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Estudo da viabilidade econômica e financeira para a ampliação do portfólio de serviços da empresa C-TEC

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA A

AMPLIAÇÃO DO PORTFÓLIO DE SERVIÇOS

DA EMPRESA C-TEC

CRISTIANO SANTOS ROSSONI

Orientadora: Stela Maris Enderli

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CRISTIANO SANTOS ROSSONI

ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA A

AMPLIAÇÃO DO PORTFÓLIO DE SERVIÇOS

DA EMPRESA C-TEC

Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial à Conclusão de Curso e consequente obtenção de título de Bacharel em Administração.

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Orientadora: Stela Maris Enderli

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Dedico este trabalho a Deus, por nortear minha vida. Aos meus pais pelo exemplo, incentivo, amor e carinho.

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RESUMO EXPANDIDO

ROSSONI, Cristiano Santos. Estudo da viabilidade econômica e financeira para a ampliação do portfólio de serviços da empresa C-TEC. Três Passos: Unijuí, 2015.

Introdução

O ambiente empresarial é dinâmico, a todo o momento, as empresas como sistemas abertos interagem com ele absorvendo suas influências que refletem diretamente em seu posicionamento no mercado. A muito tempo não se observava tanta ênfase e preocupação com a situação da economia do Brasil, existe muita especulação e projeções negativas que conduzem as empresas a repensarem suas estratégias tanto para se manterem estáveis, como para ampliar seu faturamento.

Toda empresa tem um ciclo de vida, e o ciclo mais importante a ser planejado é o de crescimento e expansão, onde não deve-se medir esforços nem recursos para ampliar ao máximo possível sua área de atuação, e público que pretende atingir. Nesse sentido, esses recursos que muitas vezes são escassos; como em um ambiente de insegurança econômica; precisam ser bem empregados para maximizar seus resultados e dar segurança aos investimentos empregados nesses projetos. O estudo de viabilidade de um empreendimento é uma análise dos dados do macro ambiente econômico do local escolhido, do mercado concorrencial e da demanda, além do planejamento financeiro e a análise dos índices de investimento ele contribui para verificar a possibilidade da concretização de um negócio (BONFATO, 2006).

Pautada nessas prerrogativas o estudo apresentado, objetiva fornecer um suporte técnico a empresa C-TEC Eletrônicos e Informática, através da análise econômica e financeira focada na ampliação de seu mix de serviços e uma breve pesquisa de mercado, auxiliando dessa forma, na tomada de decisão sobre o investimento pretendido e os resultados esperados.

Metodologia

Quanto à natureza essa pesquisa é aplicada por estar motivada em aumentar e/ou gerar novos conhecimentos e pela necessidade de resolver problemas concretos, imediatos ou não (VERGARA, 2004).

Quanto aos procedimentos técnicos inicia-se com uma pesquisa empírica e pesquisa documental na empresa, posteriormente uma survey estruturada em oito assertivas com respostas de múltipla escolha, aplicada em um universo amostral pré-selecionado, composto em suma por profissionais que possivelmente tem demanda do serviço que pretende-se implantar, como professores e profissionais liberais da somente da cidade de Redentora - RS. Essa sondagem do mercado após tabulados os dados, possibilitou identificar expectativas dos clientes como tipo: de produto necessidade e preços que estariam dispostos a desembolsar.

Aplica-se também os procedimentos técnicos de pesquisa documental, feita na empresa estudada buscando registros e outras dados pertinentes, e pesquisa bibliográfica sobre o tema e que já foram tornados públicos.

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Com base nos resultados encontrados definiu-se o valor do serviço, a projeção da demanda em um período de 05 anos, para então embasar os cálculos econômicos e financeiros que avaliaram o investimento como: custos diretos e indiretos, fluxo de caixa, DRE, VPL, TIR e payback.

Resultados

Iniciou-se o estudo pela aplicação das entrevistas buscando identificar a opinião e a aceitação dos clientes sobre o serviço, essa breve pesquisa de mercado teve a intenção de sondar a expectativa dos clientes e dessa forma definir os preços do serviço, projeções de mercado e investimentos necessários.

As entrevistas aplicadas verificaram que 96,43% dos entrevistados têm demanda de impressão ou cópias de documentos em sua atividade profissional, o que representa um ambiente favorável a implantação do serviço. No mesmo sentido, 82,14% dos sujeitos da pesquisa dizem ter uma demanda de até 300 páginas mensais, o que sugere a implantação de um serviço que atenda a baixas demandas, ou seja, atender um nicho específico de mercado que provavelmente outras empresas não atendem.

Outro índice de destaque é o valor gasto mensalmente pelos entrevistados com essa demanda que verificou 78,56 dos entrevistados dizendo não gastar mais de R$ 60, 00 mensais com impressões e cópias. Pautando-se nesse dado sugere-se que o serviço seja baseado em impressoras de baixo custo, pois o volume é baixo e o valor gasto pelos entrevistados também.

Outro fato relevante é que 75% dos entrevistados consideram ter um serviço adequado para sua demanda, mas 78,57% teriam interesse em um serviço onde fosse possível pagar apenas uma mensalidade e ter um serviço mais eficiente. O que sugere-se nesse caso é implantar o novo serviço, acompanhado de um bom plano de marketing focado nos benefícios que o serviço pode trazer aos consumidores e a relação custo benefício ao contratá-lo.

Entre outros fatos relevantes da pesquisa destacam-se: a maioria dos entrevistados (78,57%) preferem mensalidade menor e um plano de fidelidade, e a maioria teria interesse em contratar outros serviços como impressões enviando arquivos por meio eletrônico e impressões coloridas de alta qualidade. Esses itens apontam que além do serviço pretendido pela C-TEC, identificam-se outras possibilidades de agregar faturamento e expansão de mercado que também podem ser trabalhadas e avaliadas.

Na sequência identificou-se o investimento necessário para a o projeto, definiu-se uma meta pessimista em um período de 05 anos com a ampliação da carteira em 06 clientes novos a cada ano totalizando 30 clientes ao final desse período. Sendo assim, calculou-se um investimento gradual no primeiro ano de R$ 4.404,00 e no total de R$ 22.020,00 no final do projeto. Segundo a direção da empresa ela teria disponível esse montante em caixa não sendo necessário busca de capital no mercado financeiro o que torna viável o inicio do projeto.

Para avaliar os indicadores econômicos e financeiros primeiramente calculou-se as receitas projetadas para a nova atividade encontrando o índice de composição do faturamento total da empresa que resultou em 5,17%. Esse índice foi usado para o rateio das despesas fixas do novo serviço com as já existentes, pois pretende-se usar a mesma estrutura. O montante total das despesas fixas projetadas ficou em R$ 3.158,00 no primeiro ano e aplicando-se um taxa de correção pela inflação acumulada anual de 9,07% em 05 anos resultou R$ 18.930,92.

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Foram calculadas também as despesas diretas com o serviço como compra de toners, manutenção e depreciação, que resultaram em um montante de R$ 28.510,80 ao final dos cinco anos.

As receitas projetadas com base em uma mensalidade de R$ 85,00 e 30 clientes ativos até o quinto ano de atividade ficaram em R$ 79.050,00 considerando-se uma correção monetária de 9,07% ao ano elas atingirão o montante de R$ 85.898,22. Equacionadas as despesas e as receitas, projetou-se a DRE, dos 05 períodos onde: no primeiro ano apresentou um resultado negativo de R$ 1.703,54, mas aumentando gradativamente a cada ano chegando a R$ 14.785,46 no quinto ano, resultado esse que demonstra viabilidade do projeto sob esse aspecto econômico.

Outro aspecto econômico avaliado foi o índice de lucratividade (IL), que resultou negativamente no primeiro ano (-47,72%), mas obtém uma média de 22,05% nos 05 anos avaliados, o que demonstra viabilidade considerando-se ainda que a taxa mínima de atratividade (TMA) de 12% a.a. Seguindo na avaliação econômica o índice de rentabilidade (IR) médio apurado verificado foi de 30,25%, também atrativo e reforçando a viabilidade do projeto.

Quanto ao aspecto financeiro, elaborou-se o fluxo de caixa e a partir dele calculou-se o valor precalculou-sento líquido (VPL) do projeto considerando a TMA de 12% a.a. demonstrando que o capital investido começa a ser recuperado a partir do quarto ano de atividade atingindo um montante acumulado positivo de R$ 21.162,72 ao final do período estudado. Representa dessa forma uma boa opção de investimento para a empresa levar adiante o projeto.

A taxa interna de retorno (TIR) foi outro aspecto financeiro avaliado para o projeto, e o índice apurado para o projeto resultou em 22,18%. Analisando esse índice sob a perspectiva da TMA de 12% a.a. ele é satisfatório e da mesma forma que os outros apurados, sustenta a implantação do novo serviço no mix da C-TEC.

Finalizando análise financeira apurou-se o payback simples e o descontado da proposta de investimento onde o cálculo do payback simples demonstrou que em três anos, quatro meses e vinte e seis dias o capital investido pode ser recuperado pelo projeto. No caso do payback descontado a recuperação ocorre em três anos, sete meses e 2 dias, em ambos os casos sustenta-se a viabilidade do projeto pois o retorno ocorre antes do final do período projetado de 05 anos.

Conclusão

O presente estudo teve por objetivo analisar a viabilidade econômica e financeira da ampliação do portfólio de serviços da empresa C-TEC, no qual sustentado pelos resultados obtidos e mantidas as condições descritas no presente estudo, o empreendimento mostra-se viável e rentável, de modo que se a empresa optar por implantar conseguirá recuperar o capital investido em um período de tempo razoavelmente curto. Portanto, o empreendimento proposto mostra-se viável econômica e financeiramente, recomendando-se também um plano de marketing para agregar valor ao serviço e acelerar o processo de desenvolvimento no mercado, onde nessas condições sob uma ótica mais otimista maximizaria os resultados.

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Aproveitando informações colhidas pela pesquisa, sugere-se também a avaliação da implantação de outros serviços agregados ao projeto principal baseando-se na expectativa dos consumidores entrevistados.

Palavras-chaves: Pesquisa de Mercado. Análise de Viabilidade Econômica e Financeira. Serviços.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Universo amostral... 33

Quadro 2: Sujeitos da pesquisa ... 34

Quadro 3: Investimento inicial ... 43

Quadro 4: Despesas com pessoal (R$) ... 45

Quadro 5: Depreciação na C-TEC ... 45

Quadro 6: Depreciação unitária dos equipamentos a serem comprados (R$) ... 46

Quadro 7: Despesas diretas da atividade de locação de impressoras (R$) ... 46

Quadro 8: Despesas fixas anuais da C-TEC ... 47

Quadro 9: Projeção: receitas de locação ano 1... 48

Quadro 10: Projeção: receitas de locação em 05 anos (R$) ... 49

Quadro 11: Receitas de locação corrigidas monetariamente ... 49

Quadro 12: Índice: composição das receitas de locação no faturamento ... 50

Quadro 13: Despesas fixas do novo serviço ... 50

Quadro 14: DRE no período de 05 anos ... 51

Quadro 15: Cálculo do índice de lucratividade (R$) ... 52

Quadro 16: Índice de rentabilidade (R$) ... 53

Quadro 17: Fluxo de caixa estimado em 05 anos (R$) ... 54

Quadro 18: Cálculo do VPL ... 54

Quadro 19: Cálculo da TIR ... 55

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Universo amostral em percentual ... 34 Figura 2: Sujeitos da pesquisa ... 35 Figura 3: Pergunta 01: “Em sua atual atividade profissional existe demanda de impressões ou cópias de documentos?” ... 38 Figura 4: Pergunta 02: “Qual sua demanda mensal de cópias ou impressões de documentos em sua atual atividade profissional?” ... 39 Figura 5: Pergunta 03: “Qual o valor aproximado gasto mensalmente com cópias ou impressões de documentos?” ... 39 Figura 6: Pergunta 04: “Você considera ter a sua disposição um serviço adequado de impressão ou cópias de documentos?” ... 40 Figura 7: Pergunta 05: “Levando em consideração sua atividade profissional você teria interesse em um serviço em que pagasse uma mensalidade e teria a disposição um equipamento eficiente para cópias e impressões inclusos assistência e suprimentos?” ... 40 Figura 8: Pergunta 06: “Se sua resposta anterior foi ‘sim’ e considerando seus gastos atuais com impressões e cópias qual valor mais próximo para que seja viável uma possível contratação desse serviço?” ... 41 Figura 9: Pergunta 07: “Considerando a contratação do serviço de locação de impressoras à laser sua preferência seria” ... 41 Figura 10: Pergunta 08: “Considerando sua atual atividade profissional assinale os serviços que você teria interesse de contratar nos próximos 12 meses” ... 42 Figura 11: Despesas anuais da C-TEC ... 47 Figura 12: Resultados da DRE em 05 anos (R$) ... 52

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ... 12 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 13 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ... 13 1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 14 1.3 QUESTÃO DE ESTUDO ... 14 1.4 OBJETIVOS ... 15 1.4.1 Objetivo Geral ... 15 1.4.2 Objetivos Específicos ... 15 1.5 JUSTIFICATIVA ... 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17 2.1 ORGANIZAÇÕES E SERVIÇOS ... 17 2.1.1 Pequena Empresa ... 18 2.2 ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE ... 19 2.2.1 Ambiente Geral ... 19 2.2.2 Ambiente Específico ... 20 2.3 PLANEJAMENTO ... 20 2.4 MERCADO ... 21

2.4.1 Análise do Mercado e Demanda ... 21

2.4.2 Desenvolvimento de Novos Produtos ou Serviços ... 22

2.4.3 Concorrentes ... 23 2.4.4 Fornecedores ... 24 2.5 ANÁLISE DE VIABILIDADE ... 24 2.5.1 Viabilidade Econômica ... 24 2.5.1.1 Receitas e Despesas... 25 2.5.1.2 Lucratividade e Rentabilidade ... 25

2.5.1.3 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ... 26

2.5.2 Análise da Viabilidade Financeira ... 27

2.5.2.1 Valor Presente Líquido (VPL) ... 28

2.5.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR) ... 28

2.5.2.3 Payback ... 29

2.5.2.4 Fluxo de Caixa ... 30

3 METODOLOGIA ... 31

3.1 TIPO DE PESQUISA ... 31

3.1.1 Quanto à Natureza ... 31

3.1.2 Quanto aos Objetivos ... 31

3.1.3 Quanto à Abordagem ... 32

3.1.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos ... 32

3.2 UNIVERSO AMOSTRAL ... 33

3.3 SUJEITOS DA PESQUISA ... 34

3.4 COLETA DE DADOS ... 35

3.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 36

4 ESTUDO APLICADO ... 37

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4.2 INVESTIMENTOS ... 43

4.3 AVALIAÇÃO ECONÔMICA ... 44

4.3.1 Despesas e Receitas ... 44

4.3.2 Lucratividade e Rentabilidade ... 52

4.4 AVALIAÇÃO FINANCEIRA ... 53

4.4.1 Valor Presente Líquido (VPL) ... 54

4.4.3 Payback ... 55

CONCLUSÃO ... 57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 59

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INTRODUÇÃO

Para atender as necessidades dos clientes e oferecer soluções abrangentes, que lhe possibilitem alcançar seus objetivos as empresas precisam constantemente desenvolver novos produtos e serviços, sempre atentas com as expectativas do público que pretendem atingir, para que tenham eficácia nesse esforço que requer muito de seu tempo e recursos.

Nesse ambiente a tecnologia é muito importante para qualquer empresa, seja para acompanhar as tendências de mercado, ou para desenvolver novos produtos e serviços para suprir as demandas de seus clientes e ampliar sua área de atuação. Existem vários tipos e formas de aplicar a tecnologia nas empresas que podem ajudar a reduzir custos, ampliar a qualidade e inovar, agregando novos valores para a marca e melhorar os processos produtivos.

Analisar a viabilidade da criação de um novo serviço é um tipo de tecnologia que ajuda a prever a aceitação do mercado, os custos e os resultados, ajudando a tornar as decisões de investimentos mais efetivas, contribuindo no desenvolvimento mais rápido e sustentável da empresa, de forma que reduz muito a chance de erros em decisões estratégicas.

Este estudo é sobre a C-TEC Eletrônicos e Informática e a partir da análise, tanto do ambiente interno como do externo da organização objetiva avaliar a possibilidade de implantação de um novo serviço no portfólio da empresa, com a finalidade de verificar a sua manutenção e desenvolvimento no mercado.

A pesquisa está estruturada em quatro capítulos; o primeiro é a contextualização do estudo onde é abordada a caracterização da empresa, um breve relato que apresenta e delimita o tema, a questão de estudo que norteia a pesquisa, o objetivo geral e os específicos e a justificativa para a realização do estudo. Com o propósito de embasar a pesquisa, no segundo capítulo é realizado o resgate de conceitos e autores relacionados ao tema objetivo de análise. No terceiro apresenta-se a metodologia que define o tipo de pesquisa, a coleta, análise e interpretação dos dados, o quarto capítulo traz os resultados da pesquisa, suas recomendações para o problema estudado e finalizando as conclusões, referências bibliográficas e o apêndice.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este capítulo trata da caracterização da organização, apresentação do tema, formulação da questão de estudo, dos objetivos e da justificativa para a realização deste trabalho.

1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA

A ampliação do portfólio de produtos e ou serviços tem um papel determinante no crescimento das empresas. Cada vez mais são necessárias medidas claras de desempenho para que cada nicho de mercado seja aproveitado o melhor possível, gerando resultados satisfatórios e que vão ao encontro das expectativas da organização.

A região onde a empresa objeto do estudo atua, é composta em sua grande maioria de pequenas empresas. A maioria inicia suas atividades sem planejamento, apenas baseadas no conhecimento empírico de seus gestores, e isso traz grandes riscos para o sucesso do empreendimento. Aquelas que conseguem manter-se no mercado geralmente não se desenvolvem com a velocidade desejada, pois, ao lançarem novos produtos e serviços não fazem estudos que poderiam evitar o desperdício de recursos em atividades de baixa rentabilidade, dessa forma elas permanecem por algum tempo neste ciclo, tentando e algumas até conseguem acertar e obtém bons resultados, mas, outras correm riscos muito altos.

O estudo de viabilidade permite calcular custos, receitas, investimentos e retorno do capital investido, para a criação de um novo produto ou serviço, minimizando os riscos, e aumentando as chances de acerto na expansão da empresa. O presente trabalho visa analisar a ampliação do portfólio da empresa estudada sob a perspectiva econômica e financeira.

A avaliação de uma empresa contempla uma abordagem patrimonial, e outra da ótica de sua rentabilidade. Uma mais estática ligada ao seu valor de oportunidade dos capitais investidos, e outra mais dinâmica vinculada aos fluxos financeiros tendo como objetivo a geração de lucro (BRASIL E BRASIL, 1993, p 84).

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Para Buarque (1984) a avaliação financeira procura conhecer o projeto e avaliá-lo no sentido de identificar se ele apresenta uma boa alternativa para os recursos a serem empregados visando obter informações seguras sobre o investimento.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

O estudo foi realizado na empresa C-TEC Eletrônicos e Informática que está situada na cidade de Redentora - RS localizada na região noroeste, trabalhando com venda de materiais de informática, materiais de escritório, produtos eletrônicos, instrumentos musicais, telefones celulares, e também com serviço de manutenção e reparo de equipamentos de informática e telefones celulares.

A empresa foi fundada em Janeiro de 2009, na cidade de Redentora - RS, e ao longo desses mais de seis anos de atividade está consolidada no mercado com uma ampla carteira de clientes. Desde sua abertura vem atuando na mesma linha de produtos e serviços, e segundo a direção, o atual e futuro objetivo é a ampliação do mix de produtos e serviços da C-TEC.

É uma microempresa enquadrada no regime de tributação Simples Nacional, sob a razão social Ana Paula Fernandes Rodrigues – ME. O faturamento médio aproximado mensal da empresa é de R$ 26.000,00, valor bruto de suas receitas. Sua atuação é principalmente na cidade de Redentora, com alguns clientes em municípios vizinhos como Miraguaí, Coronel Bicaco e Braga. O quadro funcional da empresa é composto por quatro pessoas, sendo um técnico em informática que trabalha com os consertos de equipamentos uma vendedora que atua nas vendas diretas de balcão, um gerente que dirige a área comercial e financeira, e a proprietária que também trabalha supervisionando a empresa e ajudando na parte comercial.

1.3 QUESTÃO DE ESTUDO

O estudo analisou a viabilidade da implantação de novos serviços no portfólio da empresa C-TEC Eletrônicos e Informática de Redentora – RS, empresa de comércio varejista de eletrônicos e informática e prestação de serviços, através de pesquisa e do conhecimento da estrutura e dos processos internos da empresa

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dando suporte e direcionamento para decidir se realmente essa ampliação é possível e quais os resultados necessário a serem alcançados para justificar o aporte financeiro a ser investido, respondendo dessa forma a questão de estudo: De que forma a análise da viabilidade econômica e financeira pode gerar informação para auxiliar na tomada de decisão na ampliação do portfólio de serviços da empresa C-TEC?

1.4 OBJETIVOS

Este item traz os objetivos do estudo, ou seja, o que se pretende alcançar através dele, os quais estão divididos em geral e específicos. Para Vergara (2000, p. 25), “se o problema é uma questão a investigar, objetivo é um resultado a alcançar. O objetivo final, se alcançado, dá resposta ao problema. Objetivos intermediários são metas de cujo atingimento depende o alcance do objetivo final”. Define o que se almeja alcançar com a realização da pesquisa e os objetivos específicos operacionalizam o objetivo geral.

1.4.1 Objetivo Geral

Analisar a viabilidade econômica e financeira da ampliação do portfólio de serviços da empresa C-TEC, na região de Redentora.

1.4.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos, explicam de uma forma mais ampla o que se pretende explorar com a pesquisa, dessa forma apoiando e complementando o objetivo geral, segundo Oliveira (2010, p. 38) “os objetivos específicos fazem o detalhamento do objetivo geral e devem ser iniciados com o verbo no infinitivo”.

- Identificar o investimento necessário ao empreendimento, as receitas e as despesas geradas com sua implementação.

- Calcular os indicadores de viabilidade econômica e financeira.

- Identificar a opinião de clientes e potenciais clientes na aceitação dos novos serviços.

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1.5 JUSTIFICATIVA

Toda a organização tem uma responsabilidade social no meio onde atua, nesse sentido o estudo é importante para ajudar a empresa a ser mais eficaz na escolha de novos nichos de mercado que possam ser explorados reduzindo os erros comuns na implantação de novos serviços, e contribuindo para que seu desenvolvimento possa ser mais consistente e acelerado.

Para o estudante é imprescindível conhecer a realidade do contexto organizacional e associar com a teoria aprendida durante o curso de Administração. Assim, o estudo é importante para que o acadêmico possa desenvolver as habilidades necessárias à gestão de uma empresa.

Micro e pequenas empresas acreditam que tarefas como desenvolvimento de serviços e estudo de viabilidade são componentes de gestão apenas de grandes organizações. Essa pesquisa pretende também demonstrar que é possível executar esses processos em empresas de pequeno porte e que eles de fato são uma ferramenta importante para o crescimento organizacional.

A quantidade e a qualidade das informações são fundamentais para o desenvolvimento de uma boa pesquisa, nesse sentido o estudo se torna viável, pois o acadêmico é o próprio gestor da empresa estudada, possibilitando assim um acesso amplo às informações da empresa.

A originalidade do estudo está no fato de que nunca um estudo acadêmico aprofundado foi realizado nesta organização, esse fato possibilita que o resultado seja posto em prática e venha de fato a contribuir tanto na gestão da empresa quanto em agregar conhecimento ao acadêmico, e como as características da empresa estudada são muito parecidas com as de outras dessa região, esse futuramente poderá servir de base para pesquisas em outras organizações do mesmo porte.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

No desenvolvimento dessa pesquisa, se fez necessário um embasamento teórico, através da leitura de livros, artigos, trabalhos acadêmicos e apostilas de vários autores.

Dessa forma foi possível identificar entre outros temas importantes, para a administração, a análise de viabilidade econômica e financeira de um empreendimento. Esse tópico apresenta as teorias que são bases desse estudo.

2.1 ORGANIZAÇÕES E SERVIÇOS

Segundo Bulgacov (1999, p. 18), “as organizações são sistemas sociais abertos em constante interação com o ambiente, no qual estão inseridas”. As organizações existem para satisfazer as necessidades sociais do ambiente em que estão inseridas.

Vários conceitos de organização são apresentados por diferentes autores, para Sparemberger (2008) de um modo geral organizações ou empresas são instituições compostas por pessoas que cooperam entre si para o trabalho em busca de metas e objetivos em comum, formando um sistema de atividades estruturadas e coordenadas direcionadas por uma autoridade e interagindo com o ambiente em que está inserida.

Observando a sociedade atual, considerada como moderna e industrializada, quase todo processo produtivo é realizado dentro de uma organização. “O homem moderno passa a maior parte de seu tempo dentro de organizações, das quais depende para nascer, viver, aprender trabalhar...” (CHIAVENATO, 1994, p. 54).

Kotler (1998, p. 412) define que “Serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico”. De acordo com o Albrecht e Zemke (2002), as empresas que enfatizam e prestam serviços de alta qualidade aumentam com mais rapidez a participação no mercado e apresentam retorno sobre as vendas mais alto do que aquelas nas quais os serviços, além da qualidade questionável, são preocupações secundárias e de baixa prioridade.

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Grönroos (1993) afirma que um serviço é algo complexo com vários significados, e pode variar de serviço pessoal a serviço como um produto. A grande variedade de serviços hoje utilizados também contribui para a dificuldade de se definir o que seja realmente, serviço ao cliente.

Para Bateson e Hoffmann (2001, p. 34). “Um produto é algo que um consumidor compra e leva embora com ele ou consuma ou, de alguma outra maneira, usa. Se não é físico, se não é algo que se pode levar embora ou consumir, então temos um serviço”.

No entendimento de Kotler (2000, p. 448) serviço é “qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada”.

A atualização do portfólio de produtos ou serviços melhora o desempenho da empresa no mercado para Blume e Ledermann (2009, p. 64) ”as linhas de produtos precisam ser atualizadas constantemente as empresas que não modernizam suas linhas de produtos, certamente deixarão de existir e vão perdendo lucros, clientes e mercado com o passar do tempo”.

2.1.1 Pequena Empresa

Não há uma unanimidade sobre o enquadramento de micros e pequenas empresas existem uma variedade de critérios para essa definição como leis específicas e órgãos representativos oficiais, alguns se baseando no faturamento mensal e outros no número de funcionários.

O SEBRAE (2014) refere-se à microempresa como a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário, devidamente registrados nos órgãos competentes, que aufira em cada ano calendário, a receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00.

Devido a sua visibilidade é mais fácil estimar a importância de grandes negócios, porém, é inegável a relevância das pequenas empresas, uma vez que, a maioria das grandes corporações começa como pequenas empresas, nos mais distintos setores. Variam muito os critérios para medir o tamanho da empresa, os mais usados para avaliar tamanho, na classificação são: número de empregados, volume de vendas, valor dos ativos, seguro da força de trabalho e volume de

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depósitos, porém, o melhor critério em qualquer caso depende do propósito da empresa (LONGENECKER et al.,1997).

2.2 ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE

Todas as organizações são afetadas por seu entorno, portanto, para se conhecer adequadamente uma empresa, deve-se compreender também o contexto no qual ela está inserida. O ambiente organizacional tem um papel muito importante na análise da empresa. No entendimento de Chiavenato (1994, p. 89), “o ambiente representa todo o universo que envolve externamente uma empresa; é tudo quilo que está situado fora da empresa”.

Ainda segundo Bulgacov (1999, p. 18), “o relacionamento da organização com o ambiente social baseia-se na premissa de que as organizações existem para satisfazer as necessidades sócias do ambiente”.

2.2.1 Ambiente Geral

Segundo Chiavenato (1994, p. 92), “o ambiente geral é constituído de diversas variáveis, estas podendo ser: tecnológicas, políticas, econômicas, legais, sociais, demográficas, ecológicas, dentre outras”.

O ambiente geral é constituído de um conjunto amplo e complexo de condições e fatores externos que envolvem e influenciam difusamente todas as empresas. Não é uma entidade concreta com a qual a empresa possa interagir diretamente, mas um conjunto difuso de condições genéricas e externas às empresas e que contribui de um modo geral para tudo aquilo que ocorre dentro de cada empresa, para as estratégias adotadas e para as consequências das ações empresariais (CHIAVENATO, 1994, p. 92).

Para Bulgacov (1999, p. 18), “o relacionamento harmônico das organizações com o ambiente geral exige dos administradores grande esforço como condição essencial de sobrevivência e crescimento”. Desta forma, faz-se necessário o equilíbrio das condições internas com o ambiente geral ou sociedade para que a empresa possa se manter e desenvolver.

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2.2.2 Ambiente Específico

Esse é o ambiente que corresponde ao segmento do ambiente geral mais imediato e próximo da empresa, de onde provêm suas entradas ou insumos de recursos e informações, bem como a colocação e distribuição de suas saídas. “É constituído pelas outras empresas, instituições, grupos e indivíduos com quem uma determinada empresa mantém interface e entra em interação direta para poder operar” (CHIAVENATO, 1994, p. 97).

Este ambiente é constituído de quatro setores principais: os consumidores ou usuários, os fornecedores de recursos, os concorrentes e os grupos regulamentadores.

2.3 PLANEJAMENTO

O planejamento serve como um guia ou roteiro para as ações organizacionais, ele procura responder questões como: porque a empresa existe, o que e de que forma ela faz, e aonde ela quer chegar. Ele, portanto, indica a direção a ser seguida para chegar aos resultados pretendidos, determina os cursos de ações, estabelece metas e analisa condições do presente e do futuro dentro do ambiente onde a empresa está inserida. O processo de planejamento deve preceder qualquer atividade se a empresa almeja viabilidade econômica e financeira constantemente (LACOMBE; HEILBORN, 2003).

Para Bonfato (2006) a contribuição do planejamento na tomada de decisão é no sentido de verificar a concretização de um negócio, através da análise do microambiente econômico, do mercado concorrencial e da demanda, além do plano financeiro, análise dos índices de investimento, que engloba o payback, o valor presente líquido e a taxa interna de retorno.

De acordo com Silva (1977, p.21), “planejamento é o processo administrativo que determina antecipadamente o que o grupo de pessoas deve fazer e quais as metas que devem ser seguidas”.

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2.4 MERCADO

O mercado em âmbito geral é o ambiente criado pelas forças que regulam a oferta e a demanda de produtos e serviços e suas relações em uma determinada região.

Um mercado é definido como um produto ou um grupo de produtos e uma área geográfica na qual ele é produzido ou vendido tal que uma hipotética firma maximizadora de lucros, não sujeita a regulação de preços, que seja o único produtor ou vendedor, presente ou futuro, daqueles produtos naquela área, poderia provavelmente impor pelo menos um ‘pequeno significativo e não transitório’ aumento no preço, supondo que as condições de venda de todos os outros produtos se mantêm constantes. Um mercado relevante é um grupo de produtos e uma área geográfica que não excedem o necessário para satisfazer (KOTLER, 2000 p, 54).

No entendimento de Woiler e Martins (2008) são os elementos fornecidos pela análise de mercado que determinarão muitas das características do projeto, como quantidade demanda preço de venda, canais de distribuição, descontos, etc.

Para a empresa ter bons resultados no mercado onde atua “precisa compreender o comportamento competitivo como sistema interativo composto de competidores, clientes, pessoas, recursos e capital financeiro” (PINTO, 2007, p. 59).

2.4.1 Análise do Mercado e Demanda

Segundo Salim et al (2005), no planejamento, deve constar uma análise completa dos mercados, dos concorrentes, dos parceiros e das alianças estratégicas, dentro do possível segmentar e avaliar as formas de abordagem para cada um dos grupos de interesse.

O estudo do mercado compreende a estimativa do mercado atual e futuro do produto a ser produzido e/ou comercializado, bem como o dimensionamento da oferta e demanda. Deve contemplar também a estrutura de comercialização, as condições de competição e a análise dos fatores que justificam a existência do mercado para o projeto. Mercado é o conjunto de compradores desejosos de adquirir o produto (KUHN e DAMA, 2009, p. 43).

Conforme Bonfato (2006) o estudo de viabilidade mercadológica busca responder à seguinte questão: há público para consumir meu produto? Para obter a

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resposta, faz-se um levantamento dos dados do macro ambiente econômico (realidade social, política, econômica e de infraestrutura no contexto regional) do local escolhido, a fim de determinar o conceito que melhor se adapta a essa realidade e verificar se de fato existe uma demanda potencial para o consumo do produto que se tem em vista.

Posicionar o produto no mercado significa direcionar o produto para atender às expectativas e necessidades do cliente-alvo escolhido, no segmento de mercado definido, tentando se diferenciar da concorrência ao estabelecer uma imagem do produto junto aos clientes. Pode-se ainda buscar descrever o produto e as características que o fazem sobressair-se à concorrência, destacando seus pontos fortes e seus benefícios (DORNELAS, 2005, p.139).

De acordo com Kotler e Armstrong (1999), para vender no mercado de consumo final e industrial as empresas devem perceber que não é possível atender a todos os compradores da mesma forma, pois eles são numerosos e variados quanto às suas necessidades e práticas de compra. Para tanto, as empresas precisam ter diferentes capacidades de atender aos diversos segmentos de mercado que se apresentam. Dessa maneira as empresas, em vez de tentarem concorrer em todos os mercados, precisam identificar os segmentos que poderão atender melhor, criando uma imagem positiva junto ao comprador. No passado os vendedores não adotavam essa filosofia, produziam de forma mais generalizada e pouco se importavam com essas diferenças, acreditando que a demanda é que deveria se adaptar á produção padronizada.

A empresa pode diferenciar seu negócio “desde a variedade de produtos oferecidos até a configuração do próprio produto [...], pelo preço mais competitivo, ou pelo serviço personalizado ao cliente” (COBRA, 1991, p. 100). Na mesma linha de pensamento, Kotler e Armstrong (1999, p. 409) consideram que, “as empresas ganham vantagem competitiva ao planejarem ofertas que satisfaçam mais as necessidades do consumidor-alvo do que as ofertas dos concorrentes”.

2.4.2 Desenvolvimento de Novos Produtos ou Serviços

Segundo Bonfato (2006), para obter resultados satisfatórios na introdução de novos produtos ou serviços é preciso ser eficaz na hora de ofertar produtos no

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mercado. Mesmo sendo considerada uma condição necessária, não é suficiente, pois, é preciso também que haja um meio organizacional adequado, que propicie alcançar tal eficácia de forma eficiente, ou seja, de modo mais rápido, com um menor consumo de recursos e com custos reduzidos. Nesse sentido então é “desenvolver os produtos corretos” e “desenvolvê-los corretamente”.

É difícil desenvolver um produto que satisfaça a todos os consumidores. As empresas que utilizam o marketing indiferenciado costumam desenvolver uma oferta voltada para os maiores segmentos do mercado, mas estes geralmente não são tão lucrativos porque também atraem a concorrência. O reconhecimento desse problema levou várias empresas a se interessarem por segmentos de mercado menores (KOTLER; ARMSTROG, 2003 apud SPAREMBERGER, 2008, p. 63).

A velocidade no desenvolvimento de um novo produto, segundo Hamel e Prahalad (1995, p.313), “é um componente muito importante da capacidade de passar à frente da concorrência. (...) O maior inimigo das organizações é a inércia, complacência e miopia. (...) O verdadeiro problema da competitividade é que muitas empresas não conseguem prever, nem tampouco inventar as novas regras da competição em seu setor”.

2.4.3 Concorrentes

Para Kotler (1999), no âmbito empresarial os concorrentes são aqueles que no desempenho de suas atividades, atuam no mesmo ambiente visando satisfazer aos mesmos consumidores e as mesmas necessidades do consumidor com seus produtos ou serviços.

A empresa que pretende expandir deve conhecer bem os concorrentes que estão no meio onde ela pretende atuar para que possa desenvolver estratégias superiores para influenciar os clientes a migrarem o seu relacionamento. A empresa bem sucedida precisa satisfazer as necessidades de seus clientes, melhor do que seus concorrentes para que sua oferta fique clara para o consumidor e assim criando uma vantagem estratégica frente ao concorrente (KOTLER, 1998).

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2.4.4 Fornecedores

Para a empresa os fornecedores devem ser parceiros no seu desenvolvimento, oferecendo insumos de boa qualidade e condições de pagamento que venha facilitar e fortalecer seu relacionamento, e que ambas tenham alternativas para uma boa negociação (DORNELAS, 2005)

Manter uma boa carteira de fornecedores, comprometidos e alinhados com os objetivos da empresa também ajuda a criar uma vantagem estratégica, através de uma oferta de maior valor para o consumidor, pois são eles que disponibilizam recursos para a produção de produtos e serviços (KOTLER; ARMSTRONG, 1999).

2.5 ANÁLISE DE VIABILIDADE

Para Schumpeter (1997) apud Souza e Guimarães (2006, p.9) “empreendedorismo é a percepção e a exploração de novas oportunidades, no âmbito dos negócios, utilizando recursos disponíveis de maneira inovadora”.

O estudo de viabilidade de um empreendimento é uma análise dos dados do macro ambiente econômico do local escolhido, do mercado concorrencial e da demanda, além do planejamento financeiro e a análise dos índices de investimento ele contribui para verificar a possibilidade da concretização de um negócio (BONFATO, 2006).

Conforme Farah et al. (2008, p. 12) “na maioria dos casos, existe uma tendência de novos empresários abrirem seus negócios sem fazer qualquer pesquisa anterior à abertura e implantação dos empreendimentos”. Tal precipitação muitas vezes é a causa da mortalidade precoce dessas organizações que poderiam se transformar em empresas bem sucedidas.

2.5.1 Viabilidade Econômica

Segundo Bonfato (2006), toda atividade econômica fundamenta-se na necessidade de gerar lucro, por esse motivo é imprescindível o empreendedor levar em conta o contexto socioeconômico e ambiental, desenvolvendo um estudo detalhado sobre a viabilidade de um negócio. A compreensão sistêmica do setor e de sua dependência em relação à realidade do seu mercado-alvo permitirá a

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abertura de uma empresa com bases mais sólidas e com um futuro potencialmente mais promissor.

Para que se avalie a viabilidade econômica seja de um novo negócio (“projeto”), seja a compra de um ativo existente (“aquisição”), há que se estimar os custos de capital (investimentos, substituições e melhorias no caso do projeto; ou dívidas e financiamentos, no caso de aquisição), do lado das saídas ou itens negativos (MOTTA; CALÔBA, 2002, p. 179).

2.5.1.1 Receitas e Despesas

De acordo com Martins (2003, p. 25) existe diferença entre custo e despesas, “custo é um gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. E despesa é um bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas”.

Entende-se por despesa, o consumo de bens ou serviços, que, direta ou indiretamente, deverá produzir uma receita. Diminuindo o ativo ou aumentando o passivo, uma despesa é realizada com a finalidade de se obter uma receita cujo valor seja superior à diminuição que provoca o patrimônio líquido (IUDÍCIBUS, 1993).

As despesas podem ser divididas em despesas operacionais e não operacionais: despesas operacionais são aquelas decorrentes do desenvolvimento das atividades normais da empresa. Elas podem ser agrupadas do seguinte modo: despesas com vendas, administrativas, financeiras e outras despesas operacionais. E despesas não operacionais são aquelas decorrentes de transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias da empresa, por exemplo, o custo (valor contábil) de bem do ativo permanente que deve ser apurado quando este for alienado, baixado ou liquidado (RIBEIRO, 1996).

2.5.1.2 Lucratividade e Rentabilidade

Conforme Gitman (1997), para que a empresa cresça e permaneça no mercado, é necessário que a mesma seja lucrativa. Medir a lucratividade permite avaliar os lucros da empresa em relação a um determinado volume de vendas, e através do monitoramento desses níveis percentuais: margem bruta, margem

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operacional e margem líquida; que o administrador observa os efetivos resultados da atividade empresarial.

A mensuração da porcentagem de cada unidade monetária de vendas que sobra após a empresa ter pagado os produtos, consiste na margem bruta (MB). Quanto maior for a margem bruta, melhor, assim como menor o custo relativo dos produtos, calculada pela seguinte fórmula Gitman (1997, p.62).

MB = LUCRO BRUTO X 100 RT

A margem operacional (MO) mede o que, com frequência se denomina, lucros puros, obtidos em cada unidade monetária de venda, onde segundo Gitman (1997, p. 63) calcula-se pela fórmula:

MO = LUCRO OPERACIONAL X 100 RT

Já a margem líquida (ML) mede a percentagem de cada unidade monetária de vendas que restou, depois da dedução de todas as despesas. Sendo que quanto maior for a margem líquida, da empresa, melhor. Essa medida é uma das mais relevantes para indicar o desempenho da empresa em termos de lucratividade de vendas e conforme Gitman, (1997, p. 63) o cálculo é feito pela fórmula:

ML = LUCRO LÍQUIDO X 100 RT

2.5.1.3 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

A DRE é uma das principais demonstrações financeiras de uma empresa:

Esta demonstração mostra o lucro ou o prejuízo obtido pela empresa no período. Expressa o desempenho econômico, por meio das receitas dos custos e despesas de um período, para apurar o resultado. É uma demonstração dos aumentos e reduções causados ao Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo, pelo ingresso de novos elementos. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, por meio da redução do ativo ou do aumento do passivo exigível (SILVA, 2005 apud BRIZOLA, 2008, p. 35).

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Segundo Brizolla (2008, p. 35) “para a DRE não importa se uma receita ou despesa tem reflexos em dinheiro, basta apenas que afete o Patrimônio Líquido, entre duas datas”.

“Objetivamente a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE – é o confronto entre receitas e despesas, ou seja, a partir dessa demonstração podem-se obter os valores correspondentes ao lucro ou ao prejuízo da empresa” (BRIZOLA, 2008, p. 35).

2.5.2 Análise da Viabilidade Financeira

Finanças “é a arte e ciência de administrar recursos econômicos e financeiros. Ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de recursos financeiros entre pessoas, empresas e governo” (BULGACOV, 1999, p. 220).

De acordo com Hirschfeld (2000, p. 182) “examina-se o fluxo de caixa previsto para o empreendimento dentro de um prazo de interesse”.

No mesmo sentido Hirschfeld (2000, p. 183), entende que:

... a viabilidade financeira de um empreendimento é examinada dentro de um prazo de interesse no qual desejamos saber se o esforço produtivo a ser realizado vale mais do que a simples aplicação dos valores envolvidos a taxas mínimas de atratividade. Para existir a viabilidade é necessário que, nos instantes verificados, os benefícios resultantes sejam superiores aos custos empregados. [...] A forma mais usual de se analisar a viabilidade é pelo método do valor presente líquido, ou seja, verificar se VPL > 0. Se as condições de viabilidade não forem satisfeitas, dizemos que o empreendimento é inviável.

É nessa etapa final da idealização do projeto que se procura determinar o fluxo ideal de caixa gerado pelo público potencial, capaz de remunerar o capital investido em patamares aceitáveis de rentabilidade para a operação e a sobrevivência do negócio, considerados os custos de implantação (BONFATO, 2006).

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2.5.2.1 Valor Presente Líquido (VPL)

Conforme Woiler e Martis (2008, p. 80) “o Valor Presente Líquido (VPL), geralmente representado por essa sigla ou VAL, [...] resulta da adição de todos os fluxos de caixa na data zero”.

De acordo com Hirschfeld (2000, p. 105) “o método do valor presente líquido também chamado método do valor atual líquido, tem como finalidade determinar um valor no instante considerado inicial, a partir de um fluxo de caixa formado de uma série de receitas e dispêndios”.

Ainda no entendimento de Motta e Calôba, (2002, p. 106) “o Valor Presente Líquido Descontado (VPL) é a soma algébrica de todos os fluxos de caixa descontados para o instante presente (t = 0), a uma dada taxa de juros i”.

Onde para Motta e Calôba, (2002, p. 106) a fórmula de seu cálculo é:

Onde:

i é a taxa de desconto;

j é o período genérico (j = 0 a j = n);

FCj é o fluxo genérico pra t = [0...n] que pode ser positivo (receita) ou negativo (custos);

VPL(i) é o valor presente líquido descontado a uma dada taxa i ; e n é o número de períodos.

2.5.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)

A taxa interna de retorno (TIR):

Representa a taxa que torna o valor presente das entradas de caixa associadas ao projeto igual ao investimento inicial. A taxa interna de retorno é a taxa de desconto que anula o valor atual líquido do projeto de investimento. O critério de decisão, utilizando esse método de análise, dá-se em decorrência dos projetos de investimento que apresentarem a maior taxa (SOUZA, 2003, p. 97).

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Para Kuhn (2012, p. 119) a TIR “é a taxa de juros que iguala o fluxo de entradas de caixa com os de saídas de caixa num dado momento”.

Ainda para Kuhn (2012, p. 119) a fórmula para calcular a TIR é:

Onde:

K = taxa interna de retorno;

Ej = E(1, 2, ..., n) = Fluxos esperados de entrada de caixa, ou seja, fluxos

operacionais líquidos de caixa gerados pelo investimento; SO = Investimento Inicial

Sj = S(1, 2, ..., n) = Fluxos esperados de saída de caixa;

Ʃ = Somatórios dos fluxos.

2.5.2.3 Payback

Para Woiler e Martis (2008, p. 65) “é a técnica mais fácil de avaliação de investimento consiste na obtenção do prazo de recuperação do capital investido, geralmente expresso pela expressão em língua inglesa payback.”

Conforme Brito (2003, p. 51) “payback é o período de tempo em que ocorre o retorno do investimento”. O período de payback é um indicador que mostra o prazo de retorno do investimento total de recursos financeiros aplicados no empreendimento. E esse método é muito útil na análise de projetos para a mensuração do risco (SOUZA, 2003).

O payback, ou payuot, é utilizado como referência para julgar a atratividade relativa das opções de investimento. Deve ser encarado com reservas, apenas como um indicador, não servindo para seleção entre alternativas de investimento (MOTTA; CALÔBA, 2009, p. 97).

Segundo Souza (2007), são duas metodologias de cálculo do período de Payback: o simples e o descontado. O método do Payback Simples (PBS) trabalha com as entradas de caixa que ocorrerão em datas futuras, sem considerar nenhuma

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taxa de desconto, ou seja, esta técnica não considera o custo do dinheiro no tempo. Por sua vez pelo método do Payback Descontado (PBD), o período de tempo necessário para recuperar o valor do investimento é calculado avaliando-se os fluxos de caixa descontados, ou seja, considerando o valor do dinheiro no tempo. Para tanto as entradas de caixa futuras geradas pelo projeto são trazidas a valor presente, considerando-se uma Taxa Mínima de Retorno Aceitável ou Taxa Mínima de Atratividade - TMA, para fins de amortização do investimento inicial.

2.5.2.4 Fluxo de Caixa

Para Kuhn (2009, p. 84) “o fluxo de caixa é normalmente apresentado como o registro ordenado no tempo, do total das entradas e saídas de caixa de uma empresa”.

A sua contribuição está essencialmente ligada à indicação dos períodos de saldos positivos e negativos de caixa, especialmente no futuro, o que é da maior importância para a gestão do negócio, pois possibilita a tomada de ações preventivas para suprir a empresa dos recursos adequados, ou ajustar as suas realizações à disponibilidade e recursos com que a mesma pode operar (KUHN, 2009, p. 84).

“O fluxo de caixa consiste na representação dinâmica da situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em itens do ativo” (ZDANOWICZ, 1985, p. 37).

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3 METODOLOGIA

A pesquisa desenvolvida nesse trabalho utilizou vários métodos e técnicas para que se tornasse consistente, e atingisse os resultados previamente propostos pelo pesquisador, sempre seguindo as normas vigentes para a realização de trabalhos científicos e acadêmicos.

Nesse capítulo aborda-se os tipos e classificações da metodologia empregada para o desenvolvimento do estudo, bem como suas definições trazidas por diversos autores.

3.1 TIPO DE PESQUISA

Com relação a classificação do estudo, de acordo com Zamberlan et al. (2014), há vários tipos de pesquisa que geralmente variam de acordo com o enfoque proposto pelos estudiosos.

3.1.1 Quanto à Natureza

Quanto á natureza essa pesquisa é aplicada por estar motivada em aumentar e/ou gerar novos conhecimentos e pela necessidade de resolver problemas concretos, imediatos ou não (VERGARA, 2004).

3.1.2 Quanto aos Objetivos

Essa pesquisa também pode ser classificada como descritiva, pois,

As pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados (GIL, 1999, p. 44).

Ela ainda é explicativa, segundo Vergara (2004), uma investigação explicativa objetiva tornar algo inteligível, por meio da explicação de seus motivos, com isso esclarecendo os fatores que contribuem para a ocorrência de um

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fenômeno determinado, requerendo para tanto uma pesquisa descritiva para suas explicações, sendo, portanto, a mais complexa dentre as tipologias de pesquisa.

3.1.3 Quanto à Abordagem

Quanto a abordagem essa pesquisa é quantitativa, pois busca traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisa-las, requerendo o uso de recursos estatísticos e também é qualitativa, pois considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números (ZAMBERLAN et al. 2014).

3.1.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos essa é uma pesquisa de campo por realizar-se de uma investigação empírica realizada no próprio local onde ocorre o fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo (GIL, 2002).

Também para Gil (2002) é uma pesquisa de levantamento ou “survey” porque o pesquisador realizar entrevistas diretamente com as pessoas sobre um determinado tema ou assunto, para responder sobre um comportamento se deseja conhecer.

No mesmo sentido é uma pesquisa documental, porque busca documentos dentro da própria organização estudada, e que de acordo com a questão e objetivos da pesquisa pode ter valor científico (GIL, 2002).

Para Yin (2001), pesquisas que buscam, como nesse caso, estudar fenômenos contemporâneos dentro de um contexto da vida real, sem a definição clara dos limites entre fenômenos e contexto a pesquisa classificam-se como estudo de caso.

Ainda pode ser classificada como pesquisa bibliográfica sendo que busca referenciais teóricos que já foram tornados públicos, e que tem relação com o tema estudado (LAKATOS; MARCONI, 2002).

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3.2 UNIVERSO AMOSTRAL

O universo amostral “é o conjunto de elementos (organizações/entidades, serviços, pessoas, por exemplo) que possuem características que serão objeto de estudo” (ZAMBERLAN et al., 2014, p 112). Nesse estudo como o objetivo é a viabilidade de implantação do serviço de locação de impressoras a laser de produtividade mais elevada, foi aplicado um questionário para coleta de dados em amostras dos seguintes grupos que podem vir á utilizarem o serviço proposto: 38 pessoas que exercem suas atividades em escritórios de profissionais liberais, informação essa colhida na CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Redentora, 51 professores que atuam na rede estadual de ensino e 23 professores que atuam na rede municipal de ensino na mesma cidade, informação recebida da Secretaria Municipal de Educação. Nesse sentido a pesquisa foi aplicada no universo amostral da cidade de Redentora onde é a sede da empresa não abrangendo cidades vizinhas que podem vir a ter essa demanda de serviço também.

Quadro 1: Universo amostral

Categoria N° de Indivíduos

Profissionais Liberais 38

Professores Estaduais 51

Professores Municipais 23

Total 112

Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Nesse contexto, 45% do universo amostral selecionado para a pesquisa survey, são compostos por professores que trabalham em escolas da rede estadual de ensino, a composição percentual de todos os indivíduos é representada na Figura 1.

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Figura 1: Universo amostral em percentual

Fonte: Dados da pesquisa (2015).

3.3 SUJEITOS DA PESQUISA

Para Zamberlan et al. (2014), sujeitos da pesquisa ou participantes, são as pessoas e/ou organizações das quais os dados serão coletados. No caso dessa pesquisa, esses dados foram coletados com os profissionais que utilizam serviço de impressão nas instituições pretendidas, foram aplicando-se 10 questionários em professores da Escola Estadual Feliciano Jorge Alberto, 5 questionários na Escola Estadual Américo dos Santos, 4 na Escola Municipal Maria Belmonte Albert e 10 questionários para profissionais liberais como advogados, contadores, professores particulares, engenheiros agrônomos e civis, do município de Redentora que devido ao seu trabalho tem ou podem vir a ter demandas pelo serviço que se pretende oferecer.

Quadro 2: Sujeitos da pesquisa

Categoria Questionários Aplicados Questionários Retornados Profissionais Liberais 10 10 Professores Estaduais 15 14 Professores Municipais 4 4 Total 29 28 Total (%) 100,00 96,55

Fonte: Dados da pesquisa (2015).

A Figura 2 mostra em forma de gráfico a composição percentual dos sujeitos entrevistados:

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Figura 2: Sujeitos da pesquisa

Fonte: Dados da pesquisa (2015).

O gráfico mostra os sujeitos da pesquisa, conforme sua categoria profissional, onde a maioria, 52% dos entrevistados foram professores da rede estadual de ensino da cidade de Redentora - RS.

3.4 COLETA DE DADOS

No entendimento de Zamberlan et al. (2014), tem o objetivo de explicar como se pretende coletar os dados necessários para o desenvolvimento da pesquisa. Os dados dessa pesquisa foram coletados através de um instrumento de coleta de dados, com o questionário listado no apêndice desse estudo, que foi levado pessoalmente aos sujeitos da pesquisa, em seus locais de trabalho e recolhido posteriormente.

“O questionário é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador” (LAKATOS; MARCONI, 2002, p. 98).

O questionário aplicado conforme o cronograma estabelecido era composto de perguntas estruturadas com respostas de múltipla escolha para alcançar os resultados mais objetivos possíveis, e não haver distorções ou interpretações erradas das informações colhidas.

Para o estudo econômico e financeiro, foram coletados dados na própria empresa, entre eles registros de caixa, demonstrativos de vendas, enquadramento tributário, margem de contribuição, custo de produtos, entre outros que

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possibilitaram um estudo amplo e eficaz sobre a atual situação da empresa e a proposta de implementação do novo serviço com a proprietária.

3.5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

“A fase do tratamento do material leva o pesquisador á teorização sobre os dados, produzindo o confronto entre a abordagem teórica anterior e o que a investigação de campo aponta de singular como contribuição” (ZAMBERLAN et al., 2014, p. 147).

Após estar de posse dos dados coletados, contemplando aquilo que se propôs a investigar, foi feita a análise e interpretação dos mesmos, para que a partir disto fosse possível transcrever todas as informações para o trabalho. Nessa pesquisa, primeiramente os dados foram separados por assunto, fazendo-se após um comparativo das informações colhidas, confrontando-as com a explicação teórica, obtendo assim um diagnóstico detalhado sobre as necessidades, as expectativas, a receptividade do mercado e a viabilidade quanto a implantação de um novo serviço pela empresa C-TEC.

Os dados foram analisados qualitativamente, sendo os mesmos codificados e processados para uma apresentação mais estruturada, pois se trata de uma pesquisa descritiva. Também foram analisados quantitativamente, pois por se tratar de uma pesquisa de viabilidade econômica foi preciso ter dados em números para essa análise.

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4 ESTUDO APLICADO

Toda a pesquisa é um processo de construção de conhecimento, sendo assim:

Completando o ciclo, o pesquisador deverá registrar os resultados em um documento escrito que cubra as perguntas específicas identificadas, atenda aos objetivos, descreva a abordagem, a concepção da pesquisa, a coleta de dados e os procedimentos de análise de dados adotados e apresentes os resultados e principais conclusões (ZAMBERLAN et al., 2014, p. 167).

Esse estudo traz em um primeiro enfoque uma avaliação do mercado, feito através do Instrumento de coleta de dados em anexo, que faz uma sondagem na potencialidade do mercado em que se pretende atingir, verificando fatores como necessidade, tipo de produto ou serviço, preço, receptividade e demanda.

Posteriormente, com base nos dados colhidos, foi feito um levantamento dos valores necessários a serem investidos para a implantação do projeto, e as fontes de financiamento deles.

Dando sequência, a pesquisa apresenta projeções econômicas da atividade, em um determinado período de tempo e a avaliação da viabilidade da implantação do novo serviço e seu impacto nos fluxos de capitais na empresa estudada em comparação as atividades já desenvolvidas por ela.

Na próxima etapa, é feita uma avaliação do desempenho financeiro, representado pela ampliação do portfólio na empresa estudada, bem como o retorno do capital investido tanto em montante quanto em tempo necessário.

Para finalizar, são apresentadas as conclusões e fatores relevantes que o estudo obteve, e as recomendações para que o investimento que se pretende aplicar represente uma vantagem competitiva e ganho de mercado para a empresa.

4.1 ESTUDO DO MERCADO

Apesar de não ser o foco principal da pesquisa, o estudo de mercado, é muito importante para conhecer, o mercado onde pretende-se atuar, e da forma em que o instrumento de coleta de dados foi desenvolvido, pretende também observar o perfil dos consumidores quanto á preço e demanda, e a partir disso desenvolver o

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serviço de forma mais adequada para atingir a maior parte do nicho de mercado pretendido.

Através do processamento dos dados colhidos, pelo instrumento de coleta (Anexo), foi obtido um retorno de 96,56% dos questionários aplicados, uma taxa considerada excelente para o tratamento dos dados, e para a efetividade do estudo, no sentido de analisar o mercado onde se pretende atuar.

Na primeira pergunta do instrumento, onde se investiga sobre a necessidade de serviços de impressões ou cópias na atividade profissional do entrevistado, 96,43% acreditam ter essa necessidade. Percebeu-se uma atratividade grande para esse nicho de mercado, em relação ao serviço que se pretende desenvolver.

Figura 3: Pergunta 01: “Em sua atual atividade profissional existe demanda de impressões ou cópias de documentos?”

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Perguntando a média mensal de necessidade de impressões ou cópias, na segunda pergunta, 50% dos entrevistados dizem que utilizam de 100 a 300 páginas mensais, e 32,14% até 100 páginas mensais. Somando-se os dois índices, temos 82,14% dos entrevistados com necessidade de até 300 páginas ao mês, o que sugere a implantação de um serviço que atenda a pequenas demandas.

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Figura 4: Pergunta 02: “Qual sua demanda mensal de cópias ou impressões de documentos em sua atual atividade profissional?”

Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Em se tratando do gasto mensal em cópias e impressões, indagado pela terceira questão, 46,43% dos entrevistados relatam ter um gasto entre R$ 30,00 e R$ 60,00, e 32,14% dos entrevistados em até R$ 30,00. Ao somarem-se os dois índices, fica visível que 78, 56% não ultrapassam o valor de R$ 60,00, o que aponta para uma possível tomada de decisão quanto ao valor a ser cobrado se o serviço vier a ser implantado.

Figura 5: Pergunta 03: “Qual o valor aproximado gasto mensalmente com cópias ou impressões de documentos?”

Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Por meio da quarta questão, perguntou-se o entrevistado acredita ter á disposição um equipamento adequado a sua demanda de impressões ou cópias, onde 75% responderam que sim. Analisando esse resultado percebe-se que poderá haver certa resistência do mercado em substituir a forma com que realiza seus trabalhos de impressão e cópia.

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Figura 6: Pergunta 04: “Você considera ter a sua disposição um serviço adequado de impressão ou cópias de documentos?”

Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Com um índice de 78,57%, através da quinta pergunta, a maioria dos entrevistados teria interesse em um serviço de cópias ou impressões mais eficientes, onde pudesse pagar uma mensalidade, e não se preocuparia com suprimentos e assistência. Esse índice mostra que existe interesse do mercado por parte do serviço que se pretende implantar.

Figura 7: Pergunta 05: “Levando em consideração sua atividade profissional você teria interesse em um serviço em que pagasse uma mensalidade

e teria a disposição um equipamento eficiente para cópias e impressões inclusos assistência e suprimentos?”

Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Ao se perguntar, sobre o valor aproximado em que os entrevistados estariam dispostos a desembolsar pelo serviço em questão, a sexta pergunta obteve 53,57% optando por um valor de R$ 30,00 e 21,42% R$ 60,00. Percebe-se aqui que o valor

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em que a maioria dos entrevistados estão dispostos a pagar provavelmente tornaria praticamente inviável o negócio.

Figura 8: Pergunta 06: “Se sua resposta anterior foi ‘sim’ e considerando seus gastos atuais com impressões e cópias qual valor mais próximo

para que seja viável uma possível contratação desse serviço?”

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

A penúltima questão referente ao contratar o serviço se o entrevistado prefere um contrato de fidelidade e pagar uma mensalidade menor, onde 78,57% assinalaram essa alternativa, ao invés de pagar uma mensalidade maior e não ter plano de fidelidade. Esse resultado reflete que o custo desse tipo de serviço para os entrevistados é um fator decisivo para a contratação.

Figura 9: Pergunta 07: “Considerando a contratação do serviço de locação de impressoras à laser sua preferência seria”

Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Encerrando a entrevista, a próxima pergunta versa sobre o interesse dos entrevistados por outros tipos de serviços, relacionados ao mesmo ramo de atividade, onde o entrevistado podia assinalar mais de uma alternativa, caso fosse

Referências

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