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Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.9 número5

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Academic year: 2018

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R Dental Press Ortodon Ortop Facial 5 Maringá, v. 9, n. 5, p. 5, set./out. 2004

Ao compor esta edição, que marca o 8º aniversário da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, tivemos a felicidade de reunir artigos das mais variadas áreas com as quais a Ortodontia está envolvida. Diante dessa diversidade, uma reflexão foi inevitável: a amplitude da formação e da atuação ortodôntica. Da biologia intrínseca a cada movimentação ortodôntica ao papel do diagnóstico que evolui com os novos equipamentos de imagem, todos os nossos passos estão relacionados à agregação de infor-mações e, mais precisamente, à nossa formação científica. Todas as edições da Revista constatam a afirmação acima, mas também remetem a novos horizontes. Por exemplo, diante do debate sobre a ética no uso de células tronco, reacendido pelo trâmite da lei de Biossegurança na Câ-mara dos Deputados, nos perguntamos o que está por vir em nossa profissão? Sabendo das possibilidades surgidas a partir da especialização dessas células, como será a manipulação dos tecidos para o uso odontológico? E também os avanços na genética nos fazem pensar que, um dia, será possível o controle das displasias de crescimento facial, e por que não, das más oclusões, ou pelo menos algumas delas. Neste campo a ética destaca-se como um verdadeiro órgão de regulação que dá credibilidade às boas intenções e, ao mesmo tempo, coibe o abuso.

Por isso, o debate, com bom senso e capacitação, compreende uma das dimensões mais importantes da ciência. As leis e os Comitês de Ética refreiam a atuação de profissionais sem gabarito buscando impedi-los de usarem as inovações científicas sem um respaldo ético. O movimento de discussão sobre a ética prossegue con-comitante ao avanço da ciência, ao surgimento de novas tecnologias e, na medida do possível, norteia as atitudes para pesquisas conduzidas com mais esmero.

No caso específico dos Comitês de Ética implantados em algumas instituições, adotou-se o código de ética de Helsinque para procedimentos de pesquisas com ani-mais e humanos. Para que seja executada, uma pesquisa precisa ter a aprovação do comitê. Isso garante que os projetos transcorram com respeito às normas éticas. Isto é relevante se considerarmos que a investigação cientí-fica deve mostrar com transparência como executou o trabalho, já que a documentação desse material (leia-se publicação em veículos especializados) é imprescindível para sua veracidade.

Diante desse rigor, cada vez mais necessário no meio científico, instituímos um protocolo adicional para aceitação de originais em nossa revista. A partir dessa edição, os artigos deverão ser enviados com um termo de submissão, disponível no site www.den-talpress.com.br (na seção revistas), e que especifica algumas situações importantes para que a publicação

A Ética e a grandeza da Ortodontia

E

D I T O R I A L

espelhe a ética com a qual a pesquisa foi realizada. Embora esta atitude com respeito à ética somente tenha sido documentada com esta nova medida, ela sem-pre foi sem-preocupação de nosso quadro editorial, além de ser respaldada pelos comitês das respeitadas instituições de origem dos autores que aqui publicam. Este envolvi-mento ético já vem sendo exposto e, nesta edição, essa preocupação aparece no trabalho dos doutores Jussara Ennes e Alberto Consolaro sobre a maturidade da sutura palatina mediana, que nos faz refletir sobre a seriedade e respeito ao ser humano.

Nesta edição ainda, incluímos assuntos que vão desde a cirurgia ortognática - cada vez mais integrada aos tratamentos ortodônticos - num artigo que expõe as alterações do perfil labial nos avanços de maxila; passando pelas áreas de Epidemiologia (e as anomalias dentárias); Genética (e as fissuras lábio palatinas); Crescimento Cra-niofacial; Desordens Temporomandibulares (e os fatores oclusais de risco). Esse material, associado aos temas especificamente ortodônticos, como a distalização por meio de métodos intra-bucais (“Jones Jig”), o diagnóstico da assimetria na Classe II subdivisão, e o tratamento da Classe II, divisão 1, com ausência congênita de incisivo lateral superior mostrarão que os autores – e a pesquisa ortodôntica nacional – já estão “carimbados” com o selo de ética.

Além destes artigos, também temos a satisfação de destacar a entrevista com o Dr. Paulsen, que representa a Ortodontia realizada no continente europeu. Mundial-mente conhecido por sua experiência com o aparelho de Herbst e por seus casos de auto-transplantes, o professor Paulsen tem encorajado a comunidade ortodôntica a empregar, cada vez mais, novos recursos reabilitadores, sempre com ética. Outro exemplo que se sobressai nessa edição: o seção tópico especial, escrito pela Professora Rejane Ribeiro-Rotta, da Universidade Federal de Goiás, reúne o que há de novo e disponível em relação ao diagnóstico por imagens.

É claro que nós, que editamos uma revista, assim como todos os leitores, autores e colaboradores assumi-damente apaixonados pela profissão, temos a tendência de enaltecer a Ortodontia. Sinceramente, a presente edição, acrescida dos debates em vigor e as mudanças acompanhadas pela sociedade em geral, comprovam a diversidade com a qual estamos envolvidos. Que a presente edição traga aos nossos leitores uma agradável atualização, além de uma amostra da amplitude de nossa profissão. Podemos dizer, enfim, que a grandeza da Orto-dontia caminha junto à sua preocupação ética.

Referências

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