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29 O Homem muda o Clima ou

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Academic year: 2019

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Livros Grátis

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Ano I I I – Núm ero 9 – Março – Maio 2007

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Radar

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Fique Antenado

Met eorologia em Foco

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Confira o que foi dest aque

Ent revist a

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JJoossééCCaarrlloossZZuukkoowwsskkii

Pont o de Vist a

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Vania Neu

Capa

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O Hom em m uda o Clim a ou o Clim a m uda o Hom em ?

Mem ória

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Professor Obasi: O Ent usiast a da Met eorologia Mundial

Curiosidades

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O Passado Clim ático: Um a Hist ória revelada através dos Anéis de Árvores

N ossas Escolas

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UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddee AAllaaggooaass:: ÚÚnniiccaa E

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Reflexão

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2

Aquecim ent o Global: Um a Verdade I ncontestável?

Diret oria Ex ecut iva:une m et @unem et .org.br

Presidente

Ednaldo Oliveira dos Santos ( COPPE/ UFRJ)

Secret ário Geral

Daniel Carlos Menezes (COPPE/ UFRJ)

Diretor Adm inistrativo e Financeiro

Carlos Henrique D’Alm eida Rocha ( COPPE/ UFRJ)

Diret or de Pesquisa e Desenvolvim ent o José Francisco de Oliveira Júnior ( COPPE/ UFRJ)

Diret or de Com unicação e Marketing Alailson Venceslau Santiago (MDA)

Diretora de Educação e Treinam ento Maria Céli Santos de Lim a (UNDI ME- AL)

Diretor de Cooperação Nacional e I nternacional José de Lim a Filho ( SECTI -AL)

Conselho Diret or:

conselho.diret or@unem et .org.br

Ednaldo Oliveira dos Santos ( COPPE/ UFRJ) Alailson Venceslau Santiago (MDA) José de Lim a Filho ( SECTI -AL) Rodrigo Santos Costa ( I NPE)

Maria Céli Santos de Lim a (UNDI ME- AL)

Conselho Fiscal: conselho.fiscal@unem et .org.br

José Luiz Cabral da Silva Junior (UFV) Gustavo Bastos Lyra ( I CAT/ UFAL) Sylvia Elaine Marques de Farias ( I NPE)

Conselho Edit oria l:

conselho.editorial@unem et .org.br

Alailson Venceslau Santiago (MDA) Ednaldo Oliveira dos Santos ( COPPE/ UFRJ) Rodrigo Santos Costa ( I NPE)

Daniel Carlos de Menezes (COPPE/ UFRJ)

Revist a Cirrus é um a publicação da União Nacional dos Estudiosos em Met eorologia - UNEMET, distribuída gratuitam ente aos usuários cadastrados no sit e.

I m agem de Capa:

Elaborada e edit ada por Carlos Henrique Rocha.

Reda ção

Cart as para o edit or, sugestões de tem as, opiniões ou dúvidas sobre o conteúdo editorial de CI RRUS.

cirrus@unem et .org.br

Publicidade

Anuncie em CI RRUS e fale com o m undo.

Conselho.edit oria l@unem et .org.br

A revist a não se responsabiliza por opiniões em it idas pelos entrevistados e por artigos assinados.

Reprodução perm it ida desde que cit ada a font e.

UN EMET – Brasil

Rua Dona Alzira Aguiar, 280 - Paj uçara 57030- 270 – Maceió – Alagoas - Brasil Fone: ( 82) 3377- 0268

secret aria@unem et .org.br w w w .unem et .org.br

S

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orreio

PARABÉN S PELA PUBLI CAÇÃO

Gostaria de parabenizá- los pela edição da Revist a Cirrus, que j á se encont ra no seu 8º volum e, tratando de assuntos tão im portantes para a econom ia e a sociedade brasileira. Desej o a toda equipe um excelente 2007, com m uit a saúde, disposição e sucesso.

Darly Henriques da Silva

Coordenadora- Geral de P&D em Met eorologia, Clim atologia e Hidrologia do MCT,Brasília, DF.

APRECI AMOS E APOI AMOS A

I N I CI ATI VA DE VOCÊS

Gostaríam os de pedir autorização para acrescentar em nossa Hom epage um link para o Sit e da UNEMET e t am bém que sej a enviado um texto para descrever a revist a Cirrus. Além disso, solicitam os que o nosso portal fosse divulgado por vocês. Apreciam os a iniciativa de vocês e apoiam os. Conte com o que precisarem .

Laura Christ ina T. Rodrigues W at anabe

Presidente da Em presa Junior de Meteorologia - I AG Jr./ USP, São Paulo, SP.

TEMAS CADA VEZ MAI S

I N TERESSAN TES!

Meus m elhores desej os de que o ano de 2007 sej a m ais frutífero para todo que fazem a UNEMET.

Felicito- os pelos tem as cada vez m ais int eressantes, que servem e orient am a um m aior núm ero de usuários fazendo que neles cresça a cultura da inform ação m eteorológica. Sigam adiante com m elhores brios.

Gilm a Carvaj al

I NAMHI , Quito, Equador.

SH OW DE REVI STA!

Prezados senhores do Conselho Edit orial, gostaria de dizer que a Cirrus é um show de revist a. Eu gost aria de enviar um a m atéria para ser publicada na m esm a, com o posso fazer?

Profa. Maria Silvia M uylaert

PPE/ COPPE/ UFRJ, Rio de Janeiro, RJ.

REGRAS PARA PUBLI CAÇÃO

Meu nom e é Gust avo Leite, sou aluno do Curso de Meteorologia da UFPEL. Já havia m ant ido contado com os senhores, em 2006, falando de m inha vont ade de publicar um art igo em sua revist a. Eu fiz um est udo falando sobre Ressurgência na cidade de Arraial do Cabo ( RJ) e gost aria se possível, encam inhar um art igo falando a respeito desse fenôm eno, provocado por fat ores m et eorológicos, nessa região. Contudo, desconheço as regras e form atos estabelecidos pela Revista. Se possível, os senhores poderiam m e orientar a respeito dos form atos dos artigos?

Gust avo Leit e

UFPEL, Pelotas, RS.

Prezado Gust avo, realm ente j á t ínham os recebido com m uit a alegria m ensagem ant erior sua, t ant o que foi publicada na sessão Correios da Cirrus. Terem os a m aior sat isfação em receber seu art igo. O assunt o do m esm o nos parece m uit o int eressant e e im portant e. A sessão a ser publicado seu art igo é a Pont o de Vist a. As norm as para publicação são de que o m esm o não ult rapasse 5 páginas, o t ipo de let ra é verdana, tam anho 9, onde o titulo t erá tam anho 10, e linguagem sim ples e obj etiva.

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SI N DI CATO DE METEOROLOGI STAS

Li a revista Nº 8 ( que por sinal está show de bola) e m e interessou bastante a report agem sobre sindicato para Meteorologistas.

Sou form ado em m atem át ica e tenho um a dúvida que de um a m aneira ou de outra vai m udar m inha vida. Gostaria de saber se quem t em m est rado em Met eorologia e é form ado em Matem ática pode adquirir o registro no CREA baseado na Lei Nº 6.835, de 14 de outubro de 1980. Será que é possível exercer a profissão baseado nessa Lei Federal? Se não é possível qual seria a explicação, j á que existe essa Lei?

Ram ón Alves

Fundação de Meio Am biente do Estado de Roraim a, Boa Vista, RR.

Prezado Ram ón foi com m uit a alegria que recebem os sua m ensagem . Agradecem os os elogios a Revista Cirrus No. 8, principalm ente sobre a reflexão acerca da criação sobre sindicat o para Met eorologistas. Em relação a sua pergunta, a resposta é N ÃO. Por quê? A Lei No. 6.835, de 14 de outubro de 1980, de regulam entação da profissão dos m eteorologist as é bem clara ao m encionar que apenas os possuidores de diplom a de conclusão de curso superior de Met eorologia, concedido no Brasil, por escola oficial reconhecida e devidam ent e regist rado no órgão próprio no MEC; e os possuidores de diplom a conclusão de curso superior de Met eorologia, concedido por inst ituto estrangeiro, que revalidem seus diplom as de acordo com a Lei, podem exercer a profissão de Meteorologista em nosso país. As letras "c" e "d" da Lei que você m encionou foi colocada na Lei porque na época da prom ulgação ( 1980) exist iam profissionais de outras áreas que j á atuavam em Met eorologia e assim foi criado um a fase de transição para que esses profissionais, no prazo de 3 anos após a prom ulgação da Lei, solicitassem o regist ro no CREA e pudessem at uar com o Met eorologistas. Ou sej a, após 1983 essas letras "c" e "d" contidas da Lei perderam a validade. Porém , isso não é um a prerrogat iva unicam ent e da nossa profissão, pois t odas as profissões regulam ent adas em nosso país contem em suas leis que o exercício da profissão é prerrogat iva exclusiva dos port adores de diplom a de graduação em sua área de at uação ( engenharia, m edicina, direito, adm inist ração, m at em át ica, et c.) e não a Pós- Graduação, com o você m encionou. I nfelizm ente você com o m at em át ico não pode adquirir o registro no CREA com o m eteorologista, a não ser que você faça um Curso de Graduação em Met eorologia.

Essa é a finalidade e a luta da UNEMET, por isso publicam os m ais de um a vez essa reflexão, j unto a sociedade brasileira para ocorra o fiel cum prim ento de nossa Lei, esclarecendo, e evit ando distorções, ilegalidades da m esm a.

POEMA “EN TRE N UVEN S”

Senhores editores da revista Cirrus, ao m esm o tem po em que fiquei feliz de ver o poem a "Entre Nuvens" publicado na 8ª edição da Revista Cirrus, fiquei decepcionada por não haver referência algum a sobre a origem do poem a. Com o trabalho com clim atologia na Universidade de Brasília, quis hom enagear a m inha avó colocando o poem a nas páginas prelim inares de m inha t ese de dout orado defendida no final de 2004. I sso significa que foi da m inha tese que vocês da revista Cirrus t iraram o poem a. Portant o, solicito que coloquem a referência com plet a do poem a, pois caso cont rário, as pessoas não saberão de onde ele veio. Além disso, o local e a data em que o poem a foi escrit o t am bém deve aparecer após o nom e da autora.

Profa. Ercília Torres St einke

Depart am ent o de Geografia/ UNB, Brasília, DF.

Prezada professora Ercília, prim eiram ente gostaríam os de agradecer pelo envio de sua m ensagem . Pedim os desculpas pelo fat o ocorrido. Exatam ente, o poem a foi ext raído da Tese de Doutorado da Senhora defendida na UNB. Com o em citação de literatura se coloca apenas o nom e daquela pessoa que faz o poem a, por isso est e equívoco ocorreu e foi cit ado apenas o nom e da sua avó m at erna ( Last hênia de Vasconcelos Pérez) . Para sanar o erro, vam os publicar um a not a cit ando a referência com plet a do poem a na próxim a edição da Cirrus e em nosso sit e.

CORREÇÃO

Gostaríam os de pedir desculpas e inform ar que o poem a “ Entre Nuvens” de autoria de Last hência de Vasconcelos Peres, publicado na cont racapa da 8ª edição da Cirrus, foi escrito em out ubro de 1920 na cidade de Manaus. Est e poem a foi ext raído da t ese de doutorado da profa. Ercília Torres St einke denom inada “ Considerações sobre Variabilidade e Mudança Clim át ica no Dist rit o Federal, suas Repercussões nos Recursos Hídricos e I nform ação ao Grande Público” defendida em novem bro de 2004 no Program a de Pós- Graduação em Ecologia da UNB.

N OTA

Todas as m ensagens enviadas foram pront am ent e respondidas. I nform am os que algum as m ensagens foram suprim idas devido ao grande volum e de inform ações dessa edição. Agradecem os a todos que colaboram com sugestões e críticas para a m elhoria da CI RRUS.

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ditorial

prim eira edição do ano, nada m ais oportuno que aproveitar as com em orações do dia m undial do m eio am biente para trazer em nossas páginas centrais um a visão clara, sem am arras políticas ou baseada em catastrofism o sobre o t em a Mudanças Clim áticas, sua relação com o m eio am biente e possíveis im plicações, em especial, para as condições de vida da hum anidade.

Munido desses atributos, convidam os nossos leitores a fazer um a viagem científica buscando um a m elhor com preensão desta tem ática que virou m oda no m om ent o. Est e enfoque é verdadeiram ente im portante, haj a vista que as inform ações são, às vezes, sim plificadas ou publicadas de m aneira equivocada, fazendo com que inform ações desencontradas e incorretas sej am divulgadas pelos diversos m eios de com unicação, atingindo a população em geral. Assim , quando nos questionam entos se o ser hum ano m odifica o clim a ou vice- versa, visam os apresent ar não só aspect os j á tom ados com o consenso científico, m as tam bém aqueles que ainda apresent am dúvidas e incertezas. Estas últim as chegam a evoluir para um alarm ism o que beira o terrorism o, perdendo assim o seu valor científico.

Talvez as principais razões deste “ m odism o” não sej am exatam ente os im pactos diretos aos seres hum anos, m as aqueles de cunho econôm ico. Est e, por sua vez, pode t er sido o m otivo pelo qual não só pesquisadores e ecologistas passaram a discutir esse tem a. As grandes potências industrializadas falam em sustentabilidade am biental, porém , não abrem m ão de m anter suas atuais taxas de consum o e crescim ento. Ou sej a, um a incoerência quando falam em desenvolvim ento sustent ável, j á que, inegavelm ente, isso im plica em m udanças radicais, e urgentes, de atitude e de consum o. Esquecem que tão im portante quant o preservar o m eio am biente, e corrigir as agressões, é m udar de m ent alidade.

Com o suplem ento a esta discussão, trazem os um a reflexão acerca da “ver dade incont est ável do aquecim ent o global” , m ostrando que as quest ões do clim a estão intim am ent e relacionadas com a preservação das espécies. Portanto, precisam os agir urgentem ente freando o desm atam ento de nossas florestas, ao m esm o t em po, desenvolvendo atividades sust entáveis nessas regiões. I m portante entender que a preservação do m eio- am biente tam bém com eça com a educação am bient al das crianças, as fut uras gerações, as sem ent es do am anhã. Pois, conscientizando os m ais j ovens tem os resultados de curto e m édio prazo, j á que eles acabam influenciando os m ais velhos. Nessa m esm a linha de discussão, expom os um ponto de vista sobre os im pactos antropogênicos sobre os ecossistem as e m edidas m itigatórias.

Ainda

dentro dest e cont exto, não poderíam os deixar de prest ar um a j usta hom enagem ao professor Godwin Obasi, Ex- Diretor da Organização Meteorológica Mundial ( OMM) , que veio a falecer em m arço dest e ano. Ele dedicou- se em vida ao debate com a com unidade m eteorológica m undial e incentivou atitudes, e ações, para a proteção do m eio am biente, com o tam bém , na prom oção de soluções globais para questões am bientais, em especial, no que tange a m udança do clim a. Teve papel fundam ental nas negociações que levaram ao estabelecim ento da Convenção Quadro das Nações sobre Mudança do Clim a, e posteriorm ente, do Painel I ntergovernam ental de Mudanças Clim áticas ( I PCC) . A história deste entusiasta, e lutador sem trégua em prol da Meteorologia, deve ser sem pre lem brada e o seu legado m ostrado às próxim as gerações. Afinal, todas as pessoas m orrem , m as algum as vivem para sem pre.

Desta form a, esperam os m ais um a vez contribuir para o sucesso da Meteorologia e que tem as com o Mudanças Clim áticas deixem de ser apenas m odism os, ao contrário, transform em - se em consciência e atitude de todos nós frente ao nosso planeta!

Saudações am bient ais,

Ednaldo Oliveira dos Santos Presidente do Conselho Editorial

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PARCERI A EMBRAPA- UN I CAMP-I N PE FORN ECERÁ PREVCAMP-I SÕES

AGROM ETEOROLÓGI CAS

O Sistem a de Monit oram ent o Agrom eteorológico ( Agritem po) , criado pela Em brapa e pelo Cepagri, da UNI CAMP, com a participação de m ais de 20 instituições do País, inicia um a nova etapa de desenvolvim entos, que terá com o principal produto previsões para o set or agrícola. O Agrit em po m onitora e divulga, desde 2003, para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecim ent o ( MAPA) , o zoneam ent o de risco clim át ico com a finalidade de reduzir event uais perdas das lavouras. Este serviço contará agora com um novo reforço: as previsões agrom eteorológicas, que inclui previsões de safra, de curt o e m édio prazos, da soj a, m ilho, cana e café.

O Centro de Previsão do Tem po e Estudos Clim áticos ( CPTEC) , do I nstitut o Nacional de Pesquisas Espaciais ( I NPE) , irá fornecer as previsões m et eorológicas e clim át icas. A part ir destes dados, a Em brapa, com o conhecim ent o e a experiência do Cepagri ( UNI CAMP) , irá rodar os m odelos de previsão agrom eteorológica.

A est im at iva é de que no prim eiro sem estre de 2007 sej am geradas as previsões de safra do Sul e Nordeste e as de geadas com avaliação de im pacto para cada cultura.

A expectativa é de que as previsões ganhem m ais qualidade e precisão, oferecendo ao agricult or um conj unt o confiável de dados e inform ações, que poderá orientá- lo nas tom adas de decisão ao longo dos ciclos das lavouras.

Segundo Eduardo Assad, chefe da Em brapa I nform ática Agropecuária, um a vez im plem entadas as previsões, o próxim o passo será o desenvolvim ent o de est udos sobre o im pacto do aquecim ento global nas diversas cult uras agrícolas do País.

As instit uições e ent idades que repassam sistem aticam ente dados m eteorológicos para o Agrit em po recebem em troca um a série de produtos agrom eteorológicos, por est ado e m unicípio, com o chuva acum ulada, estiagem e risco de veranicos ( seca na estação chuvosa) . Um a das condições para a part icipação na rede do Agritem po é a liberação dos dados m eteorológicos, colocando- os à disposição da com unidade científica do País.

Bolet ins e m apas agrom et eorológicos são gerados e enviados não som ente às instituições colaboradoras, m as tam bém à Secret aria de Agricultura Fam iliar, do Minist ério do Desenvolvim ento Agrário, à Com panhia Nacional de Abastecim ento ( CONAB) , do MAPA, entre out ras ent idades dos setores público e privado.

O acesso aos produtos do Agritem po tam bém pode ser feito livrem ente at ravés do endereço: http: / / www.agritem po.gov.br.

Fonte: CPTEC News

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I N PE TRAN SFERI RÁ O PROGRAMA AN TÁRTI CO PARA SAN TA MARI A

O Program a Ant árt ico do I npe será t ransferido para o Centro Regional Sul ( CRS) , em Santa Maria ( RS) .

O program a é responsável por im portantes pesquisas na área de Est udos Clim áticos e Mudanças Globais na Antártica e suas conexões com a Am érica do Sul. Com a transferência do Program a Antárt ico, Sant a Maria deverá contar com m ais 4 dout ores nesta área.

Seguindo o plano do I npe para expansão do CRS, serão instaladas em Santa Maria duas antenas de recepção de dados dos sat élites NOAA ( sensor AVHRR) e Terra e Aqua ( sensor MODI S) .

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A antena para a recepção dos dados do AVHRR deverá ser instalada ainda em 2007, possivelm ente no m ês de novem bro. Já para a ant ena MODI S, a previsão é o final de 2008. Os prazos atendem à necessidade de im portação de com ponentes e a realização de testes.

“ A instalação das antenas visa am pliar a capacitação local, fom entar a indústria e subsidiar a investigação científica e a sociedade através da dissem inação de im agens de satélite em carát er operacional e sem cust os conform e política do MCT” declarou o diretor do I npe, Gilberto Câm ara.

A Direção do I npe espera alocar pelo m enos 15 vagas de nível superior - pesquisadores e tecnologistas - para com por a equipe do Centro Regional Sul, no próxim o concurso do MCT.

Tam bém irá am pliar os estudos de Ciências Espaciais, com a im plantação de um núcleo de Clim a Espacial em Santa Maria, e estabelecer um program a de Tecnologia de Geosensores, em convênio com as equipes da UFSM.

“ Estam os propondo o financiam ento de equipes da USFM para fabricar geosensores para a próxim a geração dos satélites de coleta de dados do I npe” , inform a o diretor Gilberto Câm ara.

Hist órico

O proj eto de criação da Unidade Regional Sul (RSU) do I npe com eçou em 1996, quando a Universidade Federal de Santa Maria ( UFSM) cedeu ao I npe um terreno de 1,2 hect ares.

Para disciplinar o uso desta área, o I npe estabeleceu um proj et o de im plantação cuj o foco inicial foi a construção de um prédio para a instalação do Centro Regional Sul e de um observatório espacial, em São Mart inho da Serra. O I npe de Santa Maria dispõe hoj e de um prédio em plenas condições de uso, para o qual j á foram destinados m ais de R$ 8 m ilhões desde 2000.

Em 2006, a Unidade de Santa Maria foi transform ada em Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais e um a série de ações foram im plem entadas com o a contratação de oito

doutores; a assinatura de um convênio de cooperação com a UFSM, que prevê proj et os conj untos nas áreas de Ciência Espacial, Meteorologia, Observação da Terra, e Engenharia Espacial; a inst alação de um Cent ro de Prevenção de Desastres Naturais, e, ainda, a transferência do Cam pus Brasil do CRECTEALC - Centro Regional de Tecnologia Espacial para a Am érica Latina e Caribe.

Em Santa Maria, o CRECTEALC irá se tornar um pólo de difusão internacional das t ecnologias espaciais, especialm ent e Sensoriam ento Rem oto e Geoinform ação, prom ovendo sim pósios e cursos especializados visando a região Sul do Brasil e os países do Mercosul.

Ainda em 2006 com eçou a ser im plantado o proj eto para a instalação de um centro de previsão regional de tem po e clim a, com infra-estrutura com putacional de m odelagem com posta de um am biente de processam ento de alto desem penho, de arquitetura com patível com a nova geração de supercom putadores do I npe.

Para pesquisa em m odelagem e param etrização da turbulência atm osférica, há um program a de pesquisa entre o I npe e o Grupo de Física da Baixa Atm osfera do Depart am ento de Física do Centro de Ciências Nat urais e Exat as ( CCNE) e o curso de Pós-Graduação de Engenharia Agrícola, am bos da UFSM.

Muit os im pact os sócio- econôm icos associados à variabilidade clim ática poderiam ser reduzidos com at ividades cont ínuas de m onit oram ento, previsões, pesquisa e desenvolvim ento, a part ir de um m aior e m elhor detalham ent o das inform ações m eteorológicas.

Os result ados dest e trabalho do I npe de Santa Maria serão adequados às necessidades dos setores produtivos e da sociedade do Estado do Rio Grande do Sul e part e dos países do Mercosul.

Mais inform ações no site do I NPE

(www.inpe.br/ antartica) .

(9)

BRASI L DESEN VOLVE SATÉLI TE UN I VERSI TÁRI O

Desde o segundo sem estre de 2005, a Agência Espacial Brasileira ( AEB) , em parceria com o I nstituto Nacional de Pesquisas Espaciais ( I NPE) e universidades públicas nacionais desenvolvem um novo sat élit e.

Trata- se do proj eto I tasat

(http: / / www.itasat.redecasd.ita.br) , um satélite

universitário que dará a oportunidade a est udant es de engenharia e ciência da com putação para a realização de experim entos tecnológicos com aplicação na área espacial.

O satélite I tasat, acrônim o de I TA ( I nstituto Tecnológico de Aeronáutica) com satélite ( "sat") conta com a participação de acadêm icos do próprio I TA nas áreas de engenharia e com put ação, da USP, cam pus de São Carlos, nas áreas de engenharia elét rica e t elecom unicações, e da UNI CAMP na área de com putação.

Ao I NPE cabe a responsabilidade pela execução orçam ent ária e pela Engenharia de Sistem a, garantindo atendim ento aos requisitos operacionais do sist em a com o um t odo.

A coordenação de alocação dos recursos acadêm icos está a cargo do I TA, enquant o que a Agência Espacial Brasileira ( AEB) participa na liberação de recursos financeiros orçam ent ários.

Segundo Sebastião Varotto, pesquisador do I npe e gerente técnico-adm inistrativo do proj eto, "até agora, os recursos [ para o program a] t em sido orçam ent ários, via AEB, m as é possível pleitear recursos adicionais j unto aos órgãos de fom ent o, no fut uro".

De acordo com a AEB, em 2006 foi destinado R$ 1,6 m ilhão ao proj eto. "A previsão é em pregarm os cerca de R$ 5 m il diluídos até 2009, para term os o satélite testado e int egrado", diz Varot t o.

O I tasat terá m assa de cerca de 70 kg, e órbita quase equatorial de baixa altitude de 750 km , com inclinação de 25 graus, característ icas orbit ais bastant e próxim as dos satélites de coleta de dados SCD- 1 e SCD- 2, desenvolvidos e construídos pelo I npe, e lançados em 1993 e 1998, respectivam ente.

Tais sem elhanças não são por acaso. Além da funcionalidade experim ent al, o I t asat contará com um "transponder" para transm issão de dados coletados pelas

Plataform as de Coletas de Dados ( PCDs) distribuídas por todo o país, representando um im portante reforço para o Sistem a Nacional de Coleta de Dados. O artefato deverá ter um a vida útil de 3 anos, com um a confiabilidade de 0,97.

Em sua funcionalidade experim ent al, na qual part iciparão os estudantes, o proj eto I tasat terá experim entos t ecnológicos com aplicações na área espacial, enfocando as especialidades de controle de atitude, com putação, telecom unicações, m ecanism os, cont role t érm ico, e geração e dist ribuição de potência. A indústria espacial nacional tam bém deverá part icipar.

O proj et o deverá aproveitar alguns dos com ponent es de subsistem as do FBM ( French-Brazilian Microssatellite) , proj et o de um m icrossatélite cient ífico que seria desenvolvido por instituições brasileiras e francesas, m as que foi cancelado em abril de 2003 pela Agência Espacial Francesa ( CNES) por razões financeiras.

Apesar da desistência francesa, todos os subsistem as de responsabilidade daquele país que j á haviam sido adquiridos serão entregues ao Brasil.

"Os term os do convênio com o CNES foram revistos e desta form a, irem os receber durante o corrente ano de 2007, m odelos de vôo da bobina m agnét ica, m agnet ôm etro, roda de reação, sensor de estrelas, sensor solar, e t ransponder", diz Sebast ião Varot t o.

Serão ut ilizados no program a I t asat as bobinas m agnét icas, o m agnet ôm etro, e o sensor solar. Os dem ais equipam entos oriundos da m issão FBM deverão ser devidam ente arm azenados para fut ura ut ilização em out ras m issões, com o na da m issão científica Equars, out ro satélit e cient ífico at ualm ente em desenvolvim ent o pelo I NPE.

Segundo Varot t o, o desenvolvim ent o do I t asat encont ra- se em fase inicial, com os estudos de viabilidade e análise de m issão próxim os de serem concluídos.

(10)

Não existe um a data definida para a construção do m odelo de vôo e posterior lançam ento, m as tanto o I npe com o as universidades envolvidas têm trabalhado no desenvolvim ento com o obj etivo de disponibilizar o sat élit e para lançam ento no final de 2009.

A filosofia adotada para o proj eto dos subsistem as perm itirá que o satélite possa ser colocado em órbita, tanto por um lançador dedicado, com o por um lançam ento com part ilhado, em conj unt o com out ros pequenos satélites.

Fonte: I nform at ivo Defesanet .

MON I TORAMEN TO DE N UVEN S DE FUM AÇA DAS QUEI M ADAS

Pesquisadores do Centro de Previsão de Tem po e Estudos Clim áticos ( CPTEC) do I nst itut o Nacional de Pesquisas Espaciais ( I NPE) aperfeiçoaram m odelos de quím ica da atm osfera que perm item m onitorar deslocam ent os das nuvens de fum aça de queim adas. A precisão desse m onitoram ento é fundam ental para estudos de m udanças clim áticas em escalas regional e global.

Segundo o pesquisador Saulo Freit as, principal autor da nova m etodologia, ela oferece result ados m ais realist as sobre o deslocam ento das nuvens de fum aça, com m elhor descrição da distribuição dos gases e aerossóis. “ Com a nova param etrização, poderem os acom panhar m elhor os processos de produção de ozônio e m odificação da estrut ura term odinâm ica da atm osfera, por exem plo” , disse ele.

Freitas explica que o principal problem a dos m odelos tradicionais é não considerar as grandes altitudes que as nuvens de fum aça podem atingir, lim itando- se a acom panhar as partículas que sobem apenas até quatro quilôm etros. “ Esses m odelos funcionam bem apenas para as em issões urbanas, veiculares e indust riais, que têm t em perat ura próxim a da am biente e perm anecem rent es a terra” , afirm ou.

As em issões de queim adas, m uit o m ais quentes, são proj etadas verticalm ente, alcançando altitudes acim a de oito quilôm etros.

“ Em grandes altitudes, os ventos têm m aior intensidade e as nuvens podem ser levadas para grandes distâncias, perm anecendo tam bém por m ais tem po na atm osfera” , disse.

Dependendo da latitude, as em issões ultrapassam os 12 quilôm etros de altitude, chegando à est rat osfera. “ Nesse caso, os gases podem dar a volta no planet a. Eles conseguem m odificar o balanço de radiação que vem do Sol e chega à superfície, alterando o clim a global” , disse Freit as.

Repercussão int ernacional

Todo o processo t em escala m uit o pequena em relação aos m odelos clim áticos t radicionais. As equações que prevêem os m ovim entos da atm osfera são calculadas m atem aticam ente, a part ir de m odelos que recort am o espaço em grades de cerca de 100 quilôm etros por 100 quilôm etros na latitude e longit ude e algum as centenas de m etros de alt ura. Mas esses fenôm enos se dão em escalas bem m enores.

A m etodologia foi testada, com parando- se previsões com observações em píricas, e sua eficiência foi com provada: com os novos parâm etros, os m odelos conseguem incluir o t ransporte da fum aça em grandes altitudes, chegando a um resultado m uito m ais realist a.

O im pacto foi tão grande que a inovação foi incorporada pelos m odelos utilizados pelo CPTEC e por entidades com o o National Center for Atm ospheric Research ( NCAR) , dos Estados Unidos.

Por aprim orar o acom panham ent o das nuvens de fum aça de queim adas, a cont ribuição dos cient ist as brasileiros t erá papel decisivo nos estudos sobre as m udanças clim áticas, segundo Freitas.

O m odelo de previsão da poluição atm osférica do CPTEC, com a nova m etodologia, está disponível na internet no endereço: www.cptec.inpe.br/ m eio_am biente.

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et eorologia em Foco

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I I Encont ro I nt ernacional de Est udos Clim át icos Aplicados ao

N ordest e Brasileiro

O I I Encontro I nternacional de Est udos Clim át icos Aplicados ao Nordeste Brasileiro, realizado em Fort aleza nos dias 09 e 10 de j aneiro pela Fundação Cearense de R Meteorologia e Recursos Hídricos ( FUNCEME) , t eve com o t em a “ Aplicações da Meteorologia no Setor Energét ico” . O evento, que precedeu o I X Workshop I nternacional de Avaliação Clim át ica para o Sem i- Árido Nordest ino, está relacionado à preparação da FUNCEME para este ano oferecer serviço de previsão de ventos para atender à dem anda criada pela exploração do potencial eólico do Ceará, que tem at raído invest im ent os em geração de energia no Estado. O I I Encontro I nternacional de Avaliação Clim ática para o Sem i- Árido Nordest ino reuniu pesquisadores e técnicos de cent ros m et eorológicos, docent es e est udant es de inst ituições de pesquisa e ensino superior com inserção em estudos clim át icos.

A FUNCEME está m ontando um serviço de suport e a sist em as de geração de energia eólica para m onitoram ento e previsão, que será alim entado com dados on- line recebidos das estações m eteorológicas aut om át icas, de t orres anem om étricas ( para m edir a intensidade dos ventos) e inform ações obt idas nos parques eólicos. "Os dados vão alim entar previsão de vent os de curt íssim o prazo, baseadas em persist ência e técnicas est atíst icas", afirm ou o gerente de Meteorologia da FUNCEME, Alexandre Araúj o Cost a.

Paralelam ente, realizou- se o I X Workshop I nternacional de Avaliação Clim ática para o Sem i-Árido Nordestino, que teve com o obj etivo principal a análise e discussão da previsão clim ática operacional em escala sazonal e de tem as de pesquisas correlatos ( m etodologias de previsão, desenvolvim ent o de ferram ent as, m odelos conceituais, im pactos da variabilidade e m udanças clim át icas, etc.) . Neste evento part iciparam diversos m eteorologistas, pesquisadores e técnicos dos estados nordestinos, bem com o do CPTEC/ I NPE, I NMET, I RD, Universidades e I nstit ut os de Pesquisa.

Fonte: JC e- m ail 3178, 08/ Jan./ 2007 e AESA- PB.

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Sem inário sobre as “Mudanças Clim át icas Globais e seus Efeit os

na Agricult ura, Recursos Hídricos e Saúde Pública”

A Sociedade Brasileira de Meteorologia ( SBMET), o I nstituto Nacional de Met eorologia ( I NMET) , o I nst it ut o Nacional de Pesquisas Espaciais ( I NPE) , Agência Nacional de Águas (ANA) e a Universidade de São Paulo ( USP) organizaram no dia 28 de fevereiro o Sem inário sobre as “ Mudanças Clim áticas Globais e seus Efeit os na Agricultura, Recursos Hídricos e Saúde Pública” . A m esa solene de abert ura foi presidida pelo Dr. Divino Moura, Diretor do I NMET, e teve a presença do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abast ecim ent o ( MAPA) , Luís Carlos Guedes Pint o.

Durante todo o dia, especialistas discutiram os im pactos do aquecim ent o global nos três segm entos ( agricultura, oferta de água e saúde pública) por m eio de palestras e m esas redondas. O professor Pedro Leite da Silva Dias ( I AG/ USP) e o Dr. José Antônio Marengo Orsini ( CPTEC/ I NPE) apresentaram os principais pontos do relatório do Painel I nt ergovernam ent al para Mudanças Clim áticas ( I PCC) , divulgado no início dos anos, sobre as conseqüências do aquecim ento global. Tam bém proferiram palestras o professor Guilherm e Dias ( FEA/ USP) , a professora Helena Ribeiro ( Departam ento de Saúde Am biental Faculdade de Saúde Pública da USP) e Marcelo Khaled Poppe, do Centro de Gestão e Est udos Est rat égicos ( CGEE) .

Font e: I NMET e Agência Brasil.

Sem inário "Cont ribuição Hum ana à Mudança do Clim a da Terra:

aspect os físicos e repercussões sócio- econôm icas"

O Fórum Brasileiro de Mudanças Clim áticas ( FBMC) e a Sociedade Brasileira de Met eorologia ( SBMET) prom overam no dia 6 de m arço, no auditório da COPPE- UFRJ, este evento com obj etivo de avaliar os desdobram entos sócio- econôm icos das m udanças clim áticas que estão ocorrendo e de cont ribuir com os governos no sent ido de se est abelecer políticas nacionais direcionadas ao quadro at ual.

Coordenado por Luiz Pinguelli Rosa, professor da COPPE e Secret ário Execut ivo do FBMC, e por Maria Alvarez Just i, presidente da SBMET, ainda contou com a part icipação de José Miguez, do Minist ério da Ciência e Tecnologia ( MCT) , e dos professores da Universidade de São Paulo ( USP) , Pedro Dias e Paulo Artaxo.

Os part icipant es envolvidos cient ificam ente com o assunt o analisaram e discut iram os resultados recentes sobre a contribuição hum ana nas m udanças do clim a da Terra. Para isso, eles basearam - se no I V Relatório do Painel I ntergovernam ental em Mudança no Clim a ( I PCC) , divulgado recentem ente pelo órgão da ONU, na reunião realizada em fevereiro dest e ano em Paris, França.

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I Sim pósio Brasileiro de Mudanças Am bient ais Globais

O I nstit ut o Nacional de Pesquisas Espaciais ( I NPE) e a Academ ia Brasileira de Ciências ( ABC) realizaram o 1º Sim pósio Brasileiro sobr e Mudanças Am bient ais Globais nos dias 11 e 12 de m arço, no

Othon Palace Hotel, na cidade do Rio de Janeiro, com a participação de m ais de 450 pessoas. Teve apoio da Fapesp, Faperj e Capes e o patrocínio da Petrobras, que possibilitaram a realização do evento.

A abert ura do Event o foi feit a pelo Dr. Carlos Nobre, chefe do Com it ê Científico do I GBP ( Program a I nternacional da Biosfera- Geosfera) , que apresent ou os m em bros da m esa e cont ou que a proposta do Sim pósio nasceu da avaliação de que, estando agendada um a reunião dos m em bros do I HDP (Program a I nt ernacional de Mudança Global sobre Dim ensões Hum anas) e do I GBP em Angra dos Reis ( RJ) neste m esm o m ês, haveria espaço para am pliar à sociedade a apresentação sobre o estado da arte da ciência brasileira em relação às m udanças am bientais globais.

Foram convidados então pesquisadores de ponta, at uantes no país para apresent ar suas pesquisas, com conteúdos extrem am ente im port ant es, de interesse de m em bros do Governo, da m ídia, do setor privado, da com unidade científica e de estudantes universitários de diversas áreas.

Assim , os cientistas presentes discorrerem sobre o conhecim ent o científico j á const ruído no Brasil acerca da questão das m udanças am bientais, sob diversos pontos de vista.

Font e: Academ ia Brasileira de Ciência.

COMEMORAÇÕES DO DI A METEOROLÓGI CO MUN DI AL PELO

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De Nort e ao Sul do país, foram realizados eventos em com em oração ao Dia Meteorológico Mundial ( DMM) , em 23 de m arço.

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A Universidade Estadual do Am azonas ( UEA) m ontou, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia ( EST) , um a program ação que incluiu palestras inst itucionais e acadêm icas. Durante os dias 22 e 23 de m arço, est iveram reunidos professores e pesquisadores de diversas inst ituições, com o o Centro Est adual de Meteorologia e Hidrologia ( CEMETHI ) , Centro de Estudos Superiores do Trópico Úm ido ( CESTU) , Sociedade Brasileira de Met eorologia ( SBMET) , Sistem a de Proteção da Am azônia ( SI PAM) , Defesa Civil Municipal, Com panhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) , I nst it ut o Nacional de Pesquisas da Am azônia ( I NPA) , Em presa Brasileira de I nfra-Estrut ura Aeroport uária ( I NFRAERO) , Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ) entre outras.

Assim com o a UEA, a Universidade Federal do Pará ( UFPA) organizou um a program ação bastante am pla, com preendendo os dias 22 e 23 de m arço. Tam bém focando o dia m undial da água, est iveram presentes e m inist raram suas palest ras pesquisadores, profissionais e docentes de diversas inst ituições, com o Roberto Ventura ( Coordenação Geral do SI PAM) , Waldem ar Sant os Guim arães ( Diret or da ANA) , Dr. Alan Cunha ( I EPA- Macapá- AP) , Prof. Dr. Edson José Paulino da Rocha ( Gerente CENSI PAM- Belém ) , Cap. QOBM Marcus Victor Lim a Norat ( Corpo de Bom beiros Milit ar – PA) , Prof. Dr. Milton Matt a ( Coord. Do Laboratório de Recursos Hídricos e Meio Am biente –Dep. de Geologia- Cent ro de Geociências- UFPA ) , Met . José Raim undo de Abreu Sousa ( Coordenador do 2o DI SME- I NMET), Com andant e Francisco Rogério Ribeiro da Silva ( Serviço de Sinalização Náutica do Norte- Marinha do Brasil) , Dr. Art hur Mat t os (CT- LARHI SA- UFRN), Dr. Renato Ram os da Silva ( UFPA- CG- DM) , Dra. Andréa Malheiros Ram os ( Universidade de Évora- Port ugal) , Paulo Lim a Guim arães ( SECTAM), Dr. Gundisalvo Pirat oba Morales ( CCNT-UEPA), Prof. Dr. Luis Carlos Baldicero Molion ( I nst it ut o de Ciências At m osféricas – UFAL) . Após as palestras, houve um a m esa redonda sobre o tem a “ Mudanças Clim áticas e I m pact os nos Recursos Hídricos” .

O Cent ro Técnico e Operacional de de Port o Velho ( CTO/ PV) do Sistem a de Proteção da Am azônia ( SI PAM) no dia 23 de m arço realizou diversas palest ras e apresentação de docum entário, além da m esa- redonda “ SI PAM, Met eorologia e Sociedade” .

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A Universidade Federal de Alagoas ( UFAL) preparou eventos durante toda a sem ana do dia 23 de m arço, através da Exposição “ POR UM MUNDO SEM FOME” , do Geógrafo Josué de Castro no Hall da sua Bibliot eca Central. Tam bém foram realizadas exibições dos docum ent ários com o “ Aquecim ent o Global” , do Greenpeace e palest ras dos professores Dr. Luis Carlos Baldicero Molion ( UFAL) e José de Lim a Filho, at ualm ente Gerent e de Program as da Secret aria Execut iva de Ciência, Tecnologia e I novação de Alagoas ( SECTI - AL) .

O I nstit ut o de Pesquisas Meteorológicas ( I PMET) da Unesp de Bauru realizou as com em orações do Dia Meteorológico Mundial através de m esas redondas e da apresentação do docum entário “ Um a Verdade I nconvenient e: O que fazer sobre o aquecim ent o global” , com um a discussão do film e entre os presentes e os profissionais do I PMet / UNESP.

A com em oração conj unta da Universidade de São Paulo ( USP) e do I nstituto Nacional de Pesquisas Espaciais ( I NPE) tam bém foi a celebração dos 30 anos do curso de Graduação em Meteorologia da USP e dos 75 anos de operação da estação m eteorológica do I AG. Contou com a presença de professores e pesquisadores das duas instit uições, com o o Prof. Dr. Tércio Am brizzi ( USP) , Prof. Dr.Pedro Dias ( USP / SBMET) , Mark Lutes ( VI TAE CI VI LI S) , Eno Siewerdt ( OACI / ATECH) , Profa. Dra. Maria Assunção Silva Dias ( USP e CPTEC/ I NPE) , Julio Ot t oboni ( Gazet a Mercant il) , ent re out ros. A celebração tam bém cont ou com um coquetel com a exposição da hist ória da Estação Meteorológica e do Depart am ento de Ciências At m osféricas da USP.

Em com em oração do dia m undial da água e do dia m eteorológico Mundial, foi realizada na sede da EPAGRI no dia 22 de m arço, a palestra “ Mudanças Clim áticas – Visões e Perspectivas” . Tam bém foram realizadas palest ras sobre “ Meteorologia Operacional e Mudanças Clim át icas” ( Profa. Dra. Maria Assunção Faus da Silva Dias – USP / CPTEC- I NPE) e a “ Qualidade da água nas m icrobacias m onitoradas” ( Sérgio Luiz Zam pieri – Monit oram ent o Microbacias 2) .

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Se você quiser divulgar algum evento

relacionado com a área de Meteorologia,

e/ ou áreas afins, é só enviar um e- m ail

para

cirrus@unem et.org.br

.

Colaboraram nest a Sessão:

José de Lim a Filho, UNEMET e SECTI -AL.

Rodrigo Sant os Cost a, UNEMET e I NPE.

Francisco de Assis Diniz, Kleber Ataíde, José Mauro de Resende, Luiz Cavalcanti, Márcia Seabra e Suelena Coelho, I nst itut o Nacional de Meteorologia ( I NMET) .

Dr.Carlos Alfredo Joly, Professor da UNI CAMP e m em bro da Academ ia Brasileira de Ciências ( ABC) .

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ntrevista

José Carlos Zuk ow sk i

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O produt or rural vem t endo um a

percepção de m udanças

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t razendo m ais consciência sobre

a necessidade do seguro

agrícola

Secretaria de Agricultura Fam iliar ( SAF) do Ministério do Desenvolvim ento Agrário ( MDA) atua no apoio ao desenvolvim ento rural sustentável e na garantia da segurança alim entar, fortalecendo a agricultura fam iliar. At ravés de program as que perm item o acesso a linhas de crédito, assistência técnica, seguro agrícola, com ercialização e crédito rural produtivo às fam ílias agricultoras, suas associações e cooperativas, tendo com o um dos principais program as o Seguro da Agricultura Fam iliar ( SEAF) . O SEAF t em com o obj et ivo principal adotar m edidas que dão m aior segurança ao plantio dos agricultores fam iliares. A sistem atização de inform ações e o estudo científico sobre os efeitos dos eventos agroclim áticos no desem penho das lavouras, a produção de séries de dados consistentes e o m onitoram ento agroclim ático e de safras com põem um a área de interesse para diversos set ores da econom ia, em especial para o ram o de seguros agrícolas, que apresent a necessidades críticas em gestão de riscos. Para falar da im portância que a Meteorologia possui no setor de Seguro agrícola, entrevistam os o Coordenador Geral do Seguro da Agricultura Fam iliar José Carlos Zukowski.

CI RRUS – Com o está o setor de Seguro

Agrícola no Brasil? Especialm ente o da Agricultura Fam iliar?

Sr. José Zuk ow sk i - O m ercado de seguros agrários enfrenta m uitas dificuldades para se desenvolver no Brasil. Não som ente porque os riscos agroclim áticos são m uito altos,

m as, sobretudo porque não há inform atização organizada com séries de dados que perm itam ter um conhecim ento m ais sistem atizado desses riscos.

Nos últim os cinco anos as seguradoras vêm acum ulando prej uízos e algum as abandonaram o m ercado, com o foi o caso da COSESP.

Na agricultura fam iliar, a m agnitude dos riscos agroclim áticos não é m uito diferente, m as o desafio é m aior devido à diversidade de situações e ao grande núm ero de operações de pequeno valor.

CI RRUS – A que o senhor atribui o enorm e

crescim ento de contratos nos últim os anos?

Sr. José Zuk ow sk i - No m ercado privado não tem havido crescim ento significativo do núm ero de apólices de seguro agrícola. Na verdade, o que se vê é um a estagnação nos últim os anos. No que se refere ao núm ero de contratos, o principal fator que trouxe m udanças nesse cenário foi a criação do Seguro da Agricultura Fam iliar- SEAF, um program a de Governo criado pelo Ministério do Desenvolvim ento Agrário utilizando as estruturas existentes do Pronaf e do Proagro. No prim eiro ano de operação ( safra 2004- 2005) , m ais de 550 m il em preendim entos foram segurados.

Na safra 2005- 2006, esse núm ero foi de m ais de 580 m il contratos. Esse crescim ento em part e se deve ao aum ento do núm ero de culturas que podem ser seguradas. Quando o SEAF foi criado, havia cinco culturas no Zoneam ento Agrícola, hoj e são cerca de 20. Tam bém se deve ao crescim ento do núm ero de operações de crédito do Pronaf.

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É preciso avançar na

inst rum ent alização do Zoneam ent o

Agrícola. Hoj e os indicat ivos de plant io

são fornecidos considerando a m édia

de um a longa série de dados

clim át icos de anos passados

CI RRUS – O senhor acredita que a

Meteorologia ( risco clim ático) teve influência nesse crescim ento?

Sr. José Zuk ow sk i – O produtor rural vem tendo um a percepção de m udanças clim áticas gerando aum ento de riscos. Esse é um fator que vêm trazendo m ais consciência sobre a necessidade do seguro agrícola.

Mesm o assim , a cultura de cont rat ação de seguro rural no Brasil ainda é m uito incipient e. Just am ent e por isso, as norm as do SEAF est abelecem que para obt enção do financiam ento de custeio agrícola do Pronaf o produtor deve ter seguro para sua lavoura, podendo ser o SEAF ou qualquer outro seguro agrícola. Para o m om ento, essa exigência desem penhou um papel m ais decisivo que a Meteorologia.

CI RRUS - De que m aneira os Serviços de

Meteorologia podem cont ribuir para o SEAF e, consequentem ent e, para o desenvolvim ento regional e do país?

Sr. José Zuk ow sk i - É preciso avançar na instrum entalização do Zoneam ento Agrícola. Hoj e os indicativos de plantio são fornecidos considerando a m édia de um a longa série de dados clim áticos de anos passados. É preciso acrescentar novos com ponentes nessa m etodologia para considerar tam bém as previsões para o ano agrícola que se inicia. I sso requer avanços no cam po da Meteorologia para que se tenham previsões com níveis de segurança e det alham ento que viabilizem sua ut ilização no Zoneam ent o Agrícola. Tais previsões precisam estar disponíveis com alguns m eses de antecedência para que os indicativos de plantio possam ser divulgados aos produtores no m om ento em que ainda estão planej ando o que e com o irá plantar.

Tam bém é de fundam ental im portância am pliar a m alha de est ações m et eorológicas. Ainda há m uitas regiões pouco assistidas. Precisaríam os ter pelo m enos um a estação

em cada m unicípio com expressividade na agricultura. Mas tam bém há m uitos m unicípios com dois ou m ais m icroclim as diferentes e nesses casos seria necessário ter pelo m enos um a estação para cada m icroclim a.

CI RRUS - Qual a avaliação/ percepção que o

senhor tem acerca da at uação dos Serviços de Met eorologia Brasileiros no setor de seguro agrícola?

Sr. José Zuk ow sk i - O seguro depende de um bom trabalho no cam po do Zoneam ento Agrícola, que por sua vez depende de inform ações clim áticas fornecidas pelos serviços de Meteorologia.

A Meteorologia pode ter um papel m uito m ais im portante. Recent em ente vêm sendo em preendidos esforços para um a m aior articulação entre as entidades envolvidas nessas áreas.

CI RRUS - Quais os desafios e perspectivas

do SEAF daqui para frente?

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CI RRUS - Qual a visão do senhor acerca das possíveis m udanças clim áticas causadas pelo hom em e qual a influência que elas terão para o setor de seguro agrícola?

Sr. José Zuk ow sk i - As agressões ao m eio-am biente estão tornando o clim a m ais instável e criando m aiores dificuldades para m odelos de previsão.

I sso poderia ter um efeito de aum entar as percepções de risco dos produtores e gerar um aum ento na dem anda por seguros. Mas pode dificultar a viabilização de seguros em condições de sustentabilidade, o que acaba tendo efeito negativo sobre a oferta de seguros agrários.

CI RRUS – Quais as m edidas que devem ou

poderiam ser tom adas para que o set or de seguro agrícola não sofra com estas m udanças clim áticas?

Sr. José Zuk ow sk i - As m edidas que vem sendo discutidas no cam po do cuidado com o m eio- am biente de m odo geral t em um efeit o positivo tam bém para o setor de seguros. Mas essas m edidas tendem a ter efeitos lim itados e m uitas vezes a prazos m ais longos.

O trabalho com os produtores para que possam assum ir adequadam ent e suas responsabilidades em gestão de riscos são fundam entais em qualquer hipótese.

Nessa área a assistência técnica tem um im portante papel a desem penhar, divulgando inform ações, técnicas e procedim ent os que contribuam para reduzir o nível de risco a que o produtor está exposto.

E com certeza é de grande im portância a realização de investim entos em pesquisa nos diversos cam pos relacionados com Agroclim atologia e Met eorologia de m odo que os produtores possam ser providos de inform ações para adotar m edidas preventivas.

Ficha Técnica

• Graduado em Ciências Econôm icas pela UNI CAMP ( 1986) ;

• Mest re em Econom ia pela UNI CAMP ( 1994);

• MBA Agribusiness pela Fundação I nstituto de Adm inistração da USP ( 2000) ;

• Ex- Gerente das Divisões de Norm as e Controle e de Cooperativism o e Agronegócios do Banco do Brasil;

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m dos grandes desafios na atualidade é conciliar desenvolvim ento com preservação am biental. Com o crescim ento populacional, a dem anda por alim entos cresce de form a acelerada, e com isso aum entam os problem as am bientais. Neste processo, m uitas áreas im próprias para atividades agropecuárias são utilizadas de form a desordenada a pret exto de se produzir m ais. E com o conseqüência, observa- se o exterm ínio quase que total de sistem as de alta biodiversidade para a im plantação de sistem as extrem am ente pobres em espécies.

Grandes áreas de florestas foram - e outras ainda estão sendo – dizim adas para im plantação de im ensas áreas de cult ivos com o soj a, pastagem , arroz, trigo, m ilho, entre out ros.

Em m uit os casos, est as m onoculturas avançaram sem lim ites - até as m argens dos rios, lagos e nascentes - desconsiderando por com pleto a necessidade de m anutenção da veget ação nativa e perm anente nestes locais, a fim de garantir a sustentabilidade dos ecossistem as e até m esm o a própria qualidade das águas.

No Brasil, observa- se que durante as últ im as decadas incentivos fiscais, at relados à busca pelo desenvolvim ento, aum entaram as taxas de desm atam ento. Estas, por sua vez, são responsáveis por um a redução significat iva da biodiversidade, da qualidade e fertilidade dos solos, além de alterações no ciclo do carbono, da água, do clim a regional e global.

I sso ocorre devido à interdependência entre o clim a e a florest a, pois cerca de 50% da chuva tem origem nas florestas, estas m antêm um a “ est abilidade am biental” , evitando assim tem peraturas extrem as. No ent ant o, à m edida que, as florest as est ão sum indo da paisagem , dim inuem os processos

de evapotranspiração, m udam os cam inhos da água e, por conseqüência, a precipit ação pluvial tam bém é reduzida enquanto a tem peratura tende a aum entar.

Outro recurso nat ural que est á sendo severam ent e alt erado pelo hom em , é a água subterrânea, através do processo de drenagem das áreas úm idas ( pântanos e banhados) , alt erando assim os cam inhos da água com as m udanças de uso do solo.

As áreas úm idas contribuem para a regulação do ciclo da água, e abrigam um a grande diversidade de fauna e flora. Mais agravante ainda, é o fato da devastação estar avançando de form a m ais rápida do que a velocidade na qual estão sendo obtidas as inform ações necessárias para entender o funcionam ento desses ecossist em as.

Dos problem as am bientais o aquecim ento global é sem dúvidas um dos tem as em m aior discusão atualm ente. Observa- se que desde o início da revolução industrial ( por volta do ano de 1800) , vem ocorrendo na atm osfera um aum ent o crescente e significat ivo dos gases de efeit o estufa, com o o dióxido de carbono ( CO2) e o m etano ( CH4) .

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Apenas para relem brar, est es gases j á est avam presentes na at m osfera de form a natural, pois são produzidos pelos m icroorganism os, veget ação e o solo. Eles apresentam a capacidade de reter o calor dos raios solares, o que m antém a superfície do planeta aquecida ( efeito estufa natural) , perm itindo assim , a existência da vida na sua form a conhecida.

No entanto, o que vem preocupando a com unidade científica é a liberação de quantidades de CO2 e CH4 m uit o acim a das

m édias históricas dos últim os 1000 anos e, consequent em ente, est á elevando a tem peratura do planet a ( efeit o estufa ant rópico) .

O aum ent o significat ivo destes gases na atm osfera se deve principalm ente a intensificação das atividades antropogênicas, com o: processos indust riais, pecuária, m udanças drást icas no uso e cobertura do solo, construções de grandes represas para produção de energia, construções de grandes depósitos de lixo e a queim a de com bustíveis fósseis, com o petróleo, gás e carvão.

Mediante este cenário, ficam m ais acirradas as discussões a respeit o de m odelos de desenvolvim ento lim po, balanço de carbono no planet a, e m edidas m itigatórias para redução do efeit o est ufa ant rópico.

Descoberta recente com prova que o aum ento da concentração de CO2 não leva ao

increm ent o de carbono na biom assa veget al ( Körner et al., 2005) , o que reforça a orientação da adoção de m edidas preventivas para redução dos gases de efeit o est ufa.

Na contram ão desta constatação, o fogo ainda é a prática m ais com um na conversão de florestas para áreas destinadas à agropecuária.

No processo de queim a das florestas, cerca de 60 a 70% do carbono acum ulado na biom assa é liberado para a atm osfera.

Essas perdas ocorrem através de vários m ecanism os, desde a com bust ão propriam ente dita, até a decom posição m ais rápida da m atéria orgânica, o que leva à m udanças na quím ica do solo, no m icroclim a local, na quantidade e qualidade do carbono reciclado. Com o result ado, observa- se o em pobrecim ento da floresta, e a ruptura de equilíbrio do sistem a, aum ent ando assim , a suscetíbilidade para m aiores perdas.

Em áreas agrícolas e plant ios florest ais, o m anej o adequado do solo, com a im plem ent ação de t écnicas de cult ivo m ínim o, tem sido apontado com o um a das form as m ais eficientes para a ret enção do carbono no solo.

I sso porque, o solo é um a grande fonte de CO2, quando não m anej ado corret am ente, j á

que est e é o m aior reservat ório de carbono no am biente terrestre, com preendendo cerca de 2/ 3 do carbono estocado neste sistem a.

O uso do fogo ainda é a prática m ais com um para converter áreas de floresta em áreas de cult ivos. Foto: Vânia Neu.

Devido aos sérios problem as de degradação dos solos, foi introduzido nos anos 70 na região Sul do Brasil, o sistem a de plantio direto.

Esta técnica consiste no plantio de culturas, sem a necessidade de preparo int ensivo do solo. E contribui significat ivam ente para m inim izar as em issões de carbono, com est oque deste no solo ( Tabela 1) . Já a agricultura convencional, com preparo intensivo do solo leva à grandes perdas de solo, carbono e nut rient es.

Tabela 1 – Est oque de carbono ( MgC ha- 1) para

diferent es cult uras e m anej o de solo.

A)

Cam bissolo Húm ico Álico

( SC)

B)

Lat ossolo Vem elho Dist rófico ( MG)

C)

Lat ossolo Verm elho ( DF)

Sistem a Est C 0- 20 cm

Sistem a Est C 0- 20 cm

Sistem a

Est C 0- 100 cm

CE 62,4 CE 133,59

PR 57,8 PA( 1) 52,2 PA( 3) 150

PC 51,5 EA 42 GP 125,22

PD 60 PD( 4) 154,97

ES 41,1 AD 128,81

EP 47,7

EPG 45,4

EC( 2) 60 EC( 5) 148,18

A) Bayer et al.; ( 1999) , B) Neves et al.; ( 2004) , C)

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No sistem a de cultivo m ínim o, além da redução dos efluxos de carbono do solo, há um a redução considerável das em issões de gases, devido à m enor dem anda de com bust íveis fósseis, no cult ivo do solo.

Outro exem plo que contribui para o desenvolvim ento lim po é a adoção da técnica de colheita m ecanizada, sem a queim a dos resíduos em lavouras de cana- de- açúcar. Est a cultura apresenta grande im port ância para a econom ia nacional, ocupando cerca de 5,63 m ilhões de hectares.

Porém , a técnica de colheita da cana-de- açúcar, m ais em pregada atualm ente, é a queim a na pré- colheit a com post erior corte m anual. No processo de queim a desta cultura, ocorre um a liberação gigantesca de carbono na form a de CO e CO2. E ainda a liberação de

carbono do solo, via efeit os indiret os.

A prática de queim a dos resíduos represent a um a irresponsável agressão ao m eio am biente, tanto no aum ento dos gases de efeit o estufa, com o na m ort e de m uit os anim ais, que se abrigam t em porariam ente nestas áreas.

Estudos dem onstram que através da colheita m ecanizada da cana- de- açúcar, ocorre um a redução de 30% das em issões de carbono. Esta taxa m itigatória parece ser baixa, porém é significativa, quando extrapolada a todos os sist em as que at ualm ente utilizam o sistem a com queim a dos resíduos.

Outra form a de reduzir as altas taxas de carbono na atm osfera, é a absorção do m esm o, via reflorestam entos e a reabilitação de florest as secundárias.

Neste contexto, o plant io de Eucalipt o no Brasil está sendo um a alternativa rentável que perm ite conservar as florest as nativas, a fim de suprir a dem anda de m adeira e celulose, que possa ser provenient e de florest as m aduras.

Pesquisas dem onstram que reflorestam entos bem m anej ados são eficientes no seqüestro de carbono, podendo ser considerados sum idouros em grande escala.

Port ant o, agroecossistem as bem m anej ados, com preparo reduzido do solo, associado à introdução de culturas com alta capacidade na produção de biom assa, tendem at uar com o sum idouros de carbono no sistem a. Mas não se deve esquecer da individualidade de cada sistem a, e assim , tratar cada um de form a part icular. Pois os processos podem ser alterados em função de variáveis com o: precipitação, tem peratura, tipo de solo, relevo e radiação solar, dent re outras variáveis, que talvez ainda não se saiba a correlação.

Quanto ao papel das florestas, podem os dizer que um a floresta prim ária intacta em equilíbrio, sem perturbações, tende a atuar com o um sum idouro de carbono, ou estar próxim o ao equilíbrio.

Enquant o, florest as secundárias e reflorest am ent os j ovens, apresent am um grande potencial para absorção de carbono. Já florestas m uito perturbadas podem atuar com o font e de carbono.

Cont at o:

CENA- USP, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia I sot ópica, Avenida Centenário, 303, Piracicaba, SP – Brasil. CEP: 13416- 000 – Tel. ( 19) 3429 4063

(vneu@esalq.usp.br) .

Vania N eu

Bióloga pela UFSM, Mestre pela USP. Atualm ente é Doutoranda do Program a de

Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da USP e Pesquisadora do CENA.

Para Saber Mais:

CAMPOS, D. C. Pot encialidades do sist em a de colheit a sem queim a da cana-de- açúcar para o seqüest ro de carbono. Piracicaba, 2003. 103p. Tese ( Doutorado) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo.

EMBRAPA. 2002. Prim eiro invent ário brasileiro de em issões ant rópicas de gases de efeit o est ufa. Relat órios de referência de em issões de m etano da pecuária. Ministério da Ciência e Tecnologia, 79p.

MACHADO, P. L. O. de A. 2005. Carbono do Solo e a Mit igação da Mudança Clim át ica Global. Quím ica Nova, 28 ( 2) : 329-334.

KAUFFMAN, J.B., CUMMI NGS, D.L., WARD, D.E. Fire in t he Brazilian Am azon 2 . biom ass, nut rient pools and losses in cat t le past ures. Oecologia, New York, v.113, p. 415- 427, 1998.

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onfira aqui a list a dos principais event os, no Brasil e no m undo, program ados

para acontecer este ano.

I SI MPOSI O DE RECURSOS HI DRI COS DO N ORTE E CEN TRO-OESTE

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ht t p: / / www.acquacon.com .br/ isrhnco/ index.ht m l

O evento é organizado pelas regionais Norte e Centro- Oeste da Associação Brasileira de Recursos Hídricos ( ABRH) em parceria com os órgãos ligados à gestão dos recursos hídricos, com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso ( UFMT) .

O tem a cent ral é “ A Busca da Sustentabilidade dos Recursos Hídricos” . Este “ é o grande desafio dos profissionais que at uam nesta área, cuj o m arco regulatório, a Lei 9433/ 97 com em ora 10 anos em 2007” .

Estruturado em m esas- redondas, palestras e apresentação de t rabalhos técnicos, m ini- cursos e exposição técnica, o sim pósio espera a participação de estudant es de graduação, pós- graduação, professores, pesquisadores e dem ais profissionais de áreas afins.

Mais inform ações com a Secretaria do Evento através do telefone ( 0xx11) 3522- 9164 ou peloe- m ail: isrhnco@acquacon.com .br

I I EN CON TRO SUL BRASI LEI RO DE METEOROLOGI A

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www.cefet sc.edu.br/ ~ m et eoro/ esbm

Entre os dias 25 a 29 de j unho de 2007 será realizado em Florianópolis o I I Encontro Sul Brasileiro de Meteorologia ( I I ESBM) . Este evento organizado pelo CEFET/ SC com apoio de diversos órgãos de pesquisa e fom ent o, com o CNPq e FAPESC. O I I ESBM t am bém cont ará com apoio da Sociedade Brasileira de Meteorologia ( SBMET) .

O tem a do I I Encontro Sul Brasileiro de Met eorologia é “Avanços Tecnológicos da Met eorologia no Século XXI” , tendo com o obj etivo principal reunir profissionais e estudantes para discutir os resultados das novas descobertas da Met eorologia e áreas correlatas.

A program ação do evento abrange as seguintes áreas tem áticas: Agrom eteorologia e Biom eteorologia; Hidrom eteorologia e Recursos Hídricos; Sensoriam ento Rem oto da Atm osfera e Sistem as de Observações; I nteração Biosfera- Atm osfera e I nteração Oceano-Atm osfera e Oceanografia; Clim atologia e Previsão Clim ática; Previsão do Tem po; Sistem as Met eorológicos e Desastres Naturais; Poluição Atm osférica e Físico- Quím ica da Atm osfera; Meteorologia Am biental, Microm eteorologia e Modelagem Atm osférica.

Mais inform ações podem ser obtidas com o com itê organizador do event o através do e- m ail: iiesbm @gm ail.com ou com o prof. Mário Quadro, presidente do com itê organizador ( m quadro@cefet sc.edu.br)

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Tabela 1 – Est oque de carbono ( MgC ha - 1 )  para  diferent es cult uras e m anej o de solo
Figura m odificada de Prestes ( 2006) 2 .

Referências

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