+
ANTIBIOTERAPIA NA URGÊNCIA
ADEQUABILIDADE DE PRESCRIÇÃO
Ana Luísa Vieira
+
I N T R O D U Ç Ã O
AMEAÇA À SAÚDE PÚBLICA
(4)PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO DE RESISTÊNCIAS AOS ANTIMICROBIANOS
(2)PROGRAMAS DE VIGILÂNCIA
MICROBIOLÓGICA
(2)TENDÊNCIAS DE CONSUMO DE
ANTIBIÓTICOS
(2)RECOMENDAÇÕES DE
TRATAMENTO
(2)ANTIBIÓTICOS
(1)|
DOENÇAS INFECIOSAS
(1)| RESISTÊNCIAS BACTERIANAS
(2)SERVIÇO DE URGÊNCIA (SU)
(3)DECISÕES DIAGNÓSTICAS E
TERAPÊUTICAS
SOBRE-PRESCRIÇÃO DE ANTIBIOTERAPIA
+
ADMISSÕES NO SU DO HOSPITAL DE BRAGA (HB) DURANTE DUAS SEMANAS CONSECUTIVAS (FEV)
O B J E T I V O S
Caraterizar os doentes, de acordo com:
dados socio-demográficos (sexo l idade l residência)
número de episódio, data e horário de ida ao SU
destino após permanência no SU
comorbilidades associadas
critérios modificadores de prescrição antibiótica
Caraterizar o grau profissional dos prescritores de antibioterapia
Caraterizar os diagnósticos atribuídos e as prescrições de antibioterapia
Definir, nos doentes internados, a atitude clínica quanto à antibioterapia prescrita no SU
Analisar a adequabilidade da prescrição de antibioterapia com a recomendada para o
diagnóstico
+
Episódio de ida ao SU Idade
Média 1,1 58,7
Desvio Padrão 0,4 22,9
Moda 1 77
Mediana 1 61
Mínimo / Máximo 1 / 4 18 / 98
Tabela 1 - Caraterização da amostra relativamente ao episódio de ida ao SU e idade.
M AT E R I A L E M É T O D O S
Estudo retrospetivo
Folhas de admissão SU HB e registos Sistema de Informação Médica
Amostra de conveniência
7346 admissões
Amostra válida
+
Variável Categorias Frequência (%)
Sexo Feminino 204 (48,9)
Masculino 213 (51,1)
Residência Domicílio 400 (95,9)
Instituição de saúde 17 (4,1)
Data de ida ao SU Semana 303 (72,7)
Fim-de-semana 114 (27,3)
Horário de ida ao SU Dia 301 (72,2)
Noite 116 (27,8)
Destino Alta 306 (73,4)
Internamento 111 (26,6)
Tabela 2 - Caraterização da amostra.
Caraterísticas dos doentes Frequência (%)
Antibioterapia prévia 70 (16,8)
Hospitalização recente 33 (7,9)
Hipertensão Arterial 126 (30,2)
Doença pulmonar 72 (17,3)
Insuficiência Cardíaca 71 (17)
Diabetes Mellitus 56 (13,4)
Doença Renal Crónica 29 (7)
Alcoolismo 14 (3,4)
Doença Hepática 6 (1,4)
Catéter invasivo 26 (6,2)
Portador bactéria resistente 14 (3,4)
Imunossupressão 13 (3,1)
Alergia a antibiótico 12 (2,9)
Tabela 3 - Caraterização de comorbilidades dos doentes e critérios modificadores de prescrição de antibioterapia.
+
Figura 1 - Representação da frequência das especialidades médicas.
Figura 2 - Representação da categoria profissional por especialidade médica.
R E S U LTA D O S
C A R AT E R I Z A Ç Ã O D O S P R E S C R I T O R E S
41,5 58,5 0 10 20 30 40 50 60 70
Medicina Interna Clínica Geral
Fr eq u ên ci a (% ) Especialidade médica 67,7 32,3 0 10 20 30 40 50 60 70 80
Internos Especialistas
+
R E S U LTA D O S
C A R AT E R I Z A Ç Ã O D O S D I A G N Ó S T I C O S E
P R E S C R I Ç Õ E S D E A N T I B I O T E R A P I A
Amoxicilina-ácido clavulânico (30,1%)
Amoxicilina-ácido clavulânico/cefalosporina
+ claritromicina (6%)
41,7
21,6
14,4
6,5 5,5 5,3
3 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Fr eq u ên ci a (% )
Grupo de antibióticos
15,6 38,8 17,7 12,9 6,3 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Infeção respiratória superior Infeção respiratória inferior Infeção urinária baixa Infeção pele e tecidos moles Sem infeção Fr e q u ê n ci a (% ) Diagnóstico
Figura 3 - Representação da frequência dos diagnósticos efectuados.
Faringo-Amigdalite (11,5%)
Pneumonia Adquirida na Comunidade (16,3%)
+
R E S U LTA D O S
C A R AT E R I Z A Ç Ã O D O S D I A G N Ó S T I C O S E
P R E S C R I Ç Õ E S D E A N T I B I O T E R A P I A
Figura 5 - Representação da frequência da antibioterapia prescrita para os principais diagnósticos. 67,4
4,3 6,5 4,3 20,3
17,2 16,6
19,4
27,8
22,2
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Faringo-Amigdalite
Pneumonia Adquirida na Comunidade
+
Figura 5 - Representação da frequência da atitude clínica nos doentes internados.
R E S U LTA D O S
C A R AT E R I Z A Ç Ã O D A AT I T U D E C L Í N I C A N O
I N T E R N A M E N T O
80,2
8,1 5,4
3,6
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Manutenção Descalação Mudança Escalação
Fr
eq
u
ên
ci
a
(%
)
+
Figura 7 - Representação da frequência da adequabilidade de prescrição por diagnóstico.
R E S U LTA D O S
C A R AT E R I Z A Ç Ã O E A N Á L I S E D A
A D E Q U A B I L I D A D E D E P R E S C R I Ç Ã O
54,7 26,1 19,2 0 10 20 30 40 50 60
Adequada Não adequada Discutível
Fr eq u ên ci a (% )
Adequabilidade da prescrição
Figura 6 - Representação da frequência da adequabilidade de prescrição da antibioterapia.
59,7
45,7
69,4 69,8
0 10 20 30 40 50 60 70 80 Infeção respiratória superior Infeção respiratória inferior Infeção urinária baixa
+
Figura 8 - Representação da frequência dos motivos de prescrição inadequada.
R E S U LTA D O S
C A R AT E R I Z A Ç Ã O E A N Á L I S E D A
A D E Q U A B I L I D A D E D E P R E S C R I Ç Ã O
35,3
16,7 16,7
15,7 8,8 6,9 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Antibiótico incorreto Sem indicação Duração incorreta Dose incorreta >2 variáveis incorretas Politerapia incorreta Fr eq u ên ci a (% )
+
D I S C U S S Ã O
A N Á L I S E D E R E S U LTA D O S
Validade
dos
diagnósticos
Perfil dos prescritores:
medicina tutorada
?
Antibioterapia
para
diagnósticos não infeciosos
Prescrição de
antibioterapia sem indicação
em
16,7%
No internamento,
manutenção
da antibioterapia prescrita no SU em
80,2%
+
D I S C U S S Ã O
A N Á L I S E D E R E S U LTA D O S
Diferentes associações encontradas entre variáveis em estudo e adequabilidade de
prescrição
(5)
Sem associações entre critérios modificadores de prescrição ou comorbilidades com
adequabilidade de prescrição
(5,6)
O que influencia a adequabilidade da prescrição?
+
D I S C U S S Ã O
L I M I TA Ç Õ E S D O E S T U D O
Estudo retrospetivo
Viés de informação
E S T U D O S F U T U R O S
Estudos prospetivos em ambulatório, SU e internamento
+
C O N C L U S Ã O
Caraterização do padrão de
prescrição de antibioterapia
e das
infeções
diagnosticadas
Análise da
adequabilidade de prescrição
Uso sub-ótimo da antibioterapia disponível
Equipa multidisciplinar de apoio
à gestão antibiótica
(7,8)
Programa educativo
–
antimicrobial stewardship
(5,9)
Recomendações locais
de antibioterapia
(5,6)+
(1) Mandell LA, Peterson LR, Wise R, Hooper D, Low DE, Schaad UB, et al. The battle against emerging antibiotic resistance: should fluoroquinolones be used to treat children? Clin Infect Dis. 2002;35(6):721-7.
(2) Comissão Técnica para a Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos. Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos. Lisboa: Direção Geral da Saúde; 2009.
(3) Asseray N, Bleher Y, Poirier Y, Hoff J, Boutoille D, Bretonniere C, et al. [Use of antibiotics in emergency units: qualitative and quantitative assessment]. Med Mal Infect. 2009;39(3):203-8.
(4) Goulet H, Daneluzzi V, Dupont C, Heym B, Page B, Almeida K, et al. [A prospective study of antibiotic prescribing in an emergency care unit]. Med Mal Infect. 2009;39(1):48-54.
(5) Ramos Martínez A, Cornide Santos I, Marcos García R, Calvo Corbella E. [Antibiotic prescription quality at a hospital emergency service]. An Med Interna. 2005;22(6):266-70.
(6) den Engelsen C, van der Werf C, Matute AJ, Delgado E, Schurink CA, Hoepelman AI. Infectious diseases and the use of antibiotics in outpatients at the emergency department of the University Hospital of León, Nicaragua. Int J Infect Dis. 2009;13(3):349-54.
(7) Arnold FW, McDonald LC, Newman D, Smith RS, Ramirez JA. Improving antimicrobial use: longitudinal assessment of an antimicrobial team including a clinical pharmacist. J Manag Care Pharm. 2004;10(2):152-8.
(8) Arnold FW, McDonald LC, Smith RS, Newman D, Ramirez JA. Improving antimicrobial use in the hospital setting by providing usage feedback to prescribing physicians. Infect Control Hosp Epidemiol. 2006;27(4):378-82.
(9) Pulcini C, Defres S, Aggarwal I, Nathwani D, Davey P. Design of a 'day 3 bundle' to improve the reassessment of inpatient empirical antibiotic prescriptions. J Antimicrob Chemother. 2008;61(6):1384-8.
+
A G R A D E C I M E N T O S