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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

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Academic year: 2019

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CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

Níveis tecnológicos em sistemas de adubação de

cobertura e foliar para a cultura do trigo

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

João Soares Antunes

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cobertura e foliar para a cultura do trigo

por

João Soares Antunes

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação

em Agronomia, Área de Concentração em Fitotecnia da Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para

obtenção do grau de

Engenheiro Agrônomo

.

Orientador: Prof. Dr. Thomas Newton Martin

Santa Maria, RS, Brasil

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Curso de Graduação em Agronomia

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de

Conclusão de Curso

Níveis tecnológicos em sistemas de adubação de

cobertura e foliar para a cultura do trigo

elaborado por

João Soares Antunes

como requisito parcial para obtenção do grau de

Engenheiro Agrônomo

COMISÃO EXAMINADORA:

__________________________________

Prof. Dr. Thomas Newton Martin

(Presidente/Orientador)

__________________________________

Prof. Dr. Marco Antônio Fialho

__________________________________

Doutorando Marcos da Silva Brum

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Agradeço a Deus, pelo milagre da vida. Apesar de não frequentar igrejas e não ousar dar um nome a tal divindade, a mim, sua existência se torna clara e admirável a cada dia, a cada conhecimento que adquiro sobre a natureza, sobre as menores e as mais complexas reações que permitem a existência e compreensão do ciclo da vida. Por esses e inúmeros outros motivos, obrigado.

Agradeço a meus pais, Maria Aparecida Soares e Derlin Ferreira Antunes, os quais desde o princípio me proporcionaram carinho, conforto e educação, sempre se esforçando ao máximo para que eu estivesse hoje aqui, e sempre da melhor maneira possível. Amo vocês, e estas simples palavras não podem expressar o que sinto, e, fazendo uso das palavras do velho Nico Fagundes: “...cada verso que eu componho é o pagamento, de uma dívida de amor e gratidão”....

Agradeço a meus avós, Laura e Homero Soares, os quais desde que me entendo por gente, sempre foram meu porto seguro. Obrigado por estarem sempre ao meu lado, os amo muito.

Agradeço a Lidiane Mumbach, minha companheira, amiga e namorada. Todos os desafios que tive ficaram mais fáceis por tua simples presença ao meu lado. Eu te amo. Obrigado.

Agradeço ao amigo e professor Thomas N. Martin, por sua orientação, apoio e companheirismo durante esses últimos anos. Tua participação foi essencial em minha formação. Obrigado.

Aos amigos da empresa AgroSanta – Soluções Agrícolas, pelo incentivo e apoio, sem os quais não seria possível a realização deste trabalho. Obrigado.

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Trabalho de Conclusão de Curso Curso de Graduação em Agronomia Universidade Federal de Santa Maria

Níveis tecnológicos em sistemas de adubação de cobertura e foliar para a cultura do trigo

Autor: João Soares Antunes

Orientador: Prof.Dr. Thomas Newton Martin Data: Santa Maria, 15 de julho de 2013.

O trigo é o segundo cereal mais cultivado em volume no mundo, e o interesse em elevar o rendimento nas lavouras de trigo tem estimulado o uso de manejo intensivo nessa cultura. A adubação foliar é um processo em que a nutrição das plantas é feita nas partes aéreas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da prática da adubação foliar na cultura do trigo em diferentes níveis tecnológicos, comparando-os aos resultados obtidos pelo uso da adubação nitrogenada em cobertura convencional, com ureia. As cultivares utilizadas no estudo foram a FUNDACEP Campo Real, FUNDACEP Horizonte, TBIO Quartzo e TBIO Mirante. Cada uma das cultivares foi submetida a seis diferentes tratamentos, compostos por dois tipos de manejo, “convencional” ou “alternativo”, associados a três níveis tecnológicos de manejo, compostos por tratamento de sementes e doses de nitrogênio em cobertura no manejo convencional, e tratamento de sementes mais aplicações de macro e micronutrientes via foliar, para o manejo alternativo. O aumento do nível tecnológico resultou em uma maior produção de grãos e uma maior massa de cem grãos, além de um aumento na estatura média das plantas e na matéria seca produzida.

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Course Conclusion Work Graduation Course of Agronomy Federal University of Santa Maria

Technological levels in systems of top-dressing fertilization and leaf application for wheat

Author: João Soares Antunes Advisor: Thomas Newton Martin Date: Santa Maria, July 15th, 2013.

Wheat is the second most cultivated cereal in the world by volume, and the interest in raising the yield in wheat crops has stimulated the use of intensive management in this culture. The foliar fertilization is a process where plant nutrition is made in the aerial parts. The aim of this study was to evaluate the efficiency of the practice of foliar fertilization in wheat crop at different technological levels, comparing them to the results obtained from the use of nitrogen topdressing conventional urea. The cultivars used in the study were “FUNDACEP Campo Real”, “FUNDACEP Horizonte”, “TBIO Quartzo” and “TBIO Mirante”. Each cultivar was subjected to six different treatments, composed of two types of management, "conventional" or "alternative", associated with three levels of technology management, composed of seed treatment and doses of nitrogen in conventional management, and seed treatment more applications of macro and micronutrients in the leaves, for alternative management. The increase in the technological level resulted in a higher yield and a greater weight of hundred grains, and an increase in average plant height and dry matter yield.

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TABELA 1– Características médias das cultivares...24 TABELA 2 – Resumo da análise de variância (ANOVA) para as variáveis de nº de espiguetas, nº de grãos por espiga, matéria seca por planta (g), massa de grãos por espiga (g), estatura das plantas (cm), e massa do hectolitro (kg hL-)...29 TABELA 3 - Resumo da análise de variância (ANOVA) para as variáveis de número de plantas m-2, número de espigas m-2, número de afilhos férteis, índice de colheita (%), massa de cem grãos (g) e produção (kg ha-1)...30 TABELA 4 - Médias dos tratamentos para as variáveis de número de espiguetas, número de grãos por espiga, matéria seca da planta (g), massa de grãos por espiga (g), estatura da planta (cm), massa do hectolitro (kg hL-1), número de plantas m-2, número de espigas m-2, número de afilhos férteis, índice de colheita (%), massa de

cem grãos (g) e produção (kg ha-1)...31

TABELA 5 - Médias das cultivares, nos diferentes níveis tecnológicos para as variáveis de matéria seca da planta (g), e estatura da planta (cm)...34 TABELA 6 - Número médio de espigas m-2, nos diferentes níveis tecnológicos para

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1 INTRODUÇÃO...12

3 MATERIAL E MÉTODOS...23

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...28

5 CONCLUSÕES...45

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 46

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O trigo (Triticum aestivum L.) é o segundo cereal mais cultivado em volume no mundo, sendo uma das commodities agrícolas que domina tanto a produção quanto o comércio mundial de grãos. Conforme as estimativas do USDA – World Agriculture Supply and Demand Estimates, foram produzidas 696,942 milhões de toneladas no mundo na safra 2011/2012 (USDA, 2013). Nesta mesma safra, estima-se que o Brasil produziu 5,8 milhões de toneladas (ABITRIGO, 2013), estima-sendo a região sul do país (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), responsável por aproximadamente 90% da produção brasileira. O consumo anual médio no país é de cerca de 10 milhões de toneladas (EMBRAPA, 2010), o que demonstra uma necessidade de importação, já que a produção total do país corresponde a 50 - 60% da demanda interna. O Brasil apresenta peculiaridades neste contexto comercial, uma vez que faz parte tanto do grupo de países importadores quanto do grupo de países exportadores de trigo.

Segundo o levantamento realizado pela CONAB em abril de 2013, a produção de trigo do Brasil, para safra 2012/2013, está estimada em 4,3 milhões de toneladas, representando uma redução de 25,7% em relação à safra 2011/2012. Essa menor produção é em parte em função da redução de 12,5% da área cultivada no país, passando de 2.166,2 milhões para 1.895,4 milhões de hectares. No quesito produtividade, estima-se que a safra 2012/2013 poderá atingir 2.269 kg por hectare, representando uma diminuição de 15,1 % em relação à safra 2011/2012. O Rio Grande do Sul é o estado onde houveram as maiores reduções segundo o sétimo levantamento da CONAB, no qual a produção poderá ser reduzida em até 36,8% na safra 2012/2013, diminuindo de 2.742,2 para 1.825,7 milhões de toneladas. Na tentativa de manter a produção, os produtores devem ampliar a área destinada à semeadura de trigo em 4,7%, aumentando os 932,4 mil hectares da safra 2011/2012 para 976,2 mil hectares. Tendo como referência as culturas do milho e da soja no Brasil, observa-se que a produção e a exportação de trigo estão muito abaixo do potencial brasileiro para com essa cultura (EMBRAPA, 2011).

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possível a obtenção de rendimentos superiores a 100 sacos em condições específicas (EMBRAPA, 2013). O recorde de mundial de produtividade é de 17.000 kg ha-1, em condições de ambientes extremamente favoráveis em parcelas experimentais no Chile (KOHLI & MARTINO, 1998).

Para elevar a produção e alcançar os potenciais produtivos, é necessário o conhecimento e uso de certos manejos, como o controle de plantas daninhas N et al , , pragas et al , , doen as BARCELLOS, 2006), o arranjo e a nutrição das plantas (SILVEIRA et al., 2010). Busca-se sempre o desenvolvimento de novas tecnologias que possam substituir, complementar ou diminuir custos dos sistemas agrícolas tradicionais, de forma a suprir as necessidades das plantas e agregar qualidade ao produto final, que no caso de cereais, como o trigo, o rendimento está relacionado à massa do hectolitro dos grãos (MH), parâmetro este que depende de níveis adequados de nitrogênio (N) e fósforo (P) (FLOSS, 2011).

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Em trigo, durante os estádios iniciais de desenvolvimento da planta, o nitrogênio é necessário para potencializar o número máximo de espiguetas por espiga e, consequentemente, o número de grãos por espiga, enquanto nos estádios finais do período o nitrogênio é crítico para determinar o número de colmos por área e massa média de grãos (BREDEMEIER & MUNDSTOCK, 2000; ERCOLI et al., 2013), sendo este nutriente essencial para elevar a produtividade e qualidade dos grãos (MEGDA et al., 2009.)

O fósforo (P) é o componente central de importantes processos metabólicos, como a fotossíntese e a respiração, e, portanto, é um dos nutrientes essenciais necessários para o crescimento e desenvolvimento das plantas. Esse elemento atua em diversos processos biológicos, como produção de energia, glicólise, síntese de ácidos nucléicos, síntese e estabilidade de membranas, inativação e ativação de enzimas, metabolismo de carboidratos e fixação de nitrogênio (RAGHOHAMA, 1999). No metabolismo celular, existem vários compostos intermediários que se apresentam como ésteres de fosfato, enquanto outros metabólitos intermediários possuem ligações fosfo-anídricas funcionais, como ATP e pirofosfato, que transferem energia de processos energéticos como a fotofosforilação, fosforilação oxidativa, fosforilação de substratos, para processos dependentes de energia, como a biossíntese de compostos, bombeamento de íons e trabalho mecânico (PREISS et al., 1988). A função do fósforo inorgânico na fotofosforilação e translocação de triose fosfato entre plastídios e citosol demonstra a importância do Fósforo inorgânico na fotossíntese (WALKER et al., 1986). Em virtude da sua essencialidade, a deficiência de fósforo afeta o crescimento, desenvolvimento vegetal, e consequentemente a produtividade agrícola (MOREIRA et al., 2006).

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orgânica do solo (FASSBANDER, 1986). A disponibilidade de P é controlada pela força iônica, pH baixo, concentração de P e metais (Fe, Al e Ca), e ânions competitivos e/ou ácidos orgânicos. Além destes fatores, as reações que controlam as quantidades de fósforo inorgânico na solução do solo incluem a dissolução e a precipitação de minerais carreadores de P, a adsorção e desadsorção do fosfato das superfícies do solo e a hidrólise da matéria orgânica (HINSINGER, 2001). O fósforo tem grande influência no desenvolvimento das plantas de trigo (TAKAHASHI & ANWAR, 2007), e sua deficiência tem se mostrado um dos principais fatores para a redução do número de perfilhos nas plantas (PRYSTUPA et al., 2003). Segundo Valle e Calderini (2010), a disponibilidade de fósforo parece ser a principal influência na habilidade do trigo em diferenciar e expandir folhas e afilhos.

O potássio (K) é um dos nutrientes essenciais para as plantas, e participa direta e indiretamente de vários processos bioquímicos envolvidos com o metabolismo dos carboidratos, como a fotossíntese e respiração. De acordo com Faquin (2005), além da função do potássio como ativador de um grande número de enzimas relacionadas com os processos de assimilação de CO2 e de nitrogênio, o potássio também promove a hidratação (efeito coloidal), o armazenamento de energia (fosforilação), a síntese de aminoácidos e proteínas, a abertura de estômatos, e translocação de carboidratos (PETTIGREW, 2008). A concentração de K nos solos agrícolas está diminuindo em todo o mundo (JIANG et al., 2011), e muitos estudos têm se centrado na resposta das culturas à adubação potássica, em função de propriedades do solo, métodos de aplicação e sistemas de plantio (BORGES & MALLARINO, 2001; NIU et al., 2003). O rendimento biológico (a matéria seca produzida) é, no entanto, o que determina em grande parte as quantidades de minerais absorvidos pelas culturas (OSAKI et al., 1991), e lavouras de alta produtividade precisam absorver grandes quantidades de nutrientes para satisfazer o crescimento da planta saudável (SEPAT et al., 2010).

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elementos (BIELESKI & FERGUSON, 1983). A absorção iônica é caracterizada por seletividade, onde certos elementos minerais são absorvidos preferencialmente, por acumulação, já que a concentração dos elementos, de modo geral, é muito maior no suco celular do que na solução externa, e pelo genótipo, já que existem diferenças entre espécies de plantas nas características de absorção (BROWN et al., 1987). Segundo os mesmos autores, para que o íon seja absorvido é necessário que ocorra o estabelecimento do contato íon-raiz, que se faz por meio dos processos de interceptação radicular, fluxo de massa, ou difusão. A intercepção radicular se refere ao desenvolvimento físico da raiz, que entra em contato com íons da fase líquida e sólida do solo. A contribuição deste processo é muito pequena e a quantidade é proporcional à relação existente entre a superfície das raízes e a superfície das partículas do solo. O fluxo de massa é o movimento do íon em uma fase aquosa móvel (solução do solo), devido ao gradiente de tensão da água adjacente, e a difusão é o movimento do íon em uma fase aquosa estacionária, a curtas distâncias. O fluxo de massa é importante para o N, Ca, Mg, S e micronutrientes, e a difusão é o principal processo de contato do P e K do solo com as raízes (BROYER et al., 1954).

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constituem-se numa efetiva barreira para a difusão de íons para o citoplasma, ou no sentido contrário, do citoplasma para o ELA (LAUCHLI & BIELESKI, 1983).

As membranas plasmáticas são estruturas complexas que possuem proteínas, lipídeos e, em menor proporção, carboidratos, cujas moléculas apresentam grupos hidrofílicos (grupos OH, NH2, fosfato, carboxílico) e regiões hidrofóbicas (cadeias de hidrocarbonetos). Estes componentes se ligam por pontes de hidrogênio, ligações eletrostáticas e hidrofóbicas. Em média a composição das membranas é de aproximadamente 55% de proteínas (estrutural e enzimas de transporte), 40% de lipídeos e 5% de carboidratos (MENGEL & KIRKBY, 1987). As proteínas não têm somente uma função estrutural, pois frequentemente são enzimas e, assim, responsáveis por reações bioquímicas. Aquelas que se estendem através das membranas formam canais entre as faces interna e externa, o que pode ser importante para a passagem de partículas hidrofílicas, como moléculas de água e íons inorgânicos.

Segundo Clarkson (1985), uma série de fatores externos e internos influenciam no processo de absorção, e, dentre os fatores externos, citam-se a disponibilidade do nutriente, o pH do solo (MARSCHNER, 1986), a aeração do solo, a temperatura, umidade, as micorrizas (SIQUEIRA, 1993), as interações entre os íons e as características do próprio elemento.

De acordo com Simpson (2010), as plantas de interesse agrícola, na sua maioria, apresentam-se divididas em três partes distintas (caule, raízes e folhas), cada uma com adaptações específicas que possibilitam as suas funções características. O caule, de aspecto colunar e de resistência variável tem por função, na maioria das vezes, a sustentação da parte aérea, bem como de ligação e transporte. As raízes, além da fixação do vegetal ao solo, têm como função básica a absorção de água e dos nutrientes no solo. As folhas, de aspecto laminar, são responsáveis pelas trocas gasosas e recepção de luz solar para a fotossíntese e transpiração, e possuem a habilidade de absorver água e nutrientes, e esta capacidade das folhas em absorver água e nutrientes é a base para a prática da adubação foliar (FAQUIN, 2005).

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macronutrientes, pois isto exigiria um grande número de aplicações para atender às exigências das plantas (MALAVOLTA, 1980).

O principal objetivo de se estudar a absorção foliar está no uso eficiente da adubação foliar, pois hoje, a adubação foliar é utilizada no mundo inteiro e em diferentes culturas, e tem como interesse prático corrigir deficiências eventuais dentro do ciclo da planta, fornecer micronutrientes, aumentar a eficiência de aproveitamento dos adubos, fornecer nutrientes em cobertura, quando há impossibilidade de aplicação mecânica no solo, dentre outros (FAQUIN, 2005).

De acordo com Kirkham (2005), em ambas as faces de uma folha, há um revestimento ceroso e hidrorrepelente, a cutícula. A cutícula apresenta na sua composição a cutina, pectina, hemicelulose, ácidos graxos e ceras. A cutícula, em geral, é mais espessa na face adaxial que na abaxial, sendo esta face onde predominantemente aparecem os estômatos. A cutícula é a primeira barreira à penetração de soluções provenientes de aplicações foliares, soluções estas que devem atravessar a cutícula, penetrando no apoplasto e, posteriormente, atravessar a membrana plasmática, que é a segunda barreira, para então atingir o simplasto e serem utilizadas ou transportadas para outras células ou órgãos (GREEN & BUKOVAC, 1974). As células são interligadas formando o simplasto, através dos plasmodesmas. Os ectodesmas são importantes vias de acesso dos nutrientes absorvidos através da cutícula (HAYNES & GOH, 1977), sendo a cutícula uma camada que apresenta microcanais e rupturas que permitem a passagem de soluções (YAMADA et al., 1965).

Malavolta (1980) explica que a ureia pode romper ligações químicas entre os componentes da cutícula, tornando-a mais permeável, bem como a ureia também aumenta a permeabilidade da própria membrana plasmática e do tonoplasto, o que sugere que a passagem da ureia pela cutícula não seja por difusão simples, mas por “difusão facilitada”

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velocidade de absorção foliar varia de nutriente para nutriente e de planta para planta, considerando todos os outros fatores em igualdade de condições (WITTWER, 1964). De acordo com o mesmo autor, a mobilidade, ou seja, o transporte dos nutrientes das folhas para outros órgãos pelo floema, também varia de elemento para elemento, sendo os mesmos classificados desde altamente móveis até imóveis, como o Ca e B. A absorção foliar é influenciada por uma série de fatores, alguns externos, ligados ao meio, e outros internos, ligados à própria planta, que afetam, portanto, a eficiência da adubação foliar (MALAVOLTA et al., 1997).

Segundo Garcia e Salgado (1981), cutículas finas, alta frequência de estômatos e um elevado número de ectodesmas favorecem a absorção iônica. A superfície inferior da folha, devido à presença de cutícula mais fina e predominância dos estômatos, de maneira geral, apresenta maior absorção da solução aplicada. Por isso, a distribuição uniforme da solução, atingindo também a face abaxial das folhas, é recomendada na prática da adubação foliar. O grau de hidratação da folha tem grande importância para absorção de nutrientes, pois as cutículas bem hidratadas são mais permeáveis à solução. As cutículas desidratadas das folhas murchas são bastante impermeáveis (ROSOLEM, 2002).

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condições, a adubação foliar teria a finalidade de garantir a produção pendente em períodos de estresse nutricional (ABAD et al., 2003). Os resultados neste caso também têm sido bastante contraditórios, faltando maiores informações sobre a sua viabilidade técnica e econômica.

Assim, o consenso sobre a adubação foliar como um método de fornecimento de nutrientes às plantas na prática agrícola pode ser resumido tendo os macronutrientes para as culturas extensivas, onde a adubação foliar seria um complemento e não substituto da adubação feita no solo (FLOSS, 2011). A adubação foliar teria seu lugar na correção de deficiências eventuais, como cobertura de N e K e quando a adubação foliar for o único recurso, e os micronutrientes, devido às menores exigências, teria na adubação foliar uma prática substitutiva à adubação no solo, já que as necessidades das plantas são supridas em poucas pulverizações (FAGERIA et al., 2002).

Segundo Sleeper e Poelman (2006), o potencial produtivo é uma característica quantitativa complexa, e é relacionada com a habilidade da planta em produzir, translocar e estocar carboidratos nos grãos, e, para atingir grandes produtividades, deve-se maximizar e estender a duração da interceptação foliar, utilizar a energia absorvida de maneira eficiente para a fotossíntese e alocar os fotoassimilados de maneira a obter proporções ótimas de folhas, colmos, raízes e estruturas reprodutivas, mantendo-os a um custo mínimo (LOOMIS & AMTHOR, 1999).

Dentre os componentes que determinam o rendimento de grãos em trigo, destacam-se o número de espigas por planta, o número de espiguetas por espiga, o número de grãos por espiga, o número de grãos por espigueta e a massa média dos grãos, e estes componentes dependem diretamente dos fatores do ambiente e do genótipo (CRUZ et al., 2003).

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Segundo Rodrigues e Teixeira (2003), o interesse em elevar o rendimento nas lavouras de trigo tem estimulado o uso de manejo intensivo nessa cultura, manejo esse que integra a adoção de determinadas práticas, como época de semeadura, manejo do nível de fertilidade do solo, controle de pragas e doenças etc. Neste sistema de manejos integrados, a adubação foliar surge como uma alternativa para se alcançar grandes produtividades nas lavouras.

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2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na área do Departamento de Fitotecnia no

Campus da Universidade Federal de Santa Maria, no município de Santa Maria –

RS, região climática da Depressão Central, a uma altitude de 95m, latitude 29º4 ’ 4” e longitude 53º4 ’4 ”W Figura

Figura 1. Vista aérea da área experimental. Fonte: Google Earth.

Segundo a classificação de KÖEPPEN (MORENO, 1961) o clima predominante da região é do tipo Cfa – temperado chuvoso, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, e subtropical do ponto de vista térmico. O solo da área experimental pertence à unidade de mapeamento São Pedro (DALMOLIN, 2005), sendo classificados pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos como um Argissolo Vermelho Distrófico típico (EMBRAPA, 1999).

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Tabela 1. Características médias das cultivares.

Cultivares Horizonte Campo Real Mirante Quartzo

Ciclo Médio Médio Médio Médio

Estatura de planta Média/Alta Baixa Média Média

Perfilhamento Médio Médio Médio Médio

Germinação na espiga MR MS MS R/MR

Oídio MS R MR MR/MS

Ferrugem da folha R S S MS

Ferrugem do colmo SI SI SI SI

Giberela MS MR S MS

Mancha da gluma SI MS MR MR

Mancha marrom S MS S MR

Mancha bronzeada S MS MS/S MR

VNAC MS MS S MS

Vírus Mosaico MR R MR MR

(SI) Sem informação, (S) suscetível, (MS) Moderadamente suscetível, (MR) Moderadamente resistente, (R) Resistente. Adaptado de Informações técnicas para Trigo e Triticale- Safra 2013.

Cada uma das cultivares foi submetida a seis diferentes tratamentos, que foram divididos em dois tipos de manejo, pré-definidos como “convencional” ou “alternativo”, associados a três níveis tecnológicos de manejo, pré-definidos como baixo, médio e alto nível tecnológico. O manejo “convencional” foi composto por um tratamento de sementes (TS) utilizando um inseticida IMIDACLOPRIDO 150g L-1 +

TIODIOCARBE 450g L-1, na dosagem de 0,3 L de produto para 100 kg de sementes

e também fungicida TRIAZOL 150g L-1 na dosagem de 0,2 L de produto para 100 kg

de sementes. Além do tratamento de sementes, o manejo convencional fez uso de adubação nitrogenada em cobertura com ureia 45%, nos níveis tecnológicos médio e alto.

O manejo “alternativo” foi composto por um tratamento de sementes composto por Fósforo (P2O5 8% p/p 112 g/l), Potássio (K2O 10% p/p 140 g/l),

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Quadro 1. Descrição dos manejos aplicados sobre as diferentes cultivares.

Manejo Alternativo Manejo Convencional

Nível Tecnológico

Produto aplicado Estádio Produto aplicado Estádio

Alta Tecnologia Fósforo (P2O5 8% p/p 112 g/l),

Potássio (K2O 10% p/p 140 g/l),

Magnésio (Mg 0,5% p/p 7 g/l), Enxofre (S 2,5% p/p 35 g/l), Boro (B 0,5% p/p 7 g/l), Cobre (Cu 0,2 % p/p 2,8 g/l), Ferro (Fe

0,1% p/p 1,4 g/l), Manganês (Mn 0,5% p/p 7 g/l), Molibdênio

(Mo 0,05% p/p 0,7 g/l) e Zinco (Zn 1% p/p 14 g/l)

Tratamento de

sementes IMIDACLOPRIDO 150g L

-1

+ TIODIOCARBE 450g L-1

(0,3L/100 kg de sementes) TRIAZOL 150g L-1

(0,2 L/100 kg de sementes)

Tratamento de sementes

Nitrogênio (N 30% p/p 381 g/l) Nitrogênio (N 5% p/p 70 g/l) Fósforo (P2O5 8% p/p 112 g/l) Potássio (K2O 11% p/p 112 g/l)

Magnésio (Mg 1,8% p/p 25,2 g/l) Enxofre (S 1,8 % p/p 25,2

g/l) Boro (B 0,5% p/p 7 g/l) Cobre (Cu 0,2 % p/p 2,8 g/l)

Ferro (Fe 0,1 % p/p 1,4 g/l)

Perfilhamento

pleno (1x) 45 kg N ha

-1 Início do

Perfilhamento (1x) Início do

Emborrachamento (1x)

45 kg N ha -1 Perfilhamento

pleno (1x)

Fósforo (P2O5 30% p/p 420 g/l) Emborrachamento

Pleno (1x) 10 kg N ha

-1 Antese (1x)

Potássio (K2O 20% p/p 280 g/l) Grão Leitoso (1x) Média

Tecnologia Potássio (KFósforo (P22OO 10% p/p 140 g/l), 5 8% p/p 112 g/l),

Magnésio (Mg 0,5% p/p 7 g/l), Enxofre (S 2,5% p/p 35 g/l), Boro (B 0,5% p/p 7 g/l), Cobre (Cu 0,2 % p/p 2,8 g/l), Ferro (Fe

0,1% p/p 1,4 g/l), Manganês (Mn 0,5% p/p 7 g/l), Molibdênio

(Mo 0,05% p/p 0,7 g/l) e Zinco (Zn 1% p/p 14 g/l)

Tratamento de

sementes IMIDACLOPRIDO 150g L

-1

+ TIODIOCARBE 450g L-1

(0,3L/100 kg de sementes) TRIAZOL 150g L-1

(0,2 L/100 kg sementes)

Tratamento de sementes

Nitrogênio (N 30% p/p 381 g/l) Nitrogênio (N 5% p/p 70 g/l) Fósforo (P2O5 8% p/p 112 g/l) Potássio (K2O 11% p/p 112 g/l)

Magnésio (Mg 1,8% p/p 25,2 g/l) Enxofre (S 1,8 % p/p 25,2

g/l) Boro (B 0,5% p/p 7 g/l) Cobre (Cu 0,2 % p/p 2,8 g/l)

Ferro (Fe 0,1 % p/p 1,4 g/l)

Perfilhamento

pleno (1x) 45 kg N ha

-1 Perfilhamento

pleno (1x)

Fósforo (P2O5 30% p/p 420 g/l) Emborrachamento Pleno (1x) Potássio (K2O 20% p/p 280 g/l)

Baixa

Tecnologia Potássio (KFósforo (P22OO 10% p/p 140 g/l), 5 8% p/p 112 g/l),

Magnésio (Mg 0,5% p/p 7 g/l), Enxofre (S 2,5% p/p 35 g/l), Boro (B 0,5% p/p 7 g/l), Cobre (Cu 0,2 % p/p 2,8 g/l), Ferro (Fe

0,1% p/p 1,4 g/l), Manganês (Mn 0,5% p/p 7 g/l), Molibdênio

(Mo 0,05% p/p 0,7 g/l) e Zinco (Zn 1% p/p 14 g/l)

Tratamento de

sementes IMIDACLOPRIDO 150g L

-1

+ TIODIOCARBE 450g L-1

(0,3 L/100 kg sementes) TRIAZOL 150g L-1 (0,2

L/100 kg de sementes)

Tratamento de sementes

Nitrogênio (N 30% p/p 381 g/l) Nitrogênio (N 5% p/p 70 g/l) Fósforo (P2O5 8% p/p 112 g/l) Potássio (K2O 11% p/p 112 g/l)

Magnésio (Mg 1,8% p/p 25,2 g/l) Enxofre (S 1,8 % p/p 25,2

g/l) Boro (B 0,5% p/p 7 g/l) Cobre (Cu 0,2 % p/p 2,8 g/l)

Ferro (Fe 0,1 % p/p 1,4 g/l)

(26)

Fósforo (P2O5 30% p/p 420 g/l), e Potássio (K2O 20% p/p 280 g/l), pela

adubação foliar. Juntamente às aplicações de nitrogênio via foliar, foi aplicado também um fertilizante foliar com Nitrogênio (N 5% p/p 70 g/l), Fósforo (P2O5 8% p/p

112 g/l), Potássio (K2O 11% p/p 112 g/l), Magnésio (Mg 1,8 % p/p 25,2 g/l), Enxofre

(S 1,8 % p/p 25,2 g/l), Boro (B 0,5% p/p 7 g/l), Cobre (Cu 0,2 % p/p 2,8 g/l) e Ferro (Fe 0,1 % p/p 1,4 g/l). Os níveis tecnológicos foram divididos em baixo, médio e alto nível tecnológico, conforme o quadro 1.

Previamente à semeadura, a área foi subsolada e gradeada para a incorporação do calcário utilizado para a correção do pH do solo, e rompimento de uma camada de compactação, identificada nos cultivos anteriores. Foi realizada a adubação de base em todos os tratamentos com 320 kg ha-1 da fórmula comercial NPK 5-20-20, no sulco da semeadura. A semeadura foi realizada com um espaçamento de 0,20 m entre fileiras, utilizando-se uma semeadora manual de uma fileira, regulada para a deposição de em média 380 sementes por m².

O controle de plantas daninhas durante o experimento foi realizado com a utilização do herbicida sistêmico IODOSULFURON-METHYL na dose de 0,1 kg ha-1. O controle de percevejos e pulgões foi realizado com um inseticida sistêmico IMIDACLOPRIDO + BETA-CIFLUTRINA, na dosagem de 0,75 L ha-1, juntamente

com um espalhante adesivo, aplicados em três ocasiões: no Emborrachamento, na antese e no enchimento de grãos. O controle de doenças foi realizado com um fungicida mesostêmico e sistêmico dos grupos ESTROBILURINA e TRIAZOLINTHIONE, na dose de 0,5 L ha-1, em quatro ocasiões: no perfilhamento pleno, no emborrachamento, na antese e no enchimento de grãos, o que garantiu a manutenção do nível de sanidade das plantas durante todo o ciclo de produção.

Quando as plantas apresentavam uma umidade de, em média, 15%, foi realizada a colheita de forma manual, pelo uso de foices, buscando diminuir ao máximo a perda de grãos durante o processo. Para a colheita, descartaram-se as plantas da bordadura (os 50 cm inicias e 50 cm finais de cada fileira, e as duas primeiras e duas ultimas fileiras de cada parcela) deixando uma área útil de 4,8 m² por parcela.

(27)

metro quadrado (NE m-2), o número de afilhos férteis (NAF), o índice de colheita (IC,

%), a massa de cem grãos (MCG, g), e a produção de grãos (PG, kg ha-1). Para

avaliação da massa de cem grãos e massa de hectolitro foi utilizado às regras de análise de sementes (BRASIL, 2009).

(28)

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados da análise de variância (Tabela 2 e Tabela 3) indicam efeitos significativos (p<0,05) para a interação tripla entre as cultivares (A), manejos (D) e níveis tecnológicos (C) para as variáveis de massa de cem grãos (MCG, g), e produção (kg ha-1). Os resultados indicam também efeitos significativos para uma interação entre cultivares e níveis tecnológicos para as variáveis de matéria seca da planta (MP, g) e estatura da planta (EP, cm), além de uma interação entre os manejos e os níveis tecnológicos para a variável de número de espigas por metro quadrado.

Os resultados da análise de variância indicam também, efeitos significativos entre as cultivares para as variáveis de massa do hectolitro (MHL, kg hL-1), número de plantas por metro quadrado (NP m-2) e número de espigas por metro quadrado

(NE m-2). Entre diferentes manejos, os resultados indicam efeitos significativos para as variáveis de massa da planta (MP, g), estatura de planta (EP, cm), e número de plantas por metro quadrado (NP m-2). Para a variável de massa de grãos da espiga

(29)

Tabela 2. Resumo da análise de variância (ANOVA) para as variáveis de número de espiguetas, número de grãos por espiga, matéria seca por planta (g), massa de grãos por espiga (g), estatura das plantas (cm), e massa do hectolitro (kg hL-1).

FV GL QM PR>F QM PR>F QM PR>F Nº de espiguetas Nº grãos por espiga Massa da planta (g) Bloco 2 15,7301 0,041 132,6765 0,026 0,0723 0,085 Genótipo

(A) 3 8,8272 0,139 34,6899 0,386 0,3391 0 Manejo (D) 1 1,516 0,568 17,7125 0,471 0,5653 0

Nível Tec.

(C) 2 0,0225 0,995 23,3113 0,504 1,5358 0 A x D 3 1,2218 0,849 8,4293 0,86 0,0275 0,407 A x C 6 5,5335 0,32 55,832 0,151 0,0788 0,02* D x C 2 3,1299 0,51 0,5677 0,571 0,0142 0,602 A x C x D 6 4,9859 0,384 0,8509 0,538 0,02767 0,441

Resíduo 46 4,5858 33,5395 0,0278

Média 14,4319 29,1583 2,2343

CV 14,8384 19,8616 7,4715

M. grãos espiga (g) Estatura planta (cm) M. do hectolitro (kg hL1)

-Bloco 2 0,1853 0,016 8,1983 0,312 32,9452 0 Genótipo

(A) 3 0,0512 0,304 5,0672 0,534 16,3519 0,007 Manejo (D) 1 0,02 0,488 121,1435 0 6,1115 0,197

Nível Tec.

(C) 2 0,2042 0,011 148,1234 0 10,9344 0,057 A x D 3 0,0075 0,907 31,7142 0,007 0,2127 0,981 A x C 6 0,0772 0,104 26,8274 0,003 2,478 0,656 D x C 2 0,0246 0,553 17,7713 0,086 0,3097 0,917 A x C x D 6 0,0151 0,895 1,7017 0,958 1,5131 0,86

Resíduo 46 0,041 6,8607 3,5733

Média 0,9812 64,9836 75,3197

CV 20,6537 4,0307 2,5097

(30)

Tabela 3. Resumo da análise de variância (ANOVA) para as variáveis de número de plantas m-2, número de espigas m-2, número de afilhos férteis, índice de colheita (%), massa de cem grãos (g) e produção (kg ha-1).

FV GL QM PR>F QM PR>F QM PR>F Nº de plantas m-2 Nº de espigas m-² Nº de afilhos férteis

Bloco 2 13840,86 0,09 8037,651 0,381 0,5604 0,004 Genótipo (A) 3 48236,15 0 128421,6 0 0,2185 0,072 Manejo (D) 1 45500,67 0,006 108055,5 0,001 0,0003 0,95 Nível Tec. (C) 2 8032,749 0,24 20188,08 0,095 0,0898 0,367

A x D 3 11697,17 0,108 4826,789 0,624 0,1774 0,124 A x C 6 1654,876 0,932 8299,904 0,426 0,0872 0,441 D x C 2 1129,797 0,814 36070,7 0,018* 0,2051 0,108 A x C x D 6 4814,927 0,516 5652,808 0,656 0,0319 0,898

Resíduo 46 5457,853 8157,394 0,0877

Média 325,4166 457,5 1,4416

CV 22,7023 19,7417 20,547

Índice de colheita (%) Massa de 100 grãos (g) Produção (kg ha-1)

Bloco 2 0,0185 0,148 0,0209 0,774 398529 0,029 Genótipo (A) 3 0,0021 0,878 0,1765 0,104 275385 0,061

Manejo (D) 1 0,0084 0,348 2,2331 0 6910422 0 Nível Tec. (C) 2 0,0107 0,326 7,1387 0 1884917 0

A x D 3 0,0007 0,968 1,2131 0 196186 0,147 A x C 6 0,0183 0,091 0,3615 0,001 188202 0,12 D x C 2 0,0069 0,483 0,7135 0,001 864238 0,001 A x C x D 6 0,0025 0,944 0,2202 0,025 267971 0,032

Resíduo 46 0,0093 0,0813 104482

Média 0,4425 9,1827 2601,4757

CV 21,8418 3,1063 12,4251

(31)

Tabela 4. Médias dos tratamentos para as variáveis de número de espiguetas, número de grãos por espiga, matéria seca da planta (g), massa de grãos por espiga (g), estatura da planta (cm), massa do hectolitro (kg hL-1), número de plantas m-2, número de espigas m-2, número de afilhos férteis, índice de colheita (%), massa de

cem grãos (g) e produção (kg ha-1).

Número de espiguetas por espiga Nº grãos planta (g) Massa da M. grãos por espiga (g)

Cultivar (A)

Horizonte 14,02 28,97 2,19 b 0,95

Quartzo 15,09 30,11 2,39 a 1,02

Campo Real 14,95 30,28 2,07 c 0,92

Mirante 13,66 27,26 2,27 b 1,02

Manejo (D)

Convencional 14,57 29,65 2,32 a 1,01

Alternativo 14,28 28,66 2,14 b 0,96

Nível Tec.

(C)

Baixo 14,44 30,28 1,99 c 0,92 b

Médio 14,46 28,43 2,20 b 0,93 b

Alto 14,4 28,76 2,50 a 1,09 a

Estatura

planta (cm) Massa do hectolitro Nº plantas por m² Nº espigas por m²

Cultivar (A)

Horizonte 65,66 76,56 a 314,44 b 498,61 a Quartzo 65,04 74,31 b 289,72 b 385,55 b Campo Real 64,88 75,02 b 401,66 a 557,22 a Mirante 64,33 75,39 ab 295,83 b 388,61 b Manejo

(D)

Convencional 66,28 a 75,61 350,00 a 496,66 a Alternativo 63,67 b 75,04 300,83 b 418,33 b

Nível Tec.

(C)

Baixo 62,52 c 74,64 b 305,21 425,83 b Médio 64,92 b 75,36 ab 333,12 483,125 a

Alto 67,51 a 75,96 a 337,92 463,54 ab Nº afilhos

férteis

Índice de Colheita (%)

Massa de 100 grãos (g)

Produção em kg ha-1

Cultivar (A)

Horizonte 1,61 a 0,43 9,11 2771,69

Quartzo 1,39 b 0,43 9,27 2569,73

Campo Real 1,42 ab 0,44 9,09 2605,74

Mirante 1,34 b 0,45 9,26 2458,75

Manejo (D)

Convencional 1,44 0,43 9,36 2914,39

Alternativo 1,43 0,45 9,01 2288,56

Nível Tec.

(C)

Baixo 1,45 0,46 8,71 2294,61

Médio 1,49 0,43 9,06 2654,86

Alto 1,38 0,44 9,78 2854,95

*As médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si, pelo teste de Duncan, p<0,05.

(32)

de quantidades consideráveis de nitrogênio via foliar pode esbarrar no problema de ocorrência de fitotoxidez, que poderá ser minimizado com a escolha da fonte do nutriente, do bico e do volume de calda, assim como o horário de aplicação. Segundo resultados obtidos por Fagundes et al. (2007), a fonte de N tem influência sobre a área foliar, e a ureia é a fonte que apresenta o maior crescimento das plantas, o que explicaria o comportamento observado tanto para a variável de matéria seca da planta (g), quanto para a variável de estatura de planta (cm), onde ocorreu também diferença significativa entre os manejos, sendo o manejo convencional o que apresentou uma estatura média de 66,28 cm, sendo significativamente superior ao manejo alternativo, onde a estatura média de plantas foi de 63,67 cm.

Para a variável de massa de grãos por espiga (g), ocorreu diferença significativa entre os níveis tecnológicos médio e baixo, em relação ao nível tecnológico alto. Como o número médio de grãos por espiga não diferiu significativamente entre os diferentes tratamentos, então este comportamento pode ser explicado pela maior massa média de grãos obtida pelo nível tecnológico alto, o qual acarreta em um maior fornecimento de nutrientes às plantas, e este maior aporte de nutrientes pode expressar uma maior massa média dos grãos (KOHLI & MARTINO, 1998; VARGA & SVECNIAK, 2005; ERCOLI et al., 2013).

Para a variável de massa do hectolitro (kg hL-1), ocorreram diferenças

(33)

negativamente à um excesso de nitrogênio, diminuindo a massa do hectolitro e possibilitando um acamamento das plantas.

Para a variável de número de plantas por metro quadrado, a cultivar Campo Real apresentou o maior valor médio, diferindo significativamente das cultivares Horizonte, Campo Real e Mirante. Os manejos convencional e alternativo também apresentaram diferença significativa, tendo o manejo convencional apresentado um maior número médio de plantas m-2 que o manejo alternativo. Uma hipótese para esta resposta é de que o tratamento de sementes alternativo, afeta negativamente a emergência das mesmas. Uma segunda hipótese que explicaria essa diferença é de que o tratamento de sementes do manejo convencional, com inseticida IMIDACLOPRIDO 150g L-1 + TIODIOCARBE 450g L-1, na dosagem de 0,3 L de produto para 100 kg de sementes e também fungicida TRIAZOL 150g L-1 na dosagem de 0,2 L de produto para 100 kg de sementes proporcionou uma maior sobrevivência às plântulas, como demonstram os trabalhos de Henning (2005) e Bittencout et al. (2007), onde o tratamento de sementes protegeu a plântula durante seus estágios mais susceptíveis de desenvolvimento, podendo aumentar a porcentagem de germinação, velocidade de emergência e sobrevivência das plântulas.

Para a variável de número de espigas m-2, ocorreu diferença significativa

entre as cultivares, tendo as cultivares Horizonte e Campo Real apresentado os maiores valores médios, diferindo significativamente das cultivares Quartzo e Mirante, apresentando uma resposta semelhante à observada para o número de plantas por metro quadrado para as cultivares Quartzo, Campo Real e Mirante, e tendo a cultivar Horizonte se diferenciado das demais, por apresentar a maior média de afilhos férteis entre as diferentes cultivares. Ainda para o número de afilhos férteis, as cultivares Quartzo e Mirante apresentaram médias inferiores à cultivar Horizonte, e a cultivar Campo Real apresentou uma média que não diferiu significativamente das cultivares Horizonte, Quartzo e Mirante.

As variáveis de número de espiguetas, número de grãos por espiga e índice de colheita (%), não apresentaram diferença significativa entre as cultivares, manejos e níveis tecnológicos, não representando assim uma fonte de variação significativa para as demais variáveis avaliadas.

(34)

matéria seca da planta (g) e estatura da planta (cm). Os valores médios das cultivares são apresentados na tabela 5.

Tabela 5. Médias das cultivares, nos diferentes níveis tecnológicos para as variáveis de matéria seca da planta (g), e estatura da planta (cm).

Cultivar Horizonte Quartzo Campo Real Mirante

Matéria seca da planta (g)

Baixo NT 1,95 Aa 2,00 bA 1,96 aA 2,06 aA

Médio NT 2,21 aA 2,38 abA 1,99 aA 2,24 aA

Alto NT 2,43 aA 2,81 aA 2,27 aA 2,51 aA

Estatura da planta (cm)

Baixo NT 62,54 bA 61,37 bA 63,29 aA 62,88 aA

Médio NT 65,42 bA 63,17 bA 65,16 aA 64,89 aA

Alto NT 69,05 aA 70,60 aA 66,20 aB 65,24 aB

*As médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e pela mesma letra maiúscula na linha não diferem entre si, pelo teste de Duncan, p<0,05.

As cultivares Horizonte, Campo Real e Mirante não diferiram em uma comparação de medias das diferentes cultivares dentro dos diferentes níveis tecnológicos, bem como em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro das diferentes cultivares, para a variável de matéria seca da planta (MSP, g).

O desempenho da cultivar Quartzo não diferiu significativamente das Cultivares Horizonte, Campo Real e Mirante em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro das diferentes cultivares. Porém na comparação de medias da cultivar, dentro dos diferentes níveis tecnológicos, a cultivar Quartzo diferiu significativamente. O maior valor médio para a variável de MSP da cultivar Quartzo é de 2,81 g, obtido pelo nível tecnológico alto, e diferindo significativamente do nível tecnológico baixo onde valor médio obtido para a MSP foi de 2,00 g, em uma comparação de medias da cultivar, dentro dos diferentes níveis tecnológicos. O nível tecnológico médio apresentou uma média de 2,38 g, e não diferiu significativamente dos valores obtidos pelos níveis tecnológicos baixo e alto.

(35)

Figura 2. Gráfico do comportamento das cultivares Horizonte, Quartzo, Campo Real e Mirante para a variável MSP (g), para os níveis tecnológicos baixo, médio e alto.

*As colunas de mesma cor que apresentam mesma letra minúscula, assim como as cultivares que apresentam mesma letra maiúscula em suas diferentes colunas não diferem entre si, pelo teste de Duncan, p<0,05.

Para a variável de estatura da planta, as cultivares Horizonte e Quartzo obtiveram as maiores estaturas médias, de 69,05 cm e 70,6 cm, respectivamente, quando em conjunto com o nível tecnológico alto, não diferindo significativamente em uma comparação de medias das diferentes cultivares dentro dos diferentes níveis tecnológicos, bem como em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro das diferentes cultivares. Já as cultivares Campo Real e Mirante, não diferiram significativamente das demais cultivares em uma comparação de médias das diferentes cultivares dentro do nível tecnológico alto, porém, em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro das diferentes cultivares, as cultivares Campo Real e Mirante diferiram significativamente das cultivares Horizonte e Quartzo, apresentando médias inferiores à estas.

(36)

quando em alto nível tecnológico. Já as cultivares Horizonte e Quartzo, apresentaram valores médios inferiores e diferiram significativamente, em comparação às médias obtidas pelas mesmas, quando em conjunto com o nível tecnológico alto.

A figura 3 demonstra graficamente o comportamento observado nas cultivares Horizonte, Quartzo, Campo Real e Mirante para a variável de estatura média de plantas, vai de encontro ao comportamento das mesmas para a variável de matéria seca média das plantas, onde valor médio da matéria seca aumenta com o aumento do nível tecnológico. Tem-se então, como hipótese, uma relação direta entre a estatura da planta, e a matéria seca produzida pela mesma.

Figura 3. Gráfico do comportamento das cultivares Horizonte, Quartzo, Campo Real e Mirante para a variável EP (cm), para os níveis tecnológicos baixo, médio e alto.

*As colunas de mesma cor que apresentam mesma letra minúscula, assim como as cultivares que apresentam mesma letra maiúscula em suas diferentes colunas não diferem entre si, pelo teste de Duncan, p<0,05.

(37)

mesma dose do nutriente. Dordas e Sioulas (2009) demonstram que a produção de matéria seca aumenta quando se eleva o fornecimento de nitrogênio às plantas, pois se aumenta a área da superfície foliar e a estatura das plantas, tal como no trabalho de Zagonel et al. (2002), onde foi observado que com o aumento da dose de nitrogênio, as plantas desenvolvem entrenós mais longos e consequentemente, as plantas apresentam um porte mais elevado.

Tabela 6. Número médio de espigas m-2, nos diferentes níveis tecnológicos para os manejos alternativo e convencional.

Número de espigas m-²

Manejo convencional Manejo alternativo Baixo nível tecnológico 420,00 bA 431,67 aA Médio nível tecnológico 529,17 aA 425,46 aB Alto nível tecnológico 540,83 aA 397,92 aB

*As médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e pela mesma letra maiúscula na linha não diferem entre si, pelo teste de Duncan, p<0,05.

Os maiores valores médios para a variável de número médio de espigas foram obtidos pelos níveis tecnológicos médio e alto do manejo convencional, apresentando em média 529,17 e 540,83 espigas por metro quadrado, respectivamente, não diferindo em uma comparação de médias dos diferentes manejos dentro dos diferentes níveis tecnológicos, bem como em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro dos diferentes manejos. Para o nível tecnológico baixo do manejo convencional, o número médio de espigas por m-2 foi de 420 espigas, diferindo significativamente em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro do manejo convencional, mas não diferiu significativamente em uma comparação de médias dos diferentes manejos dentro do nível tecnológico baixo. Para o manejo alternativo, não houve diferença significativa entre os níveis tecnológicos em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro do mesmo manejo. Já em uma comparação de médias dos diferentes manejos dentro dos diferentes níveis tecnológicos, os níveis tecnológicos médio e alto do manejo alternativo diferiram significativamente do manejo convencional, apresentando em média 423,46 e 397,92 espigas por m-2.

(38)

duas aplicações de 45 kg N ha-1, respectivamente. Para o manejo alternativo, os

valores médios apresentam um comportamento diferente, onde os valores médios dos níveis tecnológicos baixo, médio e alto não diferiram significativamente entre si, em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro do manejo alternativo. Uma hipótese para esse comportamento seria que, como demonstrado por Silva et al. (2005), a época correta de aplicação do nitrogênio é fundamental para incrementar o rendimento de grãos, pois aplicações muito precoces ou muito tardias podem ser pouco aproveitadas pelas plantas. Como os tratamentos do manejo alternativo não diferem entre si até o estádio de início do emborrachamento, se tem como hipótese de que as aplicações após esse momento não surtem efeito significativo para a variável de número de espigas por m-2. De acordo com Mahler et al. (1994), a aplicação de nitrogênio no momento adequado pode aumentar a eficiência de uso do nitrogênio pelo trigo, incrementando o número de grãos por espiga e o número de espigas por área.

O número de espigas por m-2, tal como o número de plantas por m-2 e o

(39)

Tabela 7. Comparação de médias para a variável de massa de cem grãos (g) e produção (kg ha-1), com interação A x D x C significativa.

Massa de cem grãos (g) Produção (kg ha-1)

Baixo NT Médio NT Alto NT Baixo NT Médio NT Alto NT

Horizonte

Convencional 8,33 cA 9,42 bA 10,20 aA 2279,03 bA 3110,81 aA 3615,31 aA Alternativo 8,43 bA 8,66 abB 8,99 aB 2334,88 aA 2386,84 abB 2903,27 aB

Quartzo

Convencional 8,38 cA 9,48 bA 10,10 aA 2056,77 bA 3006,01 aA 3216,78 aA Alternativo 8,67 aA 8,96 aB 9,11 aB 2077,21 bA 2363,595 abB 2856,77 aB

Campo Real

Convencional 8,44 bB 8,59 bA 9,79 aA 2227,64 bA 2967,67 aA 3320,69 aA Alternativo 8,96 bA 9,01 bA 9,73 aA 2316,00 aA 2328,61 aB 2473,85 aB

Mirante

Convencional 8,12 cB 8,81 bB 10,45 aA 1886,74 cA 2697,70 bA 3487,71 aA Alternativo 8,79 bA 9,55 aA 9,85 aB 2219,07 aA 2220,74 aB 2330,53 aB *As médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e pela mesma letra maiúscula na linha não diferem entre si, pelo teste de Duncan, p<0,05.

Para a variável de massa de cem grãos (g), os maiores valores médios das quatro cultivares foram obtidas pelo manejo convencional, juntamente com o nível tecnológico alto, obtendo os maiores valores em uma comparação de médias dos diferentes tipos de manejo dentro dos diferentes níveis tecnológicos, bem como em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro dos diferentes manejos. A cultivar Campo Real, quando em nível tecnológico alto e manejo alternativo, não diferiu significativamente do manejo convencional no nível tecnológico alto, tanto em uma comparação de médias dos diferentes tipos de manejo dentro dos diferentes níveis tecnológicos, bem como em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro dos diferentes manejos. As cultivares Horizonte, Quartzo e Mirante diferiram significativamente em uma comparação de médias do nível tecnológico alto dentro dos diferentes manejos, apresentando médias superiores para o manejo convencional em relação ao manejo alternativo.

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Na cultivar Horizonte em manejo convencional, o nível tecnológico baixo apresentou uma média inferior e diferiu significativamente do nível tecnológico médio, e este, por sua vez, apresentou uma média inferior e diferiu significativamente do nível tecnológico alto. Estes mesmos resultados são observados também para as cultivares Quartzo e Mirante, quando em manejo convencional. A cultivar Campo Real não apresentou diferença significativa entre as médias dos níveis tecnológicos baixo e médio, mas estes apresentaram médias inferiores e diferiram significativamente do nível tecnológico alto.

Para o manejo alternativo, a cultivar Horizonte apresentou uma média de 8,43 g quando em nível tecnológico baixo, diferindo significativamente do valor obtido pelo nível tecnológico alto, de 8,99 g. O nível tecnológico médio apresentou uma média de 8,66 g, e não diferiu significativamente dos níveis tecnológicos baixo e alto. A cultivar Campo Real não apresentou diferença significativa entre os níveis tecnológicos médio e baixo, mas esses diferiram significativamente do nível tecnológico alto. Já a cultivar Mirante, não apresentou diferença significativa entre os níveis tecnológicos médio e alto, mas estes diferiram significativamente do nível tecnológico baixo, que apresentou uma média inferior aos demais.

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Figura 4. Gráfico do comportamento das cultivares para a variável de massa de cem grãos (g), com interação A x D x C significativa. (DMS = 39,15725).

*As colunas de mesma cor que apresentam mesma letra minúscula, assim como as colunas de diferentes cores que apresentam mesma letra maiúscula não diferem entre si, pelo teste de Duncan, p<0,05.

Observando o comportamento das cultivares para a variável de massa de cem grãos, tem-se como hipótese que, como o aumento do nível tecnológico implica diretamente em um maior fornecimento de nutrientes às plantas, esse maior aporte de nutrientes pode expressar uma maior massa média dos grãos, como nos resultados obtidos por Kohli e Martino (1998), Varga e Svecnjak (2005) e Ercoli et al. ( 2013).

A cultivar Mirante apresentou um comportamento diferente para o nível tecnológico médio, apresentando uma maior média do que o manejo convencional. Uma hipótese para esse comportamento é de que a cultivar Mirante apresentou um menor número de plantas por metro quadrado, o que pode ter favorecido um maior contato entre a calda pulverizada e a superfície das folhas, favorecendo a absorção dos nutrientes pela via foliar. Outra hipótese é de que a cultivar Mirante apresenta cutículas mais finas e/ou maior frequência de estômatos e/ou um maior número de ectodesmas do que as demais cultivares, o que segundo Garcia e Salgado (1981), favorece a absorção iônica pelas folhas.

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tecnológico alto, obtendo os maiores valores em uma comparação de médias dos diferentes tipos de manejo dentro dos diferentes níveis tecnológicos, bem como em uma comparação de médias dos diferentes níveis tecnológicos dentro dos diferentes manejos. Em uma comparação de médias dos níveis tecnológicos dentro dos diferentes manejos, o manejo convencional apresentou médias significativamente superiores ao manejo alternativo para os níveis tecnológicos médio e alto, e para o nível tecnológico baixo, a produção de grãos dos manejos convencional e alternativo não apresentou diferença significativa.

Para as cultivares Horizonte e Quartzo e Campo Real em manejo convencional, o nível tecnológico baixo apresentou uma média inferior e diferiu significativamente dos níveis tecnológicos médio e alto, os quais não diferiram significativamente entre si. Já a cultivar Mirante em manejo convencional, o nível tecnológico baixo apresentou uma média inferior e diferiu significativamente do nível tecnológico médio, e este, por sua vez, apresentou uma média inferior e diferiu significativamente do nível tecnológico alto.

No manejo alternativo, as cultivares Horizonte e Quartzo apresentaram diferença significativa entre os níveis tecnológicos baixo e alto, e o nível tecnológico médio não diferiu significativamente dos níveis tecnológicos baixo e alto. Já as cultivares Campo Real e Mirante não apresentaram diferença significativa para a variável de produção de grãos (kg ha-1) para os diferentes níveis tecnológicos dentro

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Figura 5. Gráfico do comportamento das cultivares para a variável de produção de grãos (kg

ha-1), com interação A x D x C significativa (DMS = 39,15725).

*As colunas de mesma cor que apresentam mesma letra minúscula, assim como as colunas de diferentes cores que apresentam mesma letra maiúscula não diferem entre si, pelo teste de Duncan, p<0,05.

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de 624,24 kg de grãos ha-1, pelo uso do manejo alternativo em nível tecnológico alto.

A cultivar Quartzo apresentou um aumento de 12,89 kg ha-1 para cada kg de N

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5 CONCLUSÕES

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Imagem

Figura 1. Vista aérea da área experimental. Fonte: Google Earth.
Tabela 1. Características médias das cultivares.
Tabela 2. Resumo da análise de variância (ANOVA) para as variáveis de número de  espiguetas,  número  de  grãos  por  espiga,  matéria  seca  por  planta  (g),  massa  de  grãos por espiga (g), estatura das plantas (cm), e massa do hectolitro (kg hL -1 )
Tabela 3. Resumo da análise de variância (ANOVA) para as variáveis de número de  plantas m -2 , número de espigas m -2 , número de afilhos férteis, índice de colheita (%),  massa de cem grãos (g) e produção (kg ha -1 )
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