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Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes

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Academic year: 2021

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Manual

Manual

Curso de Avaliação

Curso de Avaliação

Psicológica em Crianças e

Psicológica em Crianças e

Adolescentes

Adolescentes

Formadora: Dra. Andreia Serras

Formadora: Dra. Andreia Serras

Psicóloga da Saúde

Psicóloga da Saúde

(2)
(3)

Índice:

Índice:

Introdução 3 Introdução 3 Resumo 4 Resumo 4

Capítulo I - Módulo Figura Complexa de Rey

Capítulo I - Módulo Figura Complexa de Rey 55

Introdução,

Introdução, Ficha Ficha Técnica Técnica e e Material Material 66 Âmbito

Âmbito de de Aplicação Aplicação 77

 Normas de Aplicaç

 Normas de Aplicação ão 88

Correcção 9

Correcção 9

Esquema gráfico da Figura A Esquema gráfico da Figura A Pontuação e Aferição Portuguesa

Pontuação e Aferição Portuguesa 11111212

Possíveis

Possíveis Resultados Resultados 1313

Capítulo II -

Capítulo II - Módulo Matrizes ProgressivaMódulo Matrizes Progressivas de Ravens de Raven 1414 Introdução

Introdução e e Escala Escala SPM SPM 1515

Utilidade das Matrizes Progressivas de Raven, Constituição da Escala SPM e Utilidade das Matrizes Progressivas de Raven, Constituição da Escala SPM e Descrição do Teste

Descrição do Teste 1616

Contexto

Contexto de de Aplicação Aplicação 1717

Capítulo III - Módulo Bender

Capítulo III - Módulo Bender 1818

Introdução,

Introdução, Material Material e e Instruções Instruções 1919 Modelo

Modelo I: I: Descrição Descrição do do Modelo Modelo e e Critérios Critérios de de Cotação Cotação 2020 Modelo

Modelo II: II: Descrição Descrição do do Modelo Modelo 2727 Modelo

Modelo II: II: Critérios Critérios de de Cotação Cotação 2828 Modelo

Modelo III: III: Descrição Descrição do do Modelo Modelo e e Critérios Critérios de de Cotação Cotação 3333 Modelo

Modelo IV: IV: Descrição Descrição do do Modelo Modelo e e Critérios Critérios de de Cotação Cotação 3939 Modelo

Modelo V: V: Descrição Descrição do do Modelo Modelo e e Critérios Critérios de de Cotação Cotação 4848 Interpretação

Interpretação Qualitativa Qualitativa 5454

Métodos

Métodos de de Trabalho Trabalho 5757

Transtornos

Transtornos Neuropsicológicos Neuropsicológicos 5858

Indicadores emocionais de Koppitz e Indicadores emocionais conforme Indicadores emocionais de Koppitz e Indicadores emocionais conforme compilação de Groth-Mornat

compilação de Groth-Mornat 6060

Tabelas 62

Tabelas 62

Escalas

Escalas de de Maturação Maturação 6464

Modelos

Modelos de de Aplicação Aplicação 6565

Grelha

Grelha de de Cotação Cotação 6868

Folha

Folha de de Cotação Cotação 6969

Capítulo IV - Módulo WISC-III

Capítulo IV - Módulo WISC-III 7171

Introdução

Introdução e e Conceito Conceito de de Inteligência Inteligência 7272 Organização

Organização da da Escala Escala e e Administração Administração da da Prova Prova 7373 Tempo

Tempo e e Condições Condições Físicas Físicas de de Administração Administração da da Prova Prova 7474 Constituição

Constituição da da WISC WISC e e Sugestões Sugestões para para as as sessões sessões de de avaliação avaliação 7575 Descrições

Descrições de de todas todas as as provas provas 7676

Conclusões 90

Conclusões 90

Bibliografia

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Índice de Tabelas:

Índice de Tabelas:

Figura Complexa de Rey

Figura Complexa de Rey

Quadro

Quadro IX IX – – Riqueza Riqueza e e Exactidão Exactidão da da Cópia Cópia 9393 Quadro

Quadro X X – – Tempo Tempo de de Cópia Cópia (minutos) (minutos) 9494 Quadro XI – Frequência dos Tipos de Memória em relação à idade (em

Quadro XI – Frequência dos Tipos de Memória em relação à idade (em  percentagem)

 percentagem) 9595

Quadro

Quadro XIII XIII – – Riqueza Riqueza e e Exactidão Exactidão da da Reprodução Reprodução da da Memória Memória 9696 Quadro

Quadro VIII VIII – – Tipos Tipos de de Cópia Cópia (segundo (segundo a a idade) idade) 9797

 Bender (Tabe

 Bender (Tabelas)

las)

Tabela

Tabela de de Pontuações Pontuações Totais Totais 9898

Tabela de Diferenciação de Resultados entre Rapazes e Raparigas e Tabela Tabela de Diferenciação de Resultados entre Rapazes e Raparigas e Tabela de Resolução dos cincos modelos

de Resolução dos cincos modelos 9999

Escala

Escala de de Maturação Maturação 100100

Modelos

Modelos de de Aplicação Aplicação 101101

Grelha

Grelha de de Cotação Cotação 104104

Folha

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Introdução

A Avaliação em Psicologia, refere-se à recolha e interpretação de informações  psicológicas, resultantes de um conjunto de procedimentos confiáveis que permitam ao

Psicólogo avaliar o comportamento. Aplica-se ao estudo de casos individuais ou de grupos ou situações. São considerados como procedimentos confiáveis aqueles que apresentem alto grau de precisão e validade. Entende-se por precisão o grau de confiabilidade do instrumento e por validade a capacidade para atingir os objectivos  para os quais foi construído.

 Na avaliação psicológica, há procedimentos com regras e situações bem definidas e um código operacional de tal forma que permita a qualquer psicólogo -examinador chegar ao mesmo resultado obtido por outro psicólogo dentro do mesmo  período.

Há outros procedimentos que exigem a intervenção interpretativa do examinador, tais como julgar a adequação ou a categoria de uma resposta, segundo modelos existentes e que podem exigir, também, a apreciação das condições do exame e julgamento de factores externos, facilitadores ou não das tarefas propostas.

Assim, as avaliações assumem um lugar importante e devem incluir níveis de observação variados, no entanto, os meios de avaliação são imensos: entrevista com o doente e os que o rodeiam, anamnèse, exame psicológico. As escalas de avaliação fazem parte da “bateria” de testes que o psicólogo tem ao seu alcance para melhor  compreender um problema particular relativo ao sujeito como individuo. Mas estes dados não têm sentido senão em função das expectativas, das condições de vida, da história pessoal, da situação actual e do funcionamento psíquico do doente. Os elementos clínicos recolhidos devem permitir ao psicólogo, reduzir a margem de erro na identificação dos problemas de um sujeito e também propor planos de tratamento e/ou orientações terapêuticas adequadas.

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Resumo

Pretende-se auxiliar os alunos e profissionais de psicologia a melhorarem a sua aprendizagem com alguns instrumentos essenciais à Prática Clínica em adolescentes.

Este curso, tem como principal objectivo a partilha de oportunidades, experiências, discussões de casos, forma de cotação de alguns instrumentos, exercícios e esclarecimento de dúvidas, de forma a consolidar os conhecimentos adquiridos na Universidade e garantir a sua adequação à prática.

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Capítulo I

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1. Introdução

Este instrumento de avaliação psicológica, permite-nos fazer um “diagnóstico diferencial entre a debilidade mental constitucional e o défice adquirido em consequência de traumatismo craneo-cerebral”.

O desenho de cópia das figuras tem sido muito utilizado em provas psicológicas, apresentando assim vantagens de utilizar material reduzido e ser facilmente aceite por  indivíduos tímidos, inibidos ou com dificuldades de linguagem.

Esta prova pretende avaliar a actividade perceptiva e a memória visual, em duas fases, no processo de cópia e a reprodução de memória.

O seu objectivo é analisar o modo como o indivíduo apreende os dados  perceptivos que lhe são fornecidos e o que foi retido espontaneamente pela sua

memória.

2. Ficha Técnica

 Nome: Teste de cópia e de reprodução de Figuras Complexas Autor: André Rey

Procedência: Centre de Psychologie Appliquée (Paris), proprietário do “Copyright” original

Adaptação Portuguesa: Secção de Estudos de Testes da CEGOC-TEA, LDA, Lisboa, proprietário do “Copyright” para língua portuguesa

3. Material 

 Manual  Lâmina da prova  Papel Branco  Lápis de cor   Lápis preto  Cronómetro

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4. Âmbito de Aplicação (Figura A)

 Aplicação: Individual

 Idade: A partir dos 5 anos

 Tempo de aplicação: Variável entre 5 e 25 minutos  Tempo de correcção: 2 minutos

 Indicações: Estudo da actividade perceptiva e da memória visual

 Aferição portuguesa: Diversas amostras de populações portuguesas a partir 

dos 5 anos de idade

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5. Normas de Aplicação

5.1 Cópia do Modelo

O examinador deve ter presente cinco ou seis lápis de cores diferentes, dar ao sujeito uma folha de papel branco e dizer:

“Tem aqui um desenho; vai copiá-lo nesta folha; não é necessário fazer uma cópia rigorosa; é preciso no entanto, ter atenção às proporções e sobretudo não esquecer  nada. Não é necessário trabalhar à pressa. Comece com um lápis”.

Dá-se um primeiro lápis encarnado, por exemplo, e deixa-se o sujeito trabalhar  durante alguns instantes (o cronómetro é colocado a funcionar discretamente). Entretanto dá-se um lápis de outra cor pedindo ao sujeito que continue. Utilizam-se à volta de 5 a 6 cores diferentes. É necessário anotar a sucessão das cores para identificar, no desenho, o desenrolar da cópia.

Os débeis mentais ou as crianças começam a trabalhar por um detalhe e depois copiam pouco a pouco e centímetro a centímetro, método que conduz a uma cópia defeituosa; as proporções gerais não podem ser respeitadas, resultam de deformações que aumentam à medida que a copia progride.

5.2 Reprodução de Memória

Deve fazer-se uma pausa que não ultrapassa-se os 3 minutos, passando-se assim a um segundo tempo da prova que consiste na reprodução de memória, da figura copiada. Convida-se o sujeito a desenhar a memória, numa segunda folha, a figura geométrica.

Se estamos com pressa utiliza-se um único lápis, caso contrário, pode retomar-se a técnica dos lápis de várias cores. Não há limite de tempo para a reprodução, sendo o  próprio sujeito que indicará quando terminou.

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6. Correcção

Serão apresentados os diferentes tipos de cópia definidos por P. A. Osterrieth, estando ordenados do mais racional ao menos racional, considerando-se simultaneamente nesta apreciação os nossos hábitos intelectuais, a rapidez de cópia e a  precisão do resultado.

I – Construção sobre a Armação

O sujeito começa o desenho pelo rectângulo central, que passa a funcionar como a armação, sobre a qual dispõe todos os demais elementos da figura. O rectângulo grande constitui, a base que serve de referência e de ponto de partida para a construção da figura.

II – Detalhes englobados na Armação

O sujeito começa por um ou outro detalhe contíguo ao grande rectângulo (p.ex. a cruz da parte superior do lado esquerdo), ou traça o grande rectângulo, incluindo nele algum dos detalhes (p.ex. o quadrado exterior contíguo ao ângulo inferior esquerdo do rectângulo central) e utiliza-o como armação do seu desenho, como no tipo I. Assemelha-se, também, a este tipo II, o processo, pouco frequente, que consiste em desenhar as diagonais do rectângulo antes do seu contorno, utilizando, de seguida este como armação.

III – Contorno Geral

O sujeito começa o seu desenho pela reprodução do contorno integral da figura sem diferenciar nela, explicitamente, o rectângulo central. O sujeito obtêm assim uma espécie de “contentor” onde são depois colocados todos os detalhes interiores.

IV – Justaposição de Detalhes

O sujeito vai desenhando os detalhes uns ao lado dos outros, como se estivesse a fazer um puzzle. Não existe um elemento director da reprodução. Uma vez terminada, melhor ou pior, a figura é globalmente reconhecida e pode até estar   perfeitamente conseguida.

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V - Detalhes sobre o Fundo Confuso

O sujeito desenha um grafismo, pouco ou nada estruturado, no qual não é  possível identificar o modelo, embora existam certos detalhes reconhecíveis, pelo

menos na sua intenção.

VI – Redução a um Esquema Familiar

O sujeito transforma a figura num esquema que lhe é familiar e que pode, por  vezes, recordar vagamente a forma geral do modelo ou de alguns dos seus elementos (casa, barco, peixe, boneco, etc.)

VII – Garatujas

O sujeito faz simplesmente umas garatujas nas quais é impossível reconhecer  qualquer dos elementos do modelo e tão pouco a sua forma global.

P. A. Osterrieth, dividiu a figura em 18 partes, que se podem considerar como outras tantas unidades, que intervêm quer na cópia quer na reprodução de memória. Assim, o sujeito não percebe, não fixa um a um todos os segmentos que compõem o desenho, antes capta-os organizados num certo número de estruturas: armação geral, superfícies, eixo diversos, apêndices externos e detalhes que se repetem simetricamente.

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Esquema gráfico da Figura A

O esquema gráfico mostra a divisão da Figura A em 18 unidades, numeradas de acordo com a seguinte ordem:

1. Cruz exterior contigua ao ângulo superior esquerdo do rectângulo grande. 2. Rectângulo grande, armação da figura.

3. Cruz de Santo André, formada pelas diagonais do rectângulo grande. 4. Mediana horizontal do rectângulo grande 2.

5. Mediana vertical do rectângulo grande 2.

6. Pequeno rectângulo interior (contíguo ao lado esquerdo do rectângulo 2, limitado pelas semidiagonais esquerdas deste e cujas diagonais se contam sobre a mediana 4).

7. Pequeno segmento colocado sobre o lado horizontal superior do elemento 6. 8. Quatro linhas paralelas situadas no triangulo formado pela metade superior da

mediana vertical e a metade superior da diagonal esquerda do rectângulo 2.

9. Triângulo rectângulo formado pela metade do lado superior do rectângulo 2,  pelo prolongamento superior da mediana vertical 5, e pelo segmento que une o

extremo deste prolongamento com o ângulo superior direito ao rectângulo 2. 10. Pequena perpendicular ao lado superior do rectângulo 2, situada debaixo do

elemento 9.

11. Circulo com três pontos inscritos, situados no sector superior direito do rectângulo 2.

12. Cinco linhas paralelas entre si e perpendiculares à metade inferior da diagonal direita do rectângulo 2.

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14. Pequeno losango situado no vértice extremo do triangulo 13.

15. Segmento situado no triangulo 13 paralelamente ao lado direito do rectângulo 2. 16. Prolongamento da mediana horizontal e que constitui a altura do triangulo 13. 17. Cruz da parte inferior, compreendendo o braço paralelo ao lado inferior do

rectângulo 2 e o pequeno prolongamento da mediana 5 que a une a este lado. 18. Quadrado situado no extremo inferior esquerdo do rectângulo 2, prolongamento

do lado esquerdo, compreendendo também a sua diagonal.

7. Pontuação

A) Riqueza e Exactidão da Cópia Por cada unidade:

 Correcta - bem situada = 2 pontos

- mal situada = 1 ponto

 Deformada ou incompleta - bem situada = 1 ponto

mas reconhecível - mal situada = ½ ponto

 Irreconhecível = 0 pontos

ou ausente

Assinala-se as várias unidades reproduzidas, pontuando segundo estes critérios, somando-se as pontuações obtidas. A pontuação máxima é de 36 pontos.

B) Tempo da Cópia

Coloca-se o cronómetro a funcionar no momento em que o sujeito começa a trabalhar e pára-se quando este dá por terminada a prova; o tempo de execução é arredondado sempre para o minuto seguinte; assim os tempos 2´15´´ e 2´50´´ arredondam-se, nos dois casos, para 3´e este valor lê-se “entre 2 e 3 minutos”.

8. Aferição Portuguesa

Analisa-se separadamente a cópia e a representação da memória da Figura A segundo os parâmetros de Ostarrieth: tipos de reprodução e tempo gasto na execução da cópia.

Os grupos de idades são constituídos abrangendo a idade completa, sendo a leitura feita entre a idade referida e o ano imediatamente seguinte (ex. o grupo dos 9 anos lê-se entre 9 e 10 anos).

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9. Possíveis Resultados

Após uma avaliação cuidada de todas as provas que o sujeito realizou, fazer-se-á uma avaliação quantitativa, através das tabelas e uma avaliação qualitativa dos resultados obtidos (para este tipo de avaliação, no manual teórico, explica algumas formas, de como os formandos poderão tirar as suas conclusões, das provas por si aplicadas).

Cópia

Quadro VII - Frequência dos tipos de cópia em relação idade (em  percentagem)

Quadro VIII - Tipos de cópia

Quadro IX - Riqueza e exactidão da cópia Quadro X - Tempo de cópia

Memória

Quadro XI - Frequência dos tipos de reprodução de memória (em  percentagem)

Quadro XII - Tipos de reprodução de memória

Quadro XIII - Riqueza e exactidão da reprodução de memória.

Terminadas estas provas, terão de ser consultadas as tabelas acima referidas (estarão em anexos), para que o formando, tenha assim, contacto com os possíveis resultados do sujeito, em ambas as provas.

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Capítulo II

Módulo Matrizes Progressivas de

Raven

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1.Introdução

As Matrizes Progressivas de Raven, trata-se de um teste não verbal para avaliação da inteligência, especificamente do factor "g", proposto por Spearman.

Assim, pretendem avaliar um dos componentes do factor “g”, a capacidade edutiva, que consiste em extrair novos insights e informações do que já é conhecido.

O outro componente é a capacidade reprodutiva, que é avaliada por testes de vocabulário.

Avalia a inteligência geral, mais propriamente a capacidade do sujeito para deduzir relações.

A capacidade reprodutiva relaciona-se ao domínio, à lembrança e à reprodução de materiais, em geral verbais, que constituem a base cultural de conhecimentos.

Em função da teoria da qual deriva, o Teste de Raven avalia a inteligência medida pelos seus resultados (Davidoff, 1983).

Desta forma, desconsidera os processos ou diferenças qualitativas que interferem nas respostas dos indivíduos.

2.Escala SPM 

O Autor da Escala SPM foi J. C. Raven, J. H. Court e J. Raven. Este Teste pode ser aplicado individualmente e/ou colectivamente, em grupos de oito a nove crianças/adolescentes.

Contudo, não tem limite de tempo, sendo em média necessário entre 15 a 20 minutos.

Destina-se assim a crianças, com idade superior a 6 anos, a adultos, a deficientes mentais e pessoas idosas.

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3.Utilidade das Matrizes Progressivas de Raven

São Indicadas para avaliação do desenvolvimento intelectual na escola, para diagnósticos clínicos, e também para estudos interculturais e antropológicos.

Ainda é útil para sujeitos portadores de deficiências físicas, afasias, paralisia cerebral ou surdez, bem como sujeitos que não dominem a língua nacional.

4.Constituição da Escala SPM 

É constituída por 60 itens, que estão divididos em 5 séries de 12 itens ordenados  por grau de dificuldade.

Os vários itens são constituídos por material não verbal.

Esta escala é composta por um caderno de aplicação, no qual vêm representados cinco subconjuntos de itens (A, B, C, D e E).

5.Descrições do Teste

O início de cada série começa sempre por itens mais fáceis, em que objectivo é  permitir ao examinando um novo tipo de raciocínio, que vai ser exigido nos itens

seguintes.

Os itens baseiam-se num desenho ou numa matriz em que falta uma parte, em  baixo no qual são apresentadas seis alternativas, em que uma completa a matriz

correctamente.

O examinando deve portanto escolher uma das alternativas para a parte que falta.  Neste Teste, uma grande parte dos seus itens são impressos com um fundo colorido, cujo objectivo é atrair a atenção e motivar os examinandos.

A avaliação é feita através de uma chave de correcção.

Os totais parciais de cada série permitem determinar a consistência da  pontuação, que indica a validade do resultado. O total de acertos é convertido em  percentil.

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6.Contexto de Aplicação

Vários autores, fizeram estudos em que foi comparado os resultados de crianças em função do tipo de escola, sendo que se verificou a existência de diferenças estatisticamente significantes entre as médias das crianças de escolas particulares em relação às das escolas públicas.

Ainda foi verificado, nestes estudos que pessoas oriundas de meios mais desfavorecidos economicamente apresentam piores resultados em relação a indivíduos de meios mais favorecidos.

(20)

Capítulo III

(21)

1. Introdução

Esta prova permite avaliar a discordância entre o nível intelectual global da criança e o seu nível do ponto de vista de organização espacial, ou seja, a organização  perceptivo-motora do espaço e sua representação gráfica.

Esta capacidade evolui com a idade, apesar de poder verificar-se apenas atraso neste domínio específico, sem relação directa com o nível de idade mental global, sendo no entanto fundamental para o desempenho escolar.

2. Material 

 Cinco modelos de cartões de 10 x15 cm, apresentados separadamente;  Cinco folhas de papel branco A5;

 Lápis de carvão, bem afiado;

 Uma folha de anotação, na qual se anota o comportamento do sujeito no decurso da prova e que servirá para a cotação;

 Folha de cotação.

3. Instruções

Dizer à criança: “Vou pedir-te para copiares desenhos, e vais tentar copiá-los o mais exactamente possível.” Colocar o primeiro modelo na mesa, dizendo: “Eis o primeiro. São cinco ao todo. Começa aqui (indicar o canto superior da folha colocada no sentido do comprimento). Assim terás lugar para todos.”

Se a criança não seguir as instruções, não se deve intervir.

Caso peça para recomeçar, permite-se, mas será a primeira reprodução aquela que será válida para cotação.

 Não se permite a mudança de posição do modelo. No entanto, se a criança mudar, durante a execução, a posição da sua folha, não se intervém.

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MODELO I

1. Descrição do modelo

A (I)

O modelo pode ser descrito como um conjunto compreendendo: - um círculo de 24 mm de diâmetro;

- um quadrado sobre ponta, de 20 mm de lado; a diagonal mede 28 mm.

O quadrado é tangente ao círculo. O centro do círculo e o centro do quadrado são alinhados pelo ponto de tangência, conforme uma recta horizontal, o quadrado estando à direita do círculo.

As rubricas utilizadas para este modelo são: - a forma,

- as relações de proximidade/separação,

- a orientação precisa, - o alinhamento, - as dimensões.

2. Critérios de Cotação

Geral:

Quadrado sobre ponta sempre correcto: ângulos medidos pela grade A.

Eixo horizontal: medida pela grade C, o eixo é considerado como horizontal, se o centro do quadrado estiver no interior do ângulo C.

Tangência correcta: existe um ponto de contacto e um só entre o círculo e o quadrado, tolera-se um contacto de um milímetro.

Ponto de tangência do eixo:

- a forma do quadrilátero é correctamente reproduzida: há 4 lados; tolera-se um ângulo mal reproduzido;

- há a tangência ou quase tangência;

- a recta virtual que une os centros dos círculos e do quadrado, passa pelo ponto de contacto; tolera-se um milímetro de separação.

Círculo igual ao modelo: contido na coroa da grade D1.

Quadrado igual do modelo: a grade D2 é utilizada para o quadrado, da mesma forma que a grade D1 para o círculo: o quadrado deve ficar por inteiro compreendido entre os dois da grade.

(23)

 Detalhada:

MODELO I – Número de itens: 6. Máximo de pontos: 15. Item 1: Existem aqui dois níveis de sucesso.

1a. Nota 3: Quadrado pontiagudo inteiramente correcto.

Os quatro ângulos são medidos com a ajuda da grelha A. Os ângulos devem ser  rectos (90º): mede-se o ângulo, o mais perto possível. A igualdade dos lados e calculada a olho nu.

Tolera-se a hipermetria (acima da medida padrão) e a hipometria (abaixo da medida  padrão) do traçado dos ângulos, estes, ligeiramente menos acentuados, não se exige que

os lados sejam rigorosamente rectilíneos (ex. 1a e 1b).

 Nota: Para cada um dos exemplo, é indicado por (+) a nota que é concedida, e por (-) quando a nota não é concedida; a reprodução dada no exemplo é sempre em traço grosso; os ponteados indicam, eventualmente, a posição da grelha de correcção.

Ex: 1a (+) Ex: 1b (+)

1b. Nota 2: A reprodução do quadrado pode ser compreendida como:

- um rectângulo pontiagudo: os ângulos são rectos (grelha A), comprimento é nitidamente superior à largura (ver ex. 2a e 2b);

Ex: 2a (+) Ex: 2b (+)

(24)

Ex: 3a (+) Ex: 3b (+)

- um paralelogramo pontiagudo: os lados são paralelos dois a dois, os ângulos não são rectos (ver ex. 4a e 4b);

Ex: 4a (+) Ex: 4b (+)

- um trapézio rectângulo pontiagudo: dois ângulos consecutivos são rectos (ver ex. 5a e 5b).

Ex: 5a (+) Ex: 5b (+)

1c. Nota 1: Quadrilátero irregular pontiagudo: existem quatro ângulos nítidos e quatro lados. Os lados são desiguais, existe no máximo um ângulo recto (ver ex. 6 e 7).

(25)

Ex: 7a (-) Ex: 7b (-)

 Notar bem: Nenhum ponto deve ser concedido em caso de “secância dissimulada”. Item 2: Nota 2: Eixo horizontal

O eixo constitui o lado direito que une o centro do círculo e o centro do quadrado. O centro do círculo é determinado a olho nu; o centro do quadrado é a intersecção das diagonais, se estas se podem considerar válidas, senão, o centro do quadrado é determinado a olho nu.

A horizontalidade é avaliada com a ajuda da grelha C: faz-se coincidir o vértice do ângulo da grelha C com o centro do círculo e uma horizontal da grelha com o bordo superior da folha de desenho. O eixo é considerado como horizontal se o centro do quadrado é interno ao ângulo C: tolera-se que ele esteja sobre um lado do ângulo C (ver  ex. 8 e 9).

Ex: 8a (+) para o item 2 Ex: 8b (+) para o item 2

(26)

Ex: 9a (-) Ex: 9b (-) Item 3: Existem dois níveis de sucesso:

3a. Nota 2: Tangência correcta

- existe um só ponto de contacto entre o círculo e o quadrado, isto para quaisquer que sejam as formas dadas a estes elementos (ex. 10a). Tolera-se um contacto em um milímetro (ex. 10b) ou a junção por um pequeno traço que sai fora do quadrado (ex. 10c): a nota não é concedida se não houver contacto (11a) ou se houver mais de um  ponto de contacto (ex. 11b e 11c).

Ex: 10a (+) Ex: 10b (+)

Ex: 10c (+) Ex: 11a (-) para o item 3a

(27)

Ex: 11b (-) para o item 3a Ex: 11c (-) para o item 3a (+) para o item 3b (+) para o item 3b

3b. Nota 1: Quase tangência, isto é, pode ser:

- ligeira separação: existem no máximo dois milímetros de separação entre os dois elementos (11a);

- ligeira secância: o ângulo do quadrado pontiagudo no interior do círculo, mas nenhuma superfície branca é visível que seja comum ao círculo e ao quadrado (11b); - existe um contacto de mais de um elemento entre o círculo e o quadrado (11c): se os elementos estão separados por mais de dois milímetros (ex. 12a), ou nitidamente secantes (ex. 12b), a nota não é concedida.

 Notar bem: Na aferição, nenhum ponto foi concedido sob esta rubrica para as secâncias dissimuladas.

Ex: 12a (-) Ex: 12b (-)

Item 4: Nota 2: Ponto de tangência sobre o eixo. Três condições devem ser respeitadas:

- a forma do quadrilátero é correctamente reproduzida: existem quatro lados, tolera-se um ângulo mal reproduzido;

- há uma tangência ou quase-tangência (cf. item 3);

- a linha direita virtual que une os centros do círculo e do quadrado passa por um ponto de contacto: tolera-se um milímetro de afastamento.

(28)

Ex: 13 (+) Ex: 14 (+)

Exemplos de reproduções onde esta nota não é concedida: cf. ex. 8.

Item 5: Nota 3: Círculo igual ao modelo.

O círculo está completamente contido na coroa da grelha D1 (Ex. 15).

Tolera-se que a reprodução seja tangente aos círculos que limitam a zona, mas a nota é concedida se uma parte da reprodução é exterior à zona (ex. 16a e 16b).

Ex: 15 (+) Ex: 16a (-)

(29)

Item 6: Nota 3: Quadrado igual ao modelo.

A nota não pode ser concedida se a forma do quadrado não for “correcta” (cf. item 1), tolera-se um ângulo mal reproduzido.

A grelha D2 é utilizada para o quadrado da mesma maneira que a grelha D1 é

utilizada para o círculo: o quadrado deve ser totalmente compreendido entre os dois quadrados da grelha (ver ex. 17 e 18).

Ex: 17 (+) Ex: 18a (-)

Ex: 18b (-)

MODELO II

(30)

2 (II)

Os determinantes do modelo são:

- três linhas paralelas horizontes de círculos, espaçadas 5,5mm.

- dez paralelas fazendo com a horizontal um ângulo de mais 115º, inclinadas 25º sobre a esquerda da vertical e espaçadas 12,5mm. Cada uma das 30 intersecções é o centro de um círculo de 1,5mm de diâmetro.

Podemos considerar a figura como um conjunto horizontal de dez elementos inclinados para a esquerda e compreende cada um, 3 pequenos círculos alinhados. As rubricas utilizadas para este modelo são:

- a forma, - o número,

- relações de proximidade/separação,

- orientação, - alinhamento, - dimensão.

2. Critérios de Cotação

Geral:

Número correcto de elementos: há 11 grupos de círculos, nitidamente perceptíveis.

Nenhum contacto entre os círculos no interior de um elemento: o espaço deve ser  nítido.

Todos os elementos estão inclinados para a esquerda: utiliza-se a grade B: as horizontais da grade, estando paralelas à borda superior da folha do desenho, considera-se que um elemento está inclinado para a esquerda quando o centro do círculo inferior  está situado à direita da vertical, passando pelo centro do círculo superior do elemento.

Paralelismo dos elementos: os elementos são considerados paralelos, quando se pode seguir as linhas de inclinação sucessivas com uma recta da grade B, sem modificar a direcção desta.

Eixo inclinado de 0 a 5º sobre a horizontal: o eixo do modelo II é a recta que une os centros dos círculos extremos da linha superior. Se há mais de 11 elementos, não se consideram senão os 11 primeiros. Utiliza-se a grade C. A nota é concedida se o centro do último círculo, à direita da linha superior, é interior ao ângulo C.

Alinhamento correcto dos círculos da linha superior: círculo < 4 mm, o alinhamento

é considerado como correcto, quando nenhum círculo da linha fica totalmente fora da zona determinada para as tangentes aos dois círculos extremos. Grade B. A tangência exterior é tolerada, mas a nota não é concedida se no mínimo dois círculos tangentes exteriormente ficam situados de uma e de outra parte da zona.

Comprimento total da figura compreendida entre 8 e 14 cm: a nota não pode ser  concedida senão quando o número de elementos é exacto. Pela grade B mede-se a distância entre os centros dos círculos extremos da linha superior.

 Detalhada:

MODELO II – Número de itens: 8. Máximo de pontos: 16.

Item 1: Nota 2: Número correcto de elementos (colunas de elementos).

Existem dez grupos de círculos, nitidamente perceptíveis. A nota não é concedida se a reprodução não compreender uma linha de pontos. Em compensação, não se tem em conta a exactidão do número de círculos no interior de um grupo.

(31)

Os itens seguintes são cotados quando há pelo menos seis elementos, e, são cotados os doze  primeiros elementos quando existir um número maior.

As notas respeitantes aos itens 2, 3 e 7 não podem ser concedidas se mais de dois elementos da reprodução comportarem menos de três círculos.

Item 2: Nota 1: Não há contacto entre os círculos no interior de um elemento.

Basta apenas um contacto para que a nota não seja concedida. O espaço deve ser  nítido: em caso de dúvida, não se atribui a nota (ex. 1).

Ex: 1a (+) b (-) c (-)

Item 3: Nota 2: Todos os elementos estão inclinados para a esquerda.

A nota não é concedida se o eixo da figura for vertical, em vez de ser horizontal.

Para cotar este item, utiliza-se a grelha B: as horizontais da grelha sendo paralelas ao bordo superior da folha de desenho, considera-se que um elemento está inclinado  para a esquerda quando o centro do círculo inferior está situado à direita da vertical  passando pelo centro do círculo superior do elemento (ex. 2).

Ex: 2a (+) b (+) c (-)

A nota é concedida se hesitar-se relativamente à exactidão de um elemento (ex. 3b). Mas, a nota é recusada se apenas um elemento estiver nitidamente mal orientado (ex. 3c). Não se exige que os elementos sejam paralelos (cf. item 4).

(32)

Ex: 3c (-)

Item 4: Nota 3: Paralelismo dos elementos.

Duas condições preliminares devem ser respeitadas para que se possa examinar o sucesso inerente a este critério:

- a nota foi atribuída ao item três (todos os elementos estão inclinados para a esquerda); - não existe contacto entre dois elementos.

A definição de um critério rigoroso revelou-se impossível, a “linha de inclinação” de um elemento, sendo definida como direita e que une os centros dos círculos superior e inferior  deste elemento, os elementos são considerados paralelos quando se podem seguir as linhas de inclinação sucessivas com uma direita da grelha B sem modificar a direcção desta (ver ex. 4 e 5).

Ex. 4a (+) Ex. 4b (+)

(33)

Ex. 5c (-)

Item 5: Nota 2: Eixo inclinado de 0 a 5º sobre a horizontal.

O eixo do modelo II é a direita que une os centros dos círculos extremos da linha superior. Se houver mais de doze elementos, considera-se apenas os doze primeiros.

Utiliza-se a grelha C: faz-se coincidir o vértice do ângulo da grelha com o centro do primeiro à esquerda da linha superior, as horizontais da grelha são paralelas ao bordo superior da folha de desenho.

A nota é concedida se o centro do último círculo, à direita, da linha superior, for interior ao ângulo C (ver ex. 6 e 7). Tolera-se que se encontre sobre um lado do ângulo.

 Não se toma, absolutamente, em conta, aqui, da disposição dos círculos intermediários da linha superior em relação ao eixo (ex. 6).

Ex: 6 (+)

Ex: 7 (-)

Item 6. Nota 1: Alinhamento correcto dos círculos da linha superior.

(34)

O alinhamento é considerado como correcto, quando nenhum círculo da linha é totalmente exterior à zona determinada pelas tangentes exteriores aos dois círculos últimos.

Materializa-se uma, depois a outra tangente, por uma qualquer das direitas da grelha B (ex. 9).

A tangência exterior é tolerada (ex. 10): mas a nota não é concedida, se pelo menos dois círculos tangentes estão situados exteriormente de um e de outro lado da zona (ex. 11).

Ex: 8 (-)

Ex: 9 (+)

Ex: 10 (+)

(35)

Item 7. Nota 2: Alinhamento correcto dos círculos da linha inferior.

Os mesmos critérios utilizados no item 6. Considera-se o círculo inferior de cada elemento, qualquer que seja o número de círculos que o constitua.

Item 8. Nota 3: Comprimento total da figura compreendida entre 8 e 14 centímetros.

A nota só pode ser concedida se o número de elementos for exacto. Com a ajuda da grelha B, mede-se a distância entre os centros dos últimos círculos da linha superior.

MODELO III

1. Descrição do modelo

4 (III)

Embora os termos não sejam adequados, chamaremos aos dois elementos do modelo, um “quadrado” e “ogiva”.

Dentro do “quadrado” distinguiremos os lados e a base; na “ogiva” a curva (parte central arredondada) e os ganchos (as duas extremidades).

Os lados do “quadrado” medem 18mm.

A “ogiva” é tangente ao ângulo direito do quadrado, o seu eixo de simetria forma com a base do quadrado um ângulo de 30º.

As rubricas utilizadas para o modelo são: - a forma,

- relações de proximidade/separação,

- orientação geral, - orientação precisa, - dimensão.

2. Critérios de Cotação

Geral:

Mesmo nível na conclusão dos dois lados: os dois vértices dos lados ficam à mesma distância da base. Cotar utilizando as linhas paralelas da grade B.

Curvas bem feitas: a forma da curva respeita com precisão a simetria e as proporções internas do modelo (relação entre a profundidade e a distância entre os ganchos).

(36)

Ganchos bem feitos: respeitam a forma arredondada e o sentido da abertura conformes ao modelo. A nota não é concedida se um dos ganchos é duas vezes mais profundo ou mais extenso que o outro.

Colocação correcta da curva: a curva está situada na zona delimitada pelas medianas da base e do lado direito do quadrado.

Ponto de tangência correcto: a parte superior da curva toca o ângulo direito do quadrado. Tolera-se urna ligeira secância ou uma ligeira separação.

Tangência: tolera-se uma ligeira secância.

Quadrado igual ao modelo: a reprodução está situada completamente no interior da zona delimitada pelos dois quadrantes da grade.

 Detalhada:

MODELO III – Número de itens: 7. Máximo de pontos: 12.

Item 1. Nota 3: Os dois ângulos do quadrado são rigorosamente correctos.

A nota não é concedida quando o quadrado está invertido.

Os dois ângulos medem exactamente 90º (utilizar a grelha A).

Deve-se tomar a medida bem perto do ângulo, já, para não ter em conta os eventuais desvios determinados pelos aspectos não rectilíneo dos lados ou da base.

Tolera-se a hipermetria e a hipometria do traçado dos ângulos, os ângulos ligeiramente menos acentuados, e não se exige que os lados sejam rigorosamente rectilíneos (ver ex. 1 e 2).

Ex: 1a (+) Ex: 1b (+) Ex: 1c (+)

(37)

Item 2: Nota 1: Mesmo nível de paragens dos dois lados.

A nota não é concedida quando o quadrado está invertido. Os dois vértices dos lados estão à mesma distância da base (ver ex. 3 e 4). Não se tem em conta, aqui, o comprimento efectivo dos lados (3a), da sua exacta linearidade (3b), nem da orientação da base do quadrado (3c).

Cotar rigorosamente utilizando as linhas paralelas da grelha B.

Ex: 3 (+) a b c Ex: 4 (-) a b c

Item 3: Nota 1: Arco bem executado.

A forma do arco é sensivelmente conforme o modelo: o arco respeita sensivelmente a simetria e as proporções internas do modelo (relação entre a profundidade e a distância entre os ganchos) (ver ex. 5 e 6).

Ex: 5 (+) a b c Ex: 6 (-) a b c d e

Item 4: Nota 1: Ganchos bem executados.

Os dois ganchos respeitam a forma arredondada e o sentido de abertura tal e qual como no modelo.

A nota não é concedida se um dos ganchos for duas vezes mais profundo ou duas vezes mais largo que o outro (ver ex. 7 e 8).

(38)

Item 5: Nota 1: Colocação correcta do círculo.

(A nota não é concedida se o quadrado estiver invertido).

O arco está situado na zona delimitada pelas mediatrizes da base e do lado direito do quadrado, no exterior deste (ver ex. 9 e 10).

Tolera-se que o arco não esteja totalmente situado nessa zona, se o arco for, no entanto, tangente ao quadrado e/ou ao vértice do ângulo da direita (ex. 9b).

Quando a ogiva está separada do quadrado, a nota pode ser atribuída se o arco estiver  completamente na zona determinada pelas mediatrizes exteriores (ex. 9c).

Ex: 9 (+) a b c

Ex: 10 (-) a b c d Item 6: Existem dois níveis de boa execução:

6a. Nota 2: Ponto de tangência correcto.

A parte superior ao arco toca o ângulo direito do quadrado. Isto supõe que a forma do arco é suficientemente respeitada para que se possa considerar que o ponto de

contacto se situa na sua parte superior (ver ex. 11).

Tolera-se uma secante ligeira ou uma separação ligeira (ex. 11b e 11d); 8critério diferente do item 4a da figura 11).

(39)

Ex: 11 (+) a b c d 6b. Nota 1: Tangência.

Existe um ponto de contacto entre o quadrado e o arco, mas não respeita as condições acima indicadas. Nenhuma outra condição relativa à forma, de orientação ou de colocação, não é aqui requerida para atribuir a nota.

Tolera-se uma secante ligeira ou uma separação ligeira (ver ex. 12 e 13).

(40)

Ex: 13 (-) a b c Item 7: Nota 3: Quadrado igual ao modelo.

(A nota não é atribuída se o quadrado estiver invertido).

A reprodução é completamente interior à zona determinada pelos dois quadrados da grelha E (ver ex. 14 e 15).

Tolera-se que toda ou parte da reprodução seja confundida com os limites da zona (ex. 14a).

 Não se tem em conta a igualdade dos lados (ex. 14b e 14c). Mas os ângulos não devem ser substituídos por linhas curvas.

Ex: 14 (+) a b c

(41)

MODELO IV

1. Descrição do modelo 3 (IV)

Este modelo pode ser descrito como um conjunto que compreende: - vértice S1;

- três ângulos: A1 do vértice S1 (determinado por 3 pontos distantes 5mm); A2 do vértice S2 8determinado por 5 pontos distantes 5mm); A3 do vértice S3 (determinado por 7 pontos distantes 5mm).

As distâncias em S, S1, S2, S3, são iguais entre eles e medem 15mm. Os ângulos A1, A2, A3, medem 1:8º e SS3 é a bissectriz dos 3 ângulos. As extremidades dos ângulos estão alinhadas.

 Neste modelo, as relações de equidistância e de paralelismo são múltiplas, e, é  praticamente impossível considerar a evolução genética do conjunto, sendo descritos os

aspectos mais interessantes. As rubricas utilizadas são: - a forma,

- o número,

- relações de proximidade/separação,

- orientação geral, - orientação precisa, - os alinhamentos, - as dimensões. 2. Critérios de Cotação Geral:

Maioria de pontos: é necessário para conceder a nota, que pelo menos metade dos elementos seja constituída de pontos (nenhum branco é visível no interior).

Ângulo A1 correcto: o ângulo não está invertido; o número de pontos está correcto (3  pontos); o centro dos três pontos ou círculos não estão alinhados (usar uma recta da

grade B).

Ângulo A2 curvo: o ângulo não está invertido; o ângulo é constituído por um número qualquer de pontos; existem muitos ângulos abertos para a esquerda, cuja sucessão determina o aspecto curvo de A2. Comentário dos reveses: ângulo A2 chato; em A2 há um ângulo aberto para a direita.

(42)

Ângulo A3 correcto: o ângulo não está invertido; o número de pontos está correcto (7  pontos); não existe senão um ângulo aberto para a esquerda, no qual o vértice é o quarto  ponto de A3.

Ângulo A3 curvo: o ângulo não está invertido; o ângulo é constituído por um número variado de pontos; existem muitos ângulos abertos para a esquerda, nos quais a sucessão determina o aspecto curvo de A3. Comentário dos reveses: ângulo chato; em A3, apresentando dois ângulos para a direita.

Número correcto de pontos em todos os ângulos : 1 ponto para o vértice S; 3 pontos  para o ângulo A1; 5 pontos para o ângulo A2; 7 pontos para o ângulo A3.

Eixo horizontal: o eixo da figura é a direita que une o centro do vértice S ao vértice do ângulo A3, denomina-se S3. A horizontal do eixo é medida com a grade C, fazendo coincidir o vértice C com S, e uma horizontal da grade com a borda superior da folha: o eixo é considerado como horizontal se S3 está situado no interior do ângulo C, ou a rigor sobre um lado de C.

Os quatro pontos do eixo estão alinhados: o alinhamento é considerado correcto quando S1 e S2 estão situados no todo ou em parte no interior da zona determinada  pelas tangentes comuns exteriores a S e S3. Materializa-se uma após outra tangente por 

meio de uma recta da grade B.

Equidistância sobre o eixo: mede-se por meio da grade B as distâncias SS1, S1S2 e S2S3.

Simetria: comentário dos reveses: o eixo não é a bissectriz dos ângulos; os pontos do ângulo A3 não são equidistantes.

 Detalhada:

MODELO IV – Número de itens: 9. Máximo de pontos: 22.

Item 1: Nota 2: O maior número de pontos.

Conta-se o número total de pontos. Quer este número seja exacto ou errado, é preciso,  para atribuir a nota, que pelo menos metade dos elementos sejam pontos (nenhum espaço  branco é visível no interior), sendo “pontos” a cópia dos pontos-modelos, mesmo que a

reprodução compreenda pontos ou círculos.

Se a reprodução compreender mais de três ângulos, considera-se que A1, A2 e A3 são os três primeiros a partir da esquerda. Se a reprodução apenas compreender dois ângulos, considera-se que se trata respectivamente de A1 e A2.

Item 2: Nota 1: Ângulo A1 correcto (ver ex. 1).

Três condições devem ser respeitadas para que a nota seja atribuída: - o ângulo não está invertido (ex. 1c9;

- número de pontos é correcto: 3 pontos;

- o centro dos 3 pontos ou círculos, estes não estão alinhados (utilizar uma direita da grelha B, ex. 1b)

(43)

Item 3: Ângulo A2: Dois níveis de bons resultados.

3a. Nota 2: Ângulo A2 correcto (ver ex. 2). Três condições devem ser respeitadas: - o ângulo não está invertido;

- o ângulo é constituído por 5 pontos;

- se considerar-se os centros destes 5 pontos, apenas temos um ângulo aberto para a esquerda, cujo vértice é o terceiro ponto (cotar rigorosamente, verificando os alinhamentos com uma direita da grelha B).

Ex: 2a (+) Ex: 2b (-)

3b. Nota 1: Ângulo A2 curvo (ver ex. 3 e 4). - o ângulo não está invertido;

- o ângulo é constituído por um número qualquer de pontos;

- existem vários ângulos abertos para a esquerda, cuja sucessão determina o aspecto curvo de A2.

(44)

Comentário dos casos de insucesso: 4a: ângulo A2 plano.

4b: no A2 há um ângulo aberto para a direita. Item 4: Ângulo A3: Dois níveis de boa execução. 4a. Nota 3: Ângulo A3 correcto (ver ex. 5).

Três condições devem ser respeitadas: - o ângulo não está invertido;

- o ângulo é constituído por 7 pontos;

- apenas existe um só ângulo, aberto para a esquerda, cujo vértice é o quarto ponto de A3 (cotar rigorosamente, cf. item 3a).

Ex: 5a (+) Ex: 5b (+)

4b. Nota 2: Ângulo A3 curvo (ver ex. 6 e 7). - o ângulo não está invertido;

- o ângulo é constituído por um número qualquer de pontos;

- existem vários ângulos abertos para a esquerda, cuja sucessão determina o aspecto curvo de A3.

(45)

Ex: 6a (+) Ex: 6b (+)

Ex: 6c (+) Ex: 7a (-)

Ex: 7b (-) Ex: 7c (-)

Comentário dos casos de insucesso: 7a: ângulo plano.

7b, c A3: apresentam 2 ângulos abertos para a direita.

Item 5: Nota 2: Número correcto de pontos em todos os ângulos. Isto é: 1 ponto para o vértice S1,

3 pontos para o ângulo A1, 5 pontos para o ângulo A2, 7 pontos para o ângulo A3. Item 6: Nota 3: Eixo horizontal.

(46)

O eixo da figura é a direita que une o centro do vértice S ao vértice do A3, que se designa S3 (se a reprodução compreender mais de 3 ângulos, é o ângulo da extrema direita que toma lugar, para este item, do ângulo A3).

Para determinar S3, dois casos podem apresentar-se:

- um ponto qualquer de A3 marca a mudança de direcção, caracterizando o ângulo A3: este  ponto é S3;

- o vértice de A3 não é nítido: se A3 é constituído por um número par de pontos, S3 é um vértice fictício situado entre os dois pontos medianos.

A horizontalidade do eixo à medida com a grelha C: o vértice de C coincide com S, uma horizontal da grelha com o bordo superior da folha: o eixo é considerado como sendo horizontal se S3 estiver situado no interior do ângulo c, ou, com todo o rigor, sobre um lado de C (ver ex. 8; nenhum ponto é considerado se a reprodução for invertida a 180º).

Ex: 8a (-) Ex: 8b (-)

(47)

Item 7: Nota 3: Os quatros pontos do eixo estão alinhados.

Este aspecto só é tomado em atenção se o número de pontos for correcto para todos os ângulos (a nota é concedida para o item 5). S1 é o vértice do ângulo A1, S2 é o vértice do ângulo A2. Exige-se que S, S1, S2 e S3 não tenham um diâmetro superior  a 4mm.

O alinhamento é considerado como correcto quando S1 e S2 estão situados num todo ou em parte no interior da zona, determinada pelas tangentes comuns exteriores a S e S3 (ex. 9a). Uma tangência é tolerada, ou 2 do mesmo lado (ex. 9b), mas não duas tangências de um e de outro lado (ex. 9d).

Materializa-se uma tangente, depois a outra com a ajuda de uma direita da grelha B (cf. fig. II, item 6, onde o critério é o mesmo).

Ex: 9a (+) Ex: 9b (+)

(48)

Item 8: Nota 3: Equidistância sobre o eixo (ver ex. 1c).

Este aspecto só pode ser encarado se a nota for atribuída para o item 7. Mede-se, com a ajuda da grelha B, as distâncias SS1, S1S2, S2S3.

A margem de tolerância para considerar que estas distâncias são iguais, tem em conta o valor destas mesmas distâncias: por exemplo, para SS1, medindo cerca de 1 centímetro, toleram-se diferenças de 1 milímetro; para SS1, medindo 0,5 cm, a margem apenas será de 0,5mm.

Ex: 10a (+) Ex: 10b (+)

(49)

Item 9: Nota 3: Simetria (ver ex. 11 e 12).

As quatro condições seguintes devem ser respeitadas:

- a nota foi concedida para o item 7 (pontos alinhados do eixo);

- distâncias iguais entre os pontos, no interior de um ângulo (avaliação sem instrumentos);

- o eixo é a bissectriz de três ângulos: A1, A2 e A3, estes são abertos igualmente de um lado e do outro do eixo;

- o número de pontos igual de um e de outro lado do eixo.

Ex: 11a (+) Ex: 11b (+)

Ex: 12a (-) Ex: 12b (-)

Comentário dos casos de insucesso:

12a: o eixo não é a bissectriz dos ângulos.

(50)

MODELO V

1. Descrição do modelo

7 (V)

O modelo é constituído por dois hexágonos secantes.

Um está em posição vertical, o outro em posição oblíqua; o ângulo de inclinação mede 38º. Os dois hexágonos idênticos medem 40mm de comprimento e 15mm de largura.

Eles comportam um ângulo que se encontra no vértice superior do hexágono vertical (A), e no vértice inferior do hexágono oblíquo, sendo A o hexágono em posição vertical e B o hexágono em posição oblíqua.

A secância é determinada da seguinte forma: o ângulo do vértice superior e ângulo superior  direito do hexágono B fica no interior do hexágono A; o ângulo superior esquerdo do hexágono A fica no interior do hexágono B.

As rubricas utilizadas são: - a forma,

- relações de proximidade/separação,

- orientação geral, - orientação precisa, - dimensões.

2. Critérios de Cotação Geral:

Hexágono A: um ângulo suprimido ou mal reproduzido: um único ângulo é suprimido ou mal reproduzido, mas não invertido. Comentário dos reveses: a, b, c - um único ângulo mal reproduzido; d, f - um ângulo mal reproduzido e um ângulo invertido; e - dois ângulos suprimidos.

Orientação correcta dos dois hexágonos: o hexágono A está disposto na vertical; o hexágono B, colocado à esquerda do hexágono A, é reproduzido numa posição globalmente oblíqua em relação a este último.

Secância correcta: o ângulo do vértice e o ângulo superior direito do hexágono B estão no interior do hexágono A; o ângulo superior esquerdo do hexágono A está no interior  do hexágono B.

(51)

 Detalhada:

MODELO V – Número de itens: 6. Máximo de pontos: 16. Item 1: Dois níveis de boa execução.

1a. Nota 2: hexágono A correcto (ver ex. 1).

O hexágono A (vertical) compreende 6 ângulos correctamente reproduzidos.  Não se tem em conta:

- o aspecto ligeiramente menos acentuado dos ângulos;

- a hipermetria, ou de um ligeiro afastamento entre os lados que formam o ângulo; - o aspecto rectilíneo ou não dos lados.

Ex: 1 (+) a b c d e f  1b. Nota 1: hexágono A: um ângulo suprimido ou mal reproduzido.

(52)

Ex: 3 (-) a b c d e f  Comentário dos casos de insucesso:

a, b, c: um só ângulo mal reproduzido, mas invertido. d, f: um ângulo mal reproduzido e um ângulo suprimido. e: dois ângulos suprimidos.

Item 2: Dois níveis de boa execução. 2a. Nota 3: Hexágono B correcto.

Os mesmos critérios utilizados para o item 1 a, no que diz respeito ao hexágono A. 2b. Nota 1: hexágono B: um ângulo suprimido ou mal reproduzido.

Os mesmos critérios utilizados para a boa execução parcial (item 1b) do hexágono A. Item 3: Nota 2: Orientação correcta dos dois hexágonos.

1- o hexágono A está disposto verticalmente: pelo menos os dois lados (ex. 4a, 4c, 4e) ou então, pelo menos, um dos lados e a direita virtual unindo os vértices superior e inferior (ex. 4b, 4d) são paralelos ao lado pequeno da folha de desenho (limite de tolerância 5º, utilizar a grelha C).

(53)

Ex: 4 (+) a b c d e

Ex: 5 (-) a b c d e f 

2- o hexágono B, colocado à esquerda do hexágono A, está reproduzido numa  posição globalmente oblíqua relativamente a este último (e não em relação à

folha do protocolo).

 Nota 1: Não se tem em consideração a forma dos dois hexágonos, na medida em que, as suas reproduções permitem a utilização dos critérios acima indicados para a avaliação da orientação.

 Nota 2: Não se tem em conta a relação da secante, na medida em que os dois hexágonos são reproduzidos (ver ex. 4 e 5).

(54)

Comentário dos casos de insucesso:

a: impossibilidade de avaliar a orientação do hexágono A.  b, c: hexágono A não vertical.

d: não se distinguem hexágonos. e: hexágono A horizontal.

f: hexágono B vertical.

Item 4: Dois níveis de resultado. 4a. Nota 3: Secância correcta.

O ângulo do vértice e o ângulo superior direito do hexágono B estão no interior do hexágono A; o ângulo superior esquerdo do hexágono A está no interior do hexágono B.

Aqui supõe-se que os três ângulos em questão podem ser distinguidos.

4b. Nota 2: Secância.

Existe uma secância entre os dois hexágonos, mas ela não respeita as condições acima.

(55)

Item 5: Nota 3: Hexágono A igual ao modelo.

A nota só é concedida se uma nota for atribuída para o item 1a ou 1b.

A reprodução deve estar inteiramente contida no interior da zona delimitada pela grelha F (ver ex. 9 e 10).

Ex: 9 (+) a b c

(56)

Item 6: Nota 3: Hexágono B igual ao modelo.

A nota só é concedida se uma nota for atribuída para o item 2a ou 2b (utilizar a grelha F; cf. exemplos 9 e 10 dados para o hexágono A).

As mesmas condições já referidas para o hexágono A.

Análise dos resultados

- Comparação do nível obtido neste teste e do nível mental global.

- Análise da pontuação global, por comparação aos êxitos para cada modelo. - Avaliação do comportamento da criança.

- Aplicação da prova para 4 - 6 anos a crianças com mais de 7 - 8 anos, cujo resultado global seja inferior à norma de 6 anos. Como quase não pode existir influência da aprendizagem, considerar-se-á o melhor resultado das duas aplicações.

Interpretação Qualitativa

Clawson oferece-nos um esquema interpretativo que, apesar de se referir ao Bender composto por nove figuras, pode servir para tirar conclusões na versão Santucci-Percheux, a nível tanto de aspectos emocionais como orgânicos.

Factores organizacionais

Referem-se aos aspectos de disposição das figuras na página usada pelo indivíduo.

Sequência

Arranjo ou ordem das figuras.

1 – Rígida: as figuras são desenhadas numa sequência directa na página. A colocação dos desenhos parece forçada e sem consideração por tamanho ou forma.

2 – Ordenada: sucessão regular de figuras com a excepção da realização de uma inversão (mudança de direcção).

3 – Irregular: mais de uma mudança de direcção mas, mudanças lógicas para  possibilitar mais espaço para uma figura.

4 – Confusa: não são desenhadas mais do que três figuras em sequência e as restantes estão espalhadas pela página.

5 – Figura I no centro com as outras colocadas arbitrariamente à volta (confusa). A ordem do desenho é uma manifestação da abordagem intelectual do indivíduo. As crianças adaptadas normalmente arranjam as figuras numa sequência ordenada ou irregular. A ordem rígida está associada a um funcionamento intelectual rígido. A ordem confusa está associada com desorganização do funcionamento intelectual. O arranjo à volta da figura I está associado com comportamentos de passagem ao acto.

(57)

Coesão na página

1 – Tendência de borda: dois terços das figuras são dispostos ao longo da borda vertical de tal maneira que não se estendem além da linha média. A borda do papel  parece servir como linha de indicação e de orientação do desenho.

2 – Tendência de topo: dois terços ou mais das figuras estão dentro do terço superior da página.

3 – Tendência de base: dois terços das figuras estão dentro do terço inferior da  página.

A compressão das figuras numa pequena porção da página reflecte uma  personalidade que tende a se retirar do seu ambiente. A criança sente-se ameaçada pelo mundo, tal como o percebe e tem uma necessidade excessiva de se apegar a alguém ou alguma coisa (pode ser indicador de disfunção cerebral mínima e como forma de compensar o transtorno perceptual usando a borda da página como ponto de referência).

Uso do espaço branco

Outras formas não habituais de usar o espaço:

1 – Arranjo expansivo: as figuras são espalhadas amplamente pela página com uma grande separação entre as mesmas.

Indica uma criança activa com sentimentos agressivos e rebeldes.

2 – Uso de mais do que uma página: está relacionado com a expansão do desenho.

Indica uma criança activa, auto centrada e agressiva que tende a agir de acordo com os seus impulsos para gratificação imediata das suas necessidades (pode indicar   psicopatia).

3 – Papel mudado de orientação.

Comportamento de passagem ao acto e expressão de negativismo indica crianças resistentes e rebeldes.

Modificação do tamanho da figura

A alteração de tamanho diz respeito a flutuações de pelo menos um quarto do tamanho dos estímulos padrão.

1 – Tamanho da figura aumentado: quando mais de metade das figuras apresentam um aumento no eixo vertical ou horizontal.

Transformação no contrário da ansiedade (formação reactiva) através de uma supercompensação e expansibilidade do humor, característico de crianças expansivas e actuantes.

2 – Tamanho da figura diminuído: quando mais de metade das figuras apresentam uma diminuição.

Revela pobreza de impulsos. Característico de uma criança inibida, que se sujeita ao controlo adulto e reprimiu os seus impulsos e a sua responsividade emocional. 3 – Tamanho da figura irregular: aumento ou diminuição progressiva do tamanho das figuras ou, pelo monos, uma figura muito grande.

Um aumento do tamanho das figuras está associado a comportamento lábil,  baixa tolerância à frustração, comportamento rápido e descontrolado aos estímulos. Pode revelar propensão a explosões de raiva com leve provocação. Quando existe uma diminuição progressiva pode revelar tendência a internalizar a ansiedade que pode ser  acompanhada de conversão da ansiedade a reacções somáticas.

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Modificação da forma (Gestalt) Fechamento

Refere-se à reprodução, sem coincidência parcial da união da figura total ou de qualquer sub-parte da mesma.

Pode apresentar os seguintes desvios: 1. Quebra de contornos;

2. Trespasse no ponto de junção; 3. Pequena separação de sub-partes;

4. Penetração de uma sub-parte por outra; 5. Deslocamento de uma sub-parte;

6. Absorção do vértice de uma sub-parte por outra.

Se cerca de metade das figuras apresentam os desvios descritos pode-se dizer  que o protocolo demonstra dificuldades de fechamento. Estes desvios são vulgares em crianças adaptadas.

Estas dificuldades são expressão de medo ou excessivo atrito nas relações interpessoais, podem indicar que a criança nunca teve uma relação satisfatória com um adulto significativo: privação emocional.

Simplificação

Uso de conceitos menos maduros na reprodução das figuras. A figura é considerada imatura quando é típica de uma idade mental abaixo da idade da criança. Os desvios têm que estar presentes em, pelo menos, três unidades para que seja considerada regressiva:

1 Uso de círculos, traços ou vírgulas em vez de pontos ou laçadas; 2 Uso de pontos por laçadas;

3 Uso de arcos em vez de ângulos nítidos.

As figuras compostas por linhas apresentam simplificação quando:

1. A idade mental equivalente da forma básica está abaixo da idade mental da criança;

2. A junção das sub-partes não se aproxima da apropriada para a idade como é apresentada no quadro maturacional.

Os sinais regressivos aparecem tanto em protocolos normais como de crianças  perturbadas ou com distúrbio orgânico, a quantidade é que faz a diferença (mais de

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Rotação

Rotação da figura total sobre o seu eixo (mais de 15 graus).

As crianças perturbadas emocionalmente apresentam mais pequenas rotações (15 a 25 graus) que as crianças normais. Rotações no sentido dos ponteiros do relógio  parecem indicar afecto embotado e pobreza de impulsos. As rotações no sentido inverso  parecem indicar expansibilidade e por vezes oposicionismo. Uma rotação de 90 a 180

graus, a partir dos oito anos, é sugestiva de organicidade.

Mudança de angulação

Mudança maior de 15 graus no tamanho de qualquer ângulo.

 Na figura II, a partir dos 10 anos, a presença de colunas verticais sugere a falta de expressão manifesta de sentimento ou embotamento de afecto. A presença de arqueamentos inusitados indica autocentramento.

 Métodos de trabalho

Rasura

A criança com desenvolvimento normal manifesta a necessidade de rasurar. A criança que não manifesta essa necessidade revela auto conceito e motivação pobres. A criança obsessiva manifesta a necessidade de rasura numerosas vezes uma vez que o empenho representa a tentativa de controlar a ansiedade.

Repassamento

Acto de tornar a fazer uma linha ou um ponto feito previamente. As crianças adaptadas fazem-no na tentativa de tornar o desenho mais parecido com o modelo. As crianças perturbadas fazem-no pouco, mas preenchem círculos ou aumentam pontos com repassamento repetido e muitas vezes vigoroso. Isto revela uma tensão excessiva e canais inadequados de expressão como forma de a libertar. Pode revelar imaturidade tanto física como emocional, assim como um atraso perceptual.

Tempo

Os tempos das crianças perturbadas são mais curtos, excepto para a criança obsessiva (mais ou menos 6 minutos).

Qualidade da linha

O esboço, no sentido de linhas repetidas, curtas, sobrepostas, é, habitualmente, associado a ansiedade e auto conceito pobre. Crianças que produzem linhas quebradas ou com trespasses podem apresentar problemas nas relações interpessoais. Linhas com tremores grosseiros são mais sintomáticas de factores orgânicos.

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Figuras emolduradas

Consiste em molduras em torno das figuras.

O uso de linhas para separar as figuras é uma maneira da criança expressar  insegurança e ansiedade. Envolve sentimentos de inadequação em relação às exigências feitas pelos adultos e pode conduzir ao isolamento.

Transtornos Neuropsicológicos

 Nem todas as crianças com transtornos do S.N.C. irão deformar as reproduções dos modelos.

Os desvios grosseiros não são característicos apenas de crianças com lesão cerebral, pois crianças psicóticas e deficientes mentais também podem apresentam rotações, colisões e fragmentações. No entanto, a maioria dos protocolos fornecem informações sobre o teste da realidade e da idade mental, cabendo ao psicólogo formular ou rejeitar essa hipótese através desse diagnóstico diferencial.

Se aparecerem quatro ou mais desvios, o psicólogo pode formular, com confiança, que a criança possui um transtorno do S.N.C.

Os desvios são os seguintes:

1 Simplificação de uma ou mais figuras num nível de três ou mais anos abaixo da idade mental da criança;

2 Fragmentação de uma ou mais figuras;

3 Colisão de uma figura com outra ou com a borda do papel;

4 Rotação igual ou maior do que 90 graus de uma ou mais figuras; 5  Número incorrecto de unidades em três ou mais figuras;

6 Perseveração de um tipo de unidade de figura em figura; 7 Má qualidade da linha;

8 Vírgulas e/ou traços em duas ou mais figuras.

Simplificação

Quando a criança é incapaz de reproduzir o modelo ou não tem vontade de dispender energia, produz uma versão simplificada do estímulo. Esta versão simplificada pode ser devida a resistência e à hostilidade ou a causas fisiológicas. Neste último caso, a criança pode demonstrar confusão e indecisão, esforço e verbalizar as suas dificuldades.

A diferenciação entre as razões da simplificação baseia-se no grau e extensão do desvio.

Fragmentação

Montagem das sub-partes do estímulo de forma separada. À simplificação extrema da forma total com nas sub-partes, chama-se fragmentação. A criança separa as  partes sem parecer ter tentado ou pretendido fazer a conexão. Esta alteração introduz a  possibilidade de transtorno cerebral, deficiência mental ou processo psicótico. A diferença com as dificuldades de junção é que nestas houve algum esforço para fazer a

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Colisão

Encontro de duas figuras ou de uma figura com a borda da página. É encontrada nos protocolos de crianças impulsivas, activas, psicóticas ou com transtornos do S.N.C. Indica um sério defeito da individuação. No caso de lesão cerebral, o psicólogo fica com a sensação que a criança excluiu toda a percepção visual excepto a do estímulo  perdendo a perspectiva. A colisão é um indício de transtorno do S.N.C., mas uma só não

é suficiente para essa conclusão.

Rotação

Uma rotação grosseira (90 a 180 graus) é indicadora da possibilidade de  perturbações de identidade ou lesão cerebral. Só uma rotação pode ser um fracasso momentâneo mas, nesse caso, a criança menciona o seu erro e presta-se a fazer o desenho correctamente.

Número incorrecto de unidades

Refere-se à perseveração ou à mutilação por aumento ou diminuição de unidades. É necessário um erro de duas ou mais unidades em três ou mais figuras. Encontra-se com alguma frequência em crianças com dificuldades de leitura ou com  patologia do S.N.C.

Perseveração

A anterior é considerada como perseveração dentro da figura. A perseveração de figura a figura pode ser descrita como um atraso do estímulo, ou transporte do elemento mnésico para um segundo desenho. Aparece mais frequentemente nas crianças com transtornos do S.N.C..

Qualidade da linha

Irregularidades como tremor grosseiro do braço ou da mão, dificuldades em executar os cantos, as linhas rectas e curvas tornam-se onduladas. Estas características levantam a questão quanto à possibilidade de um transtorno do S.N.C..

Traços e vírgulas

Quando substituem pontos, e depois dos oito anos pode ser indício de que o desenvolvimento percepto-motor está atrasado por comprometimento do S.N.C. Podem ser executados por crianças impulsivas, não colaborantes, que não se preocupam com a  precisão.

Estes desvios são encontrados mais frequentemente em crianças com incapacidades orgânicas do que em qualquer outro grupo clínico.

Referências

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