Aspectos económicos e mecanismos de
Aspectos económicos e mecanismos de
Aspectos económicos e mecanismos de
incentivo das Energias Offshore
Aspectos económicos e mecanismos de
incentivo das Energias Offshore
Alex Raventos Wave Energy Centre (WavEC) alex@wavec.org
8 de Fevereiro 2011
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós 8 de Fevereiro 2011 Auditório ISCSP, Lisboa Formação sobre as energias renováveis oceânicas
Aspectos socioeconómicos das energias renováveis offshore
Aspectos socioeconómicos das energias renováveis offshore
1. O Custo da Energia
2
Potencias impactos Socioeconómicos
2. Potencias impactos Socioeconómicos
Necessidades para o arranque do mercado:
3. Mecanismos de incentivo de novas tecnologias
3. Mecanismos de incentivo de novas tecnologias
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
1.1. Componentes básicas do custo das energias offshore
1.1. Componentes básicas do custo das energias offshore
CAPEX
OPEX
Produção
Custos
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
1.2. Custos de Investimento (CAPEX)
1.2. Custos de Investimento (CAPEX)
• Custos incluídos no CAPEX (€/kWinstalado):
9 Desenvolvimento projecto 9 Turbina/Dispositivo 9 Instalação/Logística 9 Suporte/Amarrações 9 Infra-estrutura eléctrica 9 Outros....
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
1.2. Custos Operacionais (OPEX)
1.2. Custos Operacionais (OPEX)
•
Custos Operacionais OPEX (€/kWh
produzido)
9 C t d O&M 9 Custos de O&M
– Monitorização, manutenção, seguro, licenças, substituição, etc. 9 Custos de combustível
9 Custos de CO2
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
1.2. A produção de electricidade (kWh)
1.2. A produção de electricidade (kWh)
O recurso: • Eólica Æ velocidade do vento (m/s) A tecnologia:• Eólica Æ curva de potência • Ondas Æ matriz de
A produção:
• Energia gerada (MWh/ano) • Horas equivalentes (h/ano) • Ondas Æ altura da onda
(m) e período (s)
potência
q ( )
• Factor de capacidade (%)
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
1.3 O Custo nivelado da energia -
Levelised Cost of Energy
1.3 O Custo nivelado da energia -
Levelised Cost of Energy
•
Levelised Cost of Energy (LCOE)
CAPEX
OPEX
Factores no cálculo do LCOE
O custo da energia por kWh
Energia kWh 9 Custos de Investimento (€/kW)
9 Custos de O&M (€/MWh ou %)
9 Custos dos combustíveis e CO2(€/MWh)
9 Custos de desmantelamento (€/kW ou %) 9 Taxa de desconto dos accionistas (%) 9 Produção anual
• Factor de capacidade (%)
Custo da Energia (€/kWh)
Factor de capacidade (%) • Factor de disponibilidade (%)
9 Tempo de vida da central (anos)
∑
&
1
∑
1
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
1.3. O custo nivelado da energia (€/kWh)
1.3. O custo nivelado da energia (€/kWh)
Ondas e
eólico flutuante
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
1.4. Perspectivas para o custo futuro da energia:
Experiencia e aprendizagem
1.4. Perspectivas para o custo futuro da energia:
Experiencia e aprendizagem
• O efeito da aprendizagem tecnológica (learning curves):
O custo da energia diminui com: • investimento em I&D
Cluster tecnológico - Know-How Competitividade - Exportações
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós • incremento da produçã
1.4. Perspectivas para o custo futuro da energia:
Experiencia e aprendizagem
1.4. Perspectivas para o custo futuro da energia:
Experiencia e aprendizagem
1885: First motor car 1908: First car in serie 1960s+: First car in serie
1888, 12 kW 1941, 1.25 MW 70’s/80’s, 30 kW 2007, 5MW
1.4. Perspectivas para o custo futuro da energia
1.4. Perspectivas para o custo futuro da energia
Perspectivas das energias offshore (custos de investimento)
p
g
(
)
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
1.4. Perspectivas no custo futuro da energia
1.4. Perspectivas no custo futuro da energia
Perspectivas das energias offshore (custo da energia, LCOE):
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós As ondas e a eólica flutuante podem ser competitivas entre 2020 e 2030
Aspectos socioeconómicos das energias renováveis offshore
Aspectos socioeconómicos das energias renováveis offshore
1. O Custo da Energia
2
Potenciais impactos Socioeconómicos
2. Potenciais impactos Socioeconómicos
Necessidades para o arranque do mercado:
3. Mecanismos de incentivo de novas tecnologias
3. Mecanismos de incentivo de novas tecnologias
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
2.1 Potencias impactes socioeconómicos
2.1 Potencias impactes socioeconómicos
•
Porquê as renováveis offshore?
Alguns Impactos positivos Alguns Impactos Negativos
Redução da dependência energética Maior custo da energia no curto prazo Aumento da segurança de abastecimento Variabilidade típica das renováveis Redução das emissões Infra‐estrutura eléctrica adicional
d l l l
Criação de emprego e valor local Potencial de exportação
Menor competição pelo espaçop ç p p ç Reactivação de sectores industriais Melhor previsibilidade e variabilidade
2.2 Objectivo: ambiente, independência e segurança
2.2 Objectivo: ambiente, independência e segurança
• Objectivo EU 2020
9 20% renováveis no consumo final
• Portugal importa mais de 80% da energia
9 I t ó i ti
9 20% renováveis no consumo final 9 20% eficiência energética
9 20% redução das emissões em relação a 1990
9 Impacto económico negativo
• Ameaças na segurança de abastecimento: 9 Instabilidade política; • Objectivo EU 2050 9 80-100% de redução de emissões! 9 Instabilidade política; 9 Manipulação e competição no fornecimento da energia (preços) 9 Risco de ataque ou catástrofes nas
i f t t infra-estruturas
9 Financiamento de governos e terrorismo
As renováveis são recursos endógenos e reduzem a
ê é
dependência energética
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
2.3 O novo paradigma energético
2.3 O novo paradigma energético
• O novo paradigma
9
• A variabilidade das Renováveis
9 sistema de geração distribuído 9 Energia local e variável
9 Armazenamento
9 Gestão inteligente do sistema etc
9 A diversificação da matriz energética reduz a variabilidade e o risco
9 As eólica offshore e as ondas: mais estáveis e predizíveis
9 Gestão inteligente do sistema, etc. p
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
2.4 Conflitos de Uso e Sinergias
2.4 Conflitos de Uso e Sinergias
• Portugal tem uma das maiores ZEE marítimas com 1,727.408 km2
I f tili ã d
• Infra-utilização dos recursos:
9 unicamente usos tradicionais (pescas, transporte, defesa, ambiente, etc.)
• Novos usos: energias offshore, etc. Æ POEM
9 As energias offshore: a área máxima a ocupar é muito pequena
9 As energias offshore têm um rendimento muito elevado por área ocupada
• Usos novos e tradicionais não têm de ser concorrentes, pelo contrario
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós Usos novos e tradicionais não têm de ser concorrentes, pelo contrario
podem estabelecer-se sinergias
2.5 Externalidades da energia
2.5 Externalidades da energia
• Externalidade: conseqüências externas no incluídas nos preços da energia
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
2.6 Criação de Emprego e Valor Acrescentado
2.6 Criação de Emprego e Valor Acrescentado
• Muitos estudos para avaliar o impacto macroeconómico
9 Comissão Europeia e governos nacionais 9 Consultoras prestigiadas 9 Centros de Investigação 9 Grandes empresas 9 Associações 9 Agências de Energiag g 9 ONGs
• A imensa maioria coincide: necessário mudança á um novo paradigma energético com eficiência energética e a introdução de renováveis
9 Para combater as alterações climáticas 9 Para combater as alterações climáticas
9 Para incrementar a produtividade e emprego da UE
2.6 Criação de Emprego e Valor Acrescentado
2.6 Criação de Emprego e Valor Acrescentado
Impacto das RES 2020 Impacto das RES 2005
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
2.6 Criação de Emprego e Valor Acrescentado
2.6 Criação de Emprego e Valor Acrescentado
• Conclusões do Estudo:
9 Mais confiança nos impactos macroeconómicos das renováveis 9 Os benefícios económicos actuais das renováveis manter-se-ão..
...se mecanismos de apoio estimularem tecnologias inovadoras.
9 Os benefícios das renováveis na segurança de abastecimento e nas
alterações climáticas podem adicionar-se aos benefícios económicos.ç p
• Redução das importações de combustíveis fósseis
• Manter First-mover-advantage e competitividade Europeia Æ maior quota de mercado (exportações)
9 ...mas é preciso criar capacidades nacionais na Cadeia de Valor
• Aquisição de competências offshore • Criação dum cluster Industrial • Preparação de especialistas
• Investimento em projectos piloto e zonas de teste.
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós e antes dos nossos concorrentes.
2.7 Mercado Potencial e a Cadeia de Valor
2.7 Mercado Potencial e a Cadeia de Valor
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
2.7 Mercado Potencial e a Cadeia de Valor
2.7 Mercado Potencial e a Cadeia de Valor
Distribuição do emprego na eólica
A Cadeia de Valor nas energias marinhas
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
2.8 Impactos das Energias
Offshore
em Portugal 2020
2.8 Impactos das Energias
Offshore
em Portugal 2020
•
Atingir os objectivos nacionais de 250MW e 75MW até 2020 para a
energia das ondas e a eólica offshore poderia:
9 criar 9000 trabalhadores temporais na fase de instalação e à volta de 9 criar 9000 trabalhadores temporais na fase de instalação e à volta de
260 postos de trabalho permanentes.
9 it i ã à lt d 575 000 t l d d CO
9 evitar uma emissão à volta de 575.000 toneladas de CO2
9 evitar a importação de mais de 190.000 toneladas de carvão e de 9 340 milhões de metros cúbicos de gás natural.
9 Potencial incremento do PIB nacional com redução das importações e incremento do investimento privado e exportações de bens e serviços.
Necessidades para o arranque do mercado:
3
M
i
d i
ti
d
t
l
i
3. Mecanismos de incentivo de novas tecnologias
3.1 Quais são os mecanismos de incentivo ou apoio?
3.1 Quais são os mecanismos de incentivo ou apoio?
•
Tipos de mecanismos de incentivo “de mercado” (Market Pull)
9 As feed-in-tariffs (FIT)9 Quotas de mercado (e.g. Green Certificates) 9 Outros subsídios (e g incentivos fiscais) 9 Outros subsídios (e.g. incentivos fiscais)
•
Outros mecanismos para arranque de mercado (Market Push)
9 Subvenções de capital, co-financiamento publico de projectos 9 Financiamento da I+D
9 Criação de centros de I+D infra-estruturas e zonas de teste de 9 Criação de centros de I+D, infra-estruturas e zonas de teste de
protótipos
3.2 O caso de Dinamarca: um marco favorável e estável
3.2 O caso de Dinamarca: um marco favorável e estável
Desenvolvimento da Eólica em Dinamarca (1970-2000)
• Suporte Político
9 950M€ gastos em incentivos de mercado entre 1980-2000 9 140M€ gastos em I+D entre 1980-2000
9 Suporte financeiro estável durante 20 anos
9 Mudança de governo em 2001 mudou condições e o mercado falhou Suporte Económico e Industrial
• Suporte Económico e Industrial
9 O sector agrário estava em declive a indústria mudou para a eólica (Vestas, Bonus, Micon) • Suporte Social
9 90% d i d i iã úbli O t úbli f i ti l d iti d à 9 90% de apoio da opinião pública. O suporte público foi estimulado permitindo às
comunidades locais participar no investimento.
9 Apoio financeiro estruturado favoreceu os individuais em face às grandes empresas. • Suporte TécnicoSuporte Técnico
9 O apoio muito cedo à I+D contribuiu para a escolha do desenho com 3 pás.
9 O apoio muito cedo garantiu um marco estável à indústria e permitiu adquirir uma vantagem competitiva relativamente à outros países
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós 9 Acesso prioritário à rede e melhorias na infra-estrutura aceleraram o sector
3.2 O caso de Dinamarca: um marco favorável e estável
3.2 O caso de Dinamarca: um marco favorável e estável
• O apoio financeiro á I+D e projectos
9 i d b õ d it l
9 por meio de subvenções de capital e crucial
• As FITs
9 ã i fi i
9 são mais eficientes que outros mecanismos como os certificados
• O apoio tem que ser estável
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
3.3 A experiência
offshore
do Reino Unido
3.3 A experiência
offshore
do Reino Unido
Protótipos • Até 1MW 1os Parques Demonstração • 2 – 10MW Seguintes parques • >10MW • Market Push: e.g. subvenções de
capital • Market Push & Pull e.g. subvenções de
capital e FITs
• Market pull e.g. FITs
p
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
3.4 Portugal: Estado dos Mecanismos de Incentivo
3.4 Portugal: Estado dos Mecanismos de Incentivo
Mecanismo de incentivo
Existe
Tendência /
Estabilidade
Nível
Apoio a I+D
Subvenções de capital
FITs
Infra-estruturas
3.5 Portugal: Financiamento público de I+D e projectos
3.5 Portugal: Financiamento público de I+D e projectos
• Progresso no apoio a I+D
• Mas ainda está longe de outros países
9 DK ou RU na ordem de centenas de milhões de Euros.
milhões de Euros.
• Portugal tem financiado projectos de demonstração (QREN, FAI)
• Não existe um marco transparente, estável e estruturado de financiamento,
9 necessário para desenvolver competências nacionais e atrair projetos internacionais.
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
Fonte: Evalue (2011) Apoio a Eólica em Dinamarca
3.6 Portugal: as
feed-in-tariffs
3.6 Portugal: as
feed-in-tariffs
Enquadramento das FIT em Portugal
•
DL 168/1999:
9 f i t d id f d i t iff i á i
9 foram introduzidas as feed-in-tariffs para as energias renováveis
•
DL 339-C/2001:
9 remuneração diferenciada por tecnologia ç p g
9 foi pela primeira vez introduzido o recurso das ondas e solar fotovoltaica
•
DL33-A/2005,
9 At li ã d â t d ál l A t if t l i d
9 Atualização dos parâmetros de cálculo. A tarifa para a tecnologia de energia das ondas foi abolida
•
Decreto-Lei n.º 225/2007
9 veio rever os critérios de remuneração de electricidade e repôs a tarifa para a energia das ondas
3.6 Portugal: as
feed-in-tariffs
3.6 Portugal: as
feed-in-tariffs
3.6 Portugal: as
feed-in-tariffs
3.6 Portugal: as
feed-in-tariffs
3.6 Portugal: a
feed-in-tariff das ondas
3.6 Portugal: a
feed-in-tariff das ondas
3.7 Criação de Infra-estruturas de Apoio
3.7 Criação de Infra-estruturas de Apoio
•
Centros de I+D em Offshore de nível mundial
9 WavEC Æ Instituto de Energia Offshore9 LNEG
•
Zona Piloto Æ 3 anos parada
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
3.8 Conclusões
3.8 Conclusões
•
As energias offshore estão numa fase inicial de desenvolvimento
9 Alto custo de investimento mas elevado potencial de aprendizagem 9 Portugal tem desenvolvido know-how e condições favoráveis•
Potenciais impactos socioeconómicos muito positivos...
9 Redução de dependência, das emissões, aumento de competitividade, emprego e valor acrescentado...
9 ... mas, se desenvolver competências na cadeia de valor... 9 ... e de forma rápida, pode obter vantagem competitiva.... e de forma rápida, pode obter vantagem competitiva.
•
Criação dum enquadramento favorável e estável para o mercado
99 Manter e incrementar as ajudas a I+D
9 Incentivos market-push na etapa inicial (co-financiamento projectos) 9 Avaliar as FITs (market-pull) nas etapas avançadas
08 Fevereiro 2011, Lisboa, Alex Raventós
( p ) p ç
alex@wavec.org