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Dia Internacional da Mulher: o papel das mulheres na Tecnologia

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Dia Internacional da Mulher: o papel das mulheres na

Tecnologia

Date : 8 de Março de 2018

Hoje, dia 8 de março, assinala-se o Dia Internacional da Mulher, o dia reservado para que não nos esqueçamos da luta pela igualdade económica, social e laboral, para lembrar tudo o que já foi conquistado e o que ainda há por conquistar.

E na tecnologia... Neste mundo tão dos homens, qual o papel das mulheres?

O Dia Internacional da Mulher

O dia 8 de março foi a data elegida pelas Nações Unidas para assinalar o Dia Internacional da Mulher, em 1975. Uma data para celebrar as conquistas de igualdade de género conseguidas ao longo de mais de um século e para refletir sobre tudo aquilo que ainda há por fazer.

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trabalho iguais às dos homens, em Nova Iorque. Na mesma cidade, 50 anos depois, uma nova manifestação foi levada a cabo para homenagear as mulheres que iniciaram esta luta e para exigir o direito de voto.

Mas esta não foi uma luta do século XX cingida aos Estados Unidos. Na Rússia, e noutros países da Europa, muitas foram as manifestações em prol dos direitos das mulheres e da igualdade de géneros.

A data continua a fazer sentido de ser assinalada, porque apesar de muitas conquistas, ainda se continuam a assistir a graves disparidades e injustiças um pouco por todo o mundo.

Não, este não é um artigo para falar sobre aquilo que ainda falta fazer, mas sim para falar sobre o papel das mulheres numa área que ainda é tão de homens e recordar aquelas que contribuíram profundamente para o desenvolvimento de áreas cruciais na tecnologia dos dias de hoje.

As mulheres na tecnologia

Durante anos, e sejamos sinceros, ainda nos dias de hoje, a tecnologia sempre esteve mais do lado dos homens do que das mulheres, basta ver pelo nosso público que é composto

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Acredito que as mudanças que estão a acontecer no mundo da tecnologia são naturais e pouco têm a ver com preconceitos e muito menos com falta de aptidões.

O interesse pela tecnologia cresce à medida que cresce a informação e as inúmeras

possibilidades de trabalho nas mais diversas áreas. Hoje, as jovens mulheres (dos 18 aos 24 anos) revelam um maior interesse por tecnologia e por áreas de estudo relacionadas do que mulheres com mais de 35 anos. Com a revolução dos computadores, apesar de hoje haver menos pessoas a programar antes dos 16 anos, a verdade é que já não existe uma

disparidade tão grande entre géneros.

No entanto, há uma verdade inevitável: as mulheres continuam a progredir menos na carreira que os homens, em qualquer faixa etária. Este facto está associado a outro e, esse sim, ainda longe de ser resolvido: as tarefas domésticas ainda acabam por estar muito associadas às mulheres, deixando-lhes menos tempo para investir na progressão da carreira, segundo um relatório do Instituto Europeu da Igualdade de Género.

Um facto interessante para Portugal é que o nosso país é um dos países da UE onde mais cresce a presença feminina na área das tecnologias da informação e comunicação (TIC), ainda que o país se mantenha abaixo da média europeia, havendo um longo caminho a percorrer.

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Os estereótipos profundamente enraizados são um dos principais obstáculos para as carreiras das mulheres no setor de TIC. Em idade precoce, as meninas aprendem a considerar os rapazes mais adequados para aprender e desenvolver habilidades

digitais. Mais tarde, na vida, elas procuram opções de carreira noutras áreas e ignoram os benefícios de ter um emprego na tecnologia. Se não rompemos esses

estereótipos, a UE continuará a perder potenciais talentos.

| Refere Virginija Langbakk, diretora do Instituto Europeu da Igualdade de Género

As mulheres que mudaram a tecnologia

Números à parte, ao longo da história da evolução da tecnologia existem nomes de mulheres que merecem ser referidos.

Ada Lovelace (1815-1852) - A mãe da programação: Ada Lovelace foi o primeiro ser humano a perceber que uma máquina, a que hoje chamamos computador, poderia fazer muito mais do que uma "coisa", ou seja, podia ser reprogramada. As suas contribuições nos ramos da matemática e ciência de computadores perduram e são estudadas até aos dias de hoje.

Edith Clarke (1883-1959) - A primeira Engenheira Eletrotécnica no MIT: Depois do

estudo e ensino de Matemática, Edith Clarke entrou no MIT e tornou-se na primeira mulher com diploma em Engenheira Eletrotécnica, tendo passado posteriormente pela General Electric, foi a primeira mulher a marcar presença no Instituto Americano de Engenheiros Eletrotécnicos e a primeira a dar aulas da área na Universidade do Texas.

Grace Hopper (1906-1992) - A rainha do software: Esta almirante e analista de

sistemas da Marinha dos Estados Unidos, nas décadas de 1940 e 1950, criou a já extinta linguagem de programação Flow-Matic, que serviu de base à criação do COBOL (linguagem de programação orientada para o processamento de banco de dados

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Grace Hopper

Evelyn Boyd Granville (1924) - Uma mulher negra dos Estados Unidos na

tecnologia: A luta de Evelyn Boyd Granville foi certamente mais além do que um lugar

de uma mulher na tecnologia, já que foi a segunda mulher negra a receber um

doutoramento em Matemática na Universidade de Yale. Começou a trabalhar na IBM, sendo responsável por software de projetos espaciais da NASA como Vanguard e Mercury.

Mary Kenneth Keller (1913-1985) - A freira mãe da informática: Esta mulher, freira e

educadora, foi pioneira na ciência da computação, sendo mesmo a primeira pessoa, ao lado de Irving Tang, a doutorar-se na área, pela Universidade Washington em St. Louis, tendo um papel fundamental na igualdade entre géneros na área da tecnologia.

Carol Shaw (1955) - A primeira a desenvolver videojogos: Com uma Licenciatura

em Engenharia Eletrotécnica e Ciências da Computação, Carol Shaw foi contratada pela Atari, tendo desenvolvido o seu primeiro jogo de vídeo (e o primeiro desenvolvido por uma mulher) em 1938, o 3D Tic-Tac-Toe, e mais tarde o River Raid.

Hedy Lamarr (1914 - 2000) - Do cinema ao Wi-Fi: Depois de uma carreira ligada ao

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comunicação moderna, tal como COFDM usada em ligações de Wi-Fi e CDMA utilizada nos telemóveis.

Barbara Beskind (1924) - A "inventora" sem idade, que continua a trabalhar: Com

uma carreira ligada à terapia ocupacional, Barbara Beskind aos 89 anos, em 2013, oferece os seus conhecimentos à empresa IDEO de Silicon Valley, onde hoje é consultora da empresa na área do design de produtos dirigidos a pessoas com idade avançada e com problemas de visão.

...

As mulheres mais poderosas da tecnologia

Todos os anos, a revista Forbes lança uma lista das mulheres mais poderosas no mundo da tecnologia, que ainda são uma minoria, mas que estão a crescer. Estas são as 10 mulheres mais poderosas de 2017 num mundo dominado por homens:

1. Sheryl Sandberg - É atualmente a COO do Facebook, tendo ocupado anteriormente o cargo de vice-presidente de vendas globais na Google 2. Susan Wojcicki - É CEO do YouTube desde 2014, tendo sido uma das

responsáveis pelo aumento da contratação de mulheres na empresa.

3. Ginni Rometty - A mulher que está à frente da IBM como CEO, desde 2017, apresenta-se como a terceira mais poderosa deste universo.

4. Meg Whitman - Foi a mais nova CEO da HP, ocupando o lugar desde 2011, e a segunda mulher a ocupar o cargo.

5. Angela Ahrendts - É um dos rostos conhecidos da Apple, sendo

vice-presidente sénior da empresa, responsável pelas lojas físicas e online e ainda pelo departamento de contactos.

6. Safra Catz - É Co-CEO da Oracle desde 2014, estando na empresa desde 1999.

7. Ruth Porat - A inglesa que representa a Alphabet e a subsidiária Google como CFO.

8. Lucy Peng - É a executive chairman da Alibaba, tendo passado anteriormente por outros cargos dentro da empresa.

9. Amy Hood - Representa a Microsoft como CFO, estando na empresa desde 2002 e a ocupar o cargo de CFO desde 2013.

10. Jean Liu - É a prova do poder do mercado chinês na tecnologia, onde também as mulheres têm um papel de destaque. Jean Liu é a presidente da Didi

Chuxing, que presta serviços na área de tecnologia e do transporte privado por aplicação móvel.

Como ter mais mulheres na tecnologia?

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Nesta área há, por norma, uma flexibilidade de horário maior, há mais facilidade em tirar umas horas de trabalho durante o dia e não há tanto o mau hábito de entrar cedo ao trabalho e sair muito tarde. Resumidamente, tende a ser haver mais produtividade, onde 90% dos

trabalhadores da área consideram-se mesmo satisfeitos com os seus horários de trabalho.

Referências

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