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NOÇÕES DE BIBLIOLOGIA

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Academic year: 2022

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SÉRIE ESTUDOS BÍBLICOS Nº 1

NOÇÕES DE BIBLIOLOGIA

Pr. Paulo Melo

“Toda escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja

perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17).

BARCARENA-PARÁ

2013

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2 Introdução

Imagine você escrevendo um livro... Daqui a 500 anos uma outra pessoa escreve outro livro... e uma outra escreve outro livro após 1500 anos!!! Imagine agora que esses três livros serão reunidos todos em um único livro.

Imagine que as pessoas que escreveram são muito diferentes entre si: suas culturas, idades, personalidades e realidades... Como você imagina que seria o texto? Teria sentido?

Por mais incrível que pareça foi exatamente isto o que aconteceu na Bíblia.

A Bíblia representa esse tipo de milagre: aproximadamente 40 autores, num período de 1600 anos, compondo e registrando a revelação de Deus aos homens e mulheres, uma história que se lê com propósito e continuidade do começo ao fim e que tem poder para transformar a nossa vida.

Na disciplina Bibliologia ou Introdução Bíblica você vai estudar a história da Bíblia Sagrada, sua composição, estrutura, inspiração; seus autores, defensores e críticos; e principalmente sua validade enquanto fonte de verdade, ou seja, como a revelação divina à humanidade.

Bons estudos!

Conceitos e Definições

Iniciaremos nossa discussão trazendo alguns conceitos e definições da disciplina Bibliologia a partir do ponto de vista de autores especialistas nessa área de estudo no campo teológico.

“Bibliologia (de biblos e logos) examina as Escrituras para ver se essas crenças a respeito da Bíblia são verdadeiras” (Thiessen).

“Bibliologia é a doutrina sobre a revelação de Deus nas Escrituras do Velho e do Novo Testamentos. É este um assunto da máxima importância para nós” (Clark).

“Bibliologia ou Introdução Bíblica é o estudo introdutório das Sagradas Escrituras, para sua melhor compreensão por parte do leitor. É também chamado Isagoge nos estudos superiores de teologia” (Antônio Gilberto).

Principais assuntos estudados em Bibliologia

A Bibliologia estuda a Bíblia sob os seguintes aspectos, de acordo com Antônio Gilberto:

Observações gerais sobre sua leitura e estudo;

Sua estrutura, considerando sua divisão, classificação de livros, capítulos, versículos, particularidades e tema central;

A Bíblia considerada como o Livro Divino, ou seja, como a Palavra de Deus escrita;

O Cânon sagrado: sua formação e transmissão até nós;

A preservação e a tradução do texto da Bíblia, abordando as línguas originais e os manuscritos bíblicos;

Inclui ainda dados gerais sobre a história da Bíblia, inclusive o Período Interbíblico ou Intertestamentário e de outros auxílios para o estudo bíblico como geografia bíblica, usos e costumes antigos, sistemas de medidas, pesos e moedas; cronologia bíblica; estudos das personagens e livros da Bíblia, e das dificuldades bíblicas etc;

No que diz respeito à apologética bíblica, ou seja, à defesa da Bíblia enquanto fonte de verdade e Palavra inspirada por Deus, a Bibliologia é o campo de estudo apropriado para esse fim. Conforme ressalta Clark: “O que alguém pensa sobre as Escrituras determina toda a tendência e natureza de sua teologia. Se alguém crê que as Escrituras são a Palavra de Deus, que são inspiradas e revestidas de autoridade, sua teologia será uma coisa. Mas se ele considera as Escrituras como mera literatura humana, sua teologia será algo completamente diferente”.

Ainda a esse respeito, diz Thiessem: “Esta tem sido também a opinião que a igreja verdadeira tem mantido. Ela baseia sua opinião na crença de que a Bíblia é a incorporação da revelação divina, e que os registros que contém a revelação são genuínos, dignos de crédito, canônicos, e sobretudo inspirados”.

É bom lembrar a você que neste trabalho serão abordados apenas assuntos básicos dentro da Bibliologia, em virtude da limitação do espaço e procurando contemplar os objetivos do curso. Nos itens a seguir serão discutidos esses pontos essenciais da disciplina.

A Bíblia: Sua Inspiração e Autoridade

Neste item vamos discutir a inspiração divina da Bíblia e sua permanente autoridade e infalibilidade. Começaremos definindo o significado da palavra Bíblia.

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3 De acordo com F.F. Bruce, a palavra “bíblia” é derivada do latim, proveniente da palavra grega biblia (livros), que diz respeito especificamente aos livros que são reconhecidos como canônicos pela Igreja cristã. O vocábulo grego biblion (cujo plural é biblia) é o diminutivo de biblos, que na prática se refere a qualquer tipo de documento escrito, mas originalmente aquele que foi escrito em papiro.

Em outras palavras, o termo Bíblia vem do grego, a língua original do Novo Testamento e deriva do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita (biblos). Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado biblion e vários destes eram uma “bíblia”. Portanto, literalmente a palavra bíblia quer dizer “coleção de livros pequenos” (Antônio Gilberto).

A Bíblia também é chamada de Escrituras, freqüentemente usado no Novo Testamento para designar os documentos sagrados do Antigo Testamento. Foi esse o termo utilizado por Jesus em várias passagens: “Nunca lestes nas Escrituras” (Mt 21.42) e “Quem crê em mim, como diz a Escritura...” (Jo 7.38a).

Dentre os nomes mais comuns que a Bíblia dá a si mesma, ou seja, seus nomes canônicos, destacamos:

Escrituras (Mt 21.42);

Sagradas Escrituras (Rm 1.2);

Livro do Senhor (Is 34.16);

A Palavra de Deus (Mc 7.13; Hb 4.12);

Os Oráculos de Deus (Rm 3.2).

3.1- A Inspiração da Bíblia

No que diz respeito à inspiração da Bíblia é necessário fazer a distinção entre Revelação e Inspiração. Sendo que a revelação é a comunicação do conhecimento ou dos fatos feita por Deus, ao passo que, inspiração é o poder diretor e controlador de Deus sobre aqueles que juntaram o que encontramos em sua Palavra (Clark). Embora não seja encontrada a definição da palavra inspiração na Bíblia, podemos dizer que ela se refere à influência divina exercida sobre os seus escritores, a fim de preservá-los de erros em seu ensino.

Teologicamente, usa-se o termo teopneustia, para se referir à inspiração das Esrituras. A palavra grega traduzida por “inspirada por Deus” ou “divinamente inspirada” é theopneustos. Vem de duas palavras gregas theos, “Deus” e pneo, “respirar”, de onde vem a palavra “teopneustia”, que significa “inspiração divina”

(2Tm 3.16). É a única vez em que essa palavra aparece no Novo Testamento grego. Porém, existem diferentes posições a respeito da inspiração da Bíblia, conforme analisaremos abaixo:

a) Não há inspiração. Segundo os ateístas, os panteístas, os deístas e os descrentes em geral, a Bíblia é um livro meramente humano;

b) O acontecimento foi inspirado, mas não o seu registro. É uma afirmação vaga e incoerente, pois muitos acontecimentos, como a tentação, a morte dos inocentes em Belém etc, certamente não foram inspirados por Deus, mas o registro desses acontecimentos é que foi inspirado. É arbitrário admitir que Deus tenha inspirado um acontecimento e negar que Ele tenha inspirado seu registro;

c) O pensamento foi inspirado, mas não as palavras. Se as Escrituras são inspiradas então as palavras é que o são, porque somente as palavras é que podem ser escritas, sendo assim escrituras. As Escrituras não são o pensamento, mas as palavras que expressam o pensamento. Deus comunica tanto o pensamento quanto as palavras. De outro modo não teríamos uma revalação, mas apenas uma história humana, sem garantia de verdade ou correção.

d) Os escritores foram preservados de erros em assuntos necessários à revelação, mas não nos outros assuntos, como história, cronologia, ciência, etc. REFUTAÇÃO: É impossível dizer o que é e o que não é necessário à salvação. Se a história é falsa, a doutrina não pode ser verdadeira. Se os Evangelhos são um mito, não temos um Salvador. Se a ressurreição de Cristo é uma fantasia, nossa fé é vã. Todos os assuntos da Bíblia requerem a direção de um Espírito infalível a fim de evitar informações que levem ao erro.

e) Inspiração Plenária e Verbal. Inspiração plenária significa que toda a Bíblia é inspirada em todas as suas partes (2Tm 3.16). Inspiração verbal significa que, na praparação das Santas Escrituras, a superintendência do Espírito Santo se estende às próprias palavras empregadas. As Escrituras afirmam a inspiração verbal, e esta é a doutrina da Igreja (2Pe 1.21; At 4.25; 1Co 2.13).

3.2- A Autoridade da Bíblia

Para as igrejas da Reforma somente a Bíblia é a última corte de apelação em assuntos doutrinários e práticos, pois se constitui na autoridade máxima da fé cristã, na medida em que contém todas as coisas necessárias para a salvação. Para os mesmos efeitos, a Confissão de Fé de Westminster alista os 39 livros do Antigo Testamento e os 27 do Novo como “todos os livros... dados por inspiração de Deus para servirem de regra de fé e vida” (F. F. Bruce).

Embora a sociedade contemporânea esteja passando por uma crise no que diz respeito à autoridade, a Bíblia continua sendo a fonte de conhecimento para todos os aspectos da vida do homem. É desse fato que surge a autoridade suprema da Palavra de Deus: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar” (Lc 21.33). Aí reside o poder da Palavra de Deus. Pois a Bíblia continua sendo o livro mais

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4 extensivamente impresso, o mais largamente traduzido e o mais freqüentemente lido em todo o mundo. Suas palavras são entesouradas no coração de multidões como nenhumas outras (Carl F. H. Henry). Para o crente , a Escritura é a Palavra de Deus dada na forma objetiva das verdades proposicionais por meio de profetas e apóstolos divinamente inspirados, e o Espírito Santo é o Doador da fé mediante essa palavra. Vejamos alguns fatos históricos acerca da autoridade da Bíblia.

a) O protestantismo sempre foi a favor da autoridade das Escrituras. Se as Escrituras são a Palavra de Deus, são de autoridade absoluta. As Escrituras são o nosso Supremo Tribunal. Apelar das Escrituras para a Igreja, ou para a tradição, ou para a razão, ou sentimento público, seria ilógico e destrutivo (1Jo 5.9; 1Ts 2.13);

b) Os romanistas exaltam a igreja acima das Escrituras, e afirmam a infalibilidade da igreja. Criticam os protestantes por tirarem a autoridade da Igreja e colocá-la num livro. Sem dúvida o testemunho da Igreja é valioso, mas a autoridade das Escrituras não se deriva da Igreja;

c) Os racionalistas consideram a razão a suprema autoridade. O racionalismo começou procurando uma demonstração racional para as doutrinas das Escrituras e terminou repudiando todas as doutrinas que se afirmam na revelação (Trindade, Encarnação, Nascimento Virginal etc);

d) A Experiência. O Extremo subjetivismo do pensamento modernista faz da experiência a suprema autoridade e a fonte de doutrina. Mas a experiência não tem autoridade, nem é fonte de doutrina. A experiência tem seu valor como evidência confirmatória das doutrinas da graça, mas nem é fonte nem autoridade. É apenas o lado humano da redenção. A experiência tem que ser submetida à prova das Escrituras para verificarmos sua a validade e nos premunirmos contra o erro (Sl 119.105).

A Estrutura da Bíblia

Neste ponto será estudada a estrutura ou composição da Bíblia, no que se refere a sua divisão em partes principais e seus livros quanto à classificação por assuntos, divisão em capítulos e versículos e algumas particularidades indispensáveis; além de fornecer um brevíssimo resumo do que trata cada livro do Antigo e Novo Testamentos.

A principal divisão da Bíblia se dá em duas partes: Antigo e Novo Testamento, tendo ao todo 66 livros. Sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento.

Subdivisão no Antigo Testamento:

a) Pentateuco (Lei): São 5 livros, de Gênesis a Deuteronômio;

b) Históricos: São 12 livros, de Josué a Ester – Tratam da história de Israel;

c) Poéticos: São 5 livros, de Jó a Cantares – Por causa do gênero de seu conteúdo são também chamados de Poesia;

d) Proféticos: São 17 livros, de Isaías a Malaquias – Divididos entre:

- Profetas Maiores: 5 livros – de Isaías a Daniel;

- Profetas Menores: 12 livros – de Oséias a Malaquias.

Subdivisão no Novo Testamento

a) Biográficos: São 4 livros, de Mateus a João – São os Evangelhos;

b) Histórico: 1 livro: Atos dos Apóstolos – Trata da história da Igreja Primitiva;

c) Epístolas: São 21 livros, de Romanos a Judas – Tratam das Doutrinas da Igreja e estão subdivididos em:

- Epístolas Paulinas: São13 livros, de Romanos a Filemom;

- Epístola aos Hebreus: 1 livro, de autor desconhecido;

- Epístolas Gerais: São 7 livros, de Tiago a Judas;

e) Profético: 1 livro, o Apocalipse ou Revelação – Trata da volta pessoal de Jesus à terra.

Divisão em capítulos

- No Antigo Testamento há 929 capítulos; no Novo Testamento há 260 capítulos. Somando um total de 1.189 capítulos.

Divisão em Versículos

- No Antigo Testamento há 23.214 versículos; no Novo Testamento há 7.959 versículos. Somando um total de 31.173 versículos.

Divisão em Livros

O quadro abaixo demonstrará as divisões completas da Bíblia citando os nomes dos livros que compõem a sua estrutura. A seguir será dado um pequeno resumo do que trata cada livro.

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5 VELHO TESTAMENTO

PENTATEUCO Gênesis  Êxodo  Levítico  Números  Deuteronômio

HISTÓRICOS Josué  Juízes  Rute  I Samuel  II Samuel  I Reis  II Reis  I Crônicas II Crônicas  Esdras  Neemias  Ester

POÉTICOS Jó  Salmos  Provérbios  Eclesiastes  Cantares de Salomão PROFETAS

MAIORES Isaías  Jeremias  Lamentações de Jeremias  Ezequiel  Daniel PROFETAS

MENORES

Oséias  Joel  Amós  Obadias  Jonas  Miquéias  Naum  Habacuque Sofonias  Ageu  Zacarias  Malaquias

NOVO TESTAMENTO EVANGELHOS Mateus  Marcos  Lucas  João

HISTÓRICO Atos dos Apóstolos CARTAS

PAULINAS

Romanos  I aos Coríntios  II aos Coríntios  aos Gálatas  aos Efésios

aos Filipenses  aos Colossenses  I aos Tessalonissenses  II aos Tessalonissenses

 I a Timóteo  II a Timóteo  a Tito  a Filemom EPÍSTOLAS

GERAIS

Aos Hebreus  de Tiago  I de Pedro  II de Pedro  I de João  II de João III de João  de Judas

PROFÉTICO Apocalipse

Segue abaixo um breve resumo de cada livro da Bíblia. Claro que, por sua brevidade, não são descrições completas. No entanto, podem ser úteis como referência.

Antigo Testamento

1. Gênesis: Este livro, que mostra como era “no princípio”, faz uma narrativa da criação, do relacionamento de Deus com o homem e da promessa de Deus a Abraão e seus descendentes.

2. Êxodo: O nome Êxodo significa “saída”. Este livro conta como Deus livrou os israelitas de uma vida de penúrias e escravidão no Egito. Deus fez um pacto com eles e lhes deu leis.

3. Levítico: O nome do livro tem origem no nome de uma das tribos de Israel. O livro registra todas as leis e regulamentos a respeito de rituais e cerimônias.

4. Números: Os israelitas vagaram pelo deserto durante quarenta anos, antes de entrar em Canaã, “a terra prometida”. O nome do livro se deriva dos censos promovidos durante esse período no deserto.

5. Deuteronômio: Moisés pronunciou três discursos de despedida pouco antes de morrer. Neles recapitulou, com o povo, todas as leis de Deus para os israelitas. “Deuteronômio” expressa essa “recapitulação”.

6. Josué: Josué foi o líder dos exércitos israelitas em suas vitórias sobre seus inimigos, os cananeus. O livro termina descrevendo a divisão da terra entre as doze tribos de Israel.

7. Juízes: Os israelitas constantemente desobedeciam a Deus e caíam nas mãos de países opressores. Deus constituiu juízes para livrá-los da opressão.

8. Rute: O amor e a dedicação de Rute a sua sogra, Noemi, são o tema deste livro.

9. I Samuel: Samuel foi o líder de Israel no período compreendido entre os Juízes e Saul, o primeiro rei.

Quando a liderança de Saul falhou, Samuel ungiu a Davi como rei.

10. II Samuel: Sob o reinado de Davi, a nação se unificou e se fortaleceu. No entanto, depois dos pecados de Davi, adultério e assassinato, a nação e a família do rei sofreram muito.

11. I Reis: Após o reinado de Salomão em Israel, e de sua morte, o reino se dividiu em conseqüência de guerra civil entre Norte e Sul. Daí surgiram duas nações: Israel, no Norte e Judá, no Sul.

12. II Reis: Israel foi conquistado pela Assíria, em 721 a. C. e Judá, pela Babilônia, em 586 a. C. Tristes episódios ocorreram, considerados como um castigo ao povo pela desobediência às leis de Deus.

13. I Crônicas: O início deste livro fala das genealogias de Adão até Davi e, em seguida, conta os acontecimentos do reinado de Davi.

14. II Crônicas: Este livro abrange o mesmo período que II Reis, mas com ênfase em Judá, o reino do Sul, e seus governantes.

15. Esdras: Depois de estar cativo na Babilônia por algumas décadas, o povo de Deus retornou a Jerusalém.

Um de seus líderes era Esdras. Este livro contém as admoestações que Esdras fez ao povo para que este seguisse e honrasse a lei de Deus.

16. Neemias: Depois do templo, também foi reconstruída a muralha de Jerusalém. Neemias foi quem dirigiu esse empreendimento. Junto com Esdras, trabalhou para restaurar o fervor religioso do povo.

17. Ester: Relata a história de uma rainha judia da Pérsia, que denunciou um complô que visava destruir seus compatriotas. Com isso ela evitou que todos fossem aniquilados.

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6 18. Jó: A pergunta “Por que sofrem os inocentes?” é tratada nesta nistória bíblica.

19. Salmos: Estas 150 orações foram usadas pelos hebreus para expressar sua relação com Deus. Abrangem todo o campo das emoções humanas, desde a alegria até o ódio, da esperança ao desespero.

20. Provérbios: Este é um livro de máximas de sabedoria, de ensinamentos éticos e de senso comum acerca de como viver uma vida reta.

21. Eclesiastes: Na sua busca por felicidade e pelo sentido da vida, este escritor, conhecido como “filósofo” ou

“pregador”, faz perguntas que continuam presentes na sociedade atual.

22. Cantares de Salomão: Um poema que descreve o gozo e o êxtase do amor. Simbolicamente tem sido aplicado ao amor de Deus por Israel e ao amor de Cristo pela Igreja.

23. Isaías: O profeta Isaías trouxe a mensagem do juízo de Deus às nações, anunciou um rei futuro, à semelhança de Davi, e prometeu uma era de paz e traqüilidade.

24. Jeremias: Muito antes da destruição de Judá pela Babilônia, Jeremias proclamou o juízo de Deus. embora sua mensagem seja de destruição, Jeremias também fala de novo pacto com Deus.

25. Lamentações de Jeremias: Tal qual Jeremias havia predito, Jerusalém caiu cativa da Babilônia. Este livro registra cinco “lamentos” pela cidade cáída.

26. Ezequiel: A mensagem de Ezequiel foi dada aos judeus cativos da Babilônia. Ezequiel usou histórias e parábolas para falar do juízo, da esperança e da restauração de Israel.

27. Daniel: Daniel se manteve fiel a Deus, mesmo enfrentando muitas pressões quando cativo na Babilônia.

Este livro inclui as visões proféticas de Daniel.

28. Oséias: Deus se vale da experiência conjugal do profeta, em que ele era dedicado à sua esposa, mesmo sabendo que ela lhe era infiel, para ilustrar o “adultério espiritual” que Israel tinha cometido contra Deus e para mostrar como o fiel amor de Deus pelo seu povo nunca muda.

29. Joel: Durante um tempo de prosperidade, este profeta de Judá pregou aos ricos líderes de Israel sobre o juízo de Deus; insistia em que pensassem nos pobres e oprimidos, antes que pensassem em sua própria satisfação.

30. Amós: Profecias feitas durante os reinados de Jeroboão II, em Israel e de Uzias, em Judá. Amós utiliza metáforas chocantes para chamar Israel a buscar o Senhor com sinceridade e profetizar sobre a destruição e restauração de Israel.

31. Obadias: Obadias profetizou o juízo sobre Edom, um país vizinho de Israel.

32. Jonas: Jonas não queria pregar para o povo de Nínive, que era inimiga de seu próprio país. Quando, finalmente, levou a mensagem enviada por Deus, seus habitantes de arrependeram.

33. Miquéias: A mensagem de Miquéias para Judá era de juízo, em vez de perdão, esperança e restauração.

Especialmente notável é um versículo em que se resume o que Deus requer de nós (6.8).

34. Naum: Naum anunciou que Deus destruiria o povo de Nínive por sua crueldade na guerra.

35. Habacuque: Este livro apresenta um diálogo entre Deus e Habacuque sobre a justica e o sofrimento.

36. Sofonias: Sofonias anunciou o Dia do Senhor, que traria juízo a Judá e às nações vizinhas. Seria um dia de destruição para muitos, mas um pequeno remanescente, sempre fiel a Deus, sobreviveria para abençoar o mundo inteiro.

37. Ageu: Depois que o povo voltou do exílio, Ageu o admoestou para que dessem prioridade a Deus e reconstuíssem em primeiro lugar o templo, mesmo antes de reconstruírem suas casas.

38. Zacarias: Como Ageu, Zacarias instou o povo a reconstruir o templo, assegurando-lhes a ajuda e bênçãos de Deus. Suas visões apontavam para um futuro brilhante.

39. Malaquias: Após o retorno do exílio, o povo voltou a descuidar de sua vida religiosa. Malaquias passou a inspirá-los novamente, falando-lhes do “Dia do Senhor”.

Novo Testamento

40. Mateus: Este Evangelho cita muitos testos do Antigo Testamento. Ele se destinava primordialmente ao público judeu, para o qual apresentava Jesus como o Messias prometido nas Escrituras do Velho Testamento, como o Rei esperado. Mateus narra a história de Jesus desde o seu nascimento até a sua ressurreição e põe ênfase especial aos Seus ensinamentos.

41. Marcos: Marcos escreveu um Evangelho curto, conciso e cheio de ação. Seu objetivo era aprofundar a fé e a dedicação da comunidade para a qual ele escrevia. Escreveu para os romanos e sendo assim, apresenta Jesus como o Servo, que sempre está trabalhando. Por isso, narra muitos milagres.

42. Lucas: Neste Evangelho é enfatizado que a salvação em Jesus está ao alcance de todos. Escrito para os gregos, o evangelista mostra Jesus, o Homem Perfeito, sempre em contato com as pessoas pobres e necessitadas, sendo servido por anjos e constantemente em oração.

43. João: Escrito para todos os que hão de crer. O Evangelho de João, pela sua forma, se coloca à parte dos outros três. João organiza sua mensagem enfocando sete sinais que apontam Jesus como o filho de Deus. Seu

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7 estilo literário é reflexivo e cheio de imagens e figuras. É somente pela fé que as pessoas são reconciliadas com Deus.

44. Atos dos Apóstolos: Em seguida a Jesus ter deixado seus apóstolos, houve um forte derramamento do Espírito Santo. Neste livro, um complemento de seu Evangelho, Lucas narra fatos da história e ação da igreja primitiva, demonstrando como a fé se difundiu no mundo mediterrâneo da época.

45. Romanos: Paulo escreve aos Romanos como deve ser a vida no Espírito, uma vida que é dada pela fé, aos que crêem em Cristo. Fala sobre a infinita bondade de Deus e declara que, através da vida e sacrifício de Jesus Cristo, Ele nos aceita e nos liberta de nossos pecados.

46. I aos Coríntios: Esta é uma carta em que Paulo trata especificamente de problemas que atingiam a igreja de Corinto: dissensão, imoralidade, forma de adoração e sobre os dons do Espírito Santo.

47. II aos Coríntios: Já nesta mensagem, Paulo descreve seu relacionamento com a própria igreja de Corinto e as dificuldades encontradas em seu ministério, criadas por falsos profetas.

48. Aos Gálatas: Nesta carta, Paulo declara sobre a desobrigação dos que crêem em Cristo, em relação à lei.

Declara ainda que é somente pela fé, que os homens se reconciliam com Deus.

49. Aos Efésios: O tema central desta carta é o propósito eterno de Deus: Jesus Cristo é a cabeça da Igreja, que é formada a partir de muitas raças e nações.

50. Aos Filipenses: A ênfase desta carta está no gozo que o crente em Cristo encontra em todas as circunstâncias da vida. O apóstolo Paulo a escreveu quando estava encarcerado.

51. Aos Colossenses: Nesta carta, o apóstolo Paulo diz aos cristãos de Colossos que abandonem suas superstições e que Cristo seja o centro de sua vida.

52. I aos Tessalonissenses: Paulo dá orientações aos cristãos de Tessalônica a respeito da volta de Jesus ao mundo.

53. II aos Tessalonissenses: Como em sua primeira carta, o apóstolo Paulo fala do retorno de Jesus ao mundo.

Também trata de preparar os cristãos para a vinda do Senhor.

54. I a Timóteo: Esta carta serve de orientação a Timóteo, um jovem líder da igreja primitiva. Paulo lhe dá conselhos sobre a adoração, o ministério e os relacionamentos dentro da Igreja.

55. II a Timóteo: Última carta escrita por Paulo. Nela lança um desafio a seus companheiros de trabalho, de perseverarem até o fim da carreira.

56. A Tito: Tito era ministro em Creta. Nesta carta, Paulo o orienta sobre como ajudar novos cristãos

57. A Filemom: Filemom é instado a perdoar seu escravo, Onésimo, que havia fugido e a aceitá-lo de volta como a um amigo em Cristo.

58. Aos Hebreus: Carta com exortações aos novos cristãos a não observarem mais os rituais e cerimônias tradicionais previstos na lei, pois, em Cristo, eles já foram cumpridos.

59. De Tiago: Tiago aconselha e orienta aos cristãos viverem, na prática, sua fé.

60. I de Pedro: Esta carta foi escrita para confortar os cristãos da igreja primitiva que estavam sendo perseguidos por causa de sua fé.

61. II de Pedro: Pedro adverte os cristãos sobre os falsos mestre e os estimula a continuarem fiéis a Deus.

62. I de João: Uma carta que explica as verdades básicas sobre a vida cristã com ênfase no amor ao próximo.

63. II de João: Carta à “senhora eleita e seus filhos”, advertindo os cristãos quanto aos falsos profetas.

64. III de João : João fala sobre a necessidade de receber aqueles que pregam a Cristo.

65. De Judas: Judas adverte seus leitores sobre a má influência de pessoas alheias à irmandade dos cristãos.

66. Apocalipse: Este livro foi escrito por João para encorajar os cristãos que estavam sendo perseguidos e para firmá-los na confiança de que Deus cuidará deles. Usando símbolos e visões, o escritor ilustra o triunfo do bem sobre o mal e a criação de uma nova terra e um novo céu. É uma revelação dos acontecimentos futuros.

O Tema Central da Bíblia

Podemos afirmar com toda certeza que Cristo é o centro da Bíblia. Pois Jesus Cristo é o seu tema do princípio ao fim. Todos os livros da Bíblia falam acerca da Pessoa Bendita do Filho de Deus. Aquele que é prometido no Gênesis como a semente da mulher, é visto no Apocalipse sentado no grande trono branco julgando a todos os homens. Os grandes patriarcas da história de Israel acreditavam na descendência piedosa de um Messias Redentor. Dele falaram todos os profetas. De forma que, a história dos tempos antigos foi escolhida como um prelúdio da história do Filho de Deus. A Bíblia é o testemunho sobrenatural acerca de uma pessoa sobrenatural, que havia de vir e que realmente veio para salvar o mundo do pecado e da morte. Resumindo em poucas palavras temos as seguintes assertivas sobre a Bíblia:

Deus é o Autor;

O Espírito Santo é o Intérprete;

Jesus é o Tema Central.

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8 Vejamos algumas figuras de Cristo ao longo das Escrituras, que demonstram que realmente Ele é o Tema Central:

Em Gênesis: Jesus é o descendente da mulher (Gn 3.15);

Em Êxodo: é o Cordeiro Pascoal;

Em Levítico: é o Sacrifício Expiatório;

Em Números: é a Rocha Ferida;

Em Deuteronômio: é o Profeta;

Em Josué: é o Capitão dos Exércitos do Senhor;

Em Juízes: é o Libertador;

Em Rute: é o Parente Divino;

Em Reis e Crônicas: é o Rei Prometido;

Em Ester: é o Advogado;

Em Jó: é o nosso Redentor;

Nos Salmos: é o nosso Socorro e Alegria;

Em Provérbios: é a Sabedoria de Deus;

Em Cantares: é o Nosso Amado;

Em Eclesiastes: é Alvo Verdadeiro;

Nos Profetas: é o Messias Prometido;

Nos Evangelhos: é o Salvador do Mundo;

Nos Atos dos Apóstolos: é o Cristo Ressurgido;

Nas Epístolas: é a Cabeça da Igreja;

No Apocalipse: é Alfa e o Ômega.

Referências

BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE. Barueri/SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2001.

BÍBLIA DE REFERÊNCIA THOMPSON: com versículos em cadeia temática.São Paulo: Ed. Vida, 1998.

CADERNO DE ESTUDOS BÍBLICOS. Editora Identidade Cristã.

CLARK, David S. Compêndio de Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 1988.

COMFORT, Philip W. A Origem da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1998

COSTA, Jefferson M. As Grandes Defesas do Cristianismo. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.

GILBERTO, Antônio. A Bíblia Através dos Séculos. Rio de Janeiro: CPAD, 1986.

LIÇÕES BÍBLICAS. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

NAUAR, Océlio. Curso Básico Teológico – ETEBAD.

THIESSEN, Henry C. Palestras em Teologia Sistemática. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1989.

Questionário

A) O que é Bibliologia ou Introdução Bíblica?

B) Mencione alguns dos assuntos estudados em Bibliologia.

C) O que significa o vocábulo Bíblia?

D) Quantas partes principais tem a Bíblia? Cite-as.

E) Quais os nomes ou títulos mais comuns que a Bíblia dá a si mesma?

F) Quantos livros há em toda a Bíblia?

G) E no A. Testamento?

H) E no N. Testamento?

I) Quanto tempo levou a Bíblia para ser escrita?

J) Fale sobre a Inspiração da Bíblia.

K) Qual é o Tema Central da Bíblia?

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