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01. ASPECTOS GEOGRÁFICOS:

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Academic year: 2021

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Iraque

01.ASPECTOS GEOGRÁFICOS:

A República do Iraque é um país do Oriente Médio de 434.128 km², localizado entre a Arábia Saudita, a Síria e o Irã, com saída para o Golfo Pérsico. O relevo é inclinado na direção norte-sul. No noroeste estão os montes Zagros, que abrigam o maior pico do país, o HajiIbrahim, de cerca de 3,6 mil metros. Na fronteira com a Turquia também há montanhas que ultrapassam os 2 mil metros de altitude. Rumo ao sul estende-se a planície mesopotâmica, entre os rios Tigre e

Eufrates. Eles correm de noroeste para sudeste e se encontram a 160 km da foz no golfo Pérsico,

formando o Shatt-al-Arab. Próximo do golfo, a oeste do Tigre, há uma zona pantanosa que, em direção ao norte, se transforma num grande deserto. A oeste do Eufrates encontra-se o deserto

da Síria.

A vegetação é escassa. Nas margens dos rios crescem tamareiras e álamos; nas zonas montanhosas há carvalhos e arbustos de pistache. Chove pouco, exceto nas áreas mais elevadas. Na região central, os verões são longos e quentes e os invernos, curtos e frescos. Na área do Golfo, as temperaturas são muito elevadas.

A população, de 32,7 milhões de habitantes, é formada por árabes (65%), curdos (23%) e azeris (6%), entre outros. O islamismo (96,5%) é a religião mais difundida. O idioma oficial é o

árabe, mas os curdos falam sua própria língua.

No momento o país se encontra sob domínio estrangeiro, porém a constituição de 2005 define como república parlamentarista.

As principais cidades são: a capital Bagdá (5.890.677 de habitantes), Mosul (1.446.940), Basra (923.237).

02.ASPECTOS ECONÔMICOS:

Tradicionalmente, a principal fonte de renda do Iraque são suas grandes reservas de

petróleo. Outras atividades típicas são o cultivo de cereais, tâmara, maçã, figo, uva, azeitona e

laranja, a criação de bovinos, ovinos, caprinos, cavalos e aves e a produção industrial de metais, tecidos e alimentos. Porém, após a guerra Irã-Iraque (1980-1988), a Guerra do Golfo (1990-1991), a invasão e a ocupação do país em 2003 pela aliança militar liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido e os conflitos que se seguiram, a economia encontra-se praticamente destruída. O PIB iraquiano é de US$ 82,2 bilhões, a moeda do país é o dinar iraquiano.

03.ASPECTOS HISTÓRICOS:

a) Formação

A antiga Mesopotâmia abriga várias civilizações a partir de 3.000 a.C.: os sumérios, os acádios, os babilônios e os assirios. Conquistada por persas, gregos e romanos, torna-se o centro do Império Árabe nos séculos VIII e IX. Os árabes fundam Bagdá em 762 e introduzem ali a religião islâmica. Seguem-se invasões dos mongóis e dos turcos. De 1638 até a I Guerra Mundial, o território é incorporado ao Império Turco-Otomano.

O Iraque moderno nasce em 1920, quando esse império é dividido. A Liga das Nações põe o novo país sob a tutela do Reino Unido, que instala no trono, em 1921, um monarca árabe da

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dinastia hachemita, Faisal Hussein. Em 1932, o Iraque entra para a Liga das Nações como Estado independente, mas os britânicos controlam seu governo, com direitos exclusivos de exploração do petróleo.

Em 1958, a monarquia iraquiana é derrubada por um golpe militar liderado pelo general 'Abd al-Karim Qasim, que instala um regime nacionalista. Há várias tentativas de golpe, lideradas principalmente pelo partido Socialista Arabe Baath ("renascimento", em árabe). Qasim é fuzilado em 1963, num golpe militar com participação do Baath. Sucedem-se diversos governos instáveis, até que, em 1968, o Baath sobe ao poder e se torna partido único. Em 1972, o petróleo é nacionalizado. Uma rebelião da minoria curda no norte do país é reprimida, com milhares de mortos, entre 1974 e 1975.

b) Guerra Irã-Iraque

O vice-presidente Saddam Hussein amplia sua influência nos anos 1970, até assumir a Presidência, em 1979. Em 1980, o Iraque invade o Irã, iniciando uma guerra que dura até 1988. O país tem o apoio dos Estados Unidos (EUA), de Israel, da União Soviética (URSS) e de regimes árabes conservadores, entre eles Arábia Saudita e Egito, temerosos de que a Revolução Islâmica iraniana se expandisse por outras nações do Oriente Médio e repúblicas soviéticas da Ásia Central. O conflito mata 300 mil iraquianos e 400 mil iranianos, devasta os dois países e termina sem vencedor.

Guerrilheiros separatistas curdos atacam militares iraquianos a partir de 1985. Em 1988, as Forças Armadas do Iraque usam armas químicas - proibidas por convenção internacional - contra a aldeia curda de Halabja, matando 5 mil civis.

c) Guerra do Golfo

O Iraque provoca um conflito internacional ao invadir o Kuweit, em agosto de 1990. Saddam culpa o país vizinho pela baixa no preço do petróleo, por vender mais do que a cota estipulada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

A Organização das Nações Unidas (ONU) condena o ataque ao Kuweit - aliado do Ocidente - e decreta embargo comercial ao Iraque. Saddam anexa o Kuweit. Fracassam as tentativas diplomáticas, e, em 16 de janeiro de 1991, forças coligadas de cerca de 30 nações, lideradas pelos EUA, bombardeiam o Iraque, na Operação Tempestade no Deserto. Em 24 de fevereiro, a coalizão ataca por terra e põe fim à ocupação do Kuweit. O cessar-fogo é assinado no início de março.

Morrem 100 mil soldados e 7 mil civis iraquianos, 30 mil kuweitianos e 510 homens da coalizão.

No fim da guerra eclodem revoltas contra o regime de Saddam. No sul, a comunidade xiita toma várias cidades. No norte, separatistas curdos ocupam territórios. A repressão do governo é violenta. Pressionado pela ONU, Saddam suspende as ações militares, e uma zona de exclusão para vôos iraquianos é imposta no norte e no sul do país. O governo negocia com dirigentes curdos um projeto de autonomia para o Curdistão.

Os problemas com os EUA e seus aliados prosseguem, por causa das violações ao acordo de cessar-fogo. O Iraque se comprometera, entre outras coisas, a permitir a inspeção e a

destruição de suas armas químicas, biológicas e nucleares, mas deixa de cooperar com os

inspetores da ONU. As forças norte-americanas respondem com bombardeios ao Iraque. O primeiro ocorre em 1993. Sob o risco de nova ação militar, o Iraque retira tropas próximas à fronteira do Kuweit em 1994 e reconhece a soberania do vizinho. Em 1997, após acordo com a ONU, o Iraque volta a vender petróleo apenas em troca de comida e medicamentos para a

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população, seriamente atingida pelo embargo. Em dezembro de 1998, o Iraque volta a suspender a cooperação com a ONU e torna-se alvo de novos bombardeios dos EUA e do Reino Unido.

04.ATUALIDADES

Em 2002, EUA e Reino Unido acusam Saddam Hussein de acumular armas de destruição

em massa. O governo de George W. Bush começa os preparativos para a guerra, que é

apresentada também como parte de sua ofensiva contra o terrorismo. As autoridades iraquianas negam as acusações e aceitam a volta das inspeções de armas da ONU.

No início de 2003, EUA e Reino Unido pressionam a ONU a aprovar o uso da força para desarmar o Iraque, mas enfrentam a resistência de países liderados pela França. Norte-americanos e britânicos decidem, então, atacar o Iraque, mesmo sem o respaldo da ONU. Em 19 de março iniciam a guerra e rapidamente derrotam os iraquianos.

Os EUA conquistam Bagdá em 9 de abril, instalando um governo de ocupação, chefiado pelo diplomata norte-americano Paul Bremer. Os protestos contra o domínio estrangeiro surgem em seguida e as forças de ocupação tornam-se alvo de atentados e ataques. Em julho, as autoridades de ocupação formam um Conselho de Governo, constituído por iraquianos de vários grupos étnicos e religiosos. Saddam é capturado em dezembro.

As ações contra as forças dos EUA intensificam-se em 2004. Os ataques ocorrem em todo o país, causando grande número de mortes. Os insurgentes (sunitas e xiitas) incluem entre seus alvos as tropas aliadas, as organizações internacionais e os civis iraquianos que colaboram com as tropas estrangeiras. Vários cidadãos estrangeiros que trabalham nas empresas contratadas para reconstruir o país são seqüestrados e mortos. Entre os combatentes há nacionalistas, partidários de Saddam Hussein e fundamentalistas religiosos de outros países árabes, alguns dos quais ligados à rede terrorista AI Qaeda. Em março, o Conselho de Governo assina uma Constituição provisória, aceita com críticas pelo aiatolá Ali al-Sistani, o mais importante líder religioso xiita.

A divulgação de imagens de soldados norte-americanos cometendo atos de violência e

humilhação sexual contra detentos da prisão iraquiana de Abu Ghraib alcança repercussão

mundial. Em junho, Bremer transfere a soberania para um governo provisório. O poder formal passa ao xiita Iyad Allawi, novo primeiro ministro. O governo dos EUA e o do Reino Unido reconhecem que Saddam não tinha armas de destruição em massa

Em janeiro de 2005, ocorrem as eleições à Assembléia Nacional Provisória, encarregada de formar um governo transitório e de redigir a nova Constituição. Apesar das ameaças de atentados de grupos contrários ao pleito e do boicote de lideranças sunitas, 58% dos eleitores (cerca de 8,5 milhões de pessoas) votam. A coalizão xiita Aliança Iraquiana Unida conquista a maioria das cadeiras do parlamento. Em abril, a Assembléia Nacional elege o curdo Jalal Talabani presidente

do Iraque. O xiíta Ibrahim al-Jaafari é nomeado primeiro-ministro, o cargo mais importante.

Uma comissão da Assembléia Nacional apresenta após alguns meses o projeto de Constituição. O texto desagrada às lideranças sunitas por prever a possibilidade de criação de federações autônomas no Iraque, que controlariam os rendimentos obtidos com o petróleo. Os sunitas temem o desmembramento do país, com a formação de governos regionais dos curdos (no norte) e dos xiitas (no sul), que são as regiões onde se concentram as jazidas de petróleo. As áreas de maioria sunita são pobres.

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em agosto. O governo dos EUA intervém diretamente, pressionando todas as partes a aceitar a Constituição, que não é votada formalmente pelos parlamentares. Em outubro, a Constituição é

submetida a referendo popular e aprovada por 78,6% dos votantes.

Novas eleições parlamentares são realizadas em dezembro. Mais uma vez, a Aliança

Iraquiana Unida é a vencedora, mas não consegue a maioria absoluta, conquistando 128 das 275

cadeiras. O segundo maior bloco é a Aliança do Curdistão, que elege 53 parlamentares, seguida pelo principal partido árabe sunita, a Frente do Acordo Iraquiano, que conquista 44 assentos. Na negociação que se abre para a formação do governo, xiitas e curdos buscam atrair os sunitas para fazer parte do gabinete. São necessários meses até se chegar a um acordo. A aliança xiita indica para o cargo de primeiro-ministro Nuri al-Maliki, do Partido Islâmico Dawa. O curdo Jalal

Talabani mantém-se como presidente.

Em fevereiro de 2006, a Mesquita Dourada, em Samarra, local reverenciado pelos xiitas, ao norte de Bagdá, é atingida por uma explosão. O atentado não causa vítimas imediatas, mas acirra os conflitos sectários (entre xiitas e sunitas) numa escala mais ampla do que antes. Nos meses seguintes, bombas e chacinas causam milhares de mortes. As milícias xiitas e sunitas passam a enfrentar-se abertamente. Muitos especialistas afirmam que a situação no Iraque já é de guerra

civil, embora o governo dos EUA relute em usar essa classificação.

A capital, Bagdá, é particularmente atingida pela ação das milícias. Os iraquianos passam a

conviver cotidianamente com atentados e tiroteios. Um dos grupos mais conhecidos, o Exército Mahdi, comandado pelo líder religioso xiita Muqtada al-Sadr, é responsável por diversas ações, ao

mesmo tempo que seus partidários ocupam cadeiras no Parlamento e no ministério de Al-Maliki.

O Parlamento aprova em outubro a lei que permite a formação de federações no interior

do Iraque. Por concessão aos sunitas, no entanto, a medida só entrará em vigor em 2005.

Nos EUA, o Grupo de Estudos do Iraque, comissão integrada por republicanos e democratas, divulga suas conclusões em dezembro de 2006. O grupo recomenda a gradual saída das tropas dos EUA e uma ação diplomática dirigida ao Irã e à Síria. Bush, porém, não se compromete com suas conclusões. O presidente iraquiano, Jalal Talabani, critica o texto, afirmando que trata o Iraque corno se fosse uma colônia.

Depois de 13 meses de julgamento, Saddam Hussein é condenado à morte, em novembro de 2006, por crimes contra a humanidade. Seu enforcamento, em 30 de dezembro, é gravado de forma clandestina e as imagens circulam pela internet.

Em janeiro de 2007, o presidente Bush anuncia o envio de mais 21,5 mil soldados ao Iraque. As forças norte-americanas e iraquianas lançam, em fevereiro, amplo plano de segurança, com o objetivo de combater as ações dos insurgentes, principalmente na região de Bagdá. Quatro meses depois, porém, o jornal The New York Times informa que o Exército dos EUA controla menos de 30% das províncias próximas à capital.

Em fevereiro, o governo iraquiano apresenta ao Parlamento projeto de lei sobre a divisão

das receitas de petróleo. O texto, elaborado com a participação direta da embaixada

norte-americana, prevê a entrega da exploração das jazidas a empresas estrangeiras. Segundo a proposta, o petróleo continua em mãos do Estado iraquiano, mas os governos regionais poderão assinar contratos de longo prazo com as multinacionais do setor, que ficarão com parte significativa dos lucros. Divergências entre xiitas, sunitas e curdos, porém, impedem a aprovação

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Em maio, Bush anuncia nova estratégia para o Iraque, inspirada nas recomendações do Grupo de Estudos do Iraque, a comissão bipartidária dos EUA. Além de procurar atrair a Síria e o Irã para uma negociação mais ampla sobre o Oriente Médio, os EUA estabelecem metas a ser cumpridas pelo governo iraquiano, para que possa gradativamente assumir o controle integral do país. Apesar dessa tática, os EUA mantêm os ataques ao Irã, acusado de auxiliar militantes xiitas iraquianos.

O clérigo Al-Sadr procura estender sua influência no pais em 2007. Em abril, seus

partidários realizam grande manifestação contra a ocupação estrangeira. No mês seguinte, Al-Sadr dirige-se a milhares de fiéis, após meses sem aparecer em público, com um discurso hostil aos

EUA. Prega uma campanha pacífica pelo fim da ocupação e orienta seus seguidores a não entrar

em confronto com o Exército iraquiano.

Turquia envia em maio tropas para suas fronteiras com o Iraque, com o objetivo de

rechaçar ataques do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) a partir do território iraquiano. Os curdos administram um território autônomo no norte do Iraque, mas na Turquia não têm sua nacionalidade reconhecida. Em junho, o governo iraquiano faz um protesto formal contra a Turquia, acusando-a de bombardear áreas curdas iraquianas. Para evitar novo conflito numa região relativamente estável do Iraque, os EUA fazem esforços diplomáticos para evitar qualquer ação da Turquia. Em outubro, porém, o Parlamento turco autoriza o governo a invadir o

território iraquiano e caças do país fazem incursões no Iraque, o que eleva as tensões.

Em setembro de 2007, um episódio envolvendo a empresa privada de segurança

Blackwater levanta a discussão sobre a ação de mercenários no Iraque. Integrantes da empresa

que faziam segurança de um comboio diplomático abrem fogo contra supostos atacantes, em Bagdá, que causam a morte de 17 pessoas. Segundo o governo iraquiano, não houve ataque e os membros da Blackwater atiraram primeiro. O governo cassa a licença de operação da empresa e exige providências dos EUA. Não se sabe ao certo quantos desses "soldados privados" (ou mercenários), como são chamados, atuam e ou atuaram no Iraque. As estimativas variam entre 20 mil e 130 mil. Na hipótese mais alta, o número é próximo ao total de soldados dos EUA.

Em fevereiro de 2006, a Mesquita Durada, em Samarra, reverenciada pelos xiitas, ao norte de Bagdá, é atingida por uma explosão. O atentado amplia os conflitos. Nos meses seguintes, bombas e chacinas causam milhares de mortes. O Exército Mahdi e a Al Qaeda no Iraque são responsáveis por diversas ações. Muitos especialistas afirmam que a situação é de guerra civil embora os EUA relutem em usar essa classificação. Condenado à morte por crimes contra a humanidade, Saddam Hussein é enforcado em dezembro. Há uma diminuição da violência em 2008, após o pico atingido em 2006 e 2007 Analistas atribuem essa queda a alguns fatores: a ampliação das tropas norte-americanas na Operação Liberdade do Iraque (Iraque e arredores), que atinge o recorde de 218,6 mil soldados em 2007; o início de operações especiais de contraterrorismo; a cooptação das milícias sunitas Al-Sahwa (Despertar) para o combate ao lado dos norte-americanos; e a derrota do Exército Mahdi em Bagdá e Basra, em 2008.

No fim de 2008, o governo dos EUA, ainda sob a administração de George W Bush, assina um acordo para pôr fim à ocupação militar até 2011. Ela acontece em etapas, durante o governo do novo presidente americano, Barack Obama Em janeiro de 2009, as tropas norte-americanas entregam às forças iraquianas o controle da segurança do Iraque e, em junho, se retiram das vilas e cidades. Em agosto de 2010, Obama anuncia o término das operações de

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combate no Iraque é a saída da maior parte das tropas, Permanecem no país 48 mil soldados não

mais em missões de combate, mas em operações de contraterrorismo e treinamento das forças iraquianas.

Nenhuma coalizão obtém a maioria dos 325 assentos no Parlamento, na eleição de março de 2010. A lista mais votada é do Movimento Nacional Iraquiano, ou Iraqiya, formada por grupos seculares xiitas e sunitas sob a liderança do ex-primeiro-ministro xiita Ayad Allawi. Seguem-se a majoritariamente xiita Coalizão Estado de Direito, do primeiro-ministro Nuri al-Maliki; os radicais xiitas da Aliança Nacional Iraquiana, dominada por partidários de Muqtada al-Sadr; e a coalizão Lista Aliança do Curdistão, formada pelos dois principais partidos curdos. Após nove meses de negociações, um novo governo é formado em dezembro. São reeleitos o primeiro-ministro Maliki e o presidente.

05.A GRANDE DIVERSIDADE ÉTNICA DEVASTAÇÃO E CONFLITOS.

A reconstrução do Iraque como país soberano dependerá da resolução de complicado quebra-cabeça que envolve, além da disputa pelo poder, uma explosiva mistura de grupos religiosos, étnicos e políticos. A resistência à ocupação estrangeira torna mais complexo esse quadro de fragmentação.

Os árabes, que são a grande maioria da população, dividem-se em sunitas e xiitas - os dois ramos da religião islâmica. Os xiitas, apesar de serem o grupo mais numeroso (60% dos habitantes), nunca haviam exercido o poder no país, até a queda de Saddam Hussein.

Os sunitas (20% da população) são a elite intelectual e universitária. Desde a invasão do

país, sua influência diminuiu.

Os curdos (15%) são o único grupo étnico claramente favorável à presença militar estrangeira. Do ponto de vista religioso, também seguem o islamismo e são em sua maioria

sunitas. Embora, historicamente lutem por um Estado curdo independente, hoje procuram antes de tudo preservar a autonomia na região que controlam ao norte do Iraque.

A ocupação do Iraque levou o país a uma situação de desastre nacional. Atentados suicidas e ataques às tropas estrangeiras tornaram-se comuns, assim como os conflitos armados entre facções xiitas e sunitas. Informe da Missão de Assistência das Nações Unidas para o Iraque (Unami) indica que 54% dos iraquianos vivem com menos de 1 dólar por dia. Outros indicadores revelam um país devastado. O desemprego, por exemplo, atinge um terço da população economicamente ativa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos iraquianos não dispõem de rede de esgotos e 70% não têm acesso à água.

COMPILAÇÃO FEITA A PARTIR DE:

- Almanaque Abril 2012, 38ª ed. São Paulo: Ed. Abril, 2012.

- ARRUDA, J. e PILETTI, N. Toda a História, 4ª ed. São Paulo: Ática, 1996.

- AQUINO, JESUS e OSCAR. História das Sociedades: das comunidades primitivas às sociedades

medievais. São Paulo: Ao Livro Técnico.

- Atlas National Geografic, livros 07 e 08: Ásia I e II. São Paulo: Ed. Abril, 2008.

- KAMEL, Ali. Sobre o Islã: afinidades entre muçulmanos, judeus e cristãos e as origens do terrorismo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

Referências

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