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PARANINFO DIGITAL MONOGRÁFICOS DE INVESTIGACIÓN EN SALUD ISSN: AÑO IX N Disponible en:

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PARANINFO DIGITAL

MONOGRÁFICOS DE INVESTIGACIÓN EN SALUD ISSN: 1988-3439 - AÑO IX – N. 22 – 2015

Disponible en: http://www.index-f.com/para/n22/321.php PARANINFO DIGITAL es una publicación periódica que difunde materiales que han sido presentados con anterioridad en reuniones y congresos con el objeto de contribuir a su rápida difusión entre la comunidad científica, mientras adoptan una forma de publicación permanente.

Este trabajo es reproducido tal y como lo aportaron los autores al tiempo de presentarlo como COMUNICACIÓN DIGITAL en FORO I+E “Impacto social del conocimiento” - II Reunión Internacional de Investigación y Educación Superior en Enfermería – II Encuentro de Investigación de Estudiantes de Enfermería y Ciencias de la Salud, reunión celebrada del 12 al 13 de noviembre de 2015 en Granada, España. En su versión definitiva, es posible que este trabajo pueda aparecer publicado en ésta u otra revista científica.

Título

Eventos adversos no transporte intra-hospitalar do paciente crítico

Autores

Elilian Oliveira Pereira, Carine Santos de Carvalho, Adriana dos Reis Alves dos Santos, Claudiana Ribeiro da Silva, Ester Maria do Nascimento, Márcia Maria Carneiro Oliveira

Centro/institución Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia.

Ciudad/país Salvador, Brasil

Dirección e-mail elilian.pereira@hotmail.com.br

R

ESUMO

O transporte intra-hospitalar pode ser necessário para conduta terapêutica, no entanto, este transporte está associado a riscos e requer um planejamento adequado. Esse estudo tem o objetivo de conhecer os eventos adversos relacionados ao transporte intra- hospitalar do paciente crítico. Realizou-se um estudo de revisão sistemática da literatura, utilizando as bases de dados BVS e PUBMED. Foram selecionados 5 artigos após utilização dos critérios de inclusão. Evidenciou-se que o transporte intra-hospitalar do paciente crítico pode levar a vários eventos adversos e estes em sua maioria estão associados à falha na equipe do transporte, falha no equipamento utilizado e condição clínica do próprio paciente. Conclui-se que os eventos adversos do transporte de pacientes críticos podem ser minimizados com a implementação de protocolos e o treinamento da equipe multiprofissional.

Palavras chave: Transporte de paciente/ Transferência de paciente/ Cuidados críticos.

(2)

A

BSTRACT

A

DVERSE EVENTS IN THE INTRAHOSPITAL TRANSPORT OF CRITICALLY ILL PATIENTS

The intrahospital transport may be necessary for therapeutic purposes; however, this transport is associated with risks and requires proper planning. This study aims to know the adverse events related to the intrahospital transport of critically ill patients. A study of systematic literature review was performed using the BVS and PUBMED databases.

Five research articles were selected after applying the inclusion criteria. It was shown that the intrahospital transport of critically ill patients can lead to various adverse events, which are mostly associated with inexperienced transport staff, equipment failure and the patient's clinical condition itself. It was concluded that the adverse events of transporting critically ill patients can be minimized through the implementation of protocols and training of the multidisciplinary team.

Key-words: Patient transport/ Patient transfer/ Critical care.

T

EXTO DE LA

C

OMUNICACIÓN

Introdução

O transporte de um paciente crítico deve ser realizado quando há demanda de cuidados extras (aparato tecnológico e especialidades) que não estão disponíveis na unidade em que o paciente se encontra. Antes de realizar o transporte, deve-se questionar se este irá trazer benefícios no tratamento e/ou prognóstico do paciente¹

-

².

Existem dois tipos de transporte: o intra e o inter-hospitalar. O transporte intra- hospitalar é realizado para a realização de testes diagnósticos (tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, angiografias), intervenções terapêuticas ou para internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Enquanto o inter-hospitalar ocorre quando os recursos são indisponíveis no local de origem¹.

O transporte intra-hospitalar é um procedimento comum, principalmente nas UTIs e deve ser acompanhado por profissionais treinados durante a sua realização, porém é frequentemente subestimado pela equipe de saúde. Ademais, não há um conjunto de normas para garantia de uma assistência de qualidade, o que implica no surgimento de eventos adversos diretamente relacionados ao transporte de pacientes graves³.

O momento do transporte do paciente grave é de potencial instabilidade e envolve diversos riscos. Os eventos adversos mais frequentemente relatados estão relacionados à hemodinâmica e ventilação e podem levar a sérias consequências².

A Portaria 1.071, de 04 de julho de 2005 que dispõe sobre a Política Nacional de Atenção ao Paciente Crítico no Brasil defende a elaboração e implementação de um plano hospitalar de atenção ao paciente crítico que deve conter a rotina de funcionamento das unidades assistenciais de terapia intensiva e de outras unidades do hospital, designando de forma clara o fluxo assistencial o que envolve também o planejamento do transporte entre unidades

4

.

O planejamento do transporte visa minimizar a exposição do paciente a riscos e

complicações. Um plano elaborado adequadamente, com a presença de profissionais

capacitados em cuidados críticos, bem como a utilização de equipamentos para

monitorização e suporte do paciente, viabiliza um transporte seguro e diminui as

possíveis complicações durante o transporte².

(3)

Considerando as possíveis complicações do quadro clínico do paciente durante a condução intra-hospitalar e tendo em vista a importância de garantir um transporte seguro, a realização de um estudo sobre eventos adversos do transporte intra-hospitalar do paciente crítico pode contribuir para a identificação dos eventos adversos mais frequentes e para um cuidado mais seguro desses pacientes durante o transporte, além de auxiliar nas práticas dos profissionais de saúde.

A realização deste estudo justifica-se a partir da necessidade do conhecimento sobre os eventos adversos do transporte intra-hospitalar do paciente. Diante do exposto, tem-se como objetivo conhecer os eventos adversos relacionados ao transporte intra- hospitalar do paciente crítico e como questão de estudo: “Quais os eventos adversos relacionados ao transporte do paciente crítico?”.

Os resultados alcançados poderão guiar a prática da equipe de saúde no que diz respeito ao manejo seguro durante o transporte intra-hospitalar do paciente crítico.

Métodos

Trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura. A busca dos artigos foi realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e PUBMED, com definição dos descritores em saúde (DECS) e Medical Subject Headings (MESH) utilizando o operador booleano AND. Para a BVS utilizou-se os seguintes descritores: transporte de pacientes, efeitos adversos, cuidados críticos. Para a PUBMED: adverse effects, transportation of patients, critical care, transferência de pacientes, efeitos adversos, terapia intensiva, transporte de pacientes, cuidados intensivos. Realizou-se o cruzamento dos descritores em cada base de dados.

Os critérios de inclusão para seleção dos artigos foram: publicações em todos os idiomas, textos disponíveis na íntegra nas bases de dados selecionadas, no período compreendido entre 2005 a 2015 e relacionados ao objeto do estudo. Foram excluídos os artigos de revisão sistemática, editoriais e artigos que estivessem relacionados à pediatria.

Na base de dados, BVS, foram encontrados 1735 artigos, após leitura dos resumos e utilização dos critérios de inclusão, foram selecionados 4 artigos, destes apenas 2 estavam disponíveis na íntegra. Na base de dados PUBMED foram encontrados 1581 artigos, após leitura dos resumos e utilização dos critérios de inclusão, 5 foram selecionados, dos quais apenas 3 estavam disponíveis. Sendo assim, a amostra deste estudo foi constituída por 5 artigos. O período de coleta foi entre maio a junho de 2015.

Para organização do estudo, foi construído um instrumento de coleta de dados com os seguintes itens: número do artigo (N), título, autores, país do estudo, ano de publicação, amostra do estudo, objetivo/ resultados. A apresentação dos resultados e discussão dos dados obtidos foi realizada de forma descritiva, possibilitando ao leitor a análise da aplicabilidade da revisão.

Resultados

Foram selecionados 5 artigos para a análise. Em relação à base de dados, os

artigos selecionados foram encontrados, em sua maioria, na PUBMED, em um total de

3, o que corresponde a 60% da pesquisa. Apenas 2 artigos foram provenientes da base

de dados BVS. Das publicações analisadas, 02 (40%) são estudos brasileiros

5-6

, ambos

realizados na cidade de São Paulo. Os demais estudos são oriundos da França (20%)

9

,

Austrália (20%)

7

e Taiwan (20%)

8

. Os cinco estudos avaliaram um total de 608

(4)

transportes de pacientes críticos, a média foi de 121 transportes, o estudo conduzido na Austrália teve a maior amostra com 290 transportes. Não houve predomínio em relação ao ano de estudo, os artigos selecionados foram de 2005, 2008, 2009, 2010, 2015, com um artigo em cada ano (Tabela 1).

Tabela 1- Artigos selecionados. 2015 N Título Autores País do

estudo /Ano

Amostra de estudo

Objetivos /Resultados

1 Transporte intra- hospitalar de pacientes sob

ventilação invasiva:

repercussõe s

cardiorrespi -ratórias e eventos adversos

Zuchelo LTS, Chiavone PA

Brasil 2009

58

transportes

Objetivo:Verificar a ocorrência de alterações cardiorrespiratórias e identificar eventos adversos durante o transporte intra-hospitalar de pacientes sob ventilação mecânica. Resultados: Dos pacientes transportados,39 (67,2%) apresentaram pelo menos um episódio de alteração cardiorrespiratória relevante. As alterações cardiorrespiratórias mais frequentes foram:

diminuição da pressão parcial de oxigênio e fração inspirada de oxigênio (PaO2/FiO2) ≥ 20% (27,6%), diminuição da PaO2 ≥ 20%(18,9%), variação do pH(17,2%), variação da pressão arterial diastólica (17.2%) e variação da frequência cardíaca (12,1%).Foram observados eventos adversos em 44 (75,5%) transportes, com um total de 112 episódios.

As principais intercorrências foram: falha de equipamento (7,1%), falha da equipe (7,1%) e eventos adversos diretamente relacionados ao paciente (88,5%) observou-se também que os pacientes não contavam com monitoração adequada.

2 Safety in intrahospital transportati on:

evaluation of

respiratory and

hemodynam ic

parameters.

A

prospective cohort study

Mazza BF, Amaral JLG, Rosseti H, Carvalho RB, Senna APR, Guimarãe s PH et al

Brasil 2008

37

transportes Objetivo: Determinar se o transporte de pacientes de UTI pode ser realizado com segurança, quanto aos parâmetros hemodinâmicos e respiratórios, usando um equipamento de monitoramento e ventilador para transporte e contando com uma equipe multiprofissional. Resultados:

As principais complicações encontradas foram relacionadas ao paciente: agitação (66,7%) hipoxemia (16,7%) e estas foram revertidas, o único evento relacionado a falha de equipamento foi a desconexão acidental de um dispositivo.

3 Adverse events

Gilman, L, Leslie

Austráli a

290

transportes

Objetivo: Determinar a incidência e a

natureza dos eventos adversos que ocorrem

(5)

experienced while transferring the

critically ill patient from the

emergency department

to the

intensive care unit

G, Williams T, Fawcet K, Beel R,

Mcgibbon V

2015

durante o transporte e o motivo do atraso da transferência da emergência para a UTI.

Resultados: Ocorreram 66 eventos adversos nos 290 transportes, destes 19 foram eventos cardiorrespiratórios, 53 foram hipotermia. Eventos relacionados a equipamentos ocorreram em 26 (9%) transferências de pacientes, tais como perda de carga da bateria (13) e mau funcionamento do equipamento (8). Houve ainda uma fixação errada da pulseira de identificação do paciente e atrasos na transferência de pacientes para a UTI ocorreram em 54 casos

4 Quality control work group focusing on practical guidelines for

improving safety of critically ill patient transportati on in the emergency department

Chang, YN , Lin LHBN, Chen WH,Liao HY,Hu PH, Chen SF et al

Taiwan

2010

48

transportes antes da intervenção educacional da equipe e 52 após a intervenção educacional e implementaç

ão de

protocolo

Objetivo: Estabelecer diretrizes para a prática do transporte intra-hospitalar do departamento de emergência. Resultados:

Após a implementação do protocolo de transporte observou-se uma redução dos eventos adversos relacionados ao transporte, o percentual de pacientes com queda de saturação pós transporte caiu para mais de 5%, eventos de queda na pressão arterial superior a 10mmHg também foi reduzida. Não houve falha de equipamento em nenhum transporte após a intervenção e a duração do transporte diminuiu de forma significativa após a instituição do protocolo.

5 Complicatio ns durant le transport intrahospital

ier de

malades critiques de reanimation

Damm C, Vandelet P, Petit J, Richard JC,Veber B

Bonmarch and C et al

França

2005

123

transportes

Objetivo: Avaliar o impacto das complicações durante o transporte intra- hospitalar, analisar as causas, e consequências dessas complicações.

Resultados: Ocorreram 55 eventos adversos em 41 transportes, houve casos de agitação em 21 transportes, instabilidade hemodinâmica em 19, 11 casos de queda na saturação e 4 casos de arritmia, dos quais 2 episódios evoluíram para uma parada cardiopulmonar, sendo instituído manobras de ressuscitação com sucesso. Quanto aos dispositivos: houve 19 casos de obstrução do cateter venoso periférico, 7 casos de obstrução de cateter venoso central, e 2 desconexões de dreno de tórax.

(6)

Discussão

A análise dos dados obtidos possibilitou a definição de três categorias: Eventos adversos relacionados à falha da equipe do transporte, eventos adversos durante o transporte intra-hospitalar relacionados à falha do equipamento utilizado e eventos adversos relacionados ao quadro clínico do paciente.

Eventos adversos relacionados à falha da equipe do transporte

Para composição dessa categoria foram utilizados os artigos de números 01, 02 e 03. No estudo realizado em São Paulo/ Brasil (artigo 01), de um total de 58 transportes intra-hospitalares realizados, 7,1 % tiveram relação com falha da equipe de transporte.

Dessa forma, observa-se a importância de uma equipe composta por profissionais habilitados, especialmente, os profissionais médicos especializados em terapia intensiva e enfermeira intensivista

5

.

Outro estudo brasileiro aponta para a relevância da atuação de uma equipe multidisciplinar durante esse tipo de transporte, incluindo médico, enfermeiro e fisioterapeuta como medida instituída para garantir a segurança do paciente crítico durante esse processo. Além disso, a organização do transporte por parte da equipe deve ser realizada antes da transferência, a fim de prevenir os eventos adversos (artigo 02)

6

.

Um evento adverso que envolveu a falha da equipe foi a identificação incorreta do paciente durante a preparação para a realização do transporte, tratando-se de um erro potencialmente perigoso (artigo 03)

7

.

O artigo 02 reforça a importância de uma equipe multidisciplinar bem treinada, sendo essencial para que o transporte seja feito de forma adequada e para uma intervenção rápida diante das complicações

6

.

Parte dos eventos adversos relacionados ao transporte intra-hospitalar está vinculada à falta de treinamento da equipe, dessa forma, é imprescindível a capacitação dos profissionais responsáveis por este processo, bem como a atuação de uma equipe multiprofissional a fim de garantir a segurança do paciente, uma intervenção precoce mediante possíveis complicações, além da prevenção de iatrogenias.

Eventos adversos durante o transporte intra-hospitalar por falha nos equipamentos utilizados

Nesta categoria foram utilizados os artigos de números 01,02 e 03. Durante o transporte intra-hospitalar o paciente crítico requer monitoração e cuidado contínuo devido a sua instabilidade clínica, o bom funcionamento dos equipamentos é essencial, tanto para manter o paciente monitorizado e identificar sinais de complicação quanto para manter um suporte clínico, a exemplo da ventilação mecânica, o que reduz o risco de morte e complicações. Além disso, é necessário que a equipe esteja treinada para utilizar esses equipamentos de forma segura (artigo 02 e 03)

No estudo realizado em São Paulo/ Brasil (artigo 01) identificou-se 7,1% de

falha nos equipamentos. Por conta disso, os pacientes tiveram seus padrões

hemodinâmicos alterados, com PaO2/FiO2 ≥ 20% (27,6%), diminuição da PaO2 ≥

20%(18,9%), variação do pH(17,2%), variação da pressão arterial diastólica (17.2%) e

variação da frequência cardíaca (12,1%). Chama-se atenção para a monitoração

inadequada dos pacientes deste estudo que embora apresentassem complicações

cardiorrespiratórias, em algumas situações a monitoração só era feita com o uso de

(7)

oxímetro de pulso, dessa forma não era possível identificar sinais de deterioração de forma precoce

5

.

O artigo 2, evidencia uma única falha acidental de desconexão do equipamento, este melhor resultado pode estar associado ao protocolo de transporte intra-hospitalar instituído no local do estudo

6

.

No estudo realizado na Austrália (artigo 03) 9% dos eventos adversos aconteceram por falha dos equipamentos, a exemplo de perda de carga da bateria e mau funcionamento do equipamento, estes eventos poderiam ser evitados com a verificação de todos os equipamentos antes do transporte. O bom funcionamento dos equipamentos e monitoração é fundamental para que o paciente seja cuidado de forma segura durante o transporte

7

.

O bom funcionamento dos equipamentos utilizados no transporte intra- hospitalar, bem como a capacitação para manuseio dos mesmos por parte dos profissionais são substanciais no que diz respeito à monitorização adequada e prevenção e/ou identificação precoce da deterioração fisiológica do paciente crítico.

Eventos adversos relacionados ao quadro clínico dos pacientes

Essa categoria relata os eventos adversos que ocorreram no transporte dos pacientes críticos relacionados à condição clínica do paciente e todos os artigos (01, 02, 03,04, 05) foram utilizados para a construção dessa categoria.

O estudo realizado em São Paulo/Brasil (artigo 01) foi o que mais obteve eventos adversos relacionados ao paciente (85.8%), destes 67,2 % foram eventos cardiorrespiratórios

5

. No artigo 02 a maior parte das complicações foram agitação e hipotensão que foram facilmente detectadas e tratadas. Neste estudo, demonstrou-se que o transporte de pacientes em estado crítico pode ser realizado com segurança e sem grandes alterações de parâmetros hemodinâmicos

6

.

No artigo 03, os eventos adversos foram mais baixos do que as taxas encontradas na literatura. Houve uma taxa de 6,5% de complicações relacionadas a eventos cardiorrespiratórios e 18,25% de eventos envolvendo quedas na temperatura

7

. No artigo 04, os eventos adversos relacionados ao paciente foram queda na saturação e na pressão arterial, verificou-se que após a implementação de um protocolo de transporte esses eventos diminuíram de forma significativa

8

. No artigo 05, 8,9% dos pacientes apresentaram episódio de queda na saturação e 17,1% agitação, sendo necessária a sedação, houve quatro episódios de arritmia e duas delas evoluíram para parada cardiopulmonar, sendo feito intervenções com êxito

9

.

Os resultados demonstram o risco do transporte para o paciente crítico que pode culminar em complicações, no entanto nos locais em que há um melhor planejamento do transporte e treinamento da equipe essas complicações são detectadas mais precocemente e há maior chance de êxito da intervenção

6-8

, nos artigos 02 e 04 é demonstrado como a instituição de protocolos, monitoração do paciente e treinamento da equipe diminui as taxas de evento adverso relacionadas ao paciente e mesmo que seja difícil evitar complicações, medidas seguras possibilitam uma intervenção mais rápida e eficaz

6-8

.

Durante o transporte intra-hospitalar, diversos eventos podem ocorrer,

destacando-se as complicações cardiorrespiratórias, agitação, hipotensão, queda de

saturação e até mesmo a parada cardiopulmonar. Dessa forma, é imprescindível a

estabilização clínica do paciente antes e depois do transporte e para isso deve-se ter a

atuação de uma equipe treinada e monitoramento adequado, a fim de minimizar e

identificar os riscos do paciente.

(8)

Conclusão

Foram encontrados 5 artigos e evidenciado 3 categorias: Eventos adversos relacionados à falha da equipe do transporte, eventos adversos durante o transporte intra-hospitalar relacionados à falha do equipamento utilizado e eventos adversos relacionados ao quadro clínico do paciente.

Os dados apresentados mostram que o transporte intra-hospitalar do paciente crítico pode culminar em complicações para o paciente e está associado a diversos eventos adversos tanto relacionado ao quadro do paciente quanto á equipe de transporte e equipamentos.

O estudo possibilita a reflexão sobre a importância de promover a segurança do paciente crítico durante o transporte intra-hospitalar, evidenciando a importância de manter esse paciente monitorizado e de se dar uma continuidade da assistência durante esse procedimento. Os resultados apontam ainda a importância de capacitação da equipe sobre a decisão e o reconhecimento da viabilidade de transporte dos pacientes críticos, bem como da elaboração e implementação de protocolos e treinamentos, no intuito de fornecer a equipe um preparo adequado para realização de um transporte seguro com minimização dos riscos para o paciente.

Além disso, este estudo aponta para a escassez de trabalhos sobre a temática, dessa forma, faz-se necessária a produção de estudos originais sobre o tema, a fim de identificar os eventos adversos relacionados ao transporte de paciente crítico e sugerir estratégias para minimizá-los, tendo em vista a relevância do assunto e sua contribuição para a prática clínica.

Bibliografía

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Safety in intrahospital transportation: evaluation of respiratory and hemodynamic parameters. A prospective cohort study. Sao Paulo Med J. 2008; 126(6):319-322.

7. Gilman, L; Leslie, G; Williams, T; Fawcet, K; Bell, R; Mcgibbon, V. Adverse events experienced while transferring the critically ill patient from the emergency department to the intensive care unit.

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