• Nenhum resultado encontrado

U M A T R A J E T Ó R I A D E A P R E N D I Z A G E M. Raquel Villardi

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "U M A T R A J E T Ó R I A D E A P R E N D I Z A G E M. Raquel Villardi"

Copied!
25
0
0

Texto

(1)

CO

TA

S N

A U

ER

J

UM A T R A JE T ÓR I A D E A P R EN DI Z A GE M

Raquel Villardi

(2)

Ensino Superior: importância estratégica para o desenvolvimento econômico e social Ampliação das possibilidades de acesso Expansão acentuada e acelerada de matrículas 19600 1995 2004 20 40 60 80 100 120 140 13 80 132 Matrículas mundiais(em milhões)

O LEGADO DO SÉCULO XX

(3)

Raquel Villardi

DEMANDA POR COTAS NO BRASIL

Causas Causas • Vagas insuficientes na Educação Superior • Ampliação da oferta de Ensino Médio

• Relação direta entre nível de escolaridade e patamares de renda • Percepção de que “é possível” • Vagas insuficientes na Educação Superior • Ampliação da oferta de Ensino Médio

• Relação direta entre nível de escolaridade e patamares de renda • Percepção de que “é possível” Consequências Consequências

• Ruptura com padrões e modelos tradicionais de seleção

• Ruptura com padrões e modelos tradicionais de formação

• Alteração de um conjunto de verdades alimentadas pelas classes dominantes • Ruptura com padrões e

modelos tradicionais de seleção

• Ruptura com padrões e modelos tradicionais de formação

• Alteração de um conjunto de verdades alimentadas pelas classes dominantes

(4)

UERJ

Entre 2000 e 2003 – Diversas leis estaduais, sancionadas sem a participação da comunidade acadêmica -

Processo seletivo específico (SADE – 2003)

Lei 4.151/03 – Cotas sociais - Vestibular Estadual 2004

4

Tipo de reserva Vagas oferecidas Matriculados

Escola Pública – 20% 1.039 1.232 Negros – 20% 1.039 877 PNE-Indígenas – 5% 280 32 Totais 2.358 2.141 http://www.vestibular.uerj.br/portal_vestibular_uerj/2005/dados_estatisticos/dados_ estatisticos.html COTAS UERJ - 2004 Fonte: DESEA/UERJ

(5)

Raquel Villardi

SOBRE A UERJ

Tradição de universidade para alunos-trabalhadores Prevalência de cursos noturnos

Grandes campi fora da cidade do Rio

Perfil de estudantes muito semelhante ao dos cotistas, à exceção dos cursos de elite.

(6)

O A

LU

NO

DA

GR

AD

UA

ÇÃ

O

Leitura de realidade realizada a partir do Relatório de Pesquisa Estudo Comparado sobre

a Juventude Brasileira e Chinesa: dados preliminares do Brasil. IPEA, 2012

(7)

PE

RF

IL D

O A

LU

NO

De on de vê m os alun os da Grad uação

(8)

QUANTOS CHEGAM À GRADUAÇÃO

8

Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 75,5 36,8 7,3 90,3 56,7 14,4

Taxa de Escolarização Líquida Brasil: 2000-2010

2000 2010

(9)

Raquel Villardi

ESCOLARIDADE DA FAMÍLIA

A escolaridade dos pais

9

Fundamental incompleto Fundamental completo Médio completo Superior completo

0 10 20 30 40 50 60 9,8 12,0 36,5 39,1 9,2 9,8 35,6 44,7 Pai Mãe

(10)

ESCOLARIDADE DA FAMÍLIA

10 0 10 20 30 40 50 60 9,8 12,0 36,5 39,1 9,2 9,8 35,6 44,7 49,3 14,8 24,6 11,3

Pai Mãe população adulta brasileira (25a +)

A escolaridade dos pais e a da sociedade brasileira

(11)

Raquel Villardi

DE ONDE VÊM OS UNIVERSITÁRIOS

11

Cerca de 50% dos estudantes quando chegam à universidade já atingiram a escolaridade de pelo menos um de seus pais Nos últimos 10 anos, vivenciamos um claro processo de

ascensão educacional, que tende a se acentuar, na medida

em que está em curso uma mudança profunda: da cultura do trabalho para a cultura do estudo.

Mesmo com a duplicação do número de universitários entre 2000 e 2010, o ensino superior continua sendo para uma

(12)

A E

XP

ER

IÊN

CIA

DA

S C

OT

AS

(13)

Raquel Villardi

PARA CHEGAR À UNIVERSIDADE

13

• A UNIVERSIDADE EXISTE?

• A UNIVERSIDADE PODE SER PARA MIM?

• A UNIVERSIDADE EXISTE?

• A UNIVERSIDADE PODE SER PARA MIM? INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO • PRECISO TRABALHAR • FAZER FACULDADE É MUITO CARO • PRECISO TRABALHAR • FAZER FACULDADE É MUITO CARO CONDIÇÕES DE VIDA CONDIÇÕES DE

VIDA • CONSIGO PASSAR?

• CONSIGO CURSAR? • CONSIGO PASSAR? • CONSIGO CURSAR? CONDIÇÕES DE ESCOLARIDADE CONDIÇÕES DE ESCOLARIDADE

(14)

A ESCOLHA DO CURSO

N ív el d e di sp ut a • Cursos de alto prestígio tendem a afastar alunos que não se consideram aptos à disputa, mesmo que tenham vocação. • Cursos de alto prestígio tendem a afastar alunos que não se consideram aptos à disputa, mesmo que tenham vocação. D ifi cu ld ad e do c ur so • Cursos sabidamente difíceis, que exijam base em Física, Química ou Matemática, tendem a ser desconsiderados na escolha. • Cursos sabidamente difíceis, que exijam base em Física, Química ou Matemática, tendem a ser desconsiderados na escolha. Ex ig ên ci as e sp ec ífi ca s

• Cursos que exigem

para ingresso o domínio de conhecimentos que fujam dos currículos tradicionais tornam-se inviáveis para muitos.

• Cursos que exigem

para ingresso o domínio de conhecimentos que fujam dos currículos tradicionais tornam-se inviáveis para muitos. 14 Cursos de horário integral, ou de

baixa oferta noturna, também afastam os candidatos.

Cursos de horário integral, ou de baixa oferta noturna, também

(15)

Raquel Villardi

A ESCOLHA DO CURSO NA COTA

(16)

COTAS NA UNVERSIDADE

ACESSO

ACESSO

PERMANÊN

PERMANÊN

CIA

CIA

SUCESSO

SUCESSO

(17)

Raquel Villardi 17

SOBRE O NOSSO ALUNO

É oriundo de classes populares Falta base: Hábitos de estudo Competência leitora

Domínio do raciocínio lógico

Domínio de estratégias de argumentação

Conteúdo [?]

Teve mínimas chances de vivenciar a cultura da classe dominante

Compensa com esforço o que lhes falta em experiências de aprendizagem.

Agarra-se à oportunidade como se fosse a única.

Tem dificuldades

(18)

A OPORTUNIDADE

18

• Política institucional de atendimento • Condições estruturais de atendimento • Política institucional de atendimento • Condições estruturais de atendimento Nível macro

Nível macro

• Compromisso docente irrestrito com a aprendizagem do aluno

• Busca sistemática por trazer o aluno para o universo do conhecimento

• Compromisso docente irrestrito com a aprendizagem do aluno

• Busca sistemática por trazer o aluno para o universo do conhecimento

Nível micro Nível micro

(19)

Raquel Villardi

NO NÍVEL MACRO

Política institucional de atendimento Política institucional de atendimento • Bolsa Permanência • Restaurante universitário • Alojamento • Transporte • Material didático

• Acesso à rede para todos

• Material específico por curso • ... Condições estruturais de atendimento Condições estruturais de atendimento • Bibliotecas

• Insumos para laboratório • Materiais específicos por

curso

• Carga horária docente

• Abertura de turmas de apoio • Bolsas de monitoria

• Videoaulas para estudo • ...

(20)

POLÍTICA INSTITUCIONAL

Criação de turmas mistas

Não identificação de cotistas

Implantação de benefícios e melhorias o mais possível

coletivos

Criação de espaços de organização de coletivos – LPP/Políticas da Cor

Criação de Comissão Tripartite de Acompanhamento

Processo de sensibilização de docentes e discentes para participação no projeto de viabilização da permanência

(21)

Raquel Villardi

SOBRE O NOSSO ALUNO

O modo de organizar o raciocínio varia de cultura para cultura.

A ascensão educacional exige que o aluno conheça, compreenda e se aproprie da lógica no interior da qual se produz o conhecimento científico – a lógica da classe

dominante.

Para que ele se aproprie do conhecimento científico produzido no interior da cultura, ele precisará conhecê-la, compreendê-conhecê-la, dominá-la.

Esse processo depende muito da escola, mas depende, substantivamente, da vivência do sujeito no interior dessa cultura. 21 Está em processo de ascensão educacional

(22)

PROGRAMA DE PERMANÊNCIA - PROINICIAR

Atividades de livre escolha do aluno

Carga horária vale como atividade complementar

Atividades de Apoio

Atividades de Apoio

Ciências exatas

Ciências

exatas Oficina de Oficina de leituraleitura Oficina de Oficina de redaçãoredação

Atividades culturais

Atividades culturais

Oficinas variadasOficinas

variadas EspanholEspanholInglês e Inglês e

Progra-mação cultural Progra-mação cultural

Acesso à tecnologia

Acesso à tecnologia

(23)

Raquel Villardi

FORMANDOS MEDICINA 2010

(24)

O QUE APRENDEMOS

O Ensino Médio público dificilmente informa – e muito menos

incentiva – o aluno acerca das possibilidades abertas com as cotas. Não importa como o aluno entra – importa como ele sai.

Escolhemos não ser a melhor. Escolhemos ser uma universidade socialmente referenciada.

Ao longo dos últimos 12 anos, a UERJ se manteve no mesmo patamar em todos os rankings de universidades do país.

A ideia de que a universidade pública seria destruída pela adoção de cotas se mostrou uma falácia. Hoje estão bem explícitos os agentes que nos ameaçam.

(25)

Muito obrigada.

raquelvillardi@gmail.com

25

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana

Referências

Documentos relacionados

O Ensino de História na Escola Técnica Getúlio Vargas, da cidade de São Paulo criada pelo Decreto 2.118-B de 28 de setembro de 1911, não teve a disciplina de História no seu início,

EDIÇÕES POR ANO 10 PROGRAMAÇÃO EDITORIAL 2019 Janeiro-Fevereiro SETORES/EQUIPAMENTOS Fundações Nossa revisão anual deste setor especializado examina palataformas, sistemas de

2- Cartão de Crédito via PAG SEGURO (para pagamento parcelado taxas do PAG SEGURO serão acrescidas) Assim que recebermos sua ficha de inscrição e verificarmos que o

Nas FPFP, a disponibilidade total referida foi maior na região Sul comparada à Nordeste; para indivíduos que referiram uma DCNT em relação aos que possuíam três ou mais;

Riscos, através do qual atestam que (A) tiveram acesso aos documentos indicados no Quadro “Documentos Obrigatórios”, conforme consta das “Condições

Embora em número mais reduzido, a obra de Luísa Ducla Soares conta já com alguns álbuns narrativos para crianças; género este que aposta na narrativização, enquanto forma