % R$ -

Lucro Líquido R$ 30.000,00

Receita Acumulada dos Últimos 12 meses R$ 360.000,00

Encargos Fiscais (anexo l do Simples

Base de Cálculo (Alíquota correspondente à Tabela do

Simples 5,74%

DAS à Recolher R$ 1.641,00

Lucro do Exercício R$ 28.359,00

Fonte: Econet Editora 2012

Quadro 3: Simulação Simples Nacional

O quadro a seguir demonstra a comparação do Lucro do exercício entre os três regimes.

Resumo Comparativo – Comércio

Lucro Real R$ 28.905,00

Lucro Presumido R$ 28.221,00

Simples Nacional R$ 28.359,00

Fonte: Econet 2012

Quadro 4: Comparativo dos enquadramentos

(37)

3.4.1. PARECER FINAL

O quadro a seguir demonstra a comparação entre as cargas tributárias nos três regimes tributários:

TRIBUTOS LUCRO REAL LUCRO

PRESUMIDO

SIMPLES NACIONAL PIS

R$

495,00

R$

195,00

COFINS

R$

2.280,00

R$

900,00

ICMS

INSS

FGTS

Contr.Conf.

IRPJ

R$

4.806,25

R$

360,00

CSLL

R$

2.450,25

R$

324,00

SIMPLES

NACIONAL

R$

1.641,00 TOTAL

R$

10.031,50

R$

1.779,00

R$

1.641,00

Fonte: Elaborada pela a autora

Quadro 5: Comparação da carga tributária entre os três regimes de enquadramento

Diante das demonstrações anteriores, conclui – se que neste caso o melhor Regime de enquadramento é o Simples Nacional, pois a carga tributária é menor comparada com as outras.

Para o cálculo do Simples foi utilizado o percentual de 5.47% conforme a Lei Complementar 139/2011. Vale ressaltar que o Simples Nacional já está integrado os impostos como o IRPJ, CSLL, PIS entre outros. Por isso a forma de tributação é a mais simplificada.

Já no Lucro Real a carga tributária demonstrada se tornou seis vezes maior que no Lucro Presumido isto acontece devido não trazer o PIS/COFINS sobre a compra pois se tratando do Lucro Real pode – se usar os créditos das compras para abater os débitos das vendas.

Contudo no Lucro Presumido a apuração da carga tributária é de forma simplificada do IR e CSLL. E tem como finalidade facilitar o pagamento do

(38)

Imposto de Renda, sem ter que recorrer à complexa apuração do Lucro Real, ou seja, capaz de apurar o resultado antes do último dia do mês subsequente ao encerramento do trimestre.

(39)

4.CONCLUSÃO

Ao término deste trabalho pode – se concluir que o Planejamento Tributário deve fazer parte do cotidiano de qualquer empresa. Trata-se de uma decisão estratégica que pode determinar o sucesso ou não de um negócio, visto que uma decisão errada pode resultar na descontinuidade de suas atividades ou até falência.

O Brasil é um dos países que possui a maior carga tributária, o que faz com que as empresas paguem um montante significativo de impostos sobre as suas receitas. Em função disso, os empresários e profissionais envolvidos necessitam de uma alternativa rápidas e precisas para a redução de seus custos, porém utilizando sempre a forma lícita evitando a evasão de forma que obtenha sucesso maximizando seus lucros.

Neste trabalho também ficou evidente que antes de se iniciar uma empresa é necessário um planejamento anual do futuro da empresa incluindo o melhor enquadramento tributário para a organização, o que tem um grande peso no planejamento de economia para o contribuinte.

O ramo empresarial deve reconhecer que o planejamento tributário hoje em dia é essencial para a o aumento da obtenção de lucro e que não pode ser deixado de lado. Pensar com antecedência, realizar simulações, buscar e preparar os profissionais para que possam contribuir de forma eficiente, são peças fundamentais que conduz a empresa à economia de impostos dentro da lei e garante maior lucro e maior competitividade no mercado que a cada dia se torna mais criterioso.

(40)

REFERENCIAS

Alegretti, Laís. (19 de Setembro de 2016). Folha Uol. Acesso em 03 de Abril de 2017, disponível em Carga Tributára:

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/09/1814731-carga-tributaria-sobe- para-3266-do-pib-em-2015-diz-receita.shtml

Carlo, J. (12 de Fevereiro de 2015). Administradores. Acesso em 15 de Março de 2017, disponível em Administradores:

http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/regime-de- tributacao-conceito/84825/

CASTRO, F. d. (2002). Planejamento Tributário: A lógica do Sistema e Manicômio Jurídico Tributário. Em Cadernos de Temas Jurídicos (pp. Seção Santa Catarina. nº 106. Caderno de Temas Juridico, p. 6/7). Florianopolis.

CAZARRA, R. A. (2011). Curso de direito Contitucional Tributario. São Paulo:

Malheiros Editores.

Colunista Portal. (26 de Fevereiro de 2014). Portal Educação. Acesso em 15 de Março de 2017, disponível em Planejamento tributário: conceito, importância e objetivos:

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/planejame nto-tributario-conceito-importancia-e-objetivos/54735

DERZI, M. d., & COÊLHO, S. C. (São Paulo, abr. 2005). PIS/Cofins: Direito de crédito nas entradas e saídas isentas ou com alíquota zero . Revista Dialética de Direito Tributário , Dialetica n. 115, p. 143 - 154.

Desconhecido. (14 de Março de 2014). Gestor Total. Acesso em 18 de Março de 2017, disponível em Diferença entre Impostos, Taxas e Contribuição:

http://www.gestortotal.com.br/blog/diferenca-entre-impostos-taxas- contribuicoes

(41)

Dino. (02 de Junho de 2016). Exame. Acesso em 03 de Abril de 2017, disponível em Elevada carga tributária para empresas bloqueia crescimento da economia brasileira: http://exame.abril.com.br/negocios/dino/elevada-carga-tributaria- para-empresas-bloqueia-crescimento-da-economia-brasileira-

dino89096487131/

DORIA, A. R. (1977). Elisão e Evasão Fiscal. São Paulo: RT.

Ferreira, C. G. (02 de Abril de 2015). Conteúdo Jurídico. Acesso em 15 de Março de 2017, disponível em Conceitos Essenciais no Planejamento Tributário:

http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,conceitos-essenciais-no- planejamento-tributario,52926.html

G1. (30 de Dezembro de 2016). G1 Economia. Acesso em 20 de Janeiro de 2017, disponível em Globo: http://g1.globo.com/economia/seu-

dinheiro/noticia/brasileiros-ja-pagaram-r-2-trilhoes-em-impostos-em- 2016.ghtml

Giraldi, S. C. (16 de Abril de 2014). Jurisway. Fonte: A ELISÃO FISCAL COMO FORMA DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO:

https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=13154

Guia Tributário. (20 de Fevereiro de 2013). Guia Tributário. Acesso em 01 de Abril de 2017, disponível em Saiba o que é tributo e suas espécies:

https://guiatributario.net/2013/02/20/saiba-o-que-e-tributo-e-quais-suas- especies/

HUCK, H. M. (1997, ). Evasão e Elisão: Rotas Nacionais e Internacionais do Planejamento Tributário. São Paulo: Saraiva.

JÚNIOR, J. B. (2003). Pratica contábil: Assuntos Tributários. São Paulo: Atlas .

Justiça, S. T. (11 de Abril de 2017). Jusbrasil. Acesso em 16 de Abril de 2017, disponível em Art. 16 do Código Tributário Nacional - Lei 5172/66:

(42)

https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10589645/artigo-16-da-lei-n-5172-de-25- de-outubro-de-1966

Martello, Alexandro. (19 de Setembro de 2016). G1 Economia. Acesso em 20 de Março de 2017, disponível em Globo:

http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/carga-tributaria-sobe-para- 3266-do-pib-em-2015-diz-receita-federal.html

Nakagawa, Fernando. (16 de Março de 2016). Exame Abril. Acesso em 03 de Abril de 2017, disponível em Brasil tem maior carga tributária da América Latina:

http://exame.abril.com.br/economia/brasil-tem-maior-carga-tributaria-da- america-latina/

Pinheiro, A. M. (26 de Outubro de 2009). Jurisway. Acesso em 03 de Abril de 2017, disponível em As Espécies Tributárias: Impostos, Taxas e Contribuições:

https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3117

República, P. d. (27 de Dezembro de 1990). Planalto. Acesso em 15 de Março de 2017, disponível em Presidência da República Casa Civel:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8137.htm

Zanluca, J. C. (01 de Janeiro de 2017). Portal Tributário. Fonte: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA 2017:

http://www.portaltributario.com.br/planejamento.htm

Referências

Documentos relacionados

Após cada colheita de sangue foi efectuado um teste individual ao respectivo soro (num total de 6 testes para o coelho 4 e 2 testes para o coelho 6) de forma a estudar a

Note-se que o acúmulo subjetivo passivo formado no caso em tela não se enquadra nas hipóteses de litisconsórcio unitário - que demandaria solução idêntica

A Polícia Civil de Canela di- vulgou, nesta quinta (28), ima- gens de assaltos ocorridos na cidade nesta semana, captadas por câmeras de segurança, com o intuito de

Neste trabalho foram considerados processos interativos em três diferentes contextos de uso da linguagem: formas de interação entre emissor (autor) e receptor (leitor) de cartas

Os resultados demonstraram que é possível verificar a presença de carbonatos nos pós de titanato de bário obtidos por Pechini utilizando a técnica de FT-IR e que com um

A relação dos candidatos que tiveram suas inscrições indeferidas por não se enquadrarem nas exigências estabelecidas no presente Edital, estará disponível no pólo UAB, num prazo

Neste caso, dever-se-ia ainda referir que a prossecução do julgamento para conhecimento também do crime de roubo de Eduardo, do qual resultou a sua morte, colocaria um

O responsável através do seu login e senha pessoal deverá acessar o Partal do aluno, em Menu – Central do aluno – Ocorrências e clicar no ícone Ciente.. Manual SGE •