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Sumário. Texto Integral. Tribunal da Relação de Évora Processo nº 652/04-3

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Tribunal da Relação de Évora Processo nº 652/04-3

Relator: CHAMBEL MOURISCO Sessão: 18 Maio 2004

Votação: UNANIMIDADE

Meio Processual: APELAÇÃO/AGRAVO SOCIAL

Decisão: NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO DE AGRAVO INTERPOSTO PELA R. ; APELAÇÕES IMPROCEDENTES.

RECONVENÇÃO CONTRATO COLECTIVO DE TRABALHO

TRANSPORTE RODOVIÁRIO PORTARIA DE EXTENSÃO

CATEGORIA PROFISSIONAL

Sumário

1. O art. 30º nº1 do CPT, ao utilizar a expressão “ facto jurídico que serve de fundamento à acção” adoptou um conceito restrito de causa de pedir,

exigindo-se que o facto jurídico concreto em que se fundamenta o pedido reconvencional seja o mesmo de onde emerge directa e imediatamente a pretensão deduzida pelo autor na acção.

2. O CCT celebrado entre a ANTROP e a FESTRU aplica-se por via da Portaria de Extensão, publicada no B.T.E. da 1ª série, n.º 40, de 29 de Outubro de 1990, às empresas que se dedicam à actividade económica relacionada com a indústria de transportes rodoviários em automóveis, pesados de passageiros, próprios ou fretados, em território nacional ou linhas internacionais, desde que o trabalhador em causa preste uma actividade correspondente ao exercício de uma profissão e categoria profissional prevista na convenção.

Chambel Mourisco

Texto Integral

Processo nº 652/04-3

(2)

Acordam na Secção Social do Tribunal da Relação de Évora:

A. ... intentou acção declarativa de condenação, com processo comum, emergente de contrato individual de trabalho contra, B. ..., pedindo a

condenação desta a pagar-lhe a quantia global de € 32 410,86, (já deduzida da quantia de € 968,60 referente ao aviso prévio em falta) sendo € 32 063,74, devidos por trabalho suplementar diurno e nocturno, trabalho nocturno e trabalho prestado em dias feriados e em dia de descanso obrigatório ou complementar, no período de 1 de Abril de 1998 e 5 de Agosto de 2002 e € 1 314,86, referente a proporcional de subsídio de Natal de 2002 ( € 450,98 ), oito dias de vencimento de Agosto de 2002 ( € 206,16 ), subsídio de férias proporcional ao trabalho prestado no ano de 2002 ( € 334,00 ) e férias não gozadas referentes ao trabalho prestado em 2002 ( € 323,72 ).

Para o efeito alegou em síntese:

Foi trabalhador da R. desde 1 de Abril de 1998 a 5 de Agosto de 2002, período durante o qual desempenhou para a Ré, sob a sua autoridade, direcção e

fiscalização, as funções de “ motorista de passageiros”;

A relação laboral existente entre A. e R. era regulada, para além da Lei Geral, pelo Contrato Colectivo de Trabalho subscrito entre a ANTROP - Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros e o

Sindicato Nacional dos Motoristas, actual FESTRU - Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos e outros, publicado no B.T.E. n° 15 de 22/04/89 ;

Mesmo que a R. não seja filiada na ANTROP, o certo é que nos termos do art.

9° do Dec. Lei n º 519-01/79, o âmbito de aplicação do referido Contrato Colectivo de Trabalho é alargado a contratos celebrados entre entidades

patronais, como a Ré, do mesmo sector de actividade em termos económicos e sociais, e trabalhadores ao seu serviço cuja profissão seja a mesma ou análoga às estabelecidas no referido C.C.T.;

Efectivamente, a Ré é uma empresa comercial cuja actividade principal

consiste em transportes rodoviários, e o ora Autor exercia funções referente a uma categoria prevista no referenciado C.C.T. ;

Acontece que, no âmbito do exercício da sua profissão recebia ordens e

orientações da Ré e, estando devidamente habilitado para o efeito, tinha a seu cargo a condução de veículos automóveis pesados de passageiros , o que devia fazer tanto no interior do país como fora dele, em circuitos urbanos

programados ou em sistema de excursão, competindo-lhe ainda zelar pelo bom funcionamento, conservação e limpeza da viatura, procedendo

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designadamente à verificação directa dos níveis de óleo, água e combustível, assim bem como verificar o estado e a pressão dos pneumáticos e, em caso de avaria ou acidente , tomar as providências necessárias e adequadas junto das entidades competentes;

Dadas as características da sua actividade profissional, o Autor não estava sujeito a um horário diário rígido, trabalhando frequentemente mais do que 8 horas diárias e as 40 horas semanais, em dias úteis, feriados e dias de folga e em horário diurno e nocturno;

O trabalho suplementar referido foi sempre feito por ordem da Ré e no

interesse desta, pelo que o seu pagamento é-lhe devido, o que reclama , quer em regime diurno quer em regime nocturno quer ainda em dia de feriado ou de descanso.

A R. contestou a acção e deduziu pedido reconvencional.

Na sua contestação, a R. questiona a aplicabilidade do contrato colectivo de trabalho celebrado entre a Antrop e a Festru à relação laboral existente entre si e o A..

Acrescenta ainda, que as ajudas de custo pagas ao A., não se destinavam

apenas a cobrir despesas com alimentação e alojamento, mas também todos os montantes que lhe eram devidos mensalmente a título de trabalho

suplementar e trabalho nocturno e que esses montantes foram integralmente pagos no mês respectivo, constando do respectivo recibo de vencimento sob a rubrica “ ajudas de custo”, nada mais tendo o A. a auferir a esse título.

A R. deduziu um pedido reconvencional pedindo a condenação do A. no montante de € 60.000, por este não ter efectuado o seu trabalho com zelo e diligência, o que motivou uma queixa formal por parte de uma das principais clientes da R., a empresa H. ..., que recusou aceitar qualquer serviço prestado pela R. que tivesse o A. como motorista e ainda deixou, a partir de 8 de Julho de 2002, de solicitar serviços de excursões à R..

A R. deduziu ainda um pedido contra o A. de litigância de má fé.

O A. contestou os pedidos reconvencional e de litigância de má fé.

Foi proferido despacho a indeferir liminarmente o pedido reconvencional com o fundamento de que este pedido não emerge do facto concreto que serve de fundamento à pretensão do A.

Procedeu-se a julgamento tendo sido proferida sentença que decidiu, julgar a acção parcialmente procedente e, em consequência, condenar a R. a pagar ao A.:

4.1.- A quantia de € 4 815,50 , a título de remuneração pela prestação de trabalho em regime de isenção de horário de Trabalho, à qual se descontará

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as quantias que ao A. a R. lhe pagou ( das referidas em 2.14. ) , sob a rubrica de ajudas de custo, mas que se destinaram a ressarcir o A. do trabalho

suplementar prestado em dias normais de trabalho, o que tudo se liquidará em sede de execução de sentença;

4.2. - A quantia que lhe é devida a título de trabalho suplementar prestado de 7 de Julho de 1998 a 5 de Agosto de 2002, nos dias de descanso semanal, nos feriados obrigatórios e nos dias e meios dias de descanso e a título de trabalho nocturno prestado no mesmo período, deduzida das quantias que a Ré lhe pagou referidas em 2.14., precisamente a título de trabalho suplementar prestado de 7 de Julho de 1998 a 5 de Agosto de 2002 nos dias de descanso semanal, nos feriados obrigatórios e nos dias e meios dias de descanso e a título de trabalho nocturno prestado no mesmo período, o que tudo deverá ser liquidado em sede de execução de sentença ;

4.3.- A quantia de € 346,86, referente a proporcional de subsídio de Natal de 2002 ( € 450,98 ), 8 dias de vencimento de Agosto de 2002 ( € 206,16 ), subsídio de férias proporcional ao trabalho prestado no ano de 2002 ( € 334,00 ) e férias não gozadas referentes ao trabalho prestado em 2002 ( € 323,72 ), operada a compensação com o crédito da Ré de € 968,60, referente à falta de aviso prévio;

Inconformados com a sentença A. e R. apresentaram recursos de apelação.

A R., nas suas conclusões, não referiu se mantinha interesse na subida do recurso de agravo retido.

Foi convidada para o efeito, nos termos do art. 748º nº2 do CPC, tendo declarado que mantém interesse no agravo.

A R., formulou, em síntese, as seguintes conclusões no recurso de agravo:

1. O A. peticiona o pagamento de determinados montantes alegadamente a título de trabalho suplementar, proporcionais de férias, subsídio de férias e subsídio de Natal, bem como oito dias do vencimento de Agosto de 2002;

2. Assim, a causa de pedir é o próprio contrato de trabalho celebrado entre as partes;

3. Com o pedido reconvencional, a R. pretende obter uma indemnização

correspondente aos danos directamente sofridos em virtude da conduta do A.

filiando-se tal pedido indemnizatório no incumprimento dos deveres referidos no art. 20º al. a) e b) da LCT, o que significa que a causa de pedir desse pedido é também o contrato de trabalho, fonte daquele dever ;

4. Pelo que se conclui pela admissibilidade da reconvenção deduzida nos presentes autos ao abrigo do preceituado no art. 30º da LCT, devendo, em conformidade, ser o presente recurso considerado procedente.

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O A., oportunamente, respondeu ao recurso de agravo, tendo concluído em síntese:

1. O pedido do A. não assenta na existência de um contrato de trabalho entre A. e R., mas sim na existência de uma prestação de trabalho suplementar durante a relação laboral que não se encontra paga;

2. O pedido reconvencional da R. não emerge do mesmo facto concreto que serve de fundamento à pretensão do A., pelo que não deve ser admitido, devendo manter-se o despacho recorrido.

Nas suas alegações, do recurso de apelação, o A., formulou as seguintes conclusões:

1. Existem contradições entre a parte decisória da sentença e a matéria de facto dada como provada;

2. Ficou provado que nos recibos mensais dos vencimentos do A. sempre as rubricas de quantias devidas a título de “ ajudas de custo” se destinavam a pagar trabalho suplementar, trabalho prestado nos dias de descanso semanal, feriados obrigatórios e dias e meios dias de descanso bem como trabalho nocturno e ressarcimento de despesas suportadas pelo A. em refeições e “ dormidas”, não discriminando no entanto aquelas que eram efectivamente pagas ao A. a título de trabalho suplementar, trabalho prestado em dia de descanso e trabalho nocturno e aquelas que eram pagas para ressarcimento de despesas suportadas pelo A. em refeições e deslocações e tudo segundo uma fórmula de cálculo que a R. entendia ser a correcta.

3. No entanto, quando o Mmº Juiz “ a quo” ordena que aos pagamentos que a R. deve efectuar ao A. deverá igualmente ser feita a dedução das quantias que lhe foram pagas sob a rubrica “ ajudas de custo” e referidas em 2.14, não considerou na íntegra o já dado como assente em 2.10 e 2.11, porquanto tais “ ajudas de custo” não só se destinavam a ressarcir o A. do trabalho

suplementar prestado em dias normais de trabalho, como pagavam também refeições e deslocações e ainda trabalho suplementar e trabalho nocturno prestado.

4. As “ ajudas de custo” apesar de serem processadas em montante global, destinavam-se a pagar situações distintas entre si nomeadamente trabalho “ suplementar”, trabalho prestado em dia de descanso, trabalho nocturno e ressarcimento de despesas suportadas pelo A. em refeições e dormidas.

5. Assim sendo, como na realidade o é, nunca poderia ter sido decidido nos exactos termos em que foi relativamente ao quantum dos montantes que deverão ser deduzidos ao valor que o A. tem a receber quer a título de remuneração pela prestação de trabalho em regime de isenção de facto de

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horário de trabalho – pág 812 da sentença -, quer a título de trabalho

suplementar prestado de 7 de Julho de 1998 a 5 de Agosto de 2002 e ainda trabalho prestado nos dias de descanso semanal, feriados obrigatórios e dias e meios dias de descanso bem como trabalho nocturno- pág 814 da sentença.

6. Considera pois o A. ora recorrente que há que fazer a devida correcção quanto ao montante dos valores que por lhe terem sido já pagos pela R., ainda que sob a designação de “ajudas de custo”, deverão ser deduzidos os valores em que esta foi condenada a pagar-lhe.

Por seu turno, a R., nas suas alegações, do recurso de apelação, formulou as seguintes conclusões:

1. A portaria de extensão mencionada só poderá ser aplicável às entidades patronais não inscritas na ANTROP quando estas exerçam a actividade económica por aquela abrangida;

2. Embora a designação da associação patronal se reporte, em termos

generalista, aos transportadores rodoviários de passageiros, o art.3º, nº1 dos respectivos estatutos estipula que a mesma apenas abrangerá as pessoas individuais e colectivas que “ explorem a indústria de transportes públicos rodoviários em automóveis pesados de passageiros, próprios ou fretados e, dentro destes, segundo entendimento da ANTROP, aqueles que assegurem transportes regulares de passageiros, ou seja, o transporte de passageiros segundo itinerário, frequência, horário e tarifas predeterminadas e em que podem ser largados e tomados passageiros em paragens previamente estabelecidas;

3. A ANTROP exclui expressamente do núcleo dos seus associados todas aquelas entidades que não têm carreiras regulares e que apenas efectuem serviços ocasionais de transporte tal como definidos pelo DL nº 3/2001, de 10 de Janeiro, com uma estreita ligação ao sector do turismo, ao contrário do que sucede com a actividade económica desenvolvida pelos associados daquela!

4. É o facto de estarmos perante áreas de actividade económica

completamente distintas e não assimiláveis que justifica a diferença entre os requisitos necessários ao exercício de uma e outra actividade e que justifica que a realização de serviços regulares seja regida por regras de acesso e organização do mercado previstas por legislação especial;

5. Ainda que a Recorrente pretendesse associar-se à ANTROP, tal não lhe seria permitido, na medida em que não se encontra preenchida uma das condições necessárias para esse efeito – o exercício da mesma actividade económica:

prestação de serviço de transporte público através da realização de carreiras regulares!!

6. A prestação de serviços ocasionais de transporte de passageiros difere da

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prestação de serviço regular público em variadíssimos aspectos,

designadamente, no que respeita ao horário e tipo de contratação – enquanto os serviços regulares compreendem horários fixos de trabalho, a prestação de serviço ocasional apresenta oscilações determinantes, já que se encontra directamente dependente do serviço estipulado/contratado dia a dia com as agências de viagens!!

7. Atendendo às especificidades suscitadas por um tipo de transporte

intimamente relacionado e dependente da actividade turística, com oscilações ditadas pelas próprias oscilações da actividade das agências de viagens e operadores turísticos em geral, as condições estabelecidas na CCT., não

poderão ser estendidas às relações contratuais existentes entre a Recorrente e recorrido mediante a portaria de extensão em causa, por ferir todos os

pressupostos subjacentes e princípios basilares da sua aplicação.

8. Não estamos perante a mesma actividade económica: uma coisa é a exploração de uma carreira regular de transporte de passageiros e outra completamente distinta é a exploração de serviços ocasionais, através do transporte de grupos pré-determinados e sempre variáveis, consoante prévia solicitação das agências de viagens e directamente dependente da actividade destas.

9. A especificidade denotada implicaria que a portaria de extensão, caso se tivesse pretendido aplicar aos serviços ocasionais, o teria de ter referido expressamente. Não o tendo feito, aplica-se, em toda a sua plenitude, o sobejamente proclamado princípio da filiação previsto no art. 7º da LRCT!!

10. O argumento apresentado para justificar a referida extensão da portaria segundo o qual existiria “ vantagem em uniformizar, na medida do possível, as condições de trabalho do sector de actividade em causa”, não poderá colher, pois não existe a mínima coincidência sectorial que possa levar a uma real vantagem de uniformização;

11. Cai assim por terra a tão afincada certeza que a douta decisão recorrida fomentou ao entender encontrar-se verificada a primeira condição de

aplicabilidade da portaria de extensão: o exercício por parte da Recorrente de actividade na área e no âmbito sectorial previsto na convenção em apreço.

O A. respondeu ao recurso da R. pugnando pela aplicação do CCT subscrito entre a ANTROP e a FESTRU à relação laboral que existia entre si e a R..

Por seu turno a R. também respondeu ao recurso do A., defendendo que o mesmo deve ser rejeitado ou, caso assim não se entenda, deverá ser negado provimento ao mesmo.

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O Mmº Juiz, manteve a decisão que foi alvo do recurso de agravo.

Neste Tribunal, os autos foram com vista ao Ex.mo Procurador- geral adjunto e aos Ex.mos Juízes-adjuntos.

Delimitado o objecto dos recursos pelas conclusões da recorrente temos que as questões a decidir são as seguintes:

A) Referentes ao agravo:

Saber se deve ser admitido o pedido reconvencional.

B) Referentes às apelações:

1. Saber se a sentença recorrida enferma de contradições entre a sua parte decisória e a matéria de facto dada como provada;

2. Determinar se à relação laboral que ligava o A. à R. é aplicável o CCT subscrito entre a ANTROP e a FESTRU, por via da portaria de extensão publicada no B.T.E., 1ª série, n.º 40, de 29 de Outubro de 1990.

Na sentença recorrida foram consignados como provados os seguintes factos:

2.1. - O autor foi admitido ao serviço da Ré , através da celebração de um contrato intitulado “ contrato de trabalho a termo certo “ de 7 (sete) meses, com inicio em 01 de Abril de 1998 e término em 31 de Outubro de 1998, para , sob a sua autoridade, direcção e fiscalização , desempenhar as funções de "

motorista de passageiros " ;

2.2. – A Ré é uma empresa comercial que não se dedica ao exercício de serviços regulares de transporte de passageiros, estando a sua actividade direccionada tão só para a prestação de serviços de transporte de passageiros em função de contratos que celebra com empresas e agências de turismo, prestando assim essencialmente serviços ocasionais e que variam em função dos contratos que vai celebrando com as empresas atrás referidas ;

2.3. - À data da contratação ficou acordado que o Autor iria auferir da Ré o vencimento base mensal de € 463,88 , a que acresciam “ ajudas de custo “ para pagamento de despesas do autor relacionadas com a sua alimentação e alojamento, quando em serviço quer no continente quer no estrangeiro ; 2.4. - No âmbito do exercício da sua profissão o Autor recebia ordens e

orientações da Ré e , estando devidamente habilitado para o efeito, tinha a seu cargo a condução de veículos automóveis pesados de passageiros , o que devia fazer tanto no interior do país como fora dele, em circuitos urbanos

programados ou em sistema de excursão, competindo-lhe ainda zelar pelo bom funcionamento, conservação e limpeza da viatura, procedendo

designadamente à verificação directa dos níveis de óleo, água e combustível,

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assim como verificar o estado e a pressão dos pneumáticos e, em caso de avaria ou acidente , tomar as providências necessárias e adequadas junto das entidades competentes ;

2.6.- Dadas as características da actividade da Ré , o Autor no desempenho da sua profissão de motorista não estava sujeito à observância de um qualquer horário de trabalho diário, que não existia , sendo que , com frequência , só no dia anterior a Ré instruía verbalmente o autor, via rádio ou telefone , sobre quais os serviços de transportes que lhe estavam destinados para o dia

seguinte , designadamente a que locais deveria dirigir-se ( hotéis , aeroportos, etc. ) , a que horas deveria “ pegar “ determinados passageiros / turistas, e a que horas os deveria levar a determinados lugares ;

2.7. – Na sequência do referido em 2.6., desde 7 de Julho de 1998 a 5 de Agosto de 2002, inclusive, que era “ prática “ frequente o autor estar ao serviço da Ré e efectuar “ serviços “ de transporte de passageiros

programados e exigidos pela Ré que implicavam a prestação pelo autor de períodos de trabalho diário de duração superior a 8 horas e a 40 horas

semanais, prestando o autor, ainda , trabalho para a Ré em períodos situados entre as 20 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte ;

2.8. - Na sequência do referido em 2.6., desde 7 de Julho de 1998 a 5 de

Agosto de 2002, que era ainda “ prática “ frequente o autor estar ao serviço da Ré e desempenhar “ serviços “ de transporte de passageiros programados e exigidos pela Ré que implicavam a prestação pelo autor de períodos de trabalho diário em dias feriados e em dias de folga ;

2.9. - No exercício da sua actividade e em função do referido em 2.6. , 2.7. e 2.8. , o Autor diariamente preenchia uma " Folha de Ponto “ do trabalho prestado no Dia , fornecido pela Ré , folha cujo original posteriormente entregava nos escritórios da Ré, mantendo em seu poder o respectivo duplicado ;

2.10 – A Ré , mensalmente, após análise das “ folhas de ponto “ referidas em 2.9., juntamente com a análise dos discos dos tacógrafos dos veículos

conduzidos pelo autor e análise de contratos e outros documentos

relacionados com as escalas de serviço a cujo cumprimento sujeitava o autor , procedia a um cálculo computorizado das quantias que entendia serem

mensalmente devidas ao autor a título de trabalho “ suplementar “ prestado , trabalho nocturno prestado e ressarcimento de despesas suportadas pelo autor em refeições e “ dormidas “ ;

2.11. – Posteriormente, a Ré pagava mensalmente ao autor as quantias apuradas e referidas em 2.10., mas incluía-as nos recibos mensais dos

vencimentos sempre nas rubricas de quantias devidas a título de “ ajudas de custo”, não descriminando aquelas que eram efectivamente pagas ao autor

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título de trabalho “ suplementar “ e nocturno prestado e aquelas que eram pagas para ressarcimento de despesas suportadas pelo autor em refeições e deslocações;

2.12. - Em 08 de Agosto de 2002 o autor rescindiu o contrato de trabalho que o vinculava à Ré , não concedendo a totalidade do aviso prévio legal, estando em falta 58 (cinquenta e oito) dias ;

2.13. – O autor, a título de retribuição base, auferiu nos anos de 1998 a Agosto de 2002 as seguintes quantias mensais :

- 1998 - € 463,00 - 1999 - € 463,00 - 2000 - € 486,32 - 2001 - € 486,32

- 2002 – ( até Março ) - € 486,32

- 2002 – ( de Abril a Agosto ) - € 501,00 .

2.14.- O autor, sob a rubrica de “ ajudas de custo “ aposta nos respectivos recibos mensais auferiu da ré as seguintes quantias :

- Em Abril de 1998 = € 194,03 ; - Em Maio de 1998 = € 603,55 ; - Em Junho de 1998 = € 516,26 ; - Em Julho de 1998 = € 625,49 ; - Em Agosto de 1998 = € 558,65 ; - Em Setembro de 1998 = € 690,34 ; - Em Outubro de 1998 = € 705,90 ; - Em Novembro de 1998 = € 498,25 ; - Em Dezembro de 1998 = € 264,46 ; - Em Janeiro de 1999 = € 213,69 ; - Em Fevereiro de 1999 = € 213,69 ; - Em Março de 1999 = € 181,75 ; - Em Abril de 1999 = € 543,38 ; - Em Maio de 1999 = € 744,15 ; - Em Junho de 1999 = € 690,93 ; - Em Julho de 1999 = € 702,90 ; - Em Agosto de 1999 = € 579,44 ; - Em Setembro de 1999 = € 709,97 ; - Em Outubro de 1999 = € 589,67 ; - Em Novembro de 1999 = € 399,38 ; - Em Dezembro de 1999 = € 475,78 ; - Em Janeiro de 2000 = € 173,00 ; - Em Fevereiro de 2000 = € 173,00 ; - Em Março de 2000 = € 173,00 ;

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- Em Abril de 2000 = € 497,96 ; - Em Maio de 2000 = € 620,17 ; - Em Junho de 2000 = € 643,61 ; - Em Julho de 2000 = € 709,45 ; - Em Agosto de 2000 = € 678,79 ; - Em Setembro de 2000 = € 971,74 ; - Em Outubro de 2000 = € 556,07 ; - Em Novembro de 2000 = € 617,41 ; - Em Dezembro de 2000 = € 734,91 ; - Em Janeiro de 2001 = € 260,04 ; - Em Fevereiro de 2001 = € 173,00 ; - Em Março de 2001 = € 402,94 ; - Em Abril de 2001 = € 556,67 ; - Em Maio de 2001 = € 584,10 ; - Em Junho de 2001 = € 531,73 ; - Em Julho de 2001 = € 717,71 ; - Em Agosto de 2001 = € 940,71 ; - Em Setembro de 2001 = € 664,00 ; - Em Outubro de 2001 = € 697,42 ; - Em Novembro de 2001 = € 757,89 ; - Em Dezembro de 2001 = € 337,78 ; - Em Janeiro de 2002 = € 187,15 ; - Em Fevereiro de 2002 = € 246,54 ; - Em Março de 2002 = € 227,05 ; - Em Abril de 2002 = € 580,30 ; - Em Maio de 2002 = € 555,80 ; - Em Junho de 2002 = € 655,40 ; - Em Julho de 2002 = € 991,50 ;

2.15.- Em 30 de Julho de 2002 a Ré elaborou e remeteu ao autor o documento intitulado “ nota de culpa “ que consta dos autos a fls. 693 a 694 e cujo teor aqui se dá por inteiramente reproduzido , tendo o autor tido conhecimento do mesma a 31 de Julho de 2002 ;

2.16. – A Ré não pagou ao autor a quantia total de € 1.314,86, referente a proporcional de subsídio de Natal de 2002 (€ 450,98 ) , 8 dias de vencimento de Agosto de 2002 ( € 206,16 ), subsídio de férias proporcional ao trabalho prestado no ano de 2002 ( € 334,00 ) e férias não gozadas referentes ao trabalho prestado em 2002 ( € 323,72 ) ;

2.17.- O autor , ao longo da vigência do seu vínculo laboral, não olvidava que a Ré, nos seus recibos de vencimento e sob as rubricas de “ ajudas de custo “ , incluía montantes que lhe eram devidos e pagos a título de trabalho “

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suplementar e trabalho nocturno prestado “ ;.

2.18.- Na sequência do referido em 2.4. a 2.9. , não raro o autor utilizava o veículo da Ré que conduzia em serviço como meio de “ transporte “ para se deslocar para a sua residência e desta directamente para os locais onde deveria “ tomar “ e encaminhar os “ turistas “ na realização das tarefas que a Ré lhe havia destinado por telefone, havendo dias que não se deslocava sequer a quaisquer instalações ou “ serviços “ da Ré .

Feita esta enumeração, e delimitado como está o objecto do recurso pelas conclusões das alegações do recorrente, passaremos a apreciar as questões a decidir.

A) Referentes ao agravo:

Saber se o pedido reconvencional deve ser admitido.

O art. 30º nº1 do CPT, dispõe que a reconvenção é admissível quando o pedido do réu emerge do facto jurídico que serve de fundamento à acção e no caso referido na alínea p) do art. 85.º da Lei nº3/99, de 13/1, desde que, em qualquer dos casos, o valor da causa exceda a alçada do tribunal.

Assim, e no que diz respeito a requisitos de natureza objectiva exige-se:

- que o pedido do réu provenha do facto jurídico que serve de fundamento à acção;

- que o réu se proponha com o pedido obter a compensação;

- que o pedido do réu esteja relacionado com o pedido do autor por acessoriedade, complementaridade ou dependência.

No presente recurso de agravo o que se discute é se o pedido reconvencional deduzido pela R. emerge do mesmo facto jurídico que serve de fundamento à acção.

Confrontando a redacção do citado art. 30º do CPT com o nº2 al. a) do art.

274º do CPC pode concluir-se que no direito processual laboral a reconvenção é possível quando o pedido do réu diga respeito ao acto ou facto que serve de fundamento à acção, mas não diga respeito a acto ou facto que serve de

fundamento à defesa.

No caso concreto dos autos o A. fundamenta o seu pedido na existência de um contrato de trabalho entre si e a R. e na falta de pagamento por parte desta de:

- Trabalho suplementar diurno e nocturno;

- Trabalho nocturno e trabalho prestado em dias feriados e em dia de descanso obrigatório ou complementar;

- Proporcional de subsídio de Natal de 2002;

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- Oito dias de vencimento de Agosto de 2002;

- Subsídio de férias proporcional ao trabalho prestado no ano de 2002;

- Férias não gozadas referentes ao trabalho prestado em 2002.

Por seu turno o pedido reconvencional deduzido pela R. tem por fundamento a violação por parte do A. de deveres de zelo e diligência a que estava obrigado em virtude do contrato de trabalho que o ligava à R..

Embora a existência de um contrato de trabalho entre o A. e a R. seja a génese dos pedidos do A. e da R. o fundamento dos referidos pedidos é diverso.

Enquanto o pedido do A. se baseia fundamentalmente na falta de pagamento de retribuições, o pedido da R. escora-se na violação dos deveres de zelo e diligência a que o A. estava obrigado.

A discussão em audiência dos fundamentos do pedido do A. nada tem a ver com a discussão dos fundamentos da reconvenção.

O tribunal nada aproveita da discussão dos fundamentos da acção para a discussão dos fundamentos da reconvenção.

Admitir um pedido reconvencional nestes moldes seria permitir entraves ao normal andamento do processo, obrigando o tribunal a despender uma maior actividade no julgamento da acção.

Não nos parece que tenha sido essa a perspectiva do legislador que, a nosso ver, ao utilizar a expressão “ facto jurídico que serve de fundamento à acção”

adoptou um conceito restrito de causa de pedir, exigindo-se que o facto jurídico concreto em que se fundamenta o pedido reconvencional seja o mesmo de onde emerge directa e imediatamente a pretensão deduzida pelo autor na acção.

Assim, bem andou o tribunal recorrido ao indeferir liminarmente o pedido reconvencional deduzido pela R..

B) Referentes à apelação:

1. Saber se a sentença recorrida enferma de contradições entre a sua parte decisória e a matéria de facto dada como provada;

Nas suas conclusões o A. sustenta que quando o Mmº Juiz “ a quo” ordena que aos pagamentos que a R. deve efectuar ao A. deverá igualmente ser feita a dedução das quantias que lhe foram pagas sob a rubrica “ ajudas de custo” e referidas em 2.14, não considerou na íntegra o já dado como assente em 2.10 e 2.11, porquanto tais “ ajudas de custo” não só se destinavam a ressarcir o A.

do trabalho suplementar prestado em dias normais de trabalho, como pagavam também refeições e deslocações e ainda trabalho suplementar e trabalho nocturno prestado.

Basta ler a decisão recorrida para se concluir que não existe qualquer contradição.

(14)

Vejamos a parte decisória da sentença na parte que interessa à situação:

... julgar a acção parcialmente procedente e, em consequência, condenar a R.

a pagar ao A.:

4.1.- A quantia de € 4 815,50 , a título de remuneração pela prestação de trabalho em regime de isenção de horário de Trabalho, à qual se descontará as quantias que ao A. a R. lhe pagou ( das referidas em 2.14. ) , sob a rubrica de ajudas de custo, mas que se destinaram a ressarcir o A. do trabalho

suplementar prestado em dias normais de trabalho, o que tudo se liquidará em sede de execução de sentença;

4.2. - A quantia que lhe é devida a título de trabalho suplementar prestado de 7 de Julho de 1998 a 5 de Agosto de 2002, nos dias de descanso semanal, nos feriados obrigatórios e nos dias e meios dias de descanso e a título de trabalho nocturno prestado no mesmo período, deduzida das quantias que a Ré lhe pagou referidas em 2.14., precisamente a título de trabalho suplementar prestado de 7 de Julho de 1998 a 5 de Agosto de 2002 nos dias de descanso semanal, nos feriados obrigatórios e nos dias e meios dias de descanso e a título de trabalho nocturno prestado no mesmo período, o que tudo deverá ser liquidado em sede de execução de sentença ;

Lendo atentamente a sentença temos de concluir que na parte decisória só se ordena o desconto das quantias que o A. recebeu da R., integradas na rubrica

“ ajudas de custo”, que se destinaram a pagar o trabalho suplementar prestado em dias normais de trabalho e trabalho suplementar prestado nos dias de descanso semanal, nos feriados obrigatórios e nos dias e meios dias de descanso e a título de trabalho nocturno.

Na sentença recorrida e nomeadamente na sua parte decisória não consta que devam ser descontadas as quantias pagas pela R. ao A., também integradas na rubrica “ ajudas de custo”, destinadas ao ressarcimento de despesas

suportadas pelo A. em refeições e dormidas.

Assim, não se compreendem minimamente os receios do A. plasmados nas conclusões da sua apelação.

A sentença e a sua parte decisória apresentam um raciocínio bem claro isento de qualquer contradição, pelo que a apelação do A. tem de improceder.

2. Determinar se à relação laboral que ligava o A. à R. é aplicável o CCT subscrito entre a ANTROP e a FESTRU, por via da portaria de extensão publicada no B.T.E., 1ª série, n.º 40, de 29 de Outubro de 1990.

Foi publicada no B.T.E. da 1ª série, n.º 40, de 29 de Outubro de 1990, Portaria de extensão, da qual resulta expressamente que as condições de trabalho

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constantes do CCT celebrado entre a ANTROP - Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros e a FESTRU -

Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos e outros são tornadas extensivas:

a) Às relações de trabalho entre todas as entidades patronais não filiadas na associação patronal outorgante que no Continente exerçam a actividade económica por aquela abrangida e aos trabalhadores ao serviço das mesmas, das profissões e categorias profissionais previstas, filiados nas associações sindicais signatárias ;

b) Às relações de trabalho entre todas as entidades patronais inscritas ou não na associação patronal signatária que no continente exerçam a actividade económica por aquela abrangida e aos trabalhadores ao serviço das mesmas, das profissões e categorias profissionais previstas , não filiados nas

associações sindicais signatárias .

Para justificar a referida extensão menciona-se no respectivo preâmbulo a vantagem em uniformizar , na medida do possível , as condições de trabalho do sector de actividade em causa.

São duas as condições que se devem verificar para que se possa aplicar o CCT celebrada entre a ANTROP e a FESTRU à relação de trabalho existente entre o A. e a R.:

1ª. Exercer a R. a sua actividade na área e no âmbito sectorial previsto na convenção em apreço, ou seja , dedicar-se à actividade económica relacionada com a indústria de transportes rodoviários em automóveis, pesados de

passageiros, próprios ou fretados, em território nacional ou linhas internacionais;

2ª. Prestar o A. a sua actividade correspondente ao exercício de uma profissão e categoria profissional prevista na convenção.

Quanto à primeira condição temos de ter presente a factualidade dada como provada constante dos pontos 2.2 e 2.4 da matéria de facto.

Face a tal factualidade temos de concluir que a referida condição se verifica pois a R. é uma empresa comercial que se dedica à prestação de serviços de transporte de passageiros em função de contratos que celebra com empresas e agências de turismo, dispondo para o efeito de veículos automóveis pesados de passageiros.

Embora a R. não se dedique ao exercício de serviços regulares de transporte de passageiros a sua actividade está relacionada com a indústria de

transportes rodoviários em automóveis, pesados de passageiros, próprios ou fretados e em território nacional.

O facto de a R. desenvolver uma actividade que se pode designar de transporte de passageiros ocasional não impede de forma alguma que se

(16)

considere que essa actividade se insere na área e no âmbito sectorial previsto na convenção colectiva em apreço.

Na verdade, a actividade económica desenvolvida pela R. consiste

precisamente na indústria de transportes rodoviários em automóveis pesados de passageiros

Quanto à segunda condição, temos de ter presente o ponto 2.4 da matéria de facto.

Ficou provado que o A. no âmbito da actividade profissional que desenvolvia para a R. e estando devidamente habilitado para o efeito, tinha a seu cargo a actividade de condução de veículos automóveis pesados de passageiros, o que devia fazer tanto no interior do país como fora dele, em circuitos urbanos programados ou em sistema de excursão, competindo-lhe ainda zelar pelo bom funcionamento, conservação e limpeza da viatura, procedendo

designadamente à verificação directa dos níveis de óleo, água e combustível, assim como verificar o estado e a pressão dos pneumáticos e, em caso de avaria ou acidente, tomar as providências necessárias e adequadas junto das entidades competentes.

As funções descritas enquadram-se na categoria profissional de “ motorista de pesados” tal com está definido no Anexo I, do CCT a que se vem fazendo

alusão.

Estão assim preenchidas as duas condições exigidas para que se possa aplicar o CCT celebrado entre a ANTROP e a FESTRU à relação de trabalho existente entre o A. e a R., pelo que a sentença recorrida não merece qualquer censura, devendo ser mantida.

Pelo exposto, nesta secção social do Tribunal da Relação de Évora, acorda-se em:

1. Negar provimento ao recurso de agravo interposto pela R.;

2. Julgar improcedentes os recursos de apelação interpostos pela R. e pelo A..

Custas do recurso de agravo a cargo da R...

Custas dos recursos de apelação a cargo do A. e da R..

( Processado e revisto pelo relator que assina e rubrica as restantes folhas).

Évora, 2004/5/18 Chambel Mourisco Gonçalves Rocha Baptista Coelho

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