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TECNOLOGIAS ABERTAS: FERRAMENTAS ÚTEIS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

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Academic year: 2022

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TECNOLOGIAS ABERTAS: FERRAMENTAS ÚTEIS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

Luiz Fernando Frozza (Bolsista CAPES – UNIDERP - MS) lffrozza@gmail.com

Diego Fogaça Carvalho (Diego Fogaça – Kroton/Uniderp - PR) diego.fogaca@kroton.com.br

Introdução

Este resumo expandido apresenta o relato de experiência de uma prática docente para o ensino de matemática, aplicada no 3° ano do Ensino Médio, de uma escola pública na cidade de Campo Grande MS. O objetivo desta prática foi incorporar, em paralelo ao modelo de ensino tradicional, ambientes virtuais abertos de ensino (yotube e a sala de aula do google – Google Classroom). A utilização desses ambientes para aplicação de atividades diversificadas, em conjunto com as aulas presenciais, mostram-se uma ferramenta útil para auxiliar no ensino e aprendizagem.

O baixo rendimento dos alunos no Brasil em matemática nas avaliações internacionais (Programme for International Student Assessment - PISA), mostram a ineficácia do modelo tradicional utilizado na maioria das escolas públicas brasileiras (PORTAL INEP, 2018).

Não tratamos somente da utilização de ambientes abertos, tecnologias e acesso a informação, mas como utilizar essas ferramentas de maneira contextualizada e sequenciada, criando uma prposta de ensino e aprendizagem que pode ser adequada a cada realidade, escola e região em questão. Kenski (2012) acrescenta ainda que, mais importante do que as tecnologias e os procedimentos pedagógicos mais modernos, é a capacidade de adequação do processo educacional aos objetivos que levam as pessoas ao desafio de aprender (KENSKI, 2012, p. 429).

A utilização das tecnologias existentes não garante mudanças significativas na educação, nem mesmo na maneira de educar, “a mistificação de que tais tecnologias são a

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Dessa maneira, pensar que as tecnologias resolverão os problemas da educação no Brasil, principalmente no que diz respeito ao desempenho e interesse dos alunos, pode ser um erro, quando não associadas às práticas pedagógicas diferenciadas, sequências didáticas programadas, diversificadas e adequadas a cada realidade.

Desse modo, o trabalho docente on-line envolve o domínio do conteúdo de estudo, das tecnologias em uso e do processo pedagógico, no que se refere às concepções teóricas e metodológicas; a criação de estratégias didáticas que proporcionem a aprendizagem; a articulação do conteúdo com a tecnologia no desenvolvimento das atividades; a atitude de questionamento, diálogo, produção de conhecimento, colaboração e reflexão sobre a própria atuação; e a capacidade para trabalhar em grupo (ALMEIDA, 2010, p. 72).

Apenas o domínio instrumental dos recursos tecnológicos não é suficiente para mudanças significativas no processo de ensino e aprendizagem (ALMEIDA, 2010).

Material e Métodos

Nessa proposta, todos os exercícios resolvidos em sala são gravados em tempo real e disponibilizados em um canal do Youtube e na sala de aula do Google, criada especialmente para os alunos do 3º anos. As gravações são realizadas com mínima infra estrutura, sem qualquer tipo de edição. São utilizados na gravação um pedestal do tipo tripé, da marca Astron AS-401 e um aparelho telefônico Motorola Moto Z2 Play. O nome vídeo está relacionado com número do exercício e sua página no livro, ou, se for de vestibular, nome da instituição e ano da prova, exemplos: exercício 21, p. 33 livro texto; exercício 144 do ENEM 2018 caderno azul.

A maioria dos vídeos foi postada em um canal do Youtube e os links são organizados em pastas e disponibilizados na sala de aula do Google, isso ocorre por conta do limite de postagem de vídeos existentes no ambiente, particularmente na sala do Google. Cada pasta tem um nome e é seguida de uma sequência de vídeos de revisão (gravados ou indicados), listas de exercícios e atividades complementares. As figuras abaixo mostram a página inicial da sala de aula (figura 1), exercício do livro texto e vídeos postados (figura 2) e o canal no youtube (figura 3).

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Figura 1: Página inicial da sala de aula

Disponível em: https://classroom.google.com/c/MzEyMTY1OTc2MTBa

Figura 2: Exercícios do livro texto e vídeos postados na sala do Google

Disponível em: https://classroom.google.com/c/MzEyMTY1OTc2MTBa/m/MzM0NzIyODg4OTha/details

Figura 3: Canal do youtube

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Os vídeos são gravados de várias formas e em ambientes diferenciados, alguns são utilizados somente a lousa, outros data show e lousa ou ainda apenas papel e caneta.

Resultados e Discussão

A escolha de novos modelos de ensino, geralmente, exige investimentos, treinamentos, adequação de espaço físico, devendo estar alinhados com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Contudo, esses e outros fatores limitam muitas escolas a adotar modelos mais arrojados que promovam mudanças no desempenho dos alunos (SCHIEHL;

GASPARINIL, 2016). Tecnologias abertas proporcionam aos professores a oportunidade de desenvolver esses modelos em suas disciplinas, sem a necessidade de alterações na carga horária e nos conteúdos da grade curricular, evitando assim divergência de opiniões e quebra de regras institucionais.

Um exemplo que se relaciona com o apresentado neste resumo é o modelo híbrido de ensino, no sentido de misturar, mesclar, envolver dois ou mais ambientes em situações de aprendizagem. Os modelos sustentados do ensino híbrido podem ser desenvolvidos com mais tranquilidade, pois, permitem uma inserção gradativa nos ambientes educacionais, sem gerar grandes rupturas no modelo tradicional, mas com a visão de melhorias no ensino e no aprendizado (SCHIEHL; GASPARINIL, 2016).

Outra inovação relevante que vem sendo muito aplicada e tem gerado bons resultados no processo de ensino e aprendizagem é a sala de aula invertida (também conhecida como flipped classroom). Como o próprio nome sugere, é o método de ensino através do qual a lógica da organização de uma sala de aula é de fato invertida por completo (ESPINDOLA, 2016).

Metodologias ativas como o ensino híbrido e a sala de aula invertida, surgiram a partir da experiência de alguns professores, que diante essas dificuldades, criaram maneiras de trabalho diferenciadas (utilizando novas tecnologias), com o propósito de minimizar essa sobrecarga do aluno e dividir as tarefas em diferentes momentos, criando assim um ambiente mais produtivo e proveitoso nas aulas presenciais (BERGMANN; SAMS, 2018).

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Os métodos utilizados neste trabalho são baseados parcialmente nos conceitos mencionados, sala de aula invertida e ensino híbrido, por meio dos canais de comunicação entre professor e aluno (Youtube e Google Classroom).

Conclusão

Devido ao curto tempo para trabalhar os conteúdos exigidos na grade curricular, dificilmente podemos fazer em sala de aula uma revisão que seja satisfatória para os alunos, principalmente para os que têm maior dificuldade. Fazer revisões de conteúdos é sempre um desafio para professores de matemática, principalmente no que diz respeito ao tempo, uma vez que os conteúdos do currículo regular são extensos e já ocupam as aulas por completo.

Utilizado o Youtube para postagem de vídeos em conjunto com a sala de aula do Google para orientar e organizar as atividades, juntamente com metodologia adotada, o professor pode avaliar o rendimento com relação ao aprendizado e também fazer pesquisas de opinião para medir o grau de satisfação dos alunos.

Agradecimentos

Agradeço a CAPES; ao meu orientador Diego Fogaça; aos alunos, os professores e coordenadores e à direção da Escola Estadual Severivo Ramos de Queiroz; professores do programa de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática da Uniderp.

Referências

BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. Tradução Celso de Cunha Serra. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

SCHIEHL, E. P.; GASPARINIL, I.. Contribuições do Google Sala de Aula para o Ensino Híbrido.

Joinville, SC: Departamento de Ciência da Computação – PPGECMT1 e PPGCA2. Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), 2016.

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OTERO-GARCIA, S. C., 2008, KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC/SEB, 2018.

ESPÍNDOLA, R. Como funciona a sala de aula invertida. EDOOLS, 2016. Disponível em:

https://www.edools.com/sala-de-aula-invertida/. Acesso em: 30 set. 2019.

INEP. RESULT FROM TALIS 2018. Disponível em:

http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pesquisa_talis/resultados/2018/country _note_brazil.pdf. Acesso em: 15 jul. 2019.

LEMOS, A. Cibercultura e mobilidade: a era da conexão. Razón y Palabra, n. 41, ano 9, out./

nov. 2004. Disponível em: http://www.razonypalabra.org.mx/. Acesso em: 30 set. 2015.

Referências

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