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Remoção de lodo de lagoa facultativa = avaliação quantitativa e qualitativa do lodo acumulado e seu acondicionamento em BAG

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

REMOÇÃO DE LODO DE LAGOA FACULTATIVA: AVALIAÇÃO

QUANTITATIVA E QUALITATIVA DO LODO ACUMULADO E

SEU ACONDICIONAMENTO EM BAG.

Josué Tadeu Leite França

Campinas

(2)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

Josué Tadeu Leite França

REMOÇÃO DE LODO DE LAGOA FACULTATIVA: AVALIAÇÃO

QUANTITATIVA E QUALITATIVA DO LODO ACUMULADO E SEU

ACONDICIONAMENTO EM BAG

Dissertação apresentada à Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Engenharia Civil, na Área de concentração de saneamento e ambiente.

Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Stefanutti

Campinas

2010

(3)

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - BAE - UNICAMP

F844r França, Josué Tadeu Leite Remoção de lodo de lagoa facultativa: avaliação quantitativa e qualitativa do lodo acumulado e seu acondicionamento em BAG. / Josué Tadeu Leite França. --Campinas, SP: [s.n.], 2010.

Orientador: Ronaldo Stefanutti.

Dissertação de Mestrado - Universidade

Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo.

1. Helminto. 2. Salmonella. 3. Lodo. 4. Lodo de esgoto. I. Stefanutti, Ronaldo. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo. III. Título.

Título em Inglês: Facultative pond removal sludge: quantitative and

qqqqqqqqqqqqqiqualitative assessment of accumulated sludge and its

iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiipacking in BAG.

Palavras-chave em Inglês: Helminths, Salmonella, Mud, Sludge Área de concentração: Saneamento e Ambiente

Titulação: Mestre em Engenharia Civil

Banca examinadora: Bruno Coraucci Filho, André Bezerra dos Santos Data da defesa: 28/01/2010

(4)
(5)

À minha mãe e ao meu pai “in memoriam” pelo exemplo de vida, pelos valores cultivados e transmitidos e por terem sido meus maiores incentivadores.

(6)

Agradecimentos

À Deus, por tudo;

Ao Prof. Dr. Ronaldo Stefanutti pela orientação, dedicação, apoio e, pelos ensinamentos;

Ao Prof. Dr. Bruno Coraucci Filho e ao Prof. Dr. Francisco Anaruma, pela co-orientação, dedicação, apoio e pelos ensinamentos;

À minha esposa Rosali e as minhas filhas Lizzi e Beatriz, pelo apoio , compreensão e incentivo nos momentos de dificuldades;

À Unidade de Negócio do Alto Paranapanema com sede em Itapetininga – SABESP na pessoa do superintendente José Aurélio Boranga pela liberação e incentivo para iniciar o curso de pós graduação, e aos superintendentes que o sucederam Gustavo Cuttolo e Maria da Glória por permitirem a continuidade;

Aos amigos da SABESP de Itapetininga, em especial ao Valter Hiraichi, Paulo Cezar e Jaqueline, pelo apoio e incentivo;

À Engª Claudia pelo exemplo de profissionalismo e pela excelente colega durante o período das aulas, no cumprimento das disciplinas para o curso de mestrado;

A todos os amigos do Laboratório da Sabesp – Itapetininga, em especial ao Paulo Alcino, Jair, Salvador, Paulinho, Renato e Gentil , pela colaboração eventual, sem comprometimento da rotina do laboratório;

Aos técnicos bolsistas do laboratório de reuso LABREUSO/UNICAMP, Luccas, Giuliano, Warner e Priscila, pelo apoio técnico na realização dos ensaios parasitológicos e pela atenção recebida;

(7)

RESUMO

França, Josué T. L. Remoção de lodo de lagoa facultativa: avaliação qualitativa e quantitativa do lodo acumulado e seu acondicionamento em BAG.

Campinas: Faculdade de Engenharia Civil – UNICAMP, 2009. 149p. Dissertação (Mestrado), 2009.

Estudou-se o sistema de remoção de lodo de lagoa de estabilização, o desaguamento e acondicionamento do lodo pelo uso de BAG, bem como a redução da viabilidade de ovos de helmintos, coliformes, Salmonellas e teor de sólidos em função do tempo de acondicionamento. Entre várias opções para a retirada, adensamento e desaguamento do lodo de lagoa, a utilização de centrifuga no processo de deságue foi considerada inviável devido a necessidade de pré-condicionamento do lodo, em virtude da presença de materiais estranhos como pedrinhas, pedaços de pau, de metais, plásticos, e outros materiais, que danificam os elementos do equipamento. Optou-se por avaliar a remoção do lodo com a combinação de dragagem seguida da aplicação de polímero e deságüe em BAG de polipropileno de alta resistência. Definiu-se por esta combinação para remoção do lodo da lagoa de estabilização de Coronel Macedo-SP, Sabesp, devido às dificuldades operacionais e em virtude de longas distâncias para disposição do resíduo em aterros licenciados, o que representa elevados custos, uma vez que os aterros da região não são autorizados para receberem este tipo de resíduo.Como opção para redução de custos no desaguamento, transporte e disposição do lodo e com um importante viés ambiental, propôs-se nesta pesquisa estudar um modelo para desaguamento, acondicionamento e redução da carga patogênica, procurando adequar o lodo aos padrões para aplicação em solo agrícola. Seis meses após a operação de desaguamento do lodo acondicionado em BAG, constatou-se ausência de ovos de helmintos viáveis, salmonellas, protozoários e coliformes termotolerantes <103 NMP.g -1.MS. Estes resultados indicaram que o processo removeu a patogenicidade do lodo

adequando-o para a disposição no solo, quanto aos parâmetros avaliados. O acúmulo de lodo foi de 2,2 cm.ano-1 e a contribuição média per capta foi de 0,042 m3 de lodo.hab

-1.ano-1. A eficiência da ETE com relação a remoção da DBO, aumentou de 63% para em

torno de 82%, após a limpeza. O lodo no BAG atingiu teor de sólidos totais de 34,10% após 374 dias e foi classificado como Classe II A – Não perigoso e não inerte. O custo da remoção de 2000 m3 lodo com teor médio de sólidos totais 12%, por meio do sistema de

dragagem e acondicionamento em BAG foi de USD 4,67.hab-1.ano-1.

(8)

ABSTRACT

França, Josué T. L. Facultative Pond Removal Sludge: Qualitative and quantitative assessment of accumulated sludge and its packing in BAG. Campinas: Faculdade de Engenharia Civil – UNICAMP, 2009. 149p. Dissertation Master, 2009.

This study was about a removal system of stabilization pond sludge, its dewatering and conditioning using BAG. Another point of this work was study the viability reduction of helminthes eggs, coliforms, salmonellas and quantities of solids by the time of conditioning. Among a many options for the removal, concentration and dewatering of the sludge pond, the centrifuge use was considerate unfeasible because the need of preconditioning of the sludge due the presence of foreign material as small stones , wood, metals, plastics and other materials which can damage the equipment system. Hence we decided to assess the removal of sludge with a combination of dredging followed by the application of polymer and drainage bag in the high resistance polypropylene. Was defined for this combination to remove the stabilization pond sludge of Coronel Macedo - SP, Sabesp, due the operational difficulties and due the long distances for disposal of waste in landfills, which is costly, since the landfills in the region are not authorized to receive this type of waste. As an option for cost reduction in drainage, transportation and disposal of sludge and an important environmental bias, it was proposed in this research study a model for dewatering, conditioning and reduction of the pathogen, adapting the standards for sludge application on agricultural land . Six months after the operation of sludge dewatering packed in bag, it was detected an absence of viable helminth eggs, salmonella, protozoa and coliforms. These results indicated that the process removed the pathogenicity of the sludge tailoring it to the wastewater disposal, as to the parameters evaluated. The accumulation of sludge was 2.2 cm.year-1 and the average contribution per capita was 0.042 m3 of sludge inhab-1 year-1. The effectiveness of treatment station for BOD removal increased from 63% to 82% after cleaning of the stabilization pond. The sludge in the bag reached total solids of 34.10% after 374 days and was classified as Class II A - Not dangerous, not inert. The cost of the removal of 2000 m3 sludge with an average of 12% solids, by means of the dredging and placing in bag was US$ 4.67 inha-1

year-1.

(9)

SUMÁRIO

RESUMO... ix

ABSTRACT ... xi

LISTA DE FIGURAS ... xvi

LISTA DE TABELAS ... xxi

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ... xxvii

1.INTRODUÇÃO ... 1 2. OBJETIVOS ... 5 2.1. Objetivo Geral ... 5 2.2. Objetivos Específicos ... 5 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 7 3.1 Lagoas Facultativas ... 8 3.1.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ... 9

3.1.2. PAPEL DO ZOOPLÂNCTON E SUAS CARACTERÍSTICAS ... 15

3.1.3. HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS ... 16

3.2 Eficiência E Padrões De Lançamento Das Lagoas ... 21

3.3 Lodo ... 22

3.3.1 REMOÇÃO DE LODO DE LAGOAS ... 25

3.3.2 FORMAS DE DISPOSIÇÃO ... 33

3.4 Legislações Pertinentes ... 43

3.4.1 LEIS FEDERAIS ... 44

3.4.2 LEIS ESTADUAIS ... 46

4. MATERIAL E MÉTODOS ... 48

(10)

4.2 Dados Operacionais ... 53

4.3 Batimetria ... 53

4.4 Coleta De Amostra ... 56

4.5 Preparação Do Local Para Instalação Dos Bags ... 66

4.5.1 DIMENSIONAMENTO DO BAG E DA CAIXA DE AREIA ... 67

4.6 Condicionamento Do Lodo ... 69

4.7 Métodos De Análise Dos Parâmetros Determinados ... 74

4.7.1 LODO ... 74

4.7.2 AFLUENTE E EFLUENTE DA ETE ... 78

5. RESULTADOS E DISCUSSÂO ... 80

5.1 Quantificação Do Lodo ... 80

5.2 Caracterização Do Lodo ... 84

5.2.1 CLASSIFICAÇÃO PARA RESÍDUOS SÓLIDOS SEGUNDO NORMA: ABNT NBR 10004:2004. ... 84

5.2.2 ATENDIMENTO COM RELAÇÃO A METAIS PESADOS SEGUNDO CONAMA 375/2006, IN 27/2006 MAPA E NORMA CETESB P.4230 ... 90

5.2.3 RESULTADOS DAS DETERMINAÇÕES DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS SEGUNDO RESOLUÇÃO CONAMA 375/2006 ... 93

5.2.4 COLIFORMES TERMOTOLERANTES E SALMONELLA NO LODO ACONDICIONADO NO BAG ... 95

5.2.5 VARIAÇÃO DO TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS, VOLÁTEIS E FIXOS NO PERFIL DO LODO NO INTERIOR DA LAGOA ANTES DE INICIAR A REMOÇÃO. ... 97

(11)

5.2.6 OVOS DE HELMINTOS ENCONTRADOS NO LODO DO INTERIOR

DA LAGOA ... 113

5.2.7 VARIAÇÃO DO TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS APÓS ACONDICIONAMENTO DO LODO NO BAG EM FUNÇÃO DO TEMPO . 119 5.2.8 OVOS DE HELMINTOS ENCONTRADOS NO LODO ACONDICIONADO NO BAG ... 121

5.3 Eficiência Da ETE Com Relação A Remoção Da Carga Orgânica ... 125

5.3.1 EFICIÊNCIA DA ETE ANTES DA INTERVENÇÃO E REMOÇÃO DE LODO ... 125

5.3.2 EFICIÊNCIA DA ETE APÓS INTERVENÇÃO E REMOÇÃO DE LODO ... 127

5.4 Avaliação Da Viabilidade Dos Ovos De Helmintos Nas Amostras Coletadas No Afluente E Efluente Da ETE ... 128

5.5. Avaliação Qualitativa De Cistos De Protozoários Nas Amostras Coletadas No Afluente E Efluente Da ETE ... 130

5.6.1 ALTERNATIVA 1 ... 131 5.6.2 ALTERNATIVA 2 ... 135 5.6.3. INCINERAÇÃO ... 138 5.6.4. CO-PROCESSAMENTO ... 138 6. CONCLUSÕES ... 142 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 144

(12)

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1-PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DE UMA LAGOA FACULTATIVA. ... 14

FIGURA 2-FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE REMOÇÃO, DESÁGUE E ACONDICIONAMENTO DO

LODO DE INTERESSE PARA ESTE TRABALHO. ... 49

FIGURA 3–MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CORONEL MACEDO.FONTE SABESP

-2008 ... 51

FIGURA 4-VISTA AÉREA DA LAGOA DE CORONEL MACEDO,SABESP, LOCAL DO EXPERIMENTO.

FONTE:AUTOR,2008 ... 52

FIGURA 5-LOCAÇÃO DOS PONTOS DE BATIMETRIA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP.(FONTE:AUTOR,2008) ... 54

FIGURA 6-MATERIAL UTILIZADO PARA MEDIR O LODO NA LAGOA DE CORONEL MACEDO,

SABESP.FONTE:AUTOR,2008 ... 54

FIGURA 7-REALIZAÇÃO DA BATIMETRIA NA LAGOA DE CORONEL MACEDO,SABESP. ... 55

FIGURA 8-MEDIÇÃO DO NÍVEL DE LODO NA LAGOA DE CORONEL MACEDO,SABESP. ... 55

FIGURA 9-EQUIPAMENTO UTILIZADO PARA COLETA DE LODO EM VÁRIAS PROFUNDIDADES NA

LAGOA DE CORONEL MACEDO,SABESP. ... 57

(13)

FIGURA 11-COLETA DO LODO EM VÁRIAS SEÇÕES DO PERFIL BATIMÉTRICO DA LAGOA DE

CORONEL MACEDO,SABESP.(FONTE:AUTOR,2008) ... 58

FIGURA 12-COLETA DE AMOSTRA EM VÁRIAS PROFUNDIDADES NA LAGOA DE CORONEL

MACEDO,SABESP. ... 59

FIGURA 13-COLETA DO LODO DA LAGOA DE CORONEL MACEDO,SABESP E

ACONDICIONAMENTO DAS AMOSTRAS. ... 59

FIGURA 14- FRASCO UTILIZADO PARA COLETA DA AMOSTRA DE LODO NA LAGOA DE CORONEL

MACEDO,SABESP. ... 60

FIGURA 15-IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE COLETA DE LODO NA LAGOA FACULTATIVA DA

ETE DE CORONEL MACEDO,SABESP. ... 61

FIGURA 16-AMOSTRAS DO AFLUENTE E EFLUENTE DA ETE DE CORONEL MACEDO,SABESP

(DURANTE REMOÇÃO DE LODO). ... 64

FIGURA 17-AMOSTRAS AFLUENTE E EFLUENTE DA ETE DE CORONEL MACEDO,SABESP

(CONCENTRAÇÃO 80 VEZES) ... 64

FIGURA 18–EQUIPAMENTO DESENVOLVIDO PARA CONCENTRAÇÃO DE AMOSTRAS AFLUENTE E

EFLUENTE DA ETECORONEL MACEDO,SABESP. ... 65

FIGURA 19-DESENHO ESQUEMÁTICO DO EQUIPAMENTO DESENVOLVIDO PARA CONCENTRAÇÃO

DE AMOSTRAS DO AFLUENTE E EFLUENTE DA ETECORONEL MACEDO-SABESP. ... 66

FIGURA 20-PREPARAÇÃO DO LEITO PARA INSTALAÇÃO DOS BAG’S.ETECORONEL MACEDO,

SABESP. ... 68

FIGURA 21- ASSENTAMENTO DOS BAG’S PARA REMOÇÃO DE LODO DA ETECORONEL

(14)

FIGURA 22-VALA IMPERMEABILIZADA PARA REMOÇÃO DE AREIA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP. ... 69

FIGURA 23-TANQUE PARA DILUIÇÃO DO POLÍMERO UTILIZADO NA ETECORONEL MACEDO, SABESP. ... 70

FIGURA 24-PONTO PARA APLICAÇÃO DO POLÍMERO (NA LINHA DE RECALQUE DO LODO).ETE CORONEL MACEDO –SABESP. ... 71

FIGURA 25-SISTEMA DE DRAGAGEM UTILIZADO NA ETECORONEL MACEDO,SABESP (CONTROLE REMOTO). ... 71

FIGURA 26-BAG EM PROCESSO DE ENCHIMENTO NA ETECORONEL MACEDO,SABESP. (FONTE:AUTOR,2008) ... 72

FIGURA 27-BAG DRENANDO NA ETECORONEL MACEDO,SABESP. ... 72

FIGURA 28–VISTA LATERAL DO BAG DRENANDO NA ETECORONEL MACEDO,SABESP. ... 73

FIGURA 29-DRENAGEM DOS BAGS E RETORNO PARA ETECORONEL MACEDO,SABESP. ... 73

FIGURA 30- NÍVEL DE LODO EM CADA PONTO APONTADO PELA BATIMETRIA REALIZADA NA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,SABESP ... 82

FIGURA 31-PERFIL DO LODO DETERMINADO PELA BATIMETRIA EM CADA SEÇÃO DA LAGOA DA ETECORONEL MACEDO,SABESP ... 83

FIGURA 32–PONTO DE AMOSTRAGEM P1(10M DA ENTRADA DO ESGOTO NA LAGOA) ... 104

FIGURA 33-PONTO DE AMOSTRAGEM P4(10 M DA ENTRADA DO ESGOTO NA LAGOA ) ... 105

FIGURA 34-PONTO DE AMOSTRAGEM P5(10 M DA ENTRADA DO ESGOTO NA LAGOA) ... 105

FIGURA 35-TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS MÉDIO EM VÁRIAS DISTÂNCIA DA ENTRADA DA ETE CORONEL MACEDO,SABESP. ... 106

(15)

FIGURA 36–TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS FIXOS MÉDIO EM VÁRIAS DISTÂNCIA DA ENTRADA DA

ETECORONEL MACEDO,SABESP. ... 106

FIGURA 37–TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS VOLÁTEIS MÉDIO EM VÁRIAS DISTÂNCIA DA ENTRADA DA

ETECORONEL MACEDO,SABESP ... 107

FIGURA 38-TEOR DE SÓLIDOS NO MESMO NÍVEL DE EXTRATO E EM VÁRIOS PONTOS DE

AMOSTRAGEM DA ETECORONEL MACEDO,SABESP. ... 109

FIGURA 39-REPRESENTAÇÃO PERCENTUAL DA CONCENTRAÇÃO DOS SÓLIDOS TOTAIS, EM CADA

PONTO AMOSTRAL, EM CADA EXTRATO DO LENÇOL DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DE

CORONEL MACEDO ... 110

FIGURA 40-REPRESENTAÇÃO PERCENTUAL DA CONCENTRAÇÃO DOS SÓLIDOS FIXOS, EM CADA

PONTO AMOSTRAL, EM CADA EXTRATO DO LENÇOL DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DE

CORONEL MACEDO ... 111

FIGURA 41-REPRESENTAÇÃO PERCENTUAL DA CONCENTRAÇÃO DOS SÓLIDOS VOLÁTEIS, EM

CADA PONTO AMOSTRAL, EM CADA EXTRATO DO LENÇOL DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA

DE CORONEL MACEDO ... 112

FIGURA 42–DISTRIBUIÇÃO DE OVOS DE ASCARIS LUMBRICÓIDES NÃO VIÁVEIS, NO PERFIL DO

LODO E EM DIFERENTES PONTOS DA LAGOA FACULTATIVA DA ETE DE CORONEL MACEDO,

SABESP ... 117

FIGURA 43-DISTRIBUIÇÃO DE OVOS DE TRICHURIS TRICHIURA NÃO VIÁVEIS, NO PERFIL DO

LODO E EM DIFERENTES PONTOS DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

(16)

FIGURA 44-DISTRIBUIÇÃO DE OVOS DE TOXOCARA CANIS NÃO VIÁVEIS, NO PERFIL DO LODO E

EM DIFERENTES PONTOS DA LAGOA FACULTATIVA DA ETE DE CORONEL MACEDO,

SABESP ... 119

FIGURA 45–REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE DESAGUAMENTO DO

LODO DA ETECORONEL,SABESP, ACONDICIONADO EM BAG EM FUNÇÃO DO TEMPO. .. 120

FIGURA 46–ESTUDO DE ALTERNATIVAS TÉCNICAS E AMBIENTAIS PARA REMOÇÃO E DISPOSIÇÃO

DE LODO DE ESGOTO DA ETECORONEL MACEDO,SABESP–ALTERNATIVA 1 ... 131

FIGURA 47–ESTUDO DE ALTERNATIVAS TÉCNICAS E AMBIENTAIS PARA REMOÇÃO E DISPOSIÇÃO

(17)

LISTA DE TABELAS

TABELA 1-SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO ADOTADOS NA REGIÃO DA UNIDADE DE

NEGÓCIOS DO ALTO PARANAPANEMA –SABESP. ... 7

TABELA 2-PRINCIPAIS PARASITOS ENCONTRADOS EM LODO DE ESGOTO, HOSPEDEIROS

NORMAIS E ACIDENTAIS E DOENÇAS CAUSADAS. ... 19

TABELA 3-TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA DE OVOS DE HELMINTOS E CISTOS DE PROTOZOÁRIOS. . 20

TABELA 4-TEOR DE SÓLIDOS SECOS E A CONSISTÊNCIA DO LODO. ... 24

TABELA 5–CONTEÚDO DE SÓLIDOS NO LODO DE ESGOTO E CARACTERÍSTICAS DE MANUSEIO. 24

TABELA 6-VARIAÇÃO DO ESTADO FÍSICO DO LODO EM RELAÇÃO AO TEOR DE SÓLIDOS. ... 25

TABELA 7-FAIXA USUAIS DE DENSIDADE E MASSAS ESPECÍFICAS DE ALGUNS TIPOS DE LODO . 25

TABELA 8-PRODUÇÃO E DESTINO FINAL DE LODO DE ESGOTO NA EUROPA. ... 35

TABELA 9-LIMITES NACIONAIS E INTERNACIONAIS DE METAIS PESADOS, PARA APLICAÇÃO DE

LODO DE ESGOTO NA AGRICULTURA.( MG.KG-1 DE LODO, BASE SECA ). ... 40

TABELA 10-VALORES LIMITES PARA SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS NA APLICAÇÃO AGRÍCOLA DE

LODO DE ESGOTO, SEGUNDO CONAMA375/2006 E A INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN) DO

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,PECUÁRIA E ABASTECIMENTO (MAPA). ... 40

TABELA 11-CLASSES DE LODO DE ESGOTO OU PRODUTO DERIVADO EM FUNÇÃO DA

(18)

TABELA 12-LIMITES MÁXIMOS DE CONTAMINANTES ADMITIDOS EM SUBSTRATOS PARA PLANTAS

E CONDICIONADORES DE SOLOS ... 41

TABELA 13-DIMENSÕES BÁSICAS DA LAGOA FACULTATIVA DE CORONEL MACEDO,SABESP.

... 52

TABELA 14–MÉTODOS UTILIZADOS PARA AS DETERMINAÇÕES MICROBILÓGICAS NAS AMOSTRAS

DE LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO -SABESP ... 74

TABELA 15–MÉTODOS UTILIZADOS PARA AS DETERMINAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS NAS AMOSTRAS

DE LODO DA LAGOA FACULTATIVA DE CORONEL MACEDO-SABESP. ... 75

TABELA 16-MÉTODOS UTILIZADOS PARA AS DETERMINAÇÕES DE METAIS PESADOS NAS

AMOSTRAS DE LODO DA LAGOA FACULTATIVA DE CORONEL MACEDO-SABESP. ... 76

TABELA 17-MÉTODOS UTILIZADOS PARA AS DETERMINAÇÕES DE PARÂMETROS ORGÂNICOS NAS

AMOSTRAS DE LODO DA LAGOA FACULTATIVA DE CORONEL MACEDO-SABESP. ... 77

TABELA 18-MÉTODOS UTILIZADOS PARA AS DETERMINAÇÕES DE PARÂMETROS FÍSICO

-QUÍMICOS NAS AMOSTRAS DE AFLUENTE E EFLUENTE DA LAGOA FACULTATIVA DE

CORONEL MACEDO-SABESP ... 78

TABELA 19-MÉTODOS UTILIZADOS PARA AS DETERMINAÇÕES DE PARÂMETROS

MICROBIOLÓGICOS NAS AMOSTRAS DE AFLUENTE E EFLUENTE DA LAGOA FACULTATIVA DE

CORONEL MACEDO-SABESP ... 79

TABELA 20-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP CONFORME A NBR10.004:2004–MASSA BRUTA –RESÍDUO LÍQUIDO ... 84

TABELA 21-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP CONFORME A NBR10.004:2004–DQO E DBOMASSA BRUTA –RESÍDUO

(19)

TABELA 22-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP CONFORME A NBR10.004:2004–NITROGÊNIO TOTAL - MASSA BRUTA –

RESÍDUO LÍQUIDO ... 85

TABELA 23-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP CONFORME A NBR10.004:2004–DADOS DE PREPARO –LIXIVIADO. ... 85

TABELA 24-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP CONFORME A NBR10.004:2004–PARÂMETROS INORGÂNICOS –LIXIVIADO. .. 86

TABELA 25-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP CONFORME A NBR10.004:2004–PARÂMETROS ORGÂNICOS –LIXIVIADO. .... 87

TABELA 26-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP CONFORME A NBR10.004:2004– CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS -MASSA

BRUTA -RESÍDUO LÍQUIDO ... 88

TABELA 27-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP CONFORME A NBR10.004:2004– DADOS DE PREPARO – SOLUBILIZADO. ... 88

TABELA 28-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP CONFORME A NBR10.004:2004– PARÂMETROS INORGÂNICOS – SOLUBILIZADO.

... 89

TABELA 29-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP CONFORME A NBR10.004:2004– PARÂMETROS ORGÂNICOS – SOLUBILIZADO.

... 90

TABELA 30-COMPARAÇÃO ENTRE OS LIMITES DOS METAIS PESADOS DA RESOLUÇÃO CONAMA

(20)

MAPA E OS RESULTADOS DAS CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS NO LODO DA ETE

CORONEL MACEDO –SABESP. ... 91

TABELA 31-CARACTERIZAÇÃO DO LODO DA LAGOA FACULTATIVA DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP, APÓS ACONDICIONADO EM BAG, CONFORME ANÁLISE AGRONÔMICA. ... 92

TABELA 32-CONCENTRAÇÕES DE SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS NO LODO DA ETE DE CORONEL

MACEDO, APÓS ACONDICIONAMENTO EM BAG E AS CONCENTRAÇÕES PERMITIDAS EM

SOLOS AGRÍCOLAS, SEGUNDO CONAMA375. ... 94

TABELA 33-COLIFORMES TERMOTOLERANTES NO LODO DE CORONEL MACEDO,SABESP,

ACONDICIONADO NO BAG EM FUNÇÃO DO TEMPO DE DESAGUAMENTO ... 96

TABELA 34-SALMONELLA NO LODO ACONDICIONADO NO BAG DA ETECORONEL MACEDO,

SABESP ... 96

TABELA 35-TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS, FIXOS E VOLÁTEIS NA ETECORONEL MACEDO,

SABESP, ANTES DE INICIAR A REMOÇÃO DE LODO, NOS PONTOS AMOSTRADOS:

P1,P2,P3,P4,P5,P6,P7,P8,P9,P10 E P11. ... 97

TABELA 36-TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS, FIXOS E VOLÁTEIS EM VÁRIAS DISTÂNCIA DA ENTRADA (

VALOR MÉDIO E DESVIO PADRÃO ) NA ETECORONEL MACEDO,SABESP ... 100

TABELA 37-TEOR DE SÓLIDOS DO LODO, EM VÁRIOS PONTOS AMOSTRADOS NA ETECORONEL

MACEDO,SABESP ... 101

TABELA 38-TEOR DE SÓLIDOS NO MESMO NÍVEL DE LODO E EM VÁRIOS PONTOS DE

AMOSTRAGEM DA ETECORONEL MACEDO,SABESP ... 108

TABELA 39-AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE E VIABILIDADE DE OVOS DE HELMINTOS EM 50 GRAMAS

(21)

DE AMOSTRAGEM, AVALIADAS PELO MÉTODO DE YANKO MODIFICADOS E RITCHIE.PONTOS:

1,2,3,4,5,6,7,8,9,10 E 11 ... 114

TABELA 40-VALORES MÉDIOS DO TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS DO LODO ACONDICIONADO NO

BAG EM FUNÇÃO DO TEMPO DA ETECORONEL MACEDO,SABESP. ... 120

TABELA 41-OVOS DE HELMINTOS ENCONTRADOS NO LODO DA LAGOA FACULTATIVA

ACONDICIONADO NO BAGA EM DESAGUAMENTO NA ETE DE CORONEL MACEDO –

SABESP, EM 50GRAMAS DE LODO.MÉTODO UTILIZADO YANKO. ... 121

TABELA 42-OVOS DE HELMINTOS ENCONTRADOS NO LODO DA LAGOA FACULTATIVA

ACONDICIONADO NO BAGB EM DESAGUAMENTO NA ETE DE CORONEL MACEDO –

SABESP, EM 50GRAMAS DE LODO.MÉTODO UTILIZADO YANKO. ... 122

TABELA 43-CISTOS DE PROTOZOÁRIOS AVALIADOS NO LODO DA LAGOA FACULTATIVA

ACONDICIONADO NOS BAGA E B EM DESAGUAMENTO NA ETE DE CORONEL MACEDO –

SABESP, EM 50GRAMAS DE LODO.MÉTODO UTILIZADO RITCHIE. ... 123

TABELA 44-ANÁLISES DE OVOS DE HELMINTOS NO LODO ACONDICIONADO EM BAG DA ETE

CORONEL MACEDO,SABESP.(OVOS.G-1 DE LODO MS) ... 124

TABELA 45-ANÁLISES DE CISTOS DE PROTOZOÁRIOS NO LODO ACONDICIONADO EM BAG DA

ETECORONEL MACEDO,SABESP.(OVOS.G-1 DE LODO MS) ... 124

TABELA 46-RESULTADOS DAS DETERMINAÇÕES DA DBO( MG.L-1) DO AFLUENTE DA ETE DE

CORONEL MACEDO,SABESP ... 125

TABELA 47-RESULTADOS DAS DETERMINAÇÕES DA DBO( MG.L-1) DO EFLUENTE DA ETE DE

CORONEL MACEDO,SABESP, ANTES DA REMOÇÃO DE LODO... 125

TABELA 48-COLETAS PONTUAIS DE AMOSTRAS NA LAGOA FACULTATIVA DE CORONEL

(22)

TABELA 49-RESULTADOS DAS DETERMINAÇÕES DA DBO( MG.L-1) DO EFLUENTE DA ETE DE

CORONEL MACEDO,SABESP, APÓS REMOÇÃO DE LODO. ... 127

TABELA 50-AVALIAÇÃO DA REMOÇÃO DA DBO APÓS A INTERVENÇÃO NA LAGOA DE ETE DE

CORONEL MACEDO,SABESP ... 127

TABELA 51-AVALIAÇÃO DA QUANTIDADE E VIABILIDADE DE OVOS DE HELMINTOS EM 40 LITROS

DE AFLUENTE E EFLUENTE DA ETECORONEL MACEDO –SABESP PELO MÉTODO YANCO (

2008).CONCENTRAÇÃO 80 VEZES. ... 128

TABELA 52-CONFIGURAÇÃO E QUALIDADE MÉDIA DO ESGOTO BRUTO E DO ESGOTO TRATADO

(23)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

BS Base seca

CaO Óxido de Cálcio

Ca(OH)2 Hidróxido de Cálcio

ºC Grau Celsius

CEMAGREF Centre National du Machinisme Agricole du Génie Rural des Eaux et des Forêts

CNRH Conselho Nacional de recursos Hídricos

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

CH4 Metano

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

CO2 Gás carbônico

DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica

D dia

DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio

DQO Demanda Química de Oxigênio

D.D Decisão de Diretoria

E East (leste)

E. Coli Escherichia coli

EIA Estudo de Impacto Ambiental EPA Environmental Protection Agency ETE Estação de Tratamento de Esgoto EUA Estados Unidos da América

FUNDAG Fundação de Apoio a Pesquisa Agricola

H+ íon hidrogênio

ha hectare

hab Habitante

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

K constante kg Quilograma Km Quilometro L Litro M metro mg miligrama µ µ µ µm micrometro

MAPA Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento

MS Massa seca

N Norte

NBR Norma Brasileira

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NH3 Amônia

NO3- Nitrato

NMP Número mais provável

OMS Organização Mundial da Saúde

OD Oxigênio Dissolvido

pH potencial hidrogeniônico

PNMA Política Nacional do Meio Ambiente

PRAD Plano de Recuperação de Área Degradada PVC Cloreto de polivinila

RIMA Relatório de Impacto Ambiental

SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná

DAS Sistema de Defesa Agropecuária SES Secretaria de Estado da Saúde

SERHS Secretaria de energia, recursos hídricos e saneamento SMA Secretaria do Meio Ambiente

STF Sólidos Totais Fixos

SST Sólidos de Suspensão Total

SM 21 Standard Methods for Examination of Water and Wastewater -21Th Edition STV Sólidos Totais Voláteis

ST Sólidos Totais

T tonelada

TS Teor de Sólidos

UFF Unidade Formadora de Foco

UGRHI Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos UFP Unidade Formadora de Placa

USEPA United States Environmental Protection Agency UTM Universal Transversa de Mercator

(25)

1. INTRODUÇÃO

Segundo o IBGE (2007), 66,8% dos domicílios brasileiros possuem rede coletora de esgoto sanitário e apenas 12% é tratado. Portanto, o esgoto é lançado diretamente “in natura” nos mananciais na maioria dos municípios brasileiros. Na tentativa de reverter o crescente comprometimento de importantes mananciais e de amenizar o impacto ambiental e de saúde pública, foram criadas nos últimos anos políticas de incentivo ao saneamento básico, com a implantação de redes coletoras de esgotos e a instalação de Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs).

O crescimento populacional nos grandes centros urbanos e a busca por ambientes saudáveis acarreta um aumento, geração e coleta de esgoto, e consequentemente na produção de resíduos, quando estes são tratados – lodo de esgoto. Este, rico em matéria orgânica e nutriente, necessita de uma adequada disposição final. Entretanto, a maioria dos projetos de tratamento, não contempla o destino final do lodo produzido, podendo com isso anular parcialmente os benefícios da coleta e do tratamento dos efluentes.

Na Unidade de Negócio do Alto Paranapanema da SABESP, localizada na região sudoeste do Estado de São Paulo, os sistemas de tratamento de esgotos são constituídos em sua quase totalidade por lagoas de estabilização, as quais foram em sua grande maioria, instaladas nas décadas de 80 e 90. Estas vêm sendo operadas por muitos anos sem a remoção de lodo e areia, com comprometimento natural da sua eficiência.

(26)

Algumas medidas operacionais foram sugeridas e avaliadas e foi definido pela empresa em recuperar o sistema pela remoção do material acumulado no fundo da lagoa, principalmente lodo e areia.

Entre as varias opções analisadas, em princípio, optou-se por realizar a dragagem, seguida da aplicação de polímero e centrifugação, utilizando um equipamento móvel. Após esta fase, o lodo ainda deveria estar com uma relação de sólidos em torno de 25%.

À partir de então, deveria ser dada uma destinação para o lodo que resultasse em menor custo para a empresa e atendesse a legislação. Entre as destinações analisadas pela empresa, a mais interessante seria enviar a um aterro sanitário licenciado, nas proximidades da fonte geradora. Entretanto, a falta de aterros sanitários licenciados na região para disposição deste produto e a necessidade de pré-condicionamento do lodo da lagoa para remoção de materiais estranhos como pedaços de pau, de metais, plásticos, pedras etc. antes de encaminhamento para centrifuga, inviabilizaram esta proposta.

Alternativas que atendesse a legislação e resultasse em baixo custo final passaram a ser analisadas. A disposição no solo para uso agrícola passou a ser uma opção interessante, entretanto, o material necessitaria de um pós-tratamento para remoção de patógenos. Sugeriu-se então testar o sistema de acondicionamento e deságue complementar em BAG, com a finalidade de reduzir a quantidade de água da massa e verificar a possibilidade de remoção de patógenos ao nível da CONAMA 375 de 2006, para o caso da disposição na agricultura. Esta é uma forma de reciclar os nutrientes e a matéria orgânica, retornando os elementos aos ciclos biogeoquímicos. Além da citada CONAMA, o lodo a ser destinado ao uso agrícola, como fertilizante ou condicionador de solo, deve atender as regras definidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

(27)

Neste sentido avaliou-se a técnica de remoção, deságue e acondicionamento em BAG, com a finalidade de dispor o produto na agricultura.

Espera-se assim contribuir para tomadas de decisões mais ambientalmente corretas em relação à disposição de lodo de lagoa de estabilização.

(28)

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Avaliação quantitativa e qualitativa do lodo acumulado em lagoa facultativa e seu acondicionamento em BAG.

2.2. Objetivos Específicos

I. Avaliação da quantidade de lodo removido após alcance do horizonte de projeto e comparação com a literatura;

II. Determinar a concentração média de sólidos no lodo da lagoa; III. Caracterizar o lodo conforme a ABNT 10004 e CONAMA 375;

IV. Verificar o decaimento da viabilidade dos ovos de helmintos com o tempo de deságüe e acondicionamento do lodo em BAG’s de polipropileno;

V. Avaliar a performance do tratamento da lagoa com relação a ovos de helmintos, durante a operação de remoção;

VI. Avaliar a remoção da patogenicidade do lodo quanto aos parâmetros coliformes termotolerantes e Salmonellas em função do tempo de armazenamento e deságue;

VII. Avaliar o produto final quanto a sua adequação para aplicação na agricultura mediante a CONAMA 375 de 2006 e legislação complementar do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

(29)

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Na Unidade de Negócio do Alto Paranapanema - SABESP, localizada na região sudoeste do Estado de São Paulo, os sistemas de tratamento de esgotos são constituídos em sua quase totalidade por lagoas de estabilização, as quais foram em sua grande maioria instaladas nas décadas de 80 e 90 (SABESP, 2007). A Tabela 1 descreve e quantifica os principais sistemas instalados.

Tabela 1 - Sistemas de tratamento de esgoto adotados na região da Unidade de Negócios do Alto

Paranapanema – SABESP.

Tipo de tratamento Quantidades

Sistema australiano 19

Sistema australiano + lagoa de maturação 1

Lagoa facultativa 25

Lagoa anaeróbia 1

Lagoa aerada + Sedimentação 2

Filtro biológico aerado 1

Fossa Filtro 8

Vala de infiltração 1

Total de sistemas 58

(30)

3.1 Lagoas Facultativas

As lagoas facultativas são dispositivos de tratamento para os quais são encaminhados esgotos brutos ou pré-tratados, visando estabilização bioquímica da matéria orgânica afluente principalmente por meio do metabolismo de microrganismos aeróbios e facultativos. Estes microrganismos utilizam de oxigênio produzido pelas algas que aí proliferam devido a manutenção de condições ambientais favoráveis, tais como elevados tempo de detenção hidráulico, luz, etc. Os microorganismos anaeróbios se encontram na camada de lodo que se forma no fundo da lagoa. Também podem ser definidas como um corpo de água lêntico, construído pelo homem, e destinados a armazenar resíduos líquidos de natureza orgânica, esgoto sanitário bruto e sedimentado, despejos industriais orgânicos e oxidáveis ou águas residuárias oxidadas. Seu tratamento é feito por processos naturais: físicos, biológicos e bioquímicos, denominados autodepuração ou estabilização (UEHARA,1989).

Segundo ARAÚJO (2000), o processo de tratamento de esgoto nas lagoas facultativas ocorre com taxas mais lentas, sendo necessário tempo de detenção entre 15 e 45 dias em função da cinética de remoção de DBO e do regime hidráulico da lagoa. Menores tempos de detenção podem ser adotados em regiões de clima mais quente. Para locais com esgotos concentrados (baixa vazão per capta e alta DBO), o tempo de detenção tende a ser elevado.

JORDÃO & ARAÚJO (2005), considera que o uso de lagoa facultativa é uma solução simples de baixo custo quando se dispõe de área com topografia adequada, solo com características impermeáveis e de custo de aquisição de terreno acessível. Sendo que elas podem operar sozinhas ou a jusante de uma lagoa aerada ou anaeróbia. Quando bem dimensionadas e não estão sobrecarregadas organicamente raramente uma lagoa facultativa produz odores. Entretanto, recomenda-se que não sejam construídas, junto a áreas residenciais e que deve-se levar em consideração o sentido predominante dos

(31)

ventos e localizá-las a pelo menos 500 metros das áreas residenciais ou outro tipo de ocupação urbana.

Uma das maiores vantagens das lagoas de estabilização é a sua capacidade de remoção de organismos patogênicos. Os cistos de protozoários e ovos de helmintos são removidos essencialmente pela ação da sedimentação (VON SPERLING, 2005).

Segundo um estudo feito pelo autor, com dados provenientes de 186 lagoas facultativas e de maturação espalhadas em diferentes partes do mundo, este apresentou valores médios de eficiência na remoção de coliformes termotolerantes: 98% para lagoas facultativas primárias, de 90% para lagoas facultativas secundárias, e de 94% para cada lagoa de maturação em série (VON SPERLING, 2005).

3.1.1 Princípio De Funcionamento

Ao longo do percurso do esgoto entre a entrada e saída da lagoa, que demora vários dias, uma série de mecanismos contribuem para o tratamento dos esgotos. Estes mecanismos ocorrem nas três zonas das lagoas denominadas: zona anaeróbia, zona aeróbia e zona facultativa (VON SPERLING, 1996).

A zona anaeróbia é constituída pela matéria orgânica sedimentada, dando origem ao lodo presente no fundo da lagoa. Esse lodo é decomposto anaerobiamente e convertido principalmente a CO2 e CH4, restando após um longo período, somente o

material inerte ali sedimentado (KELLNER & PIRES, 1998).

Durante o inverno a atividade bacteriana no lodo do fundo da lagoa é diminuída pelas baixas temperaturas, sendo o limite inferior de 15°C, ou seja, com temperaturas abaixo deste valor os microrganismos têm pouca atividade. Nessa ocasião acumula-se matéria orgânica no fundo, e a espessura do nível de lodo aumenta progressivamente. Com a elevação da temperatura, ao final do inverno, a atividade bacteriana aumenta, e toda massa de lodo acumulada durante o inverno passa a ser rapidamente estabilizada,

(32)

com a consequente liberação para o meio líquido de razoável quantidade de compostos orgânicos ( SILVA & MARA, 1978 ).

Os autores Silva & Mara (1978), observaram que nas temperaturas maiores do que 15°C desenvolve-se uma intensa digestão anaeróbia e, como decorrência desta, raramente a espessura da camada de lodo ultrapassa a 0,25m e frequentemente é muito menor do que este valor. Raramente se torna necessária a remoção do lodo, o que pode ocorrer a cada 10 ou 15 anos. Estudos realizados em uma lagoa facultativa primária no Espírito Santo por Gonçalves et al., (1999), estes relatam que a taxa de acumulação de lodo foi de 1,53 cm.ano-1 ou 0,07 L.hab-1.d-1, resultando uma formação de uma camada de lodo com altura de 26,7 cm em 18 anos de operação.

Segundo Von Sperling (1996), os meses de verão não são necessariamente os meses de melhor desempenho da lagoa, haja vista a estabilização anaeróbia do lodo de fundo gerar subprodutos solúveis não estabilizados, os quais ao serem reintroduzidos na massa liquida superior, são responsáveis por uma nova carga de DBO.

De acordo com Andrade Neto (1997) composto mal cheiroso como o gás sulfídrico, por exemplo, que se forma principalmente na camada de lodo do fundo, é normalmente oxidado em meio aeróbio e, via de regra, não alcança a superfície. Assim, não há problemas de mau odor, salvo esporádicos problemas de sobrecarga ou variações bruscas de temperatura. Nas regiões onde ocorrem variações bruscas de temperatura, aconselha-se empregar profundidades maiores que 1,20 m, normalmente de 2,0 a 2,5 m, fazendo com que a massa líquida funcione como um isolante térmico, já que a água possui baixo coeficiente de condutividade térmica (KELLNER & PIRES, 1998).

A zona aeróbia ocorre nas camadas superiores do estrato líquido, parcialmente claro, onde acontece a penetração da luz, a qual permite o desenvolvimento do processo aeróbio (ANDRADE NETO, 1997; VON SPERLING, 1996). A penetração da luz é obstaculada pela turbidez do líquido, turbidez essa causada principalmente pela presença de algas. A produção de oxigênio não depende apenas da energia luminosa, mas de

(33)

diversos outros fatores, como disponibilidade de nutrientes e da temperatura do meio. Em meios onde há fartura de nutrientes, como no caso do tratamento de esgotos sanitários, tanto a temperatura quanto a luminosidade do ambiente podem se tornar fatores limitantes.

Segundo Uehara (1989), a produção de oxigênio dissolvido oscila de acordo com a profundidade, hora do dia, estação do ano e nebulosidade. Nas lagoas facultativas, em certas horas do dia, o oxigênio fotossintético em grande parte encapsulado em finas bolhas pode chegar às camadas superficiais em concentrações superiores a 35 mg.L-1, condição de supersaturação. Durante a madrugada, as concentrações de OD caem a valores na ordem de 0,50 mg.L-1 a 2,0 mg.L-1e na maioria das lagoas a partir das duas horas da madrugada não se verifica a presença de oxigênio, condição esta que limita o desenvolvimento da piscicultura. O autor Mendonça (1990), relata que as maiores concentrações de oxigênio são registradas à tarde entre 12 e 16 horas. Esta fotossíntese intensa causa um aumento no pH até valores de 10,5, devido ao consumo de gás carbônico pelas algas durante o processo da fotossíntese (BRANCO, 1978).

Quando há uma elevação do pH acima desses valores, ocorre uma redução do número de bactérias, precipitação de fosfatos de cálcio e perda parcial da amônia para a atmosfera. Por um lado, se a mortandade e ou redução das bactérias entéricas (E. Coli) apresenta-se como um aspecto positivo desse comportamento das algas, por outro, um decréscimo da população saprófita pode ser prejudicial aos processos de decomposição da matéria orgânica (UEHARA, 1989).

Segundo Von Sperling (1996), a zona onde pode haver a presença ou ausência de oxigênio, é denominada Zona Facultativa. Tendo em vista que a fotossíntese só ocorre durante o dia, fazendo com que à noite, possa prevalecer a falta de oxigênio na maior parte da coluna líquida. Devido a estes fatos é importante que haja diversos grupos de bactérias, responsáveis pela estabilização da matéria orgânica, que possa sobreviver e proliferar, tanto na presença quanto na ausência de oxigênio. Na ausência de oxigênio livre, são utilizados outros aceptores de elétrons, como nitratos e sulfatos e CO2.

(34)

As algas utilizam o CO2 desprendido pelas bactérias como fonte de carbono,

sintetizam a matéria necessária a seu próprio desenvolvimento (protoplasma das algas) e liberam oxigênio em presença de energia solar. São assim as algas responsáveis pela produção da maior parte do oxigênio dissolvido na lagoa, necessário para satisfazer a demanda de oxigênio das bactérias. As algas necessitam de luz solar, se localizam preferencialmente na camada superior normalmente entre 0,15 e 0,40 m de profundidade (JORDÃO & PESSOA, 2005).

Segundo Uehara (1989), quando o sistema entra em funcionamento com poucos habitantes, a taxa de aplicação é baixa e, como conseqüência, grandes tempos de detenção são disponíveis. Neste período a lagoa apresenta excelentes rendimentos na remoção de DBO e coliformes termotolerantes, predominância durante o dia de altos valores de pH (9 a 11). Ocorre também a diversificação da população de seres vivos na lagoa, o aparecimento de certos predadores como protozoários e as Daphnias, que se alimentam das algas e bactérias e são mais comuns em lagoas de polimento.

Por outro lado, uma lagoa facultativa excessivamente carregada organicamente permite um crescimento rápido de bactérias, implicando num aumento da demanda de oxigênio que pode ser suprida pela ação das algas ou do vento. Disso decorre a morte das algas e o declínio do oxigênio dissolvido, condições estas que levam à anaerobiose da lagoa, à produção de odor e à redução da eficiência global do sistema.

Para Uehara (1989), a necessidade do estabelecimento da máxima carga orgânica superficial em uma lagoa de estabilização facultativa primária ou secundária, assegura duas condições essenciais. A primeira que a operação se processe sem emanação de odores. Para que isso ocorra, a demanda de oxigênio pelas bactérias e algas não deve ser superior a capacidade de reoxigenação resultante da fotossíntese e da reaeração superficial. A segunda que a qualidade do efluente, obtida numa primeira lagoa, determine o tamanho da lagoa subseqüente, isto é, quanto menor for a remoção de DBO na primeira célula, maior será o tamanho das lagoas subsequentes.

(35)

Segundo Rocha et al., (1999), a diversidade e a biomassa são muito influenciados pala carga orgânica aplicada na lagoa. De acordo com Uehara, (1989), nas lagoas primárias que recebem carga de 300 Kg.DBO.ha-1.d-1, verifica-se uma menor diversidade do fitoplâncton, prevalecem aquelas espécies mais resistentes como as do gênero

Chlamydomonas. Em lagoas secundárias onde a carga orgânica é mais baixa observa-se que as populações e as espécies de algas são mais numerosas. As do gênero Chlorella, por estarem mais associadas a essas condições, predominam na zona fótica. Em lagoas facultativas, o efluente final apresenta elevadas concentrações de algas (104 a 106 algas.mL-1).

Os mecanismos das lagoas de estabilização relatados por Brito (1994), consistem na ação das bactérias e dos vegetais subaquáticos clorofilados: as primeiras, decompondo a matéria orgânica, e as segundas fornecendo oxigênio para ser utilizado pelas primeiras. As bactérias heterotróficas aeróbicas atuando sobre a matéria orgânica do esgoto lançado na lagoa oxidam-se e a decompõem em moléculas mais simples e estáveis que serão utilizadas pelas algas como nutrientes.

Como o processo fotoquímico, as algas liberam um subproduto, o oxigênio, que será utilizado pelas bactérias na respiração, oxidando a matéria orgânica do esgoto. A Figura 1 mostra os princípios de funcionamento de uma lagoa facultativa.

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Figura 1 -

Em lagoas de estabilização, as bactérias patogênica

pertencem aos gêneros Salmonella, Shighella, Escherichia, Leptospir e Vibrio.

Essas bactérias assim encontradas são normalmente, incapazes de multiplicar ou sobreviver por longos períodos de tempo, pelas seguintes razões

 Elevados valores de pH provocados pelo consumo de CO lagoas facultativas;

Princípios de funcionamento de uma lagoa facultativa.

Fonte: JORDÃO & PESSOA, 2005

Em lagoas de estabilização, as bactérias patogênicas geralmente encontradas

Salmonella, Shighella, Escherichia, Leptospir e Vibrio.

Essas bactérias assim encontradas são normalmente, incapazes de multiplicar ou sobreviver por longos períodos de tempo, pelas seguintes razões (UEHARA, 1989):

Elevados valores de pH provocados pelo consumo de CO

Princípios de funcionamento de uma lagoa facultativa.

s geralmente encontradas

Salmonella, Shighella, Escherichia, Leptospir e Vibrio.

Essas bactérias assim encontradas são normalmente, incapazes de multiplicar-se (UEHARA, 1989):

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 Efeito bactericida dos raios ultravioletas do sol;

 Competição, por nutrientes, entre os organismos saprófitas e os patogênicos;  Depredação pelo próprio Zooplâncton;

 A existência de certos compostos que são tóxicos para algumas bactérias;

 Nas lagoas de estabilização, principalmente quando associadas em série, as reduções de bactérias são muitas vezes superiores a 99,99%. Em números absolutos, contudo, a quantidade de organismos no efluente é ainda bastante elevada.

3.1.2. Papel Do Zooplâncton E Suas Características

Segundo Esteves (1998), zooplâncton compreende um grupo de animais de diferentes categorias sistemáticas, tendo como característica comum à coluna de água como seu habitat principal. Em sua grande maioria o zooplâncton é formado por protozoários (flagelados, sarcodinas e ciliados) e por vários grupos metazoários. Entre estes se destacam: rotíferos, cladóceros, copépodos e larvas de inseto. Apesar da sua importância nas lagoas de estabilização, não haver sido totalmente investigada, o seu significado no ecossistema e na eficiência das lagoas permite tecer algumas considerações de ordem pratica (UEHARA, 1989).

A presença de Rotíferos, Cladóceras (Daphnia) e Copepóides é esperada nas lagoas secundárias e nas lagoas de maturação ou polimento quando, em grande número, afetam o balanço de oxigênio pelo extermínio ou diminuição do número de algas e aumento da demanda respiratória. Contribuem também na estabilização dos processos de tratamento, pois, como se alimentam de bactérias, protozoários, partículas orgânicas em suspensão, podem, desta forma, clarificar o efluente. Predadores que se alimentam de bactérias, detritos orgânicos particulados e protozoários menores, os protozoários desempenham também, importante papel na clarificação do efluente.

(38)

3.1.3. Helmintos E Protozoários

Parasito é um ser organizado que durante sua vida, ou parte dela, vive às custa de outro, nele se nutrindo e causando algum dano. Dentro deste grupo estão incluídos os helmintos e protozoários parasitos.

Os helmintos e protozoários intestinais, durante sua fase parasitária, vivem no trato gastrointestinal do hospedeiro (homem ou animais) e seus ovos ou cistos são eliminados para o exterior junto com as fezes (THOMAZ SOCCOL et al. 1999).

Os ovos de helmintos sofrem transformações originando larvas que darão continuidade aos ciclos evolutivos e atingirão novos hospedeiros. Para que ocorram estas transformações, cinco condições básicas são necessárias: oxigênio, umidade, temperatura, radiação solar e pH do solo. A falta de uma destas condições, ou sua alteração, pode comprometer a continuidade do desenvolvimento biológico do parasito, ou então ele permanece em latência até encontrar condições favoráveis para retomar seu ciclo biológico. No meio exterior os ovos de nematóides geralmente não sofrem multiplicação. A exceção é o Strongyloides sp, mesmo assim só ocorrerá se as condições externas de temperatura, umidade e oxigênio forem favoráveis às necessidades do parasito. Nos ciclos dos trematóides ocorre multiplicação na fase exógena, mas para que ela ocorra é necessário um hospedeiro intermediário (moluscos) que não está presente no lodo. Os cestóides, igualmente necessitam de hospedeiros intermediários (mamífero ou artrópode) no qual pode ou não ocorrer multiplicação (THOMAZ SOCCOL et al. 1999).

Os cistos de protozoários eliminados com as fezes não se multiplicam no meio externo. Eles sobrevivem pouco tempo no meio ambiente.

Os ovos larvados de helmintos e cistos de protozoários são infectantes para o homem e para os animais pela ingestão de água ou alimentos contaminados com os mesmos. O grau de infecção e a natureza do parasito têm papel importante na patogenicidade causada no hospedeiro. A capacidade patogênica é variável, pode-se

(39)

distinguir: agentes patogênicos oportunistas (induzem a doença em caso de diminuição de imunidade do hospedeiro).

Os parasitos, geralmente, apresentam especificidade de hospedeiro e podem ser representados esquematicamente por:

• Específicos para um hospedeiro, no caso de parasitos monoxênicos (necessitam de apenas um hospedeiro para completar o ciclo biológico) como Ascaris

lumbricoides e Trichuris trichiura, são infectantes apenas para o homem;

• Específicos para os hospedeiros intermediários, no caso de parasitos heteroxênicos (precisam de mais de um hospedeiro para completar o ciclo biológico). Neste caso, o risco direto é para o hospedeiro intermediário, mas, na seqüência, representa risco para o hospedeiro definitivo. Exemplo disso é o ovo da Taenia, que é infectante para bovinos e suínos (hospedeiros intermediários) num primeiro tempo, porém, se o homem (hospedeiro definitivo) ingerir carne infectada destes animais vai desenvolver o parasito adulto no intestino. No caso da Taenia solium, o homem pode ser tanto hospedeiro intermediário como hospedeiro definitivo. Para ser hospedeiro intermediário ele deve ingerir ovos de Taenia solium (através de verduras, frutas, mãos contaminadas com ovos) enquanto que para ser hospedeiro definitivo ele deve ingerir carne de suíno contendo Cysticercus cellulosae;

• Hospedeiros acidentais. Certos parasitos animais, como por exemplo, o

Toxocara canis, parasitam habitualmente os cães. No entanto, o homem, ao ingerir ovos larvados destes parasitos, funcionará como hospedeiro acidental, uma vez que a evolução do ciclo é abortiva. Porém, o início do desenvolvimento do ciclo, no homem, pode ter repercussão patológica grave conhecida como larva migrans visceral (THOMAZ SOCCOL

et al.,1999).

Segundo a OMS (1990) as helmintíases mais frequentes no mundo são: enterobíase (103 milhões por ano), ascaridíase (900 milhões/ano), ancilostomíase (800 milhões/ano) e tricuríase (500 milhões/ano). Elas afetam o homem, tanto em países desenvolvidos quanto em países do terceiro mundo. Evidentemente, há uma variabilidade

(40)

na taxa de infecção nas respectivas populações. Os principais parasitos e sintomas que eventualmente eles podem causar são mostradasna Tabela 2.

De acordo com Thomaz Soccol et al. (1999), o tempo de sobrevivência dos ovos de helmintos e cistos de protozoários no meio varia com a espécie, condições de temperatura ambiente, umidade, pH do solo, oxigênio e luz solar e pode variar de alguns meses a anos para os helmintos e de alguns dias para protozoários, conforme Tabela 3.

(41)

Tabela 2 - Principais parasitos encontrados em lodo de esgoto, hospedeiros normais e acidentais e doenças

causadas.

Parasito Hospedeiro Principais Sintomas

Nematóides

Ascaris lumbricoides Homem nutricionais, vômito, dor Distúrbios digestivos e

abdominal.

Ascaris suum Suíno nutricionais, Distúrbios digestivose

emagrecimento/tosse, febre.

Necator americanus Homem Anemia, emagrecimento

Trichuris trichiura Homem peso, dor abdominal. Diarréia, anemia, perda de

Toxocara canis Cães/Homem

Emagrecimento, diarréia/ febre, desconforto abdominal, sintomas neurológicos

Trichostrongylus axei Bovinos/Homem Gastrite/úlcera gástrica

Cestóides

Taenia solium Homem/Suíno

Distúrbios digestivos, insônia, anorexia, dor abdominal, sintomas nervosos/ emagrecimento

Taenia saginata Homem/Bovinos Distúrbios digestivos, insônia, anorexia, dor abdominal,

emagrecimento

Hymenolepis nana Homem/Artrópodes Diarréia, sinais nervosos

Hymenolepis diminuta Roedores /Artrópodes Distúrbios digestivos

Echinococcus granulosus Cães/Ovinos/Homem Distúrbios digestivos, hepáticos e pulmonares

Protozoários

Entamoeba histolytica Homem Enterite aguda

Giárdia lamblia Homem/cães/gatos Diarréia, perda de peso

Toxoplasma gondi Gatos/Homem/Mamíferos/Aves Alterações de sistema nervoso, coriorretinite

Balantidium coli Homem/Suínos Distúrbios digestivos

Cryptosporidium Homem/Bovinos Gastrointerite

(42)

Tabela 3 - Tempo de sobrevivência de ovos de helmintos e cistos de protozoários.

Parasito Tempo de sobrevivência Condições ambientais

Médio Máximo

Ascaris 3 meses 7 – 14 anos Verão/Inverno

Toxocara 8 meses 7 anos 25ºC/inverno

Trichuris 3 meses 2 anos 25ºC/inverno

Taenia 60 dias 1 ano Verão/Inverno

Protozoário 2 dias 15 dias 20 – 30ºC

Fonte: (Sanepar, 1999)

Estudos epidemiológicos têm mostrado que parasitos intestinais (ovos de helmintos e protozoários) presentes no lodo representam riscos para a saúde humana e ou animal. Estes riscos são devidos:

• A ampla distribuição geográfica que os helmintos e protozoários apresentam; • A alta frequência de parasitismo na população em diferentes partes do mundo;

• Longo tempo de sobrevivência dos ovos de helmintos no meio externo;

• A sua baixa dose infectante (um ovo ou um cisto é suficiente para infectar o hospedeiro);

• Ausência de imunidade permanente no hospedeiro.

Os ovos de helmintos foram escolhidos como indicadores da sanidade do lodo por serem comprovadamente os organismos mais resistentes aos processos de higienização, portanto, quando estes forem eliminados, outros organismos patogênicos como, por exemplo, as bactérias também estarão controladas. Sabe-se que, dentre os microrganismos, os ovos de helmintos são os que apresentam maior resistência de vida dentro do lodo de esgoto e alguns ovos podem permanecer viáveis por até 7 anos, quando em condições ideais ( THOMAZ SOCCOL et al., 1999; PAULINO et al., 2001;

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REY, 2001).

Há de se destacar, que mesmo uma contagem “zero” não garante que o lodo esteja completamente livre de ovos de helmintos, tendo em vista que nenhuma das metodologias de enumeração garante um percentual de recuperação de 100% dos ovos eventualmente presentes nas amostras processadas. Outro fator considerando a contagem e viabilidade diz respeito à própria coleta de amostras, pois a distribuição dos ovos torna-se muito heterogênea ao longo do perfil.

Já a umidade juntamente com a incidência solar e a temperatura, constitui importante fator limitante ao desenvolvimento fisiológico do microrganismo, pois o teor de água do meio pode modificar efeitos da temperatura sobre os organismos.

Em relação à umidade do lodo para o processo de higienização pode-se considerar que cistos de protozoários, ovos e larvas de alguns helmintos pertencentes ao filo dos platelmintos mostram-se geralmente muito mais sensíveis à dessecação, quando encontrados no meio exterior (REY, 1991).

3.2 Eficiência E Padrões De Lançamento Das Lagoas

As lagoas de estabilização apresentam excelente eficiência de tratamento. A matéria orgânica dissolvida no efluente das lagoas facultativas é bastante estável, e a DBO geralmente encontra-se numa faixa de 30 a 50 mg.L-1, havendo uma separação de

algas, esta concentração pode reduzir-se para 15 a 30 mg.L-1. A eficiência de remoção de

DBO se situa na faixa de 70 a 85%. Como pode ser observado por estudos realizados por Oliveira (1999), em dois sistemas (Mata da Serra e Barcelona) constituídos por lagoa do tipo facultativa única no município da Serra/ES, no período de 1984 a 1994, apresentaram as seguintes médias de eficiência para os padrões de DBO, DQO, SST: o primeiro sistema localizado em Mata da Serra apresentou uma média de redução de DBO de 78%, redução de DQO de 41% e para SST de 11%. O segundo sistema de Barcelona apresentou uma redução de DBO de 85%, DQO de 67% e SST de 61%.

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Nem sempre o objetivo será a remoção da DBO ou da DQO. Interessará muitas vezes a remoção de organismos coliformes, e tem-se alcançado até 99,999% de eficiência em lagoas de maturação e em série. A eficiência na remoção de nitrogênio se situa entre 30 a 50% e a de fósforo entre 20 a 60%. Modernamente se aceita que as lagoas devam cumprir dois objetivos principais: a proteção ambiental, e nesse caso tem-se em vista principalmente a remoção da DBO; e a proteção da saúde pública e aí tem-se visa à remoção de organismos patogênicos (JORDÃO & PESSOA, 2005; VON SPERLING, 1996c).

Em princípio, um efluente deve satisfazer, tanto o padrão de lançamento quanto ao padrão de qualidade do corpo receptor (segundo a sua classe conforme CONAMA 357/2005). O padrão de lançamento no estado de São Paulo, Decreto Estadual 8468/1976 pode ser exercido caso os padrões de qualidade do corpo receptor sejam resguardados, desde que autorizado pelo órgão ambiental estadual, e demonstrado por estudos de impacto ambiental, fixados o tipo de tratamento e as condições de lançamento.

3.3 Lodo

A composição do esgoto varia em função do local de origem, ou seja, se proveniente de uma área tipicamente residencial ou tipicamente industrial, da época do ano, entre outros fatores. Segundo Melo & Marques, (2000) , é geralmente composto de 99,99% de água e 0,01% de sólidos. Os sólidos são 70% orgânicos (proteínas, carboidratos e lipídeos) e 30% inorgânicos (areia, sais , metais).

A necessidade estratégica de se preservar os recursos naturais como a água, suas fontes e mananciais, conduz à tomada de ações que resultam em medidas que culminam no tratamento de efluentes e o seu reúso, bem como a disposição adequada do lodo removido após sua estabilização (aterro sanitário, agricultura, compostagem, recomposição de áreas degradadas etc.).

A conscientização ambiental da sociedade, além da pressão exercida por órgãos fiscalizadores e do Ministério Público, faz com que se busquem formas de tratamento e

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disposição final ambientalmente correta, de forma que as matérias-primas consumidas pelas atividades humanas retornem para os ecossistemas de uma forma positiva, reduzindo a contaminação do meio.

O processo de tratamento separa as impurezas presentes no esgoto, produzindo lodos ainda na forma líquida representando cerca de 1% a 2% do volume de esgoto tratado. Entretanto, o custo para seu tratamento e disposição final é da ordem de 20% a 40% do custo operacional de uma estação de tratamento de esgoto (ETE). Para cada processo adotado na ETE, o lodo pode ser submetido a diferentes tipos de tratamento: adensamento, estabilização, acondicionamento e desidratação antes de sua disposição final. De um modo geral, o adensamento é utilizado para a redução da massa de lodo, a estabilização para redução de microrganismos patogênicos e controle de odor, a desidratação e a secagem, para remoção de água e redução do volume de lodo (TSUTYA, 2000).

Gonçalves (1999) denomina lodo ao material que se deposita no fundo das lagoas de estabilização ao longo dos anos de funcionamento, sendo constituído por compostos inorgânicos aportados pelo esgoto, microrganismos, e subprodutos da atividade dos microrganismos. Tomando-se por base os mecanismos que resultam no tratamento de esgotos em lagoas de estabilização do tipo facultativas, o lodo ocupa o compartimento anaeróbio do processo, ou seja, a região do fundo da lagoa, onde ocorre a deposição do material sedimentável presente no esgoto, ou que foram gerados como subprodutos nos compartimentos superiores, e sua subseqüente degradação pela via anaeróbia.

A taxa de acumulo média de lodo em lagoas facultativas é da ordem de apenas 0,03 a 0,08 m³/hab. ano (ARCEIVALA, 1981).

A maioria das Estações de tratamento de esgotos (ETEs) em atividade no Brasil interrompe o processo de tratamento do lodo após operação de deságüe, realizada tradicionalmente por meio de filtro prensa ou centrifugas. Entretanto, nesta etapa, a torta de lodo resultante ainda contém uma quantidade de líquidos em torno de 70% a 80%. A grande quantidade de líquido inviabiliza o manuseio e encarece o transporte de resíduo

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até o seu destino final. Na disposição em aterros sanitários, resulta em uma elevada geração de chorume. Outro problema é que neste estágio de tratamento o lodo ainda não esta livre de patógenos. Para enfrentar e resolver esse problema é preciso acrescentar mais uma etapa no processo de secagem (ZAPOROLLI, 2007).

A umidade influi nas propriedades mecânicas do lodo, sendo que estas influenciam no tipo de manuseio e de disposição final do lodo (VAN HAANDEL & LETTINGA, 1994). A relação entre a umidade e as propriedades mecânicas estão mostradas nas Tabela 4,Tabela 5 Tabela 6.

Tabela 4 - Teor de sólidos secos e a consistência do lodo.

Teor de sólidos ( % ) Umidade ( % ) Consistência do lodo

0 a 25 75 a 100 lodo fluido

25 a 35 65 a 75 torta semi-sólida

35 a 60 40 a 65 sólido duro

60 a 85 15 a 40 lodo em grânulos

85 a 100 0 a 15 lodo desintegrado em pó fino

Fonte: Van Haandel e Lettinga, (1994)

Tabela 5 – Conteúdo de sólidos no lodo de esgoto e características de manuseio.

Tipo de lodo Conteúdo típico de sólidos (%) Tipo de transporte

Liquido 1 a 10 Gravidade, bombeamento,

,canalizações e Caminhão tanque. Torta (“úmido”) 10 a 30 Caminhão, caçamba, Brooks,

contêiner

“Seco” 50 a 90 Caminhão graneleiro

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Tabela 6 - Variação do estado físico do lodo em relação ao teor de sólidos.

Teor de sólidos totais (%) Teor de umidade (%) Estado Físico

0 a 10 90 a 100 Lodo líquido

10 a 25 75 a 90 Lodo pastoso

>25 < 75 Lodo sólido

14 a 17% se ST: dificuldade para estocar em leiras altas.

>18% de ST: estocagem em montes estáveis, com taludes de até 45º.

Fonte: CEMAGREF (1990).

A Tabela 7 apresenta as faixas usuais de densidade e massas específicas de alguns tipos de lodo.

Tabela 7 - Faixa usuais de densidade e massas específicas de alguns tipos de lodo

Tipo de lodo Relação SV/ST % ST Massa Específica (t.m-3)

Primário 0,75 – 0,80 2 – 6 1,02 – 1,03 Secundário Aeróbio 0,75 – 0,80 0,6 – 1,0 1,005 – 1,025 Primário Adensado 0,75 – 0,80 4 – 8 1,023 – 1,03 Secundário adensado 0,75 – 0,80 2 – 7 1,007 – 1,03 Misto Adensado 0,75 – 0,80 3 – 8 1,02 – 1,03 Misto Digerido 0,60 - 0,65 3 – 6 1,03 Desidratado 0,60 – 0,65 20 – 40 1,05 - 1,08

Fonte: Adaptado de VON SPERLING; GONÇALVES, 2001.

3.3.1 Remoção De Lodo De Lagoas

São ainda muito escassas as experiências práticas relatadas sobre a prática e retirada de lodo das lagoas. Gonçalves (2000) classifica as técnicas de remoção de lodo como mecanizadas e não mecanizadas, com paralisação ou não do funcionamento das lagoas e sugere como alternativas para desidratação do lodo: Secagem natural na própria lagoa , Utilização de leito de secagem, Lagoas de lodo ou até mesmo a utilização de

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equipamentos mecânicos. A desativação temporária de uma lagoa pode ser uma medida de operação simples, se a etapa primária de lagoas for projetada em módulos e se existe capacidade ociosa de tratamento. A paralisação de uma lagoa anaeróbia só deve acontecer com autorização do órgão ambiental (PEREIRA, 2007). Gonçalves (2000) considera ainda que havendo capacidade de suporte do solo, a utilização de máquinas para retirada do lodo propicia um tempo muito menor para se fazer esta operação. Os Quadros 1 e 2 mostram as vantagens e desvantagens das técnicas utilizadas para remoção do lodo, com a lagoa em funcionamento e as vantagens e desvantagens das técnicas utilizadas para remoção do lodo com a lagoa desativada.

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