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Cursos Online EDUCA. Curso Gratuito Cuidador Infantil. Acredite no seu potencial, bons estudos! Carga horária: 60 horas

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Cursos Online EDUCA

www.CursosOnlineEDUCA.com.br

Acredite no seu potencial, bons estudos!

Curso Gratuito Cuidador Infantil

Carga horária: 60 horas

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Conteúdo programático:

Introdução

Crescimento e Desenvolvimento Infantil

As Doenças mais Comuns da Criança e a Imunização Jogos e Brincadeiras Infantis

Técnicas Recreativas por Faixas Etárias (0 – 7 anos) Brinquedos Indicados para Cada Idade

Contação de Histórias

Noções de Nutrição e Dietética Infantil Problemas na Alimentação Infantil

Princípios de Higiene, Profilaxia e Biossegurança Patologias Comuns na Infância

Necessidades Infantis

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Introdução

Cuidador é um profissional de qualidades especiais, expressas pelo forte traço de amor à humanidade, de solidariedade e de doação. A ocupação de cuidador integra a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, que define o cuidador como alguém que "cuida a partir dos objetivos estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida". É a pessoa, da família ou da comunidade, que presta cuidados à outra pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem remuneração.

Nesta perspectiva mais ampla do cuidado, o papel do cuidador ultrapassa o simples acompanhamento das atividades diárias dos indivíduos, sejam eles saudáveis, enfermos e/ou acamados, em situação de risco ou fragilidade, seja nos domicílios e/ou em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou cuidado diário.

O cuidador infantil tem a função de acompanhar o desenvolvimento global de crianças de 0 a 7 anos, observando as suas necessidades particulares e realizando as seguintes atividades:

• Observar e compreender a dinâmica da criança e do contexto sociofamiliar, entendendo sua função e o papel de cada indivíduo envolvido para atuar de forma adequada a cada situação;

• Intermediar a relação entre a mãe e a criança, comunicando-se adequadamente com ambas, mostrando interesse e disponibilidade e ajudando nas rotinas diárias, a fim de dar à mãe o suporte esperado;

• Facilitar as relações da criança com o grupo e com o ambiente, atendendo às necessidades coletivas e singulares para permitir o pleno desenvolvimento individual;

• Dar andamento às rotinas diárias, utilizando-se de práticas

apropriadas visando à saúde e o bem-estar da criança.

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Crescimento e Desenvolvimento Infantil

Atender as necessidades essenciais da criança é uma das formas de garantir o seu crescimento e desenvolvimento saudáveis.

Dessa forma, saúde, amor, segurança e presença de novas experiências e estímulos, têm papel fundamental.

Nos seis primeiros anos de vida a criança descobre o mundo que a rodeia, adquire as experiências básicas e elabora valores de referência.

Entretanto, é sabido que, um número crescente de crianças vive em condições sanitárias, culturais e sociais deficientes, o que tende a afetar seu desenvolvimento, já que as oportunidades de recreação e estímulo são poucas, constituindo um grave impedimento para se alcançar suas potencialidades físicas, psicológicas e espirituais.

Pais, educadores, atendentes de creches e todos que direta ou indiretamente cuidam da criança devem trabalhar para que ela tenha saúde e desenvolva-se integralmente. Nesta unidade abordaremos algumas informações básicas sobre: crescimento e desenvolvimento; fatores que influenciam o crescimento e desenvolvimento; parâmetros utilizados para acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil, enfim os fundamentos para atuação do cuidador infantil.

Ao nascer, a criança não tem a percepção de todas as coisas que estão ao seu redor. Ela inicia sua relação com o mundo por meio de reflexos básicos. Executa o sugar, o movimento da língua, o engolir e o pegar. Utiliza seus sentidos vendo, ouvindo, provando, tocando, cheirando. Dessa forma vai gradualmente apropriando- se do mundo a sua volta. O desenvolvimento da linguagem inicia- se com o nascimento, com o primeiro choro. É um ato reflexo, porém logo a criança aprende a usá-lo como forma de expressão.

A criança ao fazer barulho, consegue gratificar-se, ao chorar

consegue alimento, a tagarelice lhe proporciona aprovação dos

outros. Isto tudo fará com que ela aprenda que a linguagem é uma

forma de interagir com o meio ambiente e as pessoas. Usar as

mãos para explorar o mundo por meio dos atos de tocar, pegar e

alcançar ajuda a criança a descobrir como sentir as pessoas e as

coisas. Sente diferença entre um pano suave e um chocalho duro,

uma barba áspera e uma pele lisa e macia. Assim, é necessário

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deixar à sua disposição objetos coloridos e brincadeiras para que ela possa fazer várias vezes. A criança goza e se beneficia com a repetição das ações dos demais.

À medida que cresce a criança vai necessitando de mais experiências e de estímulos aprimorar o desenvolvimento dos seus sentidos. Tem que escutar, olhar e tocar toda uma variedade de coisas. Recebendo a necessária estimulação nos primeiros meses de vida, terá capacidade de começar a desenvolver um grande leque de respostas. A visão se desenvolverá através da ação de olhar, a audição, da capacidade de ouvir ou de escutar, seus movimentos descontraídos da mão se convertem em atos de pegar; inicia-se então o desenvolvimento de sua coordenação motora; olha para ver o que faz ruído, volta-se para a direção de onde vem barulhos e a voz das pessoas, etc.

Fases do desenvolvimento infantil

O conceito de desenvolvimento humano inclui todos os processos de mudança ocorridos nas interações estabelecidas num determinado contexto, levando em conta não somente os processos biológicos, mas também as mudanças sócio históricas ao longo tempo. Para entendermos melhor o desenvolvimento humano, é necessário considerar os ciclos de vida como fenômenos intrínsecos aos ciclos familiares e representados por estágios vivenciados pelos membros da família.

Esses estágios são definidos também pelos papéis assumidos entre esses membros e pelas tarefas de desenvolvimento a serem cumpridas pelo grupo familiar. As escolhas e as decisões tomadas pelos indivíduos na composição de sua trajetória dependem tanto de fatores pessoais, quanto sociais, somados ainda aos padrões socioculturais, que exercem grande influência. Pelo fato de o indivíduo estar continuamente percebendo as similaridades e diferenças entre ele e os outros, a forma como constrói a si próprio está muito próximo à forma como ele constrói o outro, e vice-versa.

Os estudos específicos sobre o desenvolvimento infantil entendem o comportamento do bebê e da criança como resultado da interação dos seguintes aspectos: biológico, social, afetivo e cognitivo.

Desde a gravidez, a relação entre mãe e filho já compõe um

espaço essencial no desenvolvimento da criança e da sua

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personalidade. O apego e a vinculação entre o bebê e os pais e, posteriormente, a construção dos laços afetivos sólidos com a família extensa, propiciam a formação de um indivíduo mais bem preparado para os desafios da vida. Uma criança com autonomia e boa autoestima consegue refletir e encontrar soluções utilizando suas competências e criatividade.

Convém destacar que esse processo vai se ampliando por meio das trocas com o outro e com o meio alicerçado pelo afeto que envolve essas trocas. Mas o seu primeiro contato será sempre a família, sistema que fornece as bases para que o desenvolvimento humano aconteça de forma equilibrada. O mundo da imaginação, do concreto, das brincadeiras, dos símbolos, do imaginário, da fantasia, da realidade, do corpo, do movimento, do som, das sensações…tudo isso faz parte do universo infantil e desempenha um papel fundamental na construção da personalidade da criança.

O nível de curiosidade e espontaneidade de uma criança diz muito acerca da forma com que ela vê o mundo e se coloca nele. A partir do momento em que a criança trabalha junto com adultos e pares num ambiente seguro e estável, ela dá um passo em relação à sua autonomia e à sua autoconfiança. O espaço lúdico que apresenta desafios sem, no entanto, criar pressão para a sua resolução, cria uma atmosfera propícia para que ela se sinta à vontade para experimentar o mundo à sua volta e encontrar o suporte para as suas necessidades.

Quando da espontaneidade infantil surgem soluções criativas, alcançamos a possibilidade de fazer parte, ao lado da família, de uma engrenagem maior em prol do crescimento de uma criança feliz. Os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por grandes transformações e descobertas. Aos poucos, os pequenos começam a entender o mundo em que vivem e aprendem a lidar consigo mesmos e com os outros.

Para ajudar a compreender melhor o universo infantil, abordaremos cada fase/estágio por idade cronológica.

Sensório-motor (Recém-Nascido, Lactente e Toddler)

É o período que vai do recém-nascido até os dois anos de idade

da criança, antes do surgimento da fala, sendo marcado pelo

desenvolvimento mental. Nesta fase a criança explora o mundo

através dos sentidos, isto é, ela precisa tocar e provar os objetos.

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Nesse estágio as ações geralmente não são intencionais, a aprendizagem ocorre "acidentalmente", por reflexos. A inteligência é essencialmente prática, baseando-se em exercícios de aparelhos reflexos: coordenações sensoriais e motoras de fundo hereditário, que correspondem a tendências instintivas, como a nutrição.

Faixa etária:0 a 3 meses

No primeiro mês, reage perante barulhos muito altos e pode se assustar com barulho inesperado. Passa boa parte do tempo dormindo. Seu sistema visual é limitado, portanto só enxerga algum objeto ou alguém se estiver bem próximo a ele. 2º ao 3º mês, o bebê já começa a acompanhar objetos e pessoas com os olhos e reconhece os pais. Abre e fecha as mãos, leva-as à boca e suga os dedos. Segura objetos com firmeza por certo tempo e consegue pegar objetos suspensos.

Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se apresenta, como por exemplo, o constante e agudo. Com brincadeiras e músicas o bebê fica agitado, realizando movimentos de pernas, braços, sorri e dá gritinhos.

Quando ouve a voz dos pais, o bebê virar a cabeça. Comunica-se através do choro e ruídos. Imita alguns sons de vogal. Nesta fase, é importante organizar a rotina do bebê, tornando os horários das atividades fixos, como por exemplo, trocar a fralda depois da mamada ou dar banho todos os dias na mesma hora. É importante que a rotina seja de forma razoavelmente metódica.

aos 7 meses

Fica na postura de bruços e se apoia nos antebraços quando quer ver o que está acontecendo ao seu redor. Rola de um lado para o outro. Estende a mão para alcançar o objeto que deseja, transfere- o de uma mão para outra e coloca-o na boca. Apresenta equilíbrio quando colocado sentado.

Ri quando algo o agrada e quando o desagrada mostra raiva

através da expressão facial. Nesta fase, alguns bebês podem

demonstrar medo perante pessoas estranhas. Fica repetindo os

seus próprios sons e imita as vozes das pessoas ao seu redor

movimenta a cabeça na direção do som escutado. Para de chorar

ao ouvir música. Sorri quando quer atenção do adulto. Formação

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do conceito de causa e efeito quando está explorando um brinquedo.

8 a 11 meses

Engatinha e se senta sem apoio. Consegue ficar em pé com apoio.

Aponta para objetos ou pessoas. Pega pequenos objetos com o indicador e o polegar.

Demonstrar raiva quando não é o centro das atenções. Reconhece sua imagem no espelho e reage com euforia. Reclama quando é contrariado.

Localiza a fonte sonora. Bate palmas, joga beijo e entende quando lhe dizem tchau. Começa a compreender o significado de alguns gestos. Balança a cabeça quando não quer alguma coisa. Fase do treino com monossílabos do tipo: “ma-ma”, “da-da”, “nene”.

1 a 2 anos

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Anda sem apoio. Com 1 ano e 6 meses pode começar a correr, subir em móveis e ficar nas pontas dos pés sem apoio. Vira páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo). Gosta de rabiscar no papel. Sabe quando uma ilustração está de cabeça para baixo.

Mostra senso de humor. Nesta fase, o bebê ainda não compreende as regras, contudo chora quando leva uma bronca e sorri quando é o centro das atenções ou quando é elogiado. Quando está bravo, pode atirar objetos ou brinquedos. É possessivo. Prefere não compartilhar brinquedos com as outras crianças. Reconhece o próprio nome. A partir dos 18 meses começa a criar frases curtas.

A criança começa a formar frases com uma palavra só, tipo “nenê- papá, nenê-naná”, mas até o término do ano constrói frases de até três palavras como: “quer ver tevê”. Esta é a fase das perguntas:

“que é isso?” Usa o próprio nome. Reconhece as partes do seu corpo e de outras pessoas. Apresenta atenção para histórias pequenas.

Período Pré-operatório (dois a sete anos) – (Pré-escolar)

Neste período, a Inteligência Simbólica e Intuitiva é também comumente apresentada.

Inteligência Simbólica - dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente.

Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização etc.

Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma”

(animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem").

A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Duas crianças “conversando” dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os pares são constantemente trocados. Existem outras características do pensamento simbólico como por exemplo, o nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), super determinação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é

“meu”, não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do

outro), etc.

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Inteligência Intuitiva - dos 4 anos aos 7 anos -. Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo, não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos sem, no entanto, incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores, por exemplo). Quanto à linguagem não mantém uma conversação longa, mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro.

2 a 3 anos

Tirar os sapatos. Chuta bola sem perder o equilíbrio. Gosta de dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas.

Nesta fase a criança está pronta para abandonar o uso das fraldas.

Apresenta percepção de quem é. Mexe em tudo e faz mal criação, testa a autoridade tenta impor suas vontades. Prefere companhia para brincar. Gosta de participar dos serviços de casa, como por exemplo arrumar a mesa do jantar. As frases vão aumentando e surge o plural. As crianças nesta fase têm uma ótima compreensão, entendem tudo que é dito em sua volta. Pergunta:

"cadê", "O que", "onde". Fala de si mesma na 3a. pessoa. Chama familiares próximos pelo nome.

3 a 4 anos

Consegue colocar suas roupas e tirá-las sem ajuda de um adulto.

Gosta de desenhar. Nesta fase já consegue segurar um lápis na posição correta. Consegue pedalar.

Brinca com as outras crianças. Apresenta interesse pelos sentimentos das pessoas que estão ao seu redor, por exemplo, se perceber que seu pai está triste, procura confortá-lo.

Constrói frases com até seis palavras, sobre o dia a dia, situações reais e pessoas próximas. Compreende a existência de regras gramaticais e tenta usá-las. É comum a troca do '"r" pelo "l", a qual acaba por volta dos 3 anos e 6 meses. Compreende os conceitos de igual e diferente. É capaz de separar os brinquedos por tamanho e cor. Lembra e conta histórias.

4 a 7 anos

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Consegue usar a tesoura, corta papel. Maior domínio no uso de talheres. Consegue pegar a bola com as duas mãos quando está em movimento.

Está mais sociável com as outras crianças. Se sente grande perto das crianças menores. Sente vontade de tomar as suas próprias decisões. Nesta fase o vocabulário da criança aumentou bastante, já fala muitas palavras. Expressa seus sentimentos e emprega verbos como “pensar” e “lembrar”. Também fala de coisas ausentes e usa palavras de ligação entre as sentenças, como por exemplo: “e então”, “porque”, “mas” etc. Gosta de inventar e contar as próprias histórias. Consegue identificar algumas letras do alfabeto e números.

As Doenças mais Comuns da Criança e a Imunização

1. Pneumonia – As infecções respiratórias inferiores incluem não apenas as pneumonias bacterianas, mas também as pneumonias virais, como a bronquiolite.

2. Diarreia– Acontecem com muita frequência nas crianças.

Durante os primeiros anos de vida o sistema imunológico da

criança é deficiente e, dessa forma, é muito comum

microrganismos causarem infecções intestinais ou distúrbios

gastrointestinais que podem ser simples ou sérios de acordo com

o agente causador.

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3. Prematuridade e baixo peso ao nascer — Nascer antes do tempo (prematuridade) ou com peso baixo para a idade não costumam ser bem diferenciados em países com sistemas de saúde mal estruturados, daí a Organização Mundial da Saúde - OMS ter agrupado as duas condições. Elas predispõem o recém- nascido a uma série de complicações, além da morte súbita.

4. Infecções e outros problemas dos recém-nascidos — Quando um recém-nascido nasce doente, muitas vezes uma doença leva à outra, daí elas serem contadas em conjunto. Como quase todos os partos do Brasil são feitos numa maternidade, esses bebês ficam internados até estarem saudáveis o suficiente para ir para casa.

5. Anomalias congênitas — Os defeitos de nascença podem até não ser comuns, mas infelizmente podem ser muito graves.

Alguns, inclusive, podem ser prevenidos, como a anencefalia (criança que nasce sem o cérebro).

6. Complicações do parto — A asfixia (falta de oxigênio) ou o trauma (acidentes) durante o parto são sempre um risco latente, e é por isso que a pessoa precisa de assistência obstétrica de qualidade.

7. Asma– É uma doença comum no inverno devido o tempo frio.

No entanto pode ocorrer em qualquer época do ano, caso a criança seja alérgica e tenha contato com o agente causador. Hoje em dia devido a poluição, industrialização etc., as crianças logo nos primeiros anos de vida começam a desenvolver alergias aos mais diversos fatores, como: poeira, pólen, ácaros, umidade, pelos de animais, alimentos e outros.

8. Desnutrição proteico-calórica — Existem outros tipos de desnutrição, mas é nesse tipo que todo o mundo pensa quando se fala em desnutrição. Ocorre pela falta de nutrientes essenciais ao organismo.

9. Depressão — Parece que não, mas as crianças e adolescentes

também podem ter depressão. Vale apena lembrar que um dos

fatores de risco para depressão é a história pessoal de abuso

sexual.

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10. Cárie– É um acometimento que não causa risco a criança, porém provoca diversos problemas a saúde como: dor, infecção, deformidade, entre outros.

Imunização – a melhor maneira de proteger a criança contra doenças que podem causar danos sérios:

Vacinas

Após o nascimento, ainda na maternidade ou hospital, o bebê será imunizado contra uma série de doenças. O calendário oficial de imunizações do Brasil, o PNI (Programa Nacional de Imunização), prevê que todas as crianças sejam vacinadas contra mais de 10 tipos de infecções, incluindo uma série de doses de reforço. Todas essas vacinas são oferecidas gratuitamente em postos de saúde ou durante campanhas.

Na primeira vacinação da criança, a mãe receberá a carteirinha de imunizações que apresenta todas as vacinas obrigatórias nos primeiros anos de vida e deve ser considerado como um documento da criança, tendo em vista que ali estão todas as informações de imunização.

O cronograma de vacinação é a seguinte:

Ao nascer A primeira dose da vacina contra a hepatite B costuma ser aplicada logo após o nascimento, e a vacina contra a tuberculose (BCG) geralmente antes da alta, se o bebê tem mais de 2 kg, ou então é aplicada ao longo do primeiro mês de vida.

A hepatite B é uma inflamação no fígado causada por um vírus, transmitido por sangue ou secreções do corpo.

A tuberculose é uma infecção que geralmente afeta os pulmões, mas pode também atingir outras partes do corpo. O chamado Mycobacterium tuberculoses ou bacilo de Koch é transmitido por gotículas de secreções respiratórias espalhadas no ar. A doença é mais comum em áreas de higiene mais precária e em locais de confinamento, como presídios e asilos para idosos. A vacina protege contra as formas graves da doença.

Um mês

A segunda dose da vacina contra a hepatite B pode ser aplicada

30 dias após a primeira.

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Dois meses

Aos 2 meses, a criança toma a primeira dose da vacina tetravalente (DTP Hib.), contra difteria, tétano, coqueluche e infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenza e tipo b.

Toma também a primeira dose da vacina contra a poliomielite ou paralisia infantil (VOP, em gotinhas) e da vacina contra o rotavírus (VORH, em gotinhas), um vírus que causa diarreias severas.

O bebê toma ainda a primeira dose da vacina pneumocócica 10- valente, contra dez tipos da bactéria Streptococcus pneumonia e, causadora de diversas infecções, principalmente da meningite e da pneumonia. Essa vacina também foi incluída recentemente no calendário gratuito de vacinação.

A difteria é uma infecção bacteriana que afeta principalmente a garganta, e suas complicações podem levar a problemas respiratórios, danos ao coração e ao sistema nervoso e, em casos mais extremos, até a morte.

O tétano é causado por uma bactéria que entra no corpo através de ferimentos. Produz uma toxina que provoca enrijecimento muscular geral, causando dificuldade na deglutição e na respiração, podendo ser fatal.

A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, uma doença do aparelho respiratório, conhecida também como tosse comprida. É especialmente grave em bebês. A bactéria Haemophilus influenza e tipo b (Hib) é uma importante causadora de meningites e pneumonias em crianças pequenas. Em locais onde as crianças tomam as vacinas, a incidência cai vertiginosamente.

O vírus da poliomielite ataca o tecido nervoso do cérebro e da medula espinhal e pode levar à paralisia, geralmente dos membros inferiores. Ele é transmitido através de fezes ou secreções de uma pessoa infectada, e se espalha em lugares onde a higiene é inadequada. Atualmente, a pólio está erradicada no Brasil, mas a vacina continua sendo necessária.

Três meses

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No calendário oficial do governo, foi incluída aos 3 meses a vacinação contra o meningococo C, uma das principais bactérias causadoras de meningite.

Quatro meses

A partir dos 4 meses, o bebê recebe a segunda dose das seguintes vacinas: tetravalente (DTP Hib, contra difteria, tétano, coqueluche e infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenza e tipo b), pólio (VOP) e rotavírus (VORH).

Aos 4 meses, pelo calendário oficial do governo, é aplicada também a segunda dose da pneumocócica conjugada 10-valente.

Cinco meses

Com 5 meses, é aplicada a segunda dose da vacina meningocócica C conjugada.

Seis meses

Aos 6 meses, completa-se a série de 3 doses das vacinas iniciadas aos 2 meses: tetravalente (DTP Hib), contra difteria, tétano, coqueluche e hemófilos tipo B, mais pólio (VOP). Também já é o momento da terceira dose da vacina contra a hepatite B. O bebê também recebe a terceira dose da vacina pneumocócica conjugada 10-valente, pelo calendário do PNI.

Nove meses

Dose única da vacina contra o vírus da febre amarela para crianças residentes em áreas consideradas de risco (região Norte, Centro- Oeste, Estado do Maranhão, partes de Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Para as pessoas que moram nessas regiões ou pretendem visitá- las, a vacina precisa ser reaplicada a cada dez anos, porém não deve administrada a gestantes nem a pessoas alérgicas a ovo. O melhor caminho é sempre conversar com um médico para esclarecer se seu filho e sua família precisam ou não ser imunizados.

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, transmitida por mosquitos contaminados. No Brasil, sua forma urbana foi erradicada, mas a silvestre ainda persiste. Entre os principais sintomas da doença estão febres, dor de cabeça e no corpo, náusea, pele e olhos amarelados (icterícia) e hemorragias.

Um ano de idade

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Aos 12 meses, os bebês são imunizados contra a rubéola, o sarampo e a caxumba com uma dose da vacina tríplice viral (SRC), e recebem a dose de reforço da vacina meningocócica C conjugada. Os que não tomaram a vacina contra o meningococo C durante o primeiro ano de vida recebem uma dose a partir de 12 meses. Na rede pública essa vacina está disponível para os menores de 2 anos.

A rubéola não costuma ser uma doença grave, mas sua forma congênita, transmitida para um bebê durante a gestação, pode ser bem mais séria, causando surdez, cegueira, problemas cardíacos e até danos cerebrais.

O sarampo é altamente contagioso. No Brasil sua incidência caiu drasticamente devido ao sucesso da imunização, mas as pessoas podem pegar a doença fora do país e transmitir para quem não tiver sido vacinado. Seus principais sintomas são primeiramente prostração, febre, tosse, nariz escorrendo e dor nos olhos, seguidos pelo aparecimento de manchas na pele. As complicações são relativamente comuns, porque o sistema imunológico da criança fica muito fragilizado, e incluem pneumonia e infecções de ouvido. Em casos bem mais raros, as complicações podem afetar o sistema nervoso, causando, por exemplo, meningite ou encefalite.

A caxumba é caracterizada por febre e inchaço na região das glândulas parótidas, que ficam à frente e embaixo das orelhas.

Entre as complicações mais graves que pode provocar estão surdez, encefalite e, nos meninos, inflamação dos testículos, o que pode levar a problemas de fertilidade.

Um ano e três meses

A partir dessa idade, as crianças recebem as chamadas doses de reforço da DTP (difteria, tétano e coqueluche), da poliomielite e da pneumocócica.

Quatro a seis anos

Uma segunda dose de reforço da vacina tríplice bacteriana (DTP) -- contra difteria, tétano e coqueluche -- é dada às crianças com mais de 4 anos, assim como uma dose de reforço do tríplice viral (SRC) -- contra sarampo, rubéola e caxumba.

A partir de 10 anos

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Para crianças que tomaram vacina contra a febre amarela no primeiro ano de vida, uma dose de reforço é dada com 10 anos (lembrando que esta vacina é válida por 10 anos e sempre terá que ser reaplicada após este intervalo de tempo).

Outras vacinas

Além das imunizações que já fazem parte do calendário oficial do Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que os bebês também recebam outras vacinas já disponíveis no país, porém essas vacinas não são gratuitas e dependem das condições financeiras da família.

São as seguintes: hepatite A; contra gripe (vírus influenza); contra

catapora ou varicela.

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Jogos e Brincadeiras Infantis

O que são jogos? O que é a brincadeira? O que está em jogo quando a criança brinca? A brincadeira é um processo de relações entre a criança e o brinquedo e das crianças entre si e com os adultos. O ato de brincar é muito importante para o desenvolvimento integral da criança. As crianças se relacionam de várias formas com significados e valores inscritos nos brinquedos.

Os jogos e brincadeiras como atividades lúdicas tem sido valorizados e enfatizados como uma das condições fundamentais para o desenvolvimento motor, intelectual, social e emocional das crianças, sendo considerados, de maneira geral, como atividades espontâneas que propiciam prazer e se constituem, ao mesmo tempo, em um meio de expressão e de interação com os outros.

Ao observarmos uma criança brincando, identificamos que nesta atividade ela coloca em funcionamento todas as suas capacidades, sejam elas motoras, cognitivas e socioemocionais, de maneira que elas se integram e produzem uma resposta adequada ao contexto que o brinquedo, a brincadeira ou jogo exigem.

Piaget esclarece ainda que “... ao manifestar a conduta lúdica, a

criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói

conhecimentos”. (KISHIMOTO,2005. P.32)

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Na evolução das pesquisas sobre o jogo, brincar e o brinquedo no universo infantil, estes são apresentados sob as visões teóricas de Piaget e Vygotsky, que em seus conceitos atribuíram a atividade lúdica um importante papel para o desenvolvimento da criança.

Piaget não atribui uma conceituação específica à brincadeira.

Entendida como ação assimiladora, a brincadeira aparece como forma de expressão da conduta: livre, espontânea e prazerosa.

Através da expressão que a criança incorpora quando inserida em uma atividade lúdica, ela se desenvolve, assimilando e transformando a sua realidade. Na teoria piagetiana encontra-se uma classificação dos jogos baseada na evolução das estruturas mentais, caracterizando três formas básicas de atividade lúdica, de acordo com a etapa do desenvolvimento: os jogos de exercícios, os jogos simbólicos e os jogos de regras.

Piaget (1946) classificou os jogos infantis, distinguindo três tipos de estruturas – o exercício, o símbolo e a regra - as quais estão relacionadas às estruturas da inteligência, ou seja, o estágio sensório-motor caracterizado pelo jogo de exercício, o estágio pré- operatório, pelo jogo simbólico; e o estágio operacional concreto, pelo jogo de regras. (BARRETO,2001)

Já Vygotsky (1998) diferentemente de Piaget, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida através do processo interativo, ou seja, a criança usa as interações sociais como forma privilegiada de acesso a informações. Partindo da premissa acima e valorizando a forma peculiar de interação da infância que é primordialmente a atividade lúdica, é possível afirmar que os brinquedos, as brincadeiras e os jogos se relacionam com o processo de desenvolvimento e aprendizagem, e que eles são introduzidos já nas fases inicias do desenvolvimento da vida da criança:

A criança desenvolve-se, essencialmente, através da atividade de brinquedo. Somente neste sentido o brinquedo pode ser considerado uma atividade condutora que determina o desenvolvimento da criança (VYGOTSKY,1989,117)

Na escola, o brincar pode ser uma prática eficaz na sala de aula,

pois é uma atividade que possibilita a vivência de situações do

cotidiano, provendo uma aprendizagem mais espontânea.

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No entanto, as manifestações lúdicas, isoladamente, não são suficientes para garantir eficiência para o desenvolvimento global da criança, caso não seja associado junto a elas um outro mediador de igual importância, que é o adulto, o professor, o companheiro ou qualquer pessoa que, de alguma forma, estabeleça uma relação de interação com ela. Dessa forma, a atividade lúdica é essencial para estimular a aprendizagem e o desenvolvimento social, cultural, físico, cognitivo e afetivo da criança. E que tal conhecermos mais sobre isso?

As atividades que descrevemos na próxima lição podem ser utilizadas como brincadeiras, pequenos jogos, ou grandes jogos, adaptando-se as regras de acordo com as necessidades do grupo.

Acreditamos, ainda, que toda atividade pode ser utilizada para várias faixas etárias, dependendo somente da forma como é utilizada por quem a conduz. O material a ser utilizado pode ser improvisado, pois sabemos que nem sempre temos materiais específicos disponíveis no local onde estamos trabalhando. A pessoa que vai conduzir a brincadeira, poderá a partir das atividades a seguir, criar muitas outras, basta apenas modificar detalhes e adaptá-las às circunstâncias em que se encontra.

Técnicas Recreativas por Faixas Etárias (0 – 7 anos)

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Bebês de 0 a 12 meses

-Bebê que não se senta

Converse com ele : Ao ouvir a sua voz, o som que mais o acalma no mundo, é uma verdadeira brincadeira. Fale bastante, conte o que está acontecendo a sua volta, explique o que está fazendo, trocando a fralda, dando banho, alimentando-o. Lógico que ele não entenderá o significado exato, mas captará seus bons sentimentos.

Cante: O bebê vai adorar ouvir sua voz e vai entender que a música é outra forma de comunicação. Relembre as cantigas de roda que sua mãe cantava para você na infância e suas atuais músicas preferidas. Vale tudo desde que você o faça com prazer.

Faça caretas: Bebês adoram olhar rostos e vai adorar ver sua boca, seus olhos e suas mãos em movimentos diferentes. Mesmo que ele não demonstre grandes reações, como dar risadas, ficará entretido tentando entender.

Mímicas: Fazer mímicas para ele também é uma forma de interação.

O bebê vai, no mínimo, acha engraçado ver você se mexendo de forma diferente.

Mostre objetos diferentes: Mostre a ele objetos como chocalhos, mordedores e móbiles e ensine como eles funcionam. Na frente do bebê, aperte, rode, agite o brinquedo várias vezes. Assim ele aprende como cada coisa funciona. Coloque o acessório perto para que ele tente segurar. Ainda é cedo para conseguir, mas as tentativas são válidas e irão ajudar no seu desenvolvimento motor.

Mostre a paisagem: Bebês adoram janelas! Fique perto do vidro e mostre a paisagem lá fora, as gotas da chuva, o gato da vizinha, o cachorro que passeia na calçada, as flores, os carros e os aviões no céu. Com o tempo, o bebê vai apontar os dedinhos e até reconhecer alguns nomes.

Brinque com sua voz: Em algumas conversas, faça vozes mais

grossas e mais finas, fale rápido ou muito devagar, imite os sons

dos animais. Talvez você consiga até algumas gargalhadas.

(23)

Rode, pule: Segurando o bebê no colo, rode, leve na altura da sua cabeça e desça, pule. Eles vão adorar as novas sensações que esses movimentos proporcionam. Tome cuidado apenas para sempre deixar a coluna e o pescoço apoiados em seus braços.

Nada de grandes malabarismos enquanto o bebê não estiver firme.

Esconde-esconde: A tradicional brincadeira de "Cadê? Achou!" é sempre um sucesso. Esconda seu rosto com as mãos ou com um pedaço de pano e brinque bastante. Se o bebê não ficar irritado, vale também esconder o rostinho dele. Além de divertir, seu filho aprenderá que quando algo desaparece, não significa que deixa de existir. O objeto vai e volta. E isso vai ajudá-lo inclusive a aprender que você também vai e volta.

Com os dedos: Outra brincadeira bem tradicional e simples, mas que muita gente esquece: finja que seus dedos são formiguinhas e vá

"andando" pelo corpo do bebê. As risadinhas estão garantidas...

Pisca-pisca: Use os olhos para piscar! Pisque devagar, depois rápido, revire os olhos, feche e abra em velocidades diferentes. Os bebês adoram ficar observando essas ações e com o tempo tentarão imitar.

Bichinhos: Deixe o bebê perto de bichinhos de pelúcia de diferentes cores, formatos e texturas para ele conhecer novas sensações táteis e visuais. Encoste o ursinho nele e deixe que sua mãozinha o toque da forma como ele conseguir, por exemplo.

Fantoches: Use os bichinhos também como um tipo de fantoche para conversar e cantar. Os bebês se divertem muito observando os brinquedos criarem vida.

Rolar : Deite-se ao lado do bebê na cama ou no edredom e estimule os seus movimentos rolando seu corpinho, colocando-o de bruços.

Aperte o colchão para seu corpo dar pulinhos, como se estivesse em uma cama elástica. Ele vai amar!

Dançar : Dance com o bebê no colo. Faça isso ouvindo músicas

diferentes para alternar movimentos mais rápidos e mais lentos.

(24)

- Bebê já consegue ficar sentado e começa a engatinhar

Com o bebê mais firme, as possibilidades aumentam. Seu ângulo de visão muda, ele será capaz de identificar brinquedos maiores e as atividades envolvendo movimentos ficam ainda mais interessantes.

Aproxime os brinquedos: Colocar o bebê sentado no edredom com vários brinquedos em volta é sempre bom. Mas sente ao seu lado, mostre os brinquedos, ensine como eles funcionam. Procure colocar alguns objetos que cabem nas mãozinhas do bebê para ele segurar. Mas nada muito pequeno - o mais seguro é usar o tamanho de uma bola de pingue-pongue como referência.

Jogar no chão: Sabe quando o bebê joga algo no chão milhões de vezes para você pegar? Pois é, trata-se de uma brincadeira. não perca a paciência ou tire o objeto da mão dele, achando que o objetivo é irritá-la. Para o bebê, é divertido fazer isso e, mais uma vez, ajuda a perceber que objetos e pessoas podem ir e voltar.

Cabanas e túneis: Quando aprender a engatinhar, o bebê começará a explorar a casa. Os móveis se transformaram em brinquedos também. Participe da brincadeira montando cabaninhas e túneis para vocês passarem por baixo. Lençóis, cadeiras e sofás vão ajudar bastante.

Empilhar de novo: Crianças pequenas adoram colocar coisas em caixas e com o seu bebê não será diferente. Deixe várias disponíveis para ele. Pode ser plástico ou aquela embalagem de algum produto que acabou. Ele vai encher com brinquedos, com colheres, CDs, roupas, qualquer coisa que estiver ao seu alcance.

você pode brincar, tirando e colocando junto com ele. Mais uma vez, vale lembrar: cuidado com objetos e brinquedos que não sejam seguros - pequenos demais, que tenham pontas, que cortem etc.

Caça ao brinquedo : Para diverti-lo e ajudar a fortalecer seus músculos

da perna, coloque o bebê sentado em uma extremidade do sofá e

fique com o brinquedo na outra. Ele vai tentar pegá-lo. Ou, se o

bebê estiver no chão, tentará alcançar você e o brinquedo subindo

no sofá.

(25)

Rolar, apertar, explorar: Use os brinquedos para várias atividades:

mexa em diferentes direções para a criança seguir com o olhar.

Estimule o bebê a rolar, apertar e explorar o brinquedo. Mostre como ele funciona para a criança imitar.

Pega-pega: Já dá para brincar de pega-pega! Se você falar e mostrar que está indo atrás dele, com certeza seu bebê vai desandar a engatinhar na direção contrária, rindo e tentando escapar.

Alturas e obstáculos: Coloque diversas almofadas e travesseiros em cima de um edredom e deixe o bebê rolar para lá e para cá, explorando as alturas e os obstáculos que esses objetos proporcionam. Faça isso no chão - e não em cima da cama -, assim poderá brincar mais relaxada, sem se preocupar com que o bebê caia.

Serra, serra, serrador ...: Lembra do "serra, serra, serrador..."? Pois invista em todas as brincadeiras que seus pais faziam com você quando criança. Essa em particular, por causa dos movimentos, da sua atenção e da canção bacana, é uma das preferidas dos pequenos.

Corrida Maluca: As cadeiras são uma delícia nessa fase e ajudam no processo de andar. Empurre com eles para mostrar como se faz.

Com o tempo, vocês podem bolar até uma corrida maluca.

-Crianças de 2 a 4 anos

Um para mim, outro para você: Você pode usar praticamente qualquer coisa para fazer essa brincadeira: giz de cera, cereais em forma de argola, bloquinhos, peças de jogo. Dê uma pilha dos objetos para seu filho e peça a ele que os distribua: "Um para mim, um para você", colocando-os em dois pratos ou caixas. Depois que ele já estiver craque, você pode acrescentar uma terceira pessoa (ou pode ser um bichinho ou boneco) para que a criança aprenda a dividir as coisas em três. Crianças desta idade adoram se sentir no controle, e a brincadeira ajuda.

Basquete dentro de casa: Use jornal velho ou papéis destinados à

reciclagem para fazer bolas. A criança pode ajudar (ela vai adorar

poder amassar os papéis à vontade, e ainda aproveita para

exercitar a coordenação motora). Depois faça uma competição

(26)

para ver quem consegue lançar a bola mais longe. Quando seu filho já estiver com prática, improvise um jogo de basquete:

coloque uma caixa ou um cesto a cerca de um metro de distância e peça ao seu filho para tentar acertar. Além de ser divertida, essa brincadeira ajuda a desenvolver a coordenação entre os movimentos dos olhos e das mãos. Você pode também começar a marcar um placar, estimulando dessa forma a noção de quantidade.

Piquenique com bonecos: Num dia normal, transforme a hora do lanche da tarde num gostoso piquenique. Você não precisa nem mesmo sair de casa: coloque uma toalha no chão da sala mesmo e arrume comidinhas fáceis de comer. Sugestões: sanduichinhos, palitinhos de cenoura, erva-doce ou salsão, ovos cozidos, pedaços de queijo.

Convide alguns bonecos ou bichinhos de pelúcia da criança para se sentarem em torno da toalha e participarem do piquenique. Esta é uma ótima ideia para um dia de chuva, quando não dá nem para sonhar com um piquenique de verdade. Você pode pedir ao seu filho que imagine que está em um lugar diferente, com árvores, ou na praia. É uma atividade boa para estimular a imaginação de crianças nesta idade, e renderá um bom tempo de diversão.

Não pode cair no mar! Ou, numa variação mais bem-humorada ainda, não pode cair no mar de lama! Combine com seu filho que o chão da sala é o mar (ou mar de lama), e que vocês não podem cair nele. Espalhe algumas almofadas, tapetinhos ou papéis para servirem de "ilhas" para que vocês consigam passar de um lugar para o outro sem

"molhar" o pé. É uma brincadeira divertida que colabora para o senso de equilíbrio e de consciência de espaço. Teste o caminho antes para ver ser não há perigo de a criança escorregar.

Dia do vermelho: Escolha um dia e decrete que aquele é o Dia do Vermelho. Vista-se

de vermelho, proponha a criança que se vista de vermelho também. Na hora de comer,

ofereça macarrão com molho de tomate, salada de beterraba, morango de sobremesa,

suco de goiaba... Invente alguma atividade para que a criança use giz de cera ou tinta

vermelha, ou ainda massinha. No caminho para a escola, conte quantos carros

vermelhos vocês encontram, ou quantas flores vermelhas. Esta é uma ideia divertida

que ajuda seu filho a aprender as cores e a fazer relações, despertando a percepção

visual para a cor em questão. Se a brincadeira pegar, vocês podem repetir outras vezes

com outras cores.

(27)

Bingo: Esta é uma brincadeira simples que você pode fazer com duas crianças pequenas, ou com seu filho e outro adulto, se não houver outra criança por perto. Use um jogo de memória simples. Divida as cartas ou peças iguais em duas pilhas (um pedaço do "par" em cada pilha). Fique com uma, embaralhe a outra e a dívida entre os dois participantes do jogo. Aí você vai sorteando as peças que ficaram com você, enquanto a criança confere se tem a peça igual ou não. As peças iguais vão sendo retiradas. Ganha quem ficar sem peças primeiro. É um jogo que ensina a noção de regras, de esperar a vez do outro, além da observação de detalhes e a noção de número e quantidade.

Seu mestre mandou: Sim, a criança já tem idade para brincar de Seu mestre mandou!

Você começa como o mestre. Dê comandos simples e os demonstre, como: "Seu mestre mandou colocar a mão na cabeça". Seu filho tem que imitar você. Vá fazendo coisas engraçadas: "Seu mestre mandou mostrar a língua", ou "Seu mestre mandou fazer a careta mais feia do mundo!". Para incrementar a brincadeira, dê alguns comandos sem dizer "Seu mestre mandou" antes, e aí seu filho não vai poder obedecer. É uma ótima maneira de exercitar a comunicação e a observação, e para ensinar o nome das partes do corpo.

Está quente, está frio! Esconda um brinquedo do seu filho em algum lugar da sua casa, como na sala, e peça a ele que venha procurar. Se ele se aproximar do lugar do esconderijo, você diz que está esquentando. Se ele se afastar, diga que está esfriando.

Caso ele comece a ficar impaciente, dê uma ajudinha.

-Crianças de 5 a 7 anos

Carrinho maluco: A criança que está à frente será o carrinho, a que está atrás, o motorista. Este "carro" se locomoverá da seguinte forma: quando o motorista colocar o seu dedo indicador na parte superior "das costas", do carro este irá andar para frente, e, ao retirar o dedo, o carro ficará parado. Para dobrar à direita ou à esquerda, basta colocar a mão no ombro direito ou esquerdo do carro. Para a ré, colocam-se as duas mãos, uma em cada “ombro" do carrinho. Depois, trocam-se as posições.

O fotógrafo e o modelo: Uma criança será a fotógrafa, que deverá fotografar, de forma bem dinâmica, o modelo em várias situações (praticando esportes, na praia, na passarela, a escolha do próprio modelo etc.). Diga às crianças que tanto fotógrafo quanto modelo são muito criativos e de nível internacional.

Pique-cola americano: O aluno pegador corre atrás dos demais; aqueles que forem

pegos deverão ficar "colados", com as pernas afastadas. O pegador continua "colando"

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e os colegas que estiverem livres, deverão passar por baixo das pernas deles, salvando- os.

Eu estou assim: Dois círculos, um interno, outro externo. Os alunos do círculo interno ficarão com os olhos fechados, os do círculo externo irão "modelar" o corpo dos colegas, fazendo lindas poses. Depois, irão procurar um espaço e farão com o seu corpo a mesma pose que fizeram com o corpo do seu companheiro; estes, ao sinal do professor, abrirão os olhos e irão descobrir quem os "modelou". A seguir, trocam-se os círculos.

Esta atividade é ótima!

Caminho colorido: Com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças carimbem os pés, com tintas coloridas.

Toca do coelho: Dispor bambolês no chão de forma que fiquem duas crianças em cada um e que sobre uma fora do bambolê. Ao sinal, as crianças deverão trocar de toca, entrando duas em cada um. Sempre sobrará uma criança fora da toca.

Veja também:

Brinquedos Indicados para Cada Idade

0 a 5 meses: Chocalhos, brinquedos musicais, mordedores,

brinquedos de berço, móbiles, livrinhos de pano ou plástico, bolas

com texturas diferentes para serem agarradas com as duas mãos.

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6 meses a 1 ano: Brinquedos flutuantes (patinhos de borracha que boiam na água), cubos que tenham guizos embutidos ou ilustrações, caixas ou brinquedos que se encaixam uns dentro dos outros, argolas empilháveis, brinquedos para martelar, empilhar e desmontar, brinquedos eletrônicos de aprendizado, mesa pequena com cadeirinhas na altura em que a criança possa alcançar os pés corretamente no chão, telefone de brinquedo, espelhos, brinquedos que emitem sons por meio de botões de apertar, girar ou empurrar.

1 a 2 anos: Brinquedos de variadas texturas (estimulam os sentidos da visão, da audição e do tato), bonecas de tecido e bichos de pelúcia feitos de materiais atóxicos, livros e álbuns de fotografia com ilustrações dos familiares e objetos conhecidos, brinquedos de empurrar ou puxar, brinquedos de montar e desmontar. Os brinquedos devem ter cores vivas e não podem ser tóxicos.

2 a 3 anos: Bolas, muitos blocos de brinquedos para empilhá-los e colocá-los dentro de caixas, brinquedos de encaixar e desmontar, brinquedos musicais, carrinhos, bonecas, cavalinho de balanço, brinquedos para praia ou piscina, brinquedos de equilibrar um em cima do outro. Nesta idade deve-se ensinar a criança a organizar e recolher os brinquedos.

3 a 4 anos : Triciclo, carrinho grande de puxar, aviões, trenzinhos, brinquedos infláveis, bolhas de sabão, caixas de areia com pás e cubos, cabaninhas, casas de bonecas, ferramentas de brinquedos, massinha de modelar, objetos domésticos, fantasias, máscaras, fantoches, instrumentos musicais de brinquedo como pandeiros, pianinhos, trombetas e tambores, brinquedos de montar e desmontar mais complicados, blocos de formas e tamanhos variados, jogos e quebra cabeças simples, lápis de cor e papel para desenhar (círculos, bonecos, enumerar os elementos de uma ilustração, colorir), livros com diferentes ilustrações e histórias alegres.

4 a 6 anos : Esta é a fase do mundo imaginário, sua criatividade está

se desenvolvendo. Os brinquedo nesta fase devem auxiliar a

criança a entrar no mundo da fantasia, por exemplo: dinheirinho de

brinquedo, caixa registradora, casas de boneca com móveis,

telefone, cidadezinhas, circos, fazendas com animais, materiais de

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papelaria, postos de gasolina, meios de transporte (caminhões, automóveis e pistas, motos, aviões, trens elétricos, barcos e tratores), instrumentos musicais e eletrônicos, jogos. Nesta idade, a criança começa a sentir o que chamamos de medos infantis, como o medo do escuro, as bruxas, o bicho papão e outras coisas feias que impedem que a criança durma, desta forma recomendamos uma boneca ou um ursinho de pelúcia, que tem a função de ajudar as crianças a superarem esta fase.

acima de 6 anos: Jogos de tabuleiro, bolinhas de gude, pipas, carros de corrida, trens elétricos, argila para modelar, pincel, brinquedos de mágica, artigos esportivos, bicicletas, patins, skate, jogos eletrônicos, de memória, videogames, patinetes, futebol de botão, laptops, brinquedos.

Contação de Histórias

O ato de contar histórias proporciona recreação e prazer, mas é óbvio, nenhum conto resulta só nisso. Numa história bem contada, aprecia-se a beleza da língua bem articulada, o vocabulário, a postura, aprende-se a ouvir e a se concentrar, estimula-se a imaginação, abre-se caminho à leitura, aprende-se a compartilhar emoções, descobrem tradições culturais e tantas outras manifestações da vida íntima e social dos homens.

O primeiro objetivo dos contos é lúdico, um elemento que não pode faltar. A fantasia tem uma força muito grande sobre os seres humanos, pois foi por meio das narrações orais que o homem experimentou compartilhar o prazer, sensações, alegria e beleza.

Além disso, com a sequência narrativa, a criança começa a entender o mundo ao seu redor, a ideia de tempo, as relações sociais, a complexidade dos conflitos e a interpretação dos sentidos, o que facilitará e abrirá o caminho à leitura. O conto também é um elemento muito eficaz na educação informal, independente dos centros educacionais.

Ler e contar histórias apresentam, na verdade, visões de mundo,

de valores, dos conflitos humanos e sociais, da história do mundo

em diferentes épocas e culturas. Isso permite a contemplação, a

reflexão e a análise. Muitos educadores reclamam de não

conseguirem manter a atenção das crianças durante uma

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contação de história, gerando assim uma frustração para eles e, por consequência, um desânimo para se atreverem a uma nova contação.

Todos nós que trabalhamos ou convivemos com crianças sabemos desta inquietude natural de todas elas que estão sempre buscando encontrar ações que supram as necessidades cognitivas, suas curiosidades e as façam se deleitar em aprender e conhecer melhor o objeto, a ação, “o novo”. Isso também ocorre com os adultos com a diferença que, durante os anos, vamos aprendendo, muitas vezes contra a vontade, a ficar parados e prestar atenção em um fato que está ocorrendo ou na observação de um objeto que seja novo para o nosso intelecto.

Para aqueles que se proponham a contar histórias para as crianças pequenas, procurem observar o seguinte:

- Quanto menor a criança, menos poder de concentração terá;

- Para crianças bem pequenas a ilustração, gesticulação, colorido, sonorização são os fatores que conseguem prender a atenção.

- Crianças maiores seguem o ritmo da narrativa e a interação com a história ajuda muito manter a atenção delas;

- Na hora de preparar uma contação para bebês, por exemplo, leve materiais coloridos, com texturas diferentes que eles possam tocar, sentir; leve objetos ou livros que produzam sons.

- Atente para não cometer exageros na hora da contação com gesticulações excessivas, evitando assustar os bebês. Vá contando e testando a aceitação deles.

- Histórias curtas faladas, lidas ou cantadas encantam os pequeninos e vão criando o hábito de ouvir e interagir na hora do conto. Crianças habituadas a ouvir histórias, desenvolvem mais a capacidade de atenção do que as outras.

À medida que a criança vai tendo mais idade, você pode ir abrindo

mão dos recursos visuais (gradativamente) e trabalhando mais

com voz, corpo, como se estivesse em cena sem, contudo,

esquecer que a ação proposta é uma contação de história.

(32)

Não subestime as crianças e evite explicar as histórias. Deixe que a imaginação de cada uma as leve a embarcar no sonho que cada história propõe.

A história será mais bem contada, quando o contador gostar da história que está narrando, por isso escolha boas histórias. Antes de contá-las, leia, releia, traga-as para dentro de si para que assim você possa vivenciá-las no momento da contação.

Noções de Nutrição e Dietética Infantil

Saúde é condição essencial a vida. A alimentação se constitui um

fator determinante para se ter saúde. É sabido que a vida depende

de um suprimento adequado de nutrientes apesar de não se

constituir um fator único para a manutenção da vida. Portanto, a

oferta adequada e com variedade suficiente de alimento são

condições básicas e necessárias para atender o organismo. Assim

sendo, cuidar da alimentação é cuidar de uma necessidade básica

(33)

do homem e que deve ser ajustado as várias fases do desenvolvimento humano.

Temos como objetivo reconhecer as necessidades nutricionais da criança das várias faixas etárias, descrever problemas na alimentação infantil a fim de contribuir para a promoção da nutrição infantil.

Importância da Alimentação

A alimentação é a base da vida, pois dela depende a saúde do ser humano. Se uma pessoa não se alimenta bem, ou se alimenta de maneira errada, o organismo enfraquece e as doenças aparecem.

Muitas vezes, os problemas de saúde aparecem porque no organismo estão faltando os alimentos necessários para o seu bom funcionamento.

Cuidar da alimentação é cuidar de uma necessidade básica do homem de extrema importância em sua vida. Saber alimentar-se de acordo com as suas necessidades, significa “comer para viver”.

A alimentação exerce grande influência sobre o indivíduo, principalmente sobre sua saúde, sua capacidade de trabalhar, estudar e divertir-se, sua aparência e sua longevidade.

O problema alimentar depende de dois fatores fundamentais:

capacidade aquisitiva para alimentação e educação alimentar.

Finalidade da alimentação

• Dar energia;

• Oferecer nutrientes para os processos de crescimento e desenvolvimento da pessoa;

• Entrada de água e eletrólitos para regular o meio interno do nosso organismo. Cada indivíduo tem exigências alimentares distintas, segundo característica do seu organismo. Têm-se assim as regras fundamentais da alimentação, o que implica dizer que devemos comer com quantidade, qualidade, harmonia e adequação.

O indivíduo nas diferentes fases de sua vida, apresenta

características específicas, que determinam necessidades

nutritivas próprias a cada fase. É indispensável para o indivíduo ter

um bom padrão nutricional, ajustado as várias fases do

desenvolvimento humano, levando-se em conta o período rápido

de crescimento e desenvolvimento, as mudanças psicológicas da

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adolescência, as exigências durante a gravidez, bem como na velhice.

Classificação dos Alimentos

Para que o organismo seja saudável, é necessário que a pessoa tenha uma alimentação equilibrada, pois cada alimento exerce uma função no corpo humano. De acordo com as funções que desempenham, os alimentos são classificados em três grupos:

• Construtores (proteínas)

• Energéticos (carboidratos e gorduras)

• Reguladores (vitaminas e sais minerais)

Alimentação equilibrada é aquela que contém estes três elementos. Só uma alimentação equilibrada pode garantir bem- estar físico e mental, além de boa disposição para o trabalho.

Alimentos construtores são alimentos que contêm proteínas. Eles ajudam a formar, a “construir” o corpo. São responsáveis pela manutenção dos músculos, sangue, ossos, dentes, unhas, cabelos e órgãos como rins, cérebro, coração e fígado. A proteína é um elemento da maior importância no organismo. É necessária em qualquer idade e principalmente durante a infância, quando o corpo está em fase de crescimento. Pode-se saber se uma pessoa tem quantidade de proteínas suficiente no organismo observando- se o seguinte: os cabelos estão bonitos, as unhas fortes e as feridas cicatrizam com rapidez. Alimentos que contêm proteínas de origem animal (carne, ovos, leite e derivados) e de origem vegetal (feijão, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico). É necessário comer diariamente alimentos que contenham proteínas, porque o corpo humano não tem reserva de proteínas. A falta de proteínas no organismo constitui um sério problema para a saúde.

Alimentos energéticos: aqueles que contêm carboidratos e gorduras. Produzem energia para que o indivíduo tenha ânimo, força e disposição para trabalhar, estudar, brincar, correr etc. Os carboidratos e gorduras são indispensáveis na composição do sistema nervoso e na formação das células. Nosso organismo consome energia o tempo todo. Um trabalhador braçal, por exemplo, gasta mais energia do que alguém que trabalha sentado.

Mesmo assim, alimentos que contêm carboidratos e gorduras

devem fazer parte da refeição de qualquer pessoa.

(35)

Alimentos Reguladores: Minerais Alimentos reguladores são aqueles que contêm vitaminas (A, C, D, E, K e complexo B) e sais minerais (cálcio, ferro e outros). Estes alimentos regulam as funções do corpo, como a digestão, a respiração, a circulação do sangue etc. Os alimentos reguladores são: frutas, hortaliças. As vitaminas não contêm em si nenhuma energia. Elas ajudam o ser humano a liberar energia dos alimentos. Isso significa que nós não podemos viver só de vitaminas, só de complementos. Elas podem atuar sozinhas, mas o que ocorre mais frequentemente é que atuam como constituintes de uma enzima. Por isso se diz que são coenzimas. As vitaminas diferem umas das outras do ponto de vista químico e cada uma delas desempenha um, ou vários papéis concretos. As vitaminas se apresentam sob duas formas: as vitaminas hidrossolúveis, quer se dissolvam na água: a vitamina C e todo complexo B, vão embora, por exemplo, na água da torneira quando lavamos os alimentos, ou na cocção quando jogamos a água fora. Isso explica por que, às vezes, os alimentos inicialmente ricos nessas vitaminas depois da lavagem, cozimentos, geladeira, não tem mais gosto e valor nenhum. As vitaminas lipossolúveis que se dissolvem nos corpos gordurosos: as vitaminas A, D, E, K, em geral menos frágeis. As vitaminas lipossolúveis se armazenam no fígado e nos tecidos adiposos que são utilizados na medida das necessidades do corpo. Contudo, a capacidade de armazenamento é limitada, e existe a possibilidade de intoxicação em doses excessivas.

É através das gorduras e carboidratos que se extrai o mais alto grau de energia. Estes elementos são indispensáveis na composição do sistema nervoso e na formação das células.

Alimentos com carboidratos (açúcar, melado, rapadura, mel, arroz, trigo, milho, batata, mandioca, farinhas em geral) e com gordura (manteiga, margarina, toucinho, óleo de milho, óleo de soja, óleo de algodão, banha, azeite de dendê).

Todos os alimentos oriundos das diversas fontes (construtores,

reguladores, energéticos) devem fazer parte da alimentação diária,

devendo ter qualidade, quantidade, harmonia e adequação, para

garantir ao indivíduo boa saúde. Para escolher de maneira correta

os alimentos, existe uma regra prática conhecida como roda dos

alimentos, onde é suficiente escolher pelo menos um alimento de

cada grupo no almoço e no jantar para garantir os nutrientes de

que nosso organismo precisa. O indivíduo nas diferentes fases de

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sua vida, apresenta características específicas, que determinam necessidades nutritivas próprias a cada fase.

Daremos enfoque somente na alimentação do primeiro ano de vida até o período do escolar.

Alimentação no primeiro ano de vida Aleitamento materno

O leite humano é a dieta mais completa para o lactente, durante os primeiros seis meses de vida. É possível manter o leite materno, mesmo na ausência da mãe, pois é só retirar o leite e guardá-lo, mesmo fora da geladeira, por até 8 horas. Na geladeira, o leite pode ser mantido por um período de 24 horas e no freezer por 15 dias. Na hora de dar o leite para a criança é só aquecê-lo em banho-maria.

Amamentação

É a forma natural de alimentar o recém-nascido. Requer atenção por parte dos profissionais de saúde, já que os índices de desmame precoce no Brasil ainda são bastante elevados. A criança deve ser alimentada exclusivamente no seio materno até os 6 meses de idade. Nesse período não é necessário nenhum tipo de complementação, nem mesmo água. O leite materno é um alimento completo que atende a todas as necessidades do organismo da criança e a protege contra infecções.

O desmame

Até os seis meses, o leite materno supre todas as necessidades nutricionais da criança. Por isso não é necessário dar nenhum outro tipo de alimento. Nem sequer é preciso dar água ou chá, porque o leite materno tem água suficiente para matar a sede do bebê. Quando o bebê só recebe o leite materno, diz-se que ele está em aleitamento materno exclusivo. Quando a criança completa seis meses de idade, ela vai precisar de outros alimentos, além do leite materno. Inicia-se assim, o desmame, quando o bebê começa a receber qualquer outro tipo de alimento, além do leite materno.

O desmame deve ser feito aos poucos, à medida que novos

alimentos vão sendo introduzidos. Deve-se utilizar colher ou copo

ao introduzir os novos alimentos, ao invés de mamadeira. No

período do desmame, diz-se que a criança está em aleitamento

misto: com leite materno e outros alimentos.

(37)

Cuidados importantes durante o desmame são: oferecer alimentos complementares somente após as mamadas, introduzir os alimentos de forma gradual, utilizar a colher para alimentar a criança, preparar e acondicionar higienicamente os alimentos, os ingredientes devem ser incorporados às receitas gradativamente de acordo com a idade da criança, ao oferecer os alimentos posicionar a criança de maneira ideal, evitando assim, engasgar.

Durante o primeiro ano, inicia-se a formação dos hábitos alimentares da criança. Por isso, é importante oferecer os mais diversos tipos de alimentos e fazer uso moderado de açúcar, sal e condimentos no preparo das refeições.

Alimentação artificial

A alimentação artificial constitui um risco para a saúde da criança em função da má qualidade do leite e inadequado manejo da mamadeira. Entretanto em função de alguns obstáculos relacionados à mãe e a criança, tais como: inflamação da mama, desnutrição, dificuldade de sucção e deglutição, problemas psíquicos da mãe, uso de medicamentos pela mãe, que impedem a amamentação.

Tipos:

Leite fresco: utiliza normalmente o leite de vaca, que deve ser fervido mesmo que tenha sido pasteurizado;

Leite em pó: tem a vantagem do fácil armazenamento e de ter recebido tratamento descontaminante. Os cuidados especiais referem-se à qualidade da água e preparo;

Leite vegetal : o mais comum é o leite de soja. Empregado para crianças com síndromes diarreias ou para lactente alérgico ao leite de vaca. Neste caso, igualmente importantes são a qualidade da água e a técnica de preparo.

Ocorrendo a impossibilidade do aleitamento materno, são pontos essenciais de orientação:

• Seguir rigorosamente a prescrição médica, do nutricionista ou

enfermeiro, quanto ao tipo de leite, diluição e acréscimos, se for o

caso (açúcar, farinha).

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• Lavar com água e sabão o local de preparo, as mãos e todo material usado no preparo da mamadeira, ou seja: copos, colheres, vasilhames, a mamadeira e o bico.

• Ferver mamadeira e bicos, durante vinte minutos. Enxaguar com água fervente os demais utensílios previamente lavados com água e sabão.

• Ferver a água utilizada no preparo da mamadeira e para beber durante vinte minutos.

• Manter as mamadeiras protegidas e em locais limpos.

• Utilizar bicos com furos de tamanho apropriado;

• Lavar com água e sabão a mamadeira logo após seu uso.

• Pode-se também preparar várias mamadeiras de uma só vez, onde todos os passos acima devem ser respeitados seguido, além do mais, a cada refeição, deve-se aquecer a mamadeira em banho-maria e ajustar o bico.

Métodos de administração de mamadeiras

• Verificar as condições de higiene e vestuário da criança, trocar se necessário;

• Lavar cuidadosamente as mãos com água e sabão;

• Conferir o tipo e a quantidade, o tamanho do furo do bico e a temperatura do leite. A última pode ser verificada, colocando gotas de leite sobre o punho do administrador;

• Levar a criança ao colo sempre que possível. Ter à mão uma fralda ou similar, para uso em caso de regurgitação ou vômito.

Incentivar para que o bebê segure a mamadeira com as próprias mãos, tão logo seu desenvolvimento lhe permitir;

• Manter a mamadeira em um ângulo que encha completamente o bico com o líquido. Se a criança demonstrar cansaço ou agitação retirar periodicamente o bico da mamadeira da boca;

• Fazer a criança arrotar;

• Se for bebê ou estiver acamada, deitá-la de lado;

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