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O uso do tempo: uma análise da população brasileira

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O uso do tempo: uma análise da população brasileira

Camila Lopes Ferreira (UTFPR) cmilalf@bol.com.br

Dr. Luiz Alberto Pilatti (UTFPR) lapilatti@utfpr.edu.br

Dr. Antonio Carlos Frasson (UTFPR) ancafra@gmail.com

Resumo: Este estudo tem como objetivo fazer uma abordagem sociológica sobre o tempo livre na concepção de

Norbert Elias e, também, uma análise do uso do tempo da população brasileira através da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) desenvolvida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) buscando a relação entre estas. As atividades desenvolvidas no tempo livre têm impacto direto na qualidade de vida de todas as pessoas e, já que esta está sendo cada vez mais valorizada, é importante analisar-se o que a população têm feito em seu tempo livre. A qualidade de vida engloba diversos fatores, desde alimentação, sono, trabalho, atividades físicas, entre outros. Entretanto, para esse estudo somente serão analisadas as atividades realizadas no tempo livre da população brasileira. A preocupação se faz geral em função da conscientização que já existe nesse campo de estudo, mas o que acontece na realidade é que a maior parte da população não aproveita o seu tempo livre da melhor forma possível.

Palavras-chave: uso do tempo, tempo livre, população brasileira.

1. Introdução

Tempo de trabalho e tempo de não trabalho têm grande espaço para estudos e discussões, tornando-se questões cada vez mais importantes para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Todos os estudos vêm a comprovar que as transformações que ocorrem nas sociedades e os avanços alcançados com as novas tecnologias acabam impactando no tempo de trabalho e tempo de não trabalho.

Com as conquistas trabalhistas como a redução da jornada de trabalho e o direito à férias, os trabalhadores passaram a ter mais tempo livre, sendo este direito de todos, desde os empregadores até os empregados.

No entanto, hoje se sabe que a forma como é vivenciado esse tempo livre acaba interferindo na vida psíquica, física e social das pessoas, o que acaba por influenciar a energia, criatividade, auto-estima, satisfação e motivação pessoal.

O presente artigo pretende discorrer sobre o tempo livre na visão de Norbert Elias e analisar os resultados da pesquisa desenvolvida pelo IBGE sobre o uso do tempo da população brasileira.

2. Metodologia

Esse estudo foi desenvolvido baseado na técnica de pesquisa, a qual segundo Cervo (1983, p. 50), “[...] de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma resposta ou solução”.

Nesse contexto, o tipo de pesquisa adotado foi a básica, qualitativa, descritiva e, como procedimento técnico, a meta-análise, a qual para Vasconcelos (2002, p. 160), “[...] constitui

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na prática um tipo particular de análise secundária, geralmente usada para comparar e retrabalhar os dados internos de estudos quantitativos, experimentais ou quase-experimentais”.

A meta-análise será adotada visto que os dados analisados fazem parte de uma pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2001 e 2005.

“Na PNAD, as informações sobre afazeres domésticos são coletadas para as pessoas de 10 anos ou mais de idade [...]” (SOARES e SABÓIA, 2007, p.10) totalizando uma amostra de 109,2 milhões de pessoas agrupadas por região, sexo e idade.

Na realidade o objetivo principal ao se adotar a meta-análise como técnica de pesquisa, é ter como resultado um estudo mais preciso do tema já pesquisado.

3. O uso do tempo

O uso de tempo normalmente é estudado sob o ponto de vista do trabalho, econômico e produtivo, mas cabe ressaltar a importância do mesmo em quaisquer atividades que venham a ser exercidas, já que estas fazem parte do cotidiano das pessoas.

O tempo de não trabalho engloba atividades como tarefas domésticas, cuidados pessoais e com pessoas da família, com a saúde, alimentação, exercícios físicos, deslocamentos, tempo de estudo e quaisquer outras requeridas no dia-a-dia. (SOARES e SABÓIA, 2007, p. 7-8) A questão financeira, social e demográfica impactam diretamente no tipo de atividades realizadas. Por exemplo, ao analisar-se as atividades realizadas pelas mulheres, percebe-se que estas além de ocuparem o mercado de trabalho, ainda têm que realizar atividades domésticas.

Para Mwewa (2007, p. 50), “É neste sentido que se insere a crescente preocupação de como este tempo poderia ser aproveitado de forma que viesse a auxiliar na realização plena das pessoas e não apenas servir para o ‘melhoramento’ da produção dos trabalhadores”.

A preocupação com o uso de tempo vem se tornando cada vez mais importante, visto que acaba influenciando diretamente na qualidade de vida das pessoas, assunto este em discussão sempre pertinente.

Numa pesquisa realizada entre 1996-1997, “[...] constatou-se que o trabalho produtivo e os afazeres domésticos consomem a maior parte do tempo dos moradores, seguido do tempo gasto em estabelecimento de ensino e trabalho comunitário” (SOARES e SABÓIA, 2007, p. 9).

As Pesquisas de Uso do Tempo são consideradas um importante instrumento para revelar aspectos do cotidiano das pessoas. É pelo exame dos denominados ‘diários de emprego do tempo ou diários de atividades’, utilizados pelas mesmas, que se consegue identificar e quantificar o tempo gasto na dedicação a tantas outras atividades, e não somente as atividades econômicas de produção e consumo, já normalmente aferidas nas pesquisas sobre trabalho. (SOARES E SABÓIA, 2007, p. 7)

4. O tempo livre

O tempo pode-se dizer que está dividido em tempo de trabalho e tempo de não trabalho.

Há intervalos entre um tempo de trabalho e outro. Denomina-se “tempo livre” aquele que se encontra nesse intervalo, desobrigado do trabalho e das imposições familiares, sociais, econômicas, políticas e religiosas. Contudo, só será livre mesmo se puder ser empregado pelo indivíduo da forma como lhe apraz. Vê-se no entanto que a liberdade é relativa, pois não é o homem quem escolhe o momento ou quem

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“cria” esse tempo. É a máquina que o oferece, ou melhor, o impõe ao homem (ROLIM, 1989, p. 47).

A análise da história desde a antiguidade até o momento se faz fundamental para se compreender as mudanças ocorridas na sociedade e, o estudo sociológico mostra a importância do lazer e do tempo livre na sociedade hodierna.

Ocorre que na sociedade do conhecimento, pressupõe-se que o trabalho é realizado pelas máquinas e o ser humano é libertado para outras possibilidades de ação e atuação. Pressupõe-se que há tempo suficiente para o lazer, para a ampliação do conhecimento, para a vida familiar, etc. No entanto, como se tem comprovado a duras penas, na chamada sociedade do conhecimento, o trabalho das máquinas significa sempre desemprego – e, portanto, falta de renda. (OLIVEIRA, 2004, p. 26)

“Pode-se dizer que, com a modificação das condições sociais e, mais precisamente, com a modernização da produção industrializada, o ‘tempo livre’ (e não mais o ócio) pode ter ficado cada vez mais extenso, acarretando com isso a preocupação do que fazer com ele.” (Mwewa, 2007, p. 49)

Para Elias (1992, p. 107), o tempo livre é visto com uma conseqüência das sociedades industriais que evoluíram, sendo definido “[...] de acordo com os actuais usos lingüísticos, é todo o tempo liberto das ocupações de trabalho”. Ainda segundo Elias (1992, p. 149), “O espectro do tempo livre é um quadro de classificação que indica os principais tipos de actividades de tempo livre nas nossas sociedades”.

“As atividades transcorridas no tempo livre, isto é, no tempo liberado do trabalho profissional, são muito variadas. Como exemplo, as sociais, de convívio com a família e até mesmo cuidados pessoais” (RUGISKI, 2007, p. 36).

As atividades de tempo livre das pessoas podem ser divididas em cinco esferas, argumenta Elias (1992, p. 108-109), assim distribuídas:

- trabalho privado e administração familiar: nesse contexto estão englobadas todas as atividades da família, como provisão da casa, orientação dos filhos, estratégia familiar, entre outras;

- repouso: a esta categoria pertence o não fazer nada, as futilidades e, acima de tudo, o dormir. - provimento das necessidades biológicas: aqui se encontram atividades como comer, beber, defecar, fazer amor, enfim suprir as necessidades básicas;

- sociabilidade: não é considerada trabalho, embora possa auxiliar neste, através de relacionamentos com colegas de trabalho ou superiores hierárquicos; e, também, atividades que não têm nenhuma relação trabalhista, como ir a um bar, a uma festa, a um clube.

- categoria das atividades miméticas ou jogo: aqui se encontram as atividades de lazer, tais como a ida ao teatro, ao cinema, à pesca, à caça, dançar, ver televisão.

“[...] todas as actividades de lazer são actividades de tempo livre, mas nem todas as de tempo livre são de lazer” (ELIAS, 1992, p. 141).

Essa divisão prova que nem todas as atividades executadas no tempo livre podem ser caracterizadas como atividades de lazer.

Segundo Elias (1992, p. 110), “A tipologia mostra, de forma muito nítida, que uma parte considerável do nosso tempo livre não se pode identificar com o lazer”.

Para confirmar essa afirmação, Bonato (2006, p. 44) diz: “O tempo disponível ou excedente, ainda que possa ser fonte de lazer, necessariamente não é destinado a ele.”

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Em contrapartida, o tempo livre deve ser construído para superar os problemas no campo do trabalho e no campo do lazer, buscando melhorias na qualidade de vida.

Alves (1992, p. 143) acredita que “Não alcançamos ainda plenamente esse estágio de conscientização, mas já avançamos bastante, no exercício da luta, associando-nos a outros, descobrindo canais, criando estratégias, formando lideranças e estabelecendo programas de ação”.

A promessa da era da informação representa o desencadeamento de uma capacidade produtiva jamais vista, mediante o poder da mente. Penso, logo produzo. Com isso, teremos tempo disponível para fazer experiências com a espiritualidade e oportunidade de harmonização com a natureza [...] (CATELLS, 1999, p. 437).

Que essa afirmação se torne a realidade de todas as pessoas.

De Masi (2001, p. 14) afirma: “Através do direito ao trabalho, o homem realizou a sua condição industrial; através do direito ao ócio, o homem realizará a sua condição pós-industrial. É necessário ascender do humanismo do trabalho ao humanismo do ócio”. Para este autor, ainda, o direito ao ócio não deve pertencer somente a algumas pessoas, mas sim, a todas aquelas que fazem parte da sociedade pós-industrial.

5. Análise dos resultados

Os resultados apresentados a seguir são baseados na PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2001 e 2005 realizda pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e estatística.

TABELA ESPAÇAMENTO – ESTA LINHA EM BRANCO

Grupos de idade Sexo e Grandes Regiões Total 10 a 17 18 a 24 25 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos ou mais Total 66,9 59,1 62,5 70,7 71,5 68,1 Norte 67,6 68,4 66,8 68,0 67,6 65,3 Nordeste 63,9 59,5 61,6 67,2 67,4 61,7 Sudeste 66,5 54,7 60,5 71,0 72,1 70,3 Sul 73,1 64,5 68,0 76,9 77,8 74,3 Centro-Oeste 66,8 63,1 63,3 69,6 69,6 64,4 Homens 42,6 38,8 37,4 45,5 44,8 44,2 Norte 44,7 51,4 41,9 42,5 42,9 45,0 Nordeste 36,0 35,9 34,2 37,5 35,9 33,8 Sudeste 42,3 34,4 34,9 46,3 45,6 47,1 Sul 53,9 49,4 48,1 56,9 56,6 55,4 Centro-Oeste 43,6 44,5 39,7 45,2 43,8 41,0 Mulheres 89,5 79,9 87,0 94,1 95,4 87,0 Norte 89,6 84,7 90,4 92,6 92,4 83,0 Nordeste 89,9 83,6 88,1 94,3 95,0 85,2 Sudeste 88,8 75,3 85,5 93,7 95,4 87,7 Sul 91,5 80,6 88,2 96,1 97,2 89,4 Centro-Oeste 88,8 82,0 86,2 92,3 94,0 85,4 Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2001.

Tabela 1 – Proporção das pessoas de 10 anos ou mais de idade que cuidam de afazeres domésticos por grupos de idade segundo o sexo e as Grandes Regiões - 2001

TABELA ESPAÇAMENTO – ESTA LINHA EM BRANCO

Grupos de idade Sexo e Grandes Regiões Total 10 a 17 18 a 24 25 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos ou mais

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Total 71,5 64,7 66,3 75,1 76,3 71,7 Norte 73,6 73,9 72,6 74,8 72,3 69,2 Nordeste 69,4 64,8 67,0 72,6 73,8 66,2 Sudeste 70,5 59,8 62,9 74,8 76,2 73,2 Sul 77,7 70,8 70,5 81,5 82,5 77,3 Centro-Oeste 70,7 67,4 67,0 73,0 72,8 71,0 Homens 51,1 47,4 45,1 54,2 54,0 52,1 Norte 54,5 59,9 52,0 53,9 49,3 52,3 Nordeste 46,7 45,2 44,1 48,9 48,9 44,4 Sudeste 49,7 42,2 41,3 53,8 53,1 53,5 Sul 62,0 56,8 53,1 65,9 66,5 61,5 Centro-Oeste 50,5 51,8 47,2 51,0 50,7 51,1 Mulheres 90,6 82,6 87,7 94,5 96,1 87,1 Norte 92,2 87,7 92,3 95,1 95,6 85,5 Nordeste 90,7 85,2 90,4 94,4 95,6 84,0 Sudeste 89,7 78,2 84,4 94,1 96,2 87,8 Sul 92,4 85,0 88,3 95,9 97,5 89,5 Centro-Oeste 89,9 83,0 86,3 93,3 94,0 88,8 Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005.

Tabela 2 – Proporção das pessoas de 10 anos ou mais de idade que cuidam de afazeres domésticos por grupos de idade segundo o sexo e as Grandes Regiões - 2005

Conforme análise comparativa, pode-se perceber que o tempo gasto pela população brasileira com afazeres domésticos está sendo cada vez maior.

TABELA ESPAÇAMENTO – ESTA LINHA EM BRANCO

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2001.

Proporção de pessoas de 10 anos ou mais de idade que cuidam de afazeres domésticos Grupos de anos de

estudo

Total Homens Mulheres

Até 4 anos 63,7 38,3 89,0 5 a 8 anos 67,6 43,2 91,2 9 a 11 anos 68,7 44,5 91,0 12 anos ou mais 68,6 46,1 86,8

Tabela 3 – Proporção de pessoas de 10 anos ou mais de idade que realizam afazeres domésticos por sexo segundo os grupos de anos de estudo - 2001

TABELA ESPAÇAMENTO – ESTA LINHA EM BRANCO

Proporção de pessoas de 10 anos ou mais de idade que cuidam de afazeres domésticos Grupos de anos de

estudo

Total Homens Mulheres

Até 4 anos 67,9 47,0 89,0 5 a 8 anos 72,1 51,3 92,3 9 a 11 anos 73,3 52,5 92,8 12 anos ou mais 73,0 54,0 88,7 Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005.

Tabela 4 – Proporção de pessoas de 10 anos ou mais de idade que realizam afazeres domésticos por sexo segundo os grupos de anos de estudo - 2005

Mais uma vez comprova-se a afirmação de que se está gastando cada vez mais tempo com afazeres domésticos; e, ainda, o que se pode perceber, é que quanto maior o nível de escolaridade na população masculina, maior o tempo gasto com afazeres domésticos, caso completamente contrário à população feminina.

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Média de horas semanais das pessoas de 10 anos ou mais de

idade no cuidado de afazeres domésticos

Média de horas semanais das pessoas de 10 anos ou mais de

idade ocupadas no trabalho principal

Posição na ocupação

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Total 19,9 9,8 25,2 39,5 42,9 34,8

Empregado com Carteira Assinada 12,7 8,6 17,1 44,2 45,6 41,8 Empregado sem Carteira Assinada 13,9 9,2 19,5 40,5 42,5 36,0

Militar 8,0 7,9 10,8 43,0 43,2 34,5

Fun. Público Estatutário 16,9 9,3 20,3 36,9 40,2 34,7 Trabalhador Doméstico 20,1 11,1 20,6 39,9 44,7 39,5 Trabalhador por Contra Própria 17,3 9,8 26,2 39,5 43,6 31,0

Empregadores 11,6 7,6 17,3 48,2 49,2 45,4

Trabalhador na Prod. para Próprio

Consumo 27,6 11,7 32,1 16,4 23,5 13,0

Trabalhador na Const. para Próprio

Uso 16,1 13,3 28,4 27,9 28,3 25,1

Não Remunerado 19,6 8,6 24,1 28,1 28,2 28,0

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005.

Tabela 5 – Média de horas semanais das pessoas de 10 anos ou mais de idade no cuidado de afazeres domésticos e média de horas semanais das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas no trabalho principal por sexo

-2005

A realidade observada mostra que ainda os afazeres domésticos parecem ser de responsabilidade feminina, já que as mulheres, mesmo tendo uma ocupação profissional, acabam dedicando um tempo muito maior do que a população masculina. Isso quer dizer, que os homens também dedicam parte de seu tempo aos afazeres domésticos, mas a maior parte deste é dedicado ao trabalho.

Considerações

Ao buscar na literatura disponível sobre o tema proposto, podem-se observar vários estudos sobre o trabalho e muitos outros sobre o tempo de não-trabalho, mais especificamente sobre o lazer como forma de ocupação do tempo livre.

Tempo de trabalho e tempo de não-trabalho são necessidades de mesmo peso nas atividades individuais, justamente onde se encontra a relevância deste assunto.

Com as reivindicações trabalhistas conquistadas no decorrer do processo histórico, o tempo livre das pessoas vêm aumentando, fazendo com que este seja um importante tópico a ser estudado.

Compreender todas essas mudanças não é fácil. O objetivo desse estudo foi justamente questionar o que os indivíduos têm feito em seu tempo livre e mostrar a realidade da população brasileira.

Apesar dos estudos relacionados à qualidade de vida serem imprescindíveis na atualidade, não é isso que a realidade mostra. O fato é que as pessoas, em sua grande maioria, não se dão conta de que quaisquer atividades desenvolvidas, por mais simples que sejam, impactam nas condições vivenciadas de uma forma geral.

O tempo livre deve ser aproveitado da melhor forma possível, visando sempre alcançar resultados através deste. Resultados estes, compatíveis com as necessidades individuais necessária para uma vida melhor.

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ALVES, J. F. Metrópoles: cidadania e qualidade de vida. São Paulo: Moderna, 1992.

BONATO, T. N. Hábitos de lazer e autoconceito em adolescentes. 2006. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social e da Personalidade) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. CASTELLS, M. Fim de milênio. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983.

DE MASI, D. A economia do ócio. Rio de Janeiro: Sextante, 2001. ELIAS, N. A busca da excitação. Lisboa: Difel, 1992.

MWEWA, M. Entretenimento, “tempo livre” e sociedade de consumo no mundo da capoeira. Revista Brasileira

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SOARES, C.; SABÓIA, A. L. Tempo, trabalho e afazeres domésticos: um estudo com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2001 e 2005. Rio de Janeiro: IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais, 2007.

VASCONCELOS, E. M. Complexidade e pesquisa interdisciplinar: epistemologia e metodologia operativa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

Referências

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