Enquadramento da Legislação Ambiental na Ausência de um Diploma para a Proteção do Solo LNEC 1

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Enquadramento da Legislação

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ENQUADRAMENTO DA

LEGISLAÇÃO

AMBIENTAL NA

AUSÊNCIA DE UM

DIPLOMA PARA A

PROTEÇÃO DO SOLO

Investigadora Celeste Jorge –

Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC)

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• Introdução

• Informação Recente - Publicações

• Documentos da Comissão das Comunidades Europeias

• Proposta de Directiva para Proteção do Solo

• Lei de Responsabilidade Ambiental

• Resposta do Estado Português ao Common Forum

• Atividades Futuras

Enquadramento da Legislação Ambiental na Ausência de um Diploma para a Proteção do Solo

SU

MÁR

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• 200 anos de industrialização deixaram a Europa com muitas situações de contaminação de locais.

• European Environment Agency (EEA ), em 2007,

identificou na Europa 3 milhões de locais potencialmente contaminados.

• Nos 27 países que responderam ao inquérito, lançado pelo

Joint Research Center, em 2014, são referidos 1 170 000 de locais potencialmente contaminados (dados recebidos até fev. 2012).

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• 250 000 locais necessitam de

intervenção imediata, sendo os principais contaminantes os metais pesados e os óleos minerais (EIONET 2006 – EEA, 2007).

• 342 000 locais contaminados

(EIONET 2011 – JRC, 2014)

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Existem muitos países que não têm um levantamento do número de locais potencialmente contaminados. A informação para a contaminação difusa é ainda mais deficiente.

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• Se forem implementadas as políticas nacionais sobre proteção de solos, espera-se que os números de locais contaminados identificados aumentem em 50%, até 2025 (EEA, 2007).

• A existência de locais contaminados têm grandes consequências ambientais e socioeconómicas.

• Custos da contaminação: EUR 2.4–17.3 biliões/ano (EC, 2009).

• A contaminação pode inviabilizar as funções do solo, que

contribuem para a qualidade da água superficial e subterrânea, para a qualidade do ar, para a existência de ecossistemas

específicos, entre outros aspetos.

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• Legislação para a protecção do Solo apenas existe em alguns estados membros da UE.

• Diversas Directivas contribuem para qualidade do solo e

são elas:

 Directiva sobre Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (IPPC 2008/1/EC)

 Directiva Quadro da Água (WFD 2000/60/EC)

 Directiva Quadro dos Resíduos (2008/98/EC)

 Directiva Aterros de Resíduos (99/31/EC)

 Directiva das Emissões Industriais (IED 2010/75/EU)

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• A reabilitação progride, embora com amplas variações

entre Estados-Membros, o que reflete a existência ou a inexistência de legislação nacional.

• Estimou-se que, em 2004, o volume de negócios do setor

de reabilitação dos solos na UE ascendeu a 5,2 mil milhões de EUR,

• 21,6 % foram gastos na Alemanha, 20,5 % nos Países

Baixos e 5,9 % tanto em França como no Reino Unido.

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• A Comissão Europeia adotou uma Estratégica de Protecção do Solo, a 22 setembro de 2006.

• A estratégia aborda toda a gama de ameaças e cria um

quadro comum para proteger o solo.

• Este quadro comum pretende reverter a evolução da

degradação do solo.

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• A proposta de directiva recebeu o apoio do Parlamento Europeu em Novembro de 2007, mas até agora os

Ministros do Ambiente não têm sido capazes de chegar a uma maioria qualificada a seu favor.

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In fo rma ção recen te

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Docum en to s da Com iss ão

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• O objectivo da comunicação é desenvolver o

empenhamento político na protecção do solo a fim de

proporcionar uma protecção mais completa e sistemática no futuro.

• Esta é primeira comunicação sobre a protecção do solo.

• Ela é descritiva e orientada para a acção.

• É feita a distinção entre solo e afectação dos solos.

• É citada a definição de solo e apresentadas as respetivas

funções.

• E definidas as principais ameaças.

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Funções do solo

• Produção alimentar e outra biomassa, designadamente agricultura e silvicultura;

• Armazenagem, filtragem e transformação de nutrientes, substâncias e águas, e reconstituição das massas de águas subterrâneas

• Base para a vida e a biodiversidade, nomeadamente em termos de habitats, espécies e gene;

• Ambiente físico e cultural para o homem e as actividades humanas; • Fonte de matérias primas;

• Reservatório de carbono;

• Conservação do património geológico, geomorfológico e arqueológico.

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Ameaças para o solo

• Erosão;

• Diminuição da matéria orgânica; • Compactação; • Salinização; • Deslizamentos de terra; • Acidificação; • Contaminação; • Impermeabilização.

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Aborda a necessidade da Proposta da Lei Quadro dos Solos

Responsabilidade Ambiental

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Objetivo geral:

1 ) Prevenir uma maior degradação do solo e preservar as suas funções nas situações em que:

 o solo é utilizado e as suas funções são exploradas, sendo, portanto,

necessário tomar medidas relativas aos modelos de utilização e gestão de solos, e

 o solo funciona como sumidouro/receptor dos efeitos de actividades humanas ou fenómenos ambientais, sendo necessário tomar medidas na fonte;

(2) Reabilitar os solos degradados, garantindo um nível de

funcionalidade mínimo coerente com a sua utilização actual e prevista, tendo assim igualmente em conta os custos da reabilitação do solo

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A estratégia proposta pela Comissão assenta em quatro pilares fundamentais:

• adopção de legislação-quadro com o objectivo principal de proteger e garantir uma utilização sustentável do solo;

• integração da protecção do solo na elaboração e aplicação de políticas nacionais e comunitárias;

• preenchimento das actuais lacunas do conhecimento em determinadas áreas da protecção do solo através de

investigação apoiada por programas de investigação comunitários e nacionais;

• sensibilização do público para a necessidade de proteger o solo.

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Justifica a necessidade da Proposta da Lei Quadro dos Solos Elementos jurídicos da Proposta

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• O presente relatório apresenta uma panorâmica da aplicação da Estratégia temática de proteção do solo desde a sua

adoção, em setembro de 2006.

• A estratégia tem por objetivo proteger o solo e utilizá-lo de forma sustentável, através da prevenção de uma maior

degradação, da preservação das suas funções e da reabilitação dos solos degradados.

• O presente relatório expõe também as atuais tendências a nível da degradação do solo, tanto na Europa como no mundo, bem como os futuros desafios para assegurar a sua proteção.

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Os quatro pilares da estratégia são:

• Sensibilização

• Investigação

• Integração

 A utilização sustentável do solo constitui um objetivo para o qual contribuem, de modo essencial, diferentes políticas da União.

 Desenvolvimentos sobre integração do solo, designadamente no contexto das seguintes políticas:

• Política Agrícola Comum (PAC).

• Instalações industriais - Diretiva relativa às emissões industriais

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• Política de coesão. Até ao final de 2010, os Estados-Membros tinham

atribuído cerca de 28 % dos fundos a projetos específicos.

 A Comissão propôs que os fundos de coesão e o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional continuem a apoiar a recuperação de instalações industriais abandonadas no próximo período de

programação de 2014-2020

 Ações específicas sobre a proteção do solo (em especial, sobre resíduos sólidos) - COM(2011) 612 e COM(2011) 614.

• Auxílios estatais à recuperação de solos contaminados. Os

Estados-Membros podem conceder auxílios estatais para a recuperação do solo ao abrigo do Enquadramento dos auxílios a favor do ambiente

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• Legislação.

Perante a necessidade de abordar:

 a questão da produtividade do solo,

 os riscos para a saúde humana e o ambiente,

 a atenuação das alterações climáticas e adatação às mesmas, e, também, para estimular as oportunidades empresariais de

reabilitação dos solos,

a Comissão propôs, em 2006, uma diretiva-quadro sobre o solo [COM(2006) 232]

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Prop osta de Directiva So lo

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A Diretiva Solos ……

• Em termos gerais, a Directiva apresentada pela Comissão, seguindo os princípios orientadores enunciados na Estratégia, promove o seu objectivo geral através do estabelecimento de disposições que

cobrem três campos essenciais:

 a prevenção de ameaças e respectivos processos de degradação de solos;  a identificação das zonas ameaçadas, em risco ou mesmo já degradadas

consoante o tipo de ameaça e a abordagem aplicável;

 a acção sobre as zonas de risco e os sítios contaminados com medidas adequadas à sua atenuação, eliminação ou recuperação, de âmbito local, regional ou nacional.

• Estipula ainda os prazos para a actuação, globalmente desafiadores.

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Prop osta de Directiva So lo European Commission, 2006

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Responsabilidade Ambiental

• No âmbito do Diploma RA, apenas as contaminações do

solo que resultem numa situação de risco significativo para a saúde humana, são classificadas como dano ambiental causado ao solo, excluindo todos os outros casos de

contaminação deste recurso natural.

• Não sendo possível

especificar de forma

exaustiva todas as situações enquadráveis

Respo nsab ilid ade Am bi en ta l

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• Desenvolvem-se igualmente os procedimentos a adoptar pelo operador para avaliação dos incidentes que resultem ou

possam resultar em afectações para águas superficiais ou subterrâneas, nomeadamente critérios e metodologias a considerar na avaliação da afectação.

• Refere-se também a informação relevante a considerar pelo operador na avaliação do estado de contaminação do solo, enquanto ponto de partida para a detecção da ocorrência de uma ameaça iminente de dano ou de um dano ambiental e posterior tomada de medidas

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Contaminação do Solo

• A contaminação do solo caracteriza-se pela presença de

substâncias, organismos ou microrganismos que normalmente não ocorrem neste, ou que ocorrem em menores concentrações ou

quantidade s, sendo que a presença dessas substâncias,

organismos ou microrganismos, tem ou pode ter efeitos prejudiciais relativamente à envolvente e para a saúde humana.

• No âmbito do Regime RA, para avaliação da contaminação do solo que conduz a um risco significativo para a saúde humana, deve ter-se em consideração os ter-seguintes elementos:

 O tipo e as concentrações de substâncias e preparações ou a quantidade de (micro)organismos;

 A possibilidade de dispersão dos mesmos;

 A possibilidade de exposição dos seres humanos, ou seja, a dimensão da área

afectada, o número de indivíduos que possam ser afectados, e o tempo de exposição destes à contaminação;

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A avaliação é desencadeada mediante uma metodologia de avaliação de risco, a desenvolver caso a caso, sendo o objectivo: a eliminação, a contenção ou a redução dos

contaminantes, para que o solo contaminado deixe de comportar riscos significativos para a saúde humana.

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• No tocante ao enquadramento legal relativo às

operações de descontaminação dos solos:

 Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, alterado e

republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho

(Diploma Resíduos), que estabelece o regime geral de gestão de resíduos. Nos termos do n.º 2 do artigo 23.º do referido diploma, estão sujeitas a licenciamento as operações de

descontaminação dos solos, com as necessárias adaptações, sem prejuízo do disposto em legislação especial.

 O artigo 20.º do Decreto-Lei em questão refere que podem ser

estabelecidas normas para este fim, devendo as mesmas ser aprovadas por Portaria.

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• Até à publicação das referidas normas técnicas ou legislação especial, recomenda-se a consulta

 das Normas Canadianas (Canadian Environmental Quality Criteria for Contaminated Sites ou Guidelines for Use at Contaminated Sites in Ontario e respectiva revisão ) - “Soil, Ground Water and

Sediment Standards, 20011”ou

 das Normas Holandesas (Target Values and Intervention Values for Soil Remediation )

Critérios de avaliação da contaminação dos solos, consoante o tipo de utilização dos mesmos.

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• A nível nacional, e no que respeita às Normas de Ontário, são aplicáveis os critérios associados à designada

“abordagem genérica”.

• Através desta abordagem, a avaliação do sítio

contaminado considera critérios estabelecidos com base nos efeitos do contaminante na saúde humana e/ou no ambiente.

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• Tipo de utilização do solo afectado (agrícola, residencial/parque, industrial/comercial);

• Profundidade do solo afectado (inferior ou superior a 1,5

metros - solo superficial e subsuperficial, respectivamente);

• Qualidade da água subterrânea afectada (potável, não

potável);

• Textura do solo afectado

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• Consoante o uso do solo, tendo em conta a existência de águas subterrâneas, em situações de potabilidade ou não, e para sedimentos em águas superficiais .

• Esta abordagem foi considerada adequada, uma vez que

não tem em consideração as condições particulares do sítio em estudo, para uma fase preliminar da análise da contaminação do solo, devendo ser complementada por abordagens específicas para o local em estudo.

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• Tendo sempre presente a utilização futura de um local

• A caracterização do estado inicial do solo pode basear-se

na recolha de informação histórica disponível para o local em análise, bem como na recolha de amostras de solo no interior do perímetro do estabelecimento em causa,

podendo igualmente ser efectuada amostragem na envolvente deste.

• Os parâmetros a analisar devem atender à especificidade

da actividade em causa.

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• Deve entender-se que a ocorrência de um incidente pode não conduzir obrigatoriamente a um dano e que, os efeitos adversos de um dano podem não ser suficientemente

significativos para que este seja considerado um “dano

ambiental”, conforme a definição constante do Diploma RA.

• Assim, antes de mais, assume-se como fundamental

proceder a uma análise preliminar do incidente e dos seus eventuais efeitos

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• Em caso de incidente é necessário medidas de contenção.

• Tendo presente que apenas as contaminações do solo que

conduzem à criação de um risco significativo para a saúde humana são consideradas danos ambientais para o solo, importa verificar a existência de vias de exposição aos receptores humanos.

Enquadramento da Legislação Ambiental na Ausência de um Diploma para a Proteção dos Solo

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• A verificação da existência de vias de contaminação

determina, assim, a necessidade de desenvolvimento de uma avaliação quantitativa do estado do solo, através da realização de uma campanha de amostragem que permita verificar a eventual presença do contaminante no solo,

bem como a sua concentração e distribuição.

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• A verificação de valores de concentração de contaminante no solo superiores aos critérios genéricos de Ontário,

determina a existência de uma ameaça iminente de dano ambiental, devendo adoptar-se os procedimentos de

reporte e de prevenção.

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• Salienta-se que, a adoção de forma rápida e eficiente de medidas de prevenção pode reduzir significativamente as situações de dano para o solo ou diminuir os efeitos desse dano e consequentemente reduzir os custos das medidas de reparação.

• Após adoção das medidas de prevenção, deve ser

desenvolvida uma análise que permita determinar a significância do risco para a saúde humana e

consequentemente, a existência, ou não, de um dano causado ao solo no âmbito do Regime RA.

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• Para o desenvolvimento da avaliação do risco para a saúde humana é necessário proceder à definição dos seguintes termos:

 Compostos /agentes de interesse

 Área de interesse

 Exposição

• A exposição ao agente contaminante implica o conhecimento

dos seguintes factores:

 Fonte e mecanismo de contaminação

 Via de contaminação ou trajecto Modelo Conceptual

 Via de exposição /absorção do composto

 Recetor humano

Solos Contaminados - LNEC, 2 outubro 2014 LNEC | 50

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MODELO CONCEPTUAL

• Identificação das caraterísticas dos contaminantes ;

• Localização dos locais contaminados;

• Mecanismos de fuga/derrame;

• Vias de exposição à contaminação (inalação, ingestão, contato dérmico);

• Mecanismo de migração/mobilização no meio (lixiviação, volatilização, diluição, etc.)

• Recetores potenciais existentes;

• Perfis litológicos/geológicos;

• Caraterização hidrológica e hidrogeológica (qualidade, caudal, nível freático, velocidade de escoamento, direção do fluxo);

• Levantamento topográfico (solo e subsolo);

Caraterização climatológica (direção e velocidade do vento, temperatura,

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No âmbito de uma avaliação de risco para a saúde humana, o risco associado a contaminantes químicos é calculado

através da seguinte relação:

Risco = Toxicidade x Exposição

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• A metodologia de aplicação da avaliação de risco quantitativa para cada um dos cenários definidos pressupõe o desenvolvimento das seguintes fases:

 Caraterização do local  Modelação do transporte/dispersão  Avaliação da toxicidade  Avaliação da exposição  Caraterização do risco  Objetivos de remediação

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• As CCDR, enquanto autoridades regionais dos resíduos (ARR), são as entidades competentes para efeitos de licenciamento das operações de descontaminação de solos, visando a eliminação dos riscos significativos de afectação adversa da saúde humana.

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Critério para a escolha das medidas de reparação:

• Efeito de cada opção na saúde pública e na segurança; • Custo de execução da opção;

• Probabilidade de êxito de cada opção;

• Medida em que cada opção previne danos futuros e evita danos colaterais resultantes da sua execução;

• Medida em que cada opção beneficia cada componente do recurso natural e ou serviço;

• Medida em que cada opção tem em consideração preocupações de ordem social, económica, cultural e outros factores relevantes específicos da localidade;

• Período necessário para que o dano ambiental seja efectivamente reparado;

• Medida em que cada opção consegue recuperar o sítio que sofreu o dano ambiental; • Relação geográfica com o sítio danificado.

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Respo sta Po rtu gu esa

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- Definiu 5 dezembro de 2014 como o primeiro dia mundial do solo

- Declarou 2015 como Ano Internacional do Solo

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Obrigada pela atenção

cjorge@lnec.pt

Enquadramento da Legislação Ambiental na Ausência de um Diploma para a Proteção do Solo