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Curso Gratuito Cuidador Infantil
Carga horária: 60 horas
Conteúdo programático:
Introdução
Crescimento e Desenvolvimento Infantil
As Doenças mais Comuns da Criança e a Imunização Jogos e Brincadeiras Infantis
Técnicas Recreativas por Faixas Etárias (0 – 7 anos) Brinquedos Indicados para Cada Idade
Contação de Histórias
Noções de Nutrição e Dietética Infantil Problemas na Alimentação Infantil
Princípios de Higiene, Profilaxia e Biossegurança Patologias Comuns na Infância
Necessidades Infantis
Introdução
Cuidador é um profissional de qualidades especiais, expressas pelo forte traço de amor à humanidade, de solidariedade e de doação. A ocupação de cuidador integra a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO sob o código 5162, que define o cuidador como alguém que "cuida a partir dos objetivos estabelecidos por instituições especializadas ou responsáveis diretos, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida". É a pessoa, da família ou da comunidade, que presta cuidados à outra pessoa de qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por estar acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem remuneração.
Nesta perspectiva mais ampla do cuidado, o papel do cuidador ultrapassa o simples acompanhamento das atividades diárias dos indivíduos, sejam eles saudáveis, enfermos e/ou acamados, em situação de risco ou fragilidade, seja nos domicílios e/ou em qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou cuidado diário.
O cuidador infantil tem a função de acompanhar o desenvolvimento global de crianças de 0 a 7 anos, observando as suas necessidades particulares e realizando as seguintes atividades:
• Observar e compreender a dinâmica da criança e do contexto sociofamiliar, entendendo sua função e o papel de cada indivíduo envolvido para atuar de forma adequada a cada situação;
• Intermediar a relação entre a mãe e a criança, comunicando-se adequadamente com ambas, mostrando interesse e disponibilidade e ajudando nas rotinas diárias, a fim de dar à mãe o suporte esperado;
• Facilitar as relações da criança com o grupo e com o ambiente, atendendo às necessidades coletivas e singulares para permitir o pleno desenvolvimento individual;
• Dar andamento às rotinas diárias, utilizando-se de práticas
apropriadas visando à saúde e o bem-estar da criança.
Crescimento e Desenvolvimento Infantil
Atender as necessidades essenciais da criança é uma das formas de garantir o seu crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Dessa forma, saúde, amor, segurança e presença de novas experiências e estímulos, têm papel fundamental.
Nos seis primeiros anos de vida a criança descobre o mundo que a rodeia, adquire as experiências básicas e elabora valores de referência.
Entretanto, é sabido que, um número crescente de crianças vive em condições sanitárias, culturais e sociais deficientes, o que tende a afetar seu desenvolvimento, já que as oportunidades de recreação e estímulo são poucas, constituindo um grave impedimento para se alcançar suas potencialidades físicas, psicológicas e espirituais.
Pais, educadores, atendentes de creches e todos que direta ou indiretamente cuidam da criança devem trabalhar para que ela tenha saúde e desenvolva-se integralmente. Nesta unidade abordaremos algumas informações básicas sobre: crescimento e desenvolvimento; fatores que influenciam o crescimento e desenvolvimento; parâmetros utilizados para acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil, enfim os fundamentos para atuação do cuidador infantil.
Ao nascer, a criança não tem a percepção de todas as coisas que estão ao seu redor. Ela inicia sua relação com o mundo por meio de reflexos básicos. Executa o sugar, o movimento da língua, o engolir e o pegar. Utiliza seus sentidos vendo, ouvindo, provando, tocando, cheirando. Dessa forma vai gradualmente apropriando- se do mundo a sua volta. O desenvolvimento da linguagem inicia- se com o nascimento, com o primeiro choro. É um ato reflexo, porém logo a criança aprende a usá-lo como forma de expressão.
A criança ao fazer barulho, consegue gratificar-se, ao chorar
consegue alimento, a tagarelice lhe proporciona aprovação dos
outros. Isto tudo fará com que ela aprenda que a linguagem é uma
forma de interagir com o meio ambiente e as pessoas. Usar as
mãos para explorar o mundo por meio dos atos de tocar, pegar e
alcançar ajuda a criança a descobrir como sentir as pessoas e as
coisas. Sente diferença entre um pano suave e um chocalho duro,
uma barba áspera e uma pele lisa e macia. Assim, é necessário
deixar à sua disposição objetos coloridos e brincadeiras para que ela possa fazer várias vezes. A criança goza e se beneficia com a repetição das ações dos demais.
À medida que cresce a criança vai necessitando de mais experiências e de estímulos aprimorar o desenvolvimento dos seus sentidos. Tem que escutar, olhar e tocar toda uma variedade de coisas. Recebendo a necessária estimulação nos primeiros meses de vida, terá capacidade de começar a desenvolver um grande leque de respostas. A visão se desenvolverá através da ação de olhar, a audição, da capacidade de ouvir ou de escutar, seus movimentos descontraídos da mão se convertem em atos de pegar; inicia-se então o desenvolvimento de sua coordenação motora; olha para ver o que faz ruído, volta-se para a direção de onde vem barulhos e a voz das pessoas, etc.
Fases do desenvolvimento infantil
O conceito de desenvolvimento humano inclui todos os processos de mudança ocorridos nas interações estabelecidas num determinado contexto, levando em conta não somente os processos biológicos, mas também as mudanças sócio históricas ao longo tempo. Para entendermos melhor o desenvolvimento humano, é necessário considerar os ciclos de vida como fenômenos intrínsecos aos ciclos familiares e representados por estágios vivenciados pelos membros da família.
Esses estágios são definidos também pelos papéis assumidos entre esses membros e pelas tarefas de desenvolvimento a serem cumpridas pelo grupo familiar. As escolhas e as decisões tomadas pelos indivíduos na composição de sua trajetória dependem tanto de fatores pessoais, quanto sociais, somados ainda aos padrões socioculturais, que exercem grande influência. Pelo fato de o indivíduo estar continuamente percebendo as similaridades e diferenças entre ele e os outros, a forma como constrói a si próprio está muito próximo à forma como ele constrói o outro, e vice-versa.
Os estudos específicos sobre o desenvolvimento infantil entendem o comportamento do bebê e da criança como resultado da interação dos seguintes aspectos: biológico, social, afetivo e cognitivo.
Desde a gravidez, a relação entre mãe e filho já compõe um
espaço essencial no desenvolvimento da criança e da sua
personalidade. O apego e a vinculação entre o bebê e os pais e, posteriormente, a construção dos laços afetivos sólidos com a família extensa, propiciam a formação de um indivíduo mais bem preparado para os desafios da vida. Uma criança com autonomia e boa autoestima consegue refletir e encontrar soluções utilizando suas competências e criatividade.
Convém destacar que esse processo vai se ampliando por meio das trocas com o outro e com o meio alicerçado pelo afeto que envolve essas trocas. Mas o seu primeiro contato será sempre a família, sistema que fornece as bases para que o desenvolvimento humano aconteça de forma equilibrada. O mundo da imaginação, do concreto, das brincadeiras, dos símbolos, do imaginário, da fantasia, da realidade, do corpo, do movimento, do som, das sensações…tudo isso faz parte do universo infantil e desempenha um papel fundamental na construção da personalidade da criança.
O nível de curiosidade e espontaneidade de uma criança diz muito acerca da forma com que ela vê o mundo e se coloca nele. A partir do momento em que a criança trabalha junto com adultos e pares num ambiente seguro e estável, ela dá um passo em relação à sua autonomia e à sua autoconfiança. O espaço lúdico que apresenta desafios sem, no entanto, criar pressão para a sua resolução, cria uma atmosfera propícia para que ela se sinta à vontade para experimentar o mundo à sua volta e encontrar o suporte para as suas necessidades.
Quando da espontaneidade infantil surgem soluções criativas, alcançamos a possibilidade de fazer parte, ao lado da família, de uma engrenagem maior em prol do crescimento de uma criança feliz. Os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por grandes transformações e descobertas. Aos poucos, os pequenos começam a entender o mundo em que vivem e aprendem a lidar consigo mesmos e com os outros.
Para ajudar a compreender melhor o universo infantil, abordaremos cada fase/estágio por idade cronológica.
Sensório-motor (Recém-Nascido, Lactente e Toddler)
É o período que vai do recém-nascido até os dois anos de idade
da criança, antes do surgimento da fala, sendo marcado pelo
desenvolvimento mental. Nesta fase a criança explora o mundo
através dos sentidos, isto é, ela precisa tocar e provar os objetos.
Nesse estágio as ações geralmente não são intencionais, a aprendizagem ocorre "acidentalmente", por reflexos. A inteligência é essencialmente prática, baseando-se em exercícios de aparelhos reflexos: coordenações sensoriais e motoras de fundo hereditário, que correspondem a tendências instintivas, como a nutrição.
Faixa etária:0 a 3 meses
No primeiro mês, reage perante barulhos muito altos e pode se assustar com barulho inesperado. Passa boa parte do tempo dormindo. Seu sistema visual é limitado, portanto só enxerga algum objeto ou alguém se estiver bem próximo a ele. 2º ao 3º mês, o bebê já começa a acompanhar objetos e pessoas com os olhos e reconhece os pais. Abre e fecha as mãos, leva-as à boca e suga os dedos. Segura objetos com firmeza por certo tempo e consegue pegar objetos suspensos.
Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se apresenta, como por exemplo, o constante e agudo. Com brincadeiras e músicas o bebê fica agitado, realizando movimentos de pernas, braços, sorri e dá gritinhos.
Quando ouve a voz dos pais, o bebê virar a cabeça. Comunica-se através do choro e ruídos. Imita alguns sons de vogal. Nesta fase, é importante organizar a rotina do bebê, tornando os horários das atividades fixos, como por exemplo, trocar a fralda depois da mamada ou dar banho todos os dias na mesma hora. É importante que a rotina seja de forma razoavelmente metódica.
aos 7 meses
Fica na postura de bruços e se apoia nos antebraços quando quer ver o que está acontecendo ao seu redor. Rola de um lado para o outro. Estende a mão para alcançar o objeto que deseja, transfere- o de uma mão para outra e coloca-o na boca. Apresenta equilíbrio quando colocado sentado.
Ri quando algo o agrada e quando o desagrada mostra raiva
através da expressão facial. Nesta fase, alguns bebês podem
demonstrar medo perante pessoas estranhas. Fica repetindo os
seus próprios sons e imita as vozes das pessoas ao seu redor
movimenta a cabeça na direção do som escutado. Para de chorar
ao ouvir música. Sorri quando quer atenção do adulto. Formação
do conceito de causa e efeito quando está explorando um brinquedo.
8 a 11 meses
Engatinha e se senta sem apoio. Consegue ficar em pé com apoio.
Aponta para objetos ou pessoas. Pega pequenos objetos com o indicador e o polegar.
Demonstrar raiva quando não é o centro das atenções. Reconhece sua imagem no espelho e reage com euforia. Reclama quando é contrariado.
Localiza a fonte sonora. Bate palmas, joga beijo e entende quando lhe dizem tchau. Começa a compreender o significado de alguns gestos. Balança a cabeça quando não quer alguma coisa. Fase do treino com monossílabos do tipo: “ma-ma”, “da-da”, “nene”.
1 a 2 anos
Anda sem apoio. Com 1 ano e 6 meses pode começar a correr, subir em móveis e ficar nas pontas dos pés sem apoio. Vira páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo). Gosta de rabiscar no papel. Sabe quando uma ilustração está de cabeça para baixo.
Mostra senso de humor. Nesta fase, o bebê ainda não compreende as regras, contudo chora quando leva uma bronca e sorri quando é o centro das atenções ou quando é elogiado. Quando está bravo, pode atirar objetos ou brinquedos. É possessivo. Prefere não compartilhar brinquedos com as outras crianças. Reconhece o próprio nome. A partir dos 18 meses começa a criar frases curtas.
A criança começa a formar frases com uma palavra só, tipo “nenê- papá, nenê-naná”, mas até o término do ano constrói frases de até três palavras como: “quer ver tevê”. Esta é a fase das perguntas:
“que é isso?” Usa o próprio nome. Reconhece as partes do seu corpo e de outras pessoas. Apresenta atenção para histórias pequenas.
Período Pré-operatório (dois a sete anos) – (Pré-escolar)
Neste período, a Inteligência Simbólica e Intuitiva é também comumente apresentada.
Inteligência Simbólica - dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente.
Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização etc.
Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma”
(animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem").
A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Duas crianças “conversando” dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os pares são constantemente trocados. Existem outras características do pensamento simbólico como por exemplo, o nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), super determinação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é
“meu”, não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do
outro), etc.
Inteligência Intuitiva - dos 4 anos aos 7 anos -. Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo, não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos sem, no entanto, incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores, por exemplo). Quanto à linguagem não mantém uma conversação longa, mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro.
2 a 3 anos
Tirar os sapatos. Chuta bola sem perder o equilíbrio. Gosta de dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas.
Nesta fase a criança está pronta para abandonar o uso das fraldas.
Apresenta percepção de quem é. Mexe em tudo e faz mal criação, testa a autoridade tenta impor suas vontades. Prefere companhia para brincar. Gosta de participar dos serviços de casa, como por exemplo arrumar a mesa do jantar. As frases vão aumentando e surge o plural. As crianças nesta fase têm uma ótima compreensão, entendem tudo que é dito em sua volta. Pergunta:
"cadê", "O que", "onde". Fala de si mesma na 3a. pessoa. Chama familiares próximos pelo nome.
3 a 4 anos
Consegue colocar suas roupas e tirá-las sem ajuda de um adulto.
Gosta de desenhar. Nesta fase já consegue segurar um lápis na posição correta. Consegue pedalar.
Brinca com as outras crianças. Apresenta interesse pelos sentimentos das pessoas que estão ao seu redor, por exemplo, se perceber que seu pai está triste, procura confortá-lo.
Constrói frases com até seis palavras, sobre o dia a dia, situações reais e pessoas próximas. Compreende a existência de regras gramaticais e tenta usá-las. É comum a troca do '"r" pelo "l", a qual acaba por volta dos 3 anos e 6 meses. Compreende os conceitos de igual e diferente. É capaz de separar os brinquedos por tamanho e cor. Lembra e conta histórias.
4 a 7 anos
Consegue usar a tesoura, corta papel. Maior domínio no uso de talheres. Consegue pegar a bola com as duas mãos quando está em movimento.
Está mais sociável com as outras crianças. Se sente grande perto das crianças menores. Sente vontade de tomar as suas próprias decisões. Nesta fase o vocabulário da criança aumentou bastante, já fala muitas palavras. Expressa seus sentimentos e emprega verbos como “pensar” e “lembrar”. Também fala de coisas ausentes e usa palavras de ligação entre as sentenças, como por exemplo: “e então”, “porque”, “mas” etc. Gosta de inventar e contar as próprias histórias. Consegue identificar algumas letras do alfabeto e números.
As Doenças mais Comuns da Criança e a Imunização
1. Pneumonia – As infecções respiratórias inferiores incluem não apenas as pneumonias bacterianas, mas também as pneumonias virais, como a bronquiolite.
2. Diarreia– Acontecem com muita frequência nas crianças.
Durante os primeiros anos de vida o sistema imunológico da
criança é deficiente e, dessa forma, é muito comum
microrganismos causarem infecções intestinais ou distúrbios
gastrointestinais que podem ser simples ou sérios de acordo com
o agente causador.
3. Prematuridade e baixo peso ao nascer — Nascer antes do tempo (prematuridade) ou com peso baixo para a idade não costumam ser bem diferenciados em países com sistemas de saúde mal estruturados, daí a Organização Mundial da Saúde - OMS ter agrupado as duas condições. Elas predispõem o recém- nascido a uma série de complicações, além da morte súbita.
4. Infecções e outros problemas dos recém-nascidos — Quando um recém-nascido nasce doente, muitas vezes uma doença leva à outra, daí elas serem contadas em conjunto. Como quase todos os partos do Brasil são feitos numa maternidade, esses bebês ficam internados até estarem saudáveis o suficiente para ir para casa.
5. Anomalias congênitas — Os defeitos de nascença podem até não ser comuns, mas infelizmente podem ser muito graves.
Alguns, inclusive, podem ser prevenidos, como a anencefalia (criança que nasce sem o cérebro).
6. Complicações do parto — A asfixia (falta de oxigênio) ou o trauma (acidentes) durante o parto são sempre um risco latente, e é por isso que a pessoa precisa de assistência obstétrica de qualidade.
7. Asma– É uma doença comum no inverno devido o tempo frio.
No entanto pode ocorrer em qualquer época do ano, caso a criança seja alérgica e tenha contato com o agente causador. Hoje em dia devido a poluição, industrialização etc., as crianças logo nos primeiros anos de vida começam a desenvolver alergias aos mais diversos fatores, como: poeira, pólen, ácaros, umidade, pelos de animais, alimentos e outros.
8. Desnutrição proteico-calórica — Existem outros tipos de desnutrição, mas é nesse tipo que todo o mundo pensa quando se fala em desnutrição. Ocorre pela falta de nutrientes essenciais ao organismo.
9. Depressão — Parece que não, mas as crianças e adolescentes
também podem ter depressão. Vale apena lembrar que um dos
fatores de risco para depressão é a história pessoal de abuso
sexual.
10. Cárie– É um acometimento que não causa risco a criança, porém provoca diversos problemas a saúde como: dor, infecção, deformidade, entre outros.
Imunização – a melhor maneira de proteger a criança contra doenças que podem causar danos sérios:
Vacinas
Após o nascimento, ainda na maternidade ou hospital, o bebê será imunizado contra uma série de doenças. O calendário oficial de imunizações do Brasil, o PNI (Programa Nacional de Imunização), prevê que todas as crianças sejam vacinadas contra mais de 10 tipos de infecções, incluindo uma série de doses de reforço. Todas essas vacinas são oferecidas gratuitamente em postos de saúde ou durante campanhas.
Na primeira vacinação da criança, a mãe receberá a carteirinha de imunizações que apresenta todas as vacinas obrigatórias nos primeiros anos de vida e deve ser considerado como um documento da criança, tendo em vista que ali estão todas as informações de imunização.
O cronograma de vacinação é a seguinte:
Ao nascer A primeira dose da vacina contra a hepatite B costuma ser aplicada logo após o nascimento, e a vacina contra a tuberculose (BCG) geralmente antes da alta, se o bebê tem mais de 2 kg, ou então é aplicada ao longo do primeiro mês de vida.
A hepatite B é uma inflamação no fígado causada por um vírus, transmitido por sangue ou secreções do corpo.
A tuberculose é uma infecção que geralmente afeta os pulmões, mas pode também atingir outras partes do corpo. O chamado Mycobacterium tuberculoses ou bacilo de Koch é transmitido por gotículas de secreções respiratórias espalhadas no ar. A doença é mais comum em áreas de higiene mais precária e em locais de confinamento, como presídios e asilos para idosos. A vacina protege contra as formas graves da doença.
Um mês
A segunda dose da vacina contra a hepatite B pode ser aplicada
30 dias após a primeira.
Dois meses
Aos 2 meses, a criança toma a primeira dose da vacina tetravalente (DTP Hib.), contra difteria, tétano, coqueluche e infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenza e tipo b.
Toma também a primeira dose da vacina contra a poliomielite ou paralisia infantil (VOP, em gotinhas) e da vacina contra o rotavírus (VORH, em gotinhas), um vírus que causa diarreias severas.
O bebê toma ainda a primeira dose da vacina pneumocócica 10- valente, contra dez tipos da bactéria Streptococcus pneumonia e, causadora de diversas infecções, principalmente da meningite e da pneumonia. Essa vacina também foi incluída recentemente no calendário gratuito de vacinação.
A difteria é uma infecção bacteriana que afeta principalmente a garganta, e suas complicações podem levar a problemas respiratórios, danos ao coração e ao sistema nervoso e, em casos mais extremos, até a morte.
O tétano é causado por uma bactéria que entra no corpo através de ferimentos. Produz uma toxina que provoca enrijecimento muscular geral, causando dificuldade na deglutição e na respiração, podendo ser fatal.
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, uma doença do aparelho respiratório, conhecida também como tosse comprida. É especialmente grave em bebês. A bactéria Haemophilus influenza e tipo b (Hib) é uma importante causadora de meningites e pneumonias em crianças pequenas. Em locais onde as crianças tomam as vacinas, a incidência cai vertiginosamente.
O vírus da poliomielite ataca o tecido nervoso do cérebro e da medula espinhal e pode levar à paralisia, geralmente dos membros inferiores. Ele é transmitido através de fezes ou secreções de uma pessoa infectada, e se espalha em lugares onde a higiene é inadequada. Atualmente, a pólio está erradicada no Brasil, mas a vacina continua sendo necessária.
Três meses
No calendário oficial do governo, foi incluída aos 3 meses a vacinação contra o meningococo C, uma das principais bactérias causadoras de meningite.
Quatro meses
A partir dos 4 meses, o bebê recebe a segunda dose das seguintes vacinas: tetravalente (DTP Hib, contra difteria, tétano, coqueluche e infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenza e tipo b), pólio (VOP) e rotavírus (VORH).
Aos 4 meses, pelo calendário oficial do governo, é aplicada também a segunda dose da pneumocócica conjugada 10-valente.
Cinco meses
Com 5 meses, é aplicada a segunda dose da vacina meningocócica C conjugada.
Seis meses
Aos 6 meses, completa-se a série de 3 doses das vacinas iniciadas aos 2 meses: tetravalente (DTP Hib), contra difteria, tétano, coqueluche e hemófilos tipo B, mais pólio (VOP). Também já é o momento da terceira dose da vacina contra a hepatite B. O bebê também recebe a terceira dose da vacina pneumocócica conjugada 10-valente, pelo calendário do PNI.
Nove meses
Dose única da vacina contra o vírus da febre amarela para crianças residentes em áreas consideradas de risco (região Norte, Centro- Oeste, Estado do Maranhão, partes de Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Para as pessoas que moram nessas regiões ou pretendem visitá- las, a vacina precisa ser reaplicada a cada dez anos, porém não deve administrada a gestantes nem a pessoas alérgicas a ovo. O melhor caminho é sempre conversar com um médico para esclarecer se seu filho e sua família precisam ou não ser imunizados.
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, transmitida por mosquitos contaminados. No Brasil, sua forma urbana foi erradicada, mas a silvestre ainda persiste. Entre os principais sintomas da doença estão febres, dor de cabeça e no corpo, náusea, pele e olhos amarelados (icterícia) e hemorragias.
Um ano de idade
Aos 12 meses, os bebês são imunizados contra a rubéola, o sarampo e a caxumba com uma dose da vacina tríplice viral (SRC), e recebem a dose de reforço da vacina meningocócica C conjugada. Os que não tomaram a vacina contra o meningococo C durante o primeiro ano de vida recebem uma dose a partir de 12 meses. Na rede pública essa vacina está disponível para os menores de 2 anos.
A rubéola não costuma ser uma doença grave, mas sua forma congênita, transmitida para um bebê durante a gestação, pode ser bem mais séria, causando surdez, cegueira, problemas cardíacos e até danos cerebrais.
O sarampo é altamente contagioso. No Brasil sua incidência caiu drasticamente devido ao sucesso da imunização, mas as pessoas podem pegar a doença fora do país e transmitir para quem não tiver sido vacinado. Seus principais sintomas são primeiramente prostração, febre, tosse, nariz escorrendo e dor nos olhos, seguidos pelo aparecimento de manchas na pele. As complicações são relativamente comuns, porque o sistema imunológico da criança fica muito fragilizado, e incluem pneumonia e infecções de ouvido. Em casos bem mais raros, as complicações podem afetar o sistema nervoso, causando, por exemplo, meningite ou encefalite.
A caxumba é caracterizada por febre e inchaço na região das glândulas parótidas, que ficam à frente e embaixo das orelhas.
Entre as complicações mais graves que pode provocar estão surdez, encefalite e, nos meninos, inflamação dos testículos, o que pode levar a problemas de fertilidade.
Um ano e três meses
A partir dessa idade, as crianças recebem as chamadas doses de reforço da DTP (difteria, tétano e coqueluche), da poliomielite e da pneumocócica.
Quatro a seis anos
Uma segunda dose de reforço da vacina tríplice bacteriana (DTP) -- contra difteria, tétano e coqueluche -- é dada às crianças com mais de 4 anos, assim como uma dose de reforço do tríplice viral (SRC) -- contra sarampo, rubéola e caxumba.
A partir de 10 anos
Para crianças que tomaram vacina contra a febre amarela no primeiro ano de vida, uma dose de reforço é dada com 10 anos (lembrando que esta vacina é válida por 10 anos e sempre terá que ser reaplicada após este intervalo de tempo).
Outras vacinas
Além das imunizações que já fazem parte do calendário oficial do Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que os bebês também recebam outras vacinas já disponíveis no país, porém essas vacinas não são gratuitas e dependem das condições financeiras da família.
São as seguintes: hepatite A; contra gripe (vírus influenza); contra
catapora ou varicela.