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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO MILENA DA SILVA RESORT PARA A CIDADE DE CASCAVEL - PR

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MILENA DA SILVA

RESORT PARA A CIDADE DE CASCAVEL - PR

CASCAVEL

2014

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MILENA DA SILVA

RESORT PARA A CIDADE DE CASCAVEL - PR

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da FAG, apresentado na modalidade Projetual, como requisito parcial para a aprovação na disciplina: Trabalho de Curso: Defesa.

Orientador: Professor Heitor Othelo Jorge Filho

CASCAVEL

2014

(3)

MILENA DA SILVA

RESORT PARA A CIDADE DE CASCAVEL - PR

DECLARAÇÃO

Declaro que realizei em Outubro de 2014 a revisão linguístico textual, ortográfica e gramatical da monografia de Trabalho de Curso denominado: RESORT PARA A CIDADE DE CASCAVEL - PR, de autoria de Milena da Silva, discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo - FAG.

Tal declaração contará das encadernações e arquivo magnético da versão final do TC acima identificado.

Cascavel, 22 de Outubro de 2014.

Ana Rubia da Costa de Oliveira Licenciada em Letras/UNIOESTE/2014

RG nº (9.040.872/0 SSP-PR)

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

MILENA DA SILVA

RESORT PARA A CIDADE DE CASCAVEL - PR

Trabalho apresentado no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG, como requisito básico para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do arquiteto professor Heitor Othelo Jorge Filho.

BANCA EXAMINADORA

Arquiteto Orientador Faculdade Assis Gurgacz Prof. Arq. Heitor Othelo Jorge Filho

Arquiteto Avaliador Faculdade Assis Gurgacz

Prof. Arq. Guilherme Ribeiro De Souza Marcon

Cascavel, 22 de Outubro de 2014

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus, por sempre estar presente e proporcionar momentos maravilhosos em minha vida.

Aos meus pais, Iracema Terezinha Casarolli da Silva e Aparecido Donizetti da Silva e ao meu irmão, Marcelo Anderson da Silva, por me apoiarem e me darem o alicerce essencial à todas as minhas conquistas. Vocês me ensinaram a não desistir e sempre batalhar para realizar os meus sonhos, são exemplos de pessoas guerreiras para mim.

Ao meu namorado, Rafael Figueiredo, pela paciência e carinho que dedicou.

As minhas amigas Mica, Karol e Kawana, por constantemente estarem presentes em minha vida e pelo incentivo durante esses 5 anos e a todas as pessoas que nesse tempo contribuíram de alguma forma para que, eu concluísse a minha graduação.

A todos os Professores que colaboraram para meu aprendizado e formação,

com certeza vou lembrar de cada um, por toda vida. E em especial ao meu

orientador Heitor Othelo Jorge Filho que, me conduziu no meu trabalho de conclusão

de curso, me dando suporte necessário para que, pudesse findar este trabalho.

(6)

RESUMO

Em decorrência da carência de opções de lazer na região oeste do Paraná, e o interesse da população local por esse tipo de atrativo, buscou-se nesse trabalho realizar uma proposta projetual de um Resort para ser instalado na área rural da cidade de Cascavel - PR, que estaria localizado a 15 minutos do centro da cidade. O presente estudo utilizou de informações relevantes, referências, correlatos, diretrizes projetuais e pesquisas bibliográficas, que servirão de embasamento teórico para o projeto, esse empreendimento tem por fim, trazer uma alternativa à região de um local demasiadamente diferente do que já existe, proporcionando aos usuários novas opções de lazer, diversão, conforto e tranquilidade. A proposta consiste em uma arquitetura contemporânea, aplicando técnicas de cunho sustentável enfocando a preservação ambiental, e pelo fato do Resort se tratar de uma estrutura complexa, o mesmo terá tudo o que o hóspede necessita para passar alguns dias ou até mesmo semanas no complexo. O Resort também servirá para realizar eventos, reuniões de negócios e convenções, tendo um lugar diferenciado só para essas ocasiões. Além do empreendimento trazer benefícios para os turistas, o mesmo ajudará no desenvolvimento econômico da região e disponibilizará novas oportunidades de empregos, beneficiando a todos os envolvidos.

Palavras chave: Proposta Projetual. Resort. Turismo. Atividades recreativas.

(7)

ABSTRACT

Due to the lack of leisure facilities in the western region of Paraná, and the interest of the local population for this kind of attractive, in this work we sought to perform a projetual proposed a Resort to be installed in the rural area of the city of Cascavel - PR which would be located 15 minutes from the city center. The present study used relevant information, references, correlates, projetuais guidelines and literature searches, which will serve as the theoretical foundation for the project, this project aims to bring an alternative to a region too different from what already exists place, providing users new options for leisure, entertainment, comfort and tranquility. The proposal consists of a contemporary architecture, applying sustainable techniques imprint focusing on environmental preservation, and because of the Resort it is a complex structure, it will have everything the guest needs to spend a few days or even weeks in the complex. The Resort also serve to hold events, business meetings and conventions, taking a different place just for these occasions. Venture beyond the benefit to tourists, it will help in the economic development of the region and provide new job opportunities, benefiting all involved.

Key words: Projetual proposal. Resort. Tourism. Recreational activities.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Brasil, Paraná, Cascavel ... 19

Figura 2 - Paraná, Cascavel ... 19

Figura 3 - Localização Geográfica Do Rio Quente Resorts ... 33

Figura 4 - Vista aérea do Hot Park ... 33

Figura 5 - Mapa ilustrado Rio Quente Resorts ... 34

Figura 6 - Vista aérea do complexo Costa do Sauípe ... 36

Figura 7 - Mapa Costa do Sauípe ... 36

Figura 8 - Implantação Costa do Sauípe ... 37

Figura 9 - Complexo Costa do Sauípe ... 38

Figura 10 - Vista Externa ... 39

Figura 11 - Vista da varanda ... 40

Figura 12 - Espelho d'água ... 41

Figura 13 - Vista externa ... 41

Figura 14 - Local de Intervenção ... 43

Figura 15 - Local de Intervenção ... 44

Figura 16 - Vista da BR 369 ao Terreno ... 44

Figura 17 - Terreno com vista para BR 369 sentido Corbélia - PR ... 45

Figura 18 - Terreno com vista para a BR 369 sentido Cascavel - PR ... 45

Figura 19 - Vista Frontal do Terreno ... 46

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

FAG - Faculdade Assis Gurgacz;

PR - Paraná;

SÉC. - Século;

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso;

PVC - Policloreto de Vinil

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 15

1.1 FUNDAMETAÇÃO TEÓRICA ... 16

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 17

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO: RESORT PARA A CIDADE DE CASCAVEL - PR... 18

2.1 CASCAVEL - PR ... 18

2.1.1 Breve história de Cascavel - PR ... 19

2.2 HOTEL ... 20

2.2.1 Acessibilidade em Hotéis ... 21

2.3 RESORT ... 22

2.4 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE HOTÉIS, POUSADAS E RESORTS ... 23

2.5 LAZER E TURISMO ... 24

2.5 PAISAGISMO ... 25

2.7 SUSTENTABILIDADE ... 27

3 CORRELATOS E ABORDAGENS ... 31

3.1 RIO QUENTE RESORT ... 32

3.2 COSTA DO SAUÍPE ... 35

3.3 CASA HS QUINTA DA BARONEZA ... 38

3.4 ANÁLISES APARTIR DE REFRÊNCIAS E CORRELATOS ... 42

4 APLICAÇÃO NO TEMA DELIMITADO ... 42

4.1 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL DE INTERVENÇÃO ... 42

4.2 CONCEITUAÇÃO E PARTIDO ARQUITETÔNICO ... 46

4.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES ... 48

6 CONSIDERAÇÕES ... 50

REFERÊNCIAS ... 51

APÊNDICE 01 ... 56

APÊNDICE 02 ... 57

APÊNDICE 03 ... 58

APÊNDICE 04 ... 59

APÊNDICE 05 ... 60

APÊNDICE 06 ... 61

(11)

1 INTRODUÇÃO

Essa pesquisa trata-se de um projeto projetual e teórico de um Resort para a cidade de Cascavel/PR, que será implantado na região Norte de Cascavel mas precisamente na região rural, que beneficiará a atividade turística, lazer, prática de hospedagem, atividades recreativas e atividades culturais, proporcionando aos turistas o relaxamento e diversão desejada. Um lugar diferenciado que possibilite o contato direto com a natureza.

A disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade Assis Gurgacz, está relacionada ao grupo de pesquisa de Estudos e discussão de arquitetura e urbanismo

.

A busca por lazer, tranquilidade e um bom lugar para se divertir vem cada dia sendo mais procurado pelas pessoas, isto ocorre porque com o agito do dia-a-dia as pessoas procuram quando podem se afastar das cidades e se refugiam em lugares tranquilos que possam relaxar, se divertir e realizar atividades ao ar livre. Mas nem sempre encontram esses lugares perto de suas cidades, e devido a isso precisam se deslocar para longe. Com a carência desses lugares na região Oeste do Paraná, este trabalho irá desenvolver uma proposta para o mesmo, para atender a região e também turistas, além de trazer uma nova opção de lazer, o Resort beneficiará a região trazendo mais turistas e beneficiando a economia local.

Vários assuntos foram abordados e explorados para a realização desse trabalho, para chegar ao tema principal, que foram: tecnologia da construção e suas inovações, paisagismo e estudos sobre o contexto da arquitetura no âmbito global e local.

A linha de pesquisa em que se enquadra o presente trabalho é a de

"Arquitetura e Urbanismo", o grupo de pesquisa do trabalho é o Estudos e discussão de arquitetura e urbanismo, pois o tema proposto necessita de vários estudos para um desenvolvimento adequado, solucionando ou minimizando seus presentes ou futuros problemas.

O objetivo geral é elaborar uma proposta teórica e projetual de um Resort para a cidade de Cascavel - PR, oferecendo a população mais uma opção de lazer.

E os objetivos específicos são: Realizar pesquisas com bases bibliográficas e web,

analisar a importância do desenvolvimento do turismo, pesquisar sobre paisagismo e

sustentabilidade, projetar os espaços visando o conforto, bem estar e preservando a

(12)

natureza, propor estratégias sustentáveis, analisar correlatos que venham a ajudar na proposta projetual, definir a área e o terreno que o projeto será implantado e desenvolver uma proposta projetual para um Resort para a cidade de Cascavel - PR.

Como justificativa deste estudo, se verificará as vantagens de executar um projeto na região, no qual, possivelmente o turismo melhoraria o desenvolvimento socioeconômico, contribuindo para a geração de novos empregos além de oferecer não apenas um local para hospedagem, mas também de diversão, atividades culturais, tranquilidade e lazer. Este tema foi escolhido devido ao fato da carência de lugares para lazer e diversão na região de Cascavel - PR.

1.1 FUNDAMETAÇÃO TEÓRICA

O trabalho se debruçará sob a temática da viabilidade de construção de um Resort, próximo a cidade de Cascavel/PR, utilizando da fundamentação teórica como embasamento para a construção do projeto.

O projeto apresentará técnicas de cunho sustentável enfocando a preservação ambiental, assim Meirinõ (2004), nos retrata que, o papel do arquiteto em respeito a sustentabilidade, é cada dia mais importante, porque é ele o responsável em elaborar projetos energeticamente eficiente, de adaptar a arquitetura ao clima, considerando os principais aspectos como iluminação natural, acabamentos e matérias adequados a região, a ventilação natural entre outros.

Enfim sempre buscando uma edificação inteligente, desnecessariamente automatizada e menos casuística. (MEIRIÑO, 2004)

Além do benefício ambiental o projeto do Resort propiciará ganhos a economia local, assim, o que se observa é que de alguns anos para cá, as atividades turísticas têm tido um papel muito importante ao que se diz respeito ao desenvolvimento e crescimento da economia mundial. ''O Turismo detém hoje grande parte do PIB - Produto Interno Bruto de muitos países que têm melhorado suas condições econômicas em decorrência do avanço que o setor tem proporcionado''. (DIAS E MONTANHEIRO, 2003, p. 01)

A partir de pesquisas divulgadas em 2011 pelo Ministério do Turismo (2012),

52,3% dos estrangeiros tem preferência em hotéis, pousadas ou flats para se

hospedarem. Principalmente na temporada de verão, a busca por esses locais é

grande.

(13)

É neste embasamento que o projeto do Resort se insere para a cidade de Cascavel - PR, buscando atrair turistas para região, proporcionando o aumento da economia e sugerindo a opção de um novo lazer, promovendo ambientes calmos, com ligação direta a natureza com muita diversão.

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia adotada nesta pesquisa é de cunho bibliográfico, em que se recorreu a artigos já publicados e fontes secundárias. Segundo Lakatos e Marconi (1992) "esta que pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexível que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para de conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais, encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos". (LAKATOS;

MARCONI, 1992, p. 43)

A pesquisa exploratória é definida sobre o tema Resort, tema sobre o qual o pesquisador tem pouco entendimento, sendo, portanto, necessário buscar elementos para auxiliar a compreensão. Para Gil (1996) a pesquisa exploratória ''tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná- lo mais explicito ou a constituir hipóteses, pode se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições''.

(GIL, 1996, p. 41)

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida em materiais já publicados,

principalmente artigos científicos, livros e estudos disponibilizados na web. O

levantamento bibliográfico tem como principal vantagem a cobertura de uma série de

casos com mais extensão. (GIL, 2006)

(14)

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO: RESORT PARA A CIDADE DE CASCAVEL - PR

Aqui apresentará uma contextualização sobre o assunto em estudo, trazendo um breve histórico do que é um hotel e resort e suas diferenças, o local da implantação, a sustentabilidade e demais assuntos relacionados. Estudos esses que foram desenvolvidos através de pesquisas bibliográficas, artigos, monografias entre outros, material utilizado para fornecer embasamento para a futura realização do projeto Resort.

2.1 CASCAVEL - PR

Com cerca de 300 mil habitantes, Cascavel (

Figura 1) é uma cidade jovem e promissora, consolidou a posição de polo econômico regional e epicentro do Mercosul. Possui mais de 21 mil estudantes de ensino superior em sete instituições de ensino a cidade destaca-se como polo universitário, tendo ainda, boas referências na prestação de serviços e na medicina.

Possui uma grande infraestrutura, comércio e serviços, que demonstram toda a grandiosidade tecnológica da cidade. (PORTAL DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL - GEO PORTAL)

As forças que tornaram Cascavel um polo regional também estão ligadas ao agronegócio, desde a presença de culturas agroindustriais, passando pela comercialização, até o desenvolvimento da oferta de serviços cada vez mais especializados. Somente no setor de avicultura, um dos mais expressivos da região, mais de 2 milhões de aves são abatidas diariamente. (PORTAL DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL - GEO PORTAL).

Com relação aos esportes a cidade destaca-se nacional e internacionalmente nos esportes individuais e coletivos como automobilismo, canoagem, handebol, atletismo e futsal. " A cidade é também polo cultural de expressão mundial, sediando eventos anuais como os festivais de música, dança, teatro, cinema e Mostra

Cascavelense de Artes Plásticas." (PORTAL DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL - GEO PORTAL) (

Figura 2)

Segundo o site Hotéis e Pousadas (2014), os principais hotéis e pousadas de

Cascavel atualmente são: Deville Express Cascavel; Bourbon Cascavel Express

Hotel; Grand Prix Hotel; Copas Verdes Hotel; Harbor Querência Hotel; Hotel

(15)

Regente Express. O que de fato são hotéis mais executivos para outras finalidades, não basicamente para lazer.

Figura 1 - Brasil, Paraná, Cascavel

FONTE: Adryel, 2009 Figura 2 - Paraná, Cascavel

FONTE: Wikipédia, 2010

2.1.1 Breve história de Cascavel - PR

Segundo o Portal do Município de Cascavel – PR:

Foram os espanhóis, que em 1557 iniciaram a ocupação na região de Cascavel, que era habitada pelos índios caingangues, logo mas tarde em 1730 foram os tropeiros que iniciaram uma nova ocupação. O povoamento do município deu-se início no final da década de 1910, por descendentes de imigrantes eslavos e colonos caboclos. Várias famílias de Santa Catarina e do Rio Grande do sul, em especial, colonos poloneses, alemães e italianos,

(16)

que juntos formaram a base populacional da cidade, foram atraídos pelo plantio de erva-mate e o ciclo da madeira. Na medida em que as áreas de mata nativa eram desmatadas, a extração madeireira cedia lugar ao setor agropecuário, base econômica do município até os dias atuais. A emancipação de Cascavel finalmente ocorreu em 14 de dezembro de 1952.

Devido a sua topografia privilegiada, a cidade pôde ser desenvolvida facilmente com ruas e avenidas largas e bairros bem distribuídos.

2.2 HOTEL

Em paralelo com o desenvolvimento do comércio entre as cidades é que se teve origem os hotéis. As rotas comerciais na Ásia, Europa e África, na Antiguidade, tiveram origem nos núcleos urbanos e consequente o surgimento de hospedarias para abrigar os viajantes que por ali passavam. Os mosteiros na idade média também serviam como hospedagem para os viajantes. Naquela época Hospedar, era uma virtude moral e espiritual. (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2012)

Segundo Campos (2003), a hotelaria é uma indústria de bens de serviços que possui características de organização, fornecimento de hospedagem, segurança e alimentação próprias. O primeiro índice que se tem se “hotel” foi em 450 A.C, em Olímpia na Grécia no sopé do monte Cronos, quando foi construída a primeira hospedaria especifica para hospedar os visitantes que chegavam para assistir aos jogos olímpicos. O termo “hotel” é recente, anglicanismo norte-americano, derivado do francês antigo "hostel", depois "hotel", significando, no século XVII, "pousada".

(CAMPOS, 2003)

Segundo o Ministério do Turismo (2012), a hospedagem, como atividade financeira, surge somente no final do século XVIII com a Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo. Após a Segunda Guerra Mundial, nos países desenvolvidos, houve um grande crescimento econômico e, por consequência, a ampliação da renda da população, o que acarretou um grande aumento no número de viajantes. (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2012)

Segundo Barbosa (2010), a hotelaria ao decorrer dos anos buscou sempre acompanhar o desenvolvimento das demandas turísticas, principalmente observando a duração das viagens, a motivação e o perfil dos hospedes para que possam atender suas necessidades. O crescimento e a busca diversificada desses requisitos, a inovação da tecnologia, competitividade e expansão dos negócios por todo o mundo fez com que surgissem diversos tipos desses empreendimentos.

(BARBOSA, 2010)

(17)

Os hotéis na atualidade, movidos principalmente por interesses mercadológicos, vêm submetendo-se a uma significativa segmentação, originando diversos produtos diferentes. Por razões didáticas e técnicas, com fins de regulamentação ou como forma de orientar o mercado, tornou- se necessário identificar os diversos tipos de meios de hospedagem existentes para atender demandas do campo acadêmico, de órgãos governamentais, dos consumidores e de empresas turísticas. Classificações formais e informais surgem a todo tempo utilizando como parâmetros, de forma combinada ou não, características dos meios de hospedagem como localização, arquitetura e decoração serviços oferecidos, tipos de hospedes, funções de uso, categoria dos serviços e das instalações. Hoje, várias denominações de meios de hospedagem são bastante conhecidas e conceitos de pousada, apart-hotel, hotel-fazenda, hotel de lazer, resort, dentre outros, já fazem parte do domínio público ainda que de forma heterogênea. (BARBOSA, 2005, p.101).

O SBClass estabelece através de estrelas a classificação dos hotéis e suas categorias, uma estrela (mínimo) a cinco estrelas (máximo). A categoria de uma estrela deve possuir os requisitos mínimos de serviços, infraestrutura e sustentabilidade. A cada estrela a mais que o hotel possuir, alguns requisitos adicionais serão necessários.

2.2.1 Acessibilidade em Hotéis

O Turismo é um bem social que deve estar ao alcance de todos os cidadãos, nenhum grupo de pessoas deve ser excluídos, independentemente das circunstâncias, sejam elas, econômicas, sociais, ou de qualquer outra espécie.

Entretanto, atualmente, o turismo ainda não é acessível a todos, com ênfase especial nas pessoas com mobilidade condicionada ou com outras limitações de natureza intelectual, visual, motora e auditiva. (TURISMO DE PORTUGAL)

Segundo a Revista Hotéis (2011) Para atender a legislação e tentar agradar aos hóspedes, a maioria dos hotéis reservam uma pequena parte de apartamentos para deficientes, colocando algumas barras de apoio nos banheiros e acreditam que o problema estará resolvido, esquecendo que são necessárias outras medidas, como por exemplo, um alarme de emergência nos banheiros, ou em caso de rota de fuga um mapa acessível para todos os tipos de públicos, como cegos, cadeirantes, idosos, etc. (REVISTA HÓTÉIS)

De uma forma geral, as principais dificuldades que as pessoas com mobilidade condicionada encontram diariamente, são:

Ausência de rampas de acesso (para ultrapassar degraus ou escadas);

ausência de plataformas elevatórias e inexistência de intercomunicador ou

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botão de chamada; rampas demasiado inclinadas e por vezes sem corrimão e/ou com piso escorregadio ou irregular; portas estreitas ou pesadas ou com abertura incorreta (impossibilita a adequada utilização por pessoas em cadeira de rodas) ou com puxadores ou botões de abertura demasiado elevados. (TURISMO DE PORTUGAL, p.20)

2.3 RESORT

A respeito de Resort, o Ministério do turismo (2007), afirma que se da por um

“Hotel com infraestrutura de lazer e entretenimento que disponha de serviços de estética, atividades físicas, recreação e convívio com a natureza no próprio empreendimento”. (MINISTERIO DO TURISMO, 2007)

Para Rosa e Tavares (2002) “os resorts podem ser definidos como hotéis de lazer, situados fora dos centros urbanos, em locais que tenham alguma forma de atrativo natural, e que sejam autocontidos”. (ROSA; TAVARES, 2007, p. 87)

Por volta da década de 1970, os resorts não demonstravam qualquer tipo de preocupação com o meio ambiente e a preservação ambiental, muito menos com a harmonia da edificação com o entorno. Eles buscavam atender ao turismo de massa, através dos pacotes de viagens de férias, que naqueles anos estavam em alta. Mas a partir dos anos 80 começou a ter uma preocupação maior a respeito dos projetos com o meio ambiente e também com a necessidade de atender a interesses de turismo mais diversificados. (LOWSON, 2003)

Segundo Almeida (2005) citado por Ponce (2006), os Resorts possuem a estrutura mais complexa em relação a lazer que existe no mundo. As atividades são oferecidas 24 horas por dia e possuem opções para todas as faixas etárias, independente do clima. Os Resorts podem ser encontrados nas praias, montanhas ou no campo. (ALMEIDA, 2005, apud PONCE, 2006, p. 87) Segundo Rubens Régis – presidente da Resorts Brasil, citado por Ponce (2006): "estar num Resort vai além do que se hospedar num hotel, vai além do destino, porque no Resort deve se encontrar tudo num só lugar. O Resort é o destino". (REGIS, apud PONCE, 2006)

A piscina é um elemento de lazer de extrema importância e destaque nos

resorts. Segundo Pina e Ribeiro (2007), “o conjunto aquático é a mais importante

instalação de lazer de um hotel, tanto pela preferência das pessoas pela

combinação água e sol, como pela variedade e quantidade de atividades que

permite praticar, tanto de forma autônoma quanto por meio de profissionais de

lazer”. (PINA; RIBEIRO, 2007, p. 66) Acrescentando, Borba (2005) fala que “a

extensão do parque aquático, além de ser esteticamente bonita e imponente,

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oferece uma área propícia para o movimento e outra para o descanso e contemplação”. (BORBA, 2005, p. 53) Já para Loureiro (2005), além dos hóspedes utilizarem a piscina para relaxamento, poderão utiliza-la na prática de esportes e outras atividades. Segundo o mesmo autor as piscinas têm um grande valor estético nos resorts, pois geralmente possuem um estilo e design diferente de acordo com cada local, e oferecem diversos atrativos, como parques aquáticos e bares molhados. (LOUREIRO, 2005)

Segundo Mill (2003) as quadras esportivas são procuradas pela maioria dos hóspedes, tanto para realizar atividades recreativas, como para fazer esportes, como, vôlei, futebol, tênis, basquete, entre outros. (MIL, 2003)

2.4 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE HOTÉIS, POUSADAS E RESORTS

Segundo o Site Decolar (2013), uma questão que gera muitas dúvidas aos turistas é a respeito das diferenças entre hotéis, pousadas e resorts. Não consta nenhum tipo de regularização internacional que diferencie os três tipos de hospedagem. Mas no ano de 2013 a situação no Brasil ficou mais organizada.

Confira as definições de acordo com o SBClass: Hotel: serviço de recepção, ofertados em unidades individuais e de uso exclusivo dos hóspedes, mediante cobrança de diária, estabelecimento com alojamento temporário, com ou sem alimentação inclusa. Resort: estabelecimento com infraestrutura de hotel, mas com entretenimento, lazer, recreação e convívio com a natureza, contendo também serviços de estética e atividades físicas. Pousada: dispõe de serviço de recepção, alojamento temporário e alimentação. Geralmente sua estrutura se caracteriza pela horizontalidade, prédio único com até três pavimentos, ou bangalôs e chalés. "O que diferencia o hotel da pousada é o elemento físico: a pousada tem que ser predominantemente horizontal, e com no máximo 30 quartos" (DECOLAR, 2013).

Já a diferença principal de um hotel para um resort é a lista de serviços

disponíveis aos hospedes, que possui uma infraestrutura que permite ao usuário

fazer tratamentos de beleza e bem estar, praticar esporte, fazer caminhadas e

atividades ao ar livre e principalmente relaxar. A maioria dos resorts são projetados

para atender todas as necessidades dos hospedes que ali se hospedam, alguns

possui caixas eletrônicos, farmácias e até lojas de conveniência (ASSOSIAÇÃO

BRASILEIRA DE RESORTS).

(20)

2.5 LAZER E TURISMO

Segundo Ruschmann (1997), anteriormente o turismo estava ligado diretamente com tempo e dinheiro, ou seja, direcionada para uma classe mais privilegiada de pessoas. Mas recentemente muita coisa mudou, e a cada dia que passa, as viagens e o turismo se tornam mais acessíveis para toda a população, que chegam a realizar uma ou várias viagens ao ano. Os anos 1950 a 1970 foram caracterizados pela massificação de atividades, quando os "pacotes turísticos"

conduziam as pessoas a rodar o planeta. Nos anos 80, com a economia em alta, foi possível que todas as pessoas das mais diversas classes pudessem viajar de férias pelo menos duas vezes ao ano. (RUSCHMANN, 1997)

A palavra "turismo" surgiu no século XIX, porém a atividade estende suas raízes pela história. Certas formas de turismo existem dede as mais antigas civilizações, as foi a partir do século XX, e mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial, que ele evoluiu, como consequências dos aspectos relacionados à produtividade empresarial, ao poder de compra das pessoas e ao bem-estar resultante da restauração da paz no mundo (FOURASTIÉ, 1979, apud RUSCHMANN 1997, p. 13).

Segundo Ruschmann (1970), a grande oferta turística e o aumento da demanda de viagens pelo mundo facilitavam aos viajantes novas oportunidades de conhecer lugares novos, possibilitando os mais diversos meios de exploração turística. (RUSCHMANN, 1970)

"O convívio social, ou a vivência em grupo, é uma das necessidades fundamentais de todo ser humano. A hospitalidade, essência da vida em grupo, é uma necessidade natural, biológica e social" (CASTELLI, 2010, p.114).

O turismo contemporâneo é um grande consumidor da natureza e sua evolução, nas ultimas décadas, ocorreu como consequência da "busca do verde" e da "fuga" dos tumultos dos grandes conglomerados urbanos pelas pessoas que tentam recuperar o equilíbrio psicofísico em contato com os ambientes naturais durante seu tempo de lazer (RUSCHMANN,1997, p.9).

De acordo com Paiva (2001), O perfil do turista mudou e o turista não deseja

mais fazer um turismo contemplativo, hoje em dia eles buscam experiências novas,

atividades ao ar livre, um bom lugar para descansar e principalmente um lugar como

forma de enriquecer-se. O objetivo da maioria dos Resorts é satisfazer três

necessidades básicas dos hóspedes: desejo de viajar para lugares interessantes e

atraentes; fuga da rotina; e interesses recreativos e de entretenimento. Para que

(21)

eles possam viver uma experiência única, em um local onde todos trabalhem em favor da total satisfação dos hóspedes. (PAIVA, 2001, apud MILL, 2003)

2.5 PAISAGISMO

Segundo Abbud (2006), o paisagismo tem a função de formar espaços físicos, tanto quanto urbano, ou rural, tornado o local um lugar mais atrativo e agradável, envolvendo todo o contexto histórico, ambiental, cultural e social. (ABUDD, 2006)

A paisagem pode ser composta por dois tipos de elementos: aqueles produzidos pelo homem e os elementos visíveis naturais. Entretanto aos outros elementos fundamentais que compõe a paisagem, estes por sua vez não podem ser visualizados, cuja a percepção se dá por sensações. (FILHO, 2001)

Mascaro define a paisagem como:

[...] um espaço aberto que se abrange com um só olhar. A paisagem é entendida como uma realidade ecológica, materializada fisicamente num espaço que se poderia chamar natural, no qual se inscrevem os elementos e as estruturas construídas pelos homens, com determinada cultura, designada também como "paisagem cultural" (MASCARO, 2008, p. 15).

O paisagismo é uma atividade de extrema importância para o homem, pois é através dele que se "pode manter um contato com a natureza em ambientes urbanos, através da recriação ou proteção da mesma. Sendo assim é possível manter um equilíbrio entre o homem, a construção e flora, atendendo sempre às necessidades atuais e futuras de quem a vivencia ou vivenciou". (PIAUILINO, 2012, p. 31)

A arquitetura paisagística tem a capacidade de configurar e conduzir os sistemas naturais onde habitamos e o mundo físico. Os paisagistas realmente projetam jardins, mas é essencial que o jardim, ou qualquer outra área externa, seja analisado dentro do contexto ambiental, econômico, social, cultural e histórico.

Todos os objetos ou coisas vivas são individuais e não se integram. Com isso, o paisagismo realiza essa integração, garantindo o equilíbrio com o meio. Entretanto, o arquiteto paisagístico tem a função de combinar ciência e arte para a criação de lugares. Os arquitetos paisagistas vêm desempenhando um papel importante na sociedade: buscando soluções para problemas como mudanças climáticas e criando uma sociedade com princípios sustentáveis. (WATERMAN, 2010).

Segundo Piauilino (2012) "Os espaços livres são locais onde ocorre a maioria

(22)

das relações sociais, dotadas de vegetação ao redor, conferindo um microclima diferenciado que favorece a manutenção da temperatura e proteção de ventos, além de valorização do espaço". (PIAUILINO, 2012, p.10)

O equilíbrio ecológico nas grandes cidades é cada vez mais dependente do paisagismo, com suas soluções de implantação e manutenção de áreas verdes. Para que o paisagismo, em sua função, realmente favoreça o meio ambiente é necessário aplicá-lo com a devida seriedade, não limitando os projetos apenas à faceta decorativa (PIAUILINO, 2012, p.14).

No Brasil, as áreas externas estão sendo muito valorizadas, chegando a 50%

no ano de 2011 a busca com imóveis desse tipo. O paisagismo além de ser considerado um grande patrimônio, se torna também em um ambiente agradável, tranquilizador e aconchegante (ASSEF; GALVÃO, 2013).

Para, Ribeiro; Queiroz; de Souza (2004) os profissionais que atuam na área de lazer nos hotéis, possuem apenas os conhecimentos básicos técnicos em hotelaria e turismo, gerando uma grande carência na questão de uma fundamentação teórica. Eles acreditam que a visão dos proprietários e gerentes de hotéis de lazer está longe do correto. Segundo os autores, eles não possuem consciência da existência de uma teoria de lazer que os ajudem a praticar com exatidão as atividades. (RIBEIRO; QUEIROZ; DE SOUZA, 2004)

E segundo Silva; Santos (2002), essa falta de conhecimento teórico e a falta de compromisso com o hóspede ao se expandir o lazer nos hotéis, comprometem não apenas qualidade da sua vivência, mas reforça o significado do lazer como prática alienada. (SILVA; SANTOS, 2002)

Saliento que, se observarmos somente o aspecto estrutural da organização, o entendimento do lazer é bastante objetivo e restringe-se a um serviço prestado ou departamento funcional dentro do resort. Se o considerarmos como componente da estratégia organizacional, a perspectiva de sua compreensão amplia-se, visto que o lazer passa a ser uma forma de a organização relacionar-se com a sociedade, inserido em um contexto social, cultural, político e econômico. Nesse entendimento, as atividades de lazer desenvolvidas nos resorts vêm recheadas de valores culturais nas suas mais diversas representações. (BARBOSA, 2010, p. 61)

Para Pina; Ribeiro (2007), a maioria dos resorts por "motivos de

sobrevivência" dos empreendimentos, tentam combinar a exploração dos lazeres

com eventos, conciliando a ocupação do hotel nos fins de semana, com o lazer nas

as altas temporadas e nos dias de semanas e nas baixas temporadas com eventos

de negócio. (PINA; RIBEIRO, 2007) Já Barbosa (2005) entende que, na parte dos

segmentos e eventos empresariais, os resorts procuram satisfazer os usuários,

(23)

buscando uma maior integração com as necessidades corporativas, conciliando o lazer com o trabalho. (BARBOSA, 2005) E Campos (2003) por sua vez aposta que os eventos empresariais e os encontros profissionais, como simpósios, congressos e seminários se instalam nesses hotéis de lazer por conta dos hotéis urbanos dificilmente proporcionar instalações apropriadas para a integração dos usuários através do lazer, segundo o mesmo foi a partir dessa procura que os resorts passaram a se organizar para receber eventos de negócios. (CAMPOS, 2003)

Os hotéis na atualidade, movidos principalmente por interesses mercadológicos, vêm submetendo-se a uma significativa segmentação, originando diversos produtos diferentes. Por razões didáticas e técnicas, com fins de regulamentação ou como forma de orientar o mercado, tornou- se necessários identificar os diversos tipos de meios de hospedagem existentes para atender demandas do campo acadêmico, de órgãos governamentais, dos consumidores e de empresas turísticas. Classificações formais e informais surgem a todo tempo utilizando como parâmetro, de forma combinada ou não, características dos meios de hospedagem como localização, arquitetura e decoração, serviços oferecidos, tipos de hóspedes, funções de uso, categoria dos serviços e das instalações. Hoje, várias denominações de meios de hospedagem são bastante conhecidas e conceitos de pousada, apart-hotel, hotel-fazenda, hotel de lazer, resort, dentre outros, já fazem parte do domínio público, ainda que de forma heterogênea (BARBOSA, 2005, p.101).

Segundo Piauilino (2012) "Os espaços livres são locais onde ocorre a maioria das relações sociais, dotadas de vegetação ao redor, conferindo um microclima diferenciado que favorece a manutenção da temperatura e proteção de ventos, além de valorização do espaço". (PIAUILINO, 2012, p. 10)

Para Filho (2001) geralmente toda porção de território ou área urbana situada em espaços abertos, que tenham um valor social e que prevaleça a vegetação, podem ser denominados de área verde. No contexto social, as áreas verdes se destacam por cumprir um papel com grande harmonia entre as mais diversas camadas da população, pela existência de praças publicas e parque, reunindo em seus ambientes os mais diversos tipos de pessoas de níveis socioculturais diferentes, credos e com diferentes faixas etárias. Nessas áreas, o convívio publico é favorecido. A oferta de áreas verdes nas cidades se faz de várias formas, ocorrendo na forma de parques ou locais de conservação (FILHO, 2001).

2.7 SUSTENTABILIDADE

(24)

Segundo o Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (IDHEA), construção sustentável é aquela que implica no uso sustentável da energia, com o máximo de respeito e compromisso com o Meio Ambiente, que reduz os impactos ambientais produzidos pela construção civil, que promovam sistemas construtivos que conscientizem o entorno, atendendo as necessidades de habitação das pessoas, garantindo a qualidade de vida para as geração futuras e atuais, preservando o meio ambiente e os recursos naturais.

Há nove passos principais para se chegar a uma Construção Sustentável, que reproduza as características originais do meio ambiente natural:

Planejamento Sustentável da Obra; Aproveitamento passivo dos recursos naturais; Eficiência energética; Gestão e economia da água; Gestão dos resíduos na edificação; Qualidade do ar e do ambiente interior; Conforto termo acústico; Uso racional de materiais; Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis. (IDHEA)

Para um projeto arquitetônico ser considerado sustentável, Gonçalves e Duarte (2006), citam que é preciso que ele abranja alguns requisitos básicos, partindo do conceito do projeto, o estudo do entorno, a orientação solar, os ventos, condicionantes ambientais, geometria, os materiais que vão compor a estrutura, vedações internas e externas, cores, fachada, cobertura, áreas com aberturas e translucidas, proteções solares entre outras. Todas essas estratégias, usadas em conjunto desempenham um papel fundamental no conforto térmico, não esquecendo que muitos fatores serão influenciados de acordo com a climatização do espaço urbano a ser inserida a obra. (GONÇALVES; DUARTE, 2006)

O conceito de moderna construção sustentável baseia-se no desenvolvimento de um modelo que enfrente e proponha soluções aos principais problemas ambientais de sua época, sem renunciar à moderna tecnologia e à criação de edificações que atendam as necessidades de seus usuários (IDHEA; ARAÚJO)

A sustentabilidade no turismo vai muito além da conservação ambiental.

Abrange também atitudes que promovam uma economia mais justa, mantendo a preservação de valores e culturas, e a responsabilidade social. Segundo Ferraz (2013), " O turismo deve respeitar o patrimônio histórico e cultural das regiões e localidades receptoras, assim como contribuir para o fortalecimento das economias locais, geração de trabalho, emprego e qualidade de vida das populações envolvida". (FERRAZ, 2013, p.7)

Segundo Silva et al (1998) citado por Gomes (2004), o turismo rural abrange

(25)

atividades que une a exploração econômica com outras funções, agregando valor no meio ambiente e na cultura local. (SILVA, 1998, apud GOMES, 2004)

O turismo sustentável tem elementos e alguns princípios fundamentais, como lembra Sachs (1993) citado por Gomes (2004):

Sustentabilidade ecológica: Entendida como a proteção da natureza e da diversidade biológica portanto o desenvolvimento turístico deve respeitar a capacidade de suporte dos ecossistemas, limitar o consumo dos recursos naturais e provocar o mínimo de danos aos sistemas de sustentação da vida; (...) Sustentabilidade cultural: implica a necessidade de se buscar soluções de âmbito local, utilizando-se das potenciais idades das culturas específicas, considerando a identidade cultural e o modo de vida local, assim como a participação da população local nos processos decisórios e na formulação e gestão de programas e planos de desenvolvimento turístico; Sustentabilidade econômica: que assegure o crescimento econômico para as gerações atuais e, ao mesmo tempo, o manejo responsável dos recursos naturais, que deverão satisfazer as necessidades das gerações futuras. (SANCHS, 1993, p. 37 apud GOMES, 2004, p. 17)

Segundo Araújo (2007), todas as edificações sustentáveis são saudáveis.

Além da construção sustentável preservar o meio ambiente, também protege seus ocupantes das poluições dos centros urbanos. A edificação deve funcionar como uma segunda pele do usuário, como um ecossistema particular. O interior do edifício deve reproduzir ao máximo as condições de bem estar, segurança, umidade relativa do ar adequada para o ser humano, temperatura estável e sensação de conforto.

A escolha dos materiais e produtos para uma obra sustentável devem corresponder à alguns critérios, como a origem da matéria-prima, a extração, como foi o processamento, os gastos que tiveram com a energia para a transformação, a emissão de poluentes gerados, durabilidade, biocompatibilidade, qualidade entre outros, que possam classifica-los como sustentáveis ou não, elevando o padrão da obra, melhorando a qualidade de vida dos usuários e do entorno. "Essa seleção também deve atender parâmetros de inserção, estando de acordo com a geografia circundante, história, tipologias, ecossistema, condições climáticas, resistência, responsabilidade social, dentre outras leituras do ambiente de implantação da obra"

(ARAÚJO; IDHEA).

Cabe lembrar que a respeito dos materiais, as discussões sempre estão

presentes na arquitetura sustentável. Contudo, ela não está precisamente ligada

àqueles classificados como "ecologicamente corretos" ou "alternativos", o desafio

certamente está na melhor escolha do material para um determinado fim. Além da

ação térmica, a escolha também inclui uma avaliação quanto às questões de

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acessibilidade ao material e sua energia incorporada, que são partes constituintes do conceito de ciclo de vida útil material ou do componente. Entretanto cabe ressaltar que além do desempenho ambiental, é importante conhecer o desempenho estrutural, de segurança contra o fogo e todos os demais itens especificados na ISO 6241 (GONÇALVES; DUARTE, 2006).

É importante minimizar ou evitar materiais que acarretem problemas ambientais, tais como o policloreto de vinil (PVC), que gera impactos na sua produção, uso e descarte e o alumínio, que causa impactos ambientais para sua extração. Produtos que não possuem uma opção mas eco-eficiente, devem ter o maior cuidado com o uso no interior da edificação.

A vários tipos de construções Sustentáveis, como: Construção com materiais sustentáveis industriais: que são construídos com eco produtos fabricados industrialmente, atendendo as normas, demanda e legislação do mercado;

Construção com resíduos não reprocessados (Earthship): utiliza de materiais de resíduos urbanos para fins construtivos, como garrafas PET, latas etc. Construção com materiais de reuso (demolição ou segunda mão): utiliza materiais descartados e prolonga sua vida útil; Construção alternativa: utiliza de materiais disponíveis no mercado, e dão outra finalidade para eles; por fim a Construção natural: que chega mas próximo da construção ecológica, pois integra a edificação no meio natural e o modifica o mínimo possível, respeitando o entorno e os materiais disponíveis na região, utiliza tecnologias sustentáveis de baixo custo, entre outras. (ARAÚJO, IDHEA).

A arquitetura Bioclimática, é uma meio de fazer uma levantamento sobre a

inserção de uma obra em um determinado local, rural ou urbano, que passa a ser

classificado como ecossistema. Realizam uma analise "íntima" só no local, do clima,

entorno e microclima, do histórico da região, tudo sob o enfoque da responsabilidade

ambiental. O objetivo desse estudo, é encontrar a "zona de conforto" para cada

local, adequando a atividade a ele determinado através do uso da "Geometria Solar",

tecnologia que vem sendo aperfeiçoada para simular incidentes na área em que o

objeto será construído. Portanto, pode-se fazer um estudo melhor dos materiais

estudados, da melhor implantação, a composição volumétrica, os revestimentos,

espessura da parede, esquadrias e vidro, e também, a melhor forme de usar

estratégias arquitetônicas que foram desenvolvidas para garantirem o conforto

intero, tais como: marquises, cobogós, varandas, brisessoleis horizontais e verticais,

(27)

podendo ser móveis e fixos, etc. além do melhor recurso: o Paisagismo, que utilizado com perspicácia e de forma adequada, pode garantir conforto térmico interno e externo (BRANDÃO, 2008).

Segundo o Sebrae (1995) citado por Oliveira (2004, p.12) o Turismo Ecológico é "turismo desenvolvido em áreas naturais, onde os seus consumidores procuram usufruir ao máximo a natureza, minimizando os impactos que possam causar, além de desenvolver uma consciência ou compreensão ecológica".

Portando, a definição no ecoturismo é uma busca de atividades turísticas que utilizem de forma sustentável o patrimônio cultural e natural, incentivando sua conservação, promovendo o bem-estar das pessoas e buscando a formação de uma consciência ambientalista. (SEBRAE, 1995, p. 7 apud OLIVEIRA, 2004, p.12)

A definição de Eco-Hotel para Beni (1998):

Estabelecimento comercial de hospedagem situado em florestas tropicais ou em áreas naturais protegidas, com arquitetura e estrutura construtiva adaptadas às condições do meio ambiente no sentido de preservar a integridade da paisagem e integrar o hóspede no primitivismo do entorno original. (...) o homem tem a necessidade de retornar a natureza, de encontrar à mãe Terra. (BENI, 1998, p. 54)

Nem sempre o turista que frequenta o produto Resort, são amantes da natureza, mas acabam de forma indireta e direta consumindo os bens naturais, sendo assim, gerando impactos no meio natural onde são instalados os Resorts.

Quando o turismo esta relacionado a áreas naturais, se deve ter uma extrema cautela. Fazer com que a população tenha conscientização, acerca do funcionamento e benefícios do turismo é de grande importância para o desenvolvimento das atividades (OLIVEIRA, 2004).

Inskeep (1991) defende que no design urbano, toda composição do design do local deverá promover a consistência com as características do ambiente natural.

Necessita ainda ser beneficiada por uma arquitetura paisagística apropriada para a atratividade do Resort sem prejudicar o aspecto funcional. Portanto, a arquitetura paisagística e a aparência do ambiente como um todo, devem respeitar e incluir alguns elementos, como: Plantas; cursos de água; passagens; iluminação; distância mínima entra as edificações; limite de altura dos edifícios e etc.

3 CORRELATOS E ABORDAGENS

(28)

Três projetos servirão como base para o embasamento teórico e projetual para a proposta de implantação de um Resort para a cidade de Cascavel - PR.

Esses correlatos tiveram como critério de escolha a preocupação com a paisagem, lazer e diversão, princípios sustentáveis, forma, entre outros, características que o futuro Resort obterá. Em seguida serão apresentados o Rio Quente Resort, Costa do Sauípe e Casa HS Quinta da Baronesa.

3.1 RIO QUENTE RESORT

Segundo o IBGE (2014) em 1772 as fontes de águas termais do município de Rio Quente foram descobertas por Bartolomeu Bueno da Silva e recebeu o nome de Caldas Velhas. A cidade de Rio Quente possuí uma temperatura média anual de 23ºC, foi emancipada em 1988 e situa-se em uma região de clima tropical quente e úmido, que nos meses de novembro à março possuem chuvas de verão, oferecendo aos turistas ótimas condições climáticas o ano todo.

Anteriormente o município de Rio Quente era distrito de Caldas Novas, e está localizado em uma região geográfica privilegiada, próximo de Goiânia, Uberlândia, Brasília, Uberaba, São Paulo e do interior paulista, de onde possuí o maior percentual da demanda de turistas. (

Figura 3) O município tem uma boa agricultura, com cultivo de soja, arroz, milho e pratica a pecuária de leite. Entretanto sua fonte de recursos está no complexo turístico Pousada do Rio Quente Resorts. Uma das principais atrações da Pousada, se da pelo fato da constante renovação de toda a água das piscinas, devido ao grande volume de água que brota se suas principais fontes termais.

Para comemorar o aniversário de 50 anos do Rio Quente Resorts, fizeram uma revitalização que iniciou-se em fevereiro e foi gasto aproximadamente R$ 13 milhões de reais. Dando continuidade ao padrão de arquitetura contemporânea, com cores claras e linhas retas, "integrando o paisagismo projetado pelo artista plástico Burle Marx, aos ambientes com a luminosidade natural, para privilegiar a leveza e a sofisticação " (CORREIO POPULAR, 2014, p.).

O resort ainda possuí um sistema que permite o reaproveitamento da água

utilizada na última lavagem de enxovais e roupas, assegurando uma economia de

cerca de 7 milhões de litros por ano. Outra importante iniciativa é o tratamento de

esgoto, baseado na utilização de sistemas de biodigestão anaeróbica e energia

renovável. A unidade também conta com o Plano de Revegetação, que constitui na

(29)

plantação de 12 mil mudas de espécies nativas do Cerrado. (RIO QUENTE RESORTS – WORDPRESS). (Figura 4)

Figura 3 - Localização Geográfica Do Rio Quente Resorts

Fonte: Site oficial do Rio Quente Resorts Figura 4 - Vista aérea do Hot Park

Fonte: Site oficial do Rio Quente Resort

O complexo possui sete hotéis (Hotel Pousada; Hotel Turismo; Rio Quente

Suíte & Flat I; Rio Quente Suíte & Flat III; Giardino; Eco-Chalés & Camping e Rio

(30)

Quente Cristal Resorts) com no total 1022 apartamentos, desses hotéis, três estão dentro do complexo e os outros quatros a apenas 800 metros da entrada principal.

Os hóspedes ainda têm o privilégio de acessar as atrações do Hot Park e a Praia do Cerrado. Rio Quente Resorts é o maior complexo hoteleiro do Brasil (RESORTS BRASIL, 2014). (Figura 5)

Figura 5 - Mapa ilustrado Rio Quente Resorts

Fonte: Site Oficial Rio Quente Resorts

(31)

Segundo o site Resorts Brasil (2014), alguns dos serviços disponibilizados pelo complexo seriam: Wifi, Espaço Kids Club, Guarda Volumes, Cofre, Baby Sitter, Fotos e Vídeos, Lavanderia, Serviço de Transporte Interno, Serviço de Assistência Médica 24 Horas; Farmácia; Bancos e Caixas Eletrônicos; Copa da Mamãe;

Boutiques, Bussiness Center, Capela, Cyber Café, Carrinho Elétrico e Segurança.

3.2 COSTA DO SAUÍPE

O complexo Costa do Sauípe ocupa uma área de aproximadamente 1 milhão e 720 mil m², com 141 mil m² construídos, (Figura 6) no litoral norte da Bahia, a 76 km do Aeroporto Internacional de Salvador, distância de aproximadamente uma hora (Figura 7). As obras de construção do Complexo começaram em 19 de dezembro de 1996 com cerca de dois mil funcionários, a mão de obra dos trabalhadores veio de outras localidades, o aproveitamento dos trabalhadores do local se deu apenas para as atividades que exigem menos preparo, tais como:

roçado e capina, ajudante de pedreiro, etc. No período de quase quatro anos de construção, as obras tiveram um ritmo de trabalho com cerca de cinco mil trabalhadores, que ficaram instalados na vila dos funcionários, nos alojamentos da obra, e em casas e pousadas alugadas nas proximidades (COUTO, 2003).

Costa do Sauípe é um dos principais destinos turísticos do Brasil. O resort

possuí a operação 100% brasileira, disponibilizando várias opções de lazer,

esportes, entretenimento, cultura e atividades para todas as idades. O complexo

possui cinco hotéis e cinco pousadas de alto padrão: Sauípe Parke, Sauípe Club,

Sauípe Fun, Sauípe Pousadas e Sauípe Class. Ao todo, o resort possuí 1.564

apartamentos, todos destinados ao público de lazer e grupos corporativos, que

buscam um interesse maior no calendário promocional. Além de oferecer

hospedagem, natureza e lazer, a Costa do Sauípe é a única do país que possui uma

complexa infraestrutura para convenções, disponibilizando uma capacidade para

mais de 3.000 mil pessoas, podendo receber vários tipos de eventos, grandes

congressos e reuniões, até torneios esportivos e festivais. (PORTAL DE AGENTES,

COSTA DO SAUÍPE, 2014), (Figura 8).

(32)

Figura 6 - Vista aérea do complexo Costa do Sauípe

Fonte: Site Oficial Costa do Sauípe Figura 7 - Mapa Costa do Sauípe

Fonte: Google Maps, 2014 - compilado pela autora.

(33)

Figura 8 - Implantação Costa do Sauípe

Fonte: Google Maps, 2014 - compilado pela autora.

O Sauípe Kids é destinado para as crianças, possuí uma área de 4.000 m² e tem capacidade para receber até 800 crianças de 4 a 12 anos simultaneamente, único resort do país que tem um espaço desta dimensão destinado para o público infantil. Outras atividades de lazer que o complexo oferece são: SPA, 15 quadras de tênis, 20 piscinas, centro esportivo com um campo de golfe com 18 buracos, quadra poliesportiva, Sauípe Contry e Sauípe Náutico. Todo o empreendimento está localizado em uma área de Proteção Ambiental que preserva quilômetros de manguezais, trechos de Mata Atlântica, rios, coqueirais, restingas, lagoas de água doce e dunas. A Costa do Sauípe ainda possui uma parceria com o projeto Tamar/Ibama para assegurar a reprodução das tartarugas, e o projeto Berimbau,

"programa de desenvolvimento sustentável do complexo que apoia a comunidade local, também ilustram a preocupação do resort em crescer respeitando a natureza e investindo no potencial econômico e cultural da região". (PORTAL DE AGENTES, COSTA DO SAUÍPE, 2014), (Figura 9).

“Porto Sauípe, distante 5 km do Costa do Sauípe, tinha apenas 1.500 habitantes antes da implantação do empreendimento, atualmente tem 6 mil.

(34)

Um aumento resultante do impacto social negativo provocado pela quebra de expectativa de geração de trabalho e renda pelo turismo e pela expulsão da população rural. O crescimento desordenado em Porto Sauípe é tanto que já existem duas invasões na beira da estrada. A população só viu trabalho mesmo quando a Odebrecht estava construindo Costa do Sauípe.

Foram cinco mil vagas no pico” (FRANCISCO SANTIAGO, MORADOR DE PORTO SAUÍPE, CITADO POR ANDRADE, 2008, p.436).

Figura 9 - Complexo Costa do Sauípe

Fonte: Google Maps, 2014 - compilado pela autora.

3.3 CASA HS QUINTA DA BARONEZA

O Projeto criado pelo renomado arquiteto Arthur Casas, a casa de campo

completamente aberta à paisagem marcada por um campo de golfe fica localizada

em São Paulo. Foi projetada em 2009 e concluída e 2012, o programa de

necessidades é bem extenso, totalizando mais de 1000 m². Entretanto a forma é

bem simples: um volume para o casal e áreas comuns e o outro para crianças e

convidados (Figura 10). "A dicotomia entre esses dois programas gerou um volume

horizontal para os convidados em contraste com o cubo que forma o volume

principal, ambos abertos à paisagem." (SITE OFICIAL ARTHUR CASAS)

(35)

Figura 10 - Vista Externa

Fonte: Site arthurcasas.com

O casal recebe muitos amigos, mas nos finais de semanas em que estão sozinhos não gostariam de perder a escala doméstica da casa. A solução encontrada foi a de posicionar todos os espaços comuns no primeiro volume como a sala de estar, jantar e cozinha no térreo, home theater e suíte máster no primeiro andar.Entre o primeiro volume e o pavilhão dos convidados um pátio estabelece as fronteiras do programa. Um teto retrátil permite ao sol e ao vento penetrarem o espaço que possui um jardim vertical e um espelho d’água. (SITE OFICIAL ARTRHUR CASAS, ano, p.)

Com a perspectiva vista da rua, a casa é um edifício discreto, sua fachada é longa, feita de painéis em metal perfurado, que alem de complementarem o paisagismo com vários arbustos e árvores, trazem privacidade (Figura 11). Logo a frente do pavilhão dos convidados, um grande deck de madeira é integrado à piscina, aberto à vista do campo de golfe. (SITE OFICIAL ARTHUR CASAS), (Figura 12).

A sala de estar possui pé-direito duplo, com caixilhos de 6 metros de altura que deslizam permitindo a fusão da sala de estar tanto com a varanda quanto com o deck da piscina. Sob a casa uma academia, sauna e espaços técnicos formam a base do volume, tirando proveito do grande declive. Se do lado da rua a casa aparece horizontal e próxima ao solo, desde o golfe os volumes se apoiam nessa base de pedra. Um espelho d’água diante da mesma traz um pouco de leveza ao conjunto. (SITE OFICIAL ARTRHUR CASAS)

(36)

"Esta casa possui uma grande variedade de percursos dentro de um programa rico, que através de um desenho simples que permite a leitura clara de suas funções gera uma arquitetura aberta à contemplação da natureza." (SITE OFICIAL ARTHUR CASA), (Figura 13).

Figura 11 - Vista da varanda

Fonte: Site arthurcasas.com

(37)

Figura 12 - Espelho d'água

Fonte: Site arthurcasas.com Figura 13 - Vista externa

Fonte: Site arthurcasas.com

(38)

3.4 ANÁLISES APARTIR DE REFRÊNCIAS E CORRELATOS

Decididos os correlatos que serão utilizados como embasamento para o projeto do Resort para a cidade de Cascavel - PR, partiremos de alguns pontos principais de inspiração.

Em relação ao Rio Quente Resort, o estudo da forma horizontal, a sustentabilidade e recursos de aproveitamento da água entre outros, o uso e cultivação da vegetação local, e a utilização da paisagem como forma de atração aos turistas.

A costa do Sauípe, usa alguns princípios inspiradores para o Resort, como as inúmeras opções de lazer oferecidas aos turistas, a ideia de crescimento da região após a instalação do complexo e as várias oportunidades de empregos, etc.

E por fim, a Casa HS Quinta da Baronesa, inspiração a partir de sua forma, com traços contemporâneos e puros, as linhas volumétricas retas, com grandes panos de vidro com vista para a paisagem.

Para o projeto estudado, será aplicado um programa de necessidades de porte médio valorizando o conforto dos hóspedes, e no programa de necessidades dando ênfase as áreas de esporte e lazer, por se tratar de um Resort.

4 APLICAÇÃO NO TEMA DELIMITADO

A partir de procedimentos metodológicos, como a pesquisa bibliográfica, exploratória, documental, e referências apresentadas, é possível apresentar algumas ideias do futuro Resort que será apresentado neste projeto na próxima etapa. Portanto, apresenta-se abaixo o terreno proposto, programa de necessidades, diretrizes projetuais e fluxograma, para que possa ter uma melhor compreensão do projeto.

4.1 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL DE INTERVENÇÃO

A cidade de Cascavel - PR foi escolhida para ser instalado o Resort, pelo fato da

carência de lugares com essa finalidade em Cascavel e na região. Com o grande

numero de jovens que vem estudar nas instituições da cidade, e também com o grande

fluxo de pessoas que vem para cascavel para participarem de alguns eventos, como

Show Rural, Expovel, entre outros, faltam lugares para que as pessoas possam

(39)

descansar, se divertir, ou ate mesmo um lugar que preste vários serviços complementares para que possam se hospedar com muito conforto e qualidade. E no caso dos universitários, lugares para se divertir nas férias e no dia-a-dia.

O Terreno escolhido foi em uma área rural no norte da cidade de não muito afastado (Figura 14). O motivo da escolha foi pela boa topografia, terreno plano, com mata, acesso direto para o Resort, posto de combustível perto e à 15 mim do centro da cidade, com o trânsito tranquilo (

Figura 15, Figura 16, Figura 17, Figura 18 e Figura 19).

Figura 14 - Local de Intervenção

Fonte: Google Maps, 2014 - compilado pela autora.

(40)

Figura 15 - Local de Intervenção

Fonte: Google Maps, 2014 - compilado pela autora . Figura 16 - Vista da BR 369 ao Terreno

Fonte: Autora, 2014.

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Figura 17 - Terreno com vista para BR 369 sentido Corbélia - PR

Fonte: Autora, 2014.

Figura 18 - Terreno com vista para a BR 369 sentido Cascavel - PR

Fonte: Autora, 2014.

(42)

Figura 19 - Vista Frontal do Terreno

Fonte: Autora, 2014.

4.2 CONCEITUAÇÃO E PARTIDO ARQUITETÔNICO

O projeto consiste em um Resort que se localizará na região rural, tendo como atrativo visual a natureza. O objetivo geral do projeto, é um lugar afastado da cidade, com uma estrutura complexa, que possa atender turistas do mundo todo, tanto para os que venham descansar de férias, como para receber pessoas que queiram realizar no resort possíveis reuniões e convenções.

Ventilação natural, conforto térmico, coleta da água da chuva, iluminação natural, pequenas modificações no terreno, serão princípios sustentáveis que serão levados em consideração na elaboração do projeto. No aspecto de formação do Resort, tem-se como intenção remeter a arquitetura contemporânea, mesclando materiais como concreto, madeira, vidro, brises, pergolados, entre outros, sempre atento ao conforto térmico e sustentabilidade. Dois arquitetos de referências é o Arthur Casas Mattos e o Márcio Kogan, que usam esses aspectos em suas obras.

O foco principal do projeto é a implantação, pois através dela que foi feita a

distribuição de cada ambiente, direcionando seu uso ao seu melhor local e também

aproveitando a mata nativa existente O resort foi projeto afastado aproximadamente 2

km da BR, portanto foi projetado uma estrada principal de acesso ao resort com 2

pistas, uma sentindo para quem vai para o resort e uma para quem volta,

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